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Investimento

INVESTIMENTO EXTERNO:
ENQUADRAMENTO E LEGISLAÇÃO

Historicamente e devido à sua situação geográfica, Cabo Verde, em momentos particulares da


economia mundial, desempenhou uma função de relevo na circulação de mercadorias e
pessoas. Nos dias de hoje, a construção da Economia Global oferece ao país novas
oportunidades que, se devidamente aproveitadas, abrirão vias importantes de desenvolvimento
sócio-económico.

É nesta perspectiva que os sucessivos governos se têm proposto dar uma atenção particular à
função de Cabo Verde na circulação mundial. Com este propósito, têm sido executadas políticas
inovadoras nos domínios dos mercados, das indústrias nascentes, da construção civil, do
comércio, do turismo, da indústria e da cultura.

A integração de Cabo Verde na economia mundial, o desenvolvimento do sector privado, o


incentivo e a promoção do investimento externo, como elementos determinantes do
desenvolvimento sócio-económico do país, colocam novas exigências e é por isso que foi criado
todo um conjunto de dispositivos legais para facilitar aos investidores, nacionais e estrangeiros,
a instalação de empresas no país, num ambiente saudável e atractivo.

As condições gerais para a realização do investimento externo em Cabo Verde são fixadas pela
lei n.º 90/IV/93 (ex-Lei n.º 89/IV/93) que inclui todos os direitos, garantias e incentivos a
que o investidor tem direito.

É considerado investimento externo toda a participação em actividades económicas, nos termos


da lei, com contribuições provenientes do exterior e passíveis de avaliação pecuniária,
nomeadamente:
• A criação de uma nova empresa, sucursais ou outra forma de representação de
empresas estrangeiras;
• Aquisição de activos de empresas existentes;
• Aquisição de partes sociais ou aumento de participação social em empresa constituída;
• Contrato que implique o exercício da posse ou de exploração de empresas;
• Cedência de bens de equipamento em regime de leasing ou em regimes equiparados;
• Empréstimos ou prestações suplementares de capitais realizadas directamente pelo
investidor externo às empresas em que participe.

O Estado de Cabo Verde garante a não discriminação do investidor externo, garantindo-lhe


tratamento justo e equitativo bem como a segurança e a protecção dos seus bens e direitos, no
âmbito do investimento externo, que não pode ser objecto de nacionalização ou expropriação,
salvo com fundamento de utilidade publica.

É garantida ao investidor externo a transferência para o exterior, em divisas, de todos os


montantes a que tenha legalmente direito em consequência de operações de investimento
externo devidamente registadas.

A lei cabo-verdiana concede a isenção de tributação para os dividendos e lucros distribuídos ao


investidor e que sejam provenientes de investimento externo, nos seguintes casos:
• Durante um período de 5 anos, contados a partir da data do registo do investimento;
• Sempre que tenham sido reinvestidos, nos termos da lei, na mesma ou noutra
actividade económica em Cabo verde.
A fim de criar um clima de maior confiança e segurança para o investimento, o governo de
Cabo Verde tem vindo a criar um conjunto de legislação sobre a matéria, das quais se destacam
as seguintes leis:
• Que regula as Instituições Financeiras Internacionais;
• Dos Entrepostos Comerciais e Aduaneiros;
• Do Investimento Externo;
• De Promoção das Exportações;
• Das Empresas Francas;
• Do Fomento Empresarial;
• Lei Quadro das Privatizações;
• Do Estatuto Industrial.

As leis aplicáveis ao sector do turismo levam em conta a escassez, a dispersão e a fragilidade


dos recursos naturais do país, com categoria de atractivo turístico e a necessidade da sua
protecção, em detrimento da sua subordinação ao interesse imediato do mercado. As principais
são:
1. 1. Lei nº 21/IV/91, de 30 de Dezembro, Suplemento - B.O. nº52/91: que estabelece os
objectivos, princípios, meios, instrumentos básicos e políticas de desenvolvimento
turístico. Pode-se considerar a lei base do turismo.
2. Lei nº 40/IV/92, de 6 de Abril, Suplemento - B.O. nº 14/91: que cria o imposto do
turismo, a aplicar sobre empresas ligadas à actividade turística, como sejam hotéis,
agências de viagem e turismo, parques de campismo, empresas de aluguer de
automóveis, etc.
3. Lei nº 42/IV/92, de 6 de Abril, Suplemento - B.O. nº 14/91: que estabelece o regime
jurídico de utilidade turística, a atribuir aos empreendimentos turísticos que satisfaçam
determinados pressupostos, definidos na lei.
4. Decreto-Lei nº 69/92, de 19 de Junho - 2º Suplemento - B.O. nº24/92 : que
regulamenta a Lei do Jogo, estabelecendo as regras jurídicas relativas ao pessoal, ao
funcionamento das salas de jogo, acesso e fiscalização, actos ilícitos e sanções. Obs:
Este diploma está a ser revisto.
5. Decreto-Lei nº 2/93, de 1 de Fevereiro - B.O. nº 2/93, I Série: que declara como Zonas
Turísticas Especiais, as áreas identificadas como possuidoras de especial aptidão para o
turismo internacional, pelas potencialidades que apresente para o desenvolvimento
turístico internacional de sol e mar, ou pelo seu valor ecológico, e estabelece as formas
de apropriação de solos das mesmas áreas e as modalidades da sua cedência aos
promotores turísticos.
6. Decreto-Lei nº 11/94, de 14 de Fevereiro - B.O. nº7/94, I Série: que cria o Fundo do
Desenvolvimento do Turismo, o qual tem por objecto contribuir para o fomento da
actividade do sector do turismo, através da concessão de subsídios, prestação de
garantias às instituições de crédito e pagamento de bonificações de juros, podendo
ainda passar a conceder crédito turístico a curto, médio e longo prazo.
Obs.: Encontra-se em fase de actualização um pacote legislativo que permitirá uma maior
adequação das normas à realidade cabo-verdiana e melhorar a performance dos profissionais
nacionais
CONDIÇÕES GERAIS DE INVESTIMENTO

As condições gerais para a realização do investimento externo em Cabo Verde estão


consagradas na lei nº 90/IV/93 (ex-Lei nº 89/IV/93) que inclui todos os direitos, garantias e
incentivos a que o investidor tem direito.
È considerado investimento externo toda a participação em actividades económicas, nos termos
da lei, com contribuições provenientes do exterior e passíveis de avaliação pecuniária.

Modalidades de Investimento Externo


· Criação de uma nova empresa;
· Abertura de sucursais ou outra forma de representação de empresas estrangeiras;
· Aquisição de activos de empresas existentes;
· Aquisição de partes sociais ou aumento de participação social em empresa constituída;
· Contrato que implique o exercício de posse ou exploração de empresas;
· Cedência de bens ou equipamentos em regime de leasing ou em regimes equiparados;
· Empréstimos ou prestações suplementares de capital realizadas directamente pelo investidor
externo às empresas em que participe.

Garantias e Protecção
O Estado de Cabo Verde garante a não discriminação do investidor externo, assegurando-lhe
tratamento justo e equitativo bem como a segurança e protecção dos seus direitos e bens no
âmbito do investimento externo, que em nenhuma circunstância podem ser objecto de
nacionalização ou expropriação, salvo com fundamento de utilidade publica.

Transferências de Dividendos e Lucros


É garantida ao investidor externo a transferencia para o exterior, em divisas, de todos os
montantes a que tenha legalmente direito em resultado de operações de investimento externo
devidamente registado.

Benefícios e Isenções
A legislação caboverdiana concede isenção de tributação para os dividendos e lucros
distribuídos ao investidor e que sejam provenientes de investimento externo, nas seguintes
condições:
· Durante um período de 5 anos contado a partir da data do registo do investimento;
· Sempre que os referidos lucros tenham sido reinvestidos, nos termos da lei, na mesma ou
noutra actividade económica em Cabo verde.
Após o periodo de insenção, caso os lucros não forem reinvestidos, ser-lhe-á aplicada uma taxa
de imposto único de 10%. Estes incentivos não se aplicam aos investimentos cuja produção se
destine ao mercado interno.

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