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genoma
SEGURANÇA DO TRABALHO NA INDUSTRIA
DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Professora :

Ms. Karine Rubia de M. M. Silva

Graduada em Engenharia Metalúrgica

Especialização em:

Minas e Metalurgia

Segurança do Trabalho
NORMA REGULAMENTADORA 06
NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
6.1.1 O objetivo desta Norma Regulamentadora - NR é estabelecer os requisitos para aprovação,
comercialização, fornecimento e utilização de Equipamentos de Proteção Individual - EPI.

6.2.1 As disposições desta NR se aplicam às organizações que adquiram EPI, aos trabalhadores que os utilizam,
assim como aos fabricantes e importadores de EPI.

6.2.1.1 Para os fins de aplicação desta NR considera-se fabricante a pessoa jurídica estabelecida em território
nacional que fabrica o EPI ou o manda projetar ou fabricar, assumindo a responsabilidade pela fabricação,
desempenho, garantia e assistência técnica pós-venda, e que o comercializa sob seu nome ou marca.

6.2.1.2 Para os fins de aplicação desta NR considera-se importador a pessoa jurídica estabelecida em território
nacional que, sob seu nome ou marca, importa e assume a responsabilidade pela comercialização, desempenho,
garantia e assistência técnica pós-venda do EPI.

6.2.1.2.1 Equiparam-se a importador o adquirente da importação por conta e ordem de terceiro e o encomendante
predeterminado da importação por encomenda previstos na legislação nacional.
NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

6.3.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora -


NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI,
todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Os EPIs não reduzem o “risco e/ou perigo”,


apenas adequam o indivíduo ao meio
ambiente e ao grau de exposição
RISCO X PERIGO
Segundo o Vocabulário Jurídico de Plácido e Silva
(2003, p.1030), o conceito de perigo, que é derivado
do latim periculum, é “toda eventualidade, que se
receia ou que se teme, da qual possa resultar um
mal ou dano, à coisa ou à pessoa, ameaçando-a em
sua existência”.

O risco pode ser definido como a probabilidade de


um determinado agente causar um dano. O risco
intrínseco de determinado agente é variável em
função das salvaguardas adotadas, que poderão
evitar ou reduzir possíveis danos que venham a
ocorrer.
RISCO X PERIGO
Já a OHSAS (Occupational Health and
Safety Assessment Series) 18.001 define:

• Perigo: Fonte ou situação com potencial


para provocar danos em termos de lesão,
doença, dano à propriedade, meio ambiente,
local de trabalho ou a combinação destes.

• Risco: Combinação da probabilidade de


ocorrência e da (s) consequência (s) de um
determinado evento perigoso.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL –
QUANDO USAR?
 Durante a realização de atividades rotineiras ou emergencias, de
acordo com o grau de exposição.
 Deve ser escolhido de acordo com as necessidades, riscos intrínsecos
das atividades e parte do corpo a ser protegida.
 Em caso de dúvidas ou desconhecimento do grau de exposicão
e/ou contaminação a que o trabalhador estará exposto, deverão sempre
ser utilizados os EPIs de proteção máxima.
 Após a avaliação da situação deverá ser adequado o uso dos EPIs as
reais situações.
NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL – EPI - RESPONSABILIDADES
DA ORGANIZAÇÃO

6.5.1 Cabe à organização, quanto ao EPI:

a) adquirir somente o aprovado pelo órgão de âmbito


nacional competente em matéria de segurança e saúde
no trabalho;
b) orientar e treinar o empregado;
c) fornecer ao empregado, gratuitamente, EPI adequado ao
risco, em perfeito estado de conservação e
funcionamento, nas situações previstas no subitem
1.5.5.1.2 da Norma Regulamentadora nº 01 (NR-01) -
Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos
Ocupacionais, observada a hierarquia das medidas de
prevenção;
NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL –
EPI - RESPONSABILIDADES DA ORGANIZAÇÃO

d) registrar o seu fornecimento ao empregado, podendo ser adotados


livros, fichas ou sistema eletrônico, inclusive, por sistema biométrico;
e) exigir seu uso;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica, quando
aplicáveis esses procedimentos, em conformidade com as informações
fornecidas pelo fabricante ou importador;
g) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; e
h) comunicar ao órgão de âmbito nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho qualquer irregularidade observada.
NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL - EPI
6.5.2 A organização deve selecionar os EPI, considerando:

a) a atividade exercida;
b) as medidas de prevenção em função dos perigos identificados e dos riscos ocupacionais
avaliados;
c) o disposto no Anexo I;
d) a eficácia necessária para o controle da exposição ao risco;
e) as exigências estabelecidas em normas regulamentadoras e nos dispositivos legais;
f) a adequação do equipamento ao empregado e o conforto oferecido, segundo avaliação do
conjunto de empregados; e
g) a compatibilidade, em casos que exijam a utilização simultânea de vários EPI, de maneira a
assegurar as respectivas eficácias para proteção contra os riscos existentes.

6.5.2.1 A seleção do EPI deve ser registrada, podendo integrar ou ser referenciada no Programa de
Gerenciamento de Riscos - PGR
NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL - EPI
6.5.2.1.1 Para as organizações dispensadas de elaboração do PGR, deve ser mantido registro que
especifique as atividades exercidas e os respectivos EPI.

6.5.2.2 A seleção do EPI deve ser realizada pela organização com a participação do Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, quando houver, após ouvidos
empregados usuários e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA ou nomeado.

6.5.2.3 A seleção do EPI deve ser revista nas situações previstas no subitem 1.5.4.4.6 da NR-01, quando
couber.

6.5.3 A seleção, uso e manutenção de EPI deve, ainda, considerar os programas e regulamentações
relacionados a EPI.

6.5.4 A seleção do EPI deve considerar o uso de óculos de segurança de sobrepor em conjunto com lentes
corretivas ou a adaptação do EPI, sem ônus para o empregado, quando for necessária a utilização de
correção visual pelo empregado no desempenho de suas funções.
OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO
6.6 Responsabilidades do trabalhador

6.6.1 Cabe ao trabalhador, quanto ao EPI:

a) usar o fornecido pela organização, observado o


disposto no item 6.5.2;
b) utilizar apenas para a finalidade a que se destina;
c) responsabilizar-se pela limpeza, guarda e
conservação;
d) comunicar à organização quando extraviado,
danificado ou qualquer alteração que o torne
impróprio para uso; e
e) cumprir as determinações da organização sobre
o uso adequado.
EPI MAIS UTILIZADOS NAS
ATIVIDADES DA IC
CALÇADOS DE SEGURANÇA
Os calçados de segurança devem
proteger os pés contra todos os
tipos de agressões: impactos
mecânicos, perfurações, cortes,
abrasões, contatos com água e
líquidos corrosivos, poeiras
cáusticas, choques elétricos e
muitos outros agentes de risco
(lugares muito frios ou quentes,
riscos biológicos).
LUVAS DE PROTEÇÃO
De todas as partes do corpo humano,
as que mais se expõem e sofrem
agressões nas atividades laborais e,
principalmente, naquelas pertencentes
à IC, sem dúvida alguma são as mãos.
Daí, a preocupação de todos os
prevencionistas com a implementação
de proteções coletivas e as
complementações mediante o uso de
luvas de proteção adequadas aos
riscos identificados.
PROTETORES RESPIRATÓRIOS
A utilização de protetores respiratórios deve ser objeto de um Programa
de Proteção Respiratória, a ser elaborado sob a responsabilidade do
empregador, com a finalidade de estabelecer um processo para seleção,
uso e manutenção dos respiradores, a fim de assegurar a proteção
adequada para o usuário desses EPIs.

Os protetores respiratórios mais utilizados na IC são os recomendados


para aerodisperoides sólidos, poeiras mecanicamente geradas.
Normalmente são do tipo PFF-1 ou P1 (essas menos usadas).
PROTETORES RESPIRATÓRIOS
Classificações dos filtros e utilizações recomendadas:

PFF1: proteção contra poeiras e névoas partículas não tóxicas. (Penetração máxima através do filtro de
20%).
PFF2: proteção contra partículas finas, fumos e névoas tóxicas. (Penetração máxima através do filtro de
6%).
PFF3: contra partículas tóxicas finíssimas e radionuclídeos. (Penetração máxima através do filtro de 0,1%)

OBSERVAÇÕES:

 A vida útil do filtro protetor dependerá da extensão do uso e dos cuidados de guarda e higienização,
devendo ser trocado quando o usuário sentir dificuldade na respiração através do filtro;
 É necessária avaliação médica para determinar se o usuário é apto a usar o respirador, e
 Com o emprego cada vez maior na IC de produtos químicos para as mais diversas finalidades, os
responsáveis pelo PGR e PPR, deverão consultar sobre a toxicidade dessas substâncias nas
respectivas Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).
CAPACETES
Os capacetes mais utilizados nas atividades da IC são fabricados em polietileno de
alta densidade, tendo normalmente uma aba frontal e internamente, uma peça de
suspensão, a “carneira”, cuja função é absorver a energia causada por qualquer
impacto (batida contra obstáculo, ou pela queda de materiais).

São classificados conforme abaixo:

 Capacete tipo I - Capacete com aba total;


 Capacete tipo II - Capacete com aba frontal;
 Capacete tipo III - Capacete sem aba;
 Capacete classe A - Capacete para uso geral, exceto em trabalhos com energia
elétrica, e
 Capacete classe B – Capacete para uso geral, inclusive para trabalhos com
energia elétrica.
PROTETOR AUDITIVO
A utilização de protetores auditivos deve ser objeto de um Programa de
Conservação Auditiva (PCA), constante no Anexo I da NR-07.

Como em todos os demais programas exigidos pela legislação de SST,


compete ao empregador a aplicação da NR-0 7, item 7.3.1.

a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como


zelar pela sua eficácia, e
b) custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos
relacionados ao PCMSO.
PROTEÇÃO PARA OLHOS E FACE
Esses EPIs são apresentados nas formas de óculos, protetor facial e
máscaras de proteção.

Na IC muitas são as atividades que exigem esse tipo de equipamento,


visando proteger os olhos e/ou a face de:

 Impactos de partículas volantes (fragmentação de concreto, areias,


pedras, corte de madeiras e outras);
 Respingos de produtos líquidos;
 Luminosidade intensa;
 Radiação ultravioleta, e
 Radiação infravermelha.
PROTEÇÃO PARA OLHOS E FACE
Esses EPIs são apresentados nas formas de óculos, protetor facial e
máscaras de proteção.

Na IC muitas são as atividades que exigem esse tipo de equipamento,


visando proteger os olhos e/ou a face de:

 Impactos de partículas volantes (fragmentação de concreto, areias,


pedras, corte de madeiras e outras);
 Respingos de produtos líquidos;
 Luminosidade intensa;
 Radiação ultravioleta, e
 Radiação infravermelha.
PROTEÇÃO PARA OLHOS E FACE
Para as operações de soldagem há proteções específicas na forma de óculos e máscaras.

 Os óculos de segurança, destinados à proteção contra qualquer tipo de projeções (partículas volantes
sólidas ou líquidas; areia, cimento e serragens) devem ser vedados também nas laterais, tipo envolvente ou
panorâmico;
 Caso o trabalhador já seja usuário de óculos com lentes corretivas, o empregador deverá fornecer os óculos
de proteção com as lentes de mesma graduação;
 No caso acima, tratando-se de necessidade de exposição eventual, poderá também ser fornecido ao
trabalhador um óculos de proteção de “sobreposição”, que será posicionado sobre os óculos com lentes
corretivas;
 Fabricados com inúmeras opções, geralmente apresentam armações com materiais diversos (polipropileno,
nylon, borracha), mas a maioria apresenta as lentes de policarbonatos. Essas devem possuir as seguintes
características: material não estilhaçável e lentes antirrisco, filtrar raios ultravioletas (com eficiência torno de
99%) para trabalhos ao ar livre, provido de alças para impedir a queda acidental, e
 Máscaras de proteção para atividades com solda possuem lentes escuras, em tonalidades que podem
variar de 1,5 até 14 ajustes da tonalidade de escurecimento: ajustável pelo usuário ou automático; emprego
para a maioria dos processos de soldagem, como eletrodo revestido, MIG/MAG, TIG, corte, solda plasma e
oxiacetileno.
PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS
COM DIFERENÇA DE NÍVEL

Dispositivo trava-queda

Cinturão
OUTROS EPIS UTILIZADOS NA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
DOCUMENTAÇÃO EXIGÍVEL,
OBRIGATÓRIA NO CANTEIRO
 Especificações dos EPIs utilizados, por função e
risco;
 Recibos comprovando a entrega de EPI, por
trabalhador;
 CA dos EPIs utilizados no canteiro e comprovantes
de aquisição, e
 Comprovação de ter efetuado treinamentos aos
trabalhadores, relativos à forma correta de uso,
guarda e higienização dos EPIs fornecidos, bem
como de suas limitações quanto à proteção ao risco
visado e mais dos possíveis danos à saúde por não
utilizá-los.
ITENS MAIS VISADOS
PELA FISCALIZAÇÃO
 Não possuir documentação conforme
indicações no item precedente;
 Não fornecer o EPI necessário à função /
risco;
 Não repor EPI danificado, e
 Não treinar o trabalhador para a correta
utilização, guarda e principalmente pela
higienização do EPI

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