Você está na página 1de 37

SimulArroz 1.

1: um modelo de simulação do crescimento, desenvolvimento e


produtividade de arroz irrigado.

Nereu Augusto Streck, Rômulo Pulcinelli Benedetti, Alencar Junior Zanon, Andrea
Schwertner Charão, Michel Rocha da Silva, Giovana Ghisleni Ribas, Gean Leonardo
Richter, Lucas Ferreira da Silva, Ary José Duarte Junior e Bruna San Martin Rolim
Ribeiro.

Departamento de Fitotecnia/Centro de Ciências Rurais.

Departamento de Linguagens e Sistemas de Computação/Centro de Tecnologia.

© 2013 por Universidade Federal de Santa Maria. Todos os direitos reservados (All
rights reserved).

Conteúdo
1. INTRODUÇÃO
2. O SOFTWARE E SEUS DESENVOLVEDORES
3. INSTALAÇÃO
4. UTILIZAÇÃO
5. ENTRADA DE DADOS
6. FUNCIONAMENTO DO SimulArroz v.1.1
6.1 DESENVOLVIMENTO (FENOLOGIA) DA CULTURA
6.2 EMISSÃO DE FOLHAS DA CULTURA
6.3 CRESCIMENTO DA CULTURA
6.3.1 Produção e partição de matéria seca;
6.3.2 Resposta ao aumento de CO​2​ atmosférico
6.4 PRODUTIVIDADE DE GRÃOS E SEUS COMPONENTES
6.5 DANOS POR GEADA
7. RESULTADOS
8. IMPORTANDO DADOS PARA PLANILHAS ELETRÔNICAS
9. VALIDAÇÃO DO MODELO
9.1 FENOLOGIA DA CULTURA DO ARROZ
9.2 CRESCIMENTO DA CULTURA
9.3 PRODUTIVIDADE DE GRÃOS
10. COMO OBTER O SOFTWARE SimulArroz v.1.1
11. DIREITOS, PERMISSÕES E CONDIÇÕES DE USO
12. DÚVIDAS E INFORMAÇÕES
13. AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
ANEXO A
ANEXO B
1. INTRODUÇÃO
O SimulArroz v.1.1 é um modelo ecofisiológico dinâmico baseado em processos
(​process-based model​), desenvolvido pelo Grupo de Agrometeorologia da Universidade
Federal de Santa Maria, para simular a produtividade de arroz irrigado no sistema por
inundação (​flooded rice​) no estado do Rio Grande do Sul, Brasil. O SimulArroz é
resultado de dois modelos anteriores de arroz, o ORYZA2000 (Bouman et al., 2004),
que é o modelo de simulação da cultura do arroz do Instituto Internacional de Pesquisa
em Arroz (IRRI - ​The International Rice Research Institute​), nas Filipinas, e o InfoCrop
(Aggarwal et al., 2006), ambos modelos de arroz desenvolvidos e testados em
ecossistemas de arroz na Ásia. Parte do código fonte do ORYZA2000 e do InfoCrop foi
utilizado no software SimulArroz, e o restante do código fonte foi desenvolvido para
adaptar o modelo às cultivares de arroz do Rio Grande do Sul (Walter et al., 2012;
ROSA et al., 2015), o que diferencia o SimulArroz dos outros modelos. É, portanto, um
produto para atender as demandas de simulação numérica regional para os ecossistemas
gaúchos de arroz, ou seja, arroz em sistema de inundação (alagamento) do solo com
manejo e cultivares de arroz adaptadas para condições de cultivo no estado do Rio
Grande do Sul.
O SimulArroz calcula os principais processos ecofisiológicos de um ecossistema
de arroz, como a acumulação de biomassa de raízes, folhas, caule e panículas, o
desenvolvimento da cultura (fenologia pela escala de Counce et al., 2000) e a emissão
de folhas (escala de Haun, 1973) no passo de tempo de um dia. Na versão 1.1, o
SimulArroz simula a produtividade potencial da cultura, e a produtividade em três
níveis tecnológicos da lavoura (alto, médio e baixo), descritos no item 4. O fluxograma
do SimulArroz é apresentado no ANEXO A (Silva et al., ​2016). Os potenciais usuários
do SimulArroz são tomadores de decisão, produtores, estudantes de graduação e
pós-graduação, extensionistas, pesquisadores e professores.

2. O SOFTWARE E SEUS DESENVOLVEDORES


O software SimulArroz v.1.1 foi desenvolvido na Universidade Federal de Santa
Maria (UFSM), Santa Maria, RS, e tem duas partes: (a) o código em Fortran do modelo
matemático que contém as equações e subrotinas que descrevem os processos de
crescimento, desenvolvimento e produtividade da cultura do arroz e (b) a interface em
Java que permite ao usuário rodar o modelo de crescimento, desenvolvimento e
produtividade da cultura do arroz a partir de uma tela de fácil entendimento e
interatividade.
A parte (a) do SimulArroz começou a ser desenvolvida por Lidiane Cristine
Walter e Hamilton Telles Rosa, doutores pelos Programas de Pós-graduação em
Engenharia Agrícola (PPGEA) e Agronomia (PPGAgro) da UFSM, respectivamente.
As atualizações e melhorias para gerar a versão SimulArroz 1.1, foram desenvolvidas
por Giovana Ghisleni Ribas, aluna de doutorado pelo PPGEA, e por Gean Leonardo
Richter, aluno de mestrado pelo PPGAgro. O desenvolvimento e os avanços do modelo
SimulArroz foram realizados sob a supervisão do Prof. ​Nereu Augusto Streck​, do
Departamento de Fitotecnia/Centro de Ciências Rurais da UFSM.
A parte (b) do SimulArroz foi desenvolvida por Rômulo Pulcinelli Benedetti,
bacharel em Ciência da Computação, e por Lucas Ferreira da Silva, aluno de graduação
do Curso de Ciência da Computação da UFSM, sob supervisão da Prof​a​. ​Andrea
Schwertner Charão​, do Departamento de Linguagens e Sistemas de Computação/Centro
de Tecnologia da UFSM.

3. INSTALAÇÃO
Para executar este software é necessário ter instalado em seu sistema (Windows
ou Linux) a última versão da máquina virtual Java. Para mais informações visite o site
oficial do Simularroz (www.ufsm.br/simularroz).

No site oficial do Simularroz (www.ufsm.br/simularroz), fazer download do


arquivo SimulArroz(Java)-1.1.jar;

O SimulArroz v1.1 não necessita ser instalado. Caso você já tenha a máquina
virtual Java instalada, basta executar o software clicando duas vezes no arquivo
recém-baixado que o modelo iniciará.
4. UTILIZAÇÃO
Para abrir o SimulArroz, clique no atalho do programa na área de trabalho, ou
acesse o menu Iniciar/Programas/SimulArroz. A tela inicial vai aparecer (Figura 1).

Figura 1. Tela inicial do SimulArroz v.1.1 onde o usuário deve informar os dados de entrada
referentes à cultura do arroz (cultivar/híbrido ou ciclo), nível tecnológico da lavoura, data de
semeadura ou data de emergência, número de safras a serem simuladas, concentração de CO​2
atmosférico e densidade de plantas (pl m​-2​).

O simulador é composto de três abas principais (Figura 1): a primeira


denominada “SIMULAÇÃO”, onde o usuário realiza a simulação, a aba “TABELAS”,
onde são apresentados os resultados da simulação em forma textual, e a aba
“GRÁFICOS”, onde são apresentados alguns resultados da simulação em forma gráfica
(Item 8).
Na aba “SIMULAÇÃO” o usuário deve realizar cinco passos (Figura 1):
1º) Clique em “INSERIR DADOS METEOROLÓGICOS”, e abra o arquivo ​.txt
com os dados meteorológicos organizados na seguinte ordem: ano, dia do ano (de 1 a
365 ou 366 em anos bissextos), temperatura mínima (em ºC) , temperatura máxima (em
ºC) e radiação solar (em MJ m​-2​ dia​-1​).
Observação: ​É muito importante que os dados de entrada estejam organizados desta
forma, pois, caso contrário, os resultados gerados serão incorretos. O separador decimal
das variáveis meteorológicas temperatura mínima, temperatura máxima e radiação solar
deve ser o ponto com uma casa decimal (ex: 23.6ºC, 25.4 MJ m​-2 dia​-1​) e as variáveis
meteorológicas devem ser separadas por tabulação (tecla TAB). Em caso de dúvidas,
leia atentamente o item 5 (Entrada de dados).
2º) Ative a opção “Cultivar/híbrido” ou “Ciclo”. Na primeira opção é possível
eleger entre um grupo de cultivares e híbridos disponíveis no programa. Caso a cultivar
desejada não esteja disponível, selecione a opção “Ciclo”, em que a divisão das
cultivares é por grupo de maturação (muito precoce, precoce, médio e tardio). Escolha o
nível tecnológico da lavoura (potencial, alto, médio e baixo) (Figura 1). O nível
tecnológico potencial permite simular a produtividade potencial (teto produtivo),
situação que geralmente só se consegue em nível experimental, com pequenas parcelas,
onde as plantas não sofrem nenhum estresse biótico (pragas, doenças e plantas
daninhas) ou abiótico (falta de água e nutrientes), não acamam e estão na densidade
populacional recomendada (Cassman et al., 2003). O nível tecnológico alto representa
lavouras bem manejadas e que se enquadram na proposta do Projeto 10+ do IRGA. O
nível baixo representa lavouras com pouca tecnologia de insumos, as plantas sofrem
com estresse por fatores bióticos (pragas, doenças e alta competição com plantas
daninhas) e abióticos (adubação de NPK não é feita ou é feita com baixa quantidade,
falta água durante as fases críticas) a ponto da lavoura comercial não ser viável
economicamente no Rio Grande do Sul. O nível tecnológico médio representa lavouras
com uma tecnologia intermediária entre os níveis alto e baixo, sendo subdividido em
nível intermediário superior e inferior (Figura 2).
3º) Digite a data de semeadura ou de emergência, e o número de safras a
simular;
4º) Caso desejado ajuste a concentração de CO​2​ e a densidade de plantas;
5º) Clique no botão “play” situado no canto inferior direito da tela para realizar a
simulação.
Figura 2. Níveis tecnológico potencial, alto, médio e baixo, considerados no SimulArroz v.1.1
para a cultura do arroz irrigado por inundação no estado do Rio Grande do Sul.

5. ENTRADA DE DADOS
O SimulArroz v.1.1 necessita de dois grupos de dados de entrada (​inputs​) para
ser rodado: dados da cultura e dados meteorológicos. Os dados da cultura devem ser
informados pelo usuário na tela principal do programa (Figura 1) e incluem: escolha da
cultivar/híbrido ou do grupo de maturação (o usuário pode optar, estando a cultivar na
lista do programa ou se a cultivar de seu interesse não consta na lista, o usuário deve
saber o grupo de maturação à que a cultivar pertence), data de semeadura ou
emergência, densidade de plantas (pl m​-2​), número de safras a serem simuladas, nível
tecnológico da lavoura e concentração de CO​2 atmosférico. Os dados meteorológicos
são temperatura mínima e máxima diária (ºC) e radiação solar (MJ m​-2 dia​-1​), os quais
devem ser fornecidos em um arquivo de entrada no formato *.txt, (Figura 3), separados
por tabulação (tecla TAB). Independente do volume de dados armazenados no arquivo
de entrada *.txt​, o programa, ao ser executado pelo usuário, utilizará apenas dados
necessários para completar o ciclo da cultura.
Figura 3. Arquivo de entrada com os dados meteorológicos diários para serem lidos no
SimulArroz v.1.1. O arquivo deve ser no formato de texto (*.txt) contendo cabeçalho (Ano, Dia,
TMin, TMax, solRad), as variáveis ano, dia do ano (1 a 365 ou 366 em ano bissexto),
temperatura mínima (ºC), temperatura máxima (ºC) e densidade de fluxo de radiação solar
global (MJ m​-2 dia​-1​), separados por tabulação (tecla TAB). O separador decimal das variáveis
temperatura mínima, temperatura máxima e radiação solar deve ser o ponto (ex: 23.6ºC, 25.4
MJ m​-2​ dia​-1​).
A sequência (passos) da entrada de dados no SimulArroz está na primeira tela do
programa (Figura 1). Primeiro (Passo 1) o usuário deve inserir os dados meteorológicos
no formato ilustrado na Figura 3, escolher a Cultivar/híbrido ou Ciclo (grupo de
maturação) e o nível tecnológico da lavoura (Passo 2), inserir a data de semeadura ou
emergência e o número de safras a serem simuladas (Passo 3), e por fim escolher a
concentração de CO​2 atmosférico e a densidade de plantas (Passo 4). Com esses dados
de entrada o usuário pode proceder com a simulação, clicando no botão “play” no canto
inferior direito para simular (Passo 5). Para gerar os resultados, não poderá haver falhas
no arquivo de entrada de dados meteorológicos. Em havendo falhas nesse arquivo, o
programa exibe uma mensagem de alerta e para a simulação.

6. FUNCIONAMENTO DO SimulArroz v.1.1

6.1 DESENVOLVIMENTO (FENOLOGIA) DA CULTURA

O modelo utiliza o conceito de soma térmica (ºC dia) para a simulação do


desenvolvimento da cultura do arroz, de modo que a duração de cada uma das fases é
definida pelo tempo térmico necessário para completar cada fase. No modelo InfoCrop
o ciclo da cultura é dividido em três fases: fase de emergência (semeadura-emergência),
fase vegetativa (emergência-antese) e fase reprodutiva (antese-maturidade fisiológica).
No entanto, Lago (2008) propôs uma nova divisão no ciclo de desenvolvimento da
cultura, com a inclusão do estágio de diferenciação da panícula, momento em que é
definido o componente do rendimento número de grãos por panícula, quando
recomenda-se a aplicação da segunda parcela da adubação nitrogenada em cobertura
(SOSBAI, 2016). Assim, o modelo SimulArroz divide o ciclo de desenvolvimento em
quatro fases: fase de emergência (semeadura-emergência), fase vegetativa
(emergência-diferenciação da panícula), fase reprodutiva (diferenciação da
panícula-antese) e fase de enchimento de grãos (antese-maturidade fisiológica) (Figura
4).
Figura 4. Diagrama esquemático do ciclo de desenvolvimento da cultura do arroz irrigado no
modelo SimulArroz v.1.1, indicando os principais estágios de desenvolvimento em cada fase
(Walter et al., 2012). Dif. do primórdio floral corresponde à diferenciação da panícula
(SOSBAI, 2016)

O cálculo da soma térmica no SimulArroz v.1.1 é realizado segundo


metodologia utilizada por Lago (2008) e Streck et al. (2011) e acumulada diariamente
(Soma Térmica acumulada, STa), com bases nas temperaturas mínima e máxima diárias
do ar e considerando as três temperaturas cardinais do desenvolvimento da cultura,
temperatura base inferior (Tb – abaixo da qual a planta não se desenvolve), temperatura
ótima (Tot – em que o desenvolvimento é máximo) e temperatura base superior (TB –
acima da qual a planta não se desenvolve). As temperaturas cardinais variam de acordo
com a fase de desenvolvimento, sendo Tb=11°C, Tot=30°C e TB=40°C para a fase de
emergência e para a fase vegetativa, Tb=15°C, Tot=25°C e TB=35°C para a fase
reprodutiva e Tb=15°C, Tot=23°C e TB=35°C para a fase de enchimento de grãos
(Lago, 2008; Streck et al., 2011).
A fase vegetativa (emergência – antese) é considerada como o período em que a
cultura do arroz irrigado tem sensibilidade ao fotoperíodo. No modelo InfoCrop,
dependendo do fotoperíodo e da sensibilidade da cultivar utilizada ao fotoperíodo,
calcula-se um fator de correção para a soma térmica desta fase (Aggarwal et al., 2006a).
No SimulArroz, não é considerado o efeito do fotoperíodo sobre o desenvolvimento,
pois a maioria das cultivares de arroz usadas no Rio Grande do Sul tem pouca ou não
apresenta sensibilidade ao fotoperíodo (Lago, 2008).
A seguir está a lista de variáveis usadas na subrotina do SimulArroz v.1.1 que
calcula a soma térmica.
Lista de variáveis utilizadas na subrotina de soma térmica do SimulArroz v.1.1.
day: Dia do ano;
minTemp: Temperatura mínima diária do ar (ºC);
maxTemp: Temperatura máxima diária do ar (ºC);
meanTemp: Temperatura média diária do ar (ºC);
basalTempDevelop: Temperatura base do desenvolvimento (ºC);
optTempDevelop: Temperatura ótima do desenvolvimento (ºC);
maxTempDevelop: Temperatura máxima do desenvolvimento (ºC);
minTempThermalTime: Soma térmica da minTemp (ºC dia);
maxTempThermalTime: Soma térmica da maxTemp (ºC dia);
dailyThermalTime: Soma térmica diária (ºC dia);

O estágio de desenvolvimento (DVS) da cultura é calculado diariamente no


SimulArroz v.1.1 de modo que a fase de emergência inicia no estágio de -1 (semeadura)
e vai até 0 (emergência), a fase vegetativa inicia no estágio 0 e termina no estágio 0,65
(diferenciação do primórdio floral), a fase reprodutiva inicia no estágio 0,65 e termina
no estágio 1 (antese), e a fase de enchimento de grãos corresponde ao período entre os
estágios 1 e 2 (maturidade fisiológica), como pode ser visualizado na Figura 4. Os
estágios 0.65, 1 e 2 correspondem, respectivamente, aos estágios R1, R4 e R9 da Escala
de Counce et al. (2000). A seguir a lista de variáveis usadas na subrotina do código
fonte que calcula o desenvolvimento diário da cultura do arroz.

Lista de variáveis utilizadas na subrotina de desenvolvimento (fenologia) do


SimulArroz v.1.1.
developRate: Taxa de desenvolvimento de cada fase: Semeadura - Emergência (dia​-1​),
Emergência - Diferenciação Primórdio Floral (dia​-1​), Diferenciação do Primórdio Floral
- Antese (dia​-1​), Antese - Maturação Fisiológica (dia​-1​);
dailyThermalTime: Soma térmica diária;
totalThermalTime: Soma térmica total de cada fase: Semeadura - Emergência (dia​-1​),
Emergência - Diferenciação Primórdio Floral (dia​-1​), Diferenciação do Primórdio Floral
- Antese (dia​-1​), Antese - Maturação Fisiológica (dia​-1​);
developStage: Estágio de desenvolvimento;

6.2 EMISSÃO DE FOLHAS DA CULTURA

Esta subrotina simula o aparecimento de folhas no colmo principal da planta de


arroz, representado através da Escala de Haun (Haun, 1973). O número de folhas
acumuladas no colmo principal, ou Estágio de Haun (HS), é calculado pelo modelo de
Wang & Engel (1998), modificado por Streck et al. (2008) para arroz. As variáveis
desta subrotina no código fonte estão apresentadas na lista a seguir.

Lista de variáveis utilizadas na subrotina de emissão de folhas do SimulArroz v.1.1.


meanTemp: Temperatura média diária do ar (ºC);
basalTempHaunStage: Temperatura cardinal mínima para emissão de folhas (ºC);
optTempHaunStage: Temperatura cardinal ótima para emissão de folhas (ºC);
maxTempHaunStage: Temperatura cardinal máxima para emissão de folhas (ºC);
haunStage: Número de folhas no colmo principal (Escala de Haun);
leafAppearRate: Taxa de emissão de folhas no colmo principal (folhas dia​-1​);
maxLeafAppearRate: Taxa máxima de emissão de folhas da cultivar ou grupo de
maturação (folhas dia​-1​);
finalLeafNumber: Número final de folhas;

O número final de folhas no colmo principal (NFF), ou seja, o HS da folha


bandeira, é calculado de forma dinâmica no SimulArroz v.1.1. Segundo Streck et al.
(2009), após a diferenciação da panícula (R1) são emitidas, em média, três folhas no
cartucho da planta de arroz. Assim, no SimulArroz o NFF é calculado somando-se três
folhas ao HS no dia em que ocorre o R1 (DVS= 0.65). Desta maneira, o NFF é
resolvido implicitamente no modelo e, portanto, variável em função do ciclo da cultivar
ou grupo de maturação e da época de semeadura (Streck et al., 2009).

6.3 CRESCIMENTO DA CULTURA

6.3.1 Produção e partição de matéria seca


A produção de matéria seca (MS) na planta de arroz é calculada no SimulArroz
v.1.1 a partir da Eficiência do Uso da Radiação (RUE) e do Índice de Área Foliar (LAI),
uma relação clássica e robusta em estudos ecofisiológicos. O valor de RUE utilizado no
modelo varia de 2,39 g MJ​-1 (Kiniry et al., 2001) a 2,93 g MJ​-1 (Ribas et al., 2016) de
radiação fotossinteticamente ativa interceptada pelo dossel, de acordo com a cultivar ou
o híbrido selecionado. O efeito da temperatura sobre a RUE é descrito por uma função
de resposta com quatro temperaturas cardinais descrita por Soltani et al. (2001) e
representada na Figura 5. Com essa função, a RUE é máxima quando a temperatura
média diária do ar se situa na faixa ótima (entre 22 e 32°C) e é multiplicada por um
fator de correção menor que 1 em temperaturas sub e supra ótimas, o que reduz a RUE
(Figura 5).

Figura 5. Função de resposta da Eficiência do Uso da Radiação (EUR) à temperatura média


diária do ar usada no SimulArroz v.1.1.

No cálculo da produção diária de matéria seca na planta no modelo SimulArroz


v.1.1 utiliza-se a radiação fotossinteticamente ativa (PAR) como sendo 50% da
densidade de fluxo de radiação solar global incidente, em MJ m​-2 dia​-1​. O modelo
considera que o coeficiente de extinção das folhas à radiação solar é de 0,4 até a antese,
e 0,6 após a antese (Bouman et al., 2004).
Uma vez simulada a produção de matéria seca total diária na planta, o modelo
calcula a partição da matéria seca total entre raízes e parte aérea. A fração destinada à
parte aérea é então distribuída entre os diferentes órgãos da planta (folhas, colmos e
panículas) de acordo com o estágio em que a cultura se encontra. A partir da antese
inicia o processo de senescência das folhas e do colmo, que é calculado pela perda de
uma fração do peso acumulado em cada órgão da planta até o momento. A fração da
matéria seca destinada a cada parte da planta e a fração de senescência é dependente do
estágio de desenvolvimento da cultura (Tabela 1).

Tabela 1 – Fração da matéria seca alocada nas diferentes partes da planta de arroz em função do
estágio de desenvolvimento da cultura usado no modelo SimulArroz v.1.1. Adaptado de Ribas
et al. (2016). FO=folhas, CO=colmos, PA=panículas
Híbridos Cultivares
DVS Parte Aérea
FO CO PA FO CO PA

0,0 0,5 0,6 0,4 0,0 0,6 0,4 0,0

0,43 0,75 0,6 0,4 0,0 0,6 0,4 0,0

0,5 0,75 0,3 0,7 0,0 0,6 0,4 0,0

0,75 0,75 0,1 0,3 0,6 0,3 0,7 0,0


1,0 1,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,4 0,6

1,2 1,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 1,0

1,6 1,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 1,0

2,0 1,0 0,0 0,0 1,0 0,0 0,0 1,0

A matéria seca alocada para as folhas, em g m​-2 dia​-1​, multiplicada pela área
foliar específica, em m​2 g​-1 (calculada em função do estágio de desenvolvimento),
permite que o peso das folhas seja transformado em área, a partir da qual calcula-se o
índice de área foliar (LAI), que é atualizado diariamente no cálculo da produção de
matéria seca. No primeiro dia de simulação da produção de matéria seca, a área foliar
inicial de uma planta é considerada 0,0001 m​2 (Bouman et al., 2004), em uma densidade
de 200 plantas m​-2​, resulta em um LAI inicial de 0,02. Considera-se que uma parte dos
colmos também tem atividade fotossintética, assim foi utilizada a área específica de
colmos verdes de 0,003 m​2 g​-1​, multiplicada pela matéria seca alocada nos colmos,
sendo este valor acrescentado ao valor do LAI, resultando na área total de interceptação
da radiação solar para o cálculo da produção de matéria seca.
Em uma análise de sensibilidade feita previamente com o modelo, percebeu-se
que algumas vezes o valor do LAI máximo simulado pelo modelo era bastante elevado
e não representava a realidade. Então, foram coletados dados em experimentos e em
lavouras comerciais de LAI, além de ser realizada uma busca na bibliografia para
encontrar trabalhos que indicassem o LAI máximo de cultivares usadas no RS. Através
da busca bibliográfica foi encontrado o valor de 7,5 como LAI máximo, em condições
de alta adubação nitrogenada, com a cultivar IRGA 417 em Santa Maria (Camargo et
al., 2008), enquanto que em experimentos e em lavouras comerciais foram encontrados
valores de LAI máximo entre 8,2 e 9,3. Portanto, valores entre 7,5 e 9,3 foram
estabelecidos como o LAI máximo no SimulArroz, de acordo com a cultivar ou híbrido
selecionado. As variáveis utilizadas na subrotina que calcula o crescimento da cultura
do arroz no SimulArroz está na lista a seguir.

Lista de variáveis utilizadas na subrotina de crescimento (produção e partição da


matéria seca, e área foliar) do SimulArroz v.1.1.
.......................................... Produção de matéria seca........................................................
basalTempPhotosyn: Temperatura base para a fotossíntese (ºC);
optTempPhotosyn1: Temperatura ótima 1 para a fotossíntese (ºC);
optTempPhotosyn2: Temperatura ótima 2 para a fotossíntese (ºC);
maxTempPhotosyn: Temperatura máxima para a fotossíntese (ºC);
correctionFacRadiatUseEffic: Fator de correção da RUE em função da Temperatura
média do ar;
meanTemp: Temperatura média diária do ar (ºC);
solarRad: Radiação Solar (MJ m​-2​ dia​-1​);
cropGrowthRate: Taxa de crescimento da cultura (g m​-2​ dia​-1​);
radiatUseEffic: Eficiência do uso de Radiação (g MJ​-1​);
photosActiveRad: Radiação Fotossinteticamente Ativa (MJ m​-2​ dia​-1​);
leafAreaIndex: Índice de Área Foliar;
extinctCoefSolRad: Coeficiente de extinção da radiação solar no interior do dossel;
developStage: Estágio de desenvolvimento;
funcTecnolLevel: Fator de correção do nível tecnológico utilizado na lavoura;
gasCarbonFunction: Fator de correção do efeito do teor de CO​2​ atmosférico
.......................................Partição da matéria seca....................................................
fractDryMatterPartit: Fração da MS alocada na parte aérea;
fractDryMatterPartitLeaves: Fração da MS de parte aérea particionada para as folhas;
fractDryMatterPartitCulms: Fração da MS de parte aérea particionada para o colmo;
fractDryMatterPartitPanicles: Fração da MS de parte aérea particionada para a panícula;
developStage: Estágio de desenvolvimento;
reserveTranslocate: Translocação da reserva dos colmos para os grãos;
cropGrowthRate: Taxa de crescimento da cultura;
leafGrowthRate: Taxa de crescimento das folhas;
culmsGrowthRate: Taxa de crescimento de colmos;
grainGrowthRate: Taxa de crescimento dos grãos;
rootGrowthRate: Taxa de crescimento de raízes;
coeficSenesc: Coeficiente de perda devido à senescência das folhas;
leavesWeight: Peso de folhas;
culmsWeight: Peso de colmos;
rootsWeight: Peso de raízes;
leavesSenesc: Perda de peso devido a senescência das folhas;
culmsSenesc: Perda de peso devido a senescência de colmos;
.................................................Área foliar...............................................................
developStage: Estágio de desenvolvimento;
leafAreaIndex: Índice de área foliar;
plantDensity: Densidade de plantas (pl m​-2​)
leafGrowthRate: Taxa de crescimento das folhas (g m​-2​ dia​-1​);
leafGrowth: Peso das folhas (g m​-2​);
culmsGrowthRate: Taxa de crescimento dos colmos (g m​-2​ dia​-1​);
culmsGrowth = Peso dos colmos (g m​-2​);
specifLeafArea: área foliar específica (cm​2 ​g​-1​);
specifGreenCulmsArea: área específica de colmos verdes (cm​2 ​g​-1​);

Os níveis tecnológicos da lavoura, descritos no item 4, são definidos por uma


penalização sobre o RUE. Esta maneira de incluir no modelo os níveis tecnológicos da
lavoura usa o pressuposto ecofisiológico de que qualquer estresse (biótico ou abiótico)
reduz a capacidade fotossintética do dossel e, portanto, a eficiência de transformar a
radiação solar interceptada em biomassa pelo dossel vegetal.

6.3.2 Resposta ao aumento de CO​2​ atmosférico


O efeito da concentração de CO​2 atmosférico sobre o crescimento da planta de
arroz é descrito no modelo SimulArroz através de uma função de resposta da Eficiência
do Uso de Radiação à concentração de CO​2 atmosférico definido por Streck et al. (2012)
como:

em que Y é a função resposta que multiplica a RUE. A representação gráfica da função


de resposta de RUE ao aumento de CO​2 está na Figura 6. Recomenda-se evitar fazer
simulações com concentrações de CO​2 fora da faixa de 330 a 1000 ppm, já que níveis de
CO​2 fora desta faixa não foram testados com dados experimentais em Streck et al.
(2012).
Figura 6. Função de resposta da eficiência de uso da radiação ao aumento de CO​2 atmosférico
usado no SimulArroz v.1.1, segundo Streck et al. (2012).

6.4 PRODUTIVIDADE DE GRÃOS E SEUS COMPONENTES


As subrotinas que calculam a produtividade de grãos e seus componentes
utilizam as equações do modelo InfoCrop (Aggarwal et al., 2006) e do ORYZA2000
(Bouman et al., 2004).

6.4.1 Número de grãos


O número de espiguetas formadas em um dia é calculado por um fator de
formação de espiguetas (número de espiguetas por g de matéria seca) em função da
matéria seca produzida naquele dia (g m​-2 dia​-1​), resultando em espiguetas m​-2 dia​-1​. Este
valor é acumulado desde a diferenciação do primórdio floral até a antese, resultando no
número total de espiguetas formadas por m​-2​. O número final de espiguetas formado
sofre uma correção em função da esterilidade das espiguetas causada por temperaturas
extremas, baixas ou altas, durante o período crítico que fica entre os estágios 0,75 e 1,2
para as temperaturas baixas (temperatura mínima menor que 15​o​C) e entre os estágios
de 0,96 e 1,22 para as temperaturas elevadas (temperatura máxima acima de 35​o​C),
como no ORYZA2000. A seguir está a lista de variáveis usadas na subrotina do
SimulArroz para calcular o número de grãos e as perdas devido a esterilidade por frio e
por calor.

Lista de variáveis utilizadas na subrotina que calcula o número de grãos e a esterilidade


de espiguetas do SimulArroz v.1.1.
.................................................Número de grãos formados.................................................
developStage: Estágio de desenvolvimento;
cropGrowthRate: Taxa de crescimento da cultura;
formSpik: Fator de formação das espiguetas (espiguetas por g de MS);
grainsFormDaily: Número de espiguetas formadas em um dia (espiguetas m​-2​ dia​-1​);
sumGrains: Soma do número de grãos (grãos m​-2​);
................................................Penalização por temperatura…………................................
developStage: Estágio de desenvolvimento;
meanTemp: Temperatura média do dia (ºC);
maxTemp: Temperatura máxima do dia (ºC);
sterilSpik: Efeito da esterilidade de espiguetas por temperaturas extremas;
sterilSpikCold: Efeito da esterilidade de espiguetas causada pelo frio (1=sem efeito e
0=esterilidade máxima);
sterilSpikHeat: Efeito da esterilidade de espiguetas causada pelo calor (1=sem efeito e
0=esterilidade máxima);
dailySteriSpikMinTemp: Efeito diário da temperatura mínima na esterilidade de
espiguetas (ºC dia);
dailySteriSpikMaxTemp: Efeito diário da temperatura máxima na esterilidade de
espiguetas (ºC dia);
maxTempSteriSpik: Temperatura máxima média no período de sensibilidade;
sumGrainsTotal: Soma do número de grãos viáveis (grãos m​-2​);

6.4.2 Enchimento de grãos (PRODUTIVIDADE)


A partir da antese, parte da matéria seca produzida começa a ser translocada para
a panícula, dando início ao enchimento das espiguetas, formando os grãos. A fração da
matéria seca destinada à panícula é dividida entre o total de espiguetas que foram
produzidas na planta após o período crítico de sensibilidade às temperaturas extremas
(DVS 1.2). O número total de grãos é corrigido em função da esterilidade de espiguetas,
e a matéria seca que havia sido alocada nos grãos que sofreram a esterilidade é perdida.
Em adição à matéria seca produzida diariamente, após a antese, 10% da reserva
previamente acumuladas no colmo é translocada para os grãos, todos os dias.
Quando um quarto do período de enchimento de grãos é completado, a massa
seca dos grãos é avaliada. Se o peso de cada grão for menor que um quarto do peso
potencial de um grão (0,0249 g grão​-1​), o número total de grãos é ajustado para ocorrer
uma redistribuição da matéria seca, com o objetivo de que cada grão tenha um quarto do
peso potencial. Este procedimento, apesar de reduzir o número de grãos produzidos pela
cultura, não altera o rendimento final, pois é apenas uma redistribuição da matéria seca
nos grãos. Esta é a maneira de controlar, no modelo, o peso individual dos grãos, um
componente do rendimento da cultura do arroz que apresenta pouca variabilidade.
A produtividade de grãos de arroz é calculada pelo SimulArroz v.1.1 em três
bases: em massa seca de grãos (kg ha​-1​), a 13% de umidade (kg ha​-1​) e em sacas de arroz
a 13% de umidade (sc ha​-1​). A lista de variáveis da subrotina de enchimento de grãos e
as saídas do modelo SimulArroz (produtividades) são apresentadas a seguir.

Lista de variáveis utilizadas na subrotina de enchimento de grãos (produtividade) do


SimulArroz v.1.1.
developStage: Estágio de desenvolvimento;
grainWeigth: Incremento de peso dos grãos em um dia;
sumGrains: Soma do número de grãos (grãos m​-2​);
sumGrainsTotal: Soma do número de grãos viáveis (grãos m​-2​);
oneGrainWeigth: Peso de um grão;
maxOneGrainWeigth: Peso máximo de um grão;
grainWeigthPartial: Peso parcial de um grão;
yieldDryMatter: Produtividade de grãos em kg de massa seca por hectare;
yield13Percent: Produtividade de grãos em kg por hectare, com 13% de umidade;
yieldBags: Produtividade de grãos em sacas por hectare, com 13% de umidade.

6.5 DANOS POR GEADA


Em regiões extratropicais, como é o caso do estado do Rio Grande do Sul, as
temperaturas invernais são limitantes para o desenvolvimento da planta de arroz. No
SimulArroz, a cultura do arroz morre por geada quando a temperatura média diária do
ar (média entre a temperatura mínima e a máxima diária) é menor do que 12​o​C durante
quatro ou mais dias consecutivos. Esta condição para morte da cultura por geada é a
mesma do ORYZA2000.

7. RESULTADOS

Os resultados são gerados em forma de arquivos .TXT na pasta denominada


“results”, que será alocada junto ao diretório onde será armazenado o SimulArroz. Os
resultados serão exibidos na interface em forma de tabela na aba “TABELAS” (Figura
7) e na forma de gráficos na aba “GRÁFICOS” (Figura 8). A cada simulação efetuada,
o programa cria uma nova pasta denominada automaticamente com as características da
simulação (por exemplo, uma nova pasta com o nome
“SE(25-Nov-2010)IRGA424RI_200_400_4)” refere-se a uma simulação realizada com
a data de semeadura em 25 de novembro de 2010, com a cultivar IRGA 424RI,
densidade de plantas de 200 pl m​2​, com concentração de CO​2 de 400ppm, e simulação
de quatro safras (2010/2011, 2011/2012, 2012/2013 e 2013/2014).
IMPORTANTE: no exemplo acima, a simulação de quatro safras (2010/2011,
2011/2012, 2012/2013 e 2013/2014) implica necessariamente que o usuário tenha
informado dados meteorológicos de quatro anos agrícolas.
Uma tabela detalhada com os resultados da simulação do desenvolvimento da
cultura do arroz é mostrada na interface na aba “TABELAS”, sub-aba “ESTÁGIOS”
(Figura 7A). Esta tabela é bastante informativa para fins de manejo da cultura, como por
exemplo, segundo a recomendação do Projeto 10+ do IRGA, a maior parte da adubação
de cobertura de nitrogênio com uréia deve ser aplicada em solo seco entre V3 e V4 e
proceder a entrada de água na lavoura (irrigação por inundação) imediatamente após a
aplicação da uréia. O mesmo Projeto 10+ também preconiza que o controle de plantas
daninhas em pós-emergência deve ser feito em V3 antes da aplicação da uréia e entrada
de água. O R1 é o último momento de aplicação da segunda dose de nitrogênio em
cobertura com uréia, devendo preferencialmente ser aplicada 2-4 dias antes.
São mostradas também na interface a simulação de três produtividades de grãos
em uma tabela na aba “TABELAS”, sub-aba “PRODUTIVIDADE” (Figura 7B):
produtividade em massa seca de grãos (kg ha​-1​), produtividade a 13% de umidade (kg
ha​-1​) e em sacas de arroz a 13% de umidade (sacas ha​-1​).
A evolução diária das variáveis de desenvolvimento da cultura do arroz (número
de folhas e fenologia), do crescimento da cultura do arroz (IAF, massa seca de raizes e
massa seca de folhas) e dos dados meteorológicos (temperatura mínima, temperatura
máxima e radiação solar) é mostrada na aba “GRÁFICOS”, sub-abas
“DESENVOLVIMENTO”, “CRESCIMENTO” e “DADOS METEOROLÓGICOS” ,
respectivamente (Figura 8). Estes gráficos são importantes para visualizar as variáveis
simuladas ao longo da estação de cultivo.
O software também permite a visualização do histórico dos resultados de
simulações (Figura 9A), permitindo ao usuário recuperar facilmente os dados gerados
em simulações anteriores. Em simulações realizadas para mais de uma safra o usuário
pode visualizar os resultados dos diferentes anos simulados selecionando a opção em
“Ano”, localizada no canto superior direito da aba “Tabelas” (Figura 9B).
(A)

(B)
Figura 7. Telas do SimulArroz v.1.1 com os resultados da simulação em forma de tabela: A)
Desenvolvimento da cultura do arroz e B) Produtividade de grãos de arroz.
Figura 8. Tela do SimulArroz v.1.1 com resultados da simulação em forma de gráfico,
mostrando a evolução do desenvolvimento (emissão de folhas e fenologia).
(A)

(B)
Figura 9. Telas do SimulArroz v.1.1 mostrando o histórico de simulações e a seleção do ano
para visualização os dados (A) e os dados meteorológicos do ano de 2011-2012 utilizados na
simulação (B).
No ANEXO B estão listadas as abreviações e as variáveis que o usuário encontra
ao usar a interface, que são diferentes das variáveis apresentadas acima, as quais são do
código fonte e portanto não disponíveis ao usuário.

8. EXPORTANDO DADOS PARA PLANILHAS ELETRÔNICAS


Cada rodada realizada com o modelo SimulArroz v1.1 é armazenada em
arquivos *.TXT organizados em uma pasta denominada “results” gerada pelo modelo
no mesmo local onde o modelo foi executado. Para importar esses dados para planilhas,
abra o software de sua preferência (Microsoft Excel, LibreOffice calc, etc) e
importe/abra o arquivo de texto, usando como delimitador de dados, espaços em
brancos, considerando mais de um delimitador como um só.

9. VALIDAÇÃO DO MODELO
A versão 1.1 do SimulArroz foi testada utilizando dados experimentais e de
lavouras nas seis regiões orizícolas do Rio Grande do Sul. Testes utilizando dados
independentes continuarão sendo realizados pelas Equipes SimulArroz Região Central,
Fronteira Oeste e Zona Sul, à medida que novas cultivares de arroz serão lançadas no
Rio Grande do Sul. Não foram realizadas validações do modelo SimulArroz fora do Rio
Grande do Sul, o que inclui a comparação com cultivares de arroz não indicadas para
cultivo neste Estado da Federação e com uso de dados meteorológicos de outros Estados
do Brasil ou fora do Brasil.
O desempenho do modelo SimulArroz v.1.1 em simular a produtividade de arroz
em experimentos conduzidos em diferentes regiões orizícolas do Rio Grande do Sul está
na Figura 10. O modelo apresentou bom desempenho em simular a produtividade média
para cada região orizícola, além de capturar os diferentes potenciais produtivos de cada
uma das seis regiões orizícolas, tendo a Fronteira Oeste maior potencial produtivo. Na
Figura 11, foi avaliada a emissão de folhas dos três híbridos introduzidos na versão 1.1
do SimulArroz, e o desempenho em simular o desenvolvimento dos híbridos, através da
duração dos períodos semeadura - emergência, semeadura - diferenciação da panícula
(R1), semeadura - antese (R4) e semeadura - maturação (R9). Também a produtividade
observada e simulada pelo modelo SimulArroz (Figura 12) foi avaliada por Ribas et al.
(2016), em que os resultados foram satisfatórios para produtividade e, através do uso do
modelo, os experimentos de Valor de Cultivo e Uso, foram classificados com o nível
tecnológico alto do SimulArroz.

Figura 10. ​Produtividade (Mg ha​-1​) da cultura de arroz observada e simulada pelo
modelo SimulArroz v.1.1 nas regiões orizícolas do Rio Grande do Sul durante vários
anos agrícolas (safras de 1984/85 a 2009/10). Adaptado de ​ROSA ​et al., 2015.
Figura 11. Número final de folhas no colmo principal (A), e dias após a semeadura dos
estágios de emergência (EM), diferenciação da panícula (R1), antese (R4) e maturação
(R9), observados e simulados com o modelo SimulArroz v.1.1 para três híbridos (Prime
CL, Inov CL e QM1010 CL) e uma cultivar convencional (IRGA 424) para arroz
irrigado no Rio Grande do Sul, no ano agrícola 2014/2015 (Adaptado de Ribas et al.,
2017).
Figura 12. Produtividade de grãos a 13% de umidade observada em experimentos de
Valor de Cultivo e Uso (VCUs) e simulada pelo SimulArroz v.1.1 para os híbridos
Prime CL, Inov CL e QM1010 CL, e uma cultivar (IRGA 424), em sete locais
(Cachoeirinha, Santa Vitória do Palmar, Uruguaiana, Bagé, Camaquã, Cachoeira do Sul
e Santa Maria), em cinco anos agrícolas (2010/11, 2011/12, 2012/13, 2013/14 e
2014/15). Os dados foram simulados no nível potencial e alto do SimulArroz (Adaptado
de Ribas et al., 2016).

Para as cultivares mais semeadas no Rio Grande do Sul na safra 2016/17 (IRGA
424 RI, Guri INTA CL e Puitá INTA CL), o desempenho do modelo está na Figura. A
faixa de produtividades observadas considerando o conjunto das cultivares e locais é de
4 a 14 toneladas e o modelo capturou esta variação. É importante ressaltar que o
Projeto 10+ do Irga preconiza o uso da cultivar IRGA 424 RI, pelo alto potencial de
produtividade e por ser resistente à Brusone, e portanto a versão 1.1 do SimulArroz está
apta a representar este importante projeto do Irga.
Figura 13. Produtividade de três cultivares de arroz (IRGA 424 RI, Guri INTA CL e
Puitá INTA CL), observada e simulada pelo modelo SimulArroz. Os dados observados
de produtividade foram coletados nos ensaios bioclimáticos do IRGA (Santa Vitória do
Palmar, Uruguaiana, Cachoeirinha, Cachoeira do Sul), em experimentos (Cachoeirinha
e Itaqui) e em lavouras comerciais (Restinga Seca, São João do Polêsine e Santa Maria),
totalizando quatro anos agrícolas (2013/2014, 2014/2015, 2015/2016 e 2016/2017). O
SimulArroz foi rodado para o nível tecnológico Alto nos ensaios bioclimáticos e
experimentos e nos níveis tecnológicos Médio e Baixo nas lavouras comerciais, de
acordo com o manejo do produtor.

Mais resultados sobre validações e testes utilizando o modelo SimulArroz


podem ser acessados através de publicações científicas citadas abaixo:

WALTER, L. C. et al. Adaptação e avaliação do modelo InfoCrop para simulação do


rendimento de grãos da cultura do arroz irrigado. ​Engenharia Agrícola​, v. 32, p.
510-521, 2012.
STRECK, N. A. et al. Acompanhamento da safra 2012/2013 de arroz irrigado no Rio
Grande do Sul por modelagem numérica. ​Revista Ciência e Natura​, p.425-431, 2013.

ROSA, H. T. et al. Simulação do crescimento e produtividade de arroz no Rio Grande


do Sul pelo modelo SimulArroz. ​Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e
Ambiental​, v.19, p.1159-1165, 2015.

SILVA, M. R. da et al. Modelagem numérica para previsão de safra de arroz irrigado no


Rio Grande do Sul. ​Pesquisa Agropecuária Brasileira​, v.51, p.791-800, 2016.

RIBAS, G. G. et al. Acúmulo de matéria seca e produtividade em híbridos de arroz


irrigado simulados com o modelo SimulArroz. ​Pesquisa Agropecuária Brasileira​,
v.51, p.1907-1917, 2016.

RIBAS, G. G. et al. Number of leaves and phenology of rice hybrids simulated by the
SimulArroz model. ​Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental​, v.21,
p.221-226, 2017.

10. COMO OBTER O SOFTWARE SimulArroz v.1.1


O SimulArroz v.1.1 é um software gratuito. Para obter uma cópia do programa é
necessário fazer o download no site oficial do software em ​www.ufsm.br/simularroz​.

11. DIREITOS, PERMISSÕES E CONDIÇÕES DE USO


Os direitos autorais do SimulArroz v.1.1 são da Universidade Federal de Santa
Maria e de seus autores. As partes do código fonte do SimulArroz v.1.1 que são
originalmente dos modelos ORYZA2000 (Bouman et al., 2004) e do InfoCrop
(Aggarwal et al., 2006) tem a permissão de uso no aplicativo SimulArroz pelos
detentores daqueles dois modelos por documentos oficiais que encontram-se com o
Prof. Nereu Augusto Streck. Não é permitida a comercialização do Software
SimulArroz v.1.1, em nenhuma forma. O uso do modelo SimulArroz v.1.1 é permitido
em trabalhos científicos e técnicos, desde que seja citado como “Modelo SimulArroz”
usando a referência:

ROSA, H. T. et al. Simulação do crescimento e produtividade de arroz no Rio Grande


do Sul pelo modelo SimulArroz. ​Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e
Ambiental​, v.19, p.1159-1165, 2015. (DOI: ​10.1590/1807-1929/agriambi.v19n12p1159-1165​)
De acordo com a permissão de uso de parte do código ORYZA2000 no
SimulArroz, o usuários do SimulArroz devem colocar nos trabalhos o agradecimento ao
IRRI (The Internacional Rice Research Institute) pela permissão de uso de parte do
código do ORYZA2000 no SimulArroz.
São de inteira responsabilidade do usuário os resultados da simulação. Os
autores do SimulArroz não se responsabilizam pelo uso indevido do software e não
recomendam o uso das simulações realizadas com dados meteorológicos fora do Estado
do Rio Grande do Sul, bem como em condições de cultivo que não sejam de alagamento
do solo. Também não é recomendado que os resultados da simulação com o SimulArroz
sejam comparados com dados experimentais com cultivares de arroz não adaptadas ou
indicadas para cultivo no estado do Rio Grande do Sul.

12. DÚVIDAS E INFORMAÇÕES


Para informações adicionais, instruções, dúvidas, críticas e sugestões sobre o
funcionamento do SimulArroz v.1.1, entrar em contato com a equipe do SimulArroz:

Equipe SimulArroz
Universidade Federal de Santa Maria
Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciências Rurais
Av. Roraima, 1000 – Campus, Camobi
97105-900, Santa Maria - RS.
Sítio: ​www.ufsm.br/simularroz
E-mail: ​nstreck1@smail.ufsm.br​, ​nstreck2@yahoo.com.br​.

Acompanhe também notícias e atividades de pesquisa e extensão da equipe


SimulArroz nas Redes Sociais:
www.facebook.com/simularroz
Instagram: @simularroz
Twitter: @Simularroz1
www.cropmodels.ufsm.br
13. AGRADECIMENTOS
Ao Instituto Internacional de Pesquisa em Arroz (IRRI – ​The International Rice
Research Institute​, Los Baños, Laguna, Philippines) e à P. K. Aggarwal pela permissão
de uso de parte do código do ORYZA2000 e do InfoCrop, respectivamente.
Ao CNPq, à CAPES, à FAPERGS e à UFSM (Programas FIT e FIT Jr.) pelas
bolsas de doutorado, mestrado, iniciação científica e iniciação tecnológica durante os
vários anos (de 2003 a 2017) em que foram realizados experimentos de campo e
experimentos numéricos para adaptar e testar o modelo nas condições de cultivo de
arroz no Rio Grande do Sul.
Ao Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) pela estrutura disponibilizada para
a condução de experimentos na Estação Experimental do Arroz (EEA), em
Cachoeirinha, RS, à diretoria do IRGA pelo apoio institucional, aos pesquisadores do
IRGA pela ajuda no manejo dos experimentos na EEA e aos extensionistas do IRGA
pela ajuda na coleta de dados de fenologia e produtividade nos experimentos em
diversos locais no Rio Grande do Sul.
À Unipampa-Itaqui pelo apoio institucional e pela estrutura disponibilizada para
a condução de experimentos.
Ao Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria, pelo
apoio durante o desenvolvimento do software; aos Programas de Pós-graduação em
Engenharia Agrícola (PPGEA) e em Agronomia (PPGAgro) da UFSM, pelas
dissertações e teses que deram suporte científico para o software; ao Departamento de
Linguagens e Sistemas de Computação e ao Curso de Ciência da Computação da
UFSM, por oferecerem condições propícias ao desenvolvimento do trabalho; e ao
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha – Campus Santo
Augusto, pelo apoio aos autores Lidiane Cristine Walter e Hamilton Telles Rosa durante
o desenvolvimento do software.

REFERÊNCIAS
AGGARWAL, P. K. et al. InfoCrop: A dynamic simulation model for the assessment of
crop yields, losses due to pests, and environmental impact of agro-ecosystems in
tropical environments. I. Model description. ​Agricultural Systems​, v. 89, p. 1-25,
2006.

BOUMAN, B. A. M. et al. ​ORYZA 2000​: modeling lowland rice. Version 2.12,


November, 2004. In: Cereal Knowledge Bank, International Rice Research Institute.
Disponível em: <http://www.knowledgebank.irri.org/oryza2000/default.htm>. Acesso
em: 20 maio 2008.

CAMARGO, E. R. et al. Influência da aplicação de nitrogênio e fungicida no estágio de


emborrachamento sobre o desempenho agronômico do arroz irrigado. ​Bragantia​, v. 67,
n. 1, p. 153-159, 2008.

CASSMAN, K. G. et al. Meeting cereal demand while protecting natural resources and
improving environmental quality. ​Annual Review of Environmental Resources​, v.
28, p. 315-358, 2003.

COUNCE, P. et al. A uniform, objective, and adaptative system for expressing rice
development. ​Crop Science​, v.40, n.2, p.436-443, 2000.

HAUN, J. R. Visual quantification of wheat development. ​Agronomy Journal​, v.65,


p.116-119, 1973.

IRGA - INSTITUTO RIO GRANDENSE DO ARROZ. Disponível em:


<​http://www.irga.rs.gov.br/index.php?principal=1&secao=999&id=120&menuP=120&
key=3​>. Acesso em: 07 jun. 2013.

KINIRY, J. R. et al. Rice parameters describing crop performance of four U.S.


cultivars. ​Agronomy Journal​, v.93, p.1.354-1.361, 2001.

LAGO, I. ​Desenvolvimento do arroz e do arroz vermelho​: modelagem e resposta à


mudança climática. 2008. 94 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia) – Universidade
Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2008.

RIBAS, G. G. et al. Acúmulo de matéria seca e produtividade em híbridos de arroz


irrigado simulados com o modelo SimulArroz. ​Pesquisa Agropecuária Brasileira​,
v.51, p.1907-1917, 2016.

RIBAS, G. G. et al. Number of leaves and phenology of rice hybrids simulated by the
SimulArroz model. ​Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental​, v.21,
p.221-226, 2017.

ROSA, H. T. et al. Simulação do crescimento e produtividade de arroz no Rio Grande


do Sul pelo modelo SimulArroz. ​Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e
Ambiental​, v.19, p.1159-1165, 2015.

SILVA, M. R. da et al. Modelagem numérica para previsão de safra de arroz irrigado no


Rio Grande do Sul. ​Pesquisa Agropecuária Brasileira​, v.51, p.791-800, 2016.
SOSBAI [Sociedade Sul Brasileira de Arroz Irrigado]. 2012. ​Arroz irrigado:
recomendações técnicas da pesquisa para o Sul do Brasil​. Gravatal, SC: SOSBAI,
176p.

SOLTANI, A. et al. Simulating GFDL predicted climate change impacts on rice


cropping in Iran. ​Journal of Agricultural Science and Technology​, v.3, p.81-90,
2001.

STRECK, N. A. et al. Simulating leaf appearance in rice. ​Agronomy Journal​, v. 100,


p. 490-501, 2008.

STRECK, N. A. et al. Relationship between panicle differentiation and main stem leaf
number in rice genotypes and red rice biotypes. ​Scientia Agricola​, v. 66, p. 195-203,
2009.

STRECK, N. A. et al. Modeling the development of cultivated rice and weedy red rice.
Transactions of the ASABE​, v. 54, p. 371-384, 2011.

STRECK, N. A. et al. CO2 – Response function of radiation use efficiency in rice for
climate change scenarios. ​Pesquisa Agropecuária Brasileira​, v.47, n.7, p.879-885, jul.
2012.

WALTER, L. C. et al. Adaptação e avaliação do modelo InfoCrop para simulação do


rendimento de grãos da cultura do arroz irrigado. ​Engenharia Agrícola​, v. 32, p.
510-521, 2012.
ANEXO A – Fluxograma do modelo SimulArroz 1.1, com as variáveis de entrada e os
principais processos de crescimento e desenvolvimento que definem a produtividade de
grãos da cultura do arroz (Adaptado de Silva et al., 2016).

ANEXO B - ​Lista de abreviações e variáveis da versão 1.1. do modelo SimulArroz:

DiaDoAno = Dia do ano, de 01 de janeiro (DiaDoAno = 1) à 31 de dezembro


(DiaDoAno = 365 ou 366 em anos bissextos);
Data = Dia/mês/ano da simulação;
TMax = Temperatura máxima diária do ar (ºC);
TMin = Temperatura mínima diária do ar (ºC);
TMed = Temperatura média diária do ar (ºC);
RadSol = Radiação Solar (MJ m​-2​ dia​-1​);
DAS = Dias após a semeadura;
DAE = Dias após a emergência;
DVS = Estágio de desenvolvimento;
NF = Número de folhas no colmo principal (Escala de Haun);
MsFolha = Massa seca de folhas (g m​-2​);
MsGrãos = Massa seca de grãos (g m​-2​);
MsRaiz = Massa seca de raízes (g m​-2​);
IAF = Índice de Área Foliar;
Estágios fenológicos:
SE = semeadura;
EM = emergência da plântula;
V1 = Colar formado na primeira folha do colmo principal;
V2 = Colar formado na segunda folha do colmo principal;
V3 = Colar formado na terceira folha do colmo principal;
V4 = Colar formado na quarta folha do colmo principal;
V5 = Colar formado na quinta folha do colmo principal;
V6 = Colar formado na sexta folha do colmo principal;
V7 = Colar formado na sétima folha do colmo principal;
V8 = Colar formado na oitava folha do colmo principal
R1 = Diferenciação da panícula (processo através do tempo; diferenciação das
ramificações da panícula);
VF = Colar formado na folha bandeira do colmo principal;
R4 = Antese ou florescimento (uma ou mais espiguetas);
R9 = Maturidade completa dos grãos na panícula (ponto de colheita);

Produtividade:
MSgrãos (kg/ha) = Produtividade de grãos, em kg de massa seca por hectare;
Grãos13%(kg/ha) = Produtividade de grãos, em kg por hectare, a 13% de umidade;
Grãos13% (sacas/ha) = Produtividade de grãos, em sacas por hectare, a 13% de
umidade

Você também pode gostar