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SISTEMAS DE ATERRAMENTO ELÉTRICOS TN-S E TT PRINCIPAIS DIFERENÇAS E APLICAÇÕES NAS

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO. TT ou TN? Qual é o melhor esquema de


aterramento?

Este talvez seja o assunto que mais causa polêmica e discussões entre os eletricistas.
Alguns preferem o esquema TN onde neutro e terra são interligados no BEP. Já outros
preferem o TT onde não existe esta conexão. Quem condena o TN tem como justificativa o
rompimento de neutro, alegando que caso aconteça, carcaças podem ficar energizadas.
Neste vídeo mostramos que realmente carcaças podem ficar energizadas no TN, mas
mostramos que no TT o rompimento de neutro faz com que tenhamos diferença de
potencial entre neutro e terra, que também é um grave problema. Mas, como
mencionamos no vídeo, o rompimento de neutro depende de uma série de fatores como,
onde rompeu o neutro? Quais cargas estavam ligadas no momento do rompimento? Qual
é o tipo de alimentação? Além do mais o rompimento de neutro é uma anomalia que deve
ser corrigida o quanto antes, pois coloca em risco toda a instalação e os equipamentos
conectados a ela. Então não temos como ficar analisando eficiência de esquemas de
aterramento apenas por este motivo. Deixando de lado a questão do rompimento de
neutro, partimos para a parte menos técnica, onde muitas pessoas escolhem TT no lugar
do TN apenas por gostar mais de um em relação ao outro ou por repetir a frase que
aprendeu com alguém. Mas afinal, qual é o melhor esquema de aterramento para uma
residência? Certamente é o TN. No esquema TT eu tenho dois eletrodos de aterramento,
sendo um da alimentação e outro da edificação. Se considerarmos como eletrodo da
alimentação, a haste ou as hastes de terra da concessionária, muitas vezes a proximidade
dessas hastes com o eletrodo da edificação acaba fazendo com que eu tenha eletrodos de
aterramento separados, mas não independentes. No Livro Instalações Elétricas do
professor Ademaro Cotrim temos a seguinte definição já descrita por nós em um vídeo
aqui no canal (card no vídeo): “Apenas eletrodos “suficientemente” afastados podem ser
considerados independentes. Em geral, na prática, considera-se suficiente a distância
cinco vezes maior que a das dimensões do maior sistema de aterramento para garantir a
independência.” Veja que se o meu eletrodo da edificação tiver apenas uma haste e meu
padrão da concessionaria também, eu teria que ter uma distância de 5 vezes o
comprimento de uma haste para que elas sejam independentes. Tomando como exemplo
hastes de 2,4m de comprimento, a distância entre elas deveria ser de 12 metros para que
sejam independentes. Isso é praticamente impossível de se conseguir em uma residência.
Imagine se eu tiver mais de uma haste ou ainda se eu usar as ferragens da fundação? A
distância seria maior ainda. Além do problema da distância entre eletrodos, temos a
obrigatoriedade de uso do IDR em todos os circuitos no TT, pois a corrente de falta é
baixa, já que depende do valor da resistência de aterramento. Esta condição muitas vezes
ignorada pelos eletricistas. Já mostramos o quanto isso é perigoso em mais um vídeo do
canal (card no vídeo). Outro ponto está relacionado com o DPS. Se tenho um aterramento
TT, o esquema de ligação de DPS deve ser o 3 da NBR5410, aquele onde ligo DPS entre
fase e neutro e outro entre neutro e terra. Se este esquema não for seguido os riscos são
grandes. E para piorar a lista de obrigações, o DPS do neutro no esquema TT não é igual
ao DPS da fase. Mais uma vez vou deixar alguns card’s no vídeo para que você veja com
detalhes nossos vídeos sobre o assunto.

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