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5º Ano

PORTUGUÊS

ESCOLA: ________________________ Leia o texto e, a seguir, responda as questões 2, 3, 4 e 5.


Prof.:____________________________
Nome: ___________________________ No Dia da Criança, nova série mostra a infância de
meninos no Rio São Francisco
Gabriela Romeu
Colaboração para a Folha, em Matias Cardoso (MG)

Imagine ter um rio como quintal! No Quilombo da


Lapinha, em Matias Cardoso (Minas Gerais), as crianças
brincam, nadam, pescam, tomam banho e lavam roupa
no Rio São Francisco, mais conhecido como Velho Chico.
Se perguntar a algum menino ou menina quem o
ensinou a nadar, a resposta vem mais ou menos como
aquela música do folclore que diz que foram “os
peixinhos do mar”.
“Aqui, foi a piaba que me ensinou a nadar”, brinca
Tainara Batista da Conceição, 13 anos, que engoliu uma
aos nove anos de idade.
É tradição por lá as crianças engolirem o peixinho
vivo, que acabou de ser pescado no rio.
D13 Questão 01 ––––––––––––––––––––––––––| Hora boa para pegar piabinhas é quando vão lavar
Leia o texto e, a seguir, responda. louça na beira do rio. “Dá para pegar com peneira ou
escorredor”, diz Adriane de Oliveira Paz, 13, que todo
dia cruza o Velho Chico de canoa para ir à escola.
Assim como seus pais, as crianças respeitam o rio
e suas “águas valentes”. Ele garante muitas vezes o
sustento nas refeições e ainda alimenta o imaginário
com seus encantos.
Um deles é o Caboclo-d’Água, um tanto temido
pelas crianças. Jogar pedra no rio, nunca. “O Caboclo
não gosta e se irrita”, diz Paulo Henrique Batista da
Conceição, 14.
E como o Caboclo é? Mal a pergunta chega ao
fim, e as crianças saem correndo da água. “Dizem que
ele vem pegar, não pode falar dele no rio, não, moça”,
avisa Darkcion José de Oliveira Alves, 12.
Depois, longe do Velho Chico, vieram à tona as
histórias. Tatiane Batista da Conceição, 10, descreve o
Caboclo como “bem moreninho e com cabelo bem
‘pretim’. Numa parte dele é peixe e na outra, gente”.
Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ficha Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/20
TecnicaAula.html?aula=28460>. Acesso em: 11 maio 2016. 13/10/1355429-no-dia-da-crianca-nova-serie-mostra-a-infancia-de-criancas-no-rio-sao-
francisco.shtml>. Acesso em: 10 maio 2016.

O humor do texto está no fato de


(A) a menina apoiar a atitude do menino. D2 Questão 02 ––––––––––––––––––––––––––|
(B) o menino e a menina não terem gostado de brincar No trecho “‘Dizem que ele vem pegar, não pode falar
de casinha juntos. dele no rio, não, moça...” (parágrafo 8), o termo “dele”
(C) o menino estar irritado por assumir os serviços refere-se ao
domésticos na brincadeira. (A) rio.
(D) a menina querer brincar de outra coisa com o (B) peixinho.
menino. (C) Velho Chico.
(D) Caboclo-d’Água.

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D4 Questão 03 ––––––––––––––––––––––––––| Nordeste açucareiro, passando pelas fazendas de gado e


De acordo com o texto, as crianças engolem piabinhas lavouras de arroz e algodão, alcançando as áreas de
vivas para mineração em Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, até
(A) se alimentar. surgirem as fazendas cafeeiras de São Paulo e Rio de
(B) aprender a nadar. Janeiro, no século 19.
(C) preservar o folclore. Havia quilombos também nas cidades de Recife,
(D) irritar o Caboclo-d’Água. Salvador, São Luís, Porto Alegre e Rio de Janeiro, onde
os fugitivos se reuniam nos subúrbios. Em pequenos ou
grandes grupos, eles procuravam se esconder das tropas
D11 Questão 04 ––––––––––––––––––––––––––| que tentavam escravizá-los mais uma vez.
Qual trecho apresenta uma opinião? Depois de alcançar um lugar bem seguro, os
(A) “No Quilombo da Lapinha, em Matias Cardoso escravos fugidos construíam casas, formavam famílias,
(Minas Gerais), as crianças brincam, nadam, praticavam seus cultos, caçavam e cultivavam seus
pescam...” alimentos.
Fonte: Flávio Gomes e Regina Célia de Oliveira. Do quilombo ao quilombola.
(B) “Hora boa para pegar piabinhas é quando vão lavar Ciência Hoje das Crianças. n. 241. Rio de Janeiro: Instituto Ciência Hoje,
louça na beira do rio.” novembro de 2012. p. 2-6.

(C) “Mal a pergunta chega ao fim, e as crianças saem


correndo da água.” Texto II
Quilombos
(D) “Depois, longe do Velho Chico, vieram à tona as
[...]
histórias.”
O termo “quilombo” vem de “ochilombo”,
provém de um dialeto bantu e significa “acampamento
de nômades”. Em nosso país, foi o nome dado aos
D12 Questão 05 ––––––––––––––––––––––––––| núcleos de resistência à escravidão. Quilombolas são os
No trecho “É tradição por lá as crianças engolirem o descendentes dos habitantes dos quilombos, formados
peixinho vivo...”, o termo “lá” indica por escravos negros que fugiram do cativeiro na época
(A) lugar. da escravidão no Brasil. Os trabalhadores africanos
(B) tempo. escravizados que fugiam dos canaviais e das plantações
(C) negação. de café formaram comunidades nesses núcleos de
(D) intensidade. resistência, e muitas delas existem até hoje, como um
patrimônio inestimável à cultura afro-brasileira. Muitos
desses territórios étnicos têm línguas próprias,
formadas da fusão entre os dialetos* africanos e o
português.
[...]
Leia os textos e, a seguir, responda as questões 6 e 7. *Dialeto: Modalidade regional de uma língua,
Texto I caracterizada por certas peculiaridades fonéticas,
Do quilombo ao quilombola gramaticais ou léxicas.
Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.brQficha
TecnicaAula.html?aula=1714>. Acesso em: 09 maio 2016.
Para começar a entender os quilombolas de hoje,
é preciso voltar no tempo até a época dos quilombos e
mocambos – essas duas palavras, que têm origem nos D15 Questão 06 ––––––––––––––––––––––––––|
povos da África Central (...). Quilombolas, você pode Os dois textos falam sobre os
imaginar eram os participantes dessas comunidades. (A) quilombos e quilombolas do Brasil.
[...] (B) fugitivos que se reuniam nos subúrbios.
Os quilombos – comunidades de fugitivos – (C) escravos africanos da América Latina.
existiram não somente no Brasil, mas, também, em (D) quilombos nas cidades de Recife e Salvador.
outros países da América Latina que receberam
escravos africanos nos séculos 16 a 19.
[...]
No Brasil, quilombos e mocambos existiram aos
milhares, de norte a sul. Eles acompanharam, no século
16, a montagem de engenhos e casas-grandes no
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D9 Questão 07 ––––––––––––––––––––––––––|
O texto I tem o objetivo de D3 Questão 09 ––––––––––––––––––––––––––|
(A) contar a história de um quilombola conhecido. No verso “Que vivo doido a sofrer”, a palavra “doido”
(B) informar sobre a origem dos quilombos e seus indica que a pessoa
habitantes. (A) vive sofrendo muito.
(C) divulgar as comunidades quilombolas do Nordeste. (B) tem problemas mentais.
(D) resumir a história das comunidades africanas no (C) deseja rever uma pessoa.
Brasil. (D) sonha com alguém que já se foi.

D6 Questão 10 –––––––––––––––––––––––––|
Leia o texto e, a seguir, responda as questões 8, 9 e 10. Qual é o tema (assunto) deste texto?
(A) O gosto amargo do jiló.
Qui nem jiló (B) A saudade da pessoa amada.
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
(C) O sabor ruim de um remédio.
Se a gente lembra só por lembrar (D) A felicidade de perder um xodó.
Do amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu

Porém, se a gente vive a sonhar


Com alguém que se deseja rever
Saudade intonce aí é ruim
Eu tiro isso por mim
Que vivo doido a sofrer

Ai, quem me dera voltar


Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz doer
Amarga qui nem jiló

Mas ninguém pode dizer


Que vivi triste a chorar

Saudade, meu remédio é cantar


Saudade, meu remédio é cantar
Disponível em: <http://www.letras.com.br/#!luiz-gonzaga/qui-nem-jilo>. Acesso em: 12
maio 2016.

D10 Questão 08 –––––––––––––––––––––––––|


No texto, o trecho “Amarga qui nem jiló” indica a
presença de uma linguagem
(A) formal.
(B) técnica.
(C) informal.
(D) científica.

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Gabarito: 5ª P.D. - 2016

(01): C (02): D (03): B

(04): B (05): A (06): A

(07): B (08): C (09): A

(10): B

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