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O Que são as Estrelas, Como se Formam e Qual Seu Destino:

A Estrela é um astro (objeto astronômico) de plasma que possui luz própria,


esférico e grande, mantido íntegro pela gravidade e pressão de radiação, que ao fim
de sua vida pode conter uma proporção de matéria degenerada. Sua formação foi
possivelmente iniciada em torno de 180 milhões a 250 milhões de anos após o Big
Bang. O Sol é a estrela mais próxima da Terra e sua maior fonte de energia. Outras
são visíveis da Terra durante a noite, quando não são ofuscadas pela luz solar ou
bloqueadas por fenômenos atmosféricos.

Historicamente, as estrelas mais importantes da esfera celeste foram agrupadas em


constelações e asterismos, com as mais brilhantes ganhando nomes próprios. Extensos
catálogos estelares foram compostos pelos astrônomos, o que permite designações
padronizadas. Os astrônomos podem determinar a massa, idade, composição química e
muitas outras propriedades de uma estrela observando o seu espectro, luminosidade e
movimento no espaço. Sua massa total é o principal determinante de sua evolução e
possível destino. Outras características são delimitadas pela história da sua
evolução, inclusive o diâmetro, rotação, movimento e temperatura.

Ou seja, uma estrela se forma pelo colapso de uma nuvem de material, composta
principalmente de hidrogênio e traços de elementos mais pesados. Uma vez que o
núcleo estelar seja suficientemente denso, parte do hidrogênio é gradativamente
convertido em hélio pelo processo de fusão nuclear. O restante do interior da
estrela transporta a energia a partir do núcleo por uma combinação de processos
radiantes e convectivos. A pressão interna impede que ela colapse devido a sua
própria gravidade. Quando o combustível do núcleo (hidrogênio) se exaure, as
estrelas que possuem pelo menos 40% da massa do Sol se expandem para se tornarem
gigantes vermelhas, em alguns casos fundindo elementos mais pesados no núcleo ou em
camadas em torno do núcleo. A estrela então evolui para uma forma degenerada,
reciclando parte do material para o ambiente interestelar, onde será formada uma
nova geração de estrelas com uma maior proporção de elementos pesados.

As Principais Características das Estrelas:

Idade: A maioria das estrelas tem entre 1 bilhão e 10 bilhões de anos. Algumas
estrelas podem até estar próximas de 13,7 bilhões de anos – a idade observada do
universo. A estrela mais antiga já observada (em 2007), HE 1523-0901, tem idade
estimada em 13,2 bilhões de anos; contudo, em 2018, uma antena de rádio apanhou a
assinatura resultante do gás hidrogênio. Quanto maior a massa de uma estrela,
menor seu tempo de vida, principalmente porque as estrelas grandes têm maior
pressão nos seus núcleos, fazendo com que elas queimem hidrogênio mais rapidamente.
As estrelas maiores duram em média cerca de um milhão de anos, enquanto estrelas de
massa mínima (anãs vermelhas) queimam seu combustível muito lentamente e duram
dezenas a centenas de bilhões de anos.

Composição Química: Quando as estrelas se formam na atual Via Láctea, elas se


compõem de cerca de 71% de hidrogênio e 27% de hélio, em massa, com uma pequena
fração de elementos mais pesados. Tipicamente, a proporção de elementos pesados é
medida em termos do teor de ferro na atmosfera estelar, pois o ferro é um elemento
comum e suas linhas de absorção são relativamente fáceis de medir. Como as nuvens
moleculares em que as estrelas se formam são continuamente enriquecidas por
elementos mais pesados provenientes de explosões de supernovas, a medição da
composição química de uma estrela pode ser usada para inferir a sua idade. A
proporção de elementos mais pesados pode ainda ser um indicador da probabilidade de
uma estrela possuir um sistema planetário.

Diâmetro: Devido a sua grande distância da Terra, todas as estrelas, com exceção do
Sol, aparecem para o olho humano como pontos brilhantes no céu noturno, que
cintilam por causa do efeito da atmosfera terrestre. O Sol, apesar de ser também
uma estrela, está suficientemente próximo da Terra para ser visto como um disco e
para fornecer iluminação. Após o Sol, a estrela com maior tamanho aparente é R
Doradus, com um diâmetro angular de apenas 0,057 segundos de arco. Os discos da
maioria das estrelas têm diâmetro angular muito pequeno para serem observados com
os atuais telescópios ópticos baseados em terra, portanto telescópios por
interferometria são requeridos para produzir imagens desses objetos. Outra técnica
para a medição do tamanho angular de estrelas é através da ocultação. Pela medição
precisa da queda no brilho de uma estrela quando ela é ocultada pela Lua (ou o
aumento do brilho quando ela reaparece), o diâmetro angular da estrela pode ser
calculado. As estrelas variam em tamanho, sendo no mínimo 70 vezes a massa de
Júpiter até supergigantes como Betelgeuse, na constelação de Orion, que tem um
diâmetro aproximadamente 650 vezes maior do que o Sol – cerca de 0,9 bilhão de
quilômetros.

Cinemática: O movimento de uma estrela em relação ao Sol pode fornecer informações


úteis sobre a origem e a idade da estrela, assim como sobre a estrutura e evolução
da galáxia que a cerca. Os componentes do movimento de uma estrela são a velocidade
radial, aproximando-se ou afastando-se do Sol, e o movimento angular transversal,
que é chamado o seu movimento próprio. A velocidade radial é medida pelo efeito
Doppler das linhas espectrais da estrela e é dada em km/s. O movimento próprio é
determinado por medições astrométricas precisas em milissegundos de arco (msa) por
ano. Determinando-se a paralaxe de uma estrela, o movimento próprio pode então ser
convertido em unidades de velocidade. Estrelas com altas taxas de movimento próprio
estão, provavelmente, relativamente próximas do Sol, fazendo delas boas candidatas
para medições de paralaxe.

Campo Magnético: O campo magnético de uma estrela é gerado dentro de regiões onde
ocorre a circulação convectiva. Este movimento de plasma condutor funciona como um
dínamo, gerando campos magnéticos que se estendem por toda a estrela. A força do
campo magnético varia com a massa e a composição da estrela, e a quantidade de
atividade superficial magnética depende da velocidade de rotação da estrela. Esta
atividade superficial produz manchas estelares, que são regiões de campos
magnéticos fortes e temperaturas superficiais menores que as normais. Anéis
coronais são campos magnéticos em forma de arco que se estendem para a coroa a
partir de regiões ativas. Erupções estelares são explosões de partículas de alta
energia que são emitidas devido à mesma atividade magnética. Estrelas jovens e de
rotação rápida tendem a apresentar altos níveis de atividade superficial, devido ao
seu campo magnético. Entretanto, o campo magnético pode agir sobre o vento estelar,
funcionando como um freio que gradualmente reduz a velocidade de rotação, à medida
que a estrela envelhece. Logo, estrelas mais velhas, como o Sol, têm velocidades de
rotação muito menores e um menor nível de atividade superficial.

Massa: Uma das estrelas conhecidas com maior massa é a Eta Carinae, com 100-150
vezes a massa do Sol; seu tempo de vida é muito curto – no máximo alguns milhões de
anos. Um estudo do aglomerado Arches sugere que 150 massas solares é o limite
superior para estrelas no atual estágio do universo. A combinação do raio e massa
de uma estrela determina a sua gravidade superficial. As gigantes têm uma gravidade
superficial muito menor do que as da sequência principal, enquanto o oposto vale
para as degeneradas e compactas, como as anãs brancas.

Rotação: A velocidade de rotação das estrelas pode ser calculada por aproximação
por meio de medição espectroscópica ou, com mais precisão, pelo acompanhamento da
velocidade de rotação de manchas estelares. Estrelas jovens podem ter velocidades
de rotação maiores do que 100 km/s no equador. Estrelas degeneradas se contraíram
numa massa compacta, resultando numa rápida velocidade de rotação. Entretanto, elas
têm velocidades relativamente baixas se comparadas com as que seriam esperadas pela
conservação do momento angular - a tendência de um corpo em rotação de compensar a
redução de tamanho com o aumento da sua velocidade. Uma grande parte do momento
angular da estrela é dissipada como resultado da perda de massa pelo vento estelar.
Temperatura: A temperatura superficial de uma estrela da sequência principal é
determinada pela taxa de produção de energia no núcleo e o raio da estrela, e é
frequentemente estimada com base no índice de cor da estrela. Ela é normalmente
indicada pela temperatura efetiva, que é a temperatura de um corpo negro ideal que
irradia sua energia na mesma luminosidade por unidade de área da superfície da
estrela. Ressalte-se, entretanto, que a temperatura efetiva é apenas um valor
representativo, uma vez que as estrelas, na realidade, apresentam um gradiente de
temperatura que diminui com o aumento da distância para o núcleo. A temperatura na
região do núcleo de uma estrela é de vários milhões de Kelvin.

O que São As Supernovas e Como Se Formam:

Quando uma estrela gigante, com uma massa de pelo menos 10 vezes a massa do Sol,
chega ao fim de sua vida produz-se uma explosão a que se dá o nome de supernova. A
supernova pode atingir um brilho de muitos milhões de vezes o brilho da estrela
antes da explosão. O brilho é de tal forma intenso que pode ser comparável ao
brilho de uma galáxia inteira. É uma explosão verdadeiramente notável. Grande parte
da matéria da estrela é projetada no espaço. A matéria não expulsa para o espaço
transforna-se então numa estrela de neutrões, também conhecida por pulsar. Ou,
então, dependendo da quantidade de massa que restar, torna-se um buraco negro (caso
a massa ultrapasse as 3 massas solares).
O universo abriga vários remanescentes de antigas supernovas, que são o que restou
após explosões de estrelas que chegaram ao fim de suas vidas. Além disso, se
considerarmos a Via Láctea e suas (quase) 200 bilhões de estrelas, é possível que
haja uma supernova ocorrendo, em média, a cada 50 anos.
Quanto o nosso Sol, terá um destino mais tranquilo do que outras estrelas com mais
massa: como ele não é massivo o suficiente para explodir em uma supernova, quando
seu combustível acabar, as camadas do Sol vão se expandir até que ele se torne uma
gigante vermelha — mas essa não é exatamente uma boa notícia para a Terra, já que
nosso planeta e os demais do Sistema Solar interno provavelmente serão engolidos e,
consequentemente, destruídos nesta etapa. Depois, a estrela ficará instável e suas
camadas externas serão dissipadas, formando uma nebulosa planetária. Ao fim,
restará apenas uma anã branca, formada pelo núcleo do Sol.
As supernovas podem ter diferentes causas, mas todas elas envolvem uma estrela
detonada repentinamente. Hoje, os astrônomos trabalham com dois tipos principais,
do Tipo I e Tipo II, conforme a classificação criada pelos astrônomos Rudolph
Minkowski e Fritz Zwicky com base no espectro delas.
As supernovas do Tipo II são as mais comuns e ocorrem quando uma grande estrela
com oito e 40 vezes a massa do Sol colapsa pela falta de combustível, passando pelo
processo que descrevemos acima. Os subtipos Ib e Ic lembram as supernovas do Tipo
II porque também ocorrem com o colapso da estrela, mas, nesses casos, a estrela
perdeu suas camadas mais externas antes de colapsar: as do Tipo Ib perderam sua
camada rica em hidrogênio, enquanto as do Tipo Ic perderam esta e a camada
seguinte, de hélio.
Quanto à supernova do Tipo I, este fenômeno acontece nos sistemas estelares
binários, em que uma destas estrelas é uma anã branca que rouba matéria de sua
companheira. Como as anãs brancas são o que sobra de estrelas menores, (as que
tenham até oito vezes a massa do Sol) que chegam ao fim da vida, elas são
extremamente densas. Uma simples colher de chá do material delas pesaria cerca de
15 toneladas.

Fontes:
https://spacecenter.org/what-is-a-supernova/
https://www.smithsonianmag.com/science-nature/the-first-supernova-69302940/
https://www.space.com/6638-supernova.html
https://canaltech.com.br/espaco/quem-descobriu-as-supernovas-183950/
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/estrelas.htm#:~:text=Estrelas%20s%C3%A3o
%20corpos%20formados%20por,gravitacional%20no%20interior%20das%20nebulosas.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estrela
https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/estrelas.htm

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