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Cometas

Cometas são corpos celestes de massa pequena e órbitas irregulares. São


praticamente bolas de neve, rocha e poeira congeladas.

Entre os cometas mais conhecidos está Halley. Sua irregularidade orbital os


traz para muito próximo ao Sol e os jogam para além da órbita do planeta-anão
Plutão.

O maior cometa identificado pelos cientistas, KuiperBelt tem cerca de 100


quilômetros de diâmetro, o que equivale um vigésimo do tamanho de Plutão.
Não têm luas, anéis ou satélites. Até 2010, os astrônomos haviam observado
ao menos 4 mil cometas no nosso Sistema Solar.

A estrutura do cometa é composta pelo núcleo e por um material de nome


inusitado – coma ou cabeleira – que cresce em tamanho e brilho à medida em
que se aproxima do Sol.

Em geral, o núcleo é pequeno, com cerca de 10 quilômetros de diâmetro e fica


visível no meio do coma. O núcleo do cometa, que é sua porção sólida, está
envolto em uma nuvem de gás e poeira chamado de coma.

Somente quando se aproxima do Sol, o cometa dá origem ao coma a partir da


reação do núcleo, que tem baixa atração gravitacional.

Por sua pequena massa nuclear, o cometa movimenta-se rapidamente. A


cabeleira ou coma do cometa aparece sob a forma de nebulosidade no núcleo
e é composta por uma base de hidrogênio e oxigênio.

Formação da Cauda
Os cometas só têm cauda quando se aproximam do Sol. Isto acontece porque
quando chegam perto ao Sol, o gelo que compõe o núcleo começa aquecer e
vaporizar, liberando gases e partículas de poeira em uma nuvem na atmosfera.
É a esta reação que os cientistas deram o nome de coma.

Quanto mais próximo ao Sol, mais partículas de poeira e gases são liberadas e
levadas para longe da estrela em decorrência da pressão e da radiação solar.

É assim que se forma a cauda que, se for brilhante o suficiente, pode ser vista
da Terra e estende-se a milhões de quilômetros também devido aos ventos
solares. A cauda desaparece quando o cometa distancia-se do Sol.

Idade
Os cometas guardam a história do Universo e se formaram há cerca de 4,5
bilhões de anos. No nosso Sistema Solar, uma nuvem de gelo aproximava-se
do Sol em contínuo aquecimento.

A pressão solar fez com que a nuvem girasse de maneira rotativa e, já distante
do Sol, o material gelado aglomerou-se, formando cometas.
Esses corpos celestes orbitam o Sol a pelo menos cada 200 anos, em média. A
maioria está situado no Cinturão de Kuipe, que fica além da órbita de Netuno.

Um dia em um cometa dura em torno de dois a sete dias terrestres. O cometa


Halley demora 76 anos terrestres para completar uma órbita em torno do Sol.

A última passagem do Halley pela Terra ocorreu em1986

Cometa Halley
O cometa Halley, também conhecido no meio astronômico como “1P/Halley”, é
um cometa extremamente brilhante, visível a olho nu e o mais famoso de todos
os seus congêneres.
Este foi o primeiro cometa reconhecido como periódico, descoberta esta
realizada pelo astrônomo inglês Edmond Halley entre 1696 e 1705, o qual
faleceu no ano de 1742 sem poder ver suas teorias confirmadas (seu nome é
homenagem ao seu descobridor).
O cometa Halley já teve cerca de trinta aparições registradas, comprovando
cabalmente a eficácia da lei da gravitação de Newton, a qual foi utilizada por
Edmond para determinar a periodicidade do cometa.

Principais Características
O cometa Halley possui um núcleo formado por gelo, poeira e fragmentos
rochosos, o qual mede aproximadamente 15 km de comprimento, 8 km de
largura e 8 km de altura, onde existem crateras de até 1 km de diâmetro.

Por outro lado, o núcleo do cometa Halley possui uma densidade baixa (0.1
gm/cm3), o que nos leva a crer que seja poroso. Por fim, vale citar que a idade
estimada deste núcleo é de aproximadamente 4,6 bilhões de anos, a idade do
Sistema Solar.

A velocidade do Halley não é constante, variando entre 70,6 km/s a 63,3 km/s,
devido à atração exercida pelas forças gravitacionais de Júpiter e de Saturno,
as quais podem desacelerar o cometa.
Não obstante, sua órbita é elíptica e retrógrada (gira no sentido contrário ao
dos planetas) e está inclinada 18 graus em relação a sua elipse.

Por sua vez, esta órbita se dá em torno do Sol e leva de 74 e 79 anos para se
completar, o que é considerado uma periodicidade relativamente curta.

Assim, quando o cometa se aproxima do Sol, sua temperatura pode chegar a


77°C, momento em que está mais brilhante e sua cauda é maior. Este período
é conhecido como "periélio" e significa que o astro esta mais próximo do Sol (o
ponto mais distante do Sol é chamado "afélio").

O cometa Halley possui uma idade avançada, pois foi apanhado pelo campo
gravitacional de Júpiter, cerca de 200 mil anos atrás, quando possuía
aproximadamente 19 km de diâmetro.

Com isso, cada vez que este cometa completa o ciclo orbital, ele perde até
0,1% da sua massa total, ou seja, 100 mil milhões de kg de sua composição.
Portanto, estima-se que em até 300 mil anos ele tenha desaparecido.

Apesar de ser muito brilhante, apenas 4% da luminosidade recebida pelo


Halley é refletida. Isso porque ele é um dos objetos mais sombrios no espaço
(sua cor é preta e mais escura que o carvão).

Ora, o seu brilho intenso e de cor branca se devem a cauda do cometa, a qual
pode atingir alguns milhões de quilômetros de comprimento e se divide em
duas: uma compostas por gases ionizados, como o cianogénio (mortalmente
venenoso), e outra formada por poeira.

Esta última, pode provocar duas chuvas de meteoros durante a passagem do


cometa pela Terra: EtaAquárida (Abril a Maio) e Oriónidas (Outubro).

Principais Aparições do Cometa Halley


O primeiro registro oficial deste cometa foi em 240 a.C. Por conseguinte, no
século I d.C., astrônomos judeus já registravam no Talmude a aparição de uma
estrela a cada setenta anos. No ano de 837, o cometa Halley fez sua maior
aproximação com a Terra, ou seja 4,8 milhões de quilômetros.

Em 1066, ele passou durante a conquista normanda da Inglaterra por


Guilherme II da Normandia. Na sua passagem do ano de 1531, ele foi avisado
por Petrus Apianus e, em 1607, por Johannes Kepler.

Foram justamente estes dois últimos avistamentos que possibilitaram a


Edmond Halley concluir que o cometa a evoluir pelos céus em 1682 era o
mesmo que os anteriores.

Por sua vez, em 1910, o cometa Halley foi fotografado pela primeira vez e
ganhou fama mundial. Contudo, a maior revolução sobre este tema ocorreu em
1986, quando foi possível enviar espaçonaves para observá-lo.
Estas sondas foram: Planet A e Sakigake do Japão, Giotto da Agência Espacial
Europeia (esta chegou à 500 km do núcleo do cometa), ISEE-3/ICE da NASA e
VEGA 1 e VEGA 2 da URSS.

Por fim, vale lembrar que a próxima passagem do cometa Halley esta estimada
para 28 de julho de 2061 e poderá ser vista em todo o planeta, apesar da
poluição dificultar muito seu aparecimento aos olhos nus.

https://www.todamateria.com.br/cometa-halley/

Estrelas
As Estrelas são corpos celestes que têm luz própria. Elas são, na verdade,
esferas gigantes compostas de gases que produzem reações nucleares mas,
graças à gravidade, podem se manter vivas (sem se explodir) por trilhões de
anos.

Na nossa galáxia - a Via Láctea - existem mais de cem bilhões de estrelas. O


Sol é uma delas.

Como as Estrelas Nascem?


As nebulosas (nuvens formadas de poeira e gás) se contraem e formam uma
esfera. Ao se contrair, o gás se concentra lentamente e aquece milhões de
graus, num processo violento que pode levar milhões de anos.
Assim, é formada uma protoestrela e, somente após atingir uma temperatura
altíssima, têm início as reações nucleares das quais resultam as estrelas.

Formação das estrelas


O Tamanho das Estrelas
Para se ter noção da dimensão das estrelas, saiba que o Sol é uma estrela
pequena. No entanto, ele tem um diâmetro de 1 milhão e meio de quilômetros
(o que equivale a cerca de 1 milhão de planetas Terra).

Estrelas Maiores do que o Sol


A estrela Eta Carinae é 5 milhões de vezes maior do que o Sol.
Enquanto isso, a estrela Betelgeuse, por sua vez, é 300 vezes maior que
a Eta Carinae.
A estrela VYCanisMajoris, finalmente, é 1 bilhão de vezes maior do que o Sol,
sendo assim a maior delas.
As Cores das Estrelas
Existem estrelas vermelhas, amarelas, brancas e azuis. As estrelas emitem
luzes de cores diferentes em decorrência da sua temperatura.

As vermelhas, com cerca de 3000º C, são as que têm a temperatura mais


baixa; enquanto com cerca de 40000º C as azuis são as que têm a temperatura
mais alta.

Constelações
As constelações são um conjunto de estrelas que embora pareçam próximas a
olho nu, estão extremamente distantes no espaço celeste.

Dentre as principais constelações do universo vistas da Terra, as mais


populares são:

Cruzeiro do Sul, que é vista do hemisfério sul.


Ursa Maior e Ursa Menor, que são vistas do hemisfério norte.
As Estrelas Morrem?
As estrelas morrem após gastar o seu combustível - quanto maior a sua
dimensão mais combustível elas consomem.

Primeiro, as estrelas gastam o hidrogênio e quando isso acontece as estrelas


envelhecem. A seguir, começam a gastar o hélio e isso faz com que elas
cresçam muito, de modo que sua temperatura diminui, tornando-a vermelha.

Assim, nesse estágio as estrelas são classificadas como gigantes vermelhas.


E o Sol?
O Sol gasta 600 toneladas de hidrogênio a cada segundo. De acordo com os
astrônomos, isso indica que o período de vida do Sol terminará em cerca de 5
bilhões de anos.

No seu caso, depois de atingir uma dimensão gigantesca, ele se transformará


em uma nebulosa planetária. O que dele sobrar será uma anã branca.

O que são Estrelas Anãs Brancas?


São estrelas que tem calor residual porque já queimaram o seu gás hélio. À
medida que esfriam, elas vão se tornando mais difíceis de se enxergar a olho
nu. Antes desse estágio, porém, elas já passaram pela fase de estrela gigante
vermelha.

Anãs Marrons
Nem todas as nuvens interestelares formam estrelas. Quando elas não atingem
uma certa dimensão não se transformam em estrelas, de modo que são
denominadas “anãs marrons”.

Vale ressaltar que é incorreto chamá-las de “estrelas anãs” porque elas não
chegam a ser estrelas, são apenas “anãs marrons”.

O que é Estrela Cadente?


Estrela cadente é o nome popular como é conhecido o meteoro. A estrela
cadente resulta do lançamento de uma partícula sólida que se evapora. O
resultado é um efeito luminoso.
Quando visualizamos um rastro luminoso no céu durante a noite, podemos
estar diante do fenômeno da estrela cadente.

As estrelas cadentes são formadas por fragmentos advindos do espaço


interplanetário que se aquecem no momento em que atingem a atmosfera.

https://www.todamateria.com.br/estrelas/

Buraco Negro
Buracos negros são lugares no espaço cuja velocidade de escape é maior que
a velocidade da luz. Nessas regiões existe um intenso campo gravitacional e
matéria armazenada em espaços muito pequenos.

A massa concentrada de um buraco negro pode ser até 20 vezes maior que a
do Sol. O tamanho, contudo, varia; há grandes e pequenos, e cientistas
apostam que há buracos negros do tamanho de um átomo.

Como seu campo gravitacional é muito intenso , nem mesmo a luz pode
escapar. Desta forma, são invisíveis e não é possível estimar a quantidade
existente, por exemplo, na Via Láctea.

Primeira Imagem de um Buraco Negro


(2019)
Em abril de 2019 os cientistas apresentaram a primeira foto de um buraco
negro, que está localizado no centro da galáxia Messier 87 (M87).

A massa deste buraco negro é 6,5 bilhões de vezes maior que a do Sol e sua
distância da Terra é de 55 milhões de anos-luz.

Na imagem, vemos um anel brilhante ao redor de um centro escuro. Esse anel


é o resultado da luz que se dobra ao redor do buraco negro devido a sua forte
gravidade.

Primeira imagem de um buraco negro


Essa imagem foi obtida através de 8 radiotelescópios espalhados por diversos
pontos da Terra e que fazem parte do projeto Event Horizon Telescope (EHT).
Como é possível "ver" um buraco negro?
Embora não possam ser vistos de forma direta, o comportamento dos astros ao
redor indicam a presença de um buraco negro porque a gravidade afeta as
estrelas e o gás presente nas vizinhanças.

A intensa força gravitacional dos buracos negros captura os gases que estão
próximos e estes gases ao serem sugados têm sua energia potencial
gravitacional gradativamente transformada em energia cinética, térmica e
radiativa.

A trajetória descrita pelo gás rumo ao buraco negro tem a forma de espiral e ao
longo do caminho ocorre a emissão de fótons, que escapam antes de atingirem
o limiar do buraco negro.

Esta emissão forma ao seu redor um anel brilhante, o que permite a sua
observação indireta e representa a parte visível na primeira imagem captada de
um buraco negro.

Tipos de buracos negros


Os buracos negros são classificados em estelares ou supermassivos. Os
pequenos são chamados estelares e os maiores são denominados de
supermassivos e podem ter a massa de 1 milhão de sóis juntos.

Estudos da NASA (Agência Espacial Norte-americana) indicam que toda


grande galáxia tem no centro um buraco negro supermassivo.

A Via Láctea abriga um buraco negro supermassivo denominado Sagitário A,


que tem a massa estimada de 4 milhões de sóis.

O pressuposto é de que os supermassivos formaram-se ainda na origem do


Universo, enquanto os estelares resultam da morte de uma estrela supernova.

Nem mesmo a luz escapa da gravidade de um buraco negro


O Sol não deve transformar-se em um buraco negro porque não tem energia
suficiente para alterar a gravidade atual.
Teoria do Buraco Negro
Durante muito tempo acreditava-se que a velocidade da luz era infinita.
Contudo, em 1676, Ole Roemer descobriu que a luz se propaga com
velocidade finita.

Esse fato levou Laplace e John Michell, no final do século XVIII, a acreditarem
que poderiam existir estrelas com campo gravitacional tão forte que a
velocidade de escape fosse maior que a velocidade da luz.

A teoria da relatividade geral de Albert Einstein apresentou a força da


gravidade como resultado da deformação do espaço-tempo (espaço curvo).
Isso abriu caminho para o enquadramento teórico da existência dos buracos
negros.

Albert Einstein um dos maiores exploradores do espaço - NASA


No mesmo ano da apresentação do famoso estudo da teoria da relatividade
geral, o físico alemão Karl Schwarzschild encontrou a solução exata da
equação de Einstein para as estrelas massivas e relacionou seus raios com
suas massas. Assim, ele demonstrou matematicamente a existência dessas
regiões.

No início da década de 70, Stephen Hawking começou a pesquisar sobre as


características dos buracos negros.

Como resultado das suas pesquisas, ele previu que os buracos negros emitem
radiação que podem ser detectada por instrumentos especiais. Sua descoberta
possibilitou o estudo detalhado dos buracos negros.

Assim, com o desenvolvimento de telescópios que medem emissores de raios


X provenientes de fontes estrelares, se tornou possível observar de forma
indireta os buracos negros.

O Buraco Negro Sagitário A


Cientistas estimam que as galáxias elípticas e espirais - como a Via Láctea -
têm um buraco negro supermassivo. Este é o caso de Sagitário A, que está a
26 mil anos-luz da Terra.

O excesso de poeira cósmica na galáxia impede a observação no entorno de


Sagitário A. Diferente dos demais corpos celestes, que emitem luz, os buracos
negros não podem ser observados pelos métodos usuais. Assim, o trabalho é
efetivado por meio de ondas de rádio e raio X.

Buraco Negro Gigante


O maior buraco negro tem a massa 12 milhões de vezes maior que o Sol. A
descoberta, feita por cientistas chineses da Universidade de Pequim foi
divulgada em 2015.

O buraco negro fica no centro de uma galáxia - como ocorre com os


supermassivos.

A estimativa dos cientistas é de que tenha se formado há 12,8 bilhões de anos


terrestres e tenha quantidade de luz 420 trilhões de vezes superior ao Sol.

A partir do choque de dois buracos negros foi possível comprovar a existência


das ondas gravitacionais.

https://www.todamateria.com.br/buraco-negro/

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