Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO
Entre os interesses nacionais descritos pela Política de Defesa Nacional (PND)
brasileira dois destacam-se quando se trata da segurança nacional: a Amazônia e o
Atlântico Sul. O Brasil, por meio de seu braço militar - as Forças Armadas - cumpre o
papel de salvaguardar essas áreas estratégicas e suas riquezas com as mais diferentes
capacidades, incluindo o poder aeroespacial. Para compreender a importância da
segurança nos temas expostos na PND é necessário entender o surgimento desse
conceito e sua evolução dentro do estudo das Relações Internacionais, a fim de
contextualizá-lo e de transpor a simples retórica insistentemente repetida nas
escolas militares. Este artigo se propõe a analisar, a partir de uma revisão bibliográfica
e documental, a relação entre o conceito de segurança e a percepção brasileira de
proteção da Amazônia e do Atlântico Sul focando, em linhas gerais, na utilização
do poder aeroespacial. Inicialmente, são analisados alguns dos principais autores
que se debruçaram sobre os estudos de segurança com o objetivo de apresentar
uma visão geral da evolução do conceito para, então, trazer o tema para a realidade
brasileira. Após, mergulhando na percepção da importância da Amazônia e do
Atlântico Sul, busca-se entender a segurança desses objetos de interesse nacional
e, finalmente, analisa-se o emprego do poder aeroespacial em sua defesa.
Palavras-Chave: Segurança. Amazônia. Atlântico Sul. Poder Aeroespacial.
SECURITY AND DEFENSE IN THE AMAZONIA, THE SOUTH ATLANTIC AND THE AERO-
SPACE POWER
ABSTRACT
Among the national interests described by the Brazilian National Defense Policy
(PND – Acronyms in Portuguese), two stand out when it comes to national security:
The Amazon and the South Atlantic. Brazil, through its military arm - the Armed
Forces - plays the role of safeguarding these riches with the most different capabili-
ties, including aerospace power. In order to understand the importance of security
in the themes set out in the PND, it is necessary to understand the emergence of
the concept of security and its evolution within the study of International Relations,
____________________
* Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Aeroespaciais (UNIFA), major aviador da
Força Aérea Brasileira. Email: f_diniz_pereira@hotmail.com
** Doutora em Ciências Aeroespaciais, docente da Universidade da Força Aérea (UNIFA).
E-mail: pomatos@hotmail.com
108 Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019
Segurança e Defesa na Amazônia, no Atlântico Sul e o Poder Aeroespacial
RESUMEN
Entre los intereses nacionales descritos por la Política de Defensa Nacional (PND)
brasileña dos se destacan cuando se trata de la seguridad nacional: la Amazonia y
el Atlántico Sur. Brasil, por medio de su brazo militar - las Fuerzas Armadas - cumple
el papel de salvaguardar estas áreas estratégicas y sus riquezas con las más diversas
capacidades, incluyendo el poder aeroespacial. Para comprender la importancia de
la seguridad en los temas expuestos en la PND es necesario entender el surgimiento
de ese concepto y su evolución dentro del estudio de las Relaciones Internacio-
nales, a fin de contextualizarlo y de transponer la simple retórica insistentemente
repetida en las escuelas militares. Este artículo se propone a analizar, a partir de una
revisión bibliográfica y documental, la relación entre el concepto de seguridad y la
percepción brasileña de protección de la Amazonia y del Atlántico Sur enfocando,
en líneas generales, en la utilización del poder aeroespacial. En primer lugar, se
analizan algunos de los principales autores que se dedicaron a los estudios de segu-
ridad con el objetivo de presentar una visión general de la evolución del concepto
para, entonces, traer el tema a la realidad brasileña. Después de sumergirse en la
percepción de la importancia de la Amazonia y del Atlántico Sur, se busca entender
la seguridad de esos objetos de interés nacional y, finalmente, se analiza el empleo
del poder aeroespacial en su defensa.
Palabras clave: Seguridad. Amazonias. Atlántico Sur. Poder Aeroespacial.
1 INTRODUÇÃO
Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019 109
Flávio Diniz Pereira / Patrícia de Oliveira Matos
Buzan e Lane Hansen (2012), bem como as diferenças entre os conceitos de segurança
apontados por Ayoob (1991). Considera-se também a visão de Héctor Saint-Pierre
(2013) e Alsina Jr. (2003) na divisão do conceito de segurança em externa e interna,
além de Rudzit e Nogami (2010). A partir dessa base teórica inicial, na segunda e
terceira seções, o artigo trata das duas áreas que, segundo a PND, são estratégicas
para o país: a Amazônia e o Atlântico Sul. Na quarta seção, o trabalho descreve a
participação da Força Aérea Brasileira na defesa dessas áreas, ressaltando-se a
importância do poder aeroespacial, fundamentado em Douhet (1988) e em Santos
(1989). Finalmente, são apresentadas as considerações finais da pesquisa.
112 Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019
Segurança e Defesa na Amazônia, no Atlântico Sul e o Poder Aeroespacial
Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019 113
Flávio Diniz Pereira / Patrícia de Oliveira Matos
114 Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019
Segurança e Defesa na Amazônia, no Atlântico Sul e o Poder Aeroespacial
Tanno (2003) sustenta que a política externa construída por Ronald Regan no
período da Guerra Fria, com altos investimentos na corrida espacial, influenciou no
desenvolvimento do pensamento dos intelectuais das RI e as questões de segurança
eram vistas essencialmente como questões militares.
Para a escola tradicionalista, o ponto que motivou o surgimento de uma
vertente abrangente foi, exatamente, em oposição à visão realista por meio de uma
ótica europeia de segurança (TANNO, 2003).
O percurso do conceito de segurança foi, portanto, formulado por uma série
de argumentações estabelecidas em períodos históricos distintos e por diferentes
intelectuais, porém, em um constante processo de desenvolvimento.
Da visão realista de Walt (1991), centrada no militarismo e no Estado, à
perspectiva multifacetada de Buzan (1991), nasceu o questionamento de Ayoob
(1991) sobre se a adoção dos conceitos de segurança que norteiam os países
europeus seria, de fato, a maneira adequada para interpretar o mesmo fenômeno
nos países de Terceiro Mundo.
Mas o pensamento mais contundente residiu na grande mudança proposta
por Buzan e Weaver (2003) e evocada por Rudzit (2018, p. 4): “[...] não podemos
perguntar o que é segurança e sim segurança em relação a quê?”
Ao trazermos o tema para a realidade nacional, observa-se que a PND analisa
o ambiente externo brasileiro no contexto sul-americano da seguinte forma: “[...]
A América do Sul, distante dos principais focos mundiais de tensão e livre de armas
nucleares, é considerada uma região relativamente pacífica” (BRASIL, 2012, p. 21).
Isto nos leva a considerar que, apesar dos diversos problemas fronteiriços
ainda existentes na América do Sul6, e da histórica ineficiência prática de alguns
acordos de cooperação na área de segurança7, pode-se observar o continente
como uma região que compartilha questões de segurança. São países nos quais as
fases de desenvolvimento do Estado, exemplificadas por Ayoob (1991), encontram-
se próximas e portanto, reservam similaridades quanto às ameaças a que estão
expostas. Como exemplo, observa-se uma tendência de aproximação dos países
nas questões de segurança desde 1990:
116 Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019
Segurança e Defesa na Amazônia, no Atlântico Sul e o Poder Aeroespacial
Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019 117
Flávio Diniz Pereira / Patrícia de Oliveira Matos
Alsina Jr (2003) mostra sua preocupação em situar o que deve e o que não
deve ser securitizado, questionando se haveria como estabelecer os assuntos do
Estado passíveis de securitização. Com foco na PND e baseado na visão de Buzan et
al. (1998), o autor propôs uma análise lógica do tema:
também destacaram a definição de segurança como um tema amplo que pode ser
bipartido em interna e externa, reforçando a necessidade de se apresentar algo
além da definição militar dos conceitos de segurança e defesa trazidos pela Escola
Superior de Guerra (ESG), visualizada no artigo de Costa (1999):
Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019 119
Flávio Diniz Pereira / Patrícia de Oliveira Matos
3 A SEGURANÇA DA AMAZÔNIA
120 Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019
Segurança e Defesa na Amazônia, no Atlântico Sul e o Poder Aeroespacial
países de Terceiro Mundo9 apontados por Ayoob (1991): tráfico de drogas, guerras
civis, entre outros. O receio em estabelecer-se alianças militares na América do Sul,
o que seria admitir uma Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) do Sul
(MEDEIROS FILHO, 2010), era construído pelo impacto que tal medida poderia ser
recebida no Sistema Internacional. Isto posto, as associações, sob a roupagem de
cooperação em segurança no continente, se deram simplesmente para a proteção
de fronteiras e de recursos, desconsiderando potenciais ameaças e estando
unicamente vinculadas aos ilícitos fronteiriços.
A Amazônia e seu caráter estratégico também foram abordados por Castro
(2006), que enfatizou a importância dada ao tema em 2002, com a criação de
inúmeras comissões no Congresso Nacional para estudar o assunto, com ênfase
na questão ambiental, as quais o autor chamou de “bancada da Amazônia”. No
entanto, Castro alertou sobre o desinteresse da classe política pelos assuntos de
defesa, delegando aos militares a preocupação pela defesa da região. Tal aspecto,
segundo o autor, influenciou na criação da estratégia da presença, idealizada pelo
Exército Brasileiro e constante na Estratégia Nacional de Defesa (END):
Nesse contexto, Albuquerque (2010) reforça que: “[...] o projeto Calha Norte
é recordado como paradigma da organização militar na região e se desenha cenário
de guerra assimétrica contra país ou coligação de países que venham a contestar a
soberania brasileira sobre a Amazônia” (ALBUQUERQUE, 2010, p. 48-49).
Já Caninas (2011) prefere dividir a percepção da importância sobre a Amazônia
em interpretações realizadas por militares ou por civis. Segundo Caninas (2011), na
visão militar, a região possui um caráter místico, o que leva a interpretá-la como algo
cobiçado por outros países e que, por isso, necessita ser protegida pela estratégia da
presença, estabelecida pelo Exército Brasileiro. Na sua perspectiva, a transformação
da Amazônia em um tema de segurança externa (AYOOB, 1991) tem relação direta
com a necessidade de atrair investimentos para as Forças Armadas, responsáveis
pela defesa da Amazônia. Porém, nesse escopo, Caninas (2011) comenta que a base
de fundamentação dos militares passa pelos crimes transnacionais afetos à região,
como o tráfico de drogas. Por outro lado, as questões sinalizadas pelos civis seriam
exemplificadas pelos problemas ambientais, como desmatamentos, poluição e a
9 Aqui fazemos um contraponto: quando Ayoob (1991) apresentou sua teoria somente existia esse
conceito, o Brasil é considerado hoje um país em desenvolvimento.
Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019 121
Flávio Diniz Pereira / Patrícia de Oliveira Matos
122 Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019
Segurança e Defesa na Amazônia, no Atlântico Sul e o Poder Aeroespacial
10 O Brasil viu sua liderança ameaçada pelo protagonismo argentino (PENNA FILHO, 2003).
Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019 123
Flávio Diniz Pereira / Patrícia de Oliveira Matos
124 Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019
Segurança e Defesa na Amazônia, no Atlântico Sul e o Poder Aeroespacial
O poder aeroespacial, de que trata este artigo tem, portanto, como seu braço
armado, a Força Aérea.
Retomando a questão da Amazônia e do Atlântico Sul, e compreendendo
sua defesa como uma responsabilidade militar, recorre-se, primeiramente, ao
estudo da professora Adriana Aparecida Marques (2007), que buscou identificar
como se estabelece a percepção de segurança na Amazônia e a estratégia militar
adotada para defendê-la, passando pelo papel de cada uma das Forças na questão
apresentada.
Marques (2007) aponta a presença militar na Amazônia, numa realidade
alcançada em 2007, em que a Marinha e a Força Aérea possuíam papéis coadjuvantes.
Segundo a autora, a participação da Força Aérea Brasileira (FAB) até a década de 80
era focada nas ações do Correio Aéreo Nacional (CAN) e no projeto Calha Norte,
o qual fornecia suporte para as operações fronteiriças do Exército Brasileiro. No
entanto, na década de 90, a atuação da FAB assumiu contornos mais significativos,
especialmente após o surgimento do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM),
o qual lhe transferiu maiores responsabilidades de defesa à Força Aérea Brasileira,
com relação à Amazônia. O poder aeroespacial era exercido por meio da cobertura
radar contra ilícitos e pela promulgação da Lei do Tiro de Destruição, que ficou
conhecida como Lei do Abate (MARQUES, 2007).
Com relação à defesa do Atlântico Sul, observa-se que a literatura disponível,
na maioria das vezes, coloca lentes apenas na participação da Marinha Brasileira.
No entanto, as atividades de Patrulha Marítima, realizadas com aeronaves modelo
Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019 125
Flávio Diniz Pereira / Patrícia de Oliveira Matos
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
11 São dispositivos capazes de detectar movimentos e ações que ocorrem em processos e projetos
eletro-eletrônicos (BRASIL, 2011).
126 Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019
Segurança e Defesa na Amazônia, no Atlântico Sul e o Poder Aeroespacial
Sul, além das questões de segurança envoltas sobre essas áreas, bem como a
participação das Forças Armadas na sua proteção, ressaltando aspectos sobre a
cooperação com os países sul-americanos. O fato reitera as questões comuns de
segurança apontadas por Ayoob (1991).
Finalmente, com o foco no poder aeroespacial, e considerando a evolução
histórica do conceito de poder aéreo teorizado por Douhet (BRASIL 2018a), buscou-
se mostrar como a Força Aérea contribui para a segurança desses dois objetivos
nacionais de defesa. Conclui-se que, partindo de uma percepção brasileira, o
conceito de segurança externa encontra-se estreitamente relacionado à defesa
dos recursos estratégicos para a região, com foco na proteção da Amazônia e
do Atlântico Sul, e, ainda, que o poder aeroespacial, por meio da Força Aérea
Brasileira, tem papel fundamental, seja por meio do CAN, do Projeto Calha Norte
e do SIVAM, para o caso da Amazônia, ou das atividades de Patrulha Marítima e
Busca e Salvamento, no caso da defesa do Atlântico Sul.
REFERÊNCIAS
ALSINA JR, João Paulo Soares. A síntese imperfeita: articulação entre política
externa e política de defesa na era Cardoso. Revista Brasileira de Política
Internacional, v.46, Nº 2, p. 53-86, 2003.
AMARAL, Antônio Carlos Egito do. Palestra. Ministrada em 02 de abril de 2018
para o Grupo de implantação operacional do KC-390 na Força Aérea Brasileira. Ala
2. Anápolis, 2018.
Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019 127
Flávio Diniz Pereira / Patrícia de Oliveira Matos
AYOOB, Mohammed. The Security Problematic of the Third World. World Politics,
[s.l.], v. 43, n. 02, p.257-283, jan. 1991. Cambridge University Press (CUP). http://
dx.doi.org/10.2307/2010473.
AZAR, Edward E.; MOON, Chung-in (ed.). .National security in the third world:
the management of internal and external threats. College Park,Md.: Center for
International Development and Conflict Management, University of Maryland,
1988, 308 p.
BUZAN, Barry. People, state & fear: an agenda for International Security Studies in
the Post-Cold War Era. Boulder: Lynne Rienner Publishers, 1991.
BUZAN, Barry; WEAVER, Ole; WILDE, Jaap de. Security: a new framework for
analysis. Boulder: Lynne Rienner Publishers, 1998.
BUZAN, Barry; WEAVER, Ole. Regions and Powers: The Structure of International
Security. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
128 Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019
Segurança e Defesa na Amazônia, no Atlântico Sul e o Poder Aeroespacial
COSTA, Darc. Segurança e defesa: uma única visão abaixo do Equador. Revista
Brasileira de Política Internacional, [s.l.], v. 42, n. 1, p.127-156, jun. 1999.
FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0034-73291999000100006.
AHRENS, Jan Martínez. Trump inicia guerra tarifária do aço e alumínio por
“segurança nacional”: Presidente dos EUA impõe aumentos unilaterais ao aço
(25%) e ao alumínio (10%). Trump exclui México e Canadá e modera o golpe para
os países com superávit com os EUA. El País. [s.l.], 09 mar. 2018. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/03/08/internacional/1520537702_665172.
html. Acesso em: 13 dez. 2018.
FOLHA DE S. PAULO (São Paulo) (Ed.). Brasil e outros cinco países suspendem
participação na Unasul, diz agência: Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Paraguai
também saem de bloco por considerá-lo sem rumo. Folha de S. Paulo. São Paulo,
20 abr. 2018. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/04/
brasil-e-outros-cinco-paises-suspendem-participacao-na-unasul-diz-agencia.shtml.
Acesso em: 20 dez. 2018.
Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019 129
Flávio Diniz Pereira / Patrícia de Oliveira Matos
MEI, Eduardo; SAINT-PIERRE, Héctor Luis. Paz e Guerra: defesa e segurança entre
as nações. São Paulo: UNESP, 2013.
Revista da Escola Superior de Guerra, v. 34, n. 71, p. 108-131, maio/ago. 2019 131