Você está na página 1de 240

 

Manual de

Geometria
escritiva

 António Galrinho
 

FICHA TÉCNICA

Título
Manual de Geometria Descritiva

 Autor
 António Galrinho

Grafismo
Do autor

Edição
1ª - 2010
 

APRESENTAÇÃO

Este livro apresenta uma compilação dos conteúdos fundamentais da Geo-


metria Descritiva. A organização de cada capítulo tem em conta os graus
de dificuldade das matérias, sendo estas apresentadas e sequenciadas de
modo a facilitar a aprendizagem.

Capítulos:

1. PONTO E SEGMENTO DE RECTA

2. RECTA

3. PLANO

4. MÉTODOS GEOMÉTRICOS AUXILIARES 

5. INTERSECÇÕES 

6. FIGURAS PLANAS

7. SÓLIDOS I 

8. SÓLIDOS II 

9. PARALELISMOS

10. PERPENDICULARIDADES
PERPENDICULARIDADES

11. DISTÂNCIAS 

12. ÂNGULOS 

13. SOMBRAS I

14. SOMBRAS II

No final de cada capítulo são propostos exercícios a ele relativos. Contudo,


esta edição não inclui as soluções.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Apresentação - 1


 

O que é a Geometria Descritiva?

 A Geometria
Geo metria Descritiva é um sistema de projecções que utiliza
u tiliza figuras geométricas., e que tem por
objectivo treinar o raciocínio lógico e a visualização mental.

Nesta disciplina não se efectuam operações aritméticas para se resolver os exercícios; estes resol-
vem-se através de traçados com base na lógica geométrica. As medidas utilizadas servem apenas
para colocar os dados dum enunciado; a partir desse momento tudo se resolve com operações de
traçado.

Não é necessário nem há conveniência em recorrer, de forma sistemática, a modelos tridimensio-


nais nem a programas informáticos que ponham em evidência a tridimensionalidade das figuras e do
espaço. As vantagens que daí advêm, em termos pedagógicos, são mínimas e pontuais. O mais
importante é levar o aluno a desenvolver a capacidade de visão espacial na ausência desses mode-
los e ante a presença dos traçados bidimensionais.

Esta disciplina necessita de um estudo regular e continuado, que não consiste apenas em ler os tex-
tos e ver as imagens, mas também na realização frequente de exercícios, pois só através deles se
esclarecem devidamente muitas dúvidas e se consolidam os conhecimentos. Não se deve esquecer
que, além das situações gerais, existem, em todas as matérias, situações particulares, devendo
ambas merecer a devida atenção.

O treino que a Geometria Descritiva proporciona é uma ferramenta importante para o estudo doutros
métodos de representação, como as Axonometrias, a Perspectiva Cónica ou o a Múltipla Projecção
Ortogonal (sistema de alçados, cortes, etc.).

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Apresentação - 2


 

Convenções e traçados

Na Geometria Descritiva as figuras geométricas são descritas com nomes, da seguinte maneira:

Pontos 
Letras maiúsculas do alfabeto latino, acrescentando 1, 2 ou 3, conforme se trate da projecção hori-
zontal, frontal ou lateral de um ponto, respectivamente (A1, A2 e A3, por exemplo).

Rectas 
Letras minúsculas do alfabeto latino, acrescentando 1, 2 e 3, nas projecções horizontal, frontal e
lateral de uma recta, respectivamente. Por exemplo, r 1, r 2 e r 3, são as projecções da recta r. 

Segmentos de recta 
Indicam-se com os nomes dos seus extremos entre parêntesis rectos. Por exemplo, o segmento de
recta [AB] terá como projecções horizontal e frontal os segmentos [A 1B1] e [A2B2], indicando-se no
traçado das projecções apenas os extremos A1, B1, A2 e B2.

Polígonos 
Indicam-se com os nomes dos vértices entre parêntesis recto: triângulo [PQR], pentágono [ABCDE],
por exemplo. Nas projecções indicam-se apenas os nomes dos vértices: A 1, B1, A2, B2, etc.

Circunferências  
Indicam-se com uma letra minúscula entre parêntesis recto. Por exemplo, a base [b], a circunferên-
cia [c] e a directriz [d] terão como projecções horizontais e frontais [c 1] e [c2], [b1] e [b2], [d1] e [d2].

Planos 

Letras minúsculas do alfabeto grego, precedendo os nomes dos seus traços por h e f. Por exemplo,
hα e f α são, respectivamente, os traços horizontal e frontal do plano α.

Ângulos 
Letras minúsculas do alfabeto grego. As indicações αº e  βº designam-se por ângulo α, ângulo β.
Num enunciado, ae e ad indicam que os ângulos têm abertura para a esquerda ou para a direita.  

Sólidos 
Letras maiúsculas do alfabeto grego. Estas designações aplicam-se apenas nos enunciados.

Letras gregas (mais utilizadas)


( alfa, beta, delta, pi, teta, ómega, niu, fi, ró, sigma, psi…) 
Minúsculas: α, β, δ, π, θ, ω, ν, φ, ρ, σ, ψ... (alfa,
Maiúsculas: Δ, Ω, Σ, Θ, Π... (delta, ómega, sigma, teta, pi, ...)

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Apresentação - 3


 

São utilizados alguns tipos de linhas e símbolos, devendo ser tidos em conta cuidados com os traça-
dos e com os materiais, da maneira como se indica:  

Linhas 
Linhas finas: para linhas de chamada e traçados auxiliares;
Linhas médias: para representar os elementos dados num enunciado;
Linhas grossas: para representar a solução dum exercício;
Linhas a traço interrompido, utilizadas
u tilizadas em invisibilidades, sobretudo em Sombras e em
em
Sólidos, a traço médio ou grosso;
Estes tipos de linhas são válidos para rectas e para curvas. Nos traçados, efectuados a lápis ou lapi-
seira, cada aluno define as suas espessuras, de modo a que se distingam bem umas das outras.

Símbolos 
≡ Coincidente: indica que duas figuras
figuras são coincidentes, ocupando o mesmo lugar no
no espaço; 
// Paralelo: indica que duas figuras são paralelas entre si; 
Perpendicular: indica que duas figuras são perpendiculares entre si;  
/ Oblíquo: indica que duas figuras são oblíquas entre si; 
Є  Pertence: indica que uma figura pertence a outra, ou seja, está contida nela;  
Perpendicular: coloca-se no cruzamento de duas rectas para salientar que são perpendiculares;  
= Igual: indica que, dentro dum mesmo traçado, duas medidas (distâncias ou ângulos) são iguais;
quando é necessário indicar mais medidas iguais podem utilizar -se
-se os sinais – e ≡, entre outros. 
 Alguns destes símbolos são utilizados nos traçados, outros em legendas, outros em ambos.

Traçados 
Devem ser tidos em conta alguns cuidados na execução dos traçados:
- Colocar as letras próximas dos elementos geométricos que designam;
- Colocar as letras na posição de leitura da folha, não devendo ficar inclinadas;
- Utilizar letras de tamanho médio e claramente legíveis;
- Não colocar letras sobre os traçados, se tal não for possível colocá-las sobre linhas finas;
- Quando se apagar traçados fazê-lo com eficácia;
- Apresentar as folhas limpas e os traçados rigorosos.

Materiais 
Para realizar traçados sobre papel, sugerem-se os seguintes materiais, limpos e em bom estado:
- Aristo: esquadro com transferidor e linhas de referência integradas, que permite traçar paralelas e
perpendiculares e marcar ângulos;
- Compasso: não deverá ter folgas e ter as suas pontas ao mesmo nível, com a mina afiada;
- Lápis ou lapiseira: de dureza média e bem afiado (desnecessário se se tratar de minas finas);
- Borracha: de preferência branca e macia;
- Papel: de baixa textura, de formato A4  e com cerca de 80g para exercícios comuns, de formato A 3 
e com cerca de 120g para testes e exercícios de maiores dimensões.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Apresentação - 4


 

PONTO E SEGMENTO DE RECTA

Neste capítulo aborda-se essencialmente o Ponto, elemento geométrico


mais simples. Resultado da união de dois pontos, aborda-se também o
Segmento de Recta. Com esses elementos são explicados alguns aspec-
tos cruciais que ajudarão a compreender as Rectas e os Planos, assim
como outras figuras geométricas tratadas nos diferentes capítulos.

Sumário:

2. Os planos de projecção 
3. Os planos bissectores

4. As projecções do ponto 
5. As duas coordenadas do ponto
6. O alfabeto do ponto
7. Pontos simétricos 
8. A projecção lateral do ponto 
9. As três coordenadas do ponto  
10. Os segmentos de recta no espaço  
11. As projecções dos segmentos de recta 
12. A projecção lateral dos segmento de recta  
13. Exercícios

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 1


 

Os planos de projecção

 A Geometria Descritiva é um sistema diédrico,


di édrico, ou seja, um sistema que utiliza dois planos de projec-
ção. Um deles é vertical e designa-se por Plano Frontal de Projecção (PFP), ou φo (fi zero); o outro é
horizontal e designa-se por Plano Horizontal de Projecção (PHP), ou νo (niu zero). Esses planos cru-
zam-se numa recta que se designa por eixo x.

O eixo x divide os planos de projecção em semiplanos: no Plano Frontal de Projecção existe o Semi-
Plano Frontal Superior (SPFS) e o Semi-Plano Frontal Inferior (SPFI); no Plano Horizontal de Projec-
ção existe o Semi-Plano Horizontal Anterior (SPHA) e o Semi-Plano Horizontal Posterior (SPHP).

Os planos de projecção dividem o espaço em quatro porções, designadas por diedros: I.º, II.º, III.º e
IV.º.

PFP φo 

II.º Diedro
φo  SPFS
SPFS
II.º Diedro I.º Diedro
I.º Diedro

SPHP SPHP x  SPHA νo 

PHP  νo 
PHP

SPHA
III.º Diedro III.º Diedro IV.º Diedro

SPFI SPFI

IV.º Diedro

Os planos de projecção em perspectiva Os planos de projecção vistos de lado


Esta perspectiva mostra os planos de projecção, os Representados de lado os planos de projecção
semiplanos, o eixo x e os diedros. É este o sistema ficam reduzidos a duas rectas, e o eixo x reduzido
básico utilizado em Geometria Descritiva. Normal- a um ponto. Normalmente representa-se nesta
mente representa-se nesta posição, supondo o posição, com o I.º diedro em cima, à direita, supon-
observador situado no I.º diedro, à esquerda. do que o observador se encontra do lado esquerdo.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 2


 

Os planos bissectores

 Além dos planos de projecção, existem também os planos bissectores. Os planos bissectores divi-
dem os diedros em espaços iguais, chamados octantes. Ou seja, devido à presença dos planos bis-
sectores, cada diedro fica dividido em dois octantes. O β1/3  é o plano que divide a meio os diedros I
e III; o β2/4 divide os diedros II e IV. Estes planos não são utilizados como planos de projecção.  

φ o 

β2/4  β1/3 

Os planos bissectores e os
planos de projecção em perspectiva
Os planos bissectores dividem os diedros em
νo  espaços iguais, chamados octantes. Como se
x  pode verificar, planos no
deeixo
projecção e planos
bissectores cruzam-se x.
Chama-se β1/3  ao bissector dos diedros ímpa-
res e β2/4 ao bissector dos diedros pares.

φo 
II.º Diedro I.º Diedro

β2/4  β1/3 
3º Oct.  2º Oct. 
Os diedros e os octantes
vistos de lado 1º Oct. 
4º Oct. 
Nesta imagem mostra-se como se distri- νo 
buem os diedros e os octantes ao longo do
espaço. Cada diedro contém dois octantes. 8º Oct. 
 A contagem, de uns e de outros, faz-se do 5º Oct. 
Semi-Plano Horizontal Anterior para cima.

6º Oct.  7º Oct. 

III.º Diedro IV.º Diedro

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 3


 

As projecções do ponto

Na Geometria Descritiva trabalha-se habitualmente com projecções ortogonais, o que significa que
as figuras geométricas são projectadas, na perpendicular, do espaço para os planos de projecção.
O objectivo deste sistema consiste em passar das três dimensões do espaço para as duas dimen-
sões de uma superfície plana.

φo 
φo ≡ νo 

B  B2
B2  A2 C1
C1
 A2 B1
A D1
D1
B1 νo 
D2
C
D2
x  C2 D
x  C2
 A1
 A1

Projecções de pontos em perspectiva As projecções após o rebatimento


Os pontos são projectados do espaço para os pla- Rodando em torno do eixo x, os planos de projec-
nos de projecção através de rectas que são per- ção ficam coincidentes. Nesse movimento, desig-
pendiculares aos planos, designadas por projectan- nado por rebatimento, os diedros I e III abrem, os
tes. Aqui, essas rectas estão representadas ape- diedros II e IV fecham. Aqui rebateu o PHP sobre o
nas no ponto A, para não sobrecarregar o traçado. PFP, mas sendo o inverso o resultado final será
aquele que se mostra na imagem seguinte.

 A2
B2

C1
B1

x
D1

 A1 C2
D2
As projecções dos pontos na representação final
Depois de projectados os pontos e de efectuado o rebatimento, as representações finais dos pontos ficam
como
mente.mostra esta imagem. Note-se que os pontos A, B, C e D se situam nos diedros I, II, III e IV, respectiva-

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 4


 

As duas coordenadas do ponto

Para representar pontos (e as outras figuras geométricas) consideram-se três coordenadas: abcissa,
afastamento e cota. Aqui explica-se em que consistem o afastamento e a cota. A abcissa é explica-
da em “As três coordenadas de um ponto”.  
Por vezes, para representar pontos (e outras figuras) nem sempre se utilizam as três coordenadas,
bastando trabalhar apenas com afastamentos e cotas, como sucede aqui.
 As medidas das coordenadas são dadas em centímetros.

afastamentos negativos afastamentos positivos


Coordenadas dos
pontos representados:
representados:

R(1,5;2)
R S(0;1)
T
T(-1,5;1,5)
S U(-3;0)
U cotas positivas
νo V(-2;-1)
Z cotas negativas X(0;-2)
V Y(1;-1,5)
Y Z(2,5;0)
X
O primeiro valor corresponde
ao afastamento, o segundo à
cota, separados por ponto e
φo vírgula.

U1
R2
V1

S2 T2≡T1
cotas +
afast. -
X1 Z2
x S1 U2 afast. +
Y1
cotas -
V2
Y2
R1 X2
Z1

Projecções dos pontos dados


Os pontos dados pelas suas coordenadas estão representados nos planos de projecção vistos de lado, na pri-
meira imagem; nesta estão representados pelas suas projecções. Cotas positivas e afastamentos negativos
originam projecções
baixo do eixo x. para cima do eixo x; afastamentos positivos e cotas negativas originam projecções para

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 5


 

O alfabeto do ponto

O alfabeto do ponto é o conjunto de todas as posições genéricas que os pontos podem ter em rela-
ção aos planos de projecção.

D2 H1

C2 E2 G1 I1

B2 F2≡F1 J1

 A2 E1 G2 K1

L1 P2
x D1 H2 Q2≡Q1
M1 O2
C1 I2

B1 J2 N2≡N1

 A1 K2 M2 O1

L2 P1
Posições genéricas dos pontos representadas nas projecções
Os pontos A, B e C têm a projecção frontal para cima do eixo x e a horizontal para baixo, esses pontos situam-
se no I.º diedro; os pontos E, F e G têm ambas as projecções para cima do eixo x, situam-se no II.º diedro; os
pontos I, J e K têm a projecção frontal para baixo do eixo x e a horizontal para cima, situam
situam-se
-se no III.º diedro; os
pontos M, N e O têm ambas as projecções para baixo do eixo x, situam-se no IV.º diedro. Os pontos D, H, L e P
têm uma projecção no eixo x, situam-se nos planos de projecção; os pontos B, F, J e N têm projecções com
medidas iguais (em valores absolutos), situam-se nos planos bissectores; o ponto Q situa-se no eixo x.
φo

D
Posições genéricas
β2/4 β1/3
E C dos pontos vistas de lado
Os pontos representados na ima-
gem ao lado são os mesmos que se
F B apresentam em projecções na ima-
gem de cima. Aqui pode-se obser-
G  A var com mais clareza os diedros,
octantes e planos onde se situam.
P  As coordenadas destes pontos são:
H Q νo
 A(3;1) B(2;2) C(1;3)
D(0;4) E(-1;3) F(-2;2)
I O
G(-3;1) H(-4,0) I(-3;-1)
J N
J(-2;-2) K(-1;-3) L(0;-4)
M(1;-3) N(2;-2) O(3;-1)
K M
P(4;0) Q(0;0) 
L
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 6
 

Pontos simétricos

 A determinação de pontos simétricos é importante para exercitar a marcação de pontos e para


melhor trabalhar com as coordenadas e conhecer o sistema de planos utilizado nesta disciplina.
Toma-se um ponto como referência e determinam-se os seus simétricos em relação aos planos de
projecção, aos planos bissectores e ao eixo x.

φo

S Determinação de pontos simétricos


β2/4 Os pontos de referência utilizados nesta
β1/3 imagem são os seguintes:
C A
 A(1;3) P(-4;2)
Os simétricos de A são:
P R
B(1;-3) - simétrico em relação ao PHP
C(-1;3) - simétrico em relação ao PFP
D D(3;1) - simétrico em relação ao β1/3 
E(-3;-1) - simétrico em relação ao β2/4 
νo F(-1;-3) - simétrico em relação ao eixo x
Os simétricos de P são:

Q(-4;-2)- simétrico
R(4;2) - simétricoem
emrelação
relaçãoaoaoPFP
PHP
E
S(-2;4) - simétrico em relação ao β1/3 
Q U T(2;-4) - simétrico em relação ao β2/4 
U(4;-2) - simétrico em relação ao eixo x
 As coordenadas dos pontos simétricos
B
F mantêm os valores absolutos dos do pon-
to de referência.

T
P1 Q1 S2

 A2 C2 E1

P2 R2 S1

C1 D2 F1

 A1 B1 E2

Q2 T1 U2

B2 D1 F2
R1 T2 U1
Projecções dos pontos representados na imagem anterior
 Aqui estão
es tão representados os pontos de referência, A e P, e os seus simétricos em relação aos planos de pro-
 jecção, aos planos bissectores e ao eixo x, de acordo com a vista de lado, que se observa na imagem anterior.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 7
 

A projecção lateral do ponto

 Além das projecções frontal


fr ontal e horizontal, por vezes há necessidade de recorrer a uma terceira pro-
 jecção que se designa por projecção lateral, muito útil nalguns capítulos.
 A projecção
p rojecção lateral obtém-se no plano lateral de projecção (PLP), ou πo (pi zero), que corresponde
ao plano da abcissa nula, perpendicular aos outros dois planos de projecção. Esse plano, ao cruzar-
se com os outros, dá origem aos eixos y e z. O eixo y resulta do cruzamento com o PHP, o eixo z do
cruzamento com o PFP.

As três projecções de um ponto


P3 
P2  em perspectiva

O ponto P é projectado no PHP em P1,
no PFP em P2  e no PLP em P3. Depois
de feitas as projecções, os planos reba-
PHP νo tem conforme mostram as setas. O pri-
meiro rebatimento a considerar é o do
PHP, só depois de faz o rebatimento do
x  PLP. Do primeiro rebatimento resulta a
P1  y  coincidência dos eixos y e z.

PFP φo
PLP πo

y≡z 

P2 P3
A projecção lateral de um ponto
R1
 A projecção lateral obtém-se com linhas
R3 de chamada paralelas ao eixo x e com
R2 uma rotação feita com o compasso colo-
cado no ponto de cruzamento dos eixos.
 A rotação do compasso faz-se sempre
x no sentido inverso ao dos ponteiros do
relógio. O ponto P corresponde ao que
S2 S3 está representado em perspectiva; o
ponto R encontra-se no segundo diedro
e o S no quarto, não estando represen-
P1
tados na imagem anterior.

S1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 8


 

As três coordenadas do ponto

Parte das vezes é necessário utilizar também, além do afastamento e da cota, a abcissa. O plano de
referência para a abcissa é o plano lateral de projecção, ou πo. À esquerda desse plano as abcissas
têm valores positivos, à direita têm valores negativos. Nas projecções é a recta y≡z que serve de
referência para a marcação das abcissas.
Quando são dadas as três coordenadas de um ponto isso não significa que se tem de representar
as três projecções. O valor da abcissa serve para situar o ponto ao longo do eixo x, à esquerda ou à
direita de y≡z.

y≡z 

B2

J1 D1

E2 C2 I1≡I2
F2
 A2 B1 G1
cotas +
afast. -

x E1 G2 afast. +
cotas -
J2 H2
F1 C1

 A1 H1 D2

abcissas + abcissas -

Coordenadas dos pontos representados:


 A(5;3;1) B(2;-1;4) C(-2,5;2;2)
C(-2,5;2;2) D(-1;-3;-3)
D(-1;-3;-3) E(4;0;2)
F(0;2;1,5) G(-4;-1;0) H(3;3;-1) I(-5;-2;2) J(6;-3;-1)
J(6;-3;- 1)
O primeiro valor corresponde à abcissa, o segundo ao afastamento,
o terceiro à cota. 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 9


 

Os segmentos de recta no espaço

 A união de dois pontos dá origem a um


u m segmento de recta. Aqui mostra-se as
a s duas e as três projec-
pr ojec-
ções de um segmento de recta no espaço, em perspectiva. Nas páginas seguintes mostram-se seg-
mentos de recta em várias posições, quer em duas quer em três projecções.

φo 

As duas projecções
do segmento de recta
B2 Para obter as projecções do segmento
 A2 de recta basta unir as projecções dos
 A B  seus extremos. Obviamente, o segmento
pode ter diferentes posições em relação
aos planos de projecção, o que leva a
νo  que as suas projecções apresentem
B1 aspectos diferentes.
 Aqui exemplifica-se com um segmento
x  de recta oblíquo.
 A1

z  P3 

As três projecções P2  P3 


do segmento de recta P
Para obter a projecção lateral de um
segmento de recta basta unir as projec- Q2  
ções laterais dos seus extremos. Con- νo Q3  
soante a posição do segmento de recta,
assim será o aspecto da sua projecção
lateral. Q
Exemplifica-se aqui Mcom um segmento x  P1  y 
de recta de perfil.
Q1  

φo πo

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 10


 

As projecções dos segmentos de recta

Os segmentos de recta podem ter sete posições genéricas. Essas posições equivalem às da recta,
a estudar no capítulo Alfabeto da Recta.

C2 D2 F2
 A
2
B2 E2

C1
 A1 B1
E1 F1
D1

Segmentos de recta paralelos aos planos de projecção


O segmento de recta [AB] é paralelo a ambos os planos de projecção; essa posição designa-se por fronto-
horizontal. O segmento [CD] é paralelo ao PHP e oblíquo ao PFP; designa-se por horizontal. O segmento [EF] é
paralelo ao PFP e oblíquo ao PHP; a sua posição é frontal.
f rontal.

G2
I2≡J2 Segmentos de recta perpendiculares
aos planos de projecção 
Estes segmentos de recta também são parale-
H2 los a um plano de projecção, mas aquilo que
aqui se salienta é a sua relação de perpendi-
cularidade com os planos de projecção. O
primeiro segmento é perpendicular ao PHP e
x designa-se por vertical; o segundo é perpendi-
cular ao PFP, sendo de topo.
I1 De notar a coincidência que acontece numa
das projecções dos extremos dos segmentos.

G2≡H2
J1 L2 M2

K2

Segmentos de recta oblíquos


aos planos de projecção 
N2
Estes segmentos de recta são ambos oblí-
quos ao plano de projecção. O [KL] é tam- x
bém oblíquo ao eixo x; designa-se por
oblíquo. O [MN] é também perpendicular L1 M1
ao eixo x; a sua posição é de perfil.

K1 N1
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 11
 

A projecção lateral dos segmentos de recta

 Aqui mostram-se
mostra m-se as projecções laterais
l aterais de alguns segmentos de recta, além das projecções princi-
pais. Para as obter basta unir as projecções laterais dos extremos desses segmentos.

y≡z  y≡z 

L2 L3
C2 D2 C3 D3
K2 K3

x x

L1 C1

K1 D1

Segmentos de recta oblíquos ao plano lateral de projecção


 Aqui mostra-se como se obtém a projecção lateral de um segmento de recta oblíquo e de outro horizontal. O
processo é o mesmo para qualquer segmento de recta.

y≡z  y≡z 

G2 G3 M2 M3

H2 H3
N2 N3

x x
N1

G1≡H1

M1

Segmentos de recta paralelos ao plano lateral de projecção


Normalmente é com segmentos de recta paralelos ao plano lateral de projecção que há interesse em saber da
sua projecção
recta vertical e lateral,
outro denomeadamente
perfil. em exercícios do capítulo Distâncias. Aqui mostra-se um segmento de

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 12


 

Ponto e segmento de recta  – Exercícios 

Pontos em dupla projecção 10. Representar, em dupla projecção, os seguintes


segmentos de recta:
1. Representar, em dupla projecção, os pontos:
[IJ], vertical com 3cm de tamanho,
 A(3;1) F(-3;3) J(2;-2) sendo I(4;3;2) o ponto de menor cota.
B(2;4) G(4;-1) K(-1;2)
C(0;3) H(0;-3) L(-4;0) [KL], de topo com 4cm de tamanho,
D(2;0) I(-2;-3) M(0;0) tendo L(-3;0;3) menor afastamento.
E, do β1/3, com -1cm de abcissa
11. Representar, em dupla projecção, os seguintes
2. Representar, em dupla projecção, os pontos:   segmentos de recta:

N(3;1;2) S(-5;2;0) W(-3;0;0) [MN], fronto-horizontal com 3cm de tamanho,


O(1;3;1) T(2;2;-2) X(3;3;4) sendo N(2;1;2) o ponto mais à direita.
P(5;-2;4) U(-6;4;-1) Y(-4;1;2)
Q(-2;0;3) V(6;0;-3) Z(0;-2;3) [OP], de perfil cujos extremos são O(-3;1;4)
R, do β2/4, com -4cm de abcissa e -5 de cota e P(5;1).

Pontos em tripla projecção 12. Representar, em dupla projecção, os seguintes


segmentos de recta:
3. Representar, em tripla projecção, os pontos: 
[QR], horizontal com 4cm de tamanho,
 A(3;2;4) C(2;-4;3) E(1;1;0) fazendo 30ºae, estando R(2;0;2) à
B(5;3;-1) D(6;0;5) F(4;0;0) direita de Q.
4. Representar, em tripla projecção, os pontos:  [ST], frontal, estando S(-1;-3;2) à esquerda 
de T, que tem -5cm de abcissa e 1cm de
G(4;2;-2) I(-3;1;-3) K(0;5;0) afastamento.
H(2;-3;3) J(-5;-1;4)
13. Representar, em dupla projecção, os seguintes
Pontos simétricos segmentos de recta:

5. Determinar os pontos simétricos dos seguintes [UV], conhecendo V(2;4;2), e sabendo que U
pontos, em relação aos planos de projecção: tem 1cm de afastamento e 6cm de cota
c ota
e se situa no PHP.
 A(4;2) B(3;-1) C(-2;2)
[WX], conhecendo W(-2;-1;4) e X(4;2) e
6. Determinar os pontos simétricos dos seguintes sabendo que a projecção frontal do
pontos, em relação aos planos bissectores: segmento faz 30ºad.

D(3;1) E(-3;4) F(-2;-2) Segmentos de recta em tripla projecção

7. Determinar os pontos simétricos dos seguintes 14. Representar, em tripla projecção, o segmento
pontos, em relação aos planos de projecção, aos de recta de perfil com 3cm de afastamento, cujos
planos bissectores e ao eixo x: extremos são A(2;5) e B(4;1).

F(2;-4) H(-1;-3) 15. Representar, em tripla projecção, o segmento


de recta cujos extremos são C(3;4;1) e D(0;2;5).
Segmentos de recta em dupla projecção
16. Representar, em tripla projecção, o segmento
8. Representar, em dupla projecção, os segmentos de recta de perfil cujos extremos são E(4;3;5) e
de recta [AB] e [CD] cujos extremos são: F(-2;1).

 A(8;2;2) C(2;1;2) 17. Representar, em tripla projecção, o segmento


B(4;4;0) D(-3;4;-2) de recta cujos extremos são G(3;3;5) e H(-2;3;2).

9. Representar, em dupla projecção, os segmentos 18. Representar, em tripla projecção, o segmento


de recta [EF] e [GH] cujos extremos são: de recta cujos extremos são I(-4;2;1) e J(-4;5;4)
J( -4;5;4)

E(6;0;0) G(0;1-1) 19. Representar, em tripla projecção, o segmento


F(2;-2;5) H(-4;0;3) de recta cujos extremos são K(-3;3;1) e L(-3;3;5).

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Ponto e segmento de recta - 13


 

RECTA

O alfabeto da recta é o conjunto das posições genéricas que uma recta pode
ter em relação aos planos de projecção. Neste capítulo apresentam-se
essas posições, assim como posições particulares que algumas rectas
podem ter. Mostra-se também como se determinam as projecções laterais
de algumas rectas, como se marcam pontos nas rectas e como se determina
o percurso de uma recta.

Sumário:

2. Recta horizonta
horizontall

3. Recta frontal
4. Recta fronto-horizontal
5. Recta de topo
6. Recta vertical
7. Recta oblíqua 
oblíqua 
8. Recta de perfil
9. Posições particulares da recta fronto-horizontal
fronto -horizontal
10. Posições particulares da recta oblíqua 
oblíqua 
11. Posições particulares da recta de perfil 
perfil  
12 e 13. A projecção lateral da recta de perfil 
perfil  
14. A projecção lateral das rectas vertical, de topo e fronto-horizontal
fronto-horizontal

15. A projecção lateral das rectas horizontal, frontal e oblíqua 


oblíqua 
16. Marcação de pontos nas rectas fronto-horizontal,
fronto -horizontal, de topo e vertical
17. Marcação de pontos nas rectas horizontal e frontal
frontal  
18. Marcação de pontos na rectas oblíqua e de perfil 
perfil  
19. Percurso das rectas horizontal e frontal
20. Percurso das rectas oblíqua e de perfil 
perfil  
21. Percurso das rectas de topo e vertical
22. Exercícios

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 1


 

Recta horizontal

 A recta horizontal, ou de nível, é paralela ao plano horizontal de projecção e oblíqua ao plano frontal
de projecção. Tem apenas traço frontal. Esta recta pode ter abertura para a esquerda ou para a
direita, que se considera do lado onde o afastamento é positivo.
Designam-se por traços os pontos onde as rectas cruzam os planos de projecção.

φo 

n2 // PHP
n  / PFP
n
F≡F2

n1
F1 νo 

A recta horizontal em perspectiva


 A recta horizontal n é projectada no PHP em n1,
projecção essa que é paralela à própria recta e
oblíqua ao eixo x. A sua projecção no PFP é n 2,
paralela ao eixo x. A recta cruza o PFP no ponto F,
que é o seu traço frontal.
f rontal.

F2 n2

F1
x  F1
a2
n1 F2
a1

A recta horizontal em projecções


 A recta n tem cota
c ota positiva e abertura para a direita, e corresponde àquela que está representada na perspecti-
va acima. A recta a tem cota negativa e abertura para a esquerda, estando apenas representada pelas suas
projecções.
 A projecções frontais duma recta horizontal são paralelas ao eixo x, as horizontais são oblíquas.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 2


 

Recta frontal

 A recta
r ecta frontal é oblíqua ao plano horizontal de
d e projecção e paralela ao plano
p lano frontal de projecção.
Tem apenas traço horizontal. Esta recta pode ter abertura para a direita ou para a esquerda, que se
considera do lado onde a cota é positiva.

φo 

f 2
f // PFP
f   / PHP

H2 f 1
νo 
x  H≡H1

A recta frontal em perspectiva


 A recta frontal f é projectada no PHP em f 1, projec-
ção essa que é paralela ao eixo x. A sua projecção
no PFP é f 2, que é paralela à própria recta f. A rec-
ta cruza o PHP no ponto H, que é o seu traço hori-
zontal.

b2
f 2
H1
b1
H2
x  H2

H1 f 1

A recta frontal em projecções


 A recta f tem afastamento positivo e abertura para a direita e corresponde à que está representada em
em perspec-
tiva. A recta b tem afastamento negativo e abertura para a esquerda, estando apenas representada pelas suas

projecções. A projecções horizontais duma recta frontal são paralelas ao eixo x, as frontais são oblíquas.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 3


 

Recta fronto-horizontal

 A recta fronto-horizontal é paralela aos dois planos de projecção, pelo que não possui traços.

φo 

// PHP
a2 a  // PFP
a

a1  νo 

A recta fronto-horizontal em perspectiva


 A recta fronto-horizontal
f ronto-horizontal a é projectada no PHP em
a1 e no PFP em a2, ambas as projecções são para-
lelas ao eixo x. Esta recta não cruza os planos de
projecção, pelo que não tem traços.

b1
a2
b2


a1

A recta fronto-horizontal em projecções


 A recta a tem afastamento positivo e cota
c ota positiva, situa-se
situa -se no I.º diedro. A recta b tem afastamento negativo e
cota positiva, situando-se no II.º diedro. A recta a corresponde à que está representada em perspectiva; a recta
b está apenas representada em projecções.
 Ambas as projecções duma recta fronto-horizontal são paralelas ao eixo x.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 4


 

Recta de topo

 A recta de topo é paralela ao plano horizontal de projecção e perpendicular ao plano frontal de pro-
 jecção. Tem apenas traço frontal. Esta recta é projectante frontal, o que quer dizer que todos os
pontos que possui são projectados frontalmente no seu traço (ver mais adiante “Marcação de pontos
nas rectas fronto-horizontal, de topo e vertical”).  

φo 

// PHP
t  PFP
F≡F2≡(t2)

t
F1  νo 

x  t1 
A recta de topo em perspectiva
 A recta de topo t é projectada no PHP em t1, pro-
 jecção essa paralela à própria recta. A projecção
frontal fica reduzida a um ponto, indicando-se entre
parêntesis (t2). Essa projecção coincide com o tra-
ço da recta.

(t2)≡F2

F1  F1 

(d2)≡F2

t1 d1

A recta de topo em projecções


 A recta t tem cota positiva, situa-se nos I.º e II.º diedros; a recta d tem cota negativa, pelo que se situa nos III.º e
IV.º diedros. A recta t corresponde à que está representada em perspectiva; a recta d está apenas representa-
da nas projecções.
 A projecção horizontal de uma recta de topo é perpendicular ao eixo x, a frontal fica reduzida a um ponto coinci-
dente com o seu traço.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 5


 

Recta vertical

 A recta vertical é paralela ao


a o plano frontal de projecção e perpendicular ao
a o plano horizontal de pro-
 jecção. Tem apenas
ape nas traço horizontal.
h orizontal. Esta recta é projectante horizontal,
hori zontal, o que quer dizer que todos
os pontos que possui são projectados horizontalmente no seu traço (ver mais adiante “marcação de
pontos nas rectas de topo e vertical”). 

φ o 

v2
// PFP
v v  PHP

H2 

νo 
H≡H1≡(v1)

A recta vertical em perspectiva


 A recta vertical v é projectada no PFP em v2, pro-
 jecção essa paralela à própria recta. A projecção
horizontal fica reduzida a um ponto, indicando-se
entre parêntesis(v1). Essa projecção coincide com
o traço da recta.

a2
v2

(a1)≡H1
H2 
x  H2 

(v1)≡H1

A recta vertical em projecções


 A recta v tem afastamento positivo, situa-se
situa -se nos I.º e IV.º diedros. A recta a tem afastamento negativa, pelo que
se situa nos IIº e IIIº diedros. A recta v corresponde à que está representada em perspectiva; a recta a está
apenas representada nas projecções.
 A projecção
dente com o frontal de uma recta vertical é perpendicular ao eixo x, a horizontal fica reduzida a um po
seu traço. ponto,
nto, coinci-

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 6


 

Recta oblíqua

 A recta oblíqua é oblíqua a ambos os planos de projecção e oblíqua também ao eixo x. Tem dois
traços. As suas projecções horizontal e frontal podem ter abertura para a esquerda ou para a direita,
o que se considera onde os afastamentos e as cotas são positivas, respectivamente.

φ o 

/ PHP
r   / PFP
/ eixo x
F≡F2 r 2 H2

r
r 1 H≡H1 νo 
F1

A recta oblíqua em perspectiva


 A recta oblíqua r é projectada no PHP em r 1  e no
PFP em r 2. Essas projecções são oblíquas ao eixo
x. A recta cruza o PHP no ponto H e o PFP no pon-
to F, que são os seus traços.

F2
s2
r 2

H2 H2 F1
x  F1

H1
r 1 s1
F2
H1

A recta oblíqua em projecções


 As projecções da recta r têm aberturas para lados opostos. As projecções da recta
rect a s têm aberturas para o mes-
mo lado. A recta r corresponde à que está representada em perspectiva; passa pelos diedros II, I e IV. A recta s
está apenas representada nas projecções; passa pelos diedros I, IV e III.
 A projecções duma recta oblíqua são oblíquas ao eixo x.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 7


 

Recta de perfil

 A recta de perfil é oblíqua aos planos de projecção e perpendicular ao eixo


ei xo x. Tem dois traços que,
situados em diferentes semi-planos, farão com que a recta atravesse diferentes diedros.

φ o 

F≡F2
/ PHP
p  / PFP
eixo x
p2 p

F1≡H2
νo 
x  H≡H1 p1

A recta de perfil em perspectiva


 A recta de perfil p é projectada no PHP em p1 e no
PFP em p2. Essas projecções são perpendiculares
ao eixo x. A recta cruza o PHP no ponto H e o PFP
no ponto F, que são os seus traços.

F2 F2

H1

F1≡H2
x  F1≡H2

H1

p1≡p2 b1≡b2

A recta de perfil em projecções


No espaço, as projecções da recta de perfil não são coincidentes, como se pode ver na perspectiva, mas
depois de se dar o rebatimento de um plano de projecção sobre o outro elas ficam coincidentes e perpendicula-
res ao eixo x. A recta p passa pelos diedros II, I e IV e corresponde à que está representada na perspectiva; a
recta b é uma de outras possibilidades, passando pelos diedros I, II e III.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 8


 

Posições particulares da recta fronto-horizontal

 A recta fronto-horizontal apresenta algumas posições parti


particulares,
culares, onde está contida nos planos bis-
sectores.

a2
b1

b2
a1

a є β1/3 
b є β1/3

d2≡d1

x≡e1≡e2

c2≡c1 c є β2/4 
d є β2/4
e ≡ eixo x

Rectas situadas nos planos bissectores e no eixo x


 As rectas a e b situam-se no β1/3  porque as suas projecções se apresentam uma para cada lado do eixo x e
com cota e afastamento iguais. As rectas c e d têm projecções coincidentes, pelo que se situam no β2/4. Estas
situações de pertença aos planos bissectores são idênticas às que encontramos nos pontos. A recta e coincide
com o eixo x.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 9


 

Posições particulares da recta oblíqua

Em posições particulares, a recta oblíqua pode ser paralela aos planos bissectores, estar contida
neles ou ser apenas passante. Rectas passantes são as que cruzam o eixo x.

F2 

r 2 s2
=
H2   -
 
 
  -
H2  F1 
x   -
F1 
 -

= =
=
r 1
H1  H1  F2 
s1

r // β2/4 
r 1 // r 2 
s // β1/3 

Rectas paralelas aos planos bissectore


bissectores
s
 As projecções da recta r são paralelas entre si, pelo que os seus traços
t raços têm medidas iguais, situando-se para
lados opostos do eixo x. É paralela ao β2/4. As
  projecções da recta s fazem ângulos iguais com o eixo x, com
aberturas para o mesmo lado; os seus traços têm medidas iguais e ficam para o mesmo lado do eixo x. É para-
lela ao β1/3.

a2≡a1 b2
c2


 

H1≡H2≡F1≡F2 
x  H1≡H2≡F1≡F2   =
 
H1≡H2≡F1≡F2 

b1 c1
a є β2/4 (
 (recta
recta passante) 
b є β1/3 ( recta passante) 
 (recta
c - recta passante qualquer  

Rectas passantes
 A recta a tem projecções coincidentes, situa-se no β2/4; a recta b tem projecções com ângulos simétricos, situa-
situa -
se no β1/3. Qualquer ponto da recta a tem projecções coincidentes, por isso pertence ao β2/4; qualquer ponto da
rectaasb suas
que tem projecções
projecções simétricas,
têm ângulospelo que pertence β1/3. A recta c é uma recta passante qualquer, uma vez
diferentes.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 10


 

Posições particulares da recta de perfil

 As posições particulares da


d a recta de perfil são idênticas às da recta oblíqua. Por serem mais difíceis
de visualizar a partir das suas projecções, mostram-se representações dessas rectas nos planos de
projecção vistos de lado.

F2  c1≡c2 
Q2≡Q1  e1≡e2 
a1≡a2 
F2≡H1  P2
=
= R2

x  H2≡F1  H2≡F1  H1≡H2≡F1≡F2  H1≡H2≡F1≡F2  H1≡H2≡F1≡F2 

=
=
P1
b1≡b2  d1≡d2 
H1  R1

c є β1/3  d є β2/4 e - recta passante


// β2/4  // β1/3  qualquer  
a  b  (Pєβ1/3) (Qєβ2/4)
(R  - ponto qualquer )
(R
β1/3  β2/4 
recta passante recta passante

φo
Posições particulares da
a b recta de perfil, representadas
nas projecções e vistas de lado

d c Os traços da recta a têm medidas


iguais,
lado docada
eixoum
x, representado paraque
o que faz com um
e essa recta seja paralela ao β2/4  e
Q simultaneamente perpendicular ao
R β1/3. Os traços da recta b são
P
coincidentes, o que faz com que seja
paralela ao β1/3 e perpendicular ao β2/4.
νo  A recta c situa-se no β1/3, cruza o eixo
x e contém o ponto P, que também se
situa nesse bissector. A recta d situa-
se no β2/4, cruza o eixo x e contém o
ponto Q, que se situa nesse bissector.
 A recta e cruza o eixo x e contém o
ponto R que é um ponto qualquer .
 As rectas c, d e e são
s ão passantes, isto
é, cruzam o eixo x, por que é aí que se
situam ambos os seus traços. Para
β1/3  β2/4  ficarem devidamente definidas há que
acrescentar um outro ponto que as
situe no espaço.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 11


 

A projecção lateral da recta de perfil

 Alguns exercícios de Distâncias, Ângulos, Paralelismos e Perpendicularidades determinam-se recor-


rendo à projecção lateral da recta. A recta de perfil é aquela que mais uso faz da projecção lateral.

p2
F3 
F≡F2  A projecção lateral de uma
recta de perfil em perspectiva
p3  Aqui mostram-se as três projecções de

uma recta de perfil. Tal como acontece
com o PFP e o PHP, a projecção no PLP
νo é feita na perpendicular a este plano.
H2≡F1  H3  Uma vez obtida a projecção lateral, o
PLP rebate sobre o PFP, ficando a pro-
x  H≡H1   jecção lateral da recta como se mostra
y  na imagem seguinte.
p1

φo πo

y≡z 

F2 F3

A projecção lateral da recta de perfil


 A projecção lateral da recta de perfil obtém
F1≡H2 H3 -se unindo as projecções laterais dos pon-
x tos que a definem. Neste caso a recta está
definida pelos seus traços, mas quando
está definida por outros pontos procede-se
do mesmo modo.
p3  A projecção H3  obtém
obtém-se
-se rodando a medi-
H1 da de H1 no sentido inverso dos ponteiros
do relógio.
p1≡p2

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 12


 

Dado que a recta de perfil apresenta algumas variantes, será útil verificar como se determinam as
suas projecções laterais em algumas situações diferentes.

y≡z  y≡z 

F2  F3 p2≡p1 

H1 

F1≡H2 H3
x F1≡H2 H3 x

p3 F2  F3 p3

p2≡p1 
H1 

Recta de perfil com os traços acima do eixo x Recta de perfil com os traços abaixo do eixo x
 A projecção H3 surge à esquerda de y≡z em virtude  A projecção lateral do ponto F está sempre em y≡z,
de o rebatimento do PHP se efectuar no sentido obtém-se através de uma linha paralela ao eixo x.
inverso ao dos ponteiros do relógio.

y≡z  y≡z 

p2≡p1  F2  F3

 A2   A3   A2   A3 


p3 p2≡p1  p3
B2  B3  B2  B3 

F1≡H2 H3
x x
 A1   A1 

B1  B1 

H1 

Recta de perfil definida por dois pontos Determinação dos traços da recta de perfil
Se uma recta está definida por dois pontos, que Quando uma recta está definida por dois pontos,
não os as
unindo traços, a sua projecção
projecções lateralpontos.
laterais desses determina-se pode-selateral.
 jecção determinar os seus traços
Este exercício através
continua da pro-
o anterior.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 13


 

A projecção lateral das rectas vertical, de topo e fronto-horizontal


fronto -horizontal

Sobretudo nos capítulos Distâncias e Ângulos é, por vezes, necessário recorrer às projecções late-
rais destas rectas. Mostra-se aqui como se determinam.

y≡z 
y≡z 

v2

v3
F2≡(t2) F3 t3

H2 H3 F1
x x

H1≡(v1)
t1

A projecção lateral da recta vertical A projecção lateral da recta de topo


 A projecção lateral da recta vertical fica perpendi-  A projecção lateral da recta de topo fica
f ica paralela ao
cular ao eixo x, contendo a projecção lateral do seu eixo x e passa pela projecção lateral do seu traço.
traço.

y≡z 

a2 L2 (a3)≡L3

a1 L1

A projecção lateral da recta fronto-horizontal


Para obter a projecção lateral desta recta roda-se para o eixo x a medida correspondente ao seu afastamento.
Uma vez que a recta é perpendicular ao PLP, a sua projecção lateral fica reduzida a um ponto, coincidente com
a projecção lateral do traço da recta, o ponto
pont o L.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 14


 

A projecção lateral das rectas horizontal, frontal e oblíqua

Embora sem aplicação prática na resolução de qualquer outro tipo de exercício, mostra-se aqui
como se determinam as projecções laterais destas rectas.

y≡z  y≡z 

F2 L3
n2≡n3  L2≡F3 L1

F1
x F1 x
n1
n1 L2≡F3
L1 F2 L3 n2≡n3 

y≡z  y≡z 
H1 f 1 L1
L2 L3
f 2 f 3
H2
x H3 x H2 H3
f 2
L1 f 3
H1 f 1 L2
L3

y≡z 
A projecção lateral das rectas
F2 F3 horizontal, frontal e oblíqua
e respectivos traços
 As projecções laterais das rectas hori-
r 3 zontais, tenham cota positiva ou negati-
r 2 va, são coincidentes com as frontais.
 As projecções laterais das rectas frontais,
L3 tenham afastamento positivo ou negativo,
L2
são perpendiculares ao eixo x.
H3 Para determinar as projecções laterais
das rectas oblíquas é necessário deter-
x  F1 H2 minar as projecções laterais de dois dos
seus pontos. Aqui utilizam-se os seus
r 1 traços, mas podem ser utilizados outros
pontos.
L1 Nos casos anteriores estão também indi-
H1 cadas as três projecções dos traços das
rectas.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 15


 

Marcação de pontos nas rectas fronto-horizontal, de topo e vertical

Para que um ponto pertença a uma recta é necessário que as suas projecções se situem nas projec-
ções homónimas dessa recta. Como veremos, basta dar uma das coordenadas de um ponto para
que este pertença às rectas fronto-horizontal, de topo e vertical.

y≡z 

a2  A2 C2 B2

 A1 C1 B1
a1

Marcação de pontos na recta fronto-horizontal


Todos os pontos que se marquem numa recta fronto-horizontal terão sempre o mesmo afastamento e a mesma
cota (que são os da recta). Por isso, basta dar a medida da abcissa de cada um dos pontos.
 Aqui são dados os seguintes pontos:
 A, com 3cm de abcissa; B, com -2cm de abcissa; C, com 0cm de abcissa.

v2
(t2)≡F2≡J2≡K2
L2

K1

H2
x F1

(v1)≡H1≡L1≡M1
J1

t1 M2

Marcação de pontos nas rectas de topo e vertical


Uma recta de topo mantém os mesmos valores
v alores de abcissa e de cota. Para marcar pontos nessa recta basta dar
o valor do afastamento. Uma recta vertical mantém os valores de abcissa e de afastamento. Para marcar pon-
tos nessa recta basta dar o valor da cota.
c ota.
J, com 2cm de afastamento; K, com -1cm de afastamento. L, com 2cm de cota; M, com -3cm de cota.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 16


 

Marcação de pontos nas rectas horizontal e frontal

Também para traçar pontos situados nestas rectas basta dar uma de duas coordenadas, já que a
outra mantém o mesmo valor.

y≡z 

B2 F2  A2 C2 n2

B1

F1

 A1

C1
n1

Marcação de pontos na recta horizontal


Todos os pontos que se marquem numa recta horizontal terão sempre a mesma cota (que é a da própria recta).
Para marcar pontos nessa recta basta dar a medida da abcissa ou do afastamento.
São dados os seguintes pontos, a título de exemplo:
 A, com 1,5cm de abcissa; B, com -1cm de afastamento; C, com 2,5cm
2,5cm de afastamento.

y≡z 
f 2 J2

K2

H2
x

L1
f 1 J1 K1 H1
L2

Marcação de pontos na recta frontal


Os pontos de uma recta frontal terão sempre o mesmo afastamento (que é o da própria recta). Para se marcar
pontos nessa recta basta dar o seu valor
v alor de cota ou de abcissa.
 A título de exemplo são dados os seguintes pontos:
J, com 3cm de cota; K, com
c om 1cm de abcissa; L, com -2,
-2,5cm
5cm de cota.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 17


 

Marcação de pontos nas rectas oblíqua e de perfil

Para marcar pontos na recta oblíqua basta dar uma das suas coordenadas, qualquer que ela seja.
Para marcar pontos na recta de perfil dá-se o valor do afastamento ou da cota, já que o da abcissa é
sempre o mesmo. Aqui recorre-se à projecção lateral para marcar pontos na recta de perfil.

y≡z 

 A2
r 2
F2
 A1 B2
C2
r 1
H2
F1

B1

C1

H2

Marcação de pontos na recta oblíqua


 A recta oblíqua não mantém constante nenhuma coordenada, mas para se traçarem pontos nela basta que seja
dada uma das suas coordenadas, seja ela qual for. São dados os seguintes pontos, a tít
título
ulo de exemplo:
 A, com -1,5cm de afastamento; B, com 1cm de cota;
cota; C, com -2,5cm de abcissa

p2≡p1 y≡z 

F2
F3

M2 M3

H2≡F1 H3
x
M1
N2 N3

H1 p3
N1

Marcação de pontos na recta de perfil


Uma recta de perfil mantém o mesmo valor de abcissa. Para se marcar pontos nessa recta recorre-se à projec-
ção lateral, bastando saber o valor da cota ou do afastamento desses pontos. A título de exemplo são dados os
seguintes pontos:
M, com 1cm de afastamento; N, com -1,5cm de cota.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 18


 

Percurso das rectas horizontal e frontal

 Aqui determinam-se pontos notáveis e indicam-se os diedros e os octantes por onde


on de cada uma des-
tas rectas passa. É nisso que consiste a determinação do percurso de uma recta.
Pontos notáveis de uma recta são os seus traços nos planos de projecção e nos planos bissectores.

I2≡I1 F2 Q2 n2

 
 =

x  F1 = 
 

n1
Q1

4.º octante 
octante  3.º octante 
octante  2.º octante 
octante  1.º octante 
octante 

II.º diedro I.º diedro

Percurso da recta horizontal


 Aqui mostra-se o percurso de uma recta horizontal com cota positiva e abertura para a direita. A recta cruza o
β2/4 no ponto I e o β1/3 no ponto Q. Para obter o ponto Q traçou -se, a partir do eixo x, uma linha simétrica à pro-
 jecção n1; deste modo, esse ponto terá cota e afastamento iguais.
 Aplica-se este processo quando o ângulo da projecção da recta é um valor inteiro
inteiro e conhecido.

f 2

Q2

H2
x
=
f 1 I1≡I2
Q1 H1

2.º octante 
octante  1.º octante 
octante  8.º octante 
octante  7.º octante 
octante 

I.º diedro IV.º diedro

Percurso da recta frontal

Esta orecta
 Aqui tem
ponto afastamento
Q obteve-se positivouma
traçando e abertura
paralelapara a esquerda.
ao eixo Cruzaigual
x com medida  noafastamento
o βà2/4do ponto I e o da
afastamento  no ponto Q.
β1/3recta.
É possível aplicar este processo apenas nas rectas frontal e horizontal.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 19


 

Percurso das rectas oblíqua e de perfil

 Aqui determinam-se os pontos notáveis destas rectas e indicam-se os seus percursos.

I2≡I1
F2
Q2
r 2
H2
x  F1
Q1

r 1

H1
4.º octante 
octante  3.º octante 
octante  2.º oct. 
oct.  1.º octante 
octante  8.º octante 
octante 

II.º diedro I.º diedro IV.º diedro

Percurso da recta oblíqua

 Aqui está indicado o percurso de uma recta oblíqua com o traço frontal com cota positiva e o horizontal com c om
afastamento positivo. A recta cruza o β2/4 no ponto I e o β1/3 no ponto Q. Para obter o ponto Q pode marcar-se
um ponto qualquer numa das projecções (não é necessário dar-lhe nome) e transpor, com o compasso, essa
medida para o lado oposto do eixo x. Com uma linha simétrica à da projecção utilizada determina-se
determina -se o ponto.

y≡z  II.º diedro


p2≡p1 3.º oct. 
oct. 

F2
F3
2.º oct. 
oct. 
I.º diedro
lβ1/3 

Q2 1.º oct. 
oct. 
Q 3

F1≡H2 H3
x

Q1 p3 8.º oct. 
oct. 

H1 lβ2/4  IV.º diedro

I3
I1≡I2 7.º oct. 
oct. 

Percurso da recta de perfil


Como as projecções frontal e horizontal são coincidentes, o percurso da recta de perfil indica-se na projecção
lateral. Para determinar os pontos I e Q utilizam-se os traços laterais dos planos bissectores, que fazem 45º
com os eixos. Esta recta estava, à partida, definida pelos seus traços, mas se estiver definida por outros pontos
procede-se de forma idêntica.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 20
 

Percurso das rectas de topo e vertical

 Aqui, os pontos notáveis determinam-se directamente. Contudo, como uma das projecções destas
rectas fica reduzida a um ponto, sugere-se a indicação do seu percurso na projecção lateral.

y≡z 

II.º diedro I.º diedro

4.º oct. 
oct.  3.º oct. 
oct.  2.º oct. 
oct.  1.º oct. 
oct. 

(t2)≡F2≡Q2≡I2≡I1 I3 Q3 t3

x  F1

lβ2/4 
Q1 lβ1/3 

t1

Percurso da recta de topo


Os pontos Q e I, respectivamente do β1/3  e do   β2/4,  determinam-se directamente, uma vez que o ponto Q tem
uma projecção para cada lado do eixo x e o ponto I tem projecções coincidentes. Com recurso aos traços late-
rais dos planos bissectores, fica evidente
evi dente o percurso da recta.

y≡z 
v3
v2 2.º oct. 
oct. 

Q2 Q3 I.º diedro

lβ2/4  1.º oct. 


oct. 

H2 H3
x
lβ1/3  8.º oct. 
oct. 

(v1)≡H1≡Q1≡I1≡I2
I3 IV.º diedro

7.º oct. 
oct. 

Percurso da recta vertical


Tal como na recta anterior, também aqui os pontos Q e I se determinam directamente e se indica o percurso da
recta na sua projecção lateral.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 21


 

Recta  – Exercícios 

Rectas com marcação de pontos 12. Representar a recta s, que contém os pontos
 A(4;-1;5) e B(-2;-4;-2). Determinar os pontos notá-
1. Representar a recta fronto-horizontal h, que con- veis e o percurso dessa recta.
tém o ponto P(1;3;-1). Nela marcar os pontos:
 A, com 2cm de abcissa 13. Representar a recta b, que contém o ponto
B, com 4cm de abcissa R(-2;2;3), fazendo as suas projecções frontal e hori-
C, com -3cm de abcissa zontal 40ºad e 40ºae, respectivamente. Determinar
os pontos notáveis e o percurso dessa recta.
2. Representar a recta horizontal n, com 2cm de
cota, fazendo 40ºad, sendo o seu traço o ponto F 14. Representar a recta m, que contém o ponto
com 2cm de abcissa. Nela marcar os pontos: M(2;-1,5;-3), fazendo as suas projecções frontal e
D, com 4cm de afastamento horizontal 55ºad e 20ºae, respectivamente. Determi-
E, com -1cm de abcissa nar os pontos notáveis e o percurso
perc urso dessa recta.
G, com -1cm de afastamento
I, com 6cm de abcissa 15. Representar a recta c, que contém o ponto
C(3;2;4) e é passante no ponto P com -2cm de
3. Representar a recta frontal f, que contém o ponto abcissa. Determinar o percurso dessa recta.
R(4;-3;6). Nela marcar os pontos:
H, traço da recta, com -3cm de abcissa
abc issa 16. Representar a recta e, passante no ponto R com
K, com 4cm de cota 3cm de abcissa, fazendo as suas projecções frontal
L, com -2cm de abcissa e horizontal 55ºad e 25ºae, respectivamente. Deter-
M, com -4cm de cota minar o percurso dessa recta.

4. Representar a recta de topo t, com 3cm de cota e 17. Representar a recta r, que contém o ponto
4cm de abcissa. Nela marcar os pontos: P(1;2;3) e é paralela ao β2/4, fazendo a sua projec-
F, traço da recta ções frontal 35ºad. Determinar os pontos notáveis e
N, com 2cm de afastamento o percurso dessa recta.
O, com -5cm de afastamento
P, com -3cm de afastamento 18. Representar a recta s, que contém o ponto
S(-4;1;5), fazendo a suas projecções frontal e hori-
5. Representar a recta vertical v, com -2cm de afas- zontal ambas 30ºad. Determinar os pontos notáveis
tamento e 3cm de abcissa. Nela marcar os pontos: e o percurso dessa recta.
H, traço horizontal
Q, com 4cm de cota Recta em tripla projecção
R, com -3cm de cota
19. Representar as rectas h e n dos exercícios 1 e
6. Representar a recta oblíqua r, cujos traços são os 2. Determinar as suas projecções laterais.
laterais.  
pontos H(2;2;0) e F(4;0;5). Nela marcar os pontos:
S, com 4cm de abcissa 20. Representar as rectas f, t e v dos exercícios 3, 4
T, com 2cm de cota e 5. Determinar as suas projecções laterais.
U, com 1cm de afastamento
V, com -1cm de afastamento 21. Representar a recta r do exercício 6. Determinar
as suas projecções laterais.
Pontos notáveis e percurso de rectas
22. Representar a recta de perfil p, cujos traços são
7. Representar a recta n do exercício 2. Determinar os pontos H(3;2;0) e F(3;0;5). Determinar, recorren-
os pontos notáveis e o percurso dessa recta. do à projecção lateral, os seus pontos:
X, com -1cm de afastamento
8. Representar a recta f do exercício 3. Determinar Y, com 2cm de cota
os pontos notáveis e o percurso dessa recta.
23. Representar a recta do exercício anterior. Deter-
9. Representar a recta t do exercício 4. Determinar minar os pontos notáveis em falta e o seu percurso.
os pontos notáveis e o percurso dessa recta.
24. Representar a recta a, definida pelos pontos R
10. Representar a recta v do exercício 5. Determinar (4;1:3) e S(4;4;1).Determinar os pontos notáveis e o
os pontos notáveis e o percurso dessa recta. seu percurso.

11. Representar a recta r do exercício 6. Determinar 25. Representar a recta de perfil b, que contém o

os pontos notáveis em falta e o seu percurso.  ponto


tos Z(6;2) ee oé seu
notáveis paralela ao β1/3. Determinar os pon-
percurso

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Recta - 22


 

3
PLANO

O alfabeto do plano é o conjunto das posições genéricas que um plano


pode ter em relação aos planos de projecção. Neste capítulo apresentam-
se essas posições, assim como posições particulares que alguns planos
podem ter. Mostra-se que rectas podem existir em cada plano e como se
marcam pontos nos planos. Ainda se apresentam modos diversos de defi-
nir os planos.

Sumário:

2. Plano horizontal

3. Plano frontal
4. Plano de topo
5. Plano vertical
6. Plano de perfil
7. Plano de rampa
8. Plano oblíquo 
oblíquo 
9. Posições particulares do plano oblíquo 
oblíquo 
10. Posições particulares do plano de rampa 
rampa  
11 e 12. O traço lateral do plano de rampa 
rampa 
13. O traço lateral dos planos frontal e horizontal 
horizontal 
14. O traço lateral dos planos vertical, de topo e oblíquo 
oblíquo  
15. Marcação de pontos em planos projectantes 
projectantes  
16. Marcação de pontos em planos não projectantes 
projectantes 

17. Rectas do plano horizontal


18. Rectas do plano frontal
19. Rectas do plano de topo
20. Rectas do plano vertical
21. Rectas do plano de perfil
22. Rectas do plano de rampa
23 e 24. Rectas do plano oblíquo 
oblíquo  
25 e 26. Plano definido por duas rectas
27. Planos definidos por uma recta e um ponto
28. Planos definidos por três pontos 
pontos  
29. Planos definidos por uma recta e tipo
30. Planos definidos por pontos e tipo
31. Rectas notáveis em planos definidos por rectas 
rectas  

32. Rectas dos planos bissectores em planos definidos por rectas


33 e 34. Exercícios 
Exercícios 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 1


 

Plano horizontal

O plano horizontal é paralelo ao plano horizontal de projecção e perpendicular ao plano frontal de


projecção. Tem apenas traço frontal. Este plano é projectante frontal, uma vez que as figuras que
ele pode conter ficam projectadas frontalmente no seu traço.
Designam-se por traços as rectas onde os planos cruzam os planos de projecção.

φo 

// PHP
α 
PFP
α) 
(f α)
α 

νo 

O plano horizontal em perspectiva


O plano α, por ser paralelo ao PHP, cruza apenas o
PFP numa recta que é o seu traço frontal, designa-
do por (f α).
α). Por se tratar de um plano projectante
apenas com um traço, este indica-se entre parênte-
sis.

α) 
(f α)


θ)) 
(f θ

O plano horizontal representado pelo seu traço


O plano α tem cota positiva e corresponde àquele que é mostrado em perspectiva. O plano θ tem cota negativa
e está apenas representado nesta imagem. Um plano com cota nula ficará com o seu traço coincidente com o
eixo x.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 2


 

Plano frontal

O plano frontal é paralelo ao plano frontal de projecção e perpendicular ao plano horizontal de pro-
 jecção. Tem apenas traço horizontal. Este plano é projectante horizontal, dado que as figuras que
ele pode conter ficam projectadas horizontalmente no seu traço.

φo 
π 

// PFP
π 
PHP

νo 
x  (hπ) 

O plano frontal em perspectiva


O plano π, por ser paralelo ao PFP, cruza apenas o
PHP, numa recta que é o seu traço horizontal,
designado por (hπ).
π). Por ser um plano projectante
apenas com um traço, este indica-se entre parênte-
sis.

(hρ) 
(hρ)

(hπ) 
(hπ)

O plano frontal representado pelo seu traço


O plano π tem afastamento positivo e corresponde àquele que é mostrado em perspectiva. O plano ρ tem afas-
tamento negativo e está apenas representado nesta imagem. Um plano com afastamento nulo ficará com o seu
traço coincidente com o eixo x.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 3


 

Plano de topo

O plano de topo é perpendicular ao plano frontal de projecção e oblíquo ao plano horizontal de pro-
 jecção. Tem dois traços. Este plano é projectante frontal, pois todas as figuras que nele existam
ficam projectadas frontalmente no seu traço frontal.

φo 

/ PHP
β 
PFP
f β  β 

νo 

hβ 
O plano de topo em perspectiva
O plano β cruza o PFP em f β e o PHP em h β. São
esses os seus traços.

f β  f δ 

hβ  hδ 

O plano de topo representado pelos seus traços


O plano β  tem abertura para a direita e corresponde àquele que está representado em perspectiva. O plano δ 
tem abertura para a esquerda. São estas as duas variantes de um plano de topo. O traço frontal do plano de
topo é oblíquo ao eixo x, o horizontal é perpendicular.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 4


 

Plano vertical

O plano vertical é oblíquo ao plano frontal de projecção e perpendicular ao plano horizontal de pro-
 jecção. Tem dois traços. Este plano é projectante horizontal, já que todas as figuras que ele pode
conter ficam projectadas horizontalmente no seu traço horizontal.

φo 

ω 

/ PFP
ω 
PHP
f ω 

hω  νo 

O plano vertical em perspectiva


O plano ω  cruza o PHP em hω hω e o PFP em f ω. 
ω. 
Essas rectas são os seus traços.

f ω  f θ 

hω  hθ 

O plano vertical representado pelos seus traços


O plano ω  tem abertura para a direita e corresponde àquele que está representado em perspectiva. O plano θ 
tem abertura para a esquerda. Estas são as duas variantes que um plano vertical pode ter. O traço frontal do
plano vertical é perpendicular ao eixo x, o horizontal é oblíquo.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 5


 

Plano de perfil

O plano de perfil é perpendicular aos dois planos de projecção. Tem dois traços. Este plano é dupla-
mente projectante, o que significa que todas as figuras que nele estiverem contidas ficam projecta-
das em ambos os seus traços.

φo 

f ψ 
PHP
ψ  ψ 
PFP

hψ  νo 

O plano de perfil em perspectiva


O plano ψ cruza o PHP em h ψ e o PFP em f ψ ψ.. 
Esses são os seus traços horizontal e frontal, res-
pectivamente.

f ψ≡
ψ≡hψ 

O plano de perfil representado pelos seus traços


Representado pelos traços o plano de perfil apresenta apenas esta possibilidade: os seus traços são sempre
coincidentes
mas e perpendiculares
passa a existir ao eixodos
após o rebatimento x. De notar
planos deque a coincidência entre os traços não existe no espaço
projecção.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 6


 

Plano de rampa

O plano de rampa é oblíquo aos dois planos de projecção e paralelo ao eixo x. Tem dois traços.
Este plano não é projectante.

φo 

f α 
/ PFP
α  α  / PHP
// eixo x

hα 
νo 

O plano de rampa em perspectiva


O plano α cruza o PHP em hα h α e o PFP em f α. São
esses os seus traços, paralelos ao eixo x.

f α 


hθ 
hα 
f θ 

O plano de rampa representado pelos seus traços


Os traços do plano α  correspondem ao plano representado em perspectiva; o seu traço horizontal tem afasta-
mento positivo e o frontal tem cota positiva. Esse plano passa pelos diedros II, I e IV. O plano θ está numa posi-
ção diferente, passando pelos diedros I, IV e III.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 7


 

Plano oblíquo

O plano oblíquo é oblíquo aos dois planos de projecção e oblíquo ao eixo x. Tem dois traços. Este
plano não é projectante.

φo 

π 
f π 
/ PFP
π  / PHP
/ eixo x

hπ 
νo 

O plano oblíquo em perspectiva


O plano π cruza o PHP em hπ h π e o PFP em f π. São
esses os seus traços, oblíquos ao eixo x.

f π 
f β 

hπ  hβ 

O plano oblíquo representado pelos seus traços


Os traços do plano π, ambos com abertura para a direita, correspondem ao plano representado em perspecti-
va. O plano β apresenta traços com aberturas para lados contrários. Os traços do plano oblíquo são ambos
oblíquos ao eixo x, podendo apresentar aberturas para lados iguais ou diferentes.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 8


 

Posições particulares do plano oblíquo

O plano oblíquo pode apresentar duas posições particulares, cujos traços se apresentam na imagem
seguinte.

f α 

hπ≡f π 

 
 =

x  = 
 

α  β1/3  hα  π  β2/4 

Traços dos planos oblíquos em posições particulares


Os traços do plano α têm ângulos iguais e aberturas para o mesmo lado; trata-se de um plano perpendicular ao
β1/3. Se representarmos uma recta de perfil nesse plano ela será também perpendicular ao β1/3.  Os traços do
plano π são coincidentes; trata-se de um plano perpendicular ao β2/4.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 9


 

Posições particulares do plano de rampa

O plano de rampa apresenta cinco posições particulares, que são semelhantes às da recta de perfil.

f θ 
f ψ≡hψ 

hθ 

// β2/4  // β1/3 
θ  ψ 
β1/3  β2/4 

Planos perpendiculares / paralelos aos planos bissectores


Um plano que tenha traços com medidas iguais, um para cada lado do eixo x, é paralelo ao β2/4 e perpendicular
ao β1/3; é essa a situação do plano θ. Um plano com os traços coincidentes é paralelo ao β1/3 e perpendicular ao
β2/4; o plano ψ está nessas condições.

 A2

C2

x≡hδ≡f δ≡hρ≡f ρ≡hω≡f ω 

B2≡B1
 A1 C1

δ ≡ β1/3 ρ ≡ β2/4 ω - plano passante qualquer


(Aєβ1/3) (Bєβ2/4) (C - ponto qualquer )

Planos passantes
São passantes os planos que contêm o eixo x. Os traços desses planos são, por isso, coincidentes com o eixo
x. Estão aqui representados três. O plano δ está coincidente com o β1/3, pois está definido pelo eixo x e pelo
ponto A, que se situa nesse bissector. O plano  ρ é coincidente com o β2/4, uma vez que está definido pelo eixo x
e pelo ponto B, desse bissector. O plano ω é um plano passante qualquer, pois está definido pelo eixo x e pelo
ponto C, que não se situa em qualquer dos planos bissectores.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 10


 

O traço lateral do plano de rampa

 Alguns exercícios de Distâncias, Ângulos, Paralelismos e Perpendicularidades, entre outros, deter-


minam-se recorrendo ao traço lateral do plano de rampa. Mostra-se aqui como se determina esse
traço.

α  z 

f α  O traço lateral do plano


de rampa em perspectiva
O traço lateral do plano de rampa é a
recta onde este corta o PLP. Essa rec-
ta cruza-se com o traço frontal no eixo
νo lα  z e com o traço horizontal no eixo y,
pontos com os quais se determina o
traço lateral, como se vê abaixo.


hα 

φo
πo

y≡z  
y≡z

f α 

lα  O traço lateral do plano de rampa


O traço lateral do plano de rampa obtém
-se rodando para o eixo x a medida cor-
x respondente ao afastamento do traço
horizontal, unindo-se ao ponto de cruza-
mento do traço frontal com o eixo z.

hα 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 11


 

 Aqui mostra-se como se determina o traço lateral de planos de rampa em posições diferentes da
que foi mostrada na página anterior.

y≡z  
y≡z

hπ 

f π 

x
lπ 

y≡z  
y≡z
lβ 

hβ 

f β 

y≡z  
y≡z

hδ 

f δ 

lδ 

O traço lateral do plano de rampa em diferentes posições

No primeiro
traço frontal caso temos
tem cota um plano
negativa; node rampaambos
terceiro com o os
traço horizontal
traços com afastamento
têm valores negativos. Anegativo; no segundo
rotação da o
medida do
traço horizontal faz-se sempre no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 12


 

O traço lateral dos planos frontal e horizontal

 Além do plano de rampa, os planos frontal e horizontal são também perpendiculares


pe rpendiculares ao plano lateral
de projecção. A determinação dos traços laterais desses planos pode ser útil essencialmente em
exercícios de Ângulos e de Distâncias.

y≡z  
y≡z y≡z  
y≡z

lθ 
(h
(hρ
ρ)

x x

(hθ
(hθ) lρ 

O traço lateral do plano frontal


O traço lateral do plano frontal é paralelo ao eixo z e obtém-se rodando a medida do afastamento do traço hori-
zontal no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. À esquerda temos um plano com afastamento positivo,
à direita um com afastamento negativo.

y≡z  
y≡z y≡z  
y≡z

)≡lδ 
(f δ)≡lδ

x x

)≡lβ 
(f β)≡lβ

O traço lateral do plano horizontal

O traço lateral do plano horizontal obtém-se automaticamente. No espaço, ele é paralelo ao eixo y; após
a pós o reba-
timento do PLP fica coincidente com o traço frontal do plano, tenha ele cota positiva ou negativa.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 13


 

O traço lateral dos planos vertical, de topo e oblíquo

 A determinação dos traços laterais destes planos não tem qualquer aplicação noutros capítulos. De
qualquer modo, mostra-se aqui como se procede a essa determinação.

y≡z  
y≡z y≡z  
y≡z

f θ  lθ 
lρ 
f ρ 

x x

hθ 

hρ 

O traço lateral dos planos vertical e de topo


O traço lateral do plano vertical é vertical; para o determinar basta rodar o ponto onde o seu traço horizontal
cruza y≡z. 
y≡z. 
O traço lateral do plano de topo é de topo; devido ao rebatimento o plano lateral de projecção, fica paralelo ao
eixo x, passando pelo ponto onde o traço frontal cruza y≡z.  

y≡z  
y≡z y≡z  
y≡z

f π  f α  lα 


lπ 

x x
hα 
hπ 

O traço lateral do plano oblíquo

O traçocom
zontal lateral
y≡zdo plano
e unir aooblíquo é de
ponto de perfil. Paradoo traço
cruzamento determinar
frontalbasta
com arodar o ponto
mesma deÀcruzamento
recta. do traço
esquerda está hori-
um plano
com traços abertos para o mesmo lado; à direita está um plano com traços abertos para lados contrários.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 14


 

Marcação de pontos em planos projectantes

 A marcação de pontos em planos projectantes faz-se directamente, uma vez que uma das projec-
ções do ponto fica sempre no traço sobre o qual o plano é projectante. No caso do plano de perfil
(por ser duplamente projectante) ambas as projecções do ponto ficam em ambos os traços. 
traços.  

C2
F2
α) 
(f α)  A2 B2
F1

E2
B1


(hθ) 
(hθ) D1
f ρ≡
ρ≡hρ 
 A1 C1
E1
D2

Marcação de pontos nos planos horizontal, frontal e de perfil


O plano horizontal α tem 2cm de cota; os pontos que lhe pertencem têm também essa medida.
 As coordenadas dos pontos representados no plano α são:
 A(1;2) B(-1;2) 
O plano frontal θ tem 1cm de afastamento; os pontos que lhe pertencem terão essa medida. 
 As coordenadas dos pontos representados no plano θ são: 
C(1;3) D(1;-2)
 As coordenadas dos pontos representados no plano ρ são: 
E(2;1) F(-2;3) 

f β  f δ 

J2
L2
K1


M2
J1 L1

K2
hβ  hδ  M1
Marcação de pontos nos planos vertical e de topo
 As coordenadas dos pontos representados no plano β são:
J(1,5;2) K(-1;-2) 
 As coordenadas dos pontos representados no plano δ são: 
L(1;2) M(2,5;-1) 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 15
 

Marcação de pontos em planos não projectantes

 A marcação de pontos em planos não projectantes faz-se com recurso a rectas auxiliares desses
planos. Apenas os pontos situados nos traços se podem marcar directamente.

B2 C2 f π 
f π  f 2 f 2
 A2
H1 f 1
C1
H2 D2
x  B1 x  H2

f 1 hπ 
H1  A1 D1
f 2 // f π  f 2 // f π 
hπ 

Marcação de pontos no plano oblíquo


Para marcar pontos no plano oblíquo deve utilizar-se uma recta frontal ou horizontal do plano, recta essa que
tenha uma das coordenadas do ponto. Aqui optou-se por utilizar rectas frontais em ambos os casos, que defi-
nem, à partida, as medidas dos afastamentos dos pontos dados.
Os pontos marcados têm as seguintes coordenadas:
 A(2;1,5) B(0;2,5) C(-1;2,5) D(2;0)

r 2
f ω  F2 L2

N2 J2

H2 M2
x  F1 L1
K2
N1 J1
r 1
hω 
H1 M1
K1

Marcação de pontos no plano de rampa


Para marcar pontos no plano de rampa utiliza-se uma recta auxiliar oblíqua que lhe pertença. Neste plano não é
possível dar simultaneamente afastamento e cota, mas pode-se indicar também um valor para a abcissa. Os
traços frontal e horizontal destes planos têm, respectivamente, 1,5cm de cota e 2,5cm de afastamento.
Os pontos marcados são os seguintes:
J, com 1cm de afastamento K, com -0,5cm de cota L, com 1,5cm de cota e -1cm de abcissa
M, com 2,5cm de afastamento e -2cm de abcissa N, com 1cm de afastamento e 7cm de abcissa
O ponto N marcou-se com a ajuda do ponto J, que tem a mesmo afastamento.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 16


 

Rectas do plano horizontal

O plano horizontal pode conter três tipos de rectas diferentes. Como este plano é paralelo ao plano
horizontal de projecção, todas as rectas que ele contém são também paralelas a esse plano. Sendo
projectante frontal, as rectas são projectadas frontalmente no seu traço.

α)≡h2≡n2
(f α)≡ F2  (t2)≡F’2 

F’1 
x  F1 

h1  n1 

t1 

Tipos de rectas que existem no plano horizontal


O plano horizontal pode conter rectas fronto-horizontais, horizontais e de topo. Apresenta-se um exemplo de
cada tipo.

α)≡a2≡b2≡b1
(f α)≡

a1 
a Є β1/3 
b Є β2/4 

Rectas dos planos bissectores


 As rectas a e b são aquelas em que o plano α corta o β1/3 e o  β2/4, respectivamente. A recta a tem projecções
com medidas iguais, uma para cada lado do eixo x; a recta b tem projecções coincidentes. Ambas são fronto-
horizontais. Estas rectas determinam-se directamente, não sendo necessário traçado auxiliar para o fazer.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 17


 

Rectas do plano frontal

O plano frontal pode conter três tipos de rectas diferentes. Como este plano é paralelo ao plano fron-
tal de projecção, todas as rectas que ele contém são também paralelas a esse plano. Sendo um pla-
no projectante horizontal, as rectas são projectadas no seu traço.

v2 

h2  f 2 

H2  H’2 

(hπ)≡h1≡f 1
(hπ)≡ H1  (v1)≡H’1 

Tipos de rectas que existem no plano frontal


O plano frontal pode conter rectas fronto-horizontais, frontais e verticais. Apresenta-se um exemplo de cada
tipo.

a2 

a Є β1/3 
(hπ)≡a1≡b2≡b1
(hπ)≡
b Є β2/4 

Rectas dos planos bissectores


 As rectas a e b são aquelas em que o plano π corta o β1/3  e o  β2/4, respectivamente. A recta a tem medidas
iguais, uma para cada lado do eixo x; a recta b tem projecções coincidentes. São rectas fronto-horizontais, que
se determinam directamente, sem ajuda de traçado auxiliar.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 18


 

Rectas do plano de topo

O plano de topo pode conter três tipos de rectas diferentes. É um plano projectante frontal, pelo que
as rectas que ele contém são projectadas frontalmente no seu traço frontal.

F2
f δ
δ≡≡f 2

f δ≡
δ≡r 2
(t2)≡F2

F1 H2 H2
x  F1
r 1
f 1 H1 H1

t1 hδ  hδ 

Tipos de rectas que existem no plano de topo


O plano de topo pode conter as rectas frontal e de topo, representadas à esquerda, e oblíqua, representada à
direita.

f δ
δ≡≡a2
f δ
δ≡≡b2≡b1

 
F1≡F2≡H1≡H2  =

x  = 
  F1≡F2≡H1≡H2

a1

hδ  hδ 
b Є β2/4
a Є β1/3

Rectas dos planos bissectores


 As rectas a e b são aquelas em o plano α corta o β1/3 e o 
o  β2/4, respectivamente. A recta a tem ângulos iguais; a
recta b tem projecções coincidente. Ambas são oblíquas passantes. Estas rectas determinam-se directamente,
sem necessidade de traçado auxiliar.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 19


 

Rectas do plano vertical

O plano vertical pode conter três tipos de rectas diferentes. É um plano projectante horizontal, pelo
que as rectas que ele contém são projectadas horizontalmente no seu traço horizontal.

f θ 
v2 f θ 

F2
n2 F2
r 2

H2 H2
x  F1 F1

hθ≡r 1
(v1)≡H1
hθ≡n1 H1

Tipos de rectas que existem no plano vertical


O plano vertical pode conter as rectas horizontal e vertical, representadas à esquerda, e oblíqua, representada
à direita.

f θ 
f θ 

a2

 
F1≡F2≡H1≡H2  = F1≡F2≡H1≡H2
x  = 
  F1

hθ≡b1≡b2
hθ≡a1
a Є β1/3 b Є β2/4

Rectas dos planos bissectores

 As rectas
iguais; a e bbsão
a recta temaquelas em que
projecções o plano θ São
coincidentes. cortaambas e o  β2/4, respectivamente.
o β1/3 oblíquas passantes. Estas Arectas
recta determinam-se
a tem ângulos
directamente, sem ajuda de traçado auxiliar.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 20


 

Rectas do plano de perfil

O plano de perfil pode conter três tipos de rectas. Tratando-se de um plano duplamente projectante,
as rectas que ele contém ficam projectadas em ambos os seus traços.

f ψ≡
ψ≡hψ≡t1  f ψ≡
ψ≡hψ≡v2  f ψ≡
ψ≡hψ≡p2≡p1 

F2 
(t2)≡F2 

H2  H2≡F1 
x  F1 

(v1)≡H1 
H1 

Tipos de rectas que existem no plano de perfil


O plano de perfil pode conter rectas de topo, verticais e de perfil, aqui representadas por essa ordem, da
esquerda para a direita.

f ψ≡
ψ≡hψ≡a2≡a1  f ψ≡
ψ≡hψ≡b2≡b1 

 A2 

H2≡H1≡F2≡F1  H2≡H1≡F2≡F1 

 A2 
B2≡B1 

a Є β1/3
1/3   b Є β2/4
2/4  

Rectas dos planos bissectores


O plano ψ corta o β1/3 e o  β2/4 nas rectas a e b, respectivamente. Trata-se de duas rectas passantes, de perfil,
por isso precisam de mais um ponto que as defina, além do ponto de passagem no eixo x, onde os seus traços
coincidem.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 21


 

Rectas do plano de rampa

O plano de rampa pode conter três tipos diferentes de rectas. Este plano não é projectante, pelo que
as rectas não são projectadas em nenhum dos seus traços.

p2≡p1
r 2
f α  F2 F’2

h2 P2

x  H2≡F1 H’2 F’1


r 1

h1 P1

hα 
H1 H’1

Tipos de rectas que existem no plano de rampa


O plano de rampa pode conter as rectas de perfil, oblíqua e fronto-horizontal. Para traçar uma recta fronto-
horizontal neste plano, utiliza-se uma recta auxiliar oblíqua, com a qual ela se cruza, aqui no ponto P.

b2≡b1 B2≡B1

r 2
f α  F2
 A2

 
   =
a2
H2
  =
x  F1

 A1 a1
r 1

hα  H1

a Є β1/3  b Є β2/4 

Rectas dos planos bissectores


Para determinar as rectas que o plano de rampa tem nos planos bissectores utiliza-se uma recta auxiliar oblí-
qua. Determinam-se os pontos A e B, onde essa recta cruza os planos bissectores, e por eles passam-se as
rectas a e b, que são fronto-horizontais.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 22


 

Rectas do plano oblíquo

O plano oblíquo é o único que pode conter quatro tipos diferentes de rectas. De notar que este pla-
no, tal como o de rampa, não é projectante, pelo que também aqui as rectas não são projectadas
em nenhum dos seus traços.

f π  p2≡p1
f π 
f 2
F2

n2 F2 F’2
r 2

F1 H2 F1 F’1≡H’2
x  H2
hπ  r 1
f 1 H’1
H1
hπ 
n1 f 2 // f π  H1
n1 // hπhπ 

Tipos de rectas que existem no plano oblíquo


O plano oblíquo pode conter as rectas horizontal e frontal, representadas à esquerda, oblíqua e de perfil, repre-
sentadas à direita.

f π  f π 
a2
 A2 F’2 n2 F’2 B2≡B1

n2
 
   =

F1≡F2≡H1≡H2 F’1
  =
x  F’1 F1≡F2≡H1≡H2

n1
 A1
a1 hπ  b2≡b1
hπ 
n1 a Є β1/3 b Є β2/4

Rectas dos planos bissectores


 As rectas a e b são aquelas em que o plano π corta o β1/3  e o  β2/4, respectivamente. Para determinar essas
rectas utilizou-se como auxiliar uma recta horizontal do plano. Os pontos da recta auxiliar que pertencem aos
planos bissectores (ponto A, do β1/3; ponto B do 
do  β2/4) estão contidos nas rectas homónimas. No plano oblíquo
estas rectas são passantes.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 23


 

No caso do plano oblíquo, além dos tipos de rectas que ele pode conter, há ainda a referir as rectas
de maior declive e de maior inclinação, oblíquas com uma particularidade: a primeira é perpendicular
ao traço horizontal do plano, a segunda ao frontal.
Designam-se por rectas notáveis as rectas do plano oblíquo que são paralelas e perpendiculares
aos planos bissectores: horizontal e frontal; de maior declive e de maior inclinação.

F2 f π 

f π 
F2
dπ2 iπ2

H2 H2 F1
x  F1
iπ1
H1
hπ 
dπ1 

hπ  H1

dπ  hπ  iπ  f π 

Rectas de maior declive e de maior inclinação


Uma recta perpendicular ao traço horizontal de um plano oblíquo designa-se por recta de maior declive; perpen-
dicular ao traço frontal designa-se recta de maior inclinação.
No espaço, os ângulos que as rectas de maior declive e de maior inclinação fazem, respectivamente com o
PHP e com o PFP, são iguais aos ângulos que os próprios planos fazem com esses planos.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 24


 

Planos definidos por duas rectas

Um plano pode ser definido por quaisquer rectas complanares, uma vez que se situam num mesmo
plano. Nesta página observa-se esse aspecto com rectas paralelas.
 A utilidade e a aplicação dos planos definidos po
porr rectas será observada
observada noutros capítulos.
capítulos.  

F’2 
F2 

s2  s2 
f α 
r 2  r 2 

H2  H’2 
x  F1  F’1 

s1  s1  
H1  r 1  r 1 // s1
r 1  H’1  r 2 // s2 

hα 
F’2 
f π
π≡≡a2≡b2  a2≡b2 

F2 

H2≡H’2 
x  F1  F’1 
a1  a1 
H1 
b1  b1 
a1 // b1 
H’1 

hπ 

F2  F’2  f θ  r 1 // s1


r 2 // s2 
r 2 
r 2  s2  s2  

H2  H’2 
x  F1  F’1 
r 1  s1   s1 
r 1 
hθ  H1  H’1 

Planos definidos por rectas paralelas


 À esquerda temos a representação de planos definidos pelos traços, com duas rectas paralelas neles contidas.
 À direita temos as mesmas rectas, representando os mesmos planos.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 25
 

Duas rectas complanares definem um plano. Nesta página, observa-se isso com rectas concorren-
tes.

F’2 
f α 
b2 
F  2
b2  a 2

a2 
I2 
I2 
H’2  H2 
x  F1  F’1 
a1  b1  a1  b1 
hα 
I1 
I1 
H’1 
H1 

F2  r 2 
r 2  s2 
s2 
f β 
I2  I2 

H’2  H2 
x  F1≡F’1 
H’1 
F’2  r 1≡s1 
I1 
I1 
hβ≡r 1≡s1  H1 

F2  F’2 
a2 
f θ 
a2  I2  b2  I2  b2 

H’2  H2 
x  F1  F’1 
b1  I   I1 
1
H1  b1 
H’1  hθ 
a1  a1 

Planos definidos por rectas concorrentes


 À esquerda temos a representação de planos definidos pelos traços, com duas rectas concorrentes neles conti-
das. À direita temos as mesmas rectas representando os mesmos planos.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 26


 

Planos definidos por uma recta e um ponto

 Aqui vemos como um plano pode ser definido por uma recta e um ponto que não lhe pertença.
p ertença. Para
melhor compreender o que aqui se mostra convém seguir a sequência desde a página 24.

s2 
P2 
r 1 // s1 r 2  P2 
r 2 // s2  r 2 

P1  P1 
r 1  r 1 
s1 

P 2  P2 
a1 // b1  a2≡b2  a2 


a1  a1 
P1  P1 
b1 

r 2  r 2 
s2 
I2 
P2  P2 


I1 
s1   P1  P1 

r 1  r 1 

Planos definidos por uma recta e um ponto exterior

 À esquerda
uma recta etemos rectas
um ponto paralelas
que não lheepertence.
concorrentes
Entreque
umadefinem
e outraum plano. À direita
representação temos oumas
é retirada planodas
definido
rectaspor
e
substituída por um ponto seu.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 27


 

Planos definidos por três pontos

Nas páginas anteriores vimos como um plano pode ser definido por duas rectas paralelas ou concor-
rentes e por uma recta e um ponto. Aqui vemos como pode ser definido por três pontos não colinea-
res, ou seja, que não se situem numa mesma linha recta.

Para melhor se compreender o que aqui é mostrado convém seguir a sequência desde a página 24.

B2  B2 
P 2  P2 
r 2 

 A2   A2 


B1  B1 
 A1  P1  P1 

 A1 
r 1 

P2  P2 
a2 
R2  R2 

S2  S2 


R1  R1 

P1  P1 
S1 
S1 
a1 

Planos definidos por pontos não colineares


 À esquerda temos a representação de planos definidos
def inidos por uma recta e um ponto. Se utilizarmos dois pontos
da recta podemos representar o plano pelos três pontos, como se mostra à direita. De notar que, no segundo
exemplo, as projecções horizontais dos pontos são colineares, o que significa que o plano que os contém é
vertical.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 28


 

Planos definidos por uma recta e tipo

Há casos em que basta uma recta para definir um plano, desde que se saiba qual o tipo de plano.
Mostram-se aqui alguns dos vários exemplos que existem.
Para melhor compreender o que aqui é mostrado convém seguir a sequência desde a página 24.

f 2  f π≡
π≡f 2  f 2 

f 1  f 1  (hα)≡f 1 


(hα

hπ 

r 2  f α≡r 2 
r 2 
f ρ 

r 1  r 1 
hρ≡r 1 

hα 

f δ  F2 
F2 
r 2 
r 2  r 2 
f θ
θ≡≡hθ 

H2  H2 
x  F1  F1 

r 1  r 1  r 1 


H1  hδ  H1 

Planos definidos por uma recta e pelo seu tipo


 A recta frontal pode definir um plano de topo ou um plano frontal. A recta oblíqua pode definir um plano vertical,
um de topo, um de rampa ou um oblíquo perpendicular ao β2/4. Como se verifica, a recta que serve de referên-
cia está contida nos planos abordados.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 29
 

Planos definidos por pontos e tipo

Um plano pode também ser definido por um ou dois pontos e o seu tipo, desde que saibamos que
tipo de plano esse ponto define.
Para melhor compreender o que aqui é mostrado convém seguir a sequência desde a página 24.

f π
π≡≡hπ 

P2  P2  α) 


(f α) P2  P2 

(hβ) 
(hβ)
P1  P1  P1  P1 

B2  B2  f θ  P2  f ρ 


 A2   A2  P2 

B1  B1  P1 


hθ 
 A1   A1  hρ  P1 

f σ  F2 
B2  B2 

 A2   A2  r 2 

H2 
x  F1 

B1  r 1  B1 

 A1   A1 
H1  hσ 

Planos definidos por um ou dois pontos e tipo


Em cima vemos como um ponto pode definir um plano de perfil, horizontal ou frontal. Em baixo vemos como
dois pontos podem definir um plano vertical, de topo ou de rampa. Para provar esta última situação recorre-se a
uma recta auxiliar, já que o plano de rampa não é projectante.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 30
 

Rectas notáveis em planos definidos por rectas

Mostra-se aqui como se determinam rectas horizontais, frontais, de maior declive e de maior inclina-
ção em planos definidos por rectas. Utiliza-se como exemplo um plano definido por rectas paralelas,
sendo concorrentes o processo seria igual. Se, à partida, um plano estiver definido por uma recta e

um ponto, ou por pontos, há que o transformar em duas rectas.

s2  D2 
f 2 
r 2 
 A2  B 2  n2 
s2  
C2 
r 2 


 A1 

s1  C1  f 1  D1 


r 1  r 1 
B1 
n1  s1 

Rectas horizontal e frontal em planos definidos por rectas


Para traçar estas rectas num plano definido por rectas basta cruzá-las com essas. Uma das projecções é para-
lela ao eixo x, a outra resulta em função dos pontos de cruzamento.

dα2 
s2  r 2  D2 
iα2  f 2 
dα  n

 A2  n2  C’2  s2 

N2  B2  C2  D’2  iα  f


r 2 


 A1  C’1 
R2  f 1 
r 1  N1  s1  C1  D1 
dα1 
B1  r 1  s1 
n1  D’1 
R1 
iα1 

Rectas de maior declive e de maior inclinação em planos definidos por rectas


Para traçar estas rectas é necessário, no primeiro caso, traçar uma recta horizontal, no segundo traçar uma
recta frontal, uma vez que as rectas pretendidas são perpendiculares a estas Para pertencerem ao plano têm
de se cruzar com duas rectas dele. Repare-se que estas situações estão elaboradas com base nas anteriores.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 31
 

Rectas dos planos bissectores em planos definidos por rectas

 Aqui mostra-se como se determinam as rectas que um plano definido por rectas tem nos planos
plano s bis-
sectores. Utilizam-se, como exemplos, planos definidos por rectas concorrentes, sendo paralelas o
processo seria igual. Se, à partida, um plano estiver definido por uma recta e um ponto, ou por pon-

tos, há que o transformar em duas rectas.

s2  

a2  P2 
r 2 
Q’2  d2 
Q2   c2  
P2 
I’1≡I’2  b1≡b2 
 
  =
–  
 
x     –
 
=  
 

s1 

1 I1≡I2  d1 

P1  Q’1  a1 


P1 
c1 
r 1 

Rectas do β1/3 e do β2/4 em planos definidos por rectas


Para determinar estas rectas basta determinar os pontos onde cada uma cruza o plano em causa. À esquerda,
utilizando linhas simétricas a uma projecção de cada recta, encontram-se pontos dessas rectas que se situam
no β1/3; à direita, no cruzamento das projecções das rectas estão pontos do β2/4. Unindo esses pontos obtêm -se
as rectas pretendidas.
Se não for possível determinar um ou os dois pontos das rectas dadas no espaço disponível, cruza-se uma ou
duas rectas com essas e trabalha-se com as novas rectas.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 32


 

Plano  – Exercícios 

Traços laterais de planos Marcação de pontos e de rectas em planos

1. Representar os traços principais os seguintes 11. Representar o plano frontal π, com -2cm de
planos, determinando de seguida os laterais: afastamento. Marcar os seus pontos:
-- Plano α,
Plano horizontal
frontal π, comcom
3cm2cm de cota
de afastamento E, com -2cm
F, com 4cm de
decota
cota
G, situado no plano horizontal de projecção
2. Representar os traços principais os seguintes H, situado no β1/3
planos, determinando de seguida os laterais:
- Plano horizontal β, com -3cm de cota 12. Representar o plano frontal δ, com 3cm de afas-
- Plano frontal ρ, com -2cm de afastamento tamento. Determinar as suas rectas:
v, vertical
3. Representar os traços principais do plano vertical f, frontal, fazendo 45ºae
ω, que cruza o eixo x num ponto com 4cm de abcis- b, fronto-horizontal, com -1cm de cota
sa e faz 40ºad. Determinar o seu traço lateral.
13. Representar o plano δ  do exercício anterior.
4. Representar os traços principais do plano vertical Determinar as suas rectas notáveis.
θ, que cruza o eixo x num ponto com 3cm de abcis-
sa e faz 30ºae. Determinar o seu traço lateral. 14. Representar o plano horizontal α, 
α,  com 3cm de
cota. Marcar os seus pontos:
5. Representar os traços principais dos seguintes  A, com 2cm de afastamento
planos de rampa, e determinar os seus laterais: B, com -1cm de afastamento
-têm,
Plano δ, cujos traços frontal e horizontal   C, situado
situado no β1/3 
no β
respectivamente, 4cm de cota e 2cm de D, 2/4
afastamento
- Plano σ, cujos traços frontal e horizontal   15. Representar o plano horizontal θ, com -2cm de
têm, respectivamente, 5cm de cota e -2cm cota. Determinar as suas rectas:
de afastamento t, de topo
n, horizontal, fazendo 60ºad
6. Representar os traços principais dos seguintes a, fronto-horizontal, com 3cm de afastamento
planos de rampa, e determinar os seus laterais:
- Plano α, cujos traços frontal e horizontal 16. Representar o plano θ  do exercício anterior.
têm, respectivamente, -5cm de cota e 2cm Determinar as suas rectas notáveis.
de afastamento
- Plano π, cujos traços frontal e horizontal 17. Representar o plano de topo ρ, que faz 50ºad e
têm, respectivamente, -4cm de cota e -3cm cruza o eixo x num ponto com 2cm de abcissa. Mar-
  de afastamento car os seus pontos:
I(-1;2;?) K(3;0)
7. Representar os traços principais dos seguintes J(4;-3;?) L(-1;4)
planos de rampa, e determinar os seus laterais:
Plano δ, perpendicular
-horizontal ao β2/4, cujo traço 18. Representar o plano ρ  do exercício anterior.
tem -3cm de afastamento Determinar as suas rectas:
- Plano ρ, paralelo ao β1/3, cujo traço f, frontal, com 2cm de afastamento
horizontal tem 4cm de afastamento t, de topo, com -2cm de cota
r, oblíqua, paralela ao β2/4 
8. Determinar os traços laterais dos seguintes pla-
nos passantes: 19. Representar o plano ρ  do exercício 17. Determi-
- Plano β, definido pelo ponto P(2;4;3) nar as suas rectas notáveis.
- Plano δ, definido pela recta r que cruza o
eixo x num ponto com 4cm de abcissa, 20. Representar o plano vertical ω, que faz 35ºae e
fazendo as suas projecções frontal e hori- cruza o eixo x num ponto com 1cm de abcissa. Mar-
  zontal 60ºad e 30ºae, respectivamente car os seus pontos:
M, com 3cm de abcissa
9. Representar o plano θ, perpendicular ao β1/3, cujo N, com 2cm de cota, situado no β1/3 
traço frontal cruza o eixo x num ponto com 5cm de O(-1;3) P(-4;0)
abcissa e faz 40ºad. Determinar o seu traço lateral.
21. Representar o plano ω  do exercício anterior.
10. Representar o plano ω, que cruza o eixo x num Determinar as seguintes suas rectas:
ponto
frontal com 6cm de 45ºad
e horizontal abcissa, fazendo
e 20ºae, os seus traços
respectivamente. v,
n, vertical, com
horizontal, 5cm
com de abcissa
-1,5cm de cota
Determinar o seu traço lateral. s, oblíqua, paralela ao β1/3 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 33


 

Marcação de pontos e de rectas em planos 34. Representar o plano α  do exercício 30. Determi-
(Continuação)  nar as suas rectas que se cruzam no ponto P(2;2):
dα, recta de maior declive
22. Representar o plano ω do exercício 20. Determi- iα, recta de maior inclinação
i nclinação 
nar as suas rectas, a e b, dos planos bissectores.
35. Representar o plano oblíquo ρ, cujos traços
23. Representar o plano de perfil α com uma abcis- frontal e horizontal fazem 65ºad e 40ºae, cruzando
sa qualquer. Marcar os seus pontos: o eixo x num ponto com -2cm de abcissa. Determi-
Q(-3;-4) nar os seus pontos:
R, com
com 2cm
2,5cm νo
S, dede afastamento,
cota, situado nosituado
β1/3  em N(2;3) O(-2;2) P(-5;1;?)
T, com -5cm de cota, situado no β2/4 36. Representar o plano ρ  do exercício anterior.
Determinar as suas rectas:
24. Representar o plano α  do exercício anterior. p, de perfil, que passe nos diedros I, IV e III
Determinar as suas rectas: f, frontal, com -2cm de afastamento
t, de topo, com 4cm de cota
v, vertical, com -2cm de afastamento 37. Representar o plano ρ  do exercício 35. Determi-
p, passante, contendo o ponto P(5;3) nar as suas rectas, a e b, dos planos bissectores.

25. Representar o plano α  do exercício 23. Determi- 38. Representar o plano ρ  do exercício 35. Determi-
nar as suas rectas, a e b, dos planos bissectores. nar as suas rectas:
dρ, recta de maior declive
26. Representar o plano de rampa σ, cujos traços iρ, recta de maior inclinação  
frontal e horizontal têm 3cm de cota e 4cm de afas-
tamento. Determinar os seus pontos: Marcação de rectas e de pontos em planos
 A, situado em φo  definidos por rectas e por pontos
B, com 1cm de cota
C, 39. Representar o plano α  definido pela sua recta
D, com
com 5cm de de
-1,5cm afastamento
afastamento de maior inclinação iα, que contém o ponto P(3;2),
fazendo as suas projecções frontal e horizontal
27. Representar o plano σ  do exercício anterior. 45ºae e 60ºad, respectivamente. Determinar as
Determinar as suas rectas: suas rectas e pontos:
p, de perfil f, frontal, com 4cm de afastamento
a, do β1/3  n, horizontal com 3cm de cota
 A(6;3) B(4;-3)
28. Representar o plano σ  do exercício 26. Determi-
nar o seu traço lateral e, através dele, os seus pon- 40. Representar o plano π  definido pela sua recta
tos: de maior declive dπ, que contém o ponto R(-2;2;4),
E(2;?;2) F(5;-1;?) G(-2;?;5) fazendo as suas projecções frontal e horizontal
40ºad e 65ºae, respectivamente. Determinar as
29. Representar o plano de rampa π, cujos traços suas rectas e pontos:
frontal e horizontal têm 5cm de cota e -3cm de afas- n, horizontal com 6cm de cota
tamento. Determinar as suas rectas: p, de perfil com -1cm de abcissa
b, com 1cm de afastamento a, do β1/3 
c, notável do β2/4 
41. Representar o plano β  definido pelas rectas
30. Representar o plano oblíquo α, cujos traços paralelas, a e b, cada uma contendo um ponto
frontal e horizontal fazem 50ºad e 35ºad, respectiva- homónimo A(3;6;2) e B(-2;-1;4), fazendo as suas
mente, cruzando o eixo x num ponto com 3cm de projecções frontais e horizontais 55ºad e 35ºae,
abcissa. Determinar os seus pontos. respectivamente. Determinar os seus pontos:
J(2;0) K(0;5) P(2,5;4) Q(4;-7)
L(3;2) M(-6;4;?)
42. Representar o plano θ  definido pelos pontos
31. Representar o plano α  do exercício anterior.  A(-3;-3;-1), B(4;6;1) e C(0;4;-2). Determinar as suas
Determinar as suas rectas: rectas e ponto:
f, frontal, com 2cm de afastamento b, do β2/4 
f’, frontal, com -3cm de afastamento hθ, traço horizontal 
p, de perfil, com -2cm de abcissa R(4;0)
32. Representar o plano α  do exercício 30. Determi- 43. Representar o plano δ  definido pelos pontos
nar as suas rectas: J(1;4;6), K(4;-3;3) e L(-3;-2;-1). Determinar as suas
r, oblíqua, que passa pelos diedros I, II e III rectas:
p, de perfil, passante n, horizontal com 3cm de cota
δ,
33. Representar o plano α  do exercício 30. Determi- d recta
p, de decontendo
perfil maior declive contendo
o ponto L o ponto J
nar as rectas notáveis desse plano.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Plano - 34


 

MÉTODOS GEOMÉTRICOS AUXILIARES

Os métodos geométricos auxiliares são processos que permitem alterar a


posição das figuras geométricas. Aqui mostra-se como se aplicam a pontos,
segmentos de recta, rectas e planos. É bastante útil a aplicação destes méto-
dos principalmente no estudo de Figuras Planas, Paralelismos, Perpendicula-
ridades, Distâncias e Ângulos. Por extensão, acabam também por se aplicar
em Sólidos e em Sombras.

Sumário:

2, 3 e 4. Rebatimento de planos projectantes


5 e 6. Rebatimento do plano oblíquo 
oblíquo  
7 e 8. Rebatimento do plano de rampa
9, 10 e 11. Rebatimento de planos definidos por rectas concorrentes
12. Rebatimento de planos definidos por rectas concorrentes,
utilizando uma delas como charneira
13 e 14. Rebatimento de planos definidos por rectas paralelas
15. Rebatimento de planos definidos por rectas paralelas,
utilizando uma delas como charneira
16, 17, 18 e 19. Rotação de rectas e segmentos de recta  
20 e 21. Rotação de planos 
planos  
22 e 23. Rotação de planos definidos por rectas  
24, 25 e 26. Mudanças de planos aplicadas a rectas e segmentos de  
recta
27 e 28. Mudanças de planos aplicadas a planos  
29 e 30. Mudanças de planos aplicadas a planos definidos por rectas  
31, 32, 33 e 34. Exercícios 
Exercícios 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 1


 

Rebatimento de planos projectantes

 Ao rebater um plano, este vai coincidir (ou ficar paralelo)


pa ralelo) a um plano de projecção, para que as figu-
ras nele existentes fiquem em verdadeira grandeza, ou seja, com o tamanho e a forma reais, sem as
deformações provocadas pelas projecções. As figuras situadas nos planos frontal e horizontal estão

sempre em verdadeira grandeza numa das projecções, não sendo necessário rebatê-los.

F2≡FR 
f α  PR hαR 

(t2)≡F2
=   
  HR
f α≡r 2≡f αR
α≡
P2
P2
FR H2
x≡f αR  F1 F1
r 1 = 
H1
PR tR P1
t1 P1

hα≡hαR  hα 

Rebatimento do plano de topo


 À esquerda temos o rebatimento do plano para o PHP, PHP, pelo que a charneira do rebatimento é o traço horizontal;
o traço frontal rebatido fica coincidente com o eixo x. À direita o rebatimento é feito sobre o PFP, com charneira
no traço frontal; o traço horizontal rebatido fica perpendicular ao frontal. Em ambos os casos mostra-se como
rebate um ponto e uma recta do plano.

f π
π≡≡f πR 
f π 
F2≡FR 

s2 sR n2 F2

R2 RR R2

H2 HR = 
F1
x≡hπ
x≡hπR  F1
R1
R1    =
 

RR FR
H1 hπ≡n1≡hπ
≡hπR 

f πR 
hπ≡s1 nR

Rebatimento do plano vertical


 Aqui temos também um rebatimento sobre o PPF e outro sobre o PHP. O traço fixo, ou charneira, é sempre o
do plano de projecção sobre o qual o plano vai rebater. Também aqui um ponto e uma recta do plano o acom-
panham no rebatimento.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 2
 

Nos exemplos de cima mostra-se o rebatimento do plano de perfil, levando consigo uma recta e um
ponto. Em baixo mostra-se o rebatimento de um segmento de recta de perfil, o que permite determi-
nar o seu tamanho real ou verdadeira grandeza (VG), processo que se emprega no capítulo Distân-
cias. À partida deve escolher-se rebater para o lado onde haja mais espaço livre.

f ψ≡
ψ≡hψ≡v2≡f ψR  f θ
θ≡≡hθ≡p2≡p1≡hθ
≡hθR 

PR  vR  P2 


P2 
pR 
F2 

H2  HR  FR 


x≡hψ
x≡hψR  x≡f θR  H2≡F1 

P1  P1  PR 

(v1)≡H1  H1≡HR 

Rebatimento do plano de perfil


 À esquerda temos
t emos o rebatimento do plano para o PFP, pelo que a charneira do rebatimento é o traço frontal; o
traço horizontal rebatido fica coincidente com o eixo x. Rebateu-se também o ponto P e uma recta vertical do
plano.
 À direita o rebatimento é feito sobre o PHP, com charneira no traço horizontal; o traço frontal rebatido
rebatido vai coinci-
dir com o eixo x. Rebate-se uma recta de perfil e o ponto P do plano.

f β≡hβ≡v2≡f βR 
β≡ f β≡
β≡hβ≡v2≡vR 

PR 
P2  PR≡P2 
VG  VG 

QR  QR 
Q2  Q2 

x≡hβ
x≡hβR  x≡hβ
x≡hβR 

P1  (v1)≡P1  (h
(hρ
ρ) 

Q1  Q1  

Rebatimentos para determinar a verdadeira grandeza de um segmento de recta de perfil


 À esquerda rebate-se o plano de perfil que contém o segmento de recta [PQ] para o PFP, ficando [P RQR] em
verdadeira grandeza (VG).
 À direita faz-se um rebatimento sobre o plano frontal ρ, que contém o ponto P. Esse ponto fica fixo e apenas
rebate o ponto Q. A charneira deste rebatimento é a recta vertical v.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 3
 

 Aqui mostra-se, em
e m cima, rebatimentos que têm por objectivo determinar o tamanho real ou verda-
deira grandeza (VG) de um segmente de recta oblíquo. Em baixo mostra-se rebatimentos simplica-
dos para a achar a verdadeira grandeza dos segmentos oblíquo e de perfil. Estes processos empre-
gam-se no capítulo Distâncias.

f α  f α
 

 A2  A2
B2≡(t2) (f σ) 
B2

x≡f αR  x 
B1 BR BR≡B1

VG  VG 
 A1  AR
 A1  AR
hα≡hαR  t1≡ch  hα 

Rebatimentos para determinar a verdadeira grandeza de segmentos de recta oblíquos


 À esquerda, o plano e o segmento de recta são rebatidos para o plano horizontal
horizontal de projecção.
 À direita, o plano é rebatido para o plano horizontal σ, que contém o ponto B. Aqui o rebatimento é feito em
torno da charneira de topo t, que contém
cont ém o ponto B e por isso fica fixo.

f 2≡f R   AR P2 


=   
  = 
VG 
 A2
(t2)≡Q2  (f ω) 
B2≡BR 

  x 
x
=     
P1  PR 
B1 hδ≡f 1 

VG 
 A1
Q1≡QR 

t1≡tR 

Rebatimentos simplificados para determinar


a verdadeira grandeza dos segmentos de recta oblíquo e de perfil
 À esquerda rebate-se o segmento de recta oblíquo para o plano frontal δ, em torno da charneira frontal f, que
contém o ponto B. Para isso marca-se a medida
m edida = na perpendicular à charneira.
 À direita faz-se um rebatimento do segmento de recta de perfil sobre o plano horizontal ω, em torno da charnei-
ra de topo t, que contém o ponto Q. Marca-se a medida = na perpendicular à ccharneira.
harneira.
Neste processo simplificado não é necessário indicar um plano contendo o segmento, mas apenas o plano
(horizontal ou frontal) sobre o qual o segmento é rebatido. 
rebatido. 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 4


 

Rebatimento do plano oblíquo

Também aqui se utiliza um traço do plano como charneira, mas é necessário um ponto auxiliar situa-
do no traço móvel. Se esse ponto não existir no enunciado do exercício, deve ser acrescentado.

f π  f π  f 2

F2 F2 P2 n2

F1 F1
x  H2

H1≡HR  P1 f 1
FR FR
hπ≡hπR 
n1
f πR  nR
nR // hπ
h πR
f πR  PR hπ≡hπR 
f R // f πR 
f R

hπR 
F2≡FR 
hπR  H’R
pR PR
π≡f πR 
f π≡ F’2≡F’R 
HR HR
r R π≡f πR 
f π≡
P2
r 2
H’2≡F’1 
r 1
x  H2 H2 F1

P1
H1 H1

H’1
hπ  hπ 
p1≡p2 

Rebatimento do plano oblíquo


No exemplo de cima rebate-se o plano para o PHP; como tal, a charneira é o traço horizontal, sendo móvel o
traço frontal. Foi com o ponto F que se
s e executou rebatimento.
No caso de baixo o plano rebate-se para o PFP, pelo que é o traço frontal o fixo, sendo móvel o horizontal. O
rebatimento foi feito com ajuda do ponto H.
 À esquerda destaca-se apenas o rebatimento do plano; à direita rebatem-se também duas rectas e o ponto
onde se cruzam. De notar que os pontos se deslocam na perpendicular à charneira.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 5
 

 Aqui mostra-se o rebatimento


re batimento de
d e planos oblíquos cujos traços
tr aços têm aberturas
aber turas para lados
l ados contrários.
Trata-se de exemplos que apresentam diferenças ligeiras em relação aos da página anterior.

f π 
f π 
F2 n2 F2

F1 F1

FR FR
f πR  f πR 

hπ≡hπR 
hπ≡hπR  nR
n1
nR // n1 // hπ
hπR 

f R // f 2 // f αR 

f 2 f R

f αR  f αR 
HR HR

x  H2 H2

f 1
H1 H1

≡hα≡f αR 
f α≡hα≡ f α≡hα≡f αR 
≡hα≡

Rebatimento do plano oblíquo com traços abertos para lados contrários


Em cima temos um plano comum, com os traços abertos para lados contrários, a rebater para o PHP. Em baixo
temos um plano perpendicular ao β2/4  a rebater para o PFP. Dentro de cada plano rebate também uma recta,
horizontal no primeiro caso, frontal no segundo.
Compare-se a aplicação do ponto auxiliar entre estes casos
c asos e os da página anterior.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 6


 

Rebatimento do plano de rampa

Para rebater, tal como sucede com o plano oblíquo, o plano de rampa necessita de um ponto auxi-
liar situado no traço móvel. Contudo, esse ponto precisa de um rebatimento auxiliar, como veremos.

r 2
f α   A2 F2

P2 h2

 AR’  H2
x   A1 F1

P1 h1
H1≡HR
hα≡hαR 
r 1 hR
PR

FR
f αR   AR
r R

r R
hαR   AR H’R
HR

PR

α≡f αR 
f α≡ F’2≡F’R  F2≡FR 

P2
H2
x   AR’   A2 F1
r 2
P1
H1
hα   A1 H’1
r 1
p1≡p2≡pR

Rebatimento do plano de rampa


No primeiro exemplo rebate-se o plano para o PHP; como tal, a charneira é o traço horizontal, sendo móvel o
traço frontal. Rebate-se também uma recta oblíqua, outra fronto-horizontal e o ponto P que lhes pertence.
No segundo caso o plano é rebatido para o PFP, pelo que é fixo o traço frontal e móvel o horizontal. Rebate-se
aqui uma recta oblíqua e uma de pertfil. Também
T ambém aqui o ponto P é a intersecção dessas rectas.
 À esquerda faz-se o rebatimento auxiliar do ponto A, o que permite saber a distância real entre os dois traços,
fundamental para determinar o rebatimento do plano. De facto, esse ponto passa por dois rebatimentos: um
para o lado, que dá A R’; outro para baixo ou para cima que dá o ponto A R.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 7


 

 Aqui vemos o rebatimento de outros planos de rampa, o primeiro com os traços para o mesmo lado
l ado
do eixo x, o segundo passante.

 AR’   A1 H2 F1

r 1 R1

H1≡HR 
hα≡hαR 
r 2
R2
r R
F2
f α   A2
RR

f αR   AR FR

Rebatimento do plano de rampa com os traços


t raços para o mesmo lado do eixo x
 Aqui vemos o rebatimento de um plano de rampa com os dois traços para baixo do eixo x. Rebate-se também
tam bém
uma recta oblíqua do plano e o ponto R que nela existe. Este rebatimento é feito para o PHP.
Compare-se o traçado deste exercício com os da página anterior.

S2
 A2
s2

π≡hπR 
x≡hπ≡f π≡ P1≡P2≡PR 
s1
 A1  AR’ 
S1 SR’ 
sR
 AR
SR

Rebatimento do plano passante


Como os traços do plano passante estão no eixo x, que serve se charneira, o ponto auxiliar não pode estar
situado num traço, pois isso de nada serviria para o rebatimento. Com o rebatimento do ponto A considera-se
que o plano está rebatido, neste caso para o PHP. Como nos outros planos de rampa, o ponto faz primeiro um
rebatimento auxiliar. Para rebater uma recta oblíqua, passante no ponto P, usa-se um ponto dessa recta. Os
triângulos que resultam do rebatimento auxiliar de cada ponto são proporcionais, ou seja, têm hipotenusas
paralelas. Isso prova que os pontos A e S, assim como a recta s, se si
situam
tuam no plano.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 8


 

Rebatimento de planos definidos por rectas concorrentes

Normalmente, rebate-se os planos definidos pelos traços sobre os planos de projecção, rebatendo-
se os planos definidos por rectas sobre planos horizontais ou frontais. O processo aqui utilizado
designa-se por processo do triângulo do rebatimento. Para que possa devidamente compreendido,

mostra-se aqui uma representação em perspectiva, assim como a que lhe corresponde nas projec-
ções. Este processo é muito útil para determinar a verdadeira grandeza do ângulo entre duas rectas.

Rebatimento de um plano definido


b  a  por duas rectas oblíquas, no espaço
I  Exemplifica-se aqui o rebatimento das rectas
para um plano horizontal, em perspectiva.
2   As rectas a e b cruzam o plano α nos pontos A
1  e B, que definem a recta horizontal n, charnei-

  ≡ 
ra do rebatimento. O Ponto de intersecção I
roda num movimento circular perpendicular à
    n≡nR  charneira, os pontos A e B permanecem fixos.
=     
     – B≡BR 
IR’        ≡ Nas projecções (como se observa na imagem
abaixo) temos acesso às medidas  – e =, mas
 A≡AR 
   ≡
  não temos acesso directo à media ≡, que cor-

IR  aR  responde


gulo cujosàcatetos
hipotenusa demedidas
são as um triângulo
 – e =.rectân-
3  Os arcos indicados com algarismos significam:
1- Movimento real do ponto I durante o rebati-
bR  mento; 2- Rebatimento auxiliar do ponto I,
para determinar o triângulo rebatido; 3- Deslo-
α 
cação da medida da hipotenusa. Os arcos 1 e
2 não têm representação na imagem de baixo.
baixo.  

b2 
I2  a2  Rebatimento de um plano definido
por duas rectas oblíquas,
nas projecções

Este traçado mostra a situação anterior, em
projecções. Procede-se do seguinte modo:
 A2  B2  α)≡n2 
(f α)≡ 1. Traça-se
Traça-se o plano horizontal α, que cruza as
rectas a e b nos pontos A e B;
2. Os pontos A e B definem a recta horizontal
n, que é a charneira do rebatimento;
3. A partir do ponto I1  traça
traça-se
-se uma paralela e
x  uma perpendicular à charneira;
I1  4. Na paralela marca-
marca-sese a distância entre o
ponto I e o plano α, de onde se obtém o ponto
  n1≡nR  IR’ (rebatimento auxiliar); 
      =
IR’    5. Constrói-
Constrói-se o triângulo do rebatimento e
   –
  desloca-se a medida da hipotenusa para a
     ≡ B1≡BR  perpendicular à charneira, onde se obtém o
ponto IR.
b1  6. Unindo o ponto I R  aos pontos AR  e BR 
 A1≡AR 
  ≡  obtêm-se as rectas rebatidas a R  e bR, que
correspondem ao plano que elas definem já
rebatido.
a1  IR  Surgem aqui indicadas as medidas  –, = e ≡
aR 
para que
traçado comseo possa compararnamelhor
da perspectiva; prática este
dos
bR  exercícios indicar-se-á apenas a medida =.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 9


 

Mostram-se aqui mais exemplos de rebatimentos de planos definidos por rectas concorrentes, reba-
timentos esses que se fazem quer sobre um plano frontal quer sobre um plano horizontal.

s2  r 2 
r R  I2 
f 2≡f R  =
I ’ 
R2≡RR 
R Rebatimento de um plano
definido por duas rectas oblíquas
 As duas rectas que aqui se rebatem são as
S2≡SR  mesmas do exercício da página anterior, con-
tudo aqui são rebatidas sobre um plano fron-
tal, em torno de uma charneira frontal.
sR   Ao invés do que aconteceu no exercício ante-
IR  rior, obviamente aqui o triângulo do rebati-
x  mento é traçado na projecção frontal.
I1 


(h θ)≡f 1 
(hθ)≡
R1  S1  I2 
s1  r 2 
f 2 

1  = 
R2  F2 
α)≡n2 
(f α)≡
Rebatimento de um plano definido
por uma recta oblíqua e uma frontal
f rontal
Na situação que se apresenta à direita o rebati- x 
mento é feito sobre um plano horizontal, em
torno duma charneira horizontal. f 1  I1 
  F1≡FR 
       =

IR’ 
n1≡nR 
r R 
nR  R1≡RR 
IR 
R2≡RR 
r R  r 1  f R 
IR 
f 2≡f R  r 2 

IR’ 
 
=    
N2≡NR 
n2  I2 
Rebatimento de um plano definido
por uma recta oblíqua e uma horizontal
x   À esquerda rebate-se o plano definido pelas
rectas sobre um plano frontal, em torno duma
(hθ)≡f 1 
(hθ)≡ charneira frontal.
N1  R1 
    =

n1  r 1 

I1 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 10


 

 Aqui observam-se mais exemplos, onde também o rebatimento de faz quer sobre um plano horizon-
hori zon-
tal, quer sobre um frontal, plano esse que corta ambas as rectas.

I2 

r 2 

δ)≡n2 
(f δ)≡ R2  P2  Rebatimento de um plano definido por
uma recta oblíqua e uma de perfil  
 À partida, a recta de perfil está definida pelos
pontos I e P, passando-se por este o plano hori-
x  zontal sobre o qual é feito o rebatimento, em
IR  p2≡p1  torno duma charneira horizontal.

pR 

r R 
P1≡PR 
r 1 
s2≡f 2≡f R 
n1≡nR  R1≡RR 
 
       =
I1  tR  sR  S2≡SR 
IR’  IR 
IR’ 
Rebatimento de um plano definido por  
=    

uma recta oblíqua e uma de topo (t2)≡I2≡T2≡TR 


 À direita, o rebatimento faz-se sobre um plano
frontal e em torno duma recta frontal que, dadas
as circunstâncias, tem a sua projecção frontal a
coincidir com a da recta oblíqua. O triângulo do x 
rebatimento reduz-se a um segmento de recta,
dado que um dos catetos não existe. T1 
(hδ)≡f 1 
(hδ)≡ S1 

v2  s1 
I1 
I2 
r 2  t1 

R2  α)≡n2 
(f α)≡
V2 
Rebatimento de um plano definido por
x  uma recta oblíqua e uma vertical
 Aqui temos uma situação idêntica à anterior, mas
m as
(v1)≡I1≡V1≡VR  invertida. Ou seja, o rebatimento é feito para um
 
       = plano horizontal e em torno de uma recta horizon-
IR’  tal, cuja projecção desse nome coincide com a da
IR  recta oblíqua. De novo o triângulo do rebatimento
fica reduzido a um segmento de recta.

R1≡RR  r R  vR 

r 1≡n1≡nR 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 11
 

Rebatimento de planos definidos


definidos por rectas concorrentes
utilizando uma delas como charneira

Quando uma das rectas que definem o plano é paralela a um dos planos de projecção pode ser utili-
zada como charneira, pelo que apenas a outra rebate. São esses os casos que aqui se mostram.

PR 
f 2≡f R 
nR  Rebatimento de um plano definido
por uma recta frontal e uma horizontal
PR’
R’  
 Aqui o rebatimento faz-se sobre um plano frontal,
    =
 
I2≡IR  usando a recta frontal como charneira. Deste
n2  modo, apenas rebate a horizontal, com recurso
P2  ao ponto P, dado que I é fixo.
fi xo.
Pode-se também rebater sobre um plano hori-
zontal, utilizando a recta horizontal como charnei-
x  ra e um ponto da recta frontal.
(hα)≡f 1 
(hα)≡
I1  P2 

r 2 

r 1  P1 
I2  ρ)≡a2 
(f ρ)≡

Rebatimento de um plano definido por


uma recta oblíqua e uma fronto-horizontal
f ronto-horizontal x  PR 
 Aqui utiliza-se um plano horizontal, usando a rec-
ta fronto-horizontal como charneira, pelo que ape-
nas a recta oblíqua, com ajuda do ponto
pont o P. r R 
Pode-se, de igual modo, fazer o rebatimento
sobre um plano frontal, mantendo a mesma recta
fronto-horizontal como charneira.
I1≡IR  a1≡aR 

v2≡vR 
r R  r 1 
r 2 
 
I2≡IR  P1        =
PR’ 
P2  PR 


Rebatimento de um plano definido por
uma recta oblíqua e uma vertical
PR’  Fazendo passar um plano frontal pela recta verti-
cal, essa recta será utilizada como charneira do
rebatimento, pelo que permanecerá fixa. Deste
x  modo rebate-se apenas a recta oblíqua, utilizan-
do para o efeito o ponto P.
(v1)≡I1  (hα)
(hα)  Sendo o plano definido por uma recta oblíqua e
outra de topo, servirá esta de charneira.
=  r 1 
P1 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 12


 

Rebatimento de planos definidos por rectas paralelas

Duas rectas concorrentes dão origem a diversas situações; paralelas não permitem tão grande
variedade, contudo é igualmente importante rebater planos definidos por essas rectas.
O rebatimento de rectas paralelas tem especial importância no capítulo Distâncias, para a determi-

nação da distância entre duas rectas.

s2
r 2 P2
Rebatimento de um plano definido
=  por duas rectas oblíquas paralelas
(f π)≡n2  R2 S2 Para rebater o plano definido por estas rectas
começa-se por rebater uma delas, aplicando o
triângulo do rebatimento a um dos seus pon-
tos. As rectas rebatidas continuam paralelas.
x  Este rebatimento foi feito para um plano hori-
n2≡nR  P1 zontal, em torno de uma charneira horizontal.
  PR’ 
     =
R1≡RR 
S1≡SR 
aR aR // bR 
r  1
s1
PR bR
PR
r R // sR  sR PR’   
r R     =  A2≡AR 
a2 P2
Rebatimento de um plano definido B2≡BR 
por duas rectas horizontais b2 f 2≡f R 
Este rebatimento é feito sobre um plano frontal,
em torno de uma recta frontal. Começa-se por
rebater uma das rectas com a ajuda de um pon- x 
to seu. Rebatidas as rectas continuam paralelas. (hβ)≡f 1 
(hβ
 A1 B1

P1
=  a1
b1
s2
r 2 P2


(f π)≡n2  R2 S2 Rebatimento de um plano definido
por duas rectas oblíquas paralelas,
com uma das projecções coincidentes
PR’ 
  Esta situação é idêntica à primeira, mas aqui
x         =
as projecções horizontais das rectas são coin-
P1 cidentes. Rebatendo sobre um plano horizon-
tal, a charneira será horizontal, ficando a sua
projecção horizontal coincidente com as pro-
S1≡SR 
 jecções homónimas das rectas dadas.
PR sR De notar que aqui o triângulo do rebatimento
se reduz a um segmento de recta. Se se tives-
se optado por um plano frontal, surgiria uma
r 1≡s1≡n1  R1≡RR  r R // sR  charneira de topo.
r R

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 13


 

Nesta página mostram-se mais dois casos, bem diferentes, de rebatimentos de planos definidos por
rectas paralelas. 

p2≡ p1 
p’2≡ p’1 

n2  A2 C2
Rebatimento de um plano
pla no definido por
=  duas rectas de perfil
θ) 
n’2≡(f θ) B2 D2 Para não complicar o traçado (levando, por
exemplo, à utilização das projecções laterais),
cruzam-se aqui com as rectas de perfil duas
rectas horizontais paralelas entre si, provando
x  que as rectas de perfil também são paralelas.
C1 Deste modo, utiliza-se uma das rectas horizon-
tais como charneira.
n1
n’1≡n’R 
 A1 D1≡DR 
 
       =
 AR’ 
B1≡BR 
p’R

 AR
pR tR // t’R 

pR // p’R  tR

t’R

f 2≡f R
(t2) 
Rebatimento de um plano definido por
duas rectas de topo (t’2) 
Para efectuar o rebatimento do plano definido
por estas rectas
colocá-las sobre um àplano
perpendiculares frontala basta
charneira, partir x 
das suas projecções frontais. Dada a simplici-
dade destas situações, não é necessário utilizar
(h
(hα
α)≡f 1
qualquer ponto auxiliar.

t1 t’1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 14


 

Rebatimento de planos definidos por rectas paralelas


utilizando uma delas como charneira

Os rebatimentos de planos definidos por rectas, mostrados nas páginas anteriores, são feitos sobre
planos horizontais ou frontais e em torno de rectas que neles existem, ou seja, charneiras horizon-

tais, frontais, fronto-horizontais e de topo. Nesta página os planos são definidos por rectas paralelas
desse tipo, pelo que uma delas é utilizada como charneira.
Este tipo de rebatimento pode ser aplicado na determinação da verdadeira grandeza da distância
entre duas rectas paralelas.

P2 a2

=  Rebatimento de um plano definido


b2≡(f β) por duas rectas horizontais
utilizando uma delas como charneira
 Aqui temos como charneira a recta b, por onde
x  a1 se passa o plano horizontal β sobre o qual reba-
te a recta a, que fica, obviamente, paralela à b.

PR’  b1≡ch≡bR 
 
=   
P1
aR
(t2) 
aR // bR  PR (f π)  (t’2) 

Rebatimento de um plano definido x 


por duas rectas de topo
utilizando uma delas como charneira
Neste caso utiliza-se como charneira a recta t’,
por onde se passa o plano horizontal π sobre o t1 tR
qual rebate a recta t, que fica paralela à outra.
t’1≡t’R 
tR // t’R 

R2 m2


n2≡(f ω)
Rebatimento de um plano definido
por duas rectas fronto-horizontais
fronto-horizontais
utilizando uma delas como charneira
x  Neste caso a recta n é a charneira, passando
R1 =      RR’  m1 por ela o plano horizontal ω  sobre o qual vai
rebater a recta m que, rebatida, continua fronto-
horizontal.
n1≡ch≡nR 

mR // nR 
RR mR
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 15
 

Rotação de rectas e de segmentos de recta

Com as rotações altera-se a posição das figuras geométricas, rodando-as em torno de eixos verti-
cais ou de topo. Por norma, no caso dos segmentos de recta, passa-se o eixo por um extremo e
roda-se o outro; no caso das rectas passa-se por um dos seus pontos e roda-se um outro. Nos

exemplos mostrados parte-se da posição oblíqua, mas pode-se partir doutras posições.

e2 e2

r 2  A2  Ar2 r r2


r2  A2  Ar2

B2≡Br2 
B2≡Br2 


r 1  A1  A1

B1≡(e1)≡Br1  Ar1 B1≡(e’1)≡Br1


r r1
r1  Ar1

Rodar a recta e o segmento de recta oblíquos para frontais


Nestas rotações utiliza-se o eixo vertical contendo o ponto B. O ponto A roda até ao afastamento do do B. A
projecção horizontal de A roda com o compasso, a frontal desloca-se paralela ao eixo x.

C2 C2

s2 D2≡(e2)≡Dr2 Cr2 D2≡(e’2)≡Dr2


Cr2
sr2

C1 Cr1 C1 Cr1
s1 sr1
D1≡Dr1
D1≡Dr1

e1 e’1

Rodar a recta e o segmento de recta oblíquos para horizontais


Este caso é o inverso do anterior. Passando um eixo de topo pelo pondo D faz-se rodar o ponto C até ficar com
a cota do D.
Manual de Geometria Descritiva António Galrinho Métodos geométricos auxiliares 16

 A primeira situação aqui apresentada


a presentada resolve-se também ape
apenas
nas com uma rotação, n
naa segunda já é
necessário aplicar duas.

e2≡sr2≡sr1  e2≡sr2≡sr1 
s2 E2 E2
Er2 Er2

F2≡Fr2  F2≡Fr2 


s1 E1 E1

F1≡(e1)≡Fr1 F1≡(e1)≡Fr1

Er1 Er1

Rodar a recta e o segmento de recta oblíquos para de perfil


 Aqui o eixo contém o ponto F, fazendo-se rodar o ponto E até à abcissa do outro. Para estas situações é indife-
rente utilizar um eixo vertical ou de topo.
t opo.

C2 e’2

D2≡(e2)≡Dr2 Cr2≡Cr’2  Dr’2 

C1 Cr1 ≡(e’1)≡Cr’1 
Dr’1 

D1≡Dr1

e1

Rodar o segmento de recta oblíquo para fronto-horizontal

 Aqui é necessário
utilizando um eixo de aplicar
topo; duas
depoisrotações. Primeiro
colocou-se colocou-se
na posição o segmento
final, com na posição
um eixo vertical. intermédia
A posição horizontal,
intermédia será
frontal se se fizer a primeira rotação com
c om um eixo vertical.
Utilizando uma recta o procedimento é idêntico.
Manual de Geometria Descritiva António Galrinho Métodos geométricos auxiliares 17

 Aqui mostram-se outros


outro s casos onde se aplicam duas rotações. No primeiro mostra-se uma recta, no
segundo, um segmento de recta.

Br’2 
e2

s2  A2  Ar2 ≡(e’2)≡Ar’2  sr2


Rodar a recta oblíqua
para vertical
 A primeira rotação consiste
c onsiste em colo-
B2≡Br2  car a recta na posição frontal, com
um eixo vertical; na segunda, para o
colocar vertical, utiliza-se um eixo de
x  topo. A aplicação dos eixos tem de
s1  A1 ser feita pela ordem referida.
O processo seria idêntico caso se
tratasse de um segmento de recta.
B1≡(e1)≡Br1  Ar1(sr’1)
sr1

’2 
e’1≡r rr’2

C2 e’2

Rodar o segmento de recta


oblíquo para de topo D2≡(e2)≡Dr2
Cr2 ≡Cr’2≡Dr’2 
 A primeira rotação consiste em colo-
c olo-
car o segmento de recta na posição
horizontal, com um eixo de topo; na
segunda, para o colocar de topo, x 
utiliza-se um eixo vertical. A utiliza-
ção dos eixos tem de ser feita pela C1 Cr1 ≡(e’1)≡Cr’1 
ordem referida.
O processo seria idêntico caso se
tratasse de uma recta.
D1≡Dr1

Dr’1 
e1
Manual de Geometria Descritiva António Galrinho Métodos geométricos auxiliares 18

 Aqui mostram-se casos em que o eixo cruza um ponto intermédio ou fora do segmento de recta,
assim como outros em que o eixo é enviesado com a recta.

C2
 A2  Ar2 
e2
D2
P2≡Pr2 
Cr2 Dr2
S2≡(e2)≡Sr2  
Br2  B2


 A1
S1≡Sr1
Dr1
Br1  D1
 Ar1 
P1≡(e1)≡Pr1
B1 
e1
Cr1 C1

Rodar segmentos de recta para uma coordenada específica


No primeiro caso roda-se o segmento de recta para o valor de afastamento do ponto P, situado entre os extre-
mos A e B. No segundo caso, o valor de cota pretendido fica fora do segmento de recta [CD], pelo que cruza o
eixo no ponto S numa linha que o prolonga. O eixo terá o afastamento ou a cota pretendidos.

sr2 Pr2  
Qr2
      =

s2 s2 sr2
(e2)  (e2) 
Q2
 
   = K2 Lr2
P2

L2 Kr2


s1
Q1 Qr1 Kr1
K1
P1 Pr1 Lr1
L1
sr1 s1 sr1

e1 e1

Rodar rectas com eixos que não as cruzam

 À
laresquerda roda-se
a partir de umaque
(e2). Para rectaa oblíqua para horizontal
recta resulte horizontal,utilizando
a rotaçãoodesse
ponto ponto
P, quetermina
se obtém
nocom uma perpendicu-
alinhamento do eixo;
roda-se também o ponto Q, que mantém a distância que vai dele ao P na projecção frontal. À direita a mesma
recta é rodada 110º, pelo que os pontos utilizados rodam ambos esse valor. Aqui a recta mantém
mantém-se
-se oblíqua.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 19

Rotação de planos

Para rodar planos utilizam-se também eixos verticais e de topo. Nos exemplos que se vão mostrar
parte-se sempre do plano oblíquo. Os desta página resolvem-se com recurso a uma só rotação.
O eixo, ao cruzar-se com o plano, intersecta-o num ponto que é fixo durante a rotação. O traço que

se pretende rodar roda com ajuda de um segmento de recta que lhe é perpendicular.

n2 I2 F2
Rodar o plano oblíquo para de topo
O eixo vertical cruza o plano no ponto I. A
f πr   f π  recta horizontal serve para determinar esse
e2
ponto. O segmento de recta perpendicular a
hπ  é rodado até à posição em que h πr  fica
  fica
perpendicular ao eixo x. Uma vez que o
x  F1 plano de topo é projectante, o traço f πr  pas-
  pas-
sa por I2, ponto que se mantém fixo na rota-
(e1)≡I1 ção.
h π 
hπr  
n1
f π 

f πR 
Rodar o plano oblíquo para vertical (e2)≡I2
 Aqui procede-se de modo idêntico ao ante- f 2
rior, mas utilizando um eixo de topo que faz
rodar o plano até à posição desejada. O H2
traço frontal do plano é rodado até ficar per- x 
pendicular ao eixo x. Utiliza-se uma recta
frontal para determinar o ponto I. Em qual- I1
quer casos, é indiferente essa recta ser hori- H1
zontal ou frontal.
f 1

hπ  hπR 
e1
F’2 f πr  

r 2
n2 I2 F2 Rodar o plano oblíquo para de rampa
Para que o plano fique de rampa é indiferen-
e2 f π  te utilizar um eixo vertical ou de topo. Neste
caso utilizou-se um eixo vertical. A rotação
F’1 F1 do traço horizontal do plano terminou quan-
x  H2 do este ficou paralelo ao eixo x. Automatica-
r 1 mente, o outro traço ficou também paralelo
(e1)≡I1 ao eixo x. Após a obtenção do traço hπr  foi
n1 necessário traçar uma recta oblíqua
(concorrente com o ponto fixo I, que é fixo),
H1 por cujo traço frontal passa o traço f πr .
hπr  
h π 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 20

Para alterar o plano oblíquo para horizontal, frontal ou de perfil são necessárias duas rotações. São
esses os casos que se mostram aqui. De reparar que os dois primeiros exercícios são idênticos, na
primeira rotação, aos primeiros da página anterior.

f πr  
(f πr’)

F2 n2 Rodar o plano oblíquo


I2 para horizontal
(e’2) 
Depois de alterar o plano oblíquo
e2 f π  para de topo (ver pág. anterior) apli-
cou-se um eixo de topo. Em torno
F1 desse eixo roda-se o plano até à
posição horizontal. Como o eixo e o
x  n1 plano de topo são paralelos não exis-
te ponto de intersecção. Na posição
(e1)≡I1 final o traço horizontal desaparece.
hπr   h π 
e’1

f πR 

e’2
Rodar o plano oblíquo (e2)≡I2 f π 
para frontal f 2
Primeiro altera-se o plano para a
posição intermédia vertical (ver pági- H2
na anterior). Após isso roda-se para x 
a posição frontal utilizando um eixo hπ 
vertical. Na posição final o traço fron- I1
tal desaparece. H1 f 1
(e’1) 
hπR 
e1

(hπR’) 
(hπ
f πR 

e’2
(e2)≡I2 f π 
Rodar o plano oblíquo
f 2 para de perfil
 A posição intermédia entre o plano
H2 oblíquo e o de perfil tanto pode ser a
x  de topo como a vertical. Aqui coloca-
h π  se na posição vertical. Comparando
I1 com o caso anterior, bastou rodar o
H1 f 1 plano vertical mais 90º em torno de
(e’1)  um eixo vertical. Naturalmente, os
traços do plano ficam coincidentes.
hπR 
e1
hπR’≡f πR’ 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 21

Rotação de planos definidos por rectas

Mostra-se aqui como se rodam planos definidos por rectas. Os casos desta página resolvem-se ape-
nas com a aplicação de uma rotação.

 Ar2 

Ir2  (e2)  f 2  B2 
 
ar2         = Rodar um plano oblíquo
f r2
r2  para vertical
b2 
 
        -
Para colocar o plano oblíquo definido

 A2  pelas rectas a e b para a posição verti-
cal, roda-se uma recta frontal sua para
br2  I2  a2  a posição vertical. Para poupar traçado
Br2  utiliza-se um eixo alinhado com I2  na
perpendicular a f 2. Na rotação, o triân-
gulo formado pelos pontos A, B e C
x  mantém as proporções na projecção
 Ar1≡Br1 ≡(f rr11)  f 1  frontal.
 A1  B1  Para colocar o plano na posição de topo
utiliza-se
horizontal,um
queeixo verticaldeetopo.
se coloca uma recta
e1  b1 
Ir1 
ar1≡br1  I1 
a1 

ar2 
Ir2 

br2 
Br2       Ar2  f rr22 
      =   -

(e2) 
  f 2  B2 
       =
Rodar um plano oblíquo
para de rampa b2 
 
        -

Para colocar o plano oblíquo definido


pelas rectas a e b na posição de rampa,  A2 
roda-se uma recta frontal sua para a
posição fronto-horizontal. Compare-se I2  a2 
este caso com o anterior e veja-se que
aqui a recta f roda mais 90º.
Este caso também se resolve fazendo
rodar uma recta horizontal com um eixo x 
 Ar1  f 1≡f rr11 
vertical.
Br1   A1  B1 
br1  e1  b1 

Ir1  I1 
ar1  a1 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 22

 Aqui observam-se dois casos que se resolvem com a aplicação de duas rotações.

 Ar’2
r’2    Ar2 
ar’2
r’2  

(e2)  f 2 
Ir’2
r’2  
Ir2  B2 
 
       =
f r2
r2 
br’2
r’2   ar2   
        -
b2 

 A2 
e’2 
br2  I2  a2 
Br’2
r’2   Br2 


 Ar1 ≡Br1≡(f rr11 )  f 1 
 Ar’1≡Br´1  Ir’1
r’1  
       ≡
 

 A1  B1 
ar’1≡br’1
r’1  
≡   
  e1  b1 
(e’1) 

Ir1  I1 
a1 
ar1≡br1 
Rodar um plano oblíquo para frontal
Para colocar o plano oblíquo definido pelas rectas a e b na posição frontal, coloca-se primeiro vertical, só
depois na posição pretendida. Esta situação surge na continuação
c ontinuação do primeiro exercício da página anterior.
Para colocar o plano na posição horizontal, coloca-se
coloc a-se primeiro de topo.

 Ar’2
r’2    Ar2 

Ir’2 (e2)  f 2 
r’2  
Ir2  B2 
 
       =
ar2  f r2
r2 
b2 
 
        -


ar’1≡br’1≡ar’2≡br’2   A2 
e’2  br2  I2  a2 
Br’2
r’2   Br2 


 Ar1≡Br1 ≡(f rr11)  f 1 
 A1  B1 
≡   
(e’1)    e1  b1 
Ir’1
r’1  

Ir1  I1 
≡  a1 
ar1≡br1 
 Ar’1≡Br´1 

Rodar um plano oblíquo de perfil


Para colocar o plano na posição de perfil, coloca-se primeiro vertical, só depois na posição pretendida. A
segunda rotação corresponde a menos 90º que a do exercício anterior. As rectas a e b ficam ambas de perfil.
Esta situação também se resolve colocando o plano na posição intermédia de topo.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 23

Mudanças de planos aplicadas a rectas e segmentos de recta

No método das mudanças de planos, as figuras geométricas mantêm-se inalteráveis no espaço,


sendo os planos de projecção que se movem.
Se se mover o plano frontal de projecção surgirá uma nova projecção frontal; movendo o plano hori-
zontal de projecção surgirá uma nova projecção horizontal. Aqui mostra-se como alterar a posição
da recta e do segmento de recta oblíquos para outras posições, o que se faz utilizando dois pontos.

 A4   A4 

 
r 4 - 
 

B4  B4 
r 2
 A2 =   
 
 A2 =   
 

    ’
     x     ’
     x
B2  B2 


r 1 -  - 
=  = 
 A1  A1
x’ // r 2  x’ // [A2B2] 
B1 B1

Alterar a recta e o segmento de recta oblíquos para horizontais


 Ao colocar o eixo x’ paralelo à projecção horizontal, garante -se que toda a recta e todo o segmento de recta
ficam com a mesma cota. Os afastamentos dos pontos A e B serão deslocados para o novo eixo, através de
linhas de chamadas a ele perpendiculares. Resultam novas projecções horizontais para os pontos e para a
recta e segmento de recta. De notar que x’ está escrito ao contrário, para se marcarem os afastamentos para lá
do novo eixo. A distância entre x’ e r 2 ou [A2B2] é indiferente, salvo se um exercício exigir uma cota precisa. 
precisa. 
 A mesma posição do eixo mas com x’ escrito na posição inversa àquela em que se encontra, levaria à marca-
ção das novas projecções para o lado
l ado de cá. Os pontos têm afastamentos positivos, que se
s e devem manter.

C2 C2
    = D2     = D2
  - s2   -

x      ’
     x     ’
     x
C1  C1 

   
       =
D1        =
D1
s1
C4  C4 
s4
   
  -   -

x’ // [C1D1] 
D4  x’ // s1  D4 

Alterar a recta e o segmento de recta oblíquos para frontais


 Aqui procede- se de modo idêntico ao anterior, mas colocando o eixo x’ paralelo à projecção horizontal da figu-
ra.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 24

Nesta página temos ainda uma situação que se resolve apenas com uma mudança de plano e outra
onde são necessárias duas.
Se se pretender uma recta ou um segmento de recta com uma determinada cota ou afastamento,
coloca-se o eixo x de modo a garantir o valor pretendido.

  x   x
’     ’    

F4  F4 
     =
  E4       =
  E4 
   
_   _  
E2 E2
F2 F2
a2≡a4 

x       _      _

E1      = E1      =

s1

F1 F1
x’ a2  x’ [E2F2] 

Alterar a recta e o segmento de recta oblíquos para de perfil


 Aqui colocou-se o novo eixo na perpendicular à projecção
projecç ão frontal da figura, mas pode-se também colocar na
perpendicular à horizontal. Deslocando as projecções horizontais dos pontos E e F obtém-se uma nova projec-
ção horizontal das figuras.

G2
b2
    = H2
  -
Alterar a recta oblíqua
x  para fronto-horizontal
G1  Esta alteração obriga à utilização de duas
mudanças de plano. Aqui a posição inter-
 

      ≡
b1 média é frontal, mas poderia ser horizontal.
 
 As cotas
c otas dos pontos G 4  e H4  são iguais às
       =
H1 de G2 e H2; os afastamentos de G5 e H5 são
 

      ≡
iguais aos de G1 e H1. O eixo x’ é paralelo à
projecção frontal da recta; o eixo x” é para-
G4   lelo à nova projecção horizontal.
O processo seria idêntico caso se tratasse
 

b4
  -

x  ”        ’
     x de um segmento de recta.
H4 
 
      ≡

G5   
      ≡

b5 x’ // [G1H1]
H5  x” // [G4H4] 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 25

Nesta página são mostradas mais duas situações que implicam duas mudanças de planos. Nestes
casos, a primeira consiste em resolver a relação de paralelismo, só depois a de perpendicularidade.
Se se pretender uma recta ou segmento com uma determinada cota ou afastamento, coloca-se o
eixo x de modo a garantir o valor pretendido.

J2
r 2
    = K2
  -
Alterar a recta oblíqua para vertical
Esta alteração obriga à utilização de duas x 
mudanças de plano, em que a posição J1 
intermédia tem de ser frontal. As cotas dos  

pontos J4  e K 4  são iguais às de J 2 e K2; os       ≡

afastamentos de J5  e K5  são iguais aos r 1


novos afastamentos de J 1 e K1. O eixo x’ é  
paralelo à projecção frontal da recta; o eixo        =
K1
x” é paralelo à nova projecção horizontal.   

      ≡
O processo seria idêntico caso se tratasse
de um segmento de recta. J4   
    ’
r 4      x
  -

K4 
  J5≡K5≡(r 5)
    ≡

x’ // r 1 
x” r 4 
     ” 
    x

L5≡M5 
 
    ≡
L4 

 
Alterar o segmento de recta oblíquo
     ”  M4  para de topo
    x ≡   
 
 Aqui a posição intermédia tem de ser hori-
L2 =    zontal, pelo que o eixo x’ é paralelo a
  [L2M2]. O eixo x” é perpendicular a [L 4M4].
Os afastamentos de L4 e M4  são iguais aos
≡        ’ de L1  e M1; as cotas de L 5  e M5  são iguais
às novas cotas de L2 e M2.
 
     x
M2  O processo seria idêntico caso se tratasse
de uma recta.
x  - 

L1

M1 x’ // [L2M2]
x” [L4M4] 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 26

Mudanças de planos aplicadas a planos

 Aqui mostram-se os casos em que as posições dos planos


p lanos são alteradas apenas com uma mudança
de plano. Utiliza-se um ponto auxiliar que, como se verá, é o ponto que pertence ao traço cuja posi-
ção se vai alterar. Esse ponto tem uma das projecções no cruzamento dos dois eixos.

f π  f’π 
f’π
Alterar o plano oblíquo para de topo
P2
Colocando o eixo x’ na perpendicular ao
traço horizontal, basta mudar o ponto P, P,
x    P4 que pertence a esse traço e tem a sua pro-
 
’      jecção horizontal no ponto onde se cruzam
os eixos. A deslocação da projecção P2 para
P4  faz-se com o compasso, como forma de
P1 garantir que a medida se mantém.
x  De notar que cada linha de chamada do
ponto P é perpendicular a um dos eixos.
x’ h π 

h π  x   
 
’    
f α 

x’ f α 

Alterar o plano oblíquo para vertical P2


 Aqui coloca- se o eixo x’ na perpendicular ao x 
traço frontal e utiliza-se o ponto P situado
nesse traço, e cuja projecção frontal está no
cruzamento dos eixos. P4

h’α 
h’α P1
hα 
f π 

P2
P4
Alterar o plano oblíquo para de rampa
f’
f’ππ   Aqui colocou-se o eixo x’ paralelo ao traço
horizontal do plano. Como nos casos anterio-
res, o ponto P é deslocado de modo a que a
sua linha de chamada fique perpendicular ao
x  P1 novo eixo. Sendo o eixo x’ paralelo a h π, fica-
rá f π também paralelo. 
paralelo. 
Com o eixo x’ paralelo ao traço frontal daria
h π  resultado idêntico.

x’ // hπ
h π 
   ’ 
   x
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 27

 Aqui são utilizadas duas mudanças de planos para alterar o plano oblíquo para outra posição. Os
dois primeiros exercícios são continuação dos da página anterior.

f π  (f’π) 
(f’π)

P2 Alterar o plano oblíquo para horizontal


x   
 
’     Com o eixo x’ perpendicular a hπ, colocou-se
o plano na posição de topo. Com o eixo x”
paralelo ao novo traço frontal, o plano fica
P4 horizontal. Com o segundo eixo, o traço hori-
zontal do plano deixa de existir, pelo que o
frontal se indica entre parêntesis.
 A distância do eixo x” ao traço do plano cor-
x  P1 responde à sua cota.

x’ hπ 
x” // (f’π)
(f’π) 
     ” 
h π      x x   
 
’    
f α 

Alterar o plano oblíquo para frontal


P2
Com o eixo x’ perpendicular a f α, o plano
ficou vertical. Com o eixo x” paralelo ao x 
novo traço horizontal, o plano fica frontal.
Com o segundo eixo, o traço frontal do pla- P4
no deixa de existir, pelo que o horizontal se
indica entre parêntesis.
 A distância do eixo x” ao ttraço
raço do plano cor-
responde ao seu afastamento. P1
(h’α) 
(h’α)
hα 
     ” 
    x

x’ f α 
x” // (h’α)
(h’α) 
x   
 
’     f α 

x’ f α  Alterar o plano oblíquo para de perfil


x” h’α 
h’α
Compare-se esta situação com a anterior.
 Aqui, após colocar o plano na posição verti-
P2 cal, traçou-se o eixo x” na perpendicular ao
novo traço. Desse modo, o plano fica de
x  perfil, bastando indicar a coincidência entre
os seus traços.
Daria resultado idêntico caso a posição inter-
x  ”   
P4 média fosse de topo.

P1

h’α≡
h’α≡f’
f’αα  hα 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 28

Mudanças de planos aplicadas a planos definidos por rectas

Mostra-se aqui como se alteram as posições de planos definidos por rectas utilizando mudanças de
planos. Os casos desta página resolvem-se apenas com a aplicação de uma mudança de plano.

B2 

f 2 
 
x     Mudar o plano oblíquo
’      b2  para vertical
 A2 
Para colocar o plano oblíquo defini-
do pelas rectas a e b na posição
I2  a2  vertical, utiliza-se uma recta frontal
 A4≡B4≡(f 4)    -     
do plano e coloca-se o eixo x’ per-
pendicular à sua projecção frontal.
Mudando os pontos A e B essa rec-
x  -  ta fica vertical; mudando também o
=    
  f 1  -  ponto I as rectas a e b ficam com as
I4  novas projecções horizontais coinci-
 A1  B1 
=  dentes.
a4≡b4  Para colocar o plano na posição de
b1  topo será utilizada uma recta hori-
zontal, que se coloca de topo.
I1 
a1 
x’ f 2 

x’ // f 2 

    x
’ 
I4  b4  B4 
   -

a4  f 4 
  =  

 A4 
Mudar o plano
para oblíquo
de rampa
   -
f 2  B2 
Para colocar o plano oblíquo definido b2 
pelas rectas a e b na posição de rampa,
coloca-se x’ paralelo à projecção frontal
de uma recta frontal do plano. Na nova  A2 
posição, essa recta torna-se fronto- I2 
horizontal, o que garante que o plano a2 
fica de rampa.
Este caso também se resolve utilizando
uma recta horizontal e colocando o eixo x 
x’ paralelo à sua projecção horizontal.  -  - 
f 1 
 A1  B1 

b1 

I1 
a1 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 29

 Aqui observam-se dois casos que se resolvem com a aplicação de duas mudanças de planos.

B5 
B2 
 /      
 /      
 
f 2 
 
x    
’     

 A5  //  
b5 
    ×
   A2  b2 
a5 
  ×  
I5 
I2  a2 
 
-     

   A4≡B4≡(f 4)   
≡    
    ≡

x  =     -  - 
  f 1 
I4   A1  B1 

a4≡b4  b1 
x’ f 2       ” 
    x
x” // a4≡b4 
I1 
a1 

Mudar o plano oblíquo para frontal


Para colocar o plano definido pelas rectas a e b na posição frontal, coloca-se primeiro vertical. Para obter a
posição pretendida coloca-se o eixo x” paralelo às novas projecções horizontais das rectas e determinam-se as
suas novas projecções frontais. Esta situação surge na continuação do primeiro exercício da página anterior.
Para colocar o plano na posição horizontal, coloca-se
coloc a-se primeiro de topo com recurso a uma recta horizontal.

B2 

f 2 
 
x    
’      b2 
x’ f 2   A2 
x” a4≡b4 
 
≡    

  ×   I2  a2 


 A4≡B4≡(f 4)   
-     

  C2 
≡    

x  =     -  - 
  f 1 
I4   A1  B1 
C4  = 
b1 

    ”
≡   
     x I1 
a1 
 A5≡C5  a4≡b4≡a5≡b5 

 
    ×
I5 
Mudar o plano oblíquo para de perfil
Para
o eixocolocar o plano naàsposição
x” perpendicular novas de perfil, coloca-se
projecções frontais.primeiro vertical.
Assim, as rectasPara
a e bobter
ficamaambas
posiçãodepretendida coloca-se
perfil. Como a nova
cota do ponto B não cabe no espaço disponível, mudou-se o ponto C, da mesma recta, com cota igual à do A.
Esta situação também se resolve colocando o plano na posição intermédia de topo.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 30

Métodos geométricos auxiliares  – Exercícios 

Rebatimento de planos projectantes Rebatimento de planos não projectantes


1. Representar o plano e o segmento de recta que 9. Representar o plano e as rectas que lhe perten-
lhe pertence: cem:
- α, vertical, que cruza o eixo x num ponto - ψ, que cruza o eixo x num ponto com 3cm
com 2cm de abcissa e faz
f az 55ºae; de abcissa, fazendo os seus traços
t raços frontal e
- segmento de recta cujos extremos são os horizontal 35ºad e 50ºad, respectivamente;
pontos A(1;2) e B(4;-1). - n, horizontal, com 3cm de cota;
c ota;
Determinar o rebatimento do plano e do segmento: - f, frontal, com 2cm de afastamento.
a) sobre o PFP; Determinar o rebatimento do plano e das rectas:
b) sobre o PHP. a) sobre o PHP;
b) sobre o PFP.
2. Representar o plano e a recta que lhe pertence:
- α, do exercício anterior; 
anterior;  10. Representar o plano e as rectas que lhe perten-
- p, recta passante cuja projecção frontal faz
f az cem:
60ºae.  
60ºae. - ψ, do exercício anterior; 
anterior; 
Determinar o rebatimento do plano e da recta. - p, de perfil, com abcissa nula;
- n, horizontal, com -2cm de cota;
3. Representar o plano e as rectas que lhe perten- Determinar o rebatimento do plano e das rectas.
cem:
- α, do exercício 1; 
1;  11. Representar o plano e o segmento de recta que
- n, recta horizontal com 3cm de cota; lhe pertence:
- v, recta vertical com 3cm de afastamento. - ψ, do exercício 9; 
9; 
Determinar o rebatimento do plano e das rectas. - segmento de recta cujos extremos são os
pontos G(1;2) e H(3;5);
4. Representar o plano e o segmento de recta que Determinar o rebatimento do plano e do segmento.
lhe pertence:
- θ, de topo, que cruza o eixo x num ponto 12. Representar o plano e as rectas que lhe perten-
com -3cm
-3cm de abcissa e faz 40ºad; 
40ºad;  cem:
- segmento de recta cujos extremos são os - ω, que cruza o eixo x num ponto com 1cm
pontos C(-1;-3) e D(4;2). de abcissa, cujos traços frontal e horizontal
Determinar o rebatimento do plano e do segmento: fazem 65ºad e 30ºae, respectivamente;
a) sobre o PHP; - p, de perfil, com 3,5cm de abcissa
b) sobre o PFP. - n, horizontal, com 4cm de cota
c ota
Determinar o rebatimento do plano e das rectas.
5. Representar o plano e a recta que lhe pertence:
- θ, do exercício anterior; 13. Representar o plano e os pontos que lhe perten-
- r, paralela ao β2/4, cujo traço horizontal tem 
tem  cem:
4cm de afastamento. - δ, cujos traços frontal e horizontal têm 3cm 
3cm  
Determinar o rebatimento do plano e da recta. de cota e 4cm de afastamento, respectiva-
mente;
6. Representar o plano e as rectas que lhe perten- - J, com abcissa nula e 3cm de afastamento;
cem: - K, com -4cm de abcissa e 1cm de afasta-
- θ, do exercício 5; mento.
- t, de topo, com -2cm de cota; Determinar o rebatimento do plano e dos pontos.
- s, do β2/4.
Determinar o rebatimento do plano e das rectas. 14. Representar o plano e as rectas que lhe perten-
cem:
7. Representar o plano e o segmento de recta que - δ, do exercício anterior; 
anterior; 
lhe pertence: - p, de perfil, com 2cm de abcissa;
- ρ, de perfil, com 1cm de abcissa; - h, fronto-horizontal, com 2cm de cota.
- segmento de recta cujos extremos são os Determinar o rebatimento do plano e das rectas.
pontos E(-1,5;-1,5) e F(2;-4).
Determinar o rebatimento do plano e do segmento. 15. Representar o plano e as rectas que lhe perten-
cem:
8. Representar o plano e as rectas que lhe perten- - σ, cujos traços frontal e horizontal têm -5cm
cem: de cota e 3cm de afastamento;
- ρ, do exercício anterior; 
anterior;  - a, fronto-horizontal, com 1,5cm de cota
- p, de perfil, cujos traços
t raços são H(-5;0) e - r, oblíqua, cujos traços frontal e horizontal
F(0;2); têm 6cm de abcissa e -1cm de abcissa, res-
- v, vertical, com 3cm de afastamento; pectivamente.
Determinar o rebatimento do plano e das rectas. rectas.  
Determinar o rebatimento do plano e das rectas. 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 31

 
Rebatimento de planos definidos por rectas 25. Representar o plano β, definido pelas rectas:
e por pontos - a, fronto-horizontal, que contém P(-4;2;3);
- r, oblíqua, que contém S(-1;4;1), fazendo
16. Representar o plano π, definido pelas rectas a sua pojecção frontal 35ºad.
que se cruzam no ponto I(2;3;6): Determinar o rebatimento do plano.
- r, paralela ao β1/3, cuja projecção frontal 
frontal 
faz 50ºad; 26. Representar o plano α, definido pelas rectas que
- s, cujas projecções frontal e horizontal se cruzam no ponto I(2;-2;5):
fazem 30ºae e 60ºae, respectivamente. - h, fronto-horizontal;
Determinar o rebatimento do plano sobre: - s, paralela
horizontal ao β2/4, fazendo a sua projecção
50ºad. projecção  
a) um plano horizontal;
b) um plano frontal. Determinar o rebatimento do plano.

17. Representar o plano α, definido por: 27. Representar o plano θ, definido pelas rectas que
- P(-2;6;1); se cruzam no ponto I(1;2;5):
- a, paralela ao β2/4, que possui o ponto - a, paralela ao β2/4, cuja projecção frontal 
frontal 
 A(2;4;2), fazendo a sua projecção horizontal faz 50ºad;
45ºae.  
45ºae. - b, cujas projecções frontal e horizontal são
s ão
Determinar o rebatimento do plano sobre: perpendicular e coincidente com as homó-
a) um plano horizontal; nimas da recta a.
b) um plano frontal. Determinar o rebatimento do plano sobre:
a) um plano horizontal;
18. Representar o plano θ, definido pelos pontos: b) um plano frontal.
- A(4;1;4), B(-1;5;1) e C(-5;3;1).
Determinar o rebatimento do plano: 28. Representar o plano ω, definido pelas rectas
que se cruzam no ponto I(4;5;-1):
19. Representar o plano ω, definido pelas rectas - k, paralela ao β2/4, cuja projecção frontal
passantes que se cruzam no ponto I(-4;6;5): faz
- m,60ºad;
cuja projecção frontal coincide com a
- a, cuja projecção frontal faz 30ºad;
- b, cuja projecção horizontal faz 65ºad. projecção homónima da outra recta, fazen-
Determinar o rebatimento do plano: do a horizontal 40ºae.
Determinar o rebatimento do plano.
20. Representar o plano ρ, definido por duas rectas
que se cruzam no ponto I(1;-4;4): 29. Representar o plano ρ, definido pelas rectas que
- c, cujas projecções frontal e horizontal se cruzam no ponto I(2;4;3):
fazem 45ºae e 70ºae, respectivamente; - t, de topo;
- d, cujas projecções frontal e horizontal - r, oblíqua, passante num ponto com 5cm de
fazem 50ºad e 55ºae, respectivamente. abcissa.
Detrminar o rebatimento do plano. Determinar o rebatimento do plano.

21. Representar o plano ψ, definido pelas rectas 30. Representar o plano ψ,  definido pelas rectas
que se cruzam no ponto I(1;5;-5): que se cruzam no ponto I(2;-3;3):
- r, passante num ponto com -3cm de - v, vertical;
abcissa; - s, oblíqua do β2/4, passante num ponto com
-s, passante num ponto com 6cm de abcissa.
abciss a. -3cm de abcissa.
Determinar o rebatimento do plano. Determinar o rebatimento do plano.
22. Representar o plano δ definido pelas rectas: 31. Representar o plano δ, definido pelas rectas:
- n, horizontal, com 2cm de cota,
c ota, fazendo - p, que contém A(2;1;5) e B(2;6;2);
40ºae;  
40ºae; - r, que contém A e C(-1;3;3).
- r, oblíqua passante, fazendo a sua projeção Determinar o rebatimento do plano.
frontal 60ºad, sendo concorrente com a
anterior no seu ponto do β1/3. 32. Representar o plano σ, definido pelas rectas:
Determinar o rebatimento do plano. - a, que contém H(4;4;0) e J(-2;1;5);
- b, que contém K(-5;2;5) e é paralela a a.
23. Representar o plano σ definido pelas rectas que Determinar o rebatimento do plano.
se cruzam no ponto I(0;0;5):
- f, frontal, fazendo 35ºad; 33. Representar o plano π, definido pelas rectas:
- s, paralela ao β2/4, fazendo a sua projecção
projecção   - n, que contém A(0;1;3) e B(4;4;4);
frontal 50ºae. - m, paralela a n contendo C(-3;3;2).
Determinar o rebatimento do plano. Determinar o rebatimento do plano.

24. Representar o plano π, definido pelas rectas 34. Representar o plano α, definido pelas rectas:

que se cruzam no ponto I(2;2;2): -- h,


u, fronto-horizontal que contém
paralela a h contendo
c ontendo P(4;0;5);
R(1;3;3).
- n, horizontal, fazendo 35ºae;
- f, frontal, fazendo 45ºad. Determinar o rebatimento do plano.
Determinar o rebatimento do plano.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 32

Rotações de segmentos de recta e rectas Rotações de planos


35. Representar o segmento de recta [AB] e rodá -lo 53. Representar o plano α, cujos traços frontal e
para horizontal. horizontal fazem 60ºad e 30ºae, respectivamente.
- A(0;4;3); B(-4;0;5) Rodar esse plano para a posição de topo.

36. Representar o segmento de recta [AB] do exer- 54. Representar o plano α  do exercício anterior e
cício anterior e rodá-lo para horizontal com 2cm de rodá-lo para a posição vertical.
cota.
55. Representar o plano α  do exercício 53 e rodá-lo
rodá -lo
37. Representar o segmento de recta [AB] do exer- para a posição de rampa.
cício 35 e rodá-lo para frontal.
56. Representar o plano π, cujos traços frontal e
38. Representar o segmento de recta [AB] do exer- horizontal fazem 40ºae e 55ºae, respectivamente.
cício 35 e rodá-lo para frontal com 3cm de afasta- Rodar esse plano para a posição horizontal.
mento.
57. Representar o plano π  do exercício anterior e
39. Representar o segmento de recta [CD] e rodá -lo rodá-lo para a posição frontal.
para de perfil.
- C(-1;4;5); D(-5;1;3) 58. Representar o plano π do exercício 56 e rodá-lo
rodá-lo
para a posição de perfil.
40. Representar o segmento de recta [CD] do exer-
cício anterior e rodá-lo para fronto-horizontal. 59. Representar o plano θ, perpendicular ao β2/4,
cujo traço frontal faz 50ºae. Rodar esse plano para
41. Representar o segmento de recta [CD] do exer- a posição de rampa.
cício 39 e rodá-lo para fronto-horizontal com 2cm de
afastamento e 1,5cm de cota. 60. Representar o plano θ  do exercício anterior e
rodá-lo para a posição de perfil.
42. Representar o segmento de recta [CD] do exer-
cício 39 e rodá-lo para de topo. Rotações de planos definidos por rectas e
por pontos
43. Representar o segmento de recta [CD] do exer-
cício 39 e rodá-lo para vertical com 3cm de afasta- 61. Representar o plano ρ, definido pelas rectas que
mento. se cruzam no ponto I(2;2;1):
- r, paralela ao β1/3, fazendo a sua projecção 
projecção  
44. Representar a recta r que contém o ponto frontal 55ºae;
E(4;4;3) e é paralela ao β2/4, fazendo a sua projec- - s, cujas projecções frontal e horizontal
ção frontal 35ºad. Rodá-la para frontal com 2cm de fazem 45ºad e 25ºad, respectivamente.
afastamento. Rodar esse plano para a posição de topo.
45. Representar a recta r do exercício anterior e 62. Representar o plano ρ  do exercício anterior e
rodá-la para horizontal utilizando um eixo enviesa- rodá-lo para a posição vertical.
do.
63. Representar o plano ρ  do exercício 61 e rodá-lo
rodá-lo
46. Representar a recta r do exercício 44 e rodá -la para a posição de rampa.
para de perfil.
64. Representar o plano ω, definido pelos pontos
47. Representar a recta r do exercício 44 e rodá -la P(4;3;4), Q(2;6;6) e R(2;0;3). Rodar esse plano para
para fronto-horizontal do β1/3, com 4cm de cota. a posição horizontal.
48. Representar a recta s, passante no ponto de 65. Representar o plano ω  do exercício anterior e
abcissa nula, fazendo as suas projecções frontal e rodá-lo para a posição frontal com afastamento
horizontal 30ºae e 45ºae, respectivamente. Rodá-la negativo.
para vertical com 3cm de afastamento.
66. Representar o plano ω do exercício 64 e rodá-lo
rodá-lo
49. Representar a recta s do exercício anterior e para a posição de perfil.
rodá-la para de topo com -2cm de cota.
c ota.
67. Representar o plano ψ, definido pela recta dψ,
50. Representar a recta s do exercício 48 e rodá-la
rodá -la que contém o ponto D(2;3;4) cujas projecções fron-
de modo a que coincida com o eixo x. tal e horizontal fazem 60ºad e 45ºae, respectiva-
mente. Rodar esse plano para a posição horizontal.
51. Representar a recta s do exercício 48 e rodá-la
rodá -la
90º com um eixo enviesado. 
enviesado.  68. Representar o plano ψ  do exercício anterior e
rodá-lo para a posição de perfil.
52. Representar a recta s do exercício 48 e rodá-la
rodá -la
para de perfil perpendicular ao β1/3.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 33

Mudanças de planos aplicadas a segmen- Mudanças de planos aplicadas a planos


tos de recta e rectas
83. Representar o plano α, cujos traços frontal e
69. Representar o segmento de recta [AB] e mudá - horizontal fazem 60ºad e 30ºae, respectivamente.
lo para horizontal com 2cm de cota.
c ota. Mudar esse plano para a posição de topo.
t opo.
- A(0;4;3); B(-4;0;5)
84. Representar o plano α  do exercício anterior e
70. Representar o segmento de recta [AB] do exer- mudá-lo para a posição vertical.
cício 69 e mudá-lo para frontal com 3cm de afasta-
mento. 85. Representar o plano α  do exercício 83 e mudá-
mudá -
lo para a posição de rampa.
71. Representar o segmento de recta [CD] e mudá -
lo para de perfil. 86. Representar o plano π, cujos traços frontal e
- C(-1;4;5); D(-5;1;3) horizontal fazem 40ºae e 55ºae, respectivamente.
Mudar esse plano para a posição horizontal.
72. Representar o segmento de recta [CD] do exer-
cício anterior e mudá-lo para fronto-horizontal. 87. Representar o plano π  do exercício anterior e
mudá-lo para a posição frontal.
73. Representar o segmento de recta [CD] do exer-
cício 71 e mudá-lo para fronto-horizontal com 2cm 88. Representar o plano π  do exercício 86 e mudá-
mudá-
de afastamento e 1,5cm de cota. lo para a posição de perfil.

74. Representar o segmento de recta [CD] do exer- 89. Representar o plano θ, perpendicular ao β2/4,
cício 71 e mudá-lo para de topo.
t opo. cujo traço frontal faz 50ºae. Mudar esse plano para
a posição de rampa.
75. Representar o segmento de recta [CD] do exer-
cício 71 e mudá-lo para vertical com 3cm de afasta- 90. Representar o plano θ  do exercício anterior e
mento. mudá-lo para a posição de perfil.
76. Representar a recta r que contém o ponto Mudanças de planos aplicadas a planos
E(4;4;3) e é paralela ao β2/4, fazendo a sua projec- definidos por rectas
ção frontal 35ºad. Mudá-la para frontal com 2cm de
afastamento. 91. Representar o plano ρ, definido pelas rectas que
se cruzam no ponto I(2;2;1):
77. Representar a recta r do exercício 76 e mudá -la - r, paralela ao β1/3, fazendo a sua projecção 
projecção  
para de perfil. frontal 55ºae;
- s, cujas projecções frontal e horizontal
78. Representar a recta r do exercício 76 e mudá -la fazem 45ºad e 25ºad, respectivamente.
para fronto-horizontal do β1/3, com 2,5cm de cota. Mudar esse plano para a posição de topo.
t opo.
79. Representar a recta s, passante no ponto de 92. Representar o plano ρ  do exercício anterior e
abcissa nula, fazendo as suas projecções frontal e mudá-lo para a posição vertical.
horizontal 30ºae e 45ºae, respectivamente. Mudá-la
para vertical com 3cm de afastamento. 93. Representar o plano ρ  do exercício 91 e mudá-
mudá -
lo para a posição de rampa.
80. Representar a recta s do exercício anterior e
mudá-la para de topo com -2cm de cota.
cot a. 94. Representar o plano ω, definido pelos pontos
P(4;3;4), Q(2;6;6) e R(2;0;3). Mudar esse plano para
81. Representar a recta s do exercício 79 e mudá-la
mudá -la a posição horizontal.
de modo a que coincida com o eixo x.
95. Representar o plano ω  do exercício anterior e
82. Representar a recta s do exercício 79 e mudá-la
mudá -la mudá-lo para a posição frontal com afastamento
para de perfil perpendicular ao β1/3. negativo.

96. Representar o plano ω  do exercício 94 e mudá-


mudá-
lo para a posição de perfil.

97. Representar o plano ψ, definido pela recta dψ,


que contém o ponto D(2;3;4) cujas projecções fron-
tal e horizontal fazem 60ºad e 45ºae, respectiva-
mente. Mudar esse plano para a posição horizontal.

98. Representar o plano ψ  do exercício anterior e


mudá-lo para a posição de perfil.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Métodos geométricos auxiliares - 34

5
INTERSECÇÕES

O estudo das Intersecções é de grande importância para o aprofundamento


dos capítulos anteriores. Além disso, os assuntos aqui tratados surgem tam-
bém aplicados aos capítulos que se seguem a este.
Este capítulo engloba intersecções de planos com planos e de rectas com
planos.

Sumário:

2. Intersecção de planos projectantes do mesmo género 


género  
3. Intersecção de planos projectantes de género contrário  
4. Intersecção do plano oblíquo com planos projectantes 
projectantes  
5. Intersecção do plano oblíquo com o plano de rampa 
rampa  
6. Intersecção entre planos oblíquos 
oblíquos 
7. Intersecção do plano de rampa com planos projectantes 
projectantes  
8. Intersecção entre planos de rampa 
rampa 
9. Intersecção do plano passante com planos projectantes 
projectantes  
10. Intersecção do plano passante com planos não projectantes 
projectantes  
11. Intersecções que envolvem planos perpendiculares ao β2/4
12. Intersecção de planos cujos traços se cruzam apenas num ponto  
13. Intersecção de planos cujos traços se cruzam ambos fora do papel  

14 e 15. Intersecção entre três planos 


16. Intersecção entre rectas e planos projectantes 
projectantes 
17. Intersecção entre uma recta e um plano oblíquo  
18. Intersecção entre uma recta e um plano de rampa 
rampa  
19 e 20. Intersecção da recta de perfil com planos diversos 
21 e 22. Intersecção entre uma recta e um plano definido por rectas  
23. Intersecção da recta de perfil com planos definidos por rectas 
rectas  
24. Intersecção de planos projectantes com planos definidos por rectas  
25. Intersecção do plano oblíquo com planos definidos por rectas 
rectas  
26. Intersecção do plano de rampa com planos definidos por rectas  
27, 28 e 29. Intersecção entre planos definidos por rectas 
rectas  

30, 31, 32 e 33. Exercícios 


Exercícios 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 1

Intersecção de planos projectantes do mesmo género

Mostra-se aqui a intersecção entre planos projectantes horizontais e entre planos projectantes fron-
tais, de onde resulta uma recta projectante do mesmo género.

f θ  f β  i2  f π  f α  f ω≡


ω≡hω≡i2 
i2 

H2  H2  H2 


x
H1≡(i1) 
hα  H1≡(i1) 
hβ  H1≡(i1)  (h
(hδ
δ)

hθ  hπ 

Intersecção entre planos projectantes horizontais


Quando se intersectam dois planos projectantes horizontais resulta uma recta projectante horizontal, ou seja,
uma recta vertical.
Neste grupo integra-se também o plano de perfil e o plano frontal, que não surgem no traçado.

f ρ  f β≡
β≡hβ≡i1 

(f θ)

F2≡(i2)  f σ  f π  F2≡(i2) 


f ψ  F2≡(i2) 

x  F1  F1 

hρ  i1 
i1  hπ 
hσ 
hψ 

Intersecção entre planos projectantes frontais


Quando se intersectam dois planos projectantes frontais resulta uma recta projectante frontal, ou seja, uma
recta de topo.
Neste grupo integra-se ainda o plano de perfil e o plano horizontal, que não surgem no traçado.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 2

Intersecção de planos projectantes de género contrário

 Aqui mostra-se a intersecção entre planos projectantes de género oposto,


opo sto, ou seja, de um plano pro-
 jectante horizontal com outro projectante frontal.

f β 

(f θ)≡i2  F2  f σ≡i2 


σ≡

H2 
x F1 

(h δ)≡i1 
(hδ)≡
hβ≡i1 
H1 
hσ 

F2 

f ρ
ρ≡≡i2  (f α)≡i2 
f ω 

H2  F1 


hω≡i1 
(hπ)≡i1 
(hπ)≡
H1 

hρ 

Intersecção entre planos projectantes de género contrário


Quando se intersectam dois planos projectantes de género contrário acontece que as projecções da recta de
intersecção vão coincidir com os traços sobre os quais os planos são projectantes. Apresentam-se aqui os tra-
ços das rectas mas pode-se prescindir deles.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 3

Intersecção do plano oblíquo com planos projectantes

Veremos aqui as várias hipóteses de conjugar o plano oblíquo com os planos projectantes, e que
tipo de rectas daí resultam.

f π 
i 2 // f π 
δ)≡i2 
(f δ)≡ F2  F2 
f π  f π 
i2 
f α≡hα
≡hα≡i2≡i1 

H2  F1 
x F1≡H2 
(hβ)≡i1 
(hβ)≡ i1  hπ  h π 
H1  H1 

hπ  i1 // hπ
hπ 

Intersecção do plano oblíquo com os planos frontal, horizontal e de perfil


Da intersecção de um plano oblíquo com um plano frontal resulta uma recta frontal, com um plano horizontal
resulta uma
oblíquo com orecta horizontal,
plano ambas uma
de perfil resulta paralelas ao perfil.
recta de traço homónimo do plano oblíquo. Da intersecção do plano

f π  f θ // f π 


i2 // f π 
F2  Intersecção do plano oblíquo
f ρ≡
ρ≡i2  f θ
θ≡≡i2  f π  com o plano de topo
 A intersecção entre estes dois pla-
nos pode dar origem a duas situa-
x H2  F1  H2  ções diferentes. Quando ambos os
traços se cruzam resulta uma recta
i1  i1  oblíqua; quando os traços frontais
hρ  são paralelos resulta uma recta
hπ  H1  frontal.
h π 
hθ 
H1 

f π 
F2  f σ 
Intersecção do plano oblíquo
i2  com o plano vertical
f ω  f π 
F2   A intersecção entre estes dois pla-
i2  nos pode dar origem a duas situa-
ções diferentes. Quando ambos os
H2  F1  traços se cruzam resulta uma recta
x F1  oblíqua; quando os traços horizon-
tais são paralelos resulta uma rec-
hσ≡i1  hπ  ta horizontal.
H1  hω≡i1 
hπ  hσ // hπ
h π 
i1 // hπ
hπ 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 4

Intersecção do plano oblíquo com o plano de rampa

Mostra-se aqui a intersecção entre um plano oblíquo e um plano de rampa, o que pode dar origem a
dois tipos de rectas.

f β  F2 
f ω 

f π 

i2  i1 
hω 
H2  H2  F1 
x F1 
i1  f α 
hπ 
F2 
i2 
H1  hβ 

H1  hα 

Intersecção do plano oblíquo com o plano de rampa, resultando uma recta oblíqua
Quando os traços da recta de intersecção têm diferentes abcissas, essa recta será oblíqua. Mostram-se dois
exemplos dessa situação.

f π  f ρ  F2 

F2  f δ 
hρ 
H1 

H2≡F1 
x H2≡F1 
i1≡i2 
hπ  hθ  f θ 

hδ  i1≡i2 
H1 

Intersecção do plano oblíquo com o plano de rampa, resultando uma recta de perfil
Quando os traços da recta de intersecção têm abcissas iguais, essa recta será de perfil. Mostram-se dois
exemplos dessa situação.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 5

Intersecção entre planos oblíquos

 A intersecção
inte rsecção entre dois planos oblíquos apresenta quatro possibilidades,
po ssibilidades, cada uma corresponden-
correspond en-
do a um tipo de recta das que o plano pode conter.

F2 
f π 
f π  f β  F2 
i2  f δ 

H2  H2≡F1 
x F1 
i1  i1≡i2 
h π  hβ  hπ  hδ 
H1  H1 

Intersecção entre dois planos oblíquos, resultando rectas com dois traços  
Os traços dos planos oblíquos podem cruzar-se de modo a que os traços da recta de intersecção tenham abcis-
sas diferentes ou iguais, dando origem a uma recta oblíqua ou de perfil, respectivamente.

f π // i2 // f θ 


f π 
i2 
f π  F2  i 
2

f θ  f ω 
H2  F1 
x

h π  hθ  i1 
hπ  hω 
H1  i1 

hπ // i1 // hω 

Intersecção entre dois planos oblíquos, resultando rectas com um traço


Se os traços frontais dos planos forem paralelos entre si resulta uma recta frontal paralela aos traços homóni-
mos dos planos. Sendo paralelos os traços horizontais resulta uma recta horizontal paralela a esses traços.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 6

Intersecção do plano de rampa com planos projectantes

 Apresentam-se aqui intersecções entre um plano de rampa e cada um dos planos projectantes.

f α  F2  F2  f α  F2  f α 

f θ
θ≡≡i2  f β  i2  hρ≡f ρ
ρ≡≡i1≡i2 

F1  F1  H2 


x  H2  F1≡H2 
hβ≡i1 
hθ  i1 

hα  H1  H1  hα 


H1  hα 

Intersecção do plano de rampa com os planos de topo, vertical e de perfil


Para a determinação destas intersecções basta determinar os traços da recta de intersecção e uni-los. Devido
ao facto de um dos planos ser projectante, existe coincidência entre uma projecção da recta e um traço do pla-
no, os dois no caso do plano de perfil.

y≡z  y≡z 

l δ 
f α  f α 

i2  L2  L3≡(i3) )≡lσ≡i2 


(f σ)≡lσ L2  L3 

lα  lα 

x  x 
L1  L1 
(hδ)≡i1 
(hδ)≡ i1 

hα  hα 

Intersecção do plano de rampa com os planos frontal e horizontal


Da intersecção do plano de rampa com os planos frontal e horizontal resulta uma recta fronto-horizontal. Para a
determinar recorre-se aqui aos traços laterais dos planos, uma vez que o ponto onde se cruzam é o traço lateral
da recta.
Estes casos podem resolver-se recorrendo a um plano auxiliar, como se mostra na página seguinte.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 7

Intersecções entre planos de rampa


Da intersecção entre dois planos de rampa resulta uma recta fronto-horizontal. Como os traços do
plano de rampa são paralelos não se consegue determinar directamente a recta de intersecção.
 Apresentam-se aqui três maneiras de resolver a mesma situação.

y≡z 
f π 

l π 
f α 

i2  L2  L3 


lα 


i1  L1 

hπ 

hα 

Intersecção entre planos de rampa, recorrendo aos traços laterais


Os traços principais dos planos de rampa são paralelos, mas os seus traços laterais cruzam-se. O ponto desse
cruzamento é o ponto L, traço lateral da recta de intersecção.

f β  f δ≡h
≡hδδ≡p2≡p1≡p’2≡p’1≡h
≡hδδR 

f π  F2  F2  f π 

a2 
f α  F’2  F’2  f α 

i2  b2  I2  i2  I2 


pR 
H’2  H2  F1≡F’1≡H2≡H’2 
x  F1≡F’1  x≡f δR F’R  FR 
i1  i1  I1  IR 
I1 
h π  H1  H1≡HR  h π 
hβ≡a1≡b1  p’R 

hα  hα 
H’1  H’1≡H’R 

Intersecção entre planos de rampa, recorrendo a planos auxiliares


Utilizando um plano auxiliar (aqui um vertical e um de perfil) cujos traços intersectem os dos planos de rampa,
obtém-se também a recta de intersecção. Começa-se por determinar as rectas de intersecção desse plano com
os de rampa (rectas a e b na primeira situação, rectas p e p’ na segunda). Pelo ponto I, onde essas rectas se
cruzam, passa a recta de intersecção i. De notar que, na segunda situação, se rebateu o plano de perfil para se
determinar esse ponto.
Normalmente utilizam-se planos projectantes, mas também se poderia utilizar um plano oblíquo.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 8

Intersecção do plano passante com planos projectantes


O plano passante é um plano de rampa com características específicas. O facto de esse plano se
apresentar definido pelo eixo x e por um ponto ou uma recta faz com que trabalhar com ele obrigue
a alguns procedimentos peculiares.

i2  f β 
f α≡i2 
α≡ f θθ≡h
≡hθ≡i1≡i2 
I2 
a2  I2 
P2  P’2 
r 2 

F1≡F2≡H1≡H2  F1≡F2≡H1≡H2   A1≡A2  F1≡F2≡H1≡H2 


x≡hπ
x≡h π≡f π  x≡hπ
x≡h π≡f π  x≡hπ
x≡h π≡f π 

P’1  I1  r 1 


P1  a1 
hα  I1 
i1  hβ≡i1 

Intersecção do plano passante com os planos de topo, vertical e de perfil


Na primeira situação coloca-se o ponto P’, idêntico ao ponto P define o plano passante, no plano de topo; por
esse ponto passa a recta i. Na segunda situação é a recta fronto-horizontal a que ajuda a definir o plano pas-
sante; da sua intersecção com o plano vertical resulta o ponto I, contido na recta i. Na terceira situação a recta
oblíqua r, passante no ponto A, define o plano passante; ao cruzar-se com o plano de perfil temos o ponto I
que, juntamente com os traços H e F, coincidentes, define a recta de intersecção, que é de perfil. Como se
pode verificar, todas as rectas de intersecção destes casos são passantes.
Um plano passante pode também estar definido por uma recta de perfil passante, situação essa que não se
mostra aqui.

y≡z  y≡z 

lω  P2  P3 

P2  P3  lρ  ρ)≡lρ≡i2 


(f ρ)≡ L2  L3 
i2 
L2  l π 
L3 

x≡hρ
x≡hρ≡f ρ  x≡hπ
x≡hπ≡f π 

(hω)≡i1 
(hω)≡ L1  i1  L1 

P1  P1 
Intersecção do plano passante com os planos horizontal e frontal
 Aqui optou-se por mostrar o plano passante definido por um ponto, que é P, e recorreu-se
recorreu-s e ao cruzamento
c ruzamento dos
traços laterais, onde se encontra o ponto L, traço lateral da recta de intersecção. Da intersecção destes planos
resulta uma recta fronto-horizontal.
Sendo o plano passante definido por uma recta pode-se escolher um ponto seu para determinar o traço lateral.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 9

Intersecção do plano passante com planos não projectantes


 Apresentam-se aqui dois exercícios, cada um resolvido por dois processos diferentes; uma vez
recorrendo a um plano projectante, a outra utilizando os traços laterais dos planos.

y≡z 
l π 
δ)≡n2≡a2 
(f δ)≡ F2  I2  P2  P3 
P2 
i2 
f α  f α  L3 
L2 
i2 
lα 
H1≡H2≡F1≡F2  H1≡H2≡F1≡F2 
x≡hπ
x≡h π≡f π  F1  x≡hπ
x≡h π≡f π 
n1 
i1  L1 

P1  a1  I1  P1  i1 


hα 
hα 

Intersecção do plano passante com o plano oblíquo


 À esquerda utiliza-se um plano auxiliar horizontal que cruza os planos dados nas rectas a e n; onde essas rec-
tas se cruzam surge o ponto I, contido na recta i. No segundo caso recorre-se aos traços laterais dos planos,
que se cruzam no ponto L, traço lateral da recta i. Da intersecção entre estes planos resulta uma recta oblíqua
passante.

y≡z 
f δ≡a2≡b2 
f β  F2  f β 

P2  lβ  P  P 
3
l π  2

i2  L2  L3  I2  i2 

H2≡H’1≡H’2≡F’1≡F’2 
x≡hπ
x≡h π≡f π  x≡hπ
x≡h π≡f π  F1 
i1  L1  I1  i1 

hβ  H1  hβ 


a1 
P1  P1 
b1  hδ 

Intersecção do plano passante com o plano de rampa


Também aqui se mostra a mesma situação resolvida de duas maneiras. No primeiro caso recorreu-se ao cruza-
mento dos traços laterais, onde se
s e encontra o ponto L, traço lateral da recta de intersecção. No segundo utilizou
-se um plano auxiliar de topo. As rectas a e b, de intersecção desse plano com os planos dados, cruzam-se no
ponto I, contido na recta i. Da intersecção entre os planos de rampa e passante resulta uma recta fronto-
horizontal, bastando determinar um ponto.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 10

Intersecções que envolvem planos perpendiculares ao β2/4 

Os primeiros casos aqui apresentados envolvem dois planos perpendiculares ao β2/4; os restantes
envolvem um plano passante e um plano perpendicular ao β2/4.

i1≡i2 
β≡hβ≡i1≡i2 
f β≡
f ω≡
ω≡hω 
F2≡H1  F2≡H1 

F1≡H2 
x F1≡H2  F1≡H2 
f α≡hα 
α≡
f α≡hα 
α≡
f α≡
α≡hα  F2≡H1 
i1≡i2  f π≡
π≡hπ 

Intersecção entre planos perpendiculares ao β2/4 


 A intersecção de dois planos perpendiculares ao β2/4 determina-
 determina-se
se recorrendo aos traços da recta de intersec-
ção. Como se pode verificar, destas intersecções resulta uma recta perpendicular ao β2/4, ou seja, de perfil.

f δ
δ≡≡r 2≡s2 
i2  i2 
f β≡hβ 
β≡
I2 
δ)≡n2≡a2 
(f δ)≡ I2  P2 
P2  F’2 
f α≡
α≡hα  F’2 
H’1 

F1≡F2≡H1≡H2  F’1  F’1 


π≡f π 
x≡hπ
x≡h x≡hπ≡f π 
x≡hπ F1≡F2≡H1≡H2≡H’2 
a1 
P1  i1  P1 
I1 

n1  i1  r 1  1
s1  hδ 

Intersecção do plano passante


com planos perpendiculares ao β2/4 
P2  P’2 
Nestas três situações, o plano passante está defini-
do pelo ponto P e pelo eixo x.
f β≡hβ≡i1≡i2  No primeiro caso, com o plano oblíquo, recorreu-se
a um plano auxiliar horizontal, que cruza os outros
nas rectas a e n. No segundo caso, com o plano de
rampa, utilizou-se um plano auxiliar de topo, que
π≡f π 
x≡hπ
x≡h F1≡F2≡H1≡H2  cruza os outros nas rectas r e s. Onde essas rectas
se cruzam surge o ponto I, contido
c ontido na recta i.
No terceiro caso colocou-se o ponto P’, idêntico a
P  P’   P (que define o plano passante), no plano de perfil.
1 1
Esse ponto, juntamente com os traços H e F, defi-
nem a recta i.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 11

Intersecção de planos cujo traços se cruzam apenas num ponto


 À partida, estas situações
situa ções dão apenas um ponto
pon to da recta de intersecção. Para determinar
deter minar outro utili-
zam-se, preferencialmente, planos auxiliares horizontais ou frontais.

f β 
f π 
f 2 
F2  F’2  i2  f α 
δ)≡n2≡n’2 
(f δ)≡ I2 
f θ≡f’2≡i2  I2 

F”1≡F”2≡H1≡H2  F”1≡F”2≡H”1≡H”2≡H2 
F1  F’1  H’2 
x
n’1 
i1 
I1  H1  I1 
hβ  i1  (hρ)≡f 1≡f’1 
(hρ)≡ H’1 
n1  h  
hπ  hθ  α

Intersecção de dois planos cujos traços se cruzam no mesmo ponto do eixo x


 À esquerda estão dois planos oblíquos; utilizou-se aí um plano auxiliar horizontal, que cortou os planos dados
em duas rectas horizontais. À direita temos um plano oblíquo e um de topo; utilizou-se um plano auxiliar frontal
que cortou os planos dados em rectas
rect as frontais. Onde essas rectas se cruzam surgem o ponto I, contido
c ontido na recta
i, passante.

F2  f β 
f’2  i2  f ω 
f 2 
σ)≡n2≡n’2 
(f σ)≡
F2  I2  F’2 
f π  I2 
f α 
F1  H’2 
x H2  i2  F1  H2  F’1 

hω≡n’1≡i1 
ω≡n’
hπ  hα 
hβ 
I1 
I1 
n1 
(hρ)≡f 1≡f’1 
(hρ)≡ H1  H’1  H1 
i1 

Intersecção de dois planos com um dos traços a cruzarem-se fora dos limites do papel
Se se considerar que os traços frontais ou os horizontais não se cruzam nos limites do papel, só se tem acesso
a um dos traços da recta de intersecção. Nestes casos utiliza-se também um plano auxiliar frontal ou horizontal.
Esse plano vai cruzar os planos dados em duas rectas que se cruzam no ponto I, que pertence à recta i.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 12

Intersecção de planos cujos traços se cruzam ambos fora do papel


Considera-se nestas situações que o cruzamento dos traços se faz fora dos limites do papel, de
modo a que não haja acesso aos traços da recta de intersecção. Para determinar estas intersecções
utilizam-se aqui planos auxiliares horizontais e frontais.

i2 
I’2 
δ)≡a2≡b2 
(f δ)≡ F2  G2  a’2 
I’2 
I2 
σ)≡a’2≡b’2 
(f σ)≡a’ I2  G’2  f β  a2 
F’2  f θ
θ≡≡b2≡b’2≡i2 
f α  f π 

G1  H2  H’2 


x F’1  F1  G’1  J2≡J’2 
i1  b1 
a1 
hβ  hθ 
b’1 
hα  a’1  H1  I1 
I1  hπ  (hω)≡a1≡b1 
(hω)≡ J1 

I’1 
I’1  (h
(hρ)≡a’1≡b’1 
ρ)≡a’ H’1  J’1 
i1 

f β  F2  G2  Planos cujos traços se cruzam


fora dos limites do papel
I’1  Em cima, à esquerda, temos a inter-
F’2  G’2  secção de dois planos oblíquos
f δ  resolvida
auxiliares com a utilização de planos
horizontais.
Em cima, à direita, está a intersecção
de um plano oblíquo com um de topo
resolvida com dois planos frontais.
f π  I1  f α   Ao lado temos a intersecção entre
dois planos oblíquos resolvida com
planos auxiliares de rampa. Este
método utiliza-se quando os traços
dos planos dados têm grandes aber-
F’1  G’1  turas ou cruzam o eixo x em pontos
muito distantes. Dada a quantidade
x F1  G1  de traçado que produz, mostra-se
aqui apenas como se determina uma
das projecções da recta de intersec-
H1≡H´1  ção; para determinar a outra aplicam-
J1≡J’1  se mais dois planos rampa, posicio-
hδ≡hβ  nados de forma inversa.
Nos três casos,
permitem os planos
determinar auxiliares
os pontos I e I’,
hπ  hα  contidos na recta i.
i1 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 13

Intersecção entre três planos

Surgem algumas possibilidades diferentes quando se intersectam três planos. Mostram-se aqui três
delas, com recurso a planos oblíquos definidos pelos seus traços.

F2 

f π 
f β  Intersecção entre três planos oblíquos,
i2  f α  resultando uma recta 
H2  F1  Se os três traços horizontais dos planos se encon-
x hα  traram num mesmo ponto, e a mesma coisa suce-
i1  der entre os três traços horizontais, da intersecção
entre esses planos resulta uma recta.
hπ  hβ 

H1 

f α  F’2 
F2 
i’2 
f θ 
f π 
Intersecção entre três planos oblíquos,
resultando duas rectas paralelas  i2 
Dos três planos que estão à direita, dois são con- H2  H’2  F1  F’1 
correntes, dois são paralelos, resultam daí duas x
rectas paralelas entre si. i1 
Em relação ao exercício anterior, em vez do plano
β, está θ, paralelo a α. h π  i’1  hθ 

H1 
hα  θ // α 
H’1 

F’2 
f α 
F2  f θ 
i”2 

f π  F”2  Intersecção entre três


i’2 
i2  planos oblíquos,
f ρ 
resultando três rectas paralelas
H2  H’2  F1  F’1  F”1 
x H”2  Esta situação é idêntica à anterior, mas o
plano α  é utilizado como auxiliar para
i1  garantir duas rectas paralelas. O plano ρ,
i’1  hρ 
h π  contendo uma dessas rectas, cruza-se
H”1  com θ  numa terceira recta, que será para-
lelas às outras.
H1 
i”1  θ // α 
hα  hθ 
H’1 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 14

 Aqui mostra-se mais uma possibilidade resultante da intersecção entre três planos oblíquos defini-
dos pelos seus traços.
 A intersecção entre três planos não variará muito mesmo que
q ue se utilizem diferentes tipos de planos.
plan os.
 Aliás, havendo planos projectantes os traçados ficarão reduzidos, devido às coincidências entre pro-
 jecções das rectas e traços dos planos; salvo em casos em
e m que seja necessário
necessári o utilizar algum plano

auxiliar, o que torna, naturalmente, os traçados mais elaborados.


Contudo, se um ou mais planos estiverem definidos por pontos ou rectas que não os seus traços, os
traçados tornam-se muito complexos e labirínticos, mais ainda se se optar, por exemplo, em encon-
trar rectas que, além de concorrentes, sejam também perpendiculares entre si. Embora interessan-
tes, essas situações não são abordadas neste manual.
De referir ainda que uma maior complexidade dos enunciados aumenta também o grau de dificulda-
de dos exercícios.

F”2 

i2  f π 

F2  i”1 
f α 
I2  f β 
H’1  F’2 
i”2 

H’2  H2  H”2 


x F’1  F1 
F”1 

I1 
i’1  i’2 
hπ  i1  H”1 
hα 
hβ 
H1 

Intersecção entre três planos oblíquos, resultando três rectas concorrentes


Três planos oblíquos traçados de forma aleatória, ou sem que haja qualquer condição especial entre eles,
darão origem a três rectas concorrentes num mesmo ponto.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 15

Intersecção entre rectas e planos projectantes

 A intersecção entre rectas e planos projectantes determina-se


determina- se directamente, exceptuando no caso
da recta de perfil.

f θ≡hθ 
≡hθ
r 2
(t2)≡I2  f 2
I2 (f α)
I2

x
(h
(hψ
ψ) I1
I1 f 1 I1
r 1
t1

Intersecção entre rectas e os planos horizontal, frontal e de perfil


O plano horizontal é projectante frontal, pelo que a projecção frontal do ponto I se determina no cruzamento do
seu traço com a projecção frontal da recta. No caso do plano frontal, que é projectante horizontal, é a projecção
horizontal do ponto I que se determina em primeiro lugar. No caso do plano de perfil, que é duplamente projec-
tante, basta indicar as projecções do ponto I nos cruzamentos das projecções da recta com os traços do plano.

f δ  f β 
v2

I2 n2
I2

I1
(v1)≡I1 
hδ  n1 hβ 

Intersecção entre rectas e os planos de topo e vertical


O plano de topo é projectante frontal, pelo que a projecção frontal do ponto I se determina no cruzamento entre
o traço frontal do plano e a projecção frontal da recta. No caso do plano vertical, que é projectante horizontal, é
a projecção horizontal que se determina em primeiro lugar.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 16

Intersecção entre uma recta e um plano oblíquo

Exceptuando a recta de perfil, a intersecção de qualquer recta com o plano oblíquo pode-se resolver
utilizando qualquer plano auxiliar projectante que contenha a recta.

r 2≡f ρ≡
ρ≡i2 

F2

I2
f ω 

H2
x  F1

I1
hω 
i1

H1
r 1
hρ 

f α 
v2 

F2 δ)≡i2 
n2≡(f δ)≡ i 2 
I2
f π 
I2 

H2
x  F1
(h
(hρ)≡i2 
ρ)≡i
I1 H1
(v1)≡I1 

i 1 
n1 
hα  h π 

Intersecção entre diferentes rectas e o plano oblíquo


No primeiro caso, com a recta oblíqua, utilizou-se um plano auxiliar de topo. No segundo, com uma recta hori-
zontal,
qualquerutilizou-se um plano
das situações horizontal.
se podia No último
ter utilizado caso,vertical
um plano onde acontendo
recta é vertical,
a recta.utilizou-se um plano frontal. Em
O plano auxiliar cruza o plano dado na recta i; essa recta, por sua vvez,
ez, vai cruzar a recta dada no ponto I.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 17

Intersecção entre uma recta e um plano de rampa

Mostra-se aqui a intersecção entre algumas rectas e o plano de rampa. Verifica-se que não existem
diferenças significativas em relação ao plano oblíquo. Nos dois exemplos de baixo exemplifica-se
com o plano passante.

f σ  r 2
i2
f π  F2
F2 f π 
I2
f ρ≡i2  (t2)≡I2 
H2
x  F1 H2 F1

I1 hρ  I1
i1

hπ  H1 h π 
H1
r 1≡hσ
≡hσ≡i1 
t1

Intersecção de rectas com o plano de rampa


No primeiro caso temos uma recta oblíqua e um plano auxiliar vertical. No segundo temos uma recta de topo e
um plano auxiliar de topo. A recta i resulta da intersecção do plano auxiliar com o plano dado; o ponto I resulta
da intersecção da recta auxiliar com a dada.

f 2≡(f δ)≡
δ)≡i2 

P2 P’2 Intersecção de uma recta


com o plano passante
I2
 À esquerda temos uma recta frontal e
um plano passante definido pelo ponto
P. Utilizando um plano auxiliar de topo
x≡f α≡hα
≡hα  desloca-se para esse plano o ponto P’,
idêntico a P. A recta i é passante e
contém esse ponto, cruzando a recta
dada no ponto I.
I1 f 1 O plano de topo aqui utilizado está
representado apenas pelo seu traço
frontal, dado que o horizontal é desne-
P1 P’1 cessário. Como tal, indica-se entre
i1 parêntesis.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 18

Intersecção da recta de perfil com planos diversos

Caso a recta de perfil esteja definida pelos seus traços, é preferível a utilização de planos auxiliares
oblíquos, independentemente de o plano dado ser projectante ou não.

p2≡p1  p2≡p1 

F2 F2
i2 F’2
f σ  I2
f ρ  f α 
I2

H’2 F1≡H2 
x  F1≡H2  F’1 H’2
hσ  I1
(hπ)≡i1 
(hπ)≡ I1 hρ 
H’1 hα 
H1
H1

H’1

Intersecção de uma recta de perfil com planos projectantes


No primeiro caso temos um plano frontal, no segundo um plano de topo. Onde o plano auxiliar oblíquo cruza o
plano dado surge a recta i, que se cruza
c ruza com a recta de perfil no ponto I.
Devido ao facto de os planos serem projectantes, sabe-se de antemão uma das projecções do ponto I, contudo
é necessária a utilização do plano auxiliar para determinar a projecção em falta.

i2 p2≡p1 
p2≡p1 
i2 F’2 f θ 
F2
F’
2
F2
f σ  I2
f π  I2 i1 f ρ 
H’2 F1≡H2  H’2
x  F’1 F’1 F1≡H2 
I1 hρ 
i1
h π  I1 hσ 
hθ  H’1

H’1 H1
H1

Intersecção de uma recta de perfil com planos não projectantes


 À esquerda temos
t emos um plano oblíquo, à direita um plano de rampa. Onde o plano auxiliar oblíquo
oblí quo cruza o plano
dado surge a recta i, que se cruza
c ruza com a recta de perfil no ponto I.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 19

 Aqui a recta de perfil está definida por dois pontos que não
n ão os seus traços. Recorre-se
Recorre- se ao plano late-
ral de projecção e ao plano auxiliar de perfil. Embora se mostre apenas os planos de rampa e oblí-
quo, qualquer dos processos se pode aplicar à recta de perfil, seja qual for o plano dado, esteja a
recta definida pelos traços ou não.
y≡x 

p2≡p1 
 A3 Intersecção da recta de perfil
 A2 l π  com o plano de rampa
 Achando a intersecção da projecção
I2 lateral da recta com o traço lateral do
I3 plano, descobre-se a projecção lateral
B3 do ponto I. A partir dela, indicam-se as
B2 projecções principais desse ponto.


 A1 p3
hπ  I1
y≡x 
B1 p2≡p1 
f π   A2  A3 lβ 
P2 P3
I2 I3
Intersecção da recta de perfil
com o plano passante
B2 B3
Procedendo como na situação anterior,
facilmente se determina o ponto de inter-
secção da recta de perfil com o plano x≡hβ
x≡hβ≡f β 
passante, aqui definido pelo ponto P.  A1 p3

I1
p2≡p1≡hδ
≡hδ≡f δ
δ≡ ≡i1≡i2≡hδ
≡hδR B1

H1≡HR  P1

f α 
 A2
I2
Intersecção da recta de perfil
F2 com o plano oblíquo
B2  Aqui utilizou-se um plano auxiliar de
pR 
perfil, contendo a recta dada. Esse pla-
no intersecta o plano dado na recta i,
x≡f δR  H2≡F1  FR também de perfil. No rebatimento do
plano auxiliar determina-se o ponto I R,
 A1  AR que, contra-rebatido, permite determinar
as suas projecções.
IR
I1
hα 
B1 iR 
BR
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 20

Intersecção entre uma recta e um plano definido por rectas

Para a determinação da intersecção entre uma recta e um plano definido por rectas é também
necessário utilizar processos auxiliares. Por norma recorre-se a um plano projectante que contenha
a recta que vai intersectar o plano.

b2
a2
i2 B2
r 2  A2
I2 P2

B1

 A1
I1 P1 a1

b1
r 2≡(hδ)≡i1 
≡(hδ

a2
b2

r 2≡(f β)≡i1   A2 B2 I2

 A1

B1 i1
r 1
I1
a1 b1

Intersecção entre uma recta e um plano definido por duas rectas


No primeiro caso temos uma recta oblíqua e um plano definido por rectas concorrentes; utilizou-se um plano
auxiliar vertical. No segundo caso temos uma recta fronto-horizontal e um plano definido por rectas paralelas;
utilizou-se um plano auxiliar horizontal. Em ambos os casos o plano auxiliar corta o plano definido pelas rectas
na recta i, que resulta da união dos pontos A e B e se cruza com a recta dada no ponto I.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 21

 Aqui mostram-se mais alguns exemplos de intersecção de rectas com planos definidos por rectas.

B2
dα2 i π2

n2 I2
(f δ)≡i2 (t2)≡I2 
D2 P2
i2
f 2 f 2  iπ2 
 A2

I1
f 1 P1 B1
D1 i1 I1
t1  n1≡(hρ)≡i1 
≡(hρ  A1
dα1

i1  dα1  iπ1

Intersecção de rectas com planos definidos por rectas de maior declive e de maior inclinação
 À esquerda temos a intersecção da recta de topo t com o plano α, definido pela recta de maior declive dα. Trata-
se de um caso curioso que se resolve facilmente com a aplicação de um plano auxiliar horizontal, que corta o
plano α na recta i, horizontal e perpendicular à recta d α.
 À direita está a intersecção da recta horizontal n com o plano π  definido pela recta de maior inclinação i π. Foi
acrescentada uma recta frontal, perpendicular a i π, e utilizou-se um plano auxiliar vertical. Resulta assim uma
situação comum de um plano definido por rectas concorrentes.

i2
r 2
I2
 A2 Intersecção de uma recta
com um plano passante
a2 definido por uma recta
 Aqui temos uma recta oblíqua e um
plano passante definido pela recta a,
x  passante. O plano auxiliar vertical cor-
ta essa recta no ponto A, por onde
a1 passa a recta i, também passante, que
r 1≡(h
≡(hβ) ≡i1 
β)≡i se cruza com a recta dada no ponto I.

 A1
I1
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 22

Intersecção da recta de perfil com planos definidos por rectas

Dada a especificidade da recta de perfil ela é tratada com uma atenção particular. Mostra-se aqui a
mesma situação resolvida por dois processos.

p2≡p1≡q2≡q1  y≡z 
p3
 A2
 A3
R2 R3
r 2
I2 I3
S2 S3
s2
B2 B3 q3


R1

B1
r 1 I1
S1

s1  A1

p2≡p1≡f β≡h
≡hββ≡i2≡i1≡hβ
≡hβR 

 A2
Intersecção de uma recta
de perfil com um plano
R2 definido por duas rectas
r 2 Em cima temos o exercício resolvido
I2 com recurso às projecções laterais. A
S2 recta q é uma recta de perfil do plano,
definida pelos pontos A e B, das rectas
s2 a e b. com a mesma abcissa da recta
B2 dada p; trata-se de uma recta Onde
essa recta cruza a recta dada está o
ponto I.
x≡f βR  Ao lado temos o mesmo exercício resol-
R1 vido com um plano auxiliar de perfil, que
RR se rebate. Esse plano cruza o plano
BR definido pelas rectas na recta i, que
B1 iR contém os pontos A e B. Essa recta i
r 1 corresponde à recta q da situação ante-
I1
IR rior.
S1
SR
 A
s1 1  AR pR
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 23

Intersecção de planos projetantes com planos definidos por rectas

Se, à partida, um plano é definido por três pontos ou por uma recta e um ponto, transforma-se essa
situação em planos definidos por duas rectas paralelas ou concorrentes, o mesmo sucedendo se o
plano estiver definido por uma recta de maior declive ou de maior inclinação.

r 2 s2 s2 i2

P2 r 2 f α 
S2

π)≡i2 
(f π)≡ S2 R2 R2


R1
S1 s1
S1 R1
P1 s1 r 1
i1
hα≡i1 
r 1

Intersecção de planos projectantes com planos definidos por duas rectas


Nestas duas situações, um plano está definido pelas rectas r e s, concorrentes num caso, paralelas no outro.
Estas intersectam os planos projectantes nos pontos R e S, que definem a recta i.

dρ2
f 2  iδ2 
F2
n2  A2
f ω≡
ω≡i2 
N2
i δ2
f 2
D2 I2
i2  A2


I1
dρ1  A1
hω 
(hθ)≡i1 
(hθ)≡ N1 f 1 F1
D1  A1
n1 i1 
n1  dρ1  i δ1

Intersecção de planos projectantes com planos definidos


pela recta de maior declive e de maior inclinação

 À esquerda
zontal. temos
t emos
À direita umumdosplano definido
planos por umapor
está definido recta
umaderecta
maior
m aiorde
declive,
maior ao qual se
s e ac
inclinação, acrescentou
rescentou
tendo-se uma recta uma
acrescentado hori-
recta frontal. Essas rectas são concorrentes e perpendiculares à recta dada. Ficando o plano definido por duas
rectas, procede-se como nos casos anteriores.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 24

Intersecção do plano oblíquo com planos definidos por rectas


Para determinar a intersecção de planos definidos por duas rectas com planos oblíquos utilizam-se
planos auxiliares horizontais ou frontais, que cortam os planos dados em rectas também horizontais
ou frontais.

r 2 i2
f π  s2

ρ)≡a2≡a’2 
(f ρ)≡ F’2 I’2 P2

δ)≡n2≡n’2 
(f δ)≡ F2 I2 S2 R2

x  F1 F’1

n1 a1 n’1 R1

S1 a’1

I1 P1
s1
h π  I’1
i1
r 1

Intersecção de um plano oblíquo com um plano definido por duas rectas


Cada um dos planos auxiliares horizontais corta os planos dados segundo rectas horizontais. Essas rectas cru-
zam-se nos pontos I e I’, que definem a recta i.
Optou-se por passar o segundo plano por P, onde se intersectam as rectas
rectas dadas, o que é possível porque as
rectas horizontais de cada plano são paralelas entre si. Assim poupou-se traçado.

i2
ρ)≡a2≡a’2 
(f ρ)≡ D’2 F’2
I’2
f α 

δ)≡n2≡n’2 
(f δ)≡ D2 I2 F2
Intersecção de um plano oblíquo
com um plano definido por uma
dρ2 recta de maior declive
F’1 F1 Devem utilizar-se planos auxiliares
horizontais caso um dos planos seja
x  definido por uma recta de maior decli-
a1
a’1 ve, dado que as rectas horizontais des-
D’1 se plano são perpendiculares a essa
D1 n’1 recta.
I’1 Com um plano definido por uma recta
dρ1 de maior inclinação devem utilizar-se
hα  planos auxiliares frontais.
n1

I1
n1  dρ1
a1 dρ1  i1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 25

Intersecção do plano de rampa com planos definidos por rectas


Para determinar a intersecção de planos definidos por duas rectas com planos de rampa apresen-
tam-se dois processos. Aqui um dos planos está definido por duas rectas paralelas.

s2 i2 a2
R’2
f π  F2

f 2 f’2 I’2  A’2 h’2


R2
S2
I2  A2 h2
r 2
H2 F1

I’1  A’1 (h
(hρ)≡f’1≡h’1 
ρ)≡f’
R’1
a1
R1 S1 I1 (hδ)≡f 1≡h1 
(hδ)≡
 A1
H1 h π 
r 1
r // s  s1
i1

f θ  r 2 Intersecção de um plano de rampa


s2 com um plano definido
f π  por duas rectas
No primeiro caso utilizam-se planos fron-
F 2 F’2 tais que cortam o plano definido pelas
i2 rectas r e s em rectas frontais e o plano
a2 I’2 de rampa em rectas fronto-horizontais.
f β  I2 Para se poder representar estas rectas
a’2
traçou-se de antemão a recta oblíqua a,
do plano de rampa.
No segundo caso utilizaram-se planos
F’1 H’2 projectantes, cada um deles contendo
F1 H2 uma recta dada, o que permite determinar
x  os pontos de intersecção de cada uma
das rectas com o plano dado. Obviamen-
i1 te, esses pontos pertencem à recta i.
I’1 Este segundo processo apresenta menos
traçado e pode também ser empregue no
I1 plano oblíquo. Contudo, com este proces-
h π  H1 H’1
so, corre-se o risco de as rectas de inter-
secção resultantes da aplicação dos pla-
nos auxiliares não encontrarem as rectas
s1≡hθ
≡hθ 
dadas nos limites do papel.
r // s  r 1≡hβ
≡hβ 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 26

Intersecção entre planos definidos por rectas


Sendo ambos os planos definidos por rectas, utilizam-se também planos auxiliares horizontais ou
frontais.
r 2
i2 s2
a2 b2
ρ)≡m2≡m’2 
(f ρ)≡  A’2 B’2 I’2 P2

δ)≡n2≡n’2 
(f δ)≡  A2 B2 I2 S2 R2


n1 n’1 R1
m1
 A1 S1 m’1
a1 B’1
P1

b1 I1 I’1 s1
i1
r 1

Intersecção entre dois planos definido por duas rectas


Um dos planos está definido pelas rectas a e b, paralelas, o outro pelas rectas r e s, concorrentes. Aplicando
planos auxiliares horizontais surgem quatro rectas horizontais que se cruzam duas a duas nos pontos I e I’, por
onde passa a recta i.

r 2 f’2 iπ2


i2 I2
I’2
s2  A2
f’2  i π2
P2
 j’2  iπ2 
 j2 S2

R2 f 2  j’2 B2


(h δ)≡f 1≡f’1 
(hδ)≡
R1 S1 I1  A1
i1
(h ρ)≡ j1≡j’1 
(hρ)≡
P1 I’1 B1

s1 i π1
r 1
Intersecção de um plano definido por duas rectas
com um definido por uma recta de maior inclinação
Estando um plano definido por uma recta de maior inclinação, é preferível utilizar planos auxiliares frontais, já
que sabemos que as rectas frontais daí resultantes serão perpendiculares à recta dada. Tudo o resto se asse
melha ao caso anterior.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 27

 Apresentam-se nesta página mais algumas intersecções entre planos definidos por rectas.

iπ2
dα2 f 2
I2  A2 B2 δ)≡n2≡n’2 
(f δ)≡
D2
i2
D’2
P2 ρ)≡m2≡m’2 
(f ρ)≡
I’2


D’1
B1 m’1
n1 m1 n’1

 A1 P1 f 1
D1

dα1 I’1 iπ1 f 2  iπ2


i1 m1  dα1
I1 n1  dα1

Intersecção entre um plano definido por uma recta de maior declive


e um definido por uma recta de maior inclinação
Planos auxiliares horizontais dão-nos rectas horizontais perpendiculares à recta de maior declive. Contudo, é
necessário acrescentar uma recta frontal, perpendicular à recta de maior inclinação, para se determinarem as
rectas horizontais do plano definido por ela.

a1≡a2  b2
r 2
i2
δ)≡n2≡h2 
(f δ)≡  A2 B2 I2 R2

ρ)≡n’2≡h’2 
(f ρ)≡n’ R’2
I’2 P2

x  S1≡S2
 A1
B1 h’1
I’1 n1 R’1
m’1
P2 h1
I1 R1
b1 n’1
i1
r 1

Intersecção entre um plano definido por duas rectas


e um plano passante definido por uma recta oblíqua
O plano passante está definido pela recta r passante em S; o outro plano está definido pelas rectas a e b, con-
correntes no ponto P, sendo b oblíqua e a de perfil, definida também pelo ponto A. Os planos auxiliares horizon
tais cortam o plano passante em rectas fronto-horizontais,
fronto -horizontais, como acontece com qualquer plano de rampa.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 28

 Aqui apresentam-se dois exemplos curiosos de intersecção de planos definidos por rectas paralelas.

I2
f’2
f 2

a2 R2 r 2
I’2

S’2 S2 s2
b2 i2


r 1
s1
(hρ)≡a1≡f 1 
(hρ)≡
I1 R1 S1

(hδ)≡b1≡f’1 
(hδ)≡
I’1 S’1

i1

Intersecção entre um plano definido por rectas frontais e um definido por rectas horizontais
Planos auxiliares frontais contêm as rectas frontais dadas e, ao cruzarem as rectas r e s dão origem a outra
rectas frontais. Umas e outras cruzam- se nos pontos I e I’, que definem a recta i. 

θ)≡c2≡d2 
(f θ)≡
a2
 A2
R2 r 2
i2 I2
b2 B2
S2 s2

x  c1
a1
d1
 A1
s1
b1 S1

i1 I1 r 1
R1 B1

Intersecção entre dois planos definidos por rectas fronto-horizontais


Neste caso é preferível utilizar um plano auxiliar de topo ou vertical, para que o seu traço possa cortar as rectas
que definem os planos. Aqui utilizou-se um plano de topo, tendo sido traçado apenas o seu traço frontal, dado
que o horizontal não teria utilidade. Como se sabe de antemão que a recta i é fronto-horizontal basta utilizar um
plano auxiliar e determinar um ponto.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 29

Intersecções  – Exercícios 

Intersecção entre planos projectantes 11. Determinar a recta de intersecção i, entre os


planos:
1. Determinar a recta de intersecção i, entre os pla- - φ, oblíquo, que cruza o eixo x num ponto
ponto  
nos verticais: com 4cm de abcissa, cujos traços
traç os frontal e
- α, que cruza o eixo x num ponto com 2cm horizontal fazem, 60ad e 35ºae, respectiva-
de abcissa e faz 25ºae; mente;
- π, que cruza o eixo x num ponto com -1cm - θ, de
θ, de perfil, com 1cm de abcissa.
de abcissa e faz 55ºae.
12. Determinar a recta de intersecção i, entre os
2. Determinar a recta de intersecção i, entre os pla- planos:
nos de topo: - δ, oblíquo, perpendicular ao β2/4, que
- θ, que cruza o eixo x num ponto com 3cm cruza o eixo x num ponto
pont o com 2cm de
de abcissa e faz 65ºae; abcissa, fazendo o seu traço frontal 40ºae;
- β, que cruza o eixo x num ponto com -2cm - ω, horizontal, com 3cm de abcissa.
de abcissa e faz 30ºad. 
30ºad. 
13. Determinar a recta de intersecção i, entre os
3. Determinar a recta de intersecção i, entre os planos:
seguintes planos, ambos contendo o ponto P(1;3;2): - δ, do exercício anterior; 
anterior; 
- ρ, de topo, que faz 40ºad; - π, de perfil, com -2cm de abcissa.
- δ, vertical, que faz 30ºae. 
30ºae.  
14. Determinar a recta de intersecção i, entre os
4. Determinar a recta de intersecção i, entre os planos:
seguintes planos, ambos contendo o ponto - δ, do exercício 12;
R(2;4;-2): - θ, de topo, que cruza o eixo x num ponto
- ω, vertical, que faz 35ºad; 
35ºad;   com 6cm de abcissa, fazendo 50ºad.
- σ, horizontal.
15. Determinar a recta de intersecção i, entre os
5. Determinar a recta de intersecção i, entre os pla- planos:
nos: - δ, do exercício 12; 
12; 
- π, horizontal, com 3cm de cota; - ψ, vertical, que cruza o eixo x num ponto
- β, frontal, com -2cm de afastamento. com -3cm de abcissa e fazf az 40ºae.

6. Determinar a recta de intersecção i, entre os pla- 16. Determinar a recta de intersecção i, entre os
nos: planos:
- δ, de perfil; - β, de rampa, cujos traços frontal e
- ω, horizontal, com -2cm de cota. horizontal têm 4cm de cota e -2cm de
afastamento, respectivamente;
7. Determinar a recta de intersecção i, entre os pla- - ψ do exercício anterior. 
anterior. 
nos:
- σ,
σ, de
 de perfil, com 2cm de abcissa;
abc issa; 17. Determinar a recta de intersecção i, entre os
ρ,
- vertical, que cruza o eixo x num ponto planos:
com -2cm de abcissa e faz 30ºad. - α, de rampa, cujos traços frontal e 

horizontal têm -5cm de cota e 3cm de
8. Determinar a recta de intersecção i, entre os pla- afastamento, respectivamente;
nos: - θ, do exercício 14. 
14. 
- θ, de topo, que faz 45ºad; 
45ºad;  
- α, frontal, com -3cm de afastamento. 18. Determinar a recta i, de intersecção entre os
planos:
Intersecção de planos projectantes com - σ, de rampa, perpendicular ao β2/4, cujo
planos não projectantes traço frontal tem 3cm de cota;
- π, de perfil, com 2cm de abcissa.
9. Determinar a recta de intersecção i, entre os pla-
nos: 19. Determinar a recta i, de intersecção entre os
- β, oblíquo, cujos traços fazem ambos 
ambos   planos:
50ºad; 
50ºad;  - σ, de rampa, perpendicular ao β1/3, cujo
- ψ, frontal, com 3cm de afastamento. traço frontal tem 5cm de cota;
- ν, horizontal, com 3cm de cota.
10. Determinar a recta de intersecção i, entre os
planos: 20. Determinar a recta i, de intersecção
i ntersecção entre:
entre:  
- π, oblíquo, perpendicular ao β1/3, fazendo - σ, do exercício anterior; 
anterior; 
- φ, frontal, com -3cm de afastamento. 
o seu traço frontal 60 ae;
- ν, horizontal, com -4cm de cota.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 30

Intersecção entre planos não projectantes Intersecção de planos cujos traços não se
encontram nos limites do papel
21. Determinar a recta de intersecção i, entre os
planos oblíquos: 30. Determinar a recta de intersecção i, sem cruzar
- π, que cruza o eixo x num ponto com 5cm os traços frontais dos planos:
de abcissa, cujos traços frontal e horizontal - δ, perpendicular ao β1/3, que cruza o eixo x
fazem 65ºad e 30ºad, respectivamente; num ponto com 4cm de abcissa, fazendo
f azendo o
- ρ, que cruza o eixo x num ponto com 1cm o seu traço frontal 50ºad;
de abcissa,
fazem 25ºadcujos traços
e 55ºad, frontal e horizontal
respectivamente. -deωabcissa,
, que cruza o eixoos
fazendo x num
seusponto
pont o com
t raços
traços -4cm
frontal e
horizontal 70ºad e 45ºae, respectivamente.
22. Determinar a recta de intersecção i, entre os
planos oblíquos: 31. Determinar a recta de intersecção i, sem cruzar
- π, do exercício anterior; 
anterior;   os traços horizontais dos planos:
- θ, perpendicular ao β2/4, que cruza o eixo x - ψ, perpendicular ao β2/4, que cruza o eixo x
num ponto com 1cm de abcissa, fazendo o num ponto com -5cm de abcissa, fazendo o
seu traço horizontal 55ºad. seu traço horizontal 40ºad;
- σ, que cruza o eixo x num ponto com 2cm
23. Determinar a recta de intersecção i, entre os de cota, fazendo os seus traços frontal e
planos: horizontal 45ºad e 65ºad, respectivamente.
- θ, do exercício anterior;
- ρ, perpendicular ao β1/3, que cruza o eixo x 32. Determinar a recta de intersecção i, sem cruzar
num ponto com 4cm de abcissa, sendos endo o seu os traços horizontais nem frontais dos planos:
traço horizontal paralelo ao traço homónimo - θ, que cruza o eixo x num ponto
pont o com 4cm
do outro plano. de abcissa, fazendo os seus traços
t raços frontal e
horizontal 55ºae e 65ºae, respectivamente;
24. Determinar a recta de intersecção i, entre os
planos: - β,abcissa,
de que cruza o eixo os
fazendo x num
seusponto
t raçoscom
traços -3cm
frontal e
- ρ, do exercício anterior; 
anterior;  horizontal 65ºad e 50ºad, respectivamente.
- α, de rampa, perpendicular ao β1/3, cujo
traço frontal tem 4cm de cota. 33. Determinar a recta de intersecção i, sem cruzar
os traços horizontais nem frontais dos planos:
25. Determinar a recta de intersecção i, entre os - θ, do exercício anterior; 
anterior; 
planos: - π, vertical, que cruza o eixo x num ponto
- ρ, do exercício 23; com 2cm de abcissa e faz 50ºae.
- π, passante, contendo o ponto P(-3;4;2).
Intersecção de três planos
26. Determinar a recta de intersecção i, entre os
planos de rampa: 34. Representar a recta i, que contém o ponto P
- δ, perpendicular ao β1/3, cujo traço frontal 
frontal  (4;3;3), fazendo as suas projecções frontal e hori-
tem -5cm de cota; zontal 40ºae e 60ºad, respectivamente. Traçar três
- ω, cujos traços frontal e horizontal têm planos que se intersectem nessa recta, sendo:
-2cm de cota e -3cm de afastamento,
af astamento, - α, oblíquo, com os traços com abertura 
abertura  
respectivamente. para a direita;
27. Determinar a recta de intersecção i, entre os -- θπ,, de rampa;
perpendicular ao β2/4.
planos de rampa:
- ψ, cujos traços frontal e horizontal têm 
têm   35. Determinar as rectas i e i’, resultantes da inter-
4cm de cota e -2cm de afastamento, secção entre os planos:
respectivamente; - ρ, que cruza o eixo x num ponto com 4cm
- θ, passante, contendo a recta fronto-hori- de abcissa, fazendo os seus traços
t raços frontal e
zontal b, com 3cm de afastamento e 1cm de horizontal 45ºad e 60ºae, respectivamente;
cota. - δ, perpendicular ao β1/3, que cruza o eixo x
num ponto com -1cm de abcissa, fazendo o
28. Determinar a recta de intersecção i, entre os seu traço frontal 50ºad;
planos de rampa: - θ, paralelo ao anterior, cruzando o eixo x
- σ, perpendicular ao β2/4, cujo traço hori-
hori- num ponto com -4cm de abcissa.
zontal tem 3cm de afastamento;
- ρ, passante, contendo o ponto P(4;3;-3). 36. Representar os pontos P(4;2;2), F(4;0;5) e
H(-5;6;0) que contêm, respectivamente, as rectas i,
29. Determinar a recta de intersecção i, entre os i’ e i”, paralelas à recta i do exercício 34.
planos de rampa: Determinar os traços dos planos α, π e β que se
-deα,afastamento
cujos traços efrontal
-4cm edehorizontal têm -2cm
cota, respectiva- cruzam segundo essas rectas. 
mente
- π, passante, contendo o ponto R(3;4;-5).  

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 31

 
Intersecção de três planos (Continuação)
(Continuação)   46. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
- π, que cruza o eixo x num ponto com 4cm
37. Determinar as rectas i, i’ e i”, assim como o pon- de abcissa, fazendo os seus traços
t raços frontal e
to I, onde se cruzam, resultantes da intersecção horizontal 65ºae e 45ºad;
entre os planos: - f, frontal, com traço em H(6;3;0),
- ω, cujos traços frontal e horizontal têm 6cm 
6cm   fazendo 40ºad.
de cota e 4cm de afastamento;
- σ, perpendicular ao β2/4 e que cruza o eixo 47. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
x num ponto com -3cm de abcissa, fazendo - π, do exercício anterior; 
anterior; 
fazendo o seu traço frontal 45ºae; - r, passante num ponto com -1cm de afasta-
- ρ, de topo, que faz 35ºad e cruza o eixo xx   mento, contendo o ponto A(8;4;3).
num ponto com 5cm de abcissa.
48. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
38. Determinar as rectas i, i’ e i”, assim como o pon- - π, do exercício 46; 
46; 
to I, onde se cruzam, resultantes da intersecção - v, vertical com 3cm de cota
c ota e 1cm de
entre os planos: abcissa.
- ω, do exercício anterior; 
anterior; 
- ρ, do exercício anterior; 
anterior;  49. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
- θ, cujos traços têm 3cm de cota
cot a e 7cm de
de   - α, que cruza o eixo x num ponto com 6cm
afastamento. de abcissa, fazendo o seus traços frontal e
horizontal, 40ºad e 55ºad, respectivamente;
39. Determinar as rectas i, i’ e i”, assim como o pon- - s, que contém os pontos A(2;2;1) e
to I, onde se cruzam, resultantes da intersecção B(2;-2;-5).
entre os planos:
- θ, do exercício anterior; 
anterior;   50. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
- φ, frontal, com 4cm de afastamento; - ω, cujos traços têm -5cm de cota e 2cm de
- π, perpendicular ao β1/3, que cruza o eixo afastamento;
x num ponto com -5cm de abcissa, fazendo - t, de topo, com 4cm de cota.
o seu traço frontal 40ºae.
51. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
Intersecção de rectas com planos projec- - ω, do exercício anterior; 
anterior; 
tantes - n, horizontal, com -2cm de cota, fazendo
60ºae.  
60ºae.
40. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
52. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
- δ, de topo, que faz 55ºae; 
55ºae;  
- a, fronto-horizontal, cujas projecções frontal - β, perpendicular ao β2/4, cujo traço frontal 
frontal 
e horizontal têm -5cm de cota e 2cm de tem 2cm de cota;
afastamento. - r, paralela ao β2/4, que contém o ponto
P(4;1), fazendo a sua projeção frontal 50ºad.
41. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
53. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
- π, vertical, que cruza o eixo x num ponto
com 2cm de abcissa e faz f az 40ºad; - β, do exercício anterior; 
anterior;  
- r, do β2/4, passante no ponto com -3cm de - p, cujos traços são F(3;0;3) e H(3;-7;0).
abcissa, fazendo a sua projecção frontal 45º
ad. Intersecção de rectas com planos definidos
por rectas ou pontos
42. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
- ω, horizontal, com -2cm de cota; 54. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
- v, vertical, com 4cm de afastamento. - a, fronto-horizontal, com 2cm de cota e 3cm
de afastamento;
43. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:   - ρ, definido pelas rectas paralelas r e s, con-
- φ, frontal, com -2cm de cota; tendo r o ponto R(2;2;1) e s o ponto
pont o
- p, de perfil, cujos traços
t raços são F(3;0;-2) e S(-5;7;3), fazendo as suas projecções frontal
H(3;3;0).   e horizontal 45ºad e 60ºad, respectivamente.

Intersecção de rectas com planos não pro- 55. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
 jectantes - b, que contém o ponto B(-2;4;3) fazendo as
suas projecções frontal e horizontal 50ºae e
40ºad, respectivamente; 
respectivamente; 
44. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
- β, cujos traços fazem ambos 40ºae; 
40ºae;  
- ρ, do exercício anterior. 
anterior. 
- a, fronto-horizontal, cujas projecções têm
56. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
1cm de afastamento e -3cm de cota.
cot a.
- v, vertical, com abcissa nula e 3cm de
45. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:   afastamento; 
- β, do exercício anterior; 
anterior; 
- ρ, do exercício 54. 
- b, fronto-horizontal do β2/4, com 3cm de
cota.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 32

Intersecção de rectas com planos definidos Intersecção entre planos definidos por rec-
por rectas ou pontos (Continuação)
(Continuação)   tas ou pontos
57. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:   66. Determinar a recta i, de intersecção
i ntersecção entre:
entre:  
- r, que contém o ponto A(-3;6;4), fazendo as - α, definido por A(1;5;1), B(4;2;4) e C(7;2;2);
suas projecções frontal e horizontal 35ºad e - π, definido por D(-4;5;2), E(-8;3;1) e
50ºad, respectivamente; 
respectivamente;  F(-2;0;5).
- π, definido pelas rectas a e b, concorrentes
no ponto 67. Determinar a recta i, de intersecção
i ntersecção entre:
entre:  
40ºae e bP(4;5;2), sendo a ao
oblíqua paralela frontal
β2/4, fazendo
fazendo - α, do exercício anterior; 
anterior;  
a sua projecção frontal 50ºad. - β, passante contendo o ponto P(-3;2;4).

58. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 


entre:   68. Determinar a recta i, de intersecção
i ntersecção entre:
entre:  
- p, de perfil, passante, contendo o ponto - π, do exercício 66; 
66; 
S(2;6;5); - θ, definido pela recta i θ, que contém os
- π, do exercício anterior. 
anterior.   pontos P(3;5;1) e Q(6;1;4).

59. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 


entre:   69. Determinar a recta i, de intersecção
i ntersecção entre:
entre:  
- r, passante num ponto de abcissa nula e - θ, do exercício anterior; 
anterior; 
contendo o ponto M(6;5;6); - ω, definido pelas rectas fronto-horizontais,
- α, definido pelos pontos A(4;5;2), B(1;2;5) e a e b, contendo os pontos A(-3;2;4) e
C(-3;6;4). B(-5;4;1), respectivamente.

60. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 


entre:   70. Determinar a recta i, de intersecção
i ntersecção entre:
entre:  
- t, de topo, com 2cm de abcissa e 4cm de - ω, do exercício anterior; 
anterior; 
cota; - ρ, passante, contendo a recta fronto-
- α, do exercício anterior. 
anterior.  horizontal,
de cota. com 1cm de afastamento e -3cm
61. Determinar o ponto I, de intersecção entre: 
entre:  
- s, fronto-horizontal, que contém P(-3:2;4); 71. Determinar a recta i, de intersecção
i ntersecção entre:
entre:  
- ω, definido pela recta d ω, que contém o 
o  - δ, definido por dδ, que contém o ponto
ponto D(0;3;2), fazendo as suas projecções P(5;3;4), fazendo as suas projecções frontal
frontal e horizontal 35ºad e 60ºae, respecti- e horizontal 45ºad e 35ºae, respectivamente;
vamente. - σ, definido por iσ, que contém o ponto
R(-4;3;5), fazendo as suas projecções frontal
Intersecção de planos definidos pelos tra- e horizontal 35ºad e 50ºae, respectivamente.
ços com planos definidos por rectas ou
pontos 72. Determinar a recta i, de intersecção
i ntersecção entre:
entre:  
- α, definido pelas rectas r e s, concorrentes
62. Determinar a recta i, de intersecção entre: 
entre:   no ponto P(5;5;3), fazendo as projecções
- β, que cruza o eixo x num ponto com 5cm frontal e horizontal de r 50ºae e 65ºad,
de abcissa fazendo os seus traços frontal e respectivamente, e sendo s frontal fazendo
horizontal 45ºad e 55ºad; 50ºad; 
50ºad; 
- α, do exercício 59. 
59.  - β, definido pelas rectas a e b, paralelas
entre
pontossiA(-2;7;2)
e paralelas ao β2/4, contendo
e B(-5;3;2), os
respetivamente,
63. Determinar a recta i, de intersecção entre: 
entre:  
- θ, perpendicular ao β2/4, que cruza o eixo x e fazendo as suas projecções frontais 60ºae.
num ponto com -4cm de abcissa, fazendo
f azendo a
sua projecção frontal 50ºae; 73. Determinar a recta i, de intersecção
i ntersecção entre:
entre:  
- ρ, definido pelos pontos A(3;4;2), B(0;2;1) e - β, do exercício anterior; 
anterior;  
C(0;7;4). - π, que contém as rectas fronto-horizontais
fronto -horizontais
m e n, que contêm os pontos M(6; M(6;-2;2)
-2;2) e
64. Determinar a recta i, de intersecção entre: 
entre:   N(4;7;5).
- π, vertical, que cruza o eixo x num ponto
com -4cm de abcissa e faz 40ºae; 74. Determinar a recta i, de intersecção
i ntersecção entre:
entre:  
- δ, definido pelos pontos P(6;-6;-3), - π, do exercício anterior; 
anterior; 
Q(4;-1;-5) e R(2;-5;-1). - θ, passante, contendo o ponto P(0;2;2)

65. Determinar a recta i, de intersecção entre: 


entre:   75. Determinar a recta i, de intersecção entre os
- π, perpendicular ao β1/3, cruzando o eixo x planos de rampa:
num ponto com 2cm de abcissa, fazendo o - ψ, que contém os pontos A(4;-3;-1)
A(4; -3;-1) e
seu traço frontal 40ºae; B(2;3;-4);
- θ, passante, definido pela recta fronto- ρ, que contém os pontos C(0;-1;6)
-D(-2;3;1). C(0; -1;6) e
horizontal a, com 3cm de cota e 4cm de
afastamento.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Intersecções - 33

FIGURAS
FIGURAS PLANAS

Neste capítulo estudam-se os polígonos e as circunferências. Mostra-se


como se representam estas figuras em diferentes posições, recorrendo ou
não a processos auxiliares.

Sumário:

2 e 3. Noções de geometria plana 


plana  
4 e 5. Representação directa de polígonos 
polígonos 
6, 7 e 8. Verdadeira grandeza de polígonos recorrendo a rebatimentos  

9, 10, 11 e 12. Representação de polígonos recorrendo a rebatimentos 


rebatimentos 
13 e 14. Representação de circunferências em planos projectantes 
projectantes  
15 e 16. Representação de circunferências em planos não projectantes 
projectantes  
17 e 18. Alterar as posições de triângulos utilizando rotações 
rotações  
19 e 20. Alterar as posições de triângulos utilizando
utilizando mudanças de
de  
planos.
21 e 22. Exercícios 
Exercícios 
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 1

Noções de geometria plana

 Aqui recordam-se alguns aspectos fundamentais da geometria plana, sem os quais


qu ais não é possível
poss ível
resolver grande parte dos exercícios de polígonos e de sólidos. Concretamente, recorda-se como se
constrói um polígono a partir de um lado e de uma diagonal, o que é útil quando um enunciado refe-
re apenas dois dos vértices, sejam consecutivos ou opostos.
Nos exercícios que depois se mostram não estão representados os processos de construção dos
polígonos para não sobrecarregar o traçado, mas na prática eles deverão ser feitos, por um ou outro
processo, consoante os dados sejam apresentados no enunciado.

C  D  C  E  D 


F  C 

 A  B   A  B   A  B 

Construção do triângulo equilátero, do quadrado e do hexágono a partir de um lado


Cada um dos polígonos aqui representado foi construído a partir do seu lado [AB].
Triângulo: Com o compasso aberto de A a B, e vice-versa, determinou-se o vértice C.
Quadrado: Traçaram-se duas perpendiculares ao lado [AB], uma a partir de cada extremo; sobre essas perpen-
diculares marca-se a medida desse lado com o compasso. Marca-se assim a medida do lado quando esta não
tem um valor inteiro, pois quando o tem pode marcar-se
marcar -se com a régua directamente nas perpendiculares.
per pendiculares.
Hexágono: A partir do lado [AB] determinou-se o ponto O, centro da circunferência (com o processo usado para
achar o vértice C do triângulo); com o compasso em O traçou-se a circunferência; os vértices C e F foram
determinados com os mesmos arcos com que se determinou o ponto O; os vértices D e E foram determinados
com linhas rectas (ou diâmetros) traçados a partir de A e de B.

D  D 
E  D 
C  C 
O  O  F 
O  C 
 A   A 

 A  B 
B  B 

Construção do quadrado, do rectângulo e do hexágono a partir de uma diagonal


O quadrado e o rectângul
rec tângulo
o foram
for am construídos a partir da diagonal [AC], o hexágono a par
partir
tir de [AD].
Quadrado: Determinou-se a mediatriz de [AC], colocando o compasso nesses pontos com uma abertura supe-
rior a metade do tamanho do segmento de recta; com o compasso no ponto O traçou-se uma circunferência
passando pelos vértices A e C; onde essa circunferência cruza a mediatriz surgem os vértices B e D.
Rectângulo: Determinou-se a mediatriz de [AC] e a circunferência com centro em O como se fez no quadrado; a
determinação dos vértices B e D faz-se
faz -se de acordo com a tamanho de um dos lados, que tem de ser dado.
Hexágono: Determinou-se a mediatriz de [AD] e a circunferência com centro em O como nos casos anteriores;
Para determinar os restantes vértices, traçam-se arcos com o compasso nos vértices A e D passando por O.

Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 2

Nesta página recorda-se a divisão da circunferência em partes iguais e a construção de polígonos


nela inscritos, aqueles que se utilizam com mais frequência nos exercícios de Geometria Descritiva.
Mostra-se também como se determinam rectas tangentes a circunferências, o que se aplica na
construção de cones e de cilindros oblíquos e na determinação das sombras destes sólidos.

 A   A   A 

F  B 
O  O  D  O  B 

C  B  E  C 

D  C 
Construção do triângulo do hexágono e do quadrado inscritos na circunferência
Triângulo: Aqui traçou-se uma linha vertical pelo centro da circunferência, dando origem ao vértice A e a um
ponto oposto; nesse ponto coloca-se o compasso e traça-se um arco, passando por O, determinando-se A e B.
Hexágono: A vertical que se traça pelo centro da circunferência permite determinar os vértices A e D; coloca-se
o compasso nesses pontos e traçam-se arcos passando por O, determinando-se assim os restantes vértices.
Quadrado: Duas linhas perpendiculares entre si, cruzando-se no centro da circunferência, cortam-na em quatro
partes iguais, o que dá origem aos vértices de uma quadrado; aqui traçou-se uma horizontal e uma vertical.

 A  3 Construção do pentágono inscrito na circunferência


Traçam-se duas linhas rectas pelo centro da circunferência, per-
pendiculares entre si, de onde se define o ponto A como um vérti-
4 5 ce da figura. Com o compasso em 1 traçou-se um arco a passar
E  B  pelo ponto O, cruzando a circunferência em dois pontos; unidos
2 esses pontos com uma linha recta, coloca-se o compasso em 2,
O  1 abre-se até ao ponto A e traça-se um arco até à linha horizontal;
com o compasso em 3 (ponto A), abre-se até ao ponto acabado
de determinar, fazendo um pequeno arco para a esquerda e um
outro para a direita, dando origem aos vértices E e B; com o com-
passo em 4 e 5 (pontos E e B), mantendo a mesma abertura,
D  C  determinam-se os vértices D e C.

T  T 
t  t 




× 
t’ 

T’  t’  T’ 

Rectas tangentes a circunferências


Para se representarem rectas tangentes a circunferências é necessário determinar os pontos de tangência. À
esquerda
dado que mostram- se duas
as tangentes lhe rectas paralelas, cujos À
são perpendiculares. pontos
direitademostram-se
tangência Tduas
e T’ se determinam
rectas com um
concorrentes emdiâmetro,
P, cujos
pontos de tangência se determinam
dete rminam do
do seguinte modo: 1- traça-se
traça-s e o segmento de recta [OP]; 2- com
co m o compas-
so nos pontos O e P, cruzam-se arcos com abertura superior a metade do segmento, determinando-se o seu
ponto médio; 3- com o compasso em M traça-se um arco passando por O, que determina os pontos T e T’. 
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 3

Representação
Representação directa de polígonos

Nesta página estão representados polígonos horizontais e frontais. Para não se sobrecarregar os
traçados, não se mostram as construções auxiliares com que se determinam as figuras. Esta maté-
ria estuda-se essencialmente no primeiro diedro, pelo que é aí que estes polígonos estão represen-
tados. O estudo dos polígonos é também importante como introdução ao estudo dos sólidos.

 A2 B2 C2 (f α) 
M2 H2≡L2  I2≡K2  J2

D2 G2 E2 F2

E1 H1 I1

 A1 C1
D1
M1 J1

F1
L1 K1
B1
G1

Representação de triângulo, quadrado e hexágono horizontais


 As projecções
projecções frontais
frontais dos polígonos
polígonos horizontais
horizontais são segmen
segmentos
tos de recta paralelos
os ao eixo x, ou nele situadas
situadas
caso as figuras tenham cota nula. Pode indicar-se o plano que contém a figura, como acontece no primeiro
exemplo.

D2 C2
F2 G2 K2
J2

E2 B2
L2
 A2 I2 H2
M2

x  E1 D1  A1 C1 B1

J1 M1 K1 L1
(h
(hπ)
π)  F1≡I1  G1≡H1 

Representação de pentágono, rectângulo e losango frontais


 As projecções
projecções horizontais
horizontais dos polígon
polígonos
os frontais são segmentos
segmentos de recta paralel
paralelos
os ao eixo x, ou nele situadas
situadas
caso as figuras tenham afastamento nulo. Pode indicar-se o plano que contém a figura, como se mostra no
segundo exemplo.
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 4

 Aqui estão representados triângulos em cinco posições diferentes. Trata-se


Trata -se de triângulos irregulares,
irregula res,
que podem ser representados sem recurso à sua verdadeira grandeza, ou seja, sem recurso a reba-
timentos ou a qualquer outro processo auxiliar.

G2
C2
D2 E2
B2
H2
f β 
 A2
F2 I2

x  D1
B1
G1

hβ 
I1

E1
C1 F1
 A1 H1

Representação de triângulos de topo, vertical e de perfil


Estes triângulos existem em planos projectantes com os mesmos nomes, mas apenas no segundo caso está
representado o plano que contém a figura. Os triângulos de topo e verticais têm, respectivamente, as projec-
ções frontal e horizontal reduzidas a um segmento de recta oblíquo ao eixo x; o de perfil tem ambas as projec-
ções reduzidas a um segmento de recta perpendicular ao eixo x.

 A2 G2

D2 B2 h2 H2 F2
n2
C2 E2

x   A1
E1
D1
C1 h1 H1 F1

B1 n1 G1

Representação de triângulos oblíquo e de rampa


Para provar que estes triângulos estão nas posições oblíqua e de rampa cruzou-se com eles uma recta horizon-
tal (pode também ser frontal), no primeiro caso, e uma recta fronto-horizontal, no segundo, pois essas são rec-
tas que pertencem aos planos oblíquo e de rampa, respectivamente.
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 5

Verdadeira grandeza de polígonos recorrendo a rebatimentos

Nesta página mostra-se como se determina a verdadeira grandeza de triângulos situados em planos
projectantes, através do método dos rebatimentos, que é o mais aconselhável para a representação
de polígonos, estejam eles em que posição estiverem.

C2 (f δ
δ)) 
D2 E2
B2

 A2 f β 
(f δr ) 
F2
D1
x  BR B1
f βR
hβ≡hβR
DR
E1
CR C1 F1
VG 
 A1≡AR  VG  FR

ER

hψ≡f ψ≡f ψR

JR J2
GR
G2
VG  Verdadeira grandeza de polígonos
situados em planos projectantes
HR H2
No primeiro caso o triângulo [ABC] está situa-
do no plano de topo δ, representado apenas
pelo seu traço frontal. Esse plano foi rebatido
IR I2 para a posição horizontal da cota do ponto A.
Pode-se optar por esta situação em vez de
rebater o plano sobre um plano de projecção,
x≡hψ
x≡hψ R  para que o traçado não se alargue.
No segundo caso está o triângulo [DEF] situa-
J1 do no plano vertical β, que foi rebatido para o
PHP.
No exemplo ao lado temos um quadrilátero
I1 irregular num plano de perfil. Optou-se por
rebater esse plano para o PFP.
G
1
H1

Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 6

 Aqui determinam-se verdadeiras grandezas de figuras situadas em planos não projectantes. De


notar que este tipo de exercícios só se aplica a figuras que se podem representar sem necessidade
de recorrer previamente a qualquer método geométrico auxiliar. De um modo geral, essas figuras
são triângulos e quadriláteros irregulares.

f α  P2  A2≡F2
D2
s2
B2
C2 r 2
PR’  H’2  A1≡F1
x  P1 H2
D1 s1
B1
C1 r 1

hα≡hαR  H’1≡H’R H1≡HR


CR r R
BR sR
VG 
DR

f αR  PR  AR≡FR

f π 

F2 n2 C2

 A2
Verdadeira grandeza de polígonos
situados em planos não projectantes

 A1 B2 Em cima temos um quadrilátero situado num


plano de rampa, representado com a ajuda
x  F1 de duas rectas oblíquas. Essas são as mes-
mas rectas que foram rebatidas para o PHP
para determinar a VG do polígono. O vértice
n1 D não precisa de recta de apoio dado que a
figura tem os lados paralelos dois a dois.
 AR No exemplo ao lado temos um triângulo num
plano oblíquo, com um vértice no traço fron-
BR≡B1  C1 tal, outro no traço horizontal do plano, e outro
FR na recta horizontal n. O plano e a recta foram
rebatidos para o PFP.
VG 

f πR  n
R
hπ≡hπR 
CR
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 7

 Aqui mostra-se
m ostra-se como se determina a verdadeira grandeza de um triângulo oblíquo, sem representa-
ção dos traços do plano onde se situa. Faz-se recurso do triângulo do rebatimento, como se mostrou
no capítulo Métodos Geométricos Auxiliares para rebater planos definidos por duas rectas.

s 2 
B2 

 A2 

D2  C2  α)≡n2 


(f α)≡

B1  
 
      = n1≡nR 
BR’ 

 A1  C1≡CR 

D1≡DR  VG 

s 1   AR 
BR 
sR 

Verdadeira grandeza de um triângulo oblíquo

Fez-se passar
neste caso pelo
o D. Porlado [AB]pontos
esses a rectapassa
s, de amodo a quen,o plano
charneira em torno da qualα se
horizontal que passa por C tenha aí um ponto,
faz rebater o ponto B, comum à
recta e ao lado [BC]. Os pontos C e D são fixos. Para rebater o ponto A basta deslocá-lo na perpendicular à
charneira, na projecção horizontal.
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 8

Representação de polígonos
polígonos recorrendo a rebatimentos

Para representar polígonos regulares noutros planos que não os horizontal e frontal é necessário
utilizar um método geométrico auxiliar. Sugere-se o rebatimento, uma vez que outros processos são
mais complexos em termos de traçado.
De notar que, ao contrário do que aconteceu nas páginas anteriores, aqui os polígonos são primeiro
construídos em verdadeira grandeza, e só depois são contra-rebatidos. Para não sobrecarregar os
traçados não se mostram as construções auxiliares com que se determinam os polígonos rebatidos.

f θ 
B2≡C2 

 A2≡D2 
Hexágono em plano de topo
E2≡F2  O hexágono está representado em verda-
 AR  A1 deira grandeza no rebatimento no plano
horizontal de projecção, sendo contra-
x≡f θ R  rebatido para o plano de topo onde, obvia-
BR B1 mente, as suas projecções se deformam.
FR F1 Sendo o plano de topo projectante frontal, a
projecção frontal do polígono fica reduzida a
um segmento de recta.

CR ER E1 C1

DR D1

hθR≡hθ
≡hθ 
f δ
δ≡≡f δR 

 A2   AR 

E2  B2  BR 


ER 
Pentágono em plano vertical
O pentágono está representado em
verdadeira grandeza no rebatimen-
to no plano frontal de projecção,
sendo contra-rebatido para o plano
vertical, onde as suas projecções D2  C2  CR  DR 
se deformam. Sendo o plano de
topo projectante horizontal, a pro- x≡hδ
x≡hδ R 
 jecção horizontal
horizontal do polígono
polígono fica B1 
reduzida a um segmento de recta.
 A1  C1 

E1  D1 
hδ 

Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 9

Nesta página representam-se mais dois polígonos em situações distintas, já que um se situa num
plano de perfil e o outro num plano oblíquo.

 AR  A2

BR B2

DR D2 
Rectângulo num plano de perfil
O rectângulo está representado em verda-
CR C2 deira grandeza rebatido no PFP, sendo con-
tra-rebatido para o plano de perfil. Figuras
planas situadas no plano de perfil, que é
x≡hθ
x≡hθ R  duplamente projectante, ficam reduzidas a
segmentos de recta em ambas as projec-
B1 ções.

C1

f θ≡hθ≡
≡hθ≡f θR 

 A1

D1

f π 

F2 C2
Triângulo equilátero n2
num plano oblíquo  A2
O triângulo está em verdadeira grandeza
rebatido no oblíquo.
para o plano PHP, sendo
No casocontra-rebatido
apresentado,
o vértice A situa-se no traço frontal do pla-  A1 B2
no, o B situa-se no traço horizontal, que é a x  F1
charneira do rebatimento. O vértice C é con-
tra-rebatido com o apoio de uma recta hori-
zontal. De reparar que os pontos se deslo-
cam da projecção horizontal para o rebati- C1
mento, e vice-versa, na perpendicular à
charneira.  AR
Se se tratasse doutro polígono, com mais n1
vértices na situação do C, mais rectas de
BR≡B1 
apoio se utilizariam. FR

f πR  hπ≡hπR 
CR
nR // hπR 
hπ n
R

Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 10

 Aqui mostra-se a representação de um triângulo num plano de rampa, através de contra-


contra -
rebatimentos onde são utilizados processos diferentes.

f α  P2  A2≡F2

s2
B2
C2 r 2
PR’  H’2  A1≡F1
x  P1 H2
s1
B1
C1 r 1

hα≡hαR  H’1≡H’R H1≡HR


CR
r R
BR sR

f αR  PR  AR≡FR

P2  A2 f α 

B2
C2
PR’   A1
x  P1

B1
C1

hα≡hαR 
CR

BR

PR  AR f αR 

Triângulo equilátero em plano de rampa


Em cima, para contra-rebater o triângulo, utilizam-se rectas auxiliares que contêm os vértices. Em baixo deslo-
cam-se os vértices rebatidos para a diagonal do ponto de apoio do rebatimento, encontrando-se a partir daí,
através de linhas paralelas ao eixo x, as suas projecções. O vértice A contra-rebate-se directamente por se
situar no traço frontal do plano.

Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 11

 Aqui mostra-se
m ostra-se a representação de um quadrado num plano passante. Sendo este
es te uma variante do
plano de rampa, o processo de resolução apresenta poucas diferenças em relação ao exercício da
página anterior. Contudo, convém observá-lo dada a especificidade de alguns pormenores.

D2

C2

 A2

B2

x≡hθ≡f θ≡f 
θ≡f πR 
B1

 AR’ 
 A1 BR
C1

pR’   AR D1

CR

hπ≡f π≡h
π≡hπR≡p1≡p2≡pR 
DR

Quadrado em plano passante


Parte-se aqui do princípio de que foi dado o ponto A e que a partir dele se construiu o quadrado rebatido
[ABCD]. Para passar os vértices A, B e C do rebatimento para as projecções utilizou-se
utilizou -se um rebatimento auxiliar
da recta de perfil p e do plano de perfil θ, que contêm o ponto A. Sendo os lados do quadrado paralelos dois a
dois, determinam-se as projecções do vértice D fazendo uso desse aspecto.
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 12

Representação
Representação de circ
circun
unferências
ferências em planos projectantes

Nesta página estão representadas circunferências nas posições frontal, horizontal e de perfil. As
primeiras têm sempre representação directa, a de perfil pode ter necessidade da utilização de um
rebatimento. Nestes casos de representação directa não há necessidade de indicar o plano onde a
figura se situa, a não ser que o mesmo seja referido num enunciado.

O2
 A2 B2

 A2 O2 B2

 A1 O1 B1

 A1 O1 B1

Circunferências horizontal e frontal


 À esquerda
esquerda está
está representad
representada
a uma
uma circunferência
circunferência frontal
frontal com afastamen
afastamento
to positivo.
positivo. À direita está uma
uma circunfe-
circunfe-
rência horizontal com cota nula. Em ambos os casos, os pontos A e B limitam a figura nos seus pontos de
maior e menor abcissa. O ponto O é o centro da circunferência.

C2 C2
E2≡H2 

O2≡A2≡B2  O2≡A2≡B2 

F2≡G2 

D2 D2

x≡f πR  BR
B1 B1
ER GR
E1≡G1 

OR
O1≡C1≡D1  CR DR O1≡C1≡D1 

F1≡H1 
HR FR
 A1  A1
 AR
hπ≡f π≡hπR 
Circunferências de perfil
 A circunferência
circunferência da
da esquerda
esquerda foi represent
representada
ada directamen
directamente,
te, com indicação
indicação dos
dos seus pontos
pontos de maior
maior e menor
menor
afastamento (A e B) e de maior e menor cota (C e D). A da esquerda tem oito dos seus pontos indicados, resul-
tantes da sua divisão em oito partes iguais. Para representar um ponto numa circunferência de perfil, que não
seja nenhum dos quatro à esquerda, o rebatimento do plan
plano
o que a contém
c ontém é o processo mais aconselh
aconselhável.
ável.
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 13

Nesta página estão representados circunferências em mais dois planos projectantes, o de topo e o
vertical. Quando numa das projecções resulta uma elipse, esta é traçada à mão livre ou com uma
régua articulável, também chamada cobra.

f θ 
H2≡F2  G2 

 A2≡E2≡O2  Circunferência em plano de topo


 A circunferência
circunferência de topo
topo fica
fica reduzida
reduzida a
C2  B2≡D2  um segmento de recta na projecção
frontal e transformada em elipse na
horizontal. Para a representar, o méto-
x≡f θ R   AR  A1 do mais eficaz, em termos de traçado,
é o do rebatimento. Por norma divide-
HR BR se a circunferência em oito partes
B1 H1 iguais e utilizam-se os pontos daí resul-
tantes.
GR G1
OR CR C1 O1

FR DR D1 F1
ER E1
hθR≡hθ
≡hθ 

f β≡f βR 
E2 ER
F2 D2 DR FR

G2 O2 C2 CR GR
Circunferência em plano vertical OR
Esta situação é a inversa da anterior. A H2 B2
projecção horizontal é um segmento de BR HR
recta situado no traço homónimo do  A2
plano; a projecção frontal é uma elipse.  AR
Essa elipse é também aqui representa- x≡hβ
x≡hβR 
da com recurso a oito pontos da circun-
ferência obtidos através da divisão da D1≡B1  C1 
circunferência rebatida em oito partes
iguais.
 A1≡E1≡O1 

G1  H1≡F1 

hθ 
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 14

Representação
Representação d
dee circunferências em planos não projectantes

Nesta página mostra-se a representação de uma circunferência num plano oblíquo. Nesse plano
ambas as projecções são elipses.

f π 
C2
D2
B2

 A2 O2 E2
F’2
n2

H2 F2

G2
F’1


 A1 B1
C1
H1

O1
F’R HR D1
G1
GR
 AR F1 E1

BR OR n1
FR

f πR 
CR
ER hπ≡hπR 
DR
nR

Circunferência em plano oblíquo


Para rebater o plano utilizou-se o traço da recta n, que contém o centro da circunferência.
 As projecções
projecções de uma
uma circunferência
circunferência oblíqua
oblíqua ficam ambas
ambas elípticas
elípticas num plano
plano oblíquo.
oblíquo. Para determinar
determinar essas
essas
elipses divide-se a circunferência rebatida em oito partes iguais e contra-rebatem-se os pontos daí resultantes,
neste caso com recurso a rectas horizontais auxiliares. Não se indicam os nomes de mais rectas horizontais
para não sobrecarregar o traçado, e porque o mesmo seria irrelevante dado tratar-se de um processo repetitivo.
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 15

 Aqui representam-se
representam -se circunferências em planos de rampa, cujas projecções também são elipses.

P2
E2
F2
f α 
D2
C2 O2
G2

B2 H2
PR’   A2
x  P1
E1
D1 F1
C1
G1
O1
B1 H1

BR  AR≡A1  HR hα≡hαR 

OR
GR
CR

DR ER FR

PR f αR 
Circunferência em plano de rampa
Também no plano de rampa as projecções de uma circunferência
cir cunferência se tra
transformam
nsformam em elipses,
elipses , pelo que também
também
se utilizam oito pontos para as determinar. Aqui, para contra-rebater pontos fez-se uso do segmento de recta
que serviu de base ao rebatimento do plano.

G2

H2 F2
 A2 O2 E2

B2 D2 Circunferência
C2 em plano passante
Comparece-se este traçado com o
da página 9, pois o procedimento é
o mesmo, com a diferença de que
x≡hθ≡f θ≡f 
θ≡f πR  aqui o contra-rebatimento é aplica-
do aos oito pontos necessários
C1 para construir as elipses.
D1 Tal como no primeiro exercício des-
B1 CR ta página, também neste a divisão
 AR’ 
 A1 O1 E1 da circunferência em oito partes
BR DR iguais (aplicando linhas a 45º) leva
H1 F1 a que alguns dos pontos fiquem
pR’  G1 alinhados dois a dois, o que permite
ER reduzir traçado.
 AR OR
HR FR
GR
hπ≡f π≡h
π≡hπR≡p1≡p2≡pR  

Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 16

Alterar as posições de triângulos utilizando


utilizando rotações

Neste subcapítulo, parte-se sempre do mesmo triângulo oblíquo, alterando-o para outras posições.
 A resolução
resol ução de qualquer outra situações
si tuações em que a figura está
e stá à partida noutra
n outra posição, depreende-
depreende -

se facilmente depois de compreendidas estas.


 A2  Ar2

D2 B2≡Br2≡Dr2≡(n2)
n2 Passar um triângulo oblíquo
para de topo
C2 Cr2 Esta situação resolve-se utilizando um eixo
vertical e uma recta auxiliar horizontal.
Rodando a recta para a posição de topo, o
x  triângulo ficará de topo. O ponto D, que per-
 A1 tence à recta horizontal e ao triângulo, é o
primeiro a ser rodado. Depois foi rodado o
D1 e2≡nr1 ponto A com a mesma amplitude. A nova
posição do ponto C obtém-se com o alinha-
C1 mento dos pontos A e D.
Para passar este triângulo para vertical utiliza
-se um eixo de topo e uma recta auxiliar fron-
tal, que se roda
ro da até à posição vertical.
B1≡Br1≡(e1)

n1

 Ar1

Dr1
Cr1 e2
 A2  Ar2

D2 n2≡nr2  Dr2
B2≡BR2 
Passar um triângulo oblíquo
para de rampa C2
Cr2
Em relação ao caso anterior, nes-
te roda-se a recta horizontal até à x 
posição fronto-horizontal, o que
garante que o triângulo fique de  A1
rampa. Aqui optou-se por rodar no
sentido oposto. D1
Este caso também se resolveria Cr1
com uma recta auxiliar frontal e C1
um eixo de topo.
nr1 B1≡Br1≡(e1) Dr1
n1
 Ar1
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 17

 As situações anteriores resolvem-se com uma rotação, as desta página resolvem-se com duas.

 Ar’2 
 A2
 Ar2

Br’2 
D 2 B2≡Br2≡Dr2≡(n2)
n2
Passar um triângulo oblíquo
C2 para de perfil
Cr2≡(e’ 2)≡Cr’2 
O primeiro passo deste exercício consiste
em colocar o polígono na posição de topo,
x   A1 tal como foi mostrado na página anterior. Só
depois, com um eixo de topo contendo o
ponto Cr , se rodou a figura para a posição
D1 e2≡nr1
de perfil. Na segunda rotação despreza-se a
recta auxiliar n, assim como o ponto D.
 A posição de perfil também
também se obtém se a
C1 e’1
primeira rotação colocar o triângulo vertical,
com um eixo de topo, aplicando-se na
Br1 segunda um eixo vertical.
B1≡Br1≡(e1)

n1

 Ar1  Ar’1 

Dr1
Cr1≡Cr’1   A2
 Ar2

D2 n2
B2≡Br2≡Dr2≡(n2)
Passar um triângulo oblíquo
para horizontal C2 Br’2   Ar’2 
Em relação ao caso anterior, neste Cr2≡(e’ 2)≡Cr’2 
roda-se a nova projecção frontal do
triângulo mais 90º, até à posição x   A1
horizontal. Na segunda rotação
despreza-se a recta auxiliar n,
D1 e2≡nr1
assim como o ponto D. Embora
não se indique, a projecção hori-
zontal da posição final do triângulo C1 e’1
está em VG.
Para se colocar o triângulo oblíquo
na posição frontal, procede-se de Br1
forma inversa a esta: primeiro colo- B1≡Br1≡(e1)
ca-se a figura na posição vertical,
com um eixo de topo e uma recta
n1
auxiliar frontal; depois coloca-se na
posição pretendida com um eixo
vertical.
 Ar1
 Ar’1 
Dr1
Cr1≡Cr’1 
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 18

Alterar as posições de triângulos utilizando mudanças de planos

Neste subcapítulo utiliza-se o mesmo triângulo das páginas anteriores. Deste modo, mais facilmente
se comparam os diferentes procedimentos. A resolução de situações em que a figura se encontra à
partida noutra posição, depreende-se facilmente depois de compreendidas estas.

 A4
C4≡D4≡(f 4)
B4
 A2
D2
Passar um triângulo oblíquo
para vertical
f 2
B2 Traça-se uma recta frontal para se
     ’
saber a direcção a dar ao novo eixo x.
C2
     x deslocando os afastamentos dos vérti-
ces obtém-se uma nova projecção fron-
tal que fica, necessariamente, reduzida
a um segmento de recta.
x  Para tornar o triângulo de topo utiliza-se
 A1 uma recta auxiliar horizontal e traça-se
o eixo x na perpendicular à sua projec-
ção horizontal.
D1 f 1
C1

B1
B4

f 4
D4     x
’ 

 A4
C4
Passar um triângulo oblíquo  A2 f 2
para de rampa
D2
 Aqui coloca-se o novo eixo x paralelo à
 Aqui
projecção frontal da recta auxiliar. Deste
modo, a recta fica fronto-horizontal, o B2
que prova que o triângulo fica de ram-
pa. Foram deslocadas as medidas dos
afastamentos. C2
Este caso também se resolveria com
uma recta auxiliar horizontal, colocando
o novo eixo x paralelo à sua projecção x 
horizontal.  A1

D1 f 1
C1

B1
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 19

 As situações anteriores resolvem-se com uma mudança de plano,


pl ano, estas resolvem
resolvem-se
-se com duas.
C5

Passar um triângulo oblíquo


para frontal

O
emprimeiro
colocar passo destenaexercício
o polígono posição consiste
vertical,
tal como foi mostrado na página anterior.  A5
Com um segundo eixo x paralelo à nova
projecção obtém-se a posição pretendida,
sendo deslocadas as cotas do triângulo
vertical. Na segunda mudança de plano B5
despreza-se a recta auxiliar f, assim como
o ponto D.  A4
Embora não se indique, o triângulo que x ””   
surge na posição final está em VG. C4≡D4≡(f 4) B4
Para colocar a mesma figura na posição  A2
horizontal começa-se por colocá-lo de
topo, utilizando uma recta auxiliar horizon- D2
tal. Com o segundo eixo x obtém-se a
posição desejada.
f 2
B2
     ’
     x
C2

x   A1

D1 f 1
C1

B1

 x 
”    

 A4 C4≡D4≡(f 4)
B4
- B5 -  A5
 A2 C5
-

D2

f 2
B2
     ’
C2
     x Passar um triângulo oblíquo
para frontal
Tal como no exercício anterior, o primeiro
x  passo consiste em colocar o polígono na
 A1 posição vertical. Com um segundo eixo x
perpendicular à nova projecção obtém-se
a posição pretendida, sendo deslocadas
D1 f 1 as cotas dodetriângulo
mudança vertical. Na segunda
plano despreza-se a recta
C1 auxiliar f, assim como o ponto D.
Este caso também se resolveria com uma
primeira posição de topo.
B1
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 20

Figuras planas  – Exercícios 

Representação de polígonos projectantes Representação de polígonos não projectan-


tes
1. Representar o triângulo equilátero horizontal
[ABC], sabendo que A(3;2;3) é o vértice de menor 14. Determinar o hexágono regular [ABCDEF],
afastamento, B(4;6;3) o de maior abcissa e C o de situado no plano π, que cruza o eixo x num ponto
menor abcissa. com -2cm de abcissa, cujos traços frontal e horizon-
tal fazem 55ºad e 40ºad, respectivamente. O polígo-
2. Representar o triângulo isósceles frontal [DEF], no está inscrito numa circunferência com 3m de raio
sabendo que F(-1;2;2) e E(2;5;2) são os vértices de e centro em O(3;4), e tem dois lados horizontais.
maior cota e que os lados [DE] e [DF] medem 5cm.
15. Representar o triângulo equilátero [PQR], situa-
3. Representar o quadrado horizontal [GHIJ], saben- do no plano α, que cruza o eixo x no ponto de abcis-
do que G(2;0;2) e H(-2;1,5;2) são vértices consecu- sa nula e é perpendicular ao β1/3, fazendo o seu
tivos e os de menor afastamento. traço frontal 40ºae. Conhecem-se as coordenadas
dos vértices P(3;0) e Q(0;3).
4. Representar o rectângulo frontal [KLMN], sendo
K(4;3;1) e M(-2;3;5) dois vértices opostos da figura. 16. Representar o triângulo equilátero [GHI] com
O lado [KN] mede 5,5cm, sendo N o vértice de 6cm de lado, situado no plano θ, que cruza o eixo x
menor afastam
afas tamento.
ento. num ponto com 2cm de abcissa, fazendo os seus
traços frontal e horizontal 55ºad e 35ºae,
5. Representar o losango horizontal [PQRS], sendo respectivamente. Conhece-se G(3;0) e sabe-se que
P(-2;1;2) e R(3;6;2)
Os lados do losangodois vértices
medem 4cm.opostos da figura. H está sutado no traço frontal do plano.
17. Representar o quadrado [DEFG], situado no
6. Representar o hexágono regular frontal plano π, que cruza o eixo x num ponto com 1cm de
[ABCDEF], sendo A(3;4;2) e B(4;4;5) os vértices abcissa, fazendo os seus traços frontal e horizontal
situados mais à esquerda. 55ºae e 40ºad, respectivamente. Conhecem-se
Conhecem-se as
coordenadas dos vértices consecutivos D(0;2) e
7. Representar o pentágono regular horizontal E(3;0).
[GHIJK], inscrito numa circunferência com 3cm de
raio e centro em O(2;4;3), sendo o lado [IJ] vertical 18. Representar o pentágono regular [JKLMN],
e o de menor abcissa. situado no plano de rampa α, cujos traços têm 4cm
de cota e 6cm de afastamento. O polígono está
8. Representar o triângulo vertical [ABC], sabendo inscrito numa circunferência com 3,5cm de raio,
as coordenadas dos vértices A(3;4;4), B(1;?;6) e cujo centro se situa a igual distância dos dois tra-
C(-1;1;2). Determinar também a VG desse triângulo. ços. O lado de maior cota do polígono é fronto-
horizontal.
9. Representar o quadrado [ABCD], situado no pla-
no vertical  ω, que cruza o eixo x num ponto com - 19. Representar o rectângulo [JKLM], situado no
2cm de abcissa e faz 55ºad. Conhecem-se
Conhecem-se as coor- plano de rampa θ. Os vértices J e K são consecuti-
denadas dos vértices opostos A(0;4) e C(5;5). vos, têm 1cm de cota e 1cm de afastamento, res-
pectivamente, e situam-se na recta r, cujos traços
10. Representar o triângulo equilátero [DEF], situa- são H(6;5;0) e F(1;0;4). O vértice M situa-se no tra-
do no plano de topo θ, que cruza o eixo x num pon- ço horizontal
hor izontal do plano.
to com 1cm de abcissa e faz 40ºad. Conhecem-se
os vértices E(4;1) e F(5;3). 20. Representar o quadrado [ABCD], situado no
plano de rampa ψ, cujos traços têm 2cm de cota e
11. Representar o pentágono regular [ABCDE], -1,5cm de afastamento. O lado cujos vértices são os
situado no plano de topo δ, que cruza o eixo x num pontos A(6;1;?) e B(1;1;?) é o de menor cota.
ponto com 1cm de abcissa e faz 45ºae. Conhece-se
 A(0;3) e O(4;3), centro
centro da circunferên
circunferência
cia circunscrita
circunscrita 21. Representar o triângulo equilátero [PQR], situa-
ao polígono, e sabe-se que o lado [CD] é frontal. do no plano passante δ. Conhecem-se
Conhecem-se os vértices
P(4;2;3) e Q(2;?;7).
12. Representar quadrado de perfil [JKLM], situado
no plano ψ. Os pontos K(1;5) e M(6;3) são dois vér- 22. Representar o hexágono regular [ABCDEF],
tices opostos do polígono. situado no β1/3. O polígono está inscrito numa cir-
cunferência com 3cm de raio e centro no ponto
13. Representar o pentágono [PQRST], situado no O(-2:4;4), sendo dois dos seus lados fronto-
plano de perfil ρ, com 4cm de abcissa. O polígono horizontais.
está inscrito numa circunferência tangente ao PFP,
com 3cm de raio e centro em O(3;4), e o seu lado
de maior afastamento é vertical.
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 21

Verdadeira grandeza de polígonos Representação de circunferências não pro-


es 
 jectantes
 jectant
23. Determinar a VG do triângulo que tem como
vértices os pontos G(2;0;4), H(2;4;6) e I(2;2;1,5). 36. Representar uma circunferência com 3,5cm de
raio e centro em O(4;5), situada no plano ρ, que
24. Determinar a VG do polígono que tem como cruza o eixo x num ponto com -2cm de abcissa,
vértices os pontos A(3;3;3) B(3;4;1), C(3;2;-2) e fazendo os seus traços frontal e horizontal 55ºae e
D(3;-1;2).
45ºae, respectivamente. 
respectivamente. 
25. Determinar a VG do triângulo de topo que tem 37. Representar uma circunferência com 3,5cm de
como vértices os pontos E(0;-1;1), F(-2;4;2) e raio, sendo tangente a ambos os traços do plano π 
G(-3,5;2;?). onde se situa, que cruza o eixo x num ponto com
3cm de abcissa, fazendo os seus traços frontal e
26. Determinar a VG do triângulo vertical que tem horizontal, 40ºad e 50ºad, respectivamente.
como vértices os pontos J(1;-1;-1), K(5;4;2) e
L(3;?;4). 38. Representar o plano de rampa α, 
α,  cujos traços
têm 5cm de cota e 3cm de afastamento. Nesse pla-
27. Determinar a VG do losango [ABCD], situado no no representar uma circunferência com 3cm de raio,
plano oblíquo β, cujos traços frontal e horizontal que é tangente ao traço horizontal do plano e tem
fazem 50ºae e 40ºae, respectivamente, cruzando o centro no ponto X com -2cm de abcissa.
eixo x num ponto com -1cm de abcissa. Sabe-se
que o ponto A(1;2) é o de menor abcissa e que os 39. Representar uma circunferência com 3,5cm de
lados do polígono medem 4cm, sendo [AB] horizon- raio e centro no ponto O(6;4), situada no plano pas-
tal e [AD] frontal. sante ψ. 
28. Determinar a VG do triângulo que tem como
vértices os pontos M(1;3;1), N(-1;0;4) e O(-2;5;2). Alterar posições de triângulos utilizando
rotações
29. Determinar as projecções e a VG do quadrado
40. Representar o triângulo cujos vértices são os
[PQRS], situado no plano de rampa α . Os pontos
pontos A(2;4;5), B(0;1;1) e C(-2;3;2). Utilizando rota-
 A(0;3;0) e C(-2;0;4)
 A(0;3;0) C(-2;0;4) são doi
doiss vértices
vértices opostos
opostos do ções, colocá-lo nas seguintes posições:
polígono. a) de topo
b) vertical
30. Determinar a VG do triângulo situado no plano
c) de rampa
passante π, cujos vértices são T(6;2;3), U(3;0;0) e d) de perfil
V(1;3;?).  e) horizontal
f) front
f rontal
al
Representação de circunferências projec-
tantes  41. Representar o triângulo equilátero cujos vértices
são os pontos D(4;-1;4), E(3;2;2,5) e F(0;0;5). Utili-
31. Representar duas circunferências, uma horizon- zando rotações, colocá-lo nas seguintes posições:
tal com 2,5cm de raio e centro no ponto O(4;4;2), a) de perfil
outra frontal com 2cm de raio e centro no ponto b) horizontal
O’(-3;0;3). c) front
f rontal
al
32. Representar duas circunferências, ambas com Alterar posições de triângulos utilizando
2,5cm de raio, uma horizontal com centro em mudanças de planos
X(3;-2;4), outra frontal com centro em X’( -3;4;-4).
42. Representar o triângulo cujos vértices são os
33. Representar uma circunferência de perfil, com pontos A(2;4;5), B(0;1;1) e C(-2;3;2). Utilizando
3cm de raio e centro no ponto Q(2;5;4). Nessa cir- mudanças de planos, colocá-lo nas seguintes posi-
cunferência marcar o ponto R, com 7cm de afasta- ções:
mento e cota superior à de Q. a) de topo
b) vertical
34. Representar uma circunferência com 3cm de c) de rampa
raio e centro em O(4;4), situada no plano vertical β, d) de perfil
que cruza o eixo x num ponto com 1cm de abcissa e) horizontal
e faz 45ºad. f) front
f rontal
al
35. Representar uma circunferência com 3cm de 43. Representar o triângulo equilátero cujos vértices
raio e centro em Q(3;3), situada no plano de topo σ, são os pontos D(4;-1;4), E(3;2;2,5) e F(0;0;5). Utili-
que
e fazcruza
35ºae.o eixo x num ponto com 2cm de abcissa zando mudanças de planos, colocá-lo nas seguintes
posições:
a) de perfil
b) horizontal
c) front
f rontal
al
Manual de Geometria
Geometr ia Descriti
Descritiva
va - António Galrinho
Galri nho Figuras planas - 22

SÓLIDOS I

Neste capítulo mostra-se como se representam pirâmides, prismas, cones e


cilindros em diferentes circunstâncias, recorrendo ou não a processos auxilia-
res. Mostra-se também como se traçam e determinam planos e rectas tangen-
tes a esses sólidos e à esfera.

Sumário:

2. Nomenclatura de sólidos
3, 4 e 5. Representação de pirâmides e de prismas com bases
projectantes
6 e 7. Representação de pirâmides e de prismas com bases não 
não  
projectantes
8, 9 e 10. Representação de cones e de cilindros com bases projectantes  
11 e 12. Representação de sólidos mediante condições específicas  
13 e 14. Representação de pontos e de linhas nas superfícies dos
sólidos
15. Planos e rectas tangentes aos sólidos no espaço 
espaço  
16 e 17. Planos e rectas tangentes a prismas e a pirâmides
18, 19, 20 e 21. Planos e rectas tangentes a cilindros, a cones e à esfera  
22, 23 e 24. Exercícios 
Exercícios 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 1

Nomenclatura de sólidos

Para que os termos utilizados nas páginas que se seguem não constituam impasse à compreensão
dos conteúdos nelas expostos, apresenta-se aqui a nomenclatura empregue no estudo dos sólidos.

V - Vértice da pirâmide
V   A, B e C - Vértices da base G’  F’ 
[ABC] - Base
[AB] - Aresta da base  D’  P’  E’ 
[ABV] - Face (lateral)
[AV] - Aresta lateral
[PV] - Geratriz 

[DEFG] e [D’E’F’G’] - Bases infe-


rior e superior
D, E, F, G e D’, E’, F’, G’ - Vérti-
C  ces das bases inferior e superior G 
 A  [DEE’D’] - Face (lateral)

P  [DE] e [D’E’] - Arestas das bases
[DD’] - Aresta lateral D  P  E 
B  [PP’] - Geratriz 

[b’] 

O’  B’ 
 A’ 

[c] 


[a]  [c’] 

B  B 
O  O  [a’] 
 A  [b] 
[b]   A 

V - Vértice [b] - Base inferior O - Centro


[b] - Base [b’] - Base superior [c] e [c’] - Círculos máximos 
máximos 
O - Centro da base O e O’ - Centros das bases [a] e [a’] - Círculos menores 
[VO] - Eixo  [OO’] - Eixo 
[VA] - Geratriz [AA’] - Geratriz
[VB] - Geratriz de contorno   [BB’] - Geratriz de contorno 
Nomenclatura da pirâmide, do prisma, do cone, do cilindro e da esfera
Junto a cada sólido apresentam-se os termos relativos a estes sólidos, que convém conhecer.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 2

Representação de pirâmides e de prismas com bases projectantes


Nesta página estão representadas pirâmides e prismas com bases horizontais e frontais. Mostram-
se sólidos regulares e sólidos oblíquos.

V2 V’2
L’2  I’2  K’2  J’2
H’2

H2 J2
L2   I2  K2 
 A2 D2 B2 C2 G2 E2 F2

B1 I1≡I’1 
V’1 E1

 A1
H1≡H’1  J1≡J’1 

V1 C1
G1 F1
D1 L1≡L’1  K1≡K’1 

Pirâmides e prisma com bases horizontais


Estão aqui representadas duas pirâmides, uma quadrangular regular, outra triangular oblíqua, e um prisma pen-
tagonal regular. As arestas invisíveis em cada projecção estão representadas a traço interrompido.

 A’2
D2≡D’2 
I2
 A2
H2 J2
E2≡E’2 
B’2

C’2 G2≡G’2  V2
B2 M2 K2
C2 F2≡F’2  L2

x  G1 D1 F1 E1 V1
 A1 B1
C1

G’1 D’1 F’1 E’1 H1≡M1  I1≡L1  J1≡K1 


C’1  A’1 B’1
Prismas e pirâmide com bases frontais
 Aqui estão
est ão dois prismas, um oblíquo, outro recto, e uma pirâmide hexagonal oblíqua. As arestas invisíveis em
cada projecção estão representadas a traço interrompido. Quando há sobreposição de arestas invisíveis com
visíveis prevalecem, em termos de traçado, as visíveis.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 3

Nesta página estão representadas pirâmides e prismas com bases horizontais e frontais. Mostram-
se sólidos regulares, irregulares, rectos e oblíquos. É comum, quando se representam sólidos nes-
tas posições, representar o ou um dos planos onde se situa a sua ou uma das suas bases. Esses
planos são rebatidos quando não se consegue representar directamente a base nele contida.
Nos casos em que há rebatimento de polígonos, estes são construídos através da divisão da circun-
ferência ou de outro processo, mostrados no início do capítulo Figuras Planas. Para não sobrecarre-
gar o traçado, não se representam esses processos.

B’2 

 A’2  f β 

C’2  B2 

 A2  Prisma recto


com bases de topo
Partindo do princípio de que as bases
deste prisma são triângulos irregula-
C2  res, podem ser traçados directamen-
te. Assim sendo, temos uma base
x  sobre o plano θ e outra ao lado desta,
obtida na perpendicular a esse plano,
 A’1  A1 por se tratar de um sólido recto.

C’1 C1
f δ
δ≡≡f δR 

B’1
B1  A2   AR 
hβ  V2 

E2  B2  BR  ER 

Pirâmide oblíqua D2  C2  C R  DR 


com base vertical
Tratando-se de uma base regular, x≡hδR 
pentagonal neste caso, é necessário B1 
rebater o plano que a contém para C1 
que esta seja representada nas pro-
 jecções. Partindo do princípio de que  A1 
o vértice principal é dado, basta uni-
lo aos vértices da base para obter o D1 
sólido. E1 
hδ 

V1 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 4

Nesta página mostram-se sólidos de bases poligonais em planos de perfil, num caso com represen-
tação directa da base, noutro caso com recurso a rebatimento.
Seja nos casos mostrados nesta página, na anterior ou nas que se seguem, os procedimentos
necessários para a representação de um sólido dependem também do modo como um enunciado é
apresentado. Assim sendo, não são aqui abordadas algumas possibilidades que, de um modo geral,
não trazem dificuldade maior à representação dos sólidos.

P2

P’2

Q2

Prisma oblíquo com bases de perfil


R2 Q’2
Parte-se aqui do princípio de que os vértices
da base do lado esquerdo foram dados
R’2 directamente, pelo que não houve necessi-
dade de proceder a rebatimento. Dados
x  terão sido também os ângulos das projec-
P1 ções das arestas laterais, tal como a altura
P’1 do sólido.

R1
R’1

Q1
Q’1

 AR  A2

BR B2
MR M2
V2

DR D2 

Pirâmide regular
com base de perfil CR C2
 A base desta pirâmide é um
quadrado, construído em reba- x≡hθR 
timento. Tratando-se de um B1
sólido recto, foi determinado o
centro da base, ponto M, a
partir do qual se traçou o eixo, C1
fronto-horizontal, para determi- M1
nação do vértice da pirâmide. V1

 A1
D1
f θ≡hθ≡f θR 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 5

Representação de pirâmides e de prismas


com bases não projectantes
Nesta página observam-se dois prismas, um com bases oblíquas, outro com bases de rampa, estan-
do uma delas num plano passante. Recorre-se ao rebatimento para as representar.
C’2
f π 
 A’2

F2 C2
n2
 A2
B’2 Prisma regular
com bases oblíquas
 Após representado o triângulo equilá-
 A1 tero no plano rebatido, foram traçadas
B2
as arestas laterais na perpendicular a
x  F1 esse plano, determinando-se assim a
outra base. Não foi aqui atribuída uma
altura específica ao sólido.

 A’1 C1
 AR
n1
BR≡B1 

FR D2
C’1 hπ≡
π≡hhπR 

nR B’1 C2
f πR  H2
 A2
CR

G2
B2

E2
Cubo com uma face
F2
num plano passante
Parte-se aqui do princípio de que é
dado o ponto A, e que a partir dele se x≡hθθ≡f θ≡f 
x≡h θ≡f πR 
constrói o quadrado rebatido [ABCD],
pR’
R’  
situado no plano passante. Depois de
colocar esse quadrado nas projecções B1
(com recurso ao rebatimento auxiliar
do plano e da recta de perfil que con-  AR’ 
R’ 
têm o ponto A), procede-se à marca-  A1
ção das restantes arestas do cubo, o BR
C1
que se faz a partir do ponto E R’, mar-
cado na perpendicular a p R’, tendo
esse segmento a medida do lado do  AR D1
quadrado. F1
E’
R

E1 G1
CR
hπ≡f π
π≡h≡hπR≡p1≡p2≡pR  H1
DR
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 6

 Aqui observa-se a representação de uma pirâmide regular com uma base num plano de rampa
comum, com a particularidade de ser dada a altura do sólido. Recorre-se ao rebatimento para repre-
sentar a base e à projecção lateral para representar a altura.

y≡z 
V2 V3

f α  P2  A2

M2
M3
B2
C2
PR’   A1
x  P1

lα 
M1
C1 B1

hα≡hαR 
CR
V1
BR
MR

f αR  PR  AR

Pirâmide regular com base de rampa


 Após representado o triângulo equilátero da base, através do rebatimento do plano, foi determinado o seu cen-
tro, ponto M, também no rebatimento. Sendo dada a altura da pirâmide, determinou-se o traço lateral do plano
para marcar a medida [M3V3], que corresponde a essa altura.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 7

Representação de cones e de cilindros com bases projectantes

 Aqui estão representados cones e cilindros com bases h


horizontais
orizontais e frontais,
fr ontais, uns rectos, outros
outro s oblí-
quos. Os cones e cilindros rectos designam-se também por sólidos de revolução. Os pontos mais à

esquerda e mais à direita das circunferências são utilizados para unirem uma projecção à outra.
V2
V2  A’2 O’2 B’2

 A2 O2 B2
 A2 O2 B2  A2 O2 B2

 A1 B1  A1 B1
V1≡O1  O1
 A1≡A’1  O1≡O’1  B1≡B’1 
V1

Cones e cilindro com bases horizontais


Estão aqui representados dois cones, um recto, outro oblíquo, e um cilindro recto. A parte invisível da circunfe-
rência da base do segundo cone está representada a traço interrompido.

 A2 O2 B2
V2
 A2 O2 B2 O2≡O’2  B2≡B’2 
 A2≡A’2 
O’2
B’2
 A’2

x  V1  A1 O1 B1
 A1 O1
B1

 A’
 A’1 O’ B1 1 O1 B1
 A1 O1 B1 1

Cone e cilindros com bases frontais


 Aqui está um cone oblíquo e dois cilindros, um recto, o outro oblíquo. A parte
parte invisível da circunferência da base
do segundo cilindro está representada a traço interrompido.
int errompido.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 8

Nesta página representa-se um cilindro oblíquo com bases de perfil e outro de revolução com bases
de topo.
C2

C’2
 A2≡B2≡O2
Cilindro oblíquo
O’1≡A’2≡B’2 com bases de perfil
D2 Para representar um cilindro com as bases
de perfil basta unir as projecções dessas
bases, cujo traçado são segmentos de rec-
D’2 ta perpendiculares ao eixo x. No entanto, é
comum haver necessidade de rebater uma
x  das bases quando se pretende algo mais
B’1
do que apenas representar o sólido.
B1 Tratando-se de um cilindro de revolução, as
suas projecções seriam rectangulares.

O’1≡C’1≡D’1
C1≡D1≡O1

 A’1
 A1 G’2
H’2≡F’2 

 A’2≡E’2≡O’2 

B’2≡D’2  f θ 
C’2
G2 
H2≡F2 

 A2≡E2≡O2 

B2≡D2 
C2 

x≡f θR   A’1
 AR  A1
HR
BR B’1 H’1 B1 H1

O’1
GR G1
OR C’1 CR G’1 C1 O1

D’1
FR DR F’1 D1 F1

ER E’1 E1

hθR≡hθ 
Cilindro de revolução com bases de topo
 Após representada a circunferência da base que está es tá no plano, com recurso a oito pontos que resultaram da
divisão da circunferência em partes iguais, procedeu-se à representação da outra base. Para isso marcou-se a
altura do sólido na perpendicular ao traço frontal
front al do plano, assim como as geratrizes que contêm os oito pontos.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 9

 Aqui representam-se dois cones, um com base de perfil, outro com base vertical.

C2

V2
Cone oblíquo
 A2≡B2≡O2
com base de perfil
Um cone com bases de perfil tem sempre
D2 projecções triangulares. Para o representar
basta unir as projecções do vértice às da
base, cujo traçado são segmentos de recta
x  perpendiculares ao eixo x. No entanto, é
comum haver necessidade de rebater uma
B1 V1 das bases quando se pretende algo mais
do que apenas representar o sólido.
Tratando-se de um cone de revolução, as
suas projecções seriam triângulos isósce-
C1≡D1≡O1 les.

 A1
f θ≡f θ  
R
E2 ER
T2 TR FR
F2
D2 DR

G2 O2 IR V2≡(t2)≡I2  OR
C2 M  GR
CR

H2 B2 BR
T’2 I1  HR
T’R
 A2  AR
x≡hθR 

B1≡D1  C1 

 A1≡E1≡O1  T1≡T’1 

G1   H1≡F1 
t1
hθ 

V1
Cone de revolução com base vertical
Na projecção frontal deste cone há que saber com rigor os pontos de tangência, T e T’, entre as geratrizes de
contorno e a elipse. Esses pontos determinam-se no rebatimento, por meio do ponto I, que resulta da intersec-
ção da recta de topo t (projectante frontal contendo o vértice) com o plano da base. Os pontos
pont os de tangência são
aqueles em que a elipse passa de visível a invisível.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 10

Representação de sólidos mediante condições específicas

Os dados dum enunciado podem obrigar a procedimentos particulares aquando da representação


de um sólido, não permitindo que este se represente de forma tão imediata como sucede nas pági-

nas anteriores. Nesta página observa-se como isso se processa numa pirâmide e num prisma.
V2 

P2  Pirâmide pentagonal oblíqua


sendo dados a inclinação
e o tamanho do eixo
É dado o tamanho do eixo do sólido, que
s2≡f δ  é 6cm, e os ângulos das suas projecções
frontal e horizontal, que são 60ºae e
40ºae, respectivamente. 
respectivamente. 
x≡f δR  E2 D2   A2≡O2  C2  B2 Traça-se a linha auxiliar s, cujas projec-
ções têm as aberturas do eixo, nela se
 A1  marcando um ponto qualquer. De seguida
rebate-se o plano de topo que contém
essa linha. É no rebatimento que se mar-
E1  ca a VG do tamanho do eixo, entre O R  e
B1  VR. Com o contra-rebatimento
contra-rebatimento obtêm-se
obtêm-se
O1≡OR  as projecções do vértice do sólido.
s ólido.

PR  P1 
s R  D1  C1 
VR 
V1  L’2 
s1 
hδ≡h
δ≡hδR 
M’2 
hθ≡
θ≡f f θθ≡f 
≡f θR≡p1≡p2 
L2  

K’R  K’2 
M2 
Prisma quadrangular oblíquo N’2 
sendo dados a inclinação pR 
e a medida das arestas laterais K2 
KR 
 Aqui é dado o tamanho do eixo do
sólido, que é 4cm, e as arestas late-
rais, que são de perfil, fazendo 70º N2 
com o PFP.
Sendo as arestas de perfil, utiliza-se x≡hθ
≡hθR 
aqui o rebatimento do plano de perfil,
neste caso aquele que contém a ares- M1 
K1  L1   N1 
ta situada mais à esquerda. No rebati-
mento traça-se a VG do tamanho e o
ângulo da aresta [KK’] sobre a recta
de perfil que os contém.
Para a resolução deste tipo de situa-
ções é também recomendável o recur-
so às projecções laterais.

K’1  L’1  N’1  M’1 


Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 11

Nesta página observa-se um cilindro e um cone que também não se conseguem representar directa-
mente. Aqui, como na página anterior, observam-se estas situações com sólidos de bases horizon-
tais e frontais, mas os procedimentos seriam idênticos caso as bases estivessem noutras posições.

e2

 A2 O2 Br2≡B2
Cilindro oblíquo sendo dados
a inclinação e o tamanho
Pr2 das geratrizes
P2
br2
Traçou-se a recta auxiliar b, com a mes-
B’2 B’r2 ma inclinação das projecções frontal e
 A’2 O’2 horizontal das geratrizes, que é de
60ºae e 70ºad, respectivamente.
respectivamente.  
b2  Aqui optou-se por aplicar uma rotação
da geratriz situada mais à direita, colo-
cando-a frontal com recurso a um eixo
x  vertical que contém o ponto B. Os 4cm
Pr1 correspondentes à medida das geratri-
 A1
zes estão marcados em VG na recta b
O1  B1≡(e1)≡Br1 br1 B’r1 rodada, correspondendo à medida
[Br2B’r2].

P1
V2

 A’1 O’1 B’1


b1

Cone oblíquo sendo dados  A2 O2 B2


a inclinação e o tamanho do eixo x 
O vértice deste cone tem 4cm de afasta-
mento, situa-se 1cm para a direita do ponto
O e sabe-se que a sua geratriz de contorno
frontal situada mais à esquerda mede
5,5cm.
 Aqui optou-se por utilizar uma mudança de
plano, colocando o eixo x’ paralelo ao seg-  A1 O1
mento de recta [A1V1], para que a geratriz B1
fique frontal. A partir de V 1  traçou
traçou-se
-se uma
linha de chamada perpendicular a x’, com  A4 V1
um tamanho qualquer, sobre a qual se mar-
cou V4  a partir de A4, com o tamanho de      x
5,5cm. Passando a cota de V 4  para a pro-   ’
 jecção principal fica-se a conhecer V2.

 

V4
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 12

Representação de pontos e de linhas nas superfícies dos sólidos

Nesta página representam-se pontos e linhas nas superfícies de pirâmides e de prismas. Para
representar pontos é muitas vezes necessário utilizar linhas auxiliares.

V2
B’2 T2  A’2 C’2

E2
Q2 R 2 D2
S2

P2
B2 C2
 A2
 A2 B2 C2
x  D2
B1
E2

C1
B1
 A1 Q1 E1
P1 E1 C’1
V1 B’1
C1 T1 S1
R1

 A1
D1
D1
 A’1

D2≡D’2 

K2 E2≡E’2 
Marcação de pontos e de linhas
G2≡G’2≡H2  J2 em pirâmides e em prismas
Pirâmide: ponto P, com 1,5cm de cota, situado na
aresta [AV]; geratriz frontal [EV], situada na face
[BCV]; segmento de recta horizontal [QR], com
F2≡F’2≡I2 
2,5cm de cota, situado na face [ADV].
Prisma triangular: ponto S, com 2,5cm de cota,
x  G1 D1 F1 E1 situado na diagonal [A’B]; ponto T, com -2cm de
abcissa e 3,5cm de afastamento, situado na base
superior; segmento de recta horizontal, com 3cm de
cota, situado na face [ACC’A’]. 
Prisma quadrangular: ponto K, com 3cm de cota,
J1 situado na diagonal [D’F’]; ponto J, situado no cen-
H1 I1 tro da face [EFF’E’]; segmento de recta frontal, com
2,5cm de afastamento e situado na face
f ace [FGG’F’].
[FGG’F’].  
G’1 D’1 K1 F’1 E’1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 13

Nesta página representam-se pontos e linhas nas superfícies de um cone, de um cilindro e de uma
esfera. Também aqui é muitas vezes necessário utilizar linhas auxiliares para representar pontos.

 A2 O2 B2 J2 

C2
D2  A2  O2   K2 
T2 B2 
B’2
 A’2 O’2
L2  
S2
C’2

 A1 O1≡D1  D’2 B1


x  C1
K1 

S1
T1 O1  
 A1  B1 
J1 

L1 
 A’1 B’1
O’1≡D’1 C’1

f π≡h
≡hππ≡f πR

V2 VR

RR Marcação de pontos e de linhas


R2 num cilindro, numa esfera e num cone

Cilindro: geratriz
projecções; ponto [CC’],
S, cominvisível
2cm deemafastamento,
ambas as
P2
situado na geratriz que une os pontos de menor
cota das bases; ponto T, com 2,5cm de cota,
situado na geratriz de contorno frontal situada
mais à esquerda;
 A2 ER B2 Esfera: ponto J, com 4cm de cota, situado no cír-
C2 D2 O2≡E2  culo máximo frontal à esquerda de O; ponto K,
com 1cm de afastamento, situado no círculo
cí rculo máxi-
mo horizontal à direita de O; ponto L(4;1,5), situa-
x≡hπ
≡hπR  do à esquerda de O.
E1
Cone: aresta [CV], que faz 40ºad em projecção
horizontal, sendo invisível em projecção frontal;
C1 ponto P, com 4cm de abcissa e 3cm de cota; pon-
to R, com 4cm de cota, situado na aresta de perfil
[EV]. Para marcar este ponto procedeu-se ao
R1
rebatimento do plano de perfil que contém essa
 A1 aresta.
B1
V1≡O1 
P1

D1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 14

Planos e rectas tangentes aos sólidos no espaço

Para que, nas páginas seguintes, se tenha uma percepção correcta de planos e de rectas tangentes
a sólidos, apresentam-se aqui essas situações no espaço.

[b’] 
V  θ 
O’  δ 
T’  β 

t’ 
r   T × 

R  r   O 

r  
O  O 
[b] 

[b]  T 
t  t 
Planos e rectas
tangentes a sólidos
α  Um plano tangente a um cone ou
V  π  V  a um cilindro contém uma gera-
triz. O plano θ  contém a geratriz
[TV], o plano β  contém [TT’].
Designam-se por tangentes as
r   rectas que os planos de tangên-
r   cia têm nos planos da bases,
que são t e t’; estas rectas são
R  R’  tangentes às bases nos pontos T
R  e T’ e perpendiculares aos raios
[OT] e [O’T’]. Tangentes são
também as rectas r, que perten-
 A  C   A  C  cem ao plano tangente e tocam
a superfície num ponto.
Um plano tangente a uma esfera
t  B 
toca a sua superfície num ponto,
B  designado por ponto de tangên-
t  cia, aqui T. O raio [OT] é perpen-
dicular ao plano e a qualquer
G’  F’  G’  F’  recta tangente à superfície nesse
ponto.
σ 
Existem dois tipos de planos
E’  D’  E’  tangentes às pirâmides e aos
D’ 
ρ  prismas: os que contêm uma
t’  aresta e os que contêm uma
t’  face (ou seja, contêm duas ares-
tas). Os planos π  e ρ  contêm
uma aresta; os planos α e σ con-
r   R  têm duas, isto é, uma face late-
R  r   R’ 
ral.
 As rectas r representadas nas
pirâmides e nos prismas podem
G  G  ser traçadas directamente, sem
F  F  necessidade de as colocar num
plano de tangência.
D  E  D  E 
t  t 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 15

Planos e rectas tangentes a prismas e a pirâmides


Podemos considerar a existência de dois tipos de planos tangentes a prismas e a pirâmides: aque-
les que contêm uma face e aqueles que contêm apenas uma aresta. As rectas tangentes a estes
sólidos podem ser traçadas directamente, mas aqui são representadas dentro de planos tangentes.

H’2 L’2  I’2  K’2  J’2


f 2
Q2 r 2
P2
f β  Planos e rectas tangentes
R2 a um prisma recto
H2 J2
L2  I2  K2  Estão aqui representados dois planos e duas
rectas tangentes aos sólidos. O plano α é frontal
e contém a face [KLL’K’]; a recta f é frontal, está
x  contida nesse plano e cruza as arestas nos pon-
I1≡I’1 
tos Q e R. O plano β é vertical e contém a aresta
[KK’]; a recta r é oblíqua, está contida nesse
plano e cruza a aresta no ponto P.
H1≡H’1  J1≡J’1 
hβ≡r 1 

(hα)
(hα)≡f 
≡f 1 
L1≡L’1≡Q1  K1≡K’1≡P1≡R1 

f 2
v2  A’2
f δ 
 A2
Q2
a2
B’2
f ρ 
Planos e rectas tangentes R2
a um prisma oblíquo P2 C’2 B2 r 2
F2
 Aqui temos um prisma oblíquo, dois pla- C2
nos e duas rectas que lhes são tangentes.
O plano ρ  é vertical e contém a aresta
[CC’]; a recta v é vertical, está contida F1 H2
nesse plano e cruza a aresta no ponto P. x 
O plano δ  é oblíquo e contém a face
[AA’B’B]; a recta r é oblíqua, está contida
nesse plano e cruza as arestas nos pon- f 1  H1
tos Q e R. A determinação dos traços do C1  A1 Q1 B1
plano oblíquo foi feita com recurso às
rectas a e f que contêm, respectivamente, (v2)≡P1 
as arestas [BB’] e [AB]. 
hδ 
hρ 
R1
C’1  A’1 B’1
a1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 16

Na página anterior observam-se planos e rectas tangentes a prismas, nesta observam-se planos e
rectas tangentes a pirâmides. Também aqui as rectas tangentes podem ser traçadas sem os planos.

F2 V2 n2

Q2

f π  P2 Planos e rectas tangentes


a uma pirâmide recta
R2 f ψ
ψ≡f 
≡f 2
O plano de topo contém a aresta [CV], dentro
dele foi traçada a tangente frontal f, que cruza a
aresta no ponto P. O plano oblíquo contém a
 A2 D2 B2 C2 face [ADV], dentro dele foi traçada a tangente de
x  F1 B1 perfil p, que cruza a face
f ace nos pontos Q e R. Para
determinar o traço frontal do plano utilizou-se a
recta horizontal n, que contém V e é paralela à
hψ   aresta [AD]. O traço horizontal do plano oblíquo
contém essa aresta, uma vez que a base se
 A1 situa no PHP.
Q1 V1 f 1 
P1 C1
hπ  
R1

D1 n1

F2 f θ  F’2
p1≡p2
 A2 R2 B2

P2 Q2 h2

s2 V2
Plano e rectas tangentes C2
a2
a uma pirâmide oblíqua H’2 F’1 H2
 Aqui optou-se por representar apenas um plano x  F1
tangente, que contém a face [ABV]. Sendo a
 A1 C1 B1
aresta [AB] fronto-horizontal, o face é de rampa,
assim como o plano que a contém, tendo os R1
seus traços sido determinados com auxílio da
recta a, que contém a aresta [AV]. Dentro do
plano foram traçadas duas rectas tangentes, Q1 h1
uma fronto-horizontal, que contém os pontos P e
Q, e outra oblíqua, que contém os pontos P e R. P1
Foram indicados também os traços desta recta.

s1
V1 a1

H’1 hθ  H1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 17

Planos e rectas tangentes a cilindros, a cones e à esfera


Planos tangentes a cilindros e a cones tocam estes sólidos numa geratriz; as rectas tangentes
situam-se nesses planos e cruzam essa geratriz. Nesta página observam-se dois cilindros.

D2≡D’2≡T2 
Planos e rectas tangentes
O2≡O’2 
 A2≡A’2  a um cilindro recto
B2≡B’2 
f β≡r 2 O plano de topo contém a geratriz de topo [DD’] e a
recta tangente r, que se cruza com ela no ponto T.
(f α)≡n2 O plano horizontal contém a geratriz [CC’] e a recta
C2≡C’2≡S2 tangente n, que se cruza com ela no ponto S. T e S
são os pontos de tangência de cada uma das rec-
D1 B1 tas na superfície do cilindro.
x   A1 O1≡C1 

Plano e recta tangentes a um cilindro


S1 T1
r 1 oblíquo,
O caso de baixoparalelo a umacomplexidade,
envolve maior recta dada pois
pretende-se encontrar um plano e uma recta tan-
n1 gentes ao cilindro, ambos paralelos a uma recta
D’1 hβ  dada. Para encontrar os traços desse plano fez-se
 A’1 O’1≡C’1  B’1 cruzar pela recta dada r a recta g, paralela às gera-
trizes. O plano daí resultante é paralelo aos planos
tangentes (há a possibilidade de traçar dois, para-
lelos entre si, com essas características). O plano
tangente θ contém a geratriz [CC’]; a recta t é para-
lela a r e tangente ao sólido no ponto T dessa gera-
triz. De notar que, obviamente, a recta t pertence
t2 ao plano θ.

C2

O2 Br2≡B2 F’2
T2
 A2
f δ  I2  A2
F”2 C’2

 A’2 O’2 B’2 H1 g2


F2 r 2
f θ 

 A1 C1 F1
x  F”1 O1   B1 H2 F’1

T1 r 1
hθ  I1
hδ 
O’1  A’1
 A’1 C’1 B’1 g // [OO’] 
[OO’] 
g1
t1 t // r
θ // δ 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 18

Nesta página observam-se tangências de planos e de rectas a cones, um recto, outro oblíquo.

F’2 V2 n’2

f β 
f π  P2

(t2)≡T2 Planos e rectas tangentes


a um cone recto
r 2
O plano de topo contém a geratriz frontal
[BV] e a recta tangente t, de topo, que se
F2  A2 B2 n2
cruza com ela no ponto T. O plano oblíquo
C2 O2  contém a geratriz [CV] e a recta tangente r,
F1 oblíqua que se cruza com ela no ponto P. T
x  H2 F’1 e P são os pontos de tangência das rectas
na superfície do cilindro. Os traços do plano
t1 oblíquo foram determinados com auxílio das
rectas horizontais n e n’, contendo respecti-
H1 vamente os pontos C e V, e sendo perpendi-
r 1 culares ao segmento formando por esses
pontos.
 A1 V1≡O1  B1
T1
P1 hβ 
C1

hπ 
n’1
n1 s2

C2 f α 
F2

r 2

 A2 O2 
B2
Z2
Plano e rectas tangentes
a um cone oblíquo h2
 Aqui representa-se apenas um plano de X2
rampa tangente ao cilindro, mas dentro
dele duas rectas tangentes. Como a base s1 V2
do sólido se situa no PFP, o traço frontal do
plano foi traçado directamente; o traço hori- H2 C1≡O1  B1 F1 H’2
zontal foi traçado com recurso à recta s, x   A1
que contém o segmento de tangência [CV].
 A recta r, oblíqua, é tangente ao sólido no
ponto Z desse segmento, tendo H e F como
c omo
traços; a recta h, fronto-horizontal, é tan-
gente no ponto X.
Z1
X1
h1
r 1
V1
H1 hα  
H’1
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 19

 Aqui observam-se mais situações de planos tangentes a cones, desta vez mediante condições
específicas.

V2

f θ 

r 2

P2

 A2 T2 F2 B2 I2 (f δ)≡t2≡t’2 
O2  T’2

H2
x  F1

r 1
hθ 
T’1

 A1
V1≡O1  B1

t1

T1
hβ  P1

I1
H1

t’1

Planos e rectas tangentes


t angentes a um cone recto, contendo um ponto dado
Sendo dado o ponto P, faz-se passar por ele e pelo vértice a recta r. Os planos tangentes que contêm essa
recta, contêm também o ponto. No traço horizontal da recta r encontram-se os traços horizontais desses
planos. O ponto I é o traço da recta no plano da base, a partir do qual se traçaram as rectas t e t’, tangentes à
circunferência. Essas rectas são paralelas aos traços horizontais dos planos. O traço frontal do plano θ  foi
determinado com recurso ao traço da tangente t’. O traço frontal do plano β fica fora dos limites do papel. As
[ VT’]. 
geratrizes de tangência são [VT] e [VT’].
Se a base do sólido se situasse
si tuasse no PHP, as tangentes e os traços dos planos seriam
s eriam coincidentes.

Planos e rectas tangentes a um cone recto, paralelos a uma recta dada


Não se apresenta o traçado relativo a esta situação por ser muito parecido com o da anterior. Se for dada uma
recta, basta fazer passar pelo vértice uma paralela a essa. Em tudo o resto o procedimento será igual ao ante-
rior.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 20

Planos tangentes a esferas tocam o sólido num ponto; as rectas tangentes situam-se nesses planos
e contêm o mesmo ponto.

f ρ 

R2  s2 
Planos projectantes e rectas
tangentes a uma esfera
 A2  O2  S2  O plano de topo toca a esfera no ponto R e contém
B2  a recta r, tangente nesse ponto; o plano vertical toca
a esfera no ponto S e contém a recta s, tangente
f ω≡r 2 
nesse ponto. De notar que os raios [OR] e [OS] são
perpendiculares aos planos.
Optou-se aqui por representar rectas oblíquas, mas
nestes planos outras rectas tangentes nos mesmos
x  pontos seriam possíveis: frontal e de topo no plano
de topo, horizontal e vertical no plano vertical.

S1 

 A1  O1  R1 


B1  Plano oblíquo e rectas
hρ≡s1 
tangentes a uma esfera
r 1 
Parte-se aqui do princípio de que é dado o ponto de
hω  tangência T. Por esse ponto traçaram-se duas rec-
tas tangentes, n e f, respectivamente horizontal e
frontal. Os traços dessas rectas permitiram encon-
trar os traços do plano tangente no mesmo ponto.
O raio [OT] é perpendicular às rectas n e f, e tam-
bém perpendicular ao plano tangente.

f 2 

F2  n2  

T2 
 A2  O2 
B2 
f θ 

H2 
x  F1 

n1  
hθ 
O1 
 A1  B1 
T1 
f 1 

H1 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 21

Sólidos I  – Exercícios 

Representação de pontos e de linhas nas 6. Representar um prisma recto de bases rectangu-


superfícies de pirâmides e de prismas lares com 5cm de altura, sendo [PQRS] a base
situada no plano vertical ω, que cruza o eixo x num
1. Representar uma pirâmide regular com 7cm de ponto com 2cm de abcissa e faz 45ºae. P(4;0) e
altura, cuja base é o triângulo horizontal [ABC], R(4;3) são dois vértices opostos. O lado [PQ] mede
conhecendo os vértices A(4;2;0) e B(-2;2;0). Deter- 3,5cm sendo Q o vértice me de menor cota. Deter-
minar os seguintes elementos que lhe pertencem: minar os seguintes elementos que lhe pertencem:
- P, com 4cm de cota, situado
s ituado na aresta mais - segmento vertical [AB], que contém o
à esquerda; centro da base situada à direita;
- Q, com 2,5cm de afastamento e 2cm de - M, ponto médio da face que contém
c ontém P,
abcissa, situado na face [ABV]; sendo invisível em projecção horizontal;
- geratriz [DV], que faz 45ºae na projecção
horizontal, visível em ambas as projecções.
projecções.   7. Representar uma pirâmide recta com 5cm de
altura e base quadrada de perfil [ABCD], sendo
2. Representar uma pirâmide com vértice principal  A(0;0;3) e B(0;5;1) dois vértices consecutivos da
em V(-3;8;6), cuja base é o quadrado frontal base e tendo o vértice V abcissa positiva. Determi-
[ABCD], conhecendo os vértices opostos A(2;2;1) e nar os seguintes elementos que lhe pertencem:
C(0;2;7). Determinar os seguintes elementos que - geratriz [GV], horizontal, visível em projec-
lhe pertencem: ção frontal;
- geratriz [EV], horizontal; - segmento [A’B’], com 2cm de abcissa,
paralelo a [AB];
-base
F, com 4cm de
invisível emcota, sit uado
situado
projecção na aresta da
frontal; - P, com 5,5cm de cota e 1cm de abcissa,
- G, com 1cm de abcissa
abc issa e 3,5cm de cota, situado, invisível em projecção frontal.
situado na face que contém o vértice mais à
esquerda. 8. Representar um prisma com bases de perfil, ten-
do a base à direita os vértices P(-2;2;2), Q(-2;4;6) e
3. Representar uma pirâmide pentagonal regular, R(-2;7;3). A aresta [PP’] é frontal e mede 6cm, ten-
com 7cm de altura, cuja base [ABCDE] se situa no do P’ cota nula. Determinar os seguintes pontos que
plano de topo ψ, que cruza o eixo x num ponto com lhe pertencem:
-1cm de abcissa e faz 55ºad. Essa base está inscri- - A, com 2cm
2cm de abcissa e 3cm de cota,
cota,
ta numa circunferência de 3,5cm de raio com centro invisível em projecção frontal;
em O(4;3), sendo frontal o seu lado de maior afasta- - B, com 1cm de abcissa, situado
si tuado na diago-
mento [CD]. Determinar os seguintes elementos que nal que tem um extremo em R e é invisível
lhe pertencem: em projecção horizontal.
- P, com 5cm de cota, situado
s ituado na aresta de
menor cota; 9. Representar uma pirâmide triangular regular cuja
- geratriz [EV], invisível em projecção frontal, base é [ABC], situada no plano oblíquo ρ, perpendi-
tendo E 4cm de cota. cular ao β1/3, cujo traço frontal faz 50ºae, cruzando o
eixo x num ponto com -2cm de abcissa. Conhecem-
4. Representar um prisma hexagonal regular, com se os pontos A(2;1) e B(5;1) e sabe-se que o vértice
5cm de altura e bases frontais, sendo [PQRSTU] a V tem -3cm de abcissa. Determinar os seguintes
de menor afastamento e P(2;1;6) e S(-4;1;5) dois elementos que lhe pertencem:
vértices opostos dessa base. Determinar os seguin- - segmento de perfil [AE], visível em projec-
tes elementos que lhe pertencem: ção horizontal;
- segmento [AB], de topo, com 1cm de - segmento [JK], paralelo ao lado [AB], com
abcissa, invisível em projecção horizontal; 3cm de cota;
- D, com -3cm de abcissa e 4cm de afasta- - P, com 2,5cm de cota e 2cm de abcissa,
mento, situado numa face invisível. situado na face invisível em projecção hori-
- segmento frontal com 2,5cm de afastamen- zontal.
to, situado na base de menor cota.
10. Representar um cubo com 6cm de lado, sendo
5. Representar um prisma oblíquo de bases quadra- os pontos A(3;4;0) e C(5;0;3) dois vértices opostos
das horizontais, sendo A(-3;0;0) e D(1;1,5;0) dois da base que se situa no plano de rampa δ. Determi-
vértices consecutivos da base de menor cota. O nar os seguintes elementos que lhe pertencem:
sólido tem 6cm de altura, fazendo as projecções - K, com 6cm de abcissa e 5cm de afasta-
frontais e horizontais das arestas laterais 65ºae e mento, invisível em projecção horizontal;
- L, com 4cm de afastamento,
af astamento, situado na
50ºae, respectivamente.
elementos Determinar os seguintes
que lhe pertencem: aresta de menor abcissa;
- P, com 2cm de abcissa e 4cm de cota; - segmento fronto-horizontal [MN], que mede
- R, com 2cm de cota, na aresta do ponto A; 3cm e é invisível em ambas as projecções.  
- Diagonal da face lateral que tem um extre-
mo no vértice situado mais à direita.
direit a.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 22

Representação de pontos e de linhas nas 17. Representar a esfera com centro em O(2;4;5),
superfícies de cones, cilindros e esferas com 3cm de raio. Determinar os seguintes pontos
que lhe pertencem:
11. Representar um cone de revolução com 7cm de - P(1;?;7), visível em projecção frontal;
altura e base frontal, com 3cm de raio e centro em - R(3;3;?), invisível em projecção frontal.
O(1;0;4). Determinar os seguintes pontos que lhe
pertencem: 18. Representar a esfera com centro em Q(-1;3;4),

-- P,
Q, com
com abcissa nulaissa
1cm de abcissa
abc e 2,5cm
2,e5cm
6cmdedecota;
cota; com 3cm
que lhe de raio. Determinar os seguintes pontos
pertencem:
- S e R, com abcissa nula e 5,5cm de cota;
12. Representar um cone oblíquo de base horizontal - T e U, com -2 de abcissa e situados no β1/3. 
com 3cm de raio e centro em O(2;6;6), e vértice em
V(-3;0;0). Determinar os seguintes elementos que Representação de sólidos mediante condi-
lhe pertencem: ções específicas
- geratriz [CV], invisível em projecção frontal,
tendo C abcissa nula; 19. Representar uma pirâmide pentagonal oblíqua
- R, com 3cm de abcissa e 5cm de cota, de base frontal, inscrita numa circunferência com
invisível em projecção horizontal. 3cm de raio e centro em X(3;1;4), sendo fronto-
horizontal o seu lado de menor cota. A aresta lateral
13. Representar um cone de revolução com base de mais à direita mede 7cm, fazendo as suas projec-
perfil com 3cm de raio e centro em Q(5;4;5) cujo ções frontal e horizontal 20ºad e 65ºad, respectiva-
vértice tem abcissa nula. Determinar os seguintes mente.
elementos que lhe pertencem:
- geratriz [EV], que faz 30ºae em projecção 20. Representar um prisma hexagonal oblíquo de
frontal, sendo visível em ambas as projec-
projec - bases horizontais, estando a de maior cota inscrita
ções;
- F, com dois centímetros de cota, situado
sit uado numa circunferência com 3cm de raio e centro em
O(-4;7;3). Duas faces do prisma são de topo. As
na circunferência da base, com afastamento arestas laterais medem 8cm e são paralelas ao β2/4,
superior ao do ponto Q. fazendo as suas projecções frontais 70ºad.
14. Representar um cilindro oblíquo com 5cm de 21. Representar um cone oblíquo com base hori-
altura e bases horizontais com 3cm de raio, sendo a zontal com 3cm de raio e centro em Q(5;3;6). A
de menor cota a que tem centro em Q(4;9;1). As geratriz de contorno direito é de perfil e mede
geratrizes são paralelas ao β2/4, fazendo as suas 7,5cm, situando-se
situando-se o vértice V no PHP. 
PHP.  
projecções frontais 50ºad. Representar os seguintes
pontos que lhe pertencem: 22. Representar um cilindro oblíquo de bases fron-
- J, com 4cm de cota, situado na geratriz de tais com 2,5cm de raio, tendo a de menor afasta-
contorno esquerdo em projecção horizontal; mento centro em O(-1;0;3). A de maior afastamento
- K, com 3cm de afastamento, situado na tem centro em O’, com 3cm de abcissa e 4,5cm de
geratriz de menor afastamento; cota. O eixo [OO’] mede 7cm. 
- L, com 5cm de abcissa
abciss a e 2,5cm de cota,
visível em ambas as projecções. 23. Representar uma pirâmide com a base no plano
vertical α, que cruza o eixo x num ponto com -4cm
15. Representar um cilindro de revolução com 4cm de abcissa, fazendo 60ºae. A(1;6), B(3;1) e C(6;3)
de altura e bases frontais com 3,5cm de raio, sendo são os vértices da base. O vértice V tem afastamen-
a de maior afastamento a que tem centro em to nulo e 4cm de abcissa. A aresta [BV] mede
X(2;6;4). Determinar os seguintes elementos que 7,5cm.
lhe pertencem:
- geratriz [CC’], de topo, com 6cm de cota,   24. Representar um cilindro oblíquo de bases de
visível em projecção horizontal; perfil com 2cm de raio, tendo a da esquerda centro
- geratriz [DD’], oposta à anterior;  em O(5;4;3). As geratrizes medem 6cm e são para-
- P, com abcissa nula e 5cm de afastamento, lelas ao β1/3, fazendo as projecções frontais 35ºad. 
35ºad. 
invisível em projecção horizontal.
25. Representar uma pirâmide regular com 8cm de
16. Representar o cilindro de revolução com 5cm de altura, cuja base é o quadrado [ABCD], com 4cm de
altura e bases de perfil com 3cm de raio, tendo a da lado, situada no plano oblíquo π, que cruza o eixo x
direita centro em O(-4;4;4). Determinar os seguintes no ponto de abcissa nula, fazendo os seus traços
elementos que lhe pertencem: frontal e horizontal 45ºae e 55ºae, respectivamente.
- geratriz [GG’], com 2cm de cota, sendo Conhece-se A(0;2) e sabe-se que B se situa no
visível em projecção frontal; traço horizontal do plano.
- R, com 5cm de cota e -2cm de abcissa,
visível em2cm
ambas as projecções. 26. Representar a pirâmide com 7cm de altura, cuja
- S, com de cota, s ituado na circunfe-
situado base é o triângulo equilátero de rampa [ABC],
rência da base esquerda, com afastamento conhecendo A(2;0;4) e B(2;2;0) e sabendo que C
superior ao de O. tem abcissa positiva. O eixo do sólido é de perfil e
paralelo ao β1/3. 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 23

(Continuação)  Planos e rectas tangentes a cones, a cilin-


27. Representar um cilindro com 6cm de altura e
dros e à esfera
bases com 2,5cm de raio, uma delas com centro em
34. Representar um cone de revolução com 7cm de
Q(4;3;2), situada no plano de rampa θ  cujo traço
frontal tem 4,5cm de cota. A geratriz de menor afas- altura e base frontal, com 3cm de raio e centro em
tamento está contida numa recta passante de perfil. O(1;0;4). Determinar:
- recta fronto-horizontal h, tangente ao sólido
28. Representar uma pirâmide cuja base é o triân- no pontode
geratriz E,perfil
com com
6cm maior
de cota,
c ota, situado na
cota
gulo equilátero [ABC] situado no plano passante ψ,
conhecendo A(6;1;2) e B(0;1;2). A geratriz [MV] é - traços do plano tangente θ, que contém a
de perfil e mede 7cm, sendo M o ponto médio do geratriz [FV], cuja projecção frontal faz 40ºae
lado [AB] e estando V situado no PHP.  e é visível em ambas as projecções.

35. Representar o cone do exercício anterior. Deter-


Planos e rectas tangentes a pirâmides e a minar:
prismas - traços (que caibam no espaço do desenho)
des enho)
dos planos α e π, tangentes ao cone e
29. Representar uma pirâmide regular com 7cm de contendo P(-3;3;6);
altura, cuja base é o triângulo horizontal [ABC], - geratrizes de tangência desses planos.
conhecendo os vértices A(4;2;0) e B(-2;2;0). Deter-
minar: 36. Representar um cone oblíquo de base horizontal
- traços do plano de topo ω, que contém a  a  com 3cm de raio e centro em O(2;6;6), sendo
aresta mais à esquerda; V(-3;0;0). Determinar:
- recta r, paralela ao β2/4, tangente no ponto - recta vertical v, com abcissa
abc issa nula, tangente
T, com 3cm de afastamento, situado nessa em P numa geratriz de contorno horizontal;
aresta. - recta
de cota,horizontal
situado nan, geratriz
tangentedeem T, com 4cm
contorno
30. Representar a pirâmide do exercício anterior. esquerdo em projecção frontal.
Determinar:
- traços do plano oblíquo ρ, que contém a  a  37. Representar um cilindro oblíquo com 6cm de
face [BCV]; altura e bases horizontais com 3cm de raio, sendo a
- recta frontal f, desse plano, com 3cm de de menor cota a que tem centro em Q(4;9;0). As
afastamento, indicando os pontos R e S geratrizes são paralelas ao β2/4, fazendo as suas
onde a recta cruza as arestas do sólido.
sól ido. projecções frontais 50ºad. Determinar:
- traços dos planos δ e ω, tangentes ao
31. Representar uma pirâmide com vértice principal sólidos, contendo P(-3;2;2);
em V(-3;8;6), cuja base é o quadrado frontal - geratrizes de tangência desses planos.
[ABCD], conhecendo os vértices opostos A(2;2;1) e
C(0;2;7). Determinar: 38. Representar o cilindro do exercício anterior.
- recta vertical v com 1cm de abcissa, Determinar:
tangente numa aresta lateral do sólido no - traços dos planos δ e ω, tangentes ao
ponto P; sólidos, contendo a recta frontal f, que
- traços do plano δ, que contém a face lateral 
lateral  contém P(-6;4;3) e faz 70ºae;
mais à esquerda. - geratrizes de tangência desses planos.
32. Representar um prisma hexagonal regular, com 39. Representar a esfera com 3 cm de raio e centro
5cm de altura e bases frontais, sendo [PQRSTU] a em O(2;4;3,5). Determinar:
de menor afastamento e P(2;1;6) e S(-4;1;5) dois - rectas horizontal e frontal n e f, tangentes
vértices opostos. Determinar: ao sólido em T(1;?;5,5), visível em projecção
- recta s, cuja projecção horizontal faz 45ºad, frontal;
contendo o ponto P e cruzando a aresta - traços do plano ψ, que contém esse ponto; 
ponto;  
lateral de maior cota no ponto Z; - recta r, tangente em T, cuja projecção
- recta p, de perfil, que cruza a aresta situada horizontal faz 60ºae.
mais à direita no ponto K, com 3cm de afas-
tamento, fazendo 35º com o PHP. 40. Representar a esfera com 3cm de raio e centro
em Q(-1;3;4). Determinar:
33. Representar uma pirâmide recta com 5cm de - traços do plano de rampa θ, perpendicular
altura e base quadrada de perfil [ABCD], sendo ao β1/3 e tangente ao sólido no ponto T,
 A(0;0;3) e B(0;5;1) dois vértices consecutivos da visível em ambas as projecções;
base e tendo o vértice V abcissa positiva. Determi- - recta fronto horizontal h, tangente em T;
nar: - recta s, tangente em T, cuja projecção
-tatraços
lateraldo plano de topo π, contendo a ares-
[BV]; horizontal faz 50ºad;
- projecções e traços da recta de perfil p,
- recta a, passante e contida em π, tangente tangente ao sólido no ponto S(1,5;4;?),
ao sólido no ponto T com 3cm de abcissa; visível em ambas as projecções. 
projecções.  
- recta n, horizontal, que contém D e cruza
c ruza a
aresta de maior cota no ponto U.  
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos I - 24

SÓLIDOS II

Neste capítulo mostra-se como se determinam secções provocadas por dife-


rentes tipos de planos, em pirâmides, prismas, cones, cilindros e na esfera.
Mostra-se também como se efectuam as truncagens e se determinam as ver-
dadeiras grandezas das secções.

Sumário:

2. As secções piramidais e prismáticas no espaço


3 e 4. Secções provocadas por planos projectantes em pirâmides e
em prismas
5 e 6. Secções provocadas por planos não projectantes em pirâmides
e em prismas
7, 8 e 9. Truncagens de pirâmides e de prismas e verdadeiras
grandezas de secções
10 e 11. As secções cónicas, cilíndricas e esférica no espaço
14.  Secções provocadas por planos projectantes em cilindros,
12, 13 e 14. 
em cones e na esfera
15, 16 e 17. Secções provocadas por planos não projectantes em
esfera 
cilindros, em cones e na esfera 
20 . Truncagens de cilindros, de cones e de esferas provocadas
18, 19 e 20.
por planos projectantes e verdadeiras grandezas das secções
23 . Truncagens de cilindros, de cones e de esferas provocadas
21, 22 e 23.
por planos não projectantes e verdadeiras grandezas das secções
24. Intersecção de rectas com sólidos no espaço  
25, 26, 27 e 28. Intersecção de rectas com pirâmides, prismas e esfera  
29, 30, 31 e 32. Intersecção de rectas com cones e cilindros  
33, 34 e 35. Exercícios 
Exercícios 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 1

As secções piramidais e prismáticas no espaço

Secção é o nome da figura que resulta do corte num sólido provocado por um plano, designado pla-
no secante. As secções adquirem formas diferentes consoante a posição do plano. Em pirâmides e
em prismas as secções são sempre polígonos.

V  V  α 
β  V≡3 
π 


1  1 
D  3  D 

C  3  C 
 A  2  C 
 A  4  2 
 A 

B  B 

Secções da pirâmide
 As secções piramidais têm pequenas variantes. À esquerda temos um plano secante que corta todas as ares-
tas laterais. Ao centro temos um plano que corta duas arestas laterais e duas da base. À direita o plano contém
o vértice e corta a base em duas arestas; esta secção é um triângulo.

 A’  C’   A’  C’   A’  4  C’ 

B’  3 
B’ 
B’ 

1  3 

θ 

2  δ 

1  C  1 
 A  C   A   A  C 

2  ρ 
B  B  B 
Secções do prisma
Também as secções prismáticas apresentam poucas variantes. O plano da esquerda corta todas as arestas
laterais (este é paralelo às bases, pelo que a secção resulta com o seu formato). Ao centro o plano secante
corta uma aresta lateral e duas da base, resultando um triângulo. À direita o plano corta as duas bases, resul-
tando um quadrilátero.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 2

Secções provocadas por planos projectantes


em pirâmides e em prismas

Nesta página mostram-se secções provocadas por planos projectantes em pirâmides. É comum indi-

carem-se os vértices das secções com algarismos, em vez de letras, como se faz aqui. De notar que
as secções provocadas por planos projectantes têm uma projecção reduzida a um segmento de rec-
ta, projecção essa situada no traço sobre o qual o plano é projectante.
V2 V2

f β 

32 42
52 D’2
(f δ)  12 42 22 32
22

12

 A2 D2 B2 C2 B2 E2 C2 D2
x  B1  A2 B1 C1
21 31
21

 A1
11 V1 41
hβ 
V1 D’1
31  A1 11 D1
C1
51
41
[D’5] // [DE] 
D1 E1

P2 22 Q2 Secções provocadas por planos


projectantes frontais em pirâmides
12
32 Em cima estão duas pirâmides regulares de
base horizontal, quadrada a primeira, penta-
gonal a segunda. À esquerda o plano secante
é horizontal, o que origina um quadrado. À
direita o plano é de topo, daí resultando um
V2 pentágono irregular. Neste caso, para determi-
nar a projecção 51, da aresta de perfil, recor-
R2 42 reu-se a uma linha auxiliar paralela ao lado
[DE], traçada a partir de 52.


V1

Secção provocada por um plano


projectante horizontal numa pirâmide
(hα)
(hα) 
 Ao lado temos uma pirâmide triangular oblíqua
e um plano secante vertical. De notar que este
11
plano corta a base, pelo que a secção resulta
41
quadrangular.

P1 Q1
R1 21≡31 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 3

 Aqui temos
te mos secções provocadas por
p or planos projectantes em prismas. O procedimento
pro cedimento a aplicar é o
mesmo da página anterior.

 A’2  A’2
12

 A2  A2

B’2  (f π)  12 42 B’2≡32 


22
C’2 C’2
32
B2≡22  B2
C2 C2


 A1 11  A1 21 B1
C1 B1≡21  C1

11
31

(hδ
(hδ) 
C’1 B’1  C’1 B’1≡31 
 A’1 41  A’1

Secções provocadas por planos projectantes num prisma


 Aqui temos o mesmo sólido, um prisma triangular oblíquo, a ser seccionado por dois planos diferentes. À
esquerda o plano secante é vertical contendo o ponto B. À direita o plano é horizontal, contém o ponto B’ e cor-
ta as duas bases. Nesta situação, parte da secção
s ecção fica oculta pelas projecções horizontais das bases.
bas es.

(f θ) 

L’2≡12≡22  K’2  J’2


H’2 I’2 

32 

62   42≡52  Secção provocada por um plano


H2 J2 projectante frontal num prisma
L2   I2  K2 
 Ao lado temos um prisma pentagonal regular
e um plano secante de topo que corta as duas
x  bases. Também aqui parte da secção fica
I1≡I’1≡31  oculta na projecção horizontal.
21 
41  
H1≡H 1  J1≡J 1 

51  

L1≡L’1≡11  K1≡K’1≡61 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 4

Secções provocadas por planos não projectantes


em pirâmides e em prismas

Caso os planos secantes não sejam projectantes, a secção não se determina directamente, haven-
do necessidade de utilizar processos auxiliares.
V2

f π 

F2
Secção provocada por um plano
22 oblíquo numa pirâmide oblíqua
f δ
δ≡≡i2 Quando o plano secante é oblíquo, determi-
nam-se os pontos da secção fazendo passar
12 32 por cada aresta um plano projectante auxi-
F1 B2≡H2  liar, tal como se faz na intersecção de uma
x   A2 C2 recta com um plano. Aqui esse processo é
descrito apenas na aresta lateral do ponto B;
não se indicam nomes nas restantes para
hπ   A1
B1 não sobrecarregar o traçado e porque se
trata de um processo repetitivo.
11
21

hδ 
V1
C1
31

i1

H1 f π 
i2 
 A’2 B’2≡F’2  C’2≡E’2 
D’2
3  
2

42 
22  

Secção provocada por um plano


oblíquo num prisma regular 52  
12   62  
H2
O tipo de plano auxiliar que se utiliza é aquele x   A2 B2≡F2  C2≡E2  D2
que for mais conveniente em termos de traça-
do; neste caso optou-se por planos frontais, 21≡B1≡B´1 
uma vez que cada um contém duas arestas H1 C1≡C´1≡31  (h
(hθ)≡
θ)≡i1
laterais. Apenas se indicam os nomes no
processo que envolve o plano com menor
afastamento. De notar que os pontos 1 e 6 11 
foram determinados directamente, já que se
encontram na base, que é cortada pelo traço  A1≡A´1  41≡D1≡D´1 
horizontal do plano secante.

F1≡F´1  61  51≡E1≡E´1 

h π 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 5

Mostram-se aqui dois processos para determinar as secções provocadas por planos de rampa.

f π  F2
 A2 12  A’2
i2

f δ 
B2 22 B’2
Secção provocada por um plano
32 de rampa num prisma oblíquo
C2 Este prisma tem arestas laterais hori-
C’2 zontais, pelo que se devem utilizar pla-
nos auxiliares verticais. Aqui, esse pro-
x  cesso é descrito apenas na aresta late-
F1≡C1  A1 H2 B1
ral [CC’]. 
[CC’]. 
11 Sendo paralelas entre si as arestas
laterais, são também paralelas as rec-
i1≡hδ
≡hδ  tas de intersecção resultantes da apli-
21
cação dos diferentes planos auxiliares.
31

hπ  
H1
C’1  A’1 B’1

y≡z 
V2 V3

f α 

22 23
12
13
32 33

42 43
 A2 D2 B2 C2  A3 C3 lα 
x  B1 B3 D3

21
 A1
11

V1
31
C1
41

D1
hα 

Secção provocada por um plano de rampa numa pirâmide recta


O plano de rampa é projectante lateral, pelo que o seu traço lateral nos dá directamente a secção nessa projec-
ção. As projecções principais da secção determinam-se a partir dessa. Com este processo não é necessário
utilizar planos auxiliares.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 6

Truncagens de pirâmides e de prismas


Truncagens
e verdadeiras grandezas das secções

 A truncagem
truncag em é um processo
pr ocesso que
qu e consiste no seccionamento de um
u m sólido em duas partes, despre-
d espre-
zando uma e destacando a outra. A parte destacada designa-se por tronco. Aproveita-se nestas
páginas para determinar também a verdadeira grandeza da secção. Nesta página em concreto mos-
tra-se uma situação em que o plano secante é vertical, outra em que é de topo.

 A’2
12 1R
 A2

B’2  VG 

C’2 2R
32
B2≡22  3R Tronco de prisma
e verdadeira grandeza da secção
C2 provocada por um plano vertical
Destaca-se aqui o tronco do prisma
x≡hδR  que fica à direita da secção. A VG foi
determinada através do rebatimento do
C1 B1≡21  plano para o PFP.
 A1

11
31

(hδ
(hδ) 
B’1 
C’1 5R 4R
 A’1
V2
VG 
3R f β≡
β≡f βR
1R

hβR 32 42
   =  
2R 52 D’2
Tronco de pirâmide
e verdadeira grandeza da secção 22
provocada por um plano de topo 12
Destaca-se o tronco de pirâmide entre a B2 E2 C2 D2
base e a secção. A VG foi determinada x   A2
através do rebatimento do plano para o B1 C1
PFP.
 A transposição das medidas dos afasta- 21 31

mentos dos vértices da secção está indica-
da apenas no ponto 1, para não sobrecar-
regar o traçado com outros sinais. V1 41
hβ 
 A1 11 D’1 D1
51

E1
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 7

 Aqui mostra-se uma


u ma situação em que o plano secante é de perfil, outra em que é oblíquo. Nas pági-
nas anteriores não tinha ainda sido mostrada nenhuma secção provocada pelo plano de perfil.

 A’2  22≡32  C’2 B’2 

12
Tronco de prisma
B2  e verdadeira grandeza da secção
x≡f βR   A2  C2 provocada por um plano de perfil
B1 Destaca-se aqui o tronco do prisma
que fica à direita da secção. A VG foi
determinada através do rebatimento do
plano para o PHP.
1R 11  A1   As projecções principais da secção
provocada por um plano de perfil ficam
ambas reduzidas a um segmento de
2R
21 B’1  recta. No rebatimento podemos ver
qual o aspecto dessa secção.
 A’1  C1
VG 

3R 31
C’1 
f β≡
β≡hβ≡hβR V2

f π 

F2

22

Tronco de pirâmide 12 32 f δ


δ≡≡i2
e verdadeira grandeza da secção F1 B2≡H2 
provocada por um plano oblíquo x   A2 C2
 Aqui, para determinar a VG da secção
rebate-se o plano secante para o PHP, hπ≡hπR B1
assim como as rectas que resultam das  A1
intersecções entre ele e os planos auxi- 11
liares. Nessas rectas rebatidas situam- 21
se os vértices rebatidos da secção. 1R

hδ 
V1
C1
FR VG  31
i1
2R 3R
f πR
iR
H1≡HR 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 8

Nesta página mostra-se apenas uma situação, que envolve um plano secante de rampa.

y≡z 

4
R

VG  3R

1R

2R
V2 V3

f α≡f αR
α≡

22 23
12 13

32 33
42 43
lα 
 A2 D2 B2 C2  A3 C3
x  B1 B3 D3

21
 A1
11
V1
31
C1
41

hα  D1

Tronco de pirâmide e verdadeira grandeza da secção provocada por um plano de rampa


 Aqui aproveita-se a projecção lateral da secção para, com base nela, se proceder ao rebatimento do plano
secante sobre o PFP e determinar a VG da secção.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 9

As secções cilíndricas, cónicas e esférica no espaço

Nesta página são mostradas secções provocadas em cilindros e na esfera.

[b’]  [b’]  D 

O’  O’  O’  C 


 A’ 
[b’] 
α 

π 
 A 

O  O  O 

[b]  [b]  [b] 
δ 

 A 
Secções do cilindro
θ 
O’  B  Mostram-se aqui quatro secções cilíndricas. A primeira é uma
circunferência, resultando do corte feito por um plano paralelo
às bases. A segunda é uma elipse, que resulta de um plano
[b’]  oblíquo às bases. A terceira é um quadrilátero, provocado por
um plano paralelo às geratrizes. A última, representada à
esquerda, é uma variante da segunda, em que o plano secan-
te corta uma das bases; daqui resulta uma secção formada
por um arco de elipse e um segmento de recta.
Há ainda a possibilidade de o plano apanhar ambas as bases,
ficando a secção formada por dois segmentos de recta e dois
arcos de elipse.

[b] 

β 

Secção da esfera
Independentemente do tipo de plano secante, a secção
que este provoca na superfície da esfera é sempre uma O 
circunferência.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 10

 Aqui apresentam-se as secções cónicas. O cone é o sólido que permite maior variedade de sec-
ções.

ρ 
V  V  V 

β 

π 
O  B 
O  O 
[b] 
 A 
[b]  [b] 

V  V  δ 

α 

B  T  T’ 
O  O 
 A  B 
[b]  C 
 A  [b] 

Secções do cone
Em cima, à esquerda, temos um plano que contém o vértice e corta a base, dando origem a um triângulo; ao
centro, um plano paralelo à base provoca uma circunferência; à direita, um plano inclinado em relação à base,
cortando todas as geratrizes, dá origem a uma elipse. Em baixo, à esquerda, um plano paralelo a uma geratriz
(o segmento [CV]) provoca uma parábola na superfície curva e um segmento de recta na base; à direita, um
plano paralelo a duas geratrizes (neste caso as geratrizes de contorno [TV] e [T’V]), origina uma hipérbole na
superfície curva e um segmento de recta na base.
bas e.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 11

Secções provocadas por planos projectantes


em cilindros, em cones e na esfera

 A secção provocada por um plano projectante determina-se directamente. Devem utilizar-se as


geratrizes de contorno e acrescentar outras, de preferência coincidindo duas a duas numa das pro-
 jecções, para
p ara poupar traçado e tempo. No caso de a secção ser uma elipse
elip se devem
deve m ser determina-
dos pelo menos oito dos seus pontos.

 A’2  O’2≡C’2≡D’2  B’2 


12 
22≡82 

32≡72 
Secção provocada por um plano
42≡62 
de topo num cilindro oblíquo
52 
Neste caso as geratrizes são frontais;
(f π) 
assim é possível reduzir traçado esco-
 A2  lhendo geratrizes auxiliares cujas pro-
x  O2≡C2≡D2  B2   jecções coincidem duas a duas em
31  C’1  ambas as de
geratrizes projecções.
contorno Os
sãopontos
1 e 5das
no
C1  vertical e 3 e 7 no horizontal. Os res-
21   41   tantes foram determinados com recur-
so às geratrizes auxiliares.
Na projecção horizontal, a secção
 A1  B1  B’1  passa de visível a invisível nos pontos
O1   11   A’1  51  O’1  3 e 7.

61 
81 

D1  71   D’1 
 A’2  12   D’2  O’2  C’2  72 
B’2 

22 
62  

Secção provocada por um plano 32  52  


frontal num cilindro oblíquo  A2 
Este plano é tangente à base inferior x  D2  O2≡42  C2  B2 
no ponto 4 e corta a base superior no
segmento [17]. Os pontos 2 e 6 situam- C1 
se no contorno frontal do sólido; os
pontos 3 e 7 situam-se no contorno
horizontal; os pontos 1 e 7 são os O1 
 A1  B1 
extremos do segmento de recta que
resulta do corte da base superior. Ape-
nas o ponto 5 se situa numa geratriz
auxiliar. C’1 
Na projecção frontal, secção passa de D1  41  11   61 
visível a invisível nos pontos 2 e 6. (hβ
(hβ)  31   21   51   71  

 A’1  O’1  B’1 

D’1 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 12

Nesta página vemos duas situações distintas, envolvendo um cone de revolução e planos secantes
projectantes.

V2

32

42 Secção provocada por um plano


vertical num cone de revolução
22
Este plano secante é paralelo ao eixo do cone,
pelo que a secção é uma hipérbole, rematada pelo
segmento de recta [15] na base. Os pontos 1 e 5
são determinados directamente, por se situarem
na base e no traço do plano, tal como o ponto 4,
 A2 12 O2   52 B2 por se encontrar na geratriz de contorno frontal
x  [BV]. Os pontos 2 e 3 foram determinad
determinados
os com
recurso a geratrizes auxiliares.
 A projecção horizontal da geratriz do ponto 3 é
perpendicular ao traço do plano, sendo nesse pon-
(h
(hππ)  to que se dá a inversão da curva.
c urva.
51 Em traçados de maiores dimensões sugere-se a
determinação de mais pontos.
V1≡O1 
 A1 B1
41
31
21
11

V2

(f α) 

32

22≡42

Secção provocada por um plano


de topo num cone de revolução
 Aqui o plano secante
sec ante é de topo
t opo e paralelo à gera-
triz de contorno frontal [BV], pelo que a secção é
uma parábola rematada pelo segmento de recta  A2 O2  12≡52 B2
[15]. Os pontos 1 e 5 determinam-se directamente
por se encontrarem na base, o ponto 3 por se

encontrar na geratriz de contorno do lado esquer- 51
do. Os pontos 2 e 4 foram determinados com
recurso a duas geratrizes auxiliares cujas projec-
ções frontais coincidem. É no ponto 3 que a curva
inverte. 41
Em traçados de maiores dimensões sugere-se a
determinação de mais pontos.  A1 B1
31 V1≡O1 
21

11

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 13

 Aqui temos um cone oblíquo e uma esfera, ambos seccionados por planos projectantes.

V2

32
C2
22
42
12

52 Secção provocada por um plano


O2  82
 A2 vertical num cone oblíquo
B2  A secção que daqui resulta é uma
72
62 elipse. Os pontos 1 e 5 determinam-se
directamente na projecção horizontal,
D2 os pontos 3 e 6 na frontal, por se
encontrarem nas geratrizes de contor-
no. Na projecção frontal, é nos pontos
B1 3 e 6 que a secção passa de visível a
invisível, pelo que é importante deter-
x   A1 C1 O1  D1 minar com rigor as suas geratrizes. De
41≡61 51 notar que para determinar os pontos 4
e 7 utilizaram-se as geratrizes auxilia-
res que coincidem na projecção hori-
31≡71 zontal as dos pontos 6 e 3, respectiva-
21≡81 mente. Para determinar os pontos 2 e
11 8 acrescentaram-se duas geratrizes
auxiliares cujas projecções horizontais
(hπ
(hπ)  também coincidem, deste modo poupa
-se traçado.

12
22≡82
V1 

32≡72

 A2  O2  42≡62


B2 

52
Secção provocada por um plano
(f β)  de topo numa esfera
 As secções esféricas são sempre circunferên-
cias; aqui, devido à inclinação do plano, a sua
x  projecção horizontal fica transformada numa
elipse. Os pontos 1, 5, 4 e 6 foram determina-
dos directamente, com o auxílio dos círculos
41 máximos onde se encontram, círculos esses
31
que nos dão os contornos da esfera. Os res-
21 tantes pontos foram marcados com recurso a
dois círculos menores horizontais.
 A1  51
B1 
1
1 O1 

81 71
61

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 14

Secções provocadas por planos não projectantes


em cilindros, em cones e na esfera

Nesta página vemos a secção provocada por um plano oblíquo num cilindro oblíquo. Apesar de o
processo ser igual, é também interessante determinar a secção provocada por um plano oblíquo
num cilindro recto, assim como a de um plano de rampa num cilindro oblíquo.

F2 
D’2 

 A’2  O’2  B’2 


32   22   i2   f β 
42  

D2 
C’2  12  
52  

 A2  82  

72   B2 
O2 
62  

f π 
C2 

H2 
x   A1  C1  O1   D1  B1≡F1 

51  41  
hπ   31 
21  

61  

11 
71  
81 

hβ≡i1 

 A’1  H1 
C’1  O’1  D’1  B’1 

Secção provocada por um plano oblíquo num cilindro oblíquo


Para determinar esta secção são determinadas oito geratrizes. Para poupar traçado optou-se aqui por seis
geratrizes cujas projecções horizontais coincidem duas a duas. Utilizam-se também as geratrizes dos contor-
nos, uma vez que é nelas que a secção passa de visível a invisível. Com planos auxiliares verticais, foram
determinados os pontos de intersecção das geratrizes com o plano secante, que são os oito pontos que permi-
tem traçar a secção. Por se tratar de um processo repetitivo, indica-se apenas o nome dum plano auxiliar e da
recta de intersecção a que dá origem. E por serem paralelas entra si as rectas de intersecção, não se represen-
tam os traços frontais dos restantes planos auxiliares.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 15

Nesta página temos um cone oblíquo seccionado por um plano de rampa. É também interessante
determinar a secção provocada por um plano de rampa num cone recto, assim como a de um plano
oblíquo num cone oblíquo, embora o processo seja o mesmo.

V2

F2 f α 

f δ≡
δ≡i2 
32
42
22
12
52
62
72 82
C2 B2≡H2 
x  F1  A2 O2  D2

C1

31
O1 
41  A1 21
B1
11
51

61 81 hδ 

i1
71 D1
H1
hα 
V1 

Secção provocada por um plano de rampa num cone oblíquo


Também aqui, para poupar traçado optou-se por seis geratrizes cujas projecções frontais coincidem duas a
duas. Com planos auxiliares de topo, foram determinados os pontos de intersecção das geratrizes com o plano
secante, que são os oito pontos que permitem traçar a secção. Por se tratar de um processo repetitivo, indica-
se apenas o nome dum plano auxiliar e da recta de intersecção a que dá origem.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 16

 Aqui vemos o corte provocado por um plano oblíquo numa esfera, o que exige um procedimento
específico, dado que a superfície deste sólido não é regrada. É idêntico, e igualmente interessante,
observar a secção provocada por um plano de rampa na esfera.

f ρ 
f 2 

42

32

52 22

O2   F2  (f β)≡n2 
12
 A2  62 B2 
82
72

x  H2 
F1 

31
21 11

41 H1 
81
 A1  O1  B1  (h
(hω
ω)≡f 1 

51
71

61

hρ 
n1  

Secção provocada por um plano oblíquo numa


numa esfera
Para se determinarem pontos da secção utilizam-se aqui três planos auxiliares horizontais e um frontal. Cada
um corta a esfera segundo uma circunferência horizontal ou frontal e intersecta também o plano secante segun-
do uma recta horizontal ou frontal. Onde se cruzam essas circunferências com essas rectas surgem os pontos
da secção. Os pontos 1 e 6 situam-se no contorno horizontal da esfera, os pontos 4 e 8 no frontal, pelo que é
neles que a secção passa de visível a invisível.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 17

Truncagens de cilindros, cones e esferas provocadas


Truncagens
por planos projectantes e verdadeiras grandezas das secções
 Aqui fazem-se truncagens destes sólidos com base em exercícios de páginas anteriores, e determi-
de termi-
nam-se as verdadeiras grandezas das secções. Nesta página observa-se um cilindro e uma esfera.

 A’2  O’2≡C’2≡D’2  B’2 


12 
22≡82 
32≡72 
42≡62 
52  
f π 
 A2 
x≡f πR  O2≡C2≡D2  B2 
31   C’1  3R  
C1 

21   41   4R   2R  

5R 
 A1  B1  1R 
O1  11   A’1  51  O’1  B’1 

61  
8R 
81   6R  

D1  7R  
VG 
71  D’1 
f π
π≡≡f πR 

Tronco de cilindro oblíquo e verdadeira grandeza


da secção provocada por um plano de topo 1R
Em cima destaca-se o tronco do cilindro que fica à esquer-
da da secção. A VG foi determinada através do rebatimen- VG 
to do plano secante para o PHP. CR
12
22≡82
32≡72 5R
C2 
 A2  O2  42≡62 B  
2

52
Tronco de esfera e verdadeira grandeza da
secção provocada por um plano vertical (f β)≡f βR 

 Ao lado destaca-se a porção maior da esfera e


determina-se a VG da secção rebatendo o plano
secante para o PFP. O ponto C é o centro da sec- x 
ção que, por ser uma circunferência, não necessita
41
que se rebatam todos os pontos da secção. Neste 31
caso foram rebatidos apenas os pontos C, 1 e 5, 21
com os quais se traçou a circunferência.
ci rcunferência.
 A1  51 B1 
11 O1  C1 

81 71
61
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 18

Nesta página mostra-se a truncagem de dois cones e a determinação das verdadeira grandeza das
suas secções.

V2

32 3R
C2 2R
22
42 4R
12
1R
5R
52 8R
O2  82
 A2
B2 6R
72
62 7R
VG 
D2 f π
π≡ ≡f πR 

B1
x≡h
≡hπ
πR   A1 C1 O1  

41≡61 51

31≡71
21≡81
11
hπ  

Tronco de cone oblíquo e verdadeira


grandeza da secção provocada por
um plano vertical V2 V1
Em cima destaca-se o tronco do cone que
contém a base. A VG foi determinada através f α 
do rebatimento do plano para o PFP.
32

22≡42

hα≡h
≡hα
αR  

 A2 O2  12≡52 B2


Tronco de cone de revolução
e verdadeira grandeza da secção x≡f αR 
provocada por um plano de topo
51≡5R 
 Ao lado destaca-se o tronco relativo à VG 
parte do cone que fica à esquerda do
plano secante, que provoca uma pará 41 4R
bola. O plano rebateu para o PHP, onde
surge a VG da secção.
 A1 31 V1≡O1  B1 3R

21 2R

11≡1R 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 19

Nesta página observa-se a situação peculiar que envolve o plano de perfil. Uma vez que as projec-
ções principais duma secção provocada por esse plano são segmentos de recta, a sua verdadeira
grandeza é determinada através de um processo auxiliar.

V2

12 1R
2R
C2 32 22
3R
82 8R 4R
42
52 5R
72 7R
VG 
O2 
 A2
B2  62 6R

D2

B1
x≡h
≡hδδR   A1 C1 O1  D1

71

61≡81 

11≡51 
21≡41 
31

hδ≡f δ≡
δ≡f δR 
V1

Tronco de cone oblíquo e verdadeira grandeza da secção provocada por um plano de perfil
Destaca-se aqui o tronco de cone que contém a base e determina-se a VG da secção rebatendo o plano para o
PFP. Para a determinação desta VG recorreu-se às projecções laterais.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 20

Truncagens de cilindros,
cilindros, cones e esferas provocadas por
planos não projectantes e verdadeiras grandezas das secções
Também aqui se apresentam truncagens com base em exercícios de páginas anteriores, e determi-

nam-se as verdadeiras grandezas das secções. Nesta página observa-se um cilindro.

1R 
iR 
FR  F2 
D’2  2R  
8R 
VG 
i2 
7R   3R  

 A’2  O’2  B’2 


6R  
4R  32   f β 
22 
5R  
42  
D2 
C’2  12 

52  
hπR  82  
 A2  B2 
O2 
62 
72 

f π
π≡≡f πR 
C2 

H2 
x   A1  C1  O1   D1  B1≡F1 

51  41 
hπ   31  
21  
61  

11  
71   81  

hβ≡i1 

 A’1  H1 
C’1  O’1  D’1  B’1 

Tronco de cilindro oblíquo e verdadeira grandeza da secção provocada por um plano oblíquo
Destaca-se o tronco de cilindro que tem a base de menor afastamento. Determina-se a VG da secção rebaten-
do o plano para o PFP, utilizando as rectas de intersecção como auxiliares. Uma vez que se trata de um cilin-
dro, essas rectas são paralelas entre si.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 21

 Aqui observa-se mais uma truncagem de um cone e respectiva verdadeira grandeza da secção.

V2

F2 f α 

f δδ≡
≡i2 
32
42
22 12
52
62
72 82
FR’  F1 C2 B2≡H2 
x   A2 O2  D2

C1

31
O1  
41  A1 21 B1

51 11

hδ 
61 81
i1
71 D1
hα≡hαR  H1≡HR’≡HR 

V1 
7R
8R
6R

5R
1R
2R
4R VG 
3R
iR
f αR 
FR
Tronco de cone oblíquo e verdadeira grandeza da secção provocada por um plano de rampa
Destaca-se o tronco de cone que contém a base e determina-se a VG da secção rebatendo o plano para o
PHP, rebatendo as rectas de intersecção onde se situam os oito pontos.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 22

 Aqui observa-se mais uma truncagem de esfera e a verdadeira grandeza da respectiva secção.

f ρ 
f 2 
f δδ≡
≡i2≡r 2 
42
F’2 
32

52 22
C2 
O2  F2 
12
 A2  62 B2  (f β)≡n2 
82
72

H’2  F’1  H2 


x  F1 

31
21 11
(h
(hωω)≡f 1  41 O1   81
 A1  C1  B1  H1 

FR 
51
71

61 1R

hδ  n1   F’R 
hρ≡hρR 
i1 

CR  f ρR 

iR  
VG 
r 1 
nR  

H’1≡H’R 

Tronco de cilindro e verdadeira grandeza da secção provocada por um plano oblíquo


Destaca-se aqui a porção maior da esfera e determina-se a VG da secção rebatendo o plano secante para o
PHP. Para achar a VG da secção bastou rebater um dos seus pontos, neste caso o 1, assim como o seu cen-
tro, ponto C. O centro da secção determinou-se fazendo intersectar a recta r com o plano secante, sendo essa
recta perpendicular ao plano e contendo o ponto O, centro da esfera.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 23

Intersecção de rectas com sólidos no espaço

Para obter os pontos de intersecção de uma recta com um sólido recorre-se geralmente a um plano
que contém a recta.

V   A’  C’ 
π 
B’ 

S  3 
1  1 
D  3 
S  r   E 
E  r  
2  δ 

 A  2 

 A 

B  B 

β  Intersecção de rectas com os diferentes sólidos


r   Tirando os casos em que a determinação da intersecção
de uma recta com um sólido é directa, nos restantes ela é
feita passando um plano pela recta. Nas pirâmides, pris-
E  mas e esferas, esse plano deve ser projectante; nos cilin-
dros deve ser paralelo à direcção das geratrizes; nos
cones deve conter o vértice. Procede-se desse modo no
caso dos cilindros e dos cones porque qualquer outro pla-
O  S  no daria origem a uma secção curva e, por isso, sem rigor
(salvo se surgir uma circunferência, o que só é possível se
a recta for paralela à base do sólido).
sól ido).
Designa-se por ponto de entrada o do lado esquerdo e por
ponto de saída o do lado direito, pontos E e S.

ρ 
D  V 
O’  C  r  

[b’] 


r  

 A  E  B 


B   A 
[b] 
[b] 
δ 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 24

Intersecção de rectas com pirâmides, prismas e esfera

Nesta página observa-se a intersecção de rectas com pirâmides. Utilizam-se rectas e sólidos dife-
rentes.

V2

Intersecção de uma recta horizontal


(f δ)≡n2 12 42 22 32 com uma pirâmide recta
E2 S2 Fez-se passar um plano horizontal pela recta, que
seccionou a pirâmide no quadrado [1234]. A recta
cruza o quadrado nos pontos E e S, onde intersecta
 A2 D2 B2 C2 o sólido.
x  Indica-se a traço interrompido não só o segmento
B1 [ES], que fica no interior do sólido, mas também um
pedaço da recta que fica por trás do sólido em pro-
21  jecção frontal.

 A1 S1
11
V1
E1 31 C1
r 2
n1
41

D1 P2 32 Q2
S2

22
E2

12
V2
Intersecção de uma recta oblíqua
com uma pirâmide oblíqua
R2
 Aqui fez-se passar um plano vertical pela recta, que
seccionou a pirâmide no triângulo [123]. A recta
cruza o triângulo nos pontos E e S, onde intersecta x 
o sólido.
Também aqui se indica a traço interrompido não só V1
o segmento [ES], que fica no interior do sólido, mas
também as partes da recta que, em ambas as pro-
 jecções, ficam ocultas por sobreposição.
(hα)≡r 1
(hα)≡
21

E1
S1
P1 Q1
11 R1 31 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 25

 Aqui observam-se duas situações de intersecção de rectas com prismas, um recto, outro oblíquo.

s2 

L’2  E2  I’2  K’2  J’2


H’2

S2 

Intersecção de uma recta oblíqua


H2 J2 com um prisma recto
L2   I2  K2 
Tratando-se de um prisma recto, com faces laterais
e bases projectantes, os pontos de entrada e saída
determinam-se directamente, ou seja, sem necessi-
x  dade de recorrer a um plano auxiliar. Neste caso o
I1≡I’1 
ponto E determinou-se primeiro na projecção fron-
tal, o ponto S na horizontal.
S1 
H1≡H’1  J1≡J’1 
E1 

s1 

L1≡L’1  K1≡K’1 

v2
 A’2
12
 A2

E2

B’2 
C’2
S2
22
Intersecção de uma recta vertical 32 B2 
com um prisma oblíquo C2
Utilizou-se aqui um plano auxiliar frontal contendo a
recta (também se poderia ter utilizado um plano
vertical), resultando a secção [123], que é um triân- x 
gulo paralelo às bases. Por se tratar de uma recta
projectante horizontal, os pontos E e S coincidem C1  A1 B1 
nessa projecção.

11 21
(h
(hδδ)  31 (v2)≡E1≡S1 

C’1  A’1 B’1 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 26

Nesta página observa-se mais um prisma, neste caso intersectado por uma recta de perfil.

F2 

 A’2  22≡32  C’2 B’2 


E2

S2

Z2 
12
B2 
x≡f βR  FR  F1   A2  C2

B1
pR  

1R 11  A1 

ER E1
2R B’1 
21
 A’1  C1
SR S1

3R 31
C’1 
ZR 
Z1 

p1≡p2≡f β≡
β≡hβ≡hβR

Intersecção de uma recta de perfil com um prisma oblíquo


O plano de perfil é o único plano projectante que pode conter uma recta de perfil, por isso é esse que se utiliza
aqui. A recta está definida pelo seu traço frontal, ponto F, e pelo ponto Z. Os pontos E e S determinam-se no
rebatimento, onde a recta cruza a secção.
Quando a recta é de perfil, sugere-se
sugere -se também a utilização das projecções laterais.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 27

 Aqui observam-se duas intersecções


inter secções de rectas com a esfera, que implicam procedimentos bem dife-
rentes.

E2 

 A2  B2 
O2  
S2  Intersecção de uma recta frontal
com uma esfera
f 2  Para resolver este caso, passa-se pela recta um
plano frontal, que corta a esfera segundo uma cir-
cunferência frontal. A recta cruza a circunferência
x  nos pontos E e S.
 À excepção das rectas oblíqua e de perfil,
perfi l, as restan-
tes têm solução simples como esta, já que por elas
se pode passar um plano auxiliar frontal ou horizon-
tal.

 A1  B1 
O1 

E1  S1 
f 1 

f β 

 A2  C2  O2  B2 


F2 
r 2  E2
Intersecção de uma recta oblíqua
com uma esfera = 
S2
 Aqui fez-se passar pela recta um plano
vertical, que corta a esfera segundo uma
F1  H2 
circunferência vertical, que surge repre-
sentada apenas em rebatimento, já que a x 
sua projecção frontal seria uma elipse. O
rebatimento da recta foi feito com recurso  
=    
r 1≡h
≡hββ≡h
≡hββR 
aos seus traços (mas caso estes não esti- FR  E1
vessem acessíveis podiam ter-se utilizado
outros). Onde a recta rebatida cruza a cir- O1 
cunferência rebatida determinam-se os f βR   A1  B1 
r R 
pontos E e S.
 A recta de perfil tem uma resolução idênti- C1  S2
ER
ca a esta, aplicando-se aí o rebatimento do
plano de perfil que a contém.
SR
CR 

H1≡HR 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 28

Intersecção de rectas com cones e cilindros

Quando se trata de cones ou cilindros, o procedimento é, de um modo geral, diferente do observado


para os outros sólidos. Nesta página observam-se duas situações que envolvem cones, resolvidas
por procedimentos bem diferentes.

V2
C2
 A2
B2
O2
E2 S2
h2 Intersecção de uma recta fronto-
horizontal com um cone oblíquo
Como a recta fronto-horizontal é paralela à
base do cone, que é frontal, utiliza-se um
x  plano auxiliar frontal. Esse plano corta o
 A1 O1 sólido segundo a circunferência frontal que
B1
tem
essaCrecta
(situado
cruzanoa eixo) como centro.
circunferência Onde
surgem os
pontos E e S.
E1 C1 S1 h1≡(hψ)
≡(hψ) 

V2
V1

a2

r 2
P2
Intersecção de uma recta
E2
oblíqua com um cone de revolução
Determina-se aqui um plano que contém a S2
recta dada e o vértice. Para isso passa-se a
recta auxiliar a por um ponto da recta (P, H’2  A2 H2
neste caso) e determinam-se os traços de x  C2 O2  D2 B2
ambas as rectas no plano da base, neste
caso os seus traços horizontais, H e H’.
Unindo esses pontos fica-se com o traço
horizontal do plano pretendido, que vai cor-
tar o cone segundo a geratrizes [CV] e [DV]. a1
Essas geratrizes cruzam-se com a recta nos
pontos E e S.  A1 V1≡O1 
Não há necessidade de representar o traço B1
r 1 P1
frontal do plano π que, além do mais, tam-

bém não caberia no espaço disponível. E1 S1


H’1 hπ  C1
D1 H1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 29

 Aqui observa-se mais um cone, desta vez com a base assente num plano frontal.

V2

n2  P2
E2 S2 N2
f 2
D2
m2
M2 C2
 A2 B2
O2 

C1 B1 (h θ)≡f 1 
(hθ)≡
M1  A1 O1   D1 N1

m1 
S1

E1

P1

n1 

V1 

Intersecção de uma recta horizontal com um cone oblíquo


Procede-se aqui como no segundo exercício da página anterior. Contudo, não estando a base deste cilindro
num plano de projecção, não surge aqui qualquer traço do plano que contém a rectas n e m, a primeira dada, a
segunda acrescentada através da união do vértice com o ponto P. Onde essas rectas cruzam o plano da base
surgem os pontos N e M. A recta f, que une esses dois pontos, é a intersecção do plano definido pelas rectas n
e m com o plano da base. A recta f cruza a base nos pontos C e D, de onde nascem as geratrizes que cruzam
a recta dada nos pontos E e S.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 30

 Aqui observam-se duas situações de intersecção de rectas com cilindros, um recto, outro oblíquo.

E2

Intersecção de uma recta oblíqua


com um cilindro de revolução
 A2≡A’2  B2≡B’2 
O2≡O’2   A excepção da recta de perfil, a intersecção de qual-
S2 quer outra com um cilindro recto de bases paralelas
r 2 a um plano de projecção determina-se sempre direc-
tamente. Neste caso o ponto E foi determinado na
sua projecção frontal, ao passo que o ponto S foi
determinado na projecção horizontal. Isto acontece
x  porque tanto as bases como a superfície lateral do
O1 cilindro são projectantes.
 A1 B1

E1
Intersecção de uma recta horizontal
com um cilindro oblíquo
B’1  A recta auxiliar
intersecta o planocruza a recta
da base dada
inferior no ponto
do cilindro P e
no pon-
 A’1 O’1 S1
to H, traço horizontal dessa recta. Uma vez que a
recta dada é horizontal, não intersecta o plano da
r 1 base, pelo que o traço horizontal do plano formado
pelas rectas é paralelo à recta dada e contém o tra-
ço da auxiliar. O traço do plano cruza a base nos
pontos C e D, onde nascem as geratrizes onde se
situam os pontos E e S.
Também aqui não se representa o outro traço do
plano, por ser desnecessário.

 A’2  O’2  D’2 


B’2 
C’2 
r 2 

P2  S2  f 2 


E2 

H2  O2   D2 
x   A2  C2  B2 

D1 
 A1  O1  f 1 
B1 

S1 
C1 
H1 
hβ 
E1 
D’1 
P1 
 A’1  O’1  B’1 
r 1  C’1 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 31

 Aqui observa-se
observa- se a peculiaridade
p eculiaridade que envolve uma recta de per
perfil,
fil, neste caso intersectando um
u m cilin-
dro oblíquo com bases frontais.

y≡z  
y≡z
p2≡p1 

F2  F3 

D’2  i2 

I2  I3 

 A’2 
O’2  B’2 
E2 
C’2 
D2 

S2 
 A2  O2   B2  p3  

C2 
r 2 

H2≡F1  H3 

(h
(hωω)≡i1   A1  I1  D1  C1  B1 
O1   I’1 
E1 

S1 
I’2 
r 1 
D’1  C’1 
 A’1  O’1  B’1 

H1 

Intersecção de uma recta de perfil com um cilindro oblíquo


 Aqui aplica-se o método
m étodo já algumas vezes aplicado nas páginas anteriores. Ou seja, Determina-se o ponto I de
intersecção da recta dada p com o plano ω que contém uma base, com recurso à sua projecção lateral; deter-
mina-se
mina- se também o ponto I’ de intersecção da recta r, paralela às geratrizes, com o mesmo plano (essa recta é
concorrente com a de perfil no seu traço horizontal, por opção). Da união dos pontos I e I’ surge a recta i, que é
a intersecção do plano formado pelas rectas p e r com o plano da base. A recta i cruza a base nos pontos C e
D, de onde nascem as geratrizes que contêm os pontos E e S.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 32

Sólidos II  – Exercícios 

Secções provocadas por planos projectan- Secções provocadas por planos não pro-
tes em pirâmides e em prismas  jectantes em pirâmides e em prismas 
(Inclui truncagens e determinação de VGs)   (Inclui truncagens e determinação de VGs)  

1. Representar uma pirâmide regular com 7cm de 9. Representar a pirâmide do exercício 1.


altura, sabendo que A(2;0;3) e C(-4;0;5) são vérti- Determinar a secção provocada pelo plano de ram-
ces opostos da base [ABCD], quadrada e frontal. pa π, cujos traços têm 9cm de cota e 5cm de afas-
Determinar a secção provocada pelo plano vertical tamento.
ρ que cruza o eixo x num ponto com 4cm de abcis-
sa e faz 35ºad. 10. Repetir o ex
exercício
ercício anterior, des
destacando
tacando o tro
tron-
n-
co de pirâmide que contém a base e determinando
2. Repetir o exercício anterior, destacando o tronco a VG da secção.
de pirâmide que contém a base e determinando a
VG da secção. 11. Representar a pirâmide do exercício 5.  
Determinar a secção provocada pelo plano oblíquo
3. Representar uma pirâmide hexagonal regular ρ, que contém o centro da circunferência e o vértice
com o vértice principal no PHP, sabendo que A de maior abcissa da aresta fronto-horizontal, con-
(5;2,5;8) e B(5;6;8) são os vértices consecutivos tendo o seu traço frontal a projecção homónima do
mais à esquerda da sua base [ABCDEF], horizontal. vértice principal do sólido.
Determinar a secção provocada pelo plano de topo
θ, que cruza o eixo x num ponto com -2cm de abcis- 12. Representar o prisma do exercício 6.  
sa e faz 45ºae. Determinar a secção provocada pelo plano oblíquo
α, que cruza o eixo x num ponto com 4cm de abcis-
4. Repetir o exercício anterior, destacando o tronco sa e é perpendicular ao β1/3, fazendo o seu traço
de pirâmide que contém a base e determinando a horizontal 55ºad.
VG da secção.
13. Repetir o exercício anterior, destacando o tronco
t ronco
5. Representar uma pirâmide cuja base é o pentá- de prisma que contém a base de menor cota e
gono regular [PQRST], horizontal, inscrito numa determinando a VG da secção.
circunferência com 3,5cm de raio e centro em
O(2;5;1), sendo fronto-horizontal o seu lado de 14. Representar um prisma regular pentagonal com
maior afastamento. V(2;10;7) é o vértice
v értice principal do 8cm de altura e bases frontais, estando uma delas
sólido. inscrita numa circunferência com 3cm de raio e cen-
Determinar a secção provocada pelo plano frontal tro em O(4;0;3). Uma aresta lateral situa-se no PHP.
φ, com 6cm de afastamento. Determinar a secção provocada pelo plano de ram-
pa ψ, cujos traços têm 8cm de cota e 7cm de afas-
6. Representar um prisma cuja base de menor cota tamento, destacando o tronco do sólido que contém
é o triângulo equilátero horizontal [DEF], inscrito a base de menor afastamento.
numa circunferência
Q(-4;4;1). D tem -6cmcom 3cm de eraio
de abcissa é oevértice
centro que
em
15. Representar um prisma hexagonal regular com
se situa mais à direita. As arestas laterais são fron- 4,5cm de altura e bases horizontais, sendo A(6;3;0)
tais, fazem 50ºae e medem 10cm. e D(1;5;0) dois vértices opostos de uma das bases.
Determinar a secção provocada pelo plano de perfil Determinar a secção provocada pelo plano oblíquo
δ, que contém M, o ponto médio do eixo do sólido, δ, que cruza o eixo x num ponto com -3,5cm de
assim como a sua VG. abcissa e contém D, fazendo o seu traço frontal
45ºae. 
7. Representar o prisma do exercício anterior.
Determinar a secção provocada pelo plano de topo 16 Repetir o exercício anterior, destacando o tronco
ψ, que corta o eixo x num ponto com 1cm de abcis- do sólido de maior dimensão e determinando a VG
sa e faz 65ºad, destacando o tronco do sólido que da secção.
contém a base de maior cota.
17. Representar o prisma do exercício 15.  
8. Representar um prisma cuja base de maior afas- Determinar a secção provocada pelo plano passan-
tamento é o rectângulo frontal [KLMN], conhecendo te θ, que contém o ponto com maior afastamento da
K(0;5;2) e N(-3;5;0) e sabendo que o lado maior do base superior.
rectângulo mede 4,5cm. A outra base situa-se no
PFP. Asasarestas laterais são paralelas β2/4, 18. Representar o prisma do exercício 8.  
fazendo suas projecções frontais 60ºae. ao Determinar a secção provocada pelo plano ω, per-
Determinar a secção provocada pelo plano horizon- pendicular ao β2/4, que cruza o eixo x num ponto
tal ω, que contém o vértice mais à direita, destacan- com 1cm de abcissa, fazendo o seu traço frontal
do o tronco do sólido situado acima desse plano. 40ºad. 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 33

Secções provocadas por planos projectan- Secções provocadas por planos não proje-
tes em cones, em cilindros e na esfera tantes em cones, em cilindros e na esfera
(Inclui truncagens e determinação de VGs)   (Inclui truncagens e determinação de VGs)  

19. Representar um cone de revolução com 8cm de 28. Representar o cone do exercício 19.  
altura, cuja base é frontal, tem 3,5cm de raio e cen- Determinar a secção provocada pelo plano de ram-
tro em O(4;0;5). pa π, cujos traços têm 10cm de cota e 7cm de afas-
Determinar a secção provocada, assim como a sua tamento.
VG, pelo plano vertical π, que cruza o eixo num
ponto com -1cm de abcissa e faz f az 40ºae. 29. Repetir o exercício anterior e determinar a VG
da secção, destacando o tronco do sólido que con-
20. Representar o cone do exercício anterior.   tém a base.
Determinar a secção provocada pelo plano de topo
α, que cruza o eixo x num ponto com -1cm de 30. Representar um cone cuja base é horizontal,
abcissa e faz 35ºae, destacando o tronco do sólido com 3,5cm de raio e centro em Q(5;4;0), sendo
que contém o vértice. V(-2;6;10) o seu vértice.
Determinar a secção, e respectiva VG, provocada
21. Representar um cone cuja base é horizontal, pelo plano oblíquo α, que cruza o eixo x num ponto
com 3,5cm de raio e centro em Q(4;6;0), sendo com -7cm de abcissa, sendo o traço horizontal tan-
V(5;0;8) o seu vértice. gente à base num ponto de afastamento superior ao
Determinar a secção provocada pelo plano frontal do ponto O, e fazendo o traço
t raço frontal 50ºae.
φ, tangente à circunferência no seu ponto de menor
afastamento. 31. Representar o cone do exercício anterior.  
Determinar a secção provocada pelo plano passan-
22. Representar o cone do exercício anterior.   te ρ, que faz 40º com o PHP, destacando o tronco
Determinar a secção provocada pelo plano de topo do sólido que contém a base.
β, que cruza o eixo x num ponto com 3cm de
abcissa e faz 45ºae, destacando o tronco do sólido 32. Representar um cilindro de revolução com 7cm
que contém o vértice. de altura e bases frontais com 3cm de raio, tendo
uma delas centro em O(-2;0;4).
23. Representar um cilindro de revolução com 4cm Determinar a secção provocada pelo plano oblíquo
de altura e bases horizontais tangentes ao PFP, θ, perpendicular ao β1/3, que cruza o eixo x num
sendo a de menor cota a que tem centro em ponto com 2cm de abcissa, fazendo o seu traço
X(-2;3;1). frontal 55ºad, destacando o tronco do sólido que
Determinar a secção, assim como a sua VG, provo- possui a base de maior afastamento.
cada pelo plano de topo ρ, que contém o ponto de
maior abcissa da base inferior e faz 45ºad. 33. Representar o cilindro do exercício anterior.
Determinar a secção, assim como a sua VG, provo-
24. Representar um cilindro oblíquo com 6cm de cada pelo plano de rampa δ, perpendicular ao β1/3,
altura e bases frontais com 2,5cm de raio, tendo cujo traço frontal tem 6cm de cota.
uma delas centro em O(5;0;4). As geratrizes são
horizontais, fazendo 50ºad. 34. Representar um cilindro com bases horizontais
Determinar a secção provocada pelo plano vertical de 3cm raio e centros em O(4;3;0) e O’(0;7;6).
O’(0;7;6).  
θ, que faz 50ºae e contém o ponto mais à esquerda Determinar a secção provocada pelo plano de ram-
da base de maior afastamento, destacando o tronco pa ψ, cujos traços têm 8cm de cota e 7cm de afas-
do sólido que assenta no PFP. tamento, destacando o tronco do sólido que contém
o ponto O.
25. Representar o cilindro do exercício anterior.  
Determinar a secção, assim como a sua VG, provo- 35. Representar o cilindro do exercício anterior. 
cada pelo plano de perfil δ, com 3,5cm de abcissa. Determinar a secção, assim como a VG, provocada
pelo plano oblíquo π, que cruza o eixo x num ponto
26. Representar uma esfera com centro em Q(2;4;5) com -5cm de abcissa, fazendo os seus traços fron-
e com 3cm de raio. tal e horizontal 45ºae e 35ºae, respectivamente.
Determinar a secção provocada pelo plano de topo
ψ, que cruza o eixo x num ponto com -1cm de 36. Representar uma esfera com centro em X(4;5;4)
abcissa e faz 50ºae, destacando o tronco do sólido e com 3cm de raio.
que contém o ponto Q. Determinar a secção, assim como a VG, provocada
pelo plano oblíquo ω, que cruza o eixo x num ponto
27. Representar a esfera do exercício anterior.   com -2cm de abcissa, fazendo os seus traços fron-
Determinar a secção, assim como a sua VG, provo- tal e horizontal 60ºae e 45ºae respectivamente.
cada pelo plano vertical ω, que corta o eixo x num
f az 60ºae. 
ponto com -2cm de abcissa e faz 37. Representar a esfera do exercício anterior.  
Determinar a secção provocada pelo β1/3, destacan-
cont ém o centro. 
do o tronco do sólido que contém

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 34

Intersecção de rectas com pirâmides e com Intersecção de rectas com cones, cilindros
prismas e esferas
38. Representar uma pirâmide regular com 7cm de 46. Representar um cone de revolução com 8cm de
altura, sabendo que A(2;0;3) e C(-4;0;5) são vérti- altura, cuja base é frontal, tem 3,5cm de raio e cen-
ces opostos da base [ABCD], quadrada e frontal. tro em O(-2;1;5).
Determinar a intersecção da recta fronto-horizontal Determinar a intersecção da recta vertical v, que
h, com 3cm de cota e 2cm de afastamento. tem -2cm de abcissa e 3cm de afastamento.
39. Representar a pirâmide do exercício anterior.   47. Representar o cone do exercício anterior.  
Determinar a intersecção da recta oblíqua r, pas- Determinar a intersecção da recta a, que tem traço
sante num ponto com -6cm de abcissa, fazendo as frontal em F(-8;0;7), fazendo as suas projecções
suas projecções frontal e horizontal 30ºae e 45ºae, frontal e horizontal 35ºad e 25ºae, respectivamente.
respectivamente.
48. Representar um cone cuja base é horizontal,
40. Representar uma pirâmide cuja base é o pentá- com 3,5cm de raio e centro em Q(4;6;7), sendo
gono regular [PQRST], horizontal, inscrito numa V(-2;1;0) o seu vértice.
circunferência com 3,5cm de raio e centro em Determinar a intersecção da recta horizontal n, que
O(2;5;1), sendo fronto-horizontal o seu lado de contém N(-3;7;5) e faz 35ºad.
maior afastamento. V(-4;7;8) é o vértice principal do
sólido. 49. Representar o cone do exercício anterior.  
Determinar a intersecção da recta horizontal n, que Determinar a intersecção da recta frontal f, que tem
tem traço em F(-5;0;2,5) e faz 45ºae. traço em H(6;3;0) e faz 40ºad.

41. Representar a pirâmide do exercício anterior.   50. Representar o cone do exercício 48.  
Determinar a intersecção da recta vertical v, que Determinar a intersecção da recta de perfil p, cujos
tem 1cm de abcissa e 5,5cm de afastamento. traços são F(2;0;12) e H(2;10;0).

42. Representar um prisma cuja base de menor 51. Representar um cilindro de revolução com 5cm
cota é o triângulo equilátero horizontal [DEF], inscri- de altura e bases horizontais com 3cm de raio,
to numa circunferência com 3cm de raio e centro tendo a de menor cota centro em X(4;4;2).
em Q(-4;4;1). D tem -6cm de abcissa e é o vértice Determinar a intersecção da recta b, de perfil, pas-
que se situa mais à direita. As arestas laterais são sante, que contém K(5,5;5;3,5).
frontais, fazem 50ºae e medem 10cm.
Determinar a intersecção da recta frontal f, que tem 52. Representar um cilindro com bases horizontais
traço em H(3;4;0) e faz 50ºad. de 3cm raio e centros em O(4;3;0) e O’(0;7;6).
O’(0;7;6).  
Determinar a intersecção da recta de topo t, que
43. Representar o prisma do exercício anterior. contém T(1,5;2;4).
Determinar a intersecção da recta de perfil p, cujos
traços são F(-2;0;7) e H(-2;9;0). 53. Representar o cilindro do exercício anterior.
Determinar a intersecção da recta vertical v, que
44. Representar um prisma cuja base de maior tem 2cm de abcissa e 7cm de afastamento.
afastamento é o rectângulo frontal [KLMN], conhe-
cendo K(0;5;2) e N(-3;5;0) e sabendo que o lado 54. Representar o cilindro do exercício 52. 
maior do rectângulo mede 4,5cm. A outra base situa Determinar a intersecção da recta s, que contém
-se no PFP. As arestas laterais são paralelas ao P(3;5;2) e é paralela ao β1/3, fazendo a sua projec-
β2/4, fazendo as suas projecções frontais 60ºae. ção horizontal 30ºae.
Determinar a intersecção da recta s, que tem traço
frontal em F(4;0;6), fazendo as suas projecções 55. Representar a esfera que tem centro em
frontal e horizontal 20ºae e 35ºad, respectivamente. O(1;4;5) e 2,5cm de raio.
Determinar a intersecção da recta fronto-horizontal
45.Representar o prisma do exercício anterior.   h, com 4cm de cota e 2,5cm de afastamento.
Determinar a intersecção da recta de perfil q, pas-
sante, que contém o ponto P(-1;2;4).  56. Representar a esfera do exercício anterior.  
Determinar a intersecção da recta vertical v, que
tem abcissa nula e 3cm de afastamento.

57. representar a esfera do exercício 55.  


Determinar a intersecção da recta r, que contém
R(4;7;1), fazendo as suas projecções frontal e hori-
zontal 45ºad e 35ºae, respectivamente.

58. Representar a esfera do exercício 55.  


Determinar a intersecção da recta de perfil p, pas-
sante, que contém P(0;2,5;2).

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Sólidos II - 35

PARALELISMOS

Neste capítulo estudam-se as rectas e os planos nas suas relações de para-


lelismo, nas diferentes possibilidades: rectas com rectas, planos com planos
e rectas com planos. Mostra-se também como se confirmam e se determinam
essas relações.

Sumário:

2. Os paralelismos no espaço 
espaço  

3. Paralelismos de resolução directa entre rectas 


rectas  
4 e 5. Paralelismos entre rectas de perfil
6. Paralelismos de resolução directa entre planos 
planos  
7. Paralelismos entre planos de rampa
8 e 9. Plano paralelo a outro contendo um ponto dado
10. Paralelismos de resolução directa entre rectas e planos 
planos 
11. Paralelismos entre rectas e o plano oblíquo  
12. Paralelismos entre rectas e o plano de rampa  
13 e 14. Paralelismos entre rectas e planos definidos por rectas
15. Paralelismos entre planos definidos por traços e planos definidos  
por rectas

16 e 17. Paralelismos entre planos definidos por rectas


18 e 19.. Exercícios 
Exercícios 
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos
Paralelismos - 1

Os paralelismos no espaço

Mostra-se aqui os paralelismos no espaço entre: duas rectas, dois planos, uma recta e um plano.
Nos traçados que aqui se apresentam é fácil verificar e compreender essas situações; contudo, nas
projecções nem sempre se apresentam óbvias ou de resolução imediata.

Paralelismo entre duas rectas


a Duas rectas paralelas são rectas com a mesma
direcção, pelo que são complanares.

π  Paralelismo entre dois planos


Dois planos que não se intersectam são sempre
paralelos.
α 

p
Paralelismo entre uma recta e um plano
Uma recta que não cruza um plano é paralela a
θ  esse plano.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos
Paralelismos - 2

Paralelismos de resolução directa entre rectas

Duas rectas paralelas têm sempre as suas projecções homónimas paralelas; eventualmente, poderá
haver coincidência numa das projecções. Obviamente, só rectas do mesmo tipo podem ser parale-
las entre si. Não se apresentam aqui as rectas fronto-horizontal, de topo e vertical, já que duas rec-
tas de cada um desses tipos são sempre paralelas.

n’2

f’2 
n2 f 2 


n1 f 1

n’1 f’1

Paralelismo entre rectas horizontais e entre rectas frontais


Duas rectas horizontais ou frontais são paralelas quando as suas projecções homónimas também o são. Se
houver coincidência numa das projecções (como se vê no segundo exemplo de baixo) o paralelismo continua a
ser válido.

a2≡b2 
r 2
s2

r 1 a1
s1 b1
Paralelismo entre rectas oblíquas
Duas rectas oblíquas são paralelas quando as suas projecções homónimas são paralelas. Havendo coincidên-
cia numa das projecções, o paralelismo continua válido.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos


Paralelismos - 3

Paralelismos entre rectas de perfil

 A regra que se aplica nas situações da página anterior não se aplica à recta de perfil. Pode-se repre-
sentar rectas de perfil paralelas entre si, ou confirmar se o são, recorrendo às suas projecções late-
rais. Aqui exemplifica-se com rectas definidas pelos seus traços mas, obviamente, este processo
também é válido para rectas definidas por outros pontos.

y≡z 
a1≡a2 
b1≡b2 
F’2 a3 // b3 
F’3 
a3 
F2
F3 
b3 
H’3 
x  F1≡H2  F’1≡H’2  H3 

H1
H’1

Paralelismo entre rectas de perfil com diferentes abcissas


Duas rectas de perfil paralelas têm projecções laterais paralelas ou, eventualmente, coincidentes, caso as
medidas dos seus traços sejam iguais.

y≡z 

p1≡p2≡q1≡q2  p3 // q3 
F’2 F’3 
q3 
F2 F3 
p3 
H’3 
x  F1≡F2≡F’1≡H’2  H3 

H1
H’1

Paralelismo entre rectas de perfil com a mesma abcissa


No caso de as rectas de perfil possuírem o mesmo valor de abcissa (ou seja, terem projecções coincidentes) as
projecções laterais permitem também confirmar se elas são paralelas ou não.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos


Paralelismos - 4

Nesta página confirma-se o paralelismo entre duas rectas de perfil recorrendo a traços de planos
auxiliares, assim como a rectas paralelas ou concorrentes.
Para tal, pode-se ainda fazer uso dos métodos geométricos auxiliares: rebatimentos, rotações e
mudanças de planos.

p1≡p2  p’1≡p’2  b1≡b2  b’1≡b’2 

f π  F2 F’2 F’2


F2
f α 
F1≡H2  F’1≡H’2 
x  F1≡H2  F’1≡H’2 
hα 
H1
hπ  H1 H’1

H’1

Confirmação do paralelismo entre rectas de perfil recorrendo aos traços dos planos
Para que duas rectas sejam paralelas têm de ser complanares. Aqui, para provar que as rectas de perfil são
paralelas, representam-se os traços do plano a que pertencem: à esquerda, um plano de rampa; à direita, um
plano oblíquo. No primeiro caso pode-se confirmar o paralelismo entra as rectas sem recorrer ao plano de ram-
pa, caso se verifique que os traços
traç os da recta têm medidas iguais.

 j1≡j2 
r 1≡r 2  g1≡g2 
s1≡s2  b2
 A2 D2
C2  A2 I
B2 a2 2

B2
D2 b2 C2 a2

x   A1
 A1 D1 b1
B1
B1 I1
C1 a1
a // b  D1 C1
b1 a1
Confirmação do paralelismo entre rectas de perfil recorrendo a rectas auxiliares
Quando duas rectas de perfil estão definidas por dois pontos que não os traços, pode-se utilizar um processo
simples para confirmar se são paralelas entre si ou não. O processo consiste em passar duas rectas pelos pon-
tos. Se essas rectas forem paralelas ou concorrentes (ou seja, complanares) isso significa que as rectas de
perfil são paralelas, mas se forem enviesadas as rectas dadas também serão enviesadas.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos


Paralelismos - 5

Paralelismos de resolução directa entre planos

Dois planos paralelos têm sempre os traços homónimos paralelos. Obviamente, só planos do mes-
mo tipo o podem ser. Dois planos horizontais, frontais ou de perfil são sempre paralelos entre si,
pelo que esses casos não se apresentam aqui.

f β 
f ρ  f θ  f ω 

hω 
hβ  hρ  hθ 

Paralelismo entre planos de topo e entre planos verticais


Para que dois planos de topo sejam paralelos é necessário que os seus traços frontais sejam paralelos, já que
os horizontais o são sempre. Para que dois planos verticais sejam paralelos é necessário que os seus traços
horizontais sejam paralelos, já que os frontais
f rontais o são sempre.

f π  f α 

f δ 
f ψ 

hπ  hα 
hψ  hδ 
Paralelismo entre planos oblíquos
Para que dois planos oblíquos sejam paralelos é necessário que os seus traços homónimos sejam paralelos.
Isso observa-se aqui em duas situações.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos


Paralelismos - 6

Paralelismos entre planos de rampa

 A especificidade dos planos de rampa faz com que a posição dos seus traços, sempre paralelos ao
eixo x, não seja suficiente para garantir o paralelismo entre dois planos. Aqui mostra-se como resol-
ver o problema recorrendo aos traços laterais.
Outros processos se podem utilizar para confirmar ou determinar o paralelismo entre planos de ram-
pa: rebatimentos, rotações e mudanças de planos.

y≡z 

f α 

f π 
lπ // lα 
lα 
l π 

h π 

hα 

y≡z 

f θ 

P2  P3 
lω // lθ 
l θ 
P1 

x≡hω≡f ω 
lω 
hθ 

Paralelismos entre planos de rampa


Para que dois planos de rampa sejam paralelos é necessário que os seus traços laterais também o sejam.
Na situação de baixo, um dos planos é passante, definido pelo ponto P.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos


Paralelismos - 7

Plano paralelo a outro contendo um ponto dado

Quando se pretende determinar um plano paralelo a outro, mas contendo um ponto dado, obvia-
mente já não se pode traçar esse plano num sítio qualquer.

f β 
f ρ  f θ  f ω 
P2

R1
hω 
P1 hθ 
hβ  hρ  R2

Paralelismo entre planos de topo e entre planos verticais


Observam-se aqui duas situações que envolvem planos projectantes. Para que um plano de topo contenha um
ponto e seja paralelo a outro plano, além de ter os seus traços paralelos aos traços homónimos do outro, o seu
traço frontal tem que conter a projecção frontal do ponto. O raciocínio é idêntico para o plano vertical, devendo
o traço horizontal deste conter a projecção horizontal do ponto. No primeiro caso é indiferente a medida do
afastamento do ponto, no segundo é indiferente a da cota.

S2

f α  f ρ 
f π  f 2 
n 2   A2 F2
f θ 

H2
x  F1

H1 f 1  S1 hρ 
h π  hθ 
hα   A1
n1 

Paralelismo entre planos oblíquos


Não sendo este um plano projectante, para resolver estes problemas há que utilizar uma recta auxiliar, paralela
ao plano e contendo o ponto dado. Essa recta, que convém ser frontal ou horizontal, ficará contida no plano
pretendido. Ou seja, o ponto pertence ao plano porque pertence a uma recta que pertence ao plano.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos


Paralelismos - 8

Para determinar um plano de rampa paralelo a outro, e contendo um ponto dado, utilizam-se aqui
dois processos.

y≡z 

f α 

P2  P3 
f π 

lα  lπ // lα 
l π 


P1 
hπ 

hα 

Determinação do paralelismo entre planos de rampa recorrendo aos traços laterais


Já vimos que dois planos de rampa são paralelos quando têm os traços laterais paralelos. Mas pretende-se
aqui encontrar um plano paralelo ao outro contendo um ponto dado. O plano contém esse ponto porque o seu
traço lateral contém a projecção lateral do ponto.

F’2  f α 

P2 
F2   f π 

s2  s // r
r 2 

F1  H 2 
x  F’1  H’2 
P1 
r 1 

hπ  H 1 
s1 

hα  H’1 

Determinação do paralelismo entre planos de rampa recorrendo a rectas oblíquas


 A recta r é uma
um a recta oblíqua qualquer que se traçou no plano dado π. Passando pelo ponto dado P a recta s,
paralela à outra, obtém-se um plano paralelo ao primeiro, bastando para tal que esse plano contenha esta
segunda recta.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos
Paralelismos - 9

Paralelismos de resolução directa entre rectas e planos

O paralelismo entre rectas e planos dá origem a situações muito diversas, umas óbvias, outras mais
complexas. Nesta página observam-se as situações mais simples. Contudo, nã
não
o se apresentam os
casos onde os paralelismos são automáticos:
- Plano horizontal com rectas horizontal, fronto-horizontal e de topo
- Plano frontal com rectas frontal, fronto-horizontal e vertical
- Plano de perfil com rectas de perfil, de topo e vertical
- Plano de rampa com recta fronto-horizontal
- Plano de topo com recta de topo
- Plano vertical com recta vertical

r 2 // f β  f β  f ω 


f 2 // f β  r 2  s 2 
n2 
f 2 


f 1 
hβ  s 1 
hω 
n1 
r 1  n1 // hω 
s1 // hω 

Paralelismo entre rectas e os planos de topo e vertical

Qualquer
Qualquer recta
recta cuja
cuja projecção
projecção frontal sejaseja
horizontal paralela ao traço
paralela frontal
ao traço do plano
horizontal dode topo,vertical,
plano será paralela ao plano.
será paralela ao
plano. As posições das outras projecções não têm qualquer interferência.
i nterferência.

f π 
f 2 
f 2 // f π  n2  Paralelismo entre o plano oblíquo
e as rectas horizontal e frontal
Exceptuando as situações de pertença, uma
recta frontal é paralela a um plano oblíquo
quando a sua projecção frontal é paralela ao

traço homónimo do plano; do mesmo modo,
uma recta horizontal é paralela a um plano
f 1  oblíquo quando a sua projecção horizontal é
n1  paralela ao traço homónimo do plano.

h π  n1 // hπ 

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos


Paralelismos - 10

Paralelismos entre rectas e o plano oblíquo

Observam-se nesta página paralelismos das rectas oblíqua e de perfil com o plano oblíquo. O para-
lelismo das rectas horizontal e frontal com este plano foi abordado na página anterior.

r  // a F2  δ // β  F2 


r // β  s // β 
r 2 
f β  f β  f δ 
a2  s2 

x  H 2  F1  H 2  F1 
a 1  r 1  s1 
H 1  H1 

hβ  hδ 
hβ 

Recta oblíqua paralela a plano oblíquo


Pode-se traçar rectas oblíquas paralelas ao plano oblíquo de duas maneiras. No primeiro caso é traçada uma
recta que pertence ao plano; a recta r, sendo paralela a essa, será também paralela ao plano. No segundo caso
é traçado um plano paralelo ao plano dado; a recta s, situada nesse plano será paralela ao outro.

a2≡a1 
F’2  f β  F2 
f β  F 2  f δ 
p2≡p1 
H2≡F1 
x  H2≡F1  H’2≡F’1 

q2≡q1 
hβ 
hδ 
H1   H’1  H1 
p // a δ // β  hβ 
Recta de perfil paralela a plano oblíquo
Com a recta de perfil pode-se proceder de modo idêntico ao observado para as rectas oblíquas: no primeiro
caso, representando uma recta paralela a uma recta do plano; no segundo caso, representando a recta num
plano paralelo ao plano dado. As linhas paralelas ao eixo x, que passam pelos traços da recta de perfil na pri-
meira situação, mostram que essas medidas são iguais.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos


Paralelismos - 11

Paralelismos entre rectas e o plano de rampa

Observam-se nesta página os paralelismos entre as rectas oblíqua e de perfil e o plano de rampa. O
paralelismo entre a recta fronto-horizontal e o plano de rampa é imediato e foi referido duas páginas
atrás.
y≡z
F 2  f α  f π 

s 2 
P2  F2  F3  l π 
a2 
r 2 
r 3 
H 2  F1  H 2  F1 
x  H3 
P1  r 1 
a1 
s 1 
H 1 
H1  hα 
hπ 
s // a r 3 // lπ 

Recta oblíqua paralela a plano de rampa


Pode-se traçar rectas oblíquas paralelas ao plano de rampa de duas maneiras. No primeiro caso é traçada uma
recta que pertence ao plano; a recta s, que contém P, sendo paralela a essa será também paralela ao plano.
No segundo caso verifica-se que a projecção lateral da recta é paralela ao traço lateral do plano, o que garante
o paralelismo entre ambos.

y≡z
b2≡b1 
F2   f α  f π 

a2≡a1  p ≡p1  F2  F 3  l π 


F‘2 

H2≡F1  H’2≡F’1  H2≡F1  H3 


H’1  b3 
H1 
H1  hα 
p // a b3 // lπ 
Recta de perfil paralela a plano de rampa

Com a recta de perfil pode-se proceder de modo idêntico ao observado para as rectas oblíquas. No primeiro
caso, representando uma recta paralela a uma recta do plano; no segundo caso, verifica-se que a projecção
lateral da recta é paralela ao traço lateral. As linhas convergentes no eixo x, na primeira situação, garantem que
os traços da recta p se mantêm proporcionais aos da recta a. Na segunda situação só é dado o traço frontal do
plano, partindo-se do princípio de que este é paralelo à recta.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos


Paralelismos - 12

Paralelismos entre rectas e planos definidos por rectas

 Aqui mostra-se como determinar


deter minar rectas
r ectas paralelas a planos definido por rectas. É comum um enun-
ciado pedir que a recta passe por um ponto dado, pelo que se mostram aqui situações equivalentes.

r 2 s2
 A2 Recta oblíqua qualquer paralela
I2
p2 a plano definido por duas rectas
Se não se pedir uma recta específica,
basta traçar uma paralela a uma das
x  rectas desse plano. Neste caso apenas
se pretende que a recta contenha o
ponto A, pelo que se traçou a recta p
I1  A1 paralela à r.
p1
s1
r 1 p // r  
c2 d2

C2
D2 P2
r 2
Recta oblíqua específica paralela s2
a plano definido por duas rectas
Caso se pretenda uma recta oblíqua
com características específicas, há que
cruzar com as rectas dadas uma que x 
tenha essas características. Neste
caso pretende-se uma recta cuja pro-
 jecção horizontal faça 40ºad e que con- C1
tenha o ponto P.
D1 P
c1
1
r 1
d1 s1

r // s 

c2 d2
C2 D2 h2 Recta horizontal paralela
S2 n2 a plano definido por duas rectas
Como no caso anterior, também aqui
se pretende uma recta diferente das
rectas dadas, pelo que há que traçar
uma concorrente com essas, que tenha
x  as características pretendidas. Ao lado
h1
traça-se uma paralela a essa. Neste
C1 D1 n1 caso trata-se de de
mas tratando-se uma
umarecta horizontal,
recta frontal o
S1 processo seria idêntico.
d1 n // h 
c1

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos


Paralelismos - 13

Mostram-se aqui duas situações que envolvem a recta de perfil. Num dos casos o plano definido
pelas rectas é oblíquo, no outro é de rampa passante.

b2
p2≡p1 
a 2 I2 q2≡q1
 

n2  A2 C2
B’2

n1 B2 D2


B’1
D1
B1
b1 I1
a1
 A1
C1 p // q 

Recta de perfil paralela a plano definido por rectas oblíquas


 Aqui procede-se de forma idêntica à do exercício anterior, traçando uma recta de perfil no plano. A recta de
perfil pretendida tem as características dessa. As linhas paralelas ao eixo x garantem que os pontos de uma
são idênticos aos da outra. A recta horizontal serve para confirmar que o plano não é de rampa, pois se o fosse
a recta de perfil p não poderia ser determinada deste modo, uma vez que pertenceria também ao plano.
Caso se pretenda que a recta de perfil contenha um ponto dado, será necessário, por exemplo, recorrer às pro-
 jecções laterais do ponto e da recta.

y≡z 

p2≡p1 

r 3≡s3 
I2 I3
p3
s2  A2  A3
r 2
S1≡S2  R1≡R2  H2
x  H3

s1 r 1 H1

I1
 A2
p3 // r 3≡s3 
Recta de perfil paralela a plano definido por rectas oblíquas dum plano de rampa
Neste caso, as rectas que definem o plano são passantes, o que quer dizer que o plano de rampa que definem
é também passante. Após determinar as projecções laterais dessas rectas, que são coincidentes, traça-se uma
recta de perfil cuja projecção lateral é paralela às das rectas dadas (que são coincidentes). Aqui a recta está
definida pelo ponto A e pelo seu traço
t raço horizontal.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos
Paralelismos - 14

Paralelismos entre planos definidos por rectas


e planos definidos por traços

 Aqui mostra-se como determinar o paralelismo


par alelismo entre um plano definido por traços com outro definido
por rectas.

a2 b2 r 2 s2
f α  F2 F’2
P2
I2

H’2 H2
x  F1 F’1

P1
I1
r 1
b s1
1
hα  r // a
H’1 H1 s // b 
a1

Plano definido por rectas concorrentes paralelo a um plano de rampa


No plano de rampa definido pelos traços foram marcadas duas rectas oblíquas, ao lado estão traçadas duas
rectas paralelas a essas. Deste modo, o plano definido pelas rectas é paralelo ao plano definido pelos traços.
 Aqui parte-se do princípio de que se pretende determinar um plano paralelo a α, contendo o ponto P.

f π 

F2 b2
r 2 s2

F’2
a2  A2     =
 
 
    =

H2 H’2
x  F1 F’1
     -
 

     -
 

a1 h π 
H’1
 A1
s1 r // a
r 1 s // b 
H1
b1

Plano definido por rectas paralelas paralelo a um plano oblíquo


 Aqui procede-se como no caso anterior, marcando duas rectas no plano oblíquo definido pelos traços; ao lado
foram traçadas duas rectas paralelas a essas, passando uma delas pelo ponto A, que se pretendia contido nes-
se plano. Tratando-se de rectas paralelas, devem manter-se iguais
i guais as distâncias entre as suas projecções.

Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos


Paralelismos - 15

Paralelismos entre planos definidos por rectas

 Aqui mostram-se algumas situações de paralelismos entre planos definidos por rectas.

I2  b2 

a2 
r 2 
s2 
P2 

a // r
a1  b // s 
I1  b1 

r 1  s1  P1 

Planos paralelos definidos por rectas concorrentes  


 As rectas r e s definem um plano; as rectas a e b definem outro. Sendo a recta a paralela à recta r e a b parale-
la à s, os planos
pl anos por elas definidos são paralelos entre si.
Um exercício em que se pedisse para determinar um plano paralelo ao plano definido pelas rectas r e s, s , conten-
do o ponto P, seria assim resolvido, sem
s em necessidade de mais traçados.

c2  d2 
f’2 
C2  D2  f 2 
n’2 
I2 
n2 
D’2 


c1 
D1  f 1 
I1 
f’1 
C1  D’1 
n’ // n 
n1 
d1  f’ // f  
n’1 

Planos paralelos, sendo um definido por rectas oblíquas paralelas


e outro definido por uma recta horizontal e outra frontal
 As rectas c e d, oblíquas e paralelas entre si, definem um plano. Traçando as rectas f’ e n’, também desse pla-
no, ficamos com a direcção a dar às rectas f e n que definem um plano paralelo ao anterior, neste caso conten-
do o ponto I.
Manual de Geometria Descritiva - António Galrinho Paralelismos
Paralelismos - 16

Nesta página mostram-se mais exemplos de paralelismos entre planos definidos por rectas.

q2≡q1  q’2≡q’1  p2≡p1  p’2≡p’1 

r 2  s2 
 A2 
R2  B’2 
S’2 
I2 
S2 
B2 
n2  N2  R’2 
 A’2 
   
      =       =

S’1 
B’1 
R1   A1 
q // p
I1  q’ // p’ 
S1  B1 
 A’1 
s1   R’1 
n1  r 1 
N1 
Plano definido por rectas oblíquas paralelo a plano definido por rectas de perfil  
 Aqui pretende-se um plano definido por duas rectas de perfil que seja paralelo a outro definido por duas rectas
oblíquas. Traçam-se duas rectas de perfil concorrentes com as oblíquas e, ao lado, traçam-se outras duas idên-
ticas a essas. As linhas
l inhas paralelas ao eixo x provam que os pontos das rectas de perfil mantêm a mesma propor-
ção e disposição. O valor de abcissa entre essas rectas também tem de ser mantido.
estariam contidas nele.  
 A recta horizontal n prova que o plano é oblíquo, sendo de rampa as rectas p e p’ estariam

 A’2  b2 
f’2 

f 2  B’2 
r   
=  
  =   2
 A2   

P2 
a2  s2 
B2 


f’1 
 A’1  B’1  r 1 

f 1  = 

Você também pode gostar