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Controlo de Acidentes com

Matérias Perigosas

Manual de Consulta
Índice:

Tipos de Identificação 3
Código Europeu – Painel de identificação 4
Número de ONU 5
Placas - Etiquetas 6
Colocação de sinalização em veículos 13
Código Hazchem 14
Código NFPA 17
Procedimentos de intervenção 18
Classificação de acidentes 19
Isolamento de áreas 20
Distâncias de segurança 21
Taxa de aplicação de espumas (líquidos combustíveis) 23
Classe 1 24
Classe 2 / BLEVE 25
Classe 3 / BOIL OVER 29
Classes 4.1 4.2 4.3 5.1 5.2 6.1 6.2 31
Classes 7 8 9 32
Anotações 33
Guia de Comando 38

2
Tipo e formas de identificação

As cisternas que transportam substâncias não pressurizadas


apresentam uma forma elíptica (líquidos inflamáveis);

As cisternas para o transporte de substâncias corrosivas


apresentam cintas de reforço em todo o seu comprimento;

As cisternas que transportam substâncias pressurizadas (gases


liquefeitos) apresentam uma forma redonda ou calotes
arredondadas;

3
Código Europeu
Painel de identificação

Placa rectangular cor de laranja com dimensões de 40 x 30cm


aplicado num veículo para identificar a matéria perigosa que
transporta.

 Número de perigo

 Número de ONU

O painel não deve separar-se da sua fixação, bem como os


números de perigo e de ONU devem ser indeléveis (indestrutíveis)
e permanecerem visíveis após um incêndio com uma duração de 15
minutos.
Número de perigo
Constituído por um código numérico composto por uma sequência
de dois ou três dígitos podendo também ser precedido da letra X

1º Algarismo
Indica o Perigo principal

1 – Matéria Explosiva
2 – Gás
3 – Líquido Inflamável
4 – Matérias inflamáveis
5 – Matérias comburentes
6 – Matéria tóxica
7 – Matéria Radioactiva
8 – Matéria Corrosiva
9 – Matéria de Perigos Diversos

4
2º e 3º Algarismo
Indica os Perigos secundários

0 – Ausência de perigo secundário


2 – Libertação de gás
3 – Inflamável
4 – Sólido inflamável, que a temperatura elevada se
encontra no estado fundido
5 – Comburente
6 – Tóxico
8 – Corrosivo
9 – Sujeito a reacção violenta e espontânea

Dígitos repetidos indicam uma intensificação do perigo

Excepto 22 - Gás refrigerado

Letra X - quando precede o número, indica que essa matéria reage


perigosamente com a água

Numero ONU

Para identificar cada uma das matérias perigosas, foi adoptado um


código numérico de quatro dígitos, o número de ONU (Organização
das Nações Unidas), que constitui a identificação da matéria.

Painel de identificação
Sinalização de transporte +
Placa-Etiqueta

5
Placas – Etiquetas

A cada classe ou divisão das matérias perigosas está atribuída uma


etiqueta que a identifica.

A cada matéria podem ser atribuídas no máximo três etiquetas, que


correspondem aos seus perigos iminentes.

As etiquetas terão que ter pelo menos 25 cm por 25 cm.

1 – Matérias e objectos explosivos

Divisões 1.1,1.2 e 1.3


Símbolo convencional (bomba em explosão) negro sobre fundo
laranja

Divisão 1.4 Divisão 1.5 Divisão 1.6

Números negros sobre fundo laranja

6
2 – Gases

2.1 Gases inflamáveis


Símbolo convencional (chama): negro ou branco sobre fundo
vermelho

2.2 Gases não inflamáveis e não tóxicos


Símbolo convencional (garrafa de gás): negro ou branco sobre
fundo verde

2.3 Gases tóxicos


Símbolo convencional (caveira sobre duas tíbias) negro sobre fundo
branco

7
3 – Líquidos inflamáveis

Símbolo convencional (chama): negro ou branco sobre fundo


vermelho

4.1 - Matérias sólidas inflamáveis, matérias auto-reactivas e


matérias explosivas dessensibilizadas sólidas

Símbolo convencional (chama): negro sobre fundo branco, com sete


barras verticais vermelhas

4.2- Matérias espontaneamente inflamáveis

Símbolo convencional (chama) negro sobre fundo branco, (metade


superior) e vermelho (metade inferior)

8
4.3 - Matérias que, em contacto com a água, libertam gases
inflamáveis

Símbolo convencional (chama): negro ou branco sobre fundo azul

5.1- Matérias comburentes

Símbolo convencional (chama sobre um círculo): negro sobre fundo


amarelo

5.2 – Peróxidos orgânicos

Símbolo convencional (chama): negro ou branco sobre fundo


vermelho, (metade superior) e amarelo (metade inferior)

9
6.1 – Matérias tóxicas

Símbolo convencional (caveira sobre duas tíbias) negro sobre fundo


branco

6.2 Matérias infecciosas

Símbolo convencional (três crescentes sobre um círculo) e menções


a negro sobre fundo branco

7 – Matérias radioactivas

7 A Categoria I
Branca Símbolo convencional (trevo): negro sobre fundo branco

10
7 B Categoria II – Amarela 7 C Categoria III – Amarela

Símbolo convencional (trevo): negro sobre fundo amarelo com


bordadura branca (metade superior) e branco (metade inferior)

Texto (obrigatório): a negro na metade inferior da etiqueta:


'RADIOACTIVE‘ 'CONTENTS...‘ 'ACTIVITY...‘ A palavra
‘RADIOACTIVE’ deve ser seguida de uma barra vertical vermelha;

7E
Matérias cindíveis da classe 7 fundo branco
Texto (obrigatório): a negro na parte superior da etiqueta: 'FISSILE‘
Numa caixa de bordo negro na metade inferior da etiqueta:
'CRITICALITY SAFETY INDEX‘

Toda a matéria transportada com esta etiqueta corre o risco de


reacção nuclear em cadeia, desintegra-se facilmente

11
8 – Matérias corrosivas

Símbolo convencional (líquidos derramados de dois tubos de ensaio


de vidro e que ataquem uma mão e uma placa metálica): negro
sobre fundo branco (metade superior); e negro com bordadura a
branco (metade inferior)

9 – Matérias e objectos perigos diversos

Símbolo convencional (sete barras verticais na metade superior):


negro sobre fundo branco

Marca para as matérias transportadas a quente


Forma triangular cujos lados meçam pelo menos 25 cm

12
Colocação da sinalização em veículos

Dois painéis laranja, um à frente e outro atrás, perpendiculares ao


seu eixo longitudinal, do lado esquerdo do pára-choques e etiquetas
nas duas laterais e na retaguarda do veiculo.

Quando estejam sujeitas a transporte mais do que uma matéria no


mesmo veículo

As únicas excepções aplicam-se apenas ao transporte de matérias


com os números de ONU 1202 e 1203 ou 1223 e matérias com
número de ONU1268 ou 1863, no qual estará apenas identificado a
matéria mais perigosa.

(Gasolina; Gasóleo; Nafta; Jetta; Querosene)

13
Código HAZCHEM

Este código é utilizado no transporte de matérias perigosas, com


excepção das classes de explosivos e radioactivos. Circulam com
este código as matérias provenientes do Reino Unido, não sendo
permitido a sua circulação no nosso país, somente em veículos em
trânsito;

Este código surge apenas em veículos e contentores provenientes


do Reino Unido, que fazem o seu transporte quer por estrada, quer
por comboio;

É usado no transporte de quantidades superiores a 3000 litros;

É composto por um dígito e uma ou duas letras, que podem ter


diversas combinações.

CAE Etiqueta
de
perigo
Numero
ONU

Acessoria
técnica

14
CAE - Código de Acção de Emergência

Primeiro dígito – indica o meio de extinção que deve ser utilizado

1 Água em jacto
2 Água em nevoeiro
3 Espuma
4 Agentes secos

Segundo e terceiro dígito

P V
TOTAL
R
DILUIR
S V ARICA

T ARICA

W V
TOTAL
X
CONTER
Y V ARICA

Z ARICA

E Considerar EVACUAÇÃO

15
V – possibilidade de reacção violenta e/ou explosão

E – considerar EVACUAÇÃO

S, T, Y e Z utilização de E.P.I. com A.R.I.C.A. Podem apresentar-se


em negativo, letras brancas sobre um fundo negro

W, X, Y e Z advertem que se deve conter o produto e prevenir uma


possível entrada dos produtos para os esgotos e cursos de água,
rios..etc., reduzindo ou prevenindo os danos no meio ambiente.

P, R, S e T avisam sobre a necessidade de diluir a substância e


permitir a sua drenagem a não causar danos ao meio ambiente.

P, S, W e Y também indicam que a substância pode reagir


violentamente, e portanto as equipas que intervenham na
emergência deverão assegurar que as operações se realizem a
uma distância segura, com protecção.

16
Código NFPA
Utilizado nos Estados Unidos e Canadá

17
Procedimentos de intervenção

18
Classificação de acidentes
Tipo 1

Falha ou acidente em que o veículo não pode manter a sua marcha


mas o material transportado mantêm o seu perfeito estado de
armazenamento.

Tipo 2

Em consequência de um acidente, ocorreram algumas falhas no


armazenamento do material transportado mas não ocorreu qualquer
fuga ou derrame.

Tipo 3

Em consequência de um acidente, ocorreram algumas falhas no


armazenamento do material transportado existindo por isso fuga ou
derrame.

Tipo 4

Existem danos no armazenamento do material transportado


acompanhado de chamas.

Tipo 5

Explosão do material transportado com destruição de todo o seu


conteúdo.

19
Isolamento da área

Zona 0

Em redor da fonte, sendo definida pelos valores medidos pela


equipa de reconhecimento e intervenção;

Zona 1

Em redor da zona 0, é composta pelo corredor de entrada e


corredor redutor de contaminação e define-se pelo comprimento
deste último;

Zona 2

Em redor da 1, não têm medida específica nem estrutura física


definida na sua transição interior.

Distâncias de segurança
20
Distâncias de segurança

As suas medidas devem ser consultadas nas fichas e guias de


intervenção;

As medidas de isolamento consideram a área perdida por


contaminação;

As medidas de protecção consideram a área de evacuação da


população e de previsível contaminação.

Distância de isolamento

Zona de Isolamento

Distância de
isolamento

Derrame

A distância de isolamento é a distância radial medida em todas as


direcções aplicada a partir da fonte do derrame ou emissão,
definindo um círculo designado por zona de isolamento.

21
Distância de protecção

Distância de protecção

½ Distância de
protecção
na direcção
ZONA do vento

DE
PROTECÇÃO

É uma área angular na direcção do vento e aplicada a partir da


zona de isolamento;

Zona de protecção dentro da qual se devem tomar medidas de


protecção e segurança para a preservação da saúde pública e das
equipas de intervenção.

22
Taxa de aplicação de espumas
(para líquidos combustíveis)

Hidrocarbonetos
(Gasolina, diesel, querosene, heptano, etc…)

2
Taxa de aplicação média é de 4,1lpm/m .

Tempo mínimo de aplicação 15 min;

Exemplo:
Área de 100 metros quadrados com gasolina em combustão.

2 2
4,1lpm/m x 100m = 410l de espuma por minuto
410l x 3% = 12,3l de LGE por minuto
12,3l x 15 minutos = 184,5l de espumífero

Líquidos polares
(Álcool, acetona, éter, etc…)

2
Taxa de aplicação média é de 8lpm/m .

Tempo mínimo de aplicação 15 min;

Exemplo:
Área de 200 metros quadrados com álcool em combustão.

2 2
8lpm/m x 200m = 1600l de espuma por minuto
1600l x 3% = 48l de LGE por minuto
48l x 15 minutos = 720l de espumífero

23
Classe 1 – Matérias e objectos explosivos

Socorrer de imediato todos os feridos;

Desimpedir da zona de intervenção e respectiva interdição;

Retirar pessoas e animais da área de risco;

Avisar a população e planear evacuações;

Em caso de incêndio, determinar se:


Está na sua fase inicial ?
Está em desenvolvimento ?
A carga explosiva já foi atingida ?

Determinar com exactidão possível todos os perigos e riscos com


base nas indicações das fichas técnicas;

Consultar os técnicos eventualmente presentes;

Tomar as medidas necessárias, de acordo com as indicações das


fichas técnicas;

Requisitar a presença de pessoal perito em munições;

Delimitar a zona de perigo e, em caso de necessidade, corrigi-la e


tomar as medidas de evacuação apropriadas.

ATENÇÃO

A intervenção em incêndios na presença de explosivos é muito


perigosa;

24
Não combater incêndios em desenvolvimento em munições das
divisões 1.1, 1.2 ou 1.5;

Respeitar as distâncias mínimas de segurança estabelecidas;

O trabalho deve limitar-se ao combate de focos de incêndio


secundários nas áreas vizinhas.

Classe 2 – Gases - Procedimentos

O BLEVE representa um dos riscos de um gás ou vapor confinado


num contentor, caso se dê a sua ruptura e consequente ebulição
quase instantânea do gás liquefeito;

Explosão de gás ou vapor em expansão proveniente de líquido em


ebulição.

Pode ocorrer por:

Sobreaquecimento do líquido devido à exposição do depósito às


chamas;

Baixa rápida de pressão do depósito (rotura).


25
O BLEVE é um fenómeno físico que não tem necessariamente de
ocorrer com um inflamável/combustível podendo ocorrer com água.
No fenómeno do BLEVE não é necessário que o conteúdo arda.

As acções a tomar para a prevenção do BLEVE consistem em:

Arrefecer as paredes exteriores da cisterna ou contentor;

Avaliar se a ocorrência de um BLEVE está iminente:


Deformação da cisterna ou contentor;
Intensificação do ruído (silvo) por aumento da pressão no
interior da cisterna ou contentor;

Dispor de grande quantidade de água;

Posicionar as agulhetas nas laterais do depósito e não nos topos;

Utilizar as agulhetas em jacto para permitir uma maior distância;

Em caso de dúvida relativamente à ocorrência do BLEVE!


EVACUAR O LOCAL.

A intervenção em incêndios resultante de fuga de gás


inflamável consiste em:

Controlar o calor libertado pelo incêndio, através da aplicação de


água no contentor e combustíveis expostos ao fogo e ao calor;

Se possível interromper o fluxo de gás ou efectuar barreira de


protecção e arrefecimento, para evitar a propagação;

Existe possibilidade de explosão após a extinção do incêndio


se continuar a existir fuga de gás.

26
Identificar o tipo de gás da instalação;

Proceder ao corte de gás na entrada do edifício ou no ramal de


alimentação do piso com fogo, consoante a gravidade da situação;

Solicitar a presença de técnicos da empresa fornecedora do gás;

O restabelecimento do fornecimento de gás ao edifício só deve ser


efectuado por pessoal especializado

Medidas a tomar em caso de fuga de gás sem incêndio:

Fechar a válvula de corte mais próxima da fuga;

Evitar fontes de ignição, desligar motores e proibir o uso do fogo;

No interior de um edifício, arejar o local abrindo portas e janelas;

Isolar e evacuar o edifício, local ou área onde ocorre a fuga;

Solicitar a presença de técnicos da empresa responsável pelo


fornecimento ou transporte do gás;

No caso de fuga com GPL, impedir a acumulação de gases nas


zonas baixas;

Aplicar água pulverizada sobre o local da fuga.

27
28
Classe 3 – Líquidos inflamáveis - Procedimentos

BOIL OVER

Pode ocorrer em incêndios em hidrocarbonetos brutos ou pouco


refinados armazenados em depósitos metálicos;

Acontece quando não é feito o arrefecimento das paredes do


depósito;

O calor propaga-se aquecendo a água que existe no fundo do


depósito, até atingir a temperatura de ebulição;

Ferver para fora

29
Para prevenir o BOIL OVER, procede-se ao arrefecimento contínuo
das paredes do depósito com jactos de água;

Efectuar esta operação até que o incêndio fique extinto.

Medidas em caso de fuga ou derrame

Evitar fontes de ignição, desligar motores e proibir o uso do fogo;

Cobrir o líquido com espuma;

Conter o líquido e evitar que se introduza em esgotos, poços ou


linhas de água;

Quando transportado em cisterna solicitar a presença de técnicos


da empresa responsável pelo transporte do líquido inflamável;

Efectuar a prevenção na trasfega do líquido.

30
Classe 4.1, 4.2, 4.3 - Procedimentos

Normalmente estes produtos são muito perigosos porque libertam


gases irritantes e tóxicos quando em combustão;

Nos incêndios nestes produtos (ex. matérias plásticas), utilizam-se


os métodos de extinção indicados para os fogos da classe A;

A água é o agente extintor mais utilizado nestes incêndios sob a


forma pulverizada (chuveiro ou nevoeiro);

Obrigatório usar ARICA.

Classe 5.1 e 5.2 – Procedimentos

Os incêndios nestas matérias são extintos por arrefecimento


aplicando grandes quantidades de água ou de espumas
polivalentes;

Os bombeiros posicionam-se a favor do vento para combater estes


incêndios por se libertarem gases tóxicos;

Obrigatório usar ARICA.

Classe 6.1 e 6.2 – Procedimentos

Libertação de vapores - conter Em caso de incêndio em pesticidas


com água pulverizada;

Em caso de derrame – evitar a sua concentração em esgotos,


poços ou linhas de água;

31
Utilizar água pulverizada em pouca quantidade;

As águas utilizadas na extinção do incêndio em substâncias tóxicas,


quando em níveis de concentração elevados, constituem um risco
grave para a vida e para o ambiente;

Classe 7 – Procedimentos

Isolar a área e proceder à evacuação da população em caso de


perigo;

Solicitar a presença de especialistas.

Classe 8 - Procedimentos

Quando não se conhece a substância com fuga ou derrame, não


utilizar água para evitar possível libertação de gases, por reacção
química.

Em caso de incêndio a escolha do agente extintor não depende das


substâncias corrosivas mas sim dos restantes materiais envolvidos.

Evitar que as águas da extinção do incêndio se introduzam em


esgotos, poços ou linhas de água.

Classe 9 - Procedimentos

Devido à diversidade de matérias que integram esta classe,


as medidas a adoptar terão de ser analisadas caso a caso.

32
Anotações

Densidades
Alguns líquidos Alguns Gases

Temperaturas de referência

33
Domínio de Inflamabilidade de alguns combustíveis

Classes de Reactividade
Classificação NFPA

Altamente Inflamável
Substancias com um ponto de inflamação inferior a 38ºC e misturas
que incluam substâncias com um ponto de inflamação inferior a
38ºC

Gasolina, Acetona, Pentano, Éter Etílico, Terebintina, Metil-etil,


Acetona

Explosivo
Uma substância sintetizada ou deliberadamente misturada para
permitir uma rápida libertação de energia química. Inclui as
substâncias químicas que são intrinsecamente instáveis e capazes
de detonar em condições que, razoavelmente, podem ser
encontradas

Dinamite, Nitroglicerina, Ácido Pícrico

34
Polimerizável
Substância capaz de iniciar isoladamente uma reacção que liberta
energia. Algumas reacções de polimerização libertam quantidades
significativas de energia sendo que os produtos resultantes de uma
reacção de polimerização são, geralmente, menos reactivos que as
substâncias que lhes deram origem.

Ácido Acrílico, Butadieno, Etileno, Estireno, Cloreto de Vinil, Epóxis

Oxidante Forte
As substâncias oxidantes ganham electrões de outras substâncias e
são eles próprios quimicamente reduzidos. No entanto, os oxidantes
fortes aceitam electrões de uma vasta gama de substâncias
originando reacções de oxidação-redução particularmente violentas
podendo libertar outras substâncias que se podem envolver noutras
reacções como, por exemplo, Hidrogénio.

Peróxido de Hidrogénio, Flúor, Bromo, Clorato de Cálcio, Ácido


Crómico

Redutor Forte
As substâncias redutoras fornecem electrões a outras substâncias
sendo assim, elas próprias, oxidadas. No entanto, as substâncias
fortemente redutoras têm o potencial de fornecer facilmente
electrões a uma vasta gama de substâncias originando reacções de
oxidação-redução particularmente violentas podendo libertar outras
substâncias que se podem envolver noutras reacções.

Metais alcalinos (sódio, magnésio, lítio, potássio), berílio, cálcio,


bário, fósforo, rádio, lítio, hidratos de alumínio, etc.

35
Reactivo com a água
Substâncias que podem reagir rápida ou violentamente com a água
no estado líquido ou vapor, libertado energia sob a forma de calor,
podendo originar incêndio, e, frequentemente, produtos tóxicos da
reacção.

Metais alcalinos (sódio, magnésio, lítio, potássio), peróxido de


sódio, anidridos, carbonetos

Reactivo com o ar
Substâncias que têm apetência para reagir rápida ou violentamente
com o ar seco ou húmido podendo gerar fumos e gases tóxicos
e/ou corrosivos ou ainda dar origem a incêndios.

Poeiras metálicas finamente divididas (níquel, zinco, titânio), metais


alcalinos (sódio, magnésio, lítio, potássio)

Compostos peroxidáveis
Substâncias aptas para desenvolver reacções espontâneas com o
oxigénio à temperatura ambiente, formando peróxidos e outros
produtos. A maior parte destas auto oxidações são aceleradas pela
luz ou pela presença de impurezas, ainda que em pequena
quantidade. Muitos peróxidos são explosivos o que faz com que os
compostos peroxidáveis constituam um risco particular.
Os éteres e os aldeídos são substâncias que formam peróxidos
com alguma facilidade (os peróxidos formam-se geralmente
lentamente após a vaporização do solvente em que a substância
peroxidável se encontra diluída)

Éter isopropílico, furano, ácido acrílico, estireno, cloreto de vinil,


metil-isobutil cetona, éteres, aldeídos

36
Radioactivas
Substâncias que emitem de forma espontânea e continuada iões ou
radiação ionizante. A radioactividade não é uma propriedade
química mas constitui um risco adicional às propriedades químicas
dos materiais

Rádon, urânio, césio, amerício, polónio, plutónio

Informações bases de dados/fichas de segurança

n.s.a. - non spécifié ailleurs – matérias que não tem outra


especificação
RIT - Risco de Inalação Tóxica

MRA - Matéria reactiva com a água

Níveis de alarme detector de multi-gases

TWA - Concentração média ponderada para um dia normal de


trabalho de 8 horas, durante 5 dias por semana.

STEL - Concentração máxima à qual é permitida a exposição de


uma pessoa, de forma contínua, durante um período de 15 minutos
com intervalos de 60 minutos e nunca superior a quatro exposições
diárias.

37
38
39
Consideração

Para a protecção do Homem e do ambiente dos impactos


provocados pelos acidentes envolvendo matérias perigosas houve a
necessidade de se publicar legislação direccionada para os
preceitos relativos à produção, armazenagem, manipulação e
transporte das substâncias perigosas, sendo o objectivo minimizar
os riscos.

A intervenção dos bombeiros em situação de emergência


envolvendo matérias perigosas é essencialmente um problema de
decisão que compete a quem comanda as operações;

A decisão baseia-se no material de intervenção que existe, na


formação e treino do pessoal para actuar neste tipo de situação.

Este manual de consulta, não substitui os manuais de formação,


bem como a formação ou a legislação em vigor, serve apenas como
um auxiliar de memória.

Nuno Duarte
Técnico de formação

2014

40

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