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PRODUTOS PERIGOSOS

INSTRUTOR
DEFINIÇÃ
O:
São Produtos perigosos de origem Química, Biológica ou
Radiológica que causem risco de morte ou contaminação aos seres
vivos e ao meio ambiente, também podemos considerar um produto
químico como um produto perigoso. .

As indústrias de produtos perigosos, a exemplo de outros setores,


estão concentradas na região sudeste com 70%, seguida pela região
sul com 16%, a região nordeste com 13% e, por fim, a norte e centro-
oeste com apenas 1%.
REGULAMENTAÇÃ
O
O transporte Rodoviário de Produtos Perigosos está
regulamentado com base em legislação e critérios técnicos, de
acordo com as diretrizes da ONU (Organização das Nações
Unidas).

Há uma preocupação em manter um rígido controle, por isso, o


transporte rodoviário de produtos perigosos esta submetido ás
regras e procedimentos da resolução ANTT nº 5.848/19, e
complementado pela resolução ANTT nº 5.232/16.
MANUAL DE EMERGÊNCIAS ABIQUIM:

Este manual é a tradução adaptada do “Guia Norte-americano de


Atendimento a Emergências com Produtos Perigosos” desenvolvido
pelo Ministério do Transporte do Canadá, pelo Departamento de
Transportes dos Estados Unidos (DOT) e pela Secretaria de
Comunicações e Transportes do México (SCT), cuja tradução foi
efetuada pela Associação Brasileira de Indústrias Químicas
(ABIQUIM) e adaptada para a realidade brasileira.
O Manual é dividido em 5 seções coloridas:
BRANCA (inicial): Contém informações sobre como proceder na emergência, como
identificar o produto, as classes de risco, a tabela dos Rótulos de Risco e Número de
Risco e a relação dos Códigos de Risco.

AMARELA: Contém a relação numérica dos produtos perigosos elencados na


Resolução 420/04 da ANTT. A lista tem além de alguns sinônimos, produtos que
utilizam as designações não especificadas (n.e).
A tabela da relação numérica traz quatro colunas: a primeira contendo o número
ONU ou de identificação do produto, o segundo contendo a Classe de Risco
principal, a terceira contendo o número do Guia de Procedimentos de Emergência e a
quarta contendo nome do produto

AZUL: Relação alfabética dos produtos, contendo quatro colunas com os mesmos dados da
seção amarela, porém com a ordem das colunas alteradas da seguinte forma: a primeira com o
nome dos produtos, a segunda com o número ONU, a terceira com a Classe de Risco e a quarta
com o Número do Guia de Emergência.
LARANJA: Traz os Guias de atendimento inicial em casos de emergência, que
dão suporte para os primeiros 30 minutos de atendimento.
Cada um dos Guias numerados fornece, de forma simples e objetiva, as
informações mais relevantes, indicam os riscos potenciais mais significativos e
descreve os procedimentos a serem inicialmente adotados, contemplando os
produtos perigosos isoladamente.
Nos casos em que diversos produtos apresentam riscos similares, sugerindo
procedimentos emergenciais semelhantes; um único Guia abrange todos esses
produtos, essa está dividido em itens e subitens com os seguintes títulos:

1. “Riscos Potenciais”, subdivididos em fogo ou explosões e riscos à saúde;


2. “Segurança Pública”, subdivididos em vestimentas de proteção e evacuação;
3. “Ações de Emergência”, subdividido em fogo, vazamento ou derramamento
e primeiros socorros.
• VERDE – traz a Tabela de Isolamento e Proteção Inicial, com as
explicações de como proceder para utilizar corretamente essa seção.
A tabela referenciada corresponde aos produtos constantes na
relação de produtos perigosos das seções amarela e azul, cujos
números e/ou nomes estão sombreados em verde

• Seção BRANCA (final) – traz as explicações sobre o uso do Painel


de Segurança e da correta sinalização dos veículos transportadores
de produtos perigosos.
Esclarece ainda os itens e subitens abordados na seção laranja, aborda sobre a
PRÓ-QUÍMICA e seu serviço de plantão emergencial e ainda contém um
glossário de termos constantes no Manual.
A classificação adotada para os produtos considerados perigosos, é feita com
base no tipo de risco que apresentam e conforme as Recomendações para o
Transporte de Produtos Perigosos das Nações Unidas (ONU), que em 1957, criou
uma comissão que elaborou uma relação de 2.130 produtos químicos
considerados como perigosos e definiu um número de identificação para cada
um deles, sendo adotado pela comunidade internacional.
Em 05 de junho de 2001 foi publicada a Lei Federal Nº 10.233/01, passando à
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a atribuição de estabelecer
padrões e normas técnicas complementares relativas às operações de transporte
terrestre de produtos perigosos.
Em 12 de fevereiro de 2004 foi feita a publicação da Resolução Nº 420/04,
estabelecendo a nova relação dos produtos perigosos e os seus números de
identificação ONU, quantidades isentas, classes de risco, grupos de embalagens e
provisões especiais, substituindo ainda algumas Portarias do Ministério do
Transporte.
Cada produto recebeu um número de quatro algarismos, sendo agrupados em
nove classes, conforme a similaridade.
1 Explosivos
2 Gases
3 Líquidos Inflamáveis
4 Sólidos Inflamáveis
5 Substâncias Oxidantes
6 Substâncias Tóxicas e Infectantes
7 Substâncias Radiativas
8 Corrosivos
9 Diversos
ROTULOS DE RISCOS
CLASSE 1 – EXPLOSIVOS

CLASSE 2 – GASES

CLASSE 3 – LIQUIDOS INFLAMÁVEIS


CLASSE 4 – SÓLIDOS INFLAMÁVEIS

CLASSE 5 – SUBSTÂNCIAS OXIDANTES E PERÓXIDOS INORGÂNICOS

CLASSE 6 – SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E SUBSTÂNCIAS INFECTANTES


CLASSE 7– MATERIAIS RADIOATIVOS

CLASSE 8– SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS

CLASSE 9– SUBSTÂNCIAS E ARTIGOS PERIGOSOS DIVERSOS


IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO:

Uma das primeiras AÇÕES a ser executada em um cenário acidental


envolvendo o transporte rodoviário de produtos perigosos, é o da pronta
CLASSIFICAÇÃO e IDENTIFICAÇÃO dos produtos envolvidos.

O acesso às informações relativas às características físicas e químicas do


produto, irá subsidiar as equipes na imediata adoção das medidas de
controle, reduzindo os riscos para a comunidade, aos próprios
atendentes da ocorrência e ao meio ambiente.
A identificação de produtos perigosos para o transporte rodoviário é realizada
por meio da simbologia de risco, composta por um painel de segurança, de cor
alaranjada, e um rótulo de risco. Estas informações obedecem aos padrões
técnicos definidos na legislação do transporte de produtos perigosos.

As informações inseridas no painel de segurança e no rótulo de risco, conforme


determina a legislação, abrangem o Número de Risco e o Número da ONU, no
Painel de Segurança, e o Símbolo de Risco e a Classe/Subclasse de Risco no
Rótulo de Risco.
Painel de segurança:
Trata-se de um número composto por quatro algarismos, que deve ser fixado na
parte inferior do Painel de Segurança, servindo para a identificação de uma
determinada substância ou artigo classificado como perigoso.
Todo painel de segurança deve adotar os padrões de identificação internacional.

• Cor laranja;
• Borda preta;
• Número da ONU em letras pretas sem fundo;

Quando for expressamente proibido o uso de água no produto perigoso deve ser
cotada a letra X, no início, antes do número de identificação de risco.
Este número é constituído por dois ou três algarismos e, se necessário, a letra “x”.
A duplicação ou triplicação dos algarismos significa uma
intensificação de risco, por exemplo.
• 30 - Inflamável
• 33 - Muito Inflamável
• 333 – Altamente Inflamável
Ficha de emergência:
Outra forma de identificação de uma substância química e seus riscos é a leitura e
interpretação da ficha de emergência, que é obrigatória para todo os produtos
químicos comercializados em todo território nacional.
Na ficha de emergência se encontram dados como fabricante, nome comercial, nome
dos elementos que compõem a substância e técnico do produto, bem como seus
principais riscos e informações úteis em casos de uma emergência química.
A ficha de emergência também é conhecida por FISPQ, e essa ficha deve ser
transportada em um envelope de papel pardo para sua rápida e fácil localização.
Além da ficha de emergência, atualmente existe também outra documentação que
segue junto com uma grande quantidade de produtos químicos comercializados no
Brasil e no mundo, chamada de Ficha de Informações de Segurança de Produto
Químico (FISPQ), que contém informações diversas sobre um determinado
produto químico, quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente.
Em alguns países, essa ficha é chamada de Material Safety Data Sheet - MSDS.
Diagrama de Hommel

O diagrama de Hommel, mundialmente conhecido pelo código NFPA 704,


mas também conhecido como diamante do perigo ou diamante de risco, é
uma simbologia empregada pela Associação Nacional para Proteção contra
Incêndios NFPA (National Fire Protection Association), dos Estados Unidos da
América. Nela, são utilizada quadra dos que expressam tipos de risco em
graus que variam de 0 a 4, cada qual especificado por uma cor (branco, azul,
amarelo e vermelho), que representam, respectivamente, riscos específicos, risco
à saúde, reatividade e inflamabilidade.
Quando utilizada na rotulagem de produtos, ela é de grande utilidade, pois
permite num simples relance, que se tenha ideia sobre o risco representado
pela substância ali contida, a norma NFPA 704, que adota a simbologia
denominada de Diamante de HOMMEL, ela é aplicada em vários países, no
entanto sem obrigatoriedade aqui no Brasil.
TRANSPORTE DE PRODUTOS PERIGOOS
Os veículos que transportam produtos perigosos, conforme a legislação vigente
deve fixar a sua sinalização na frente (painel de segurança, do lado esquerdo do
motorista), na traseira (painel de segurança, do lado esquerdo do motorista) e nas
laterais (painel de segurança e o rótulo indicativo da classe ou subclasse de risco)
colocados do centro para a traseira, em local visível.
Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo:
Todos os produtos perigosos exigem certa proteção para se entrar em contato.
Não sendo possível identificar o produto use sempre o equipamento de
proteção máxima.
Os EPIs para proteção contra produtos perigosos são divididos da seguinte
forma:
• Nível A: proteção máxima para vias aéreas, olhos e peles, nenhum contato
com a substância, e o que se chama de vestimenta encapsulada.
• Nível B: proteção máxima para vias aéreas e olhos, mas menor proteção para
a pele.
• Nível C: proteção para pele e olhos com menor exigência para proteção de
vias aéreas.
• Nível D: praticamente o uniforme de trabalho da equipe com proteção
superficial dos olhos e vias aéreas
Descontaminação:
A descontaminação é uma das etapas mais importantes do atendimento com
produtos perigosos, pois evita que o produto saia da área da ocorrência para outros
locais. A descontaminação é um procedimento que não deve ser rápido, mas
minucioso.
O tipo de descontaminação depende muito do produto perigoso.
Emulsificação: detergentes, sabões que têm a capacidade de produzir suspensão em
Líquidos não polares ou sólidos insolúveis.
Degradação ou neutralização: uso de outro produto químico que combinado
neutraliza o produto perigoso. Não deve ser usado em tecidos vivos.
Desinfecção: eliminação dos microrganismos, toxinas por processos de limpeza.
Diluição: diminuição da concentração do produto em substância solúvel,
normalmente água. Tomar cuidado com o escoamento da solução.
Absorção ou penetração: realizado com o auxílio de absorventes.
Remoção: com aspiração, jato d'água, escovas, etc.
Eliminação: jogando fora os materiais em contato com o produto em local
apropriado.

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