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(379-1500)
Ricardo da COSTA (mailto:ricardo@ricardocosta.com)
Dinastia de Avis
X. D. João I, da Boa Memória – 1385-1433
XI. D. Duarte, o Eloqüente – 1433-1438
D. Leonor de Aragão (regência) – 1438-1439
D. Pedro, duque de Coimbra (regência) – 1439-1448
XII. D. Afonso V, o Africano – 1448-1481
Mapa 1
Cronologia
379-468 — Período que abrange a Crônica de Idácio, galaico-romano bispo de
Chaves.
395-408 — Arcádio, Imperador do Oriente.
395-423 — Honório, Imperador do Ocidente.
399-402 — Papado de Santo Anastácio I, romano.
402-417 — Papado de Santo Inocêncio I, albanês.
408-450 — Teodósio II, Imperador do Oriente.
409 — Entrada de suevos, vândalos asdingos, vândalos silingos e alanos na
Península.
411 — Tratado entre os bárbaros e o Império: aqueles foram acantonados como
federados — suevos e vândalos asdingos na Galícia; vândalos silingos na Bética;
alanos (mais numerosos) na Lusitânia e Cartaginense.
412-415 — Ataulfo, rei visigodo.
415 — Entrada de visigodos na Península comandados por Wallia, a pedido dos
romanos para combater vândalos silingos e alanos que pilhavam as regiões
mais romanizadas ao sul. (?) Baquiário, presbítero de Braga que tinha praticado
o priscilianismo, escreve a obra De fide, para se retratar da heresia. Morte de
Ataulfo, rei visigodo.
415-417 — Wallia, rei visigodo.
417 — Morte de Wallia, rei visigodo.
417-418 — Papado de São Zósimo, grego.
417-451 — Teodorico, rei visigodo.
418-419 — Antipapa Eulálio.
418-422 — Papado de São Bonifácio I, romano.
419 — Vândalos asdingos, que tinha recebido terras na Galécia (provavelmente
na zona mais montanhosa do interior), atacam os suevos (que viviam nos
montes Nerbasios, na região de Orense). Esta agressão serve de pretexto ao
comes Hispaniarum Astério e ao vicarus Maurocelo para atacarem os Asdingos.
422 — É enviado, sem sucesso, um exército romano para atacar os asdingos.
Morte do rei dos vândalos asdingos, Gunderico.
422-432 — Papado de São Celestino I, da Campânia.
425 — Os vândalos tomam Sevilha e Cartagena.
425-455 — Valentiniano III, Imperador do Ocidente.
428 — Genserico, novo rei dos vândalos asdingos, ataca povoações nas ilhas
Baleares.
428-477 — Genserico, rei dos vândalos asdingos e alanos.
429 — Os vândalos, senhores do sul da Península, passam à África do Norte.
Os visigodos desembarcam nas ilhas Baleares e em Tânger.
430-456 — Consolidação do reino suevo na Península.
431 — Idácio, bispo de Chaves, vai à Gália, sem sucesso, pedir ao magister
militium Aécio que organize um ataque contra os suevos.
432-440 — Papado de São Sisto III, romano.
438 — O príncipe suevo Réquila, associado ao trono pelo rei Hermerico, invade
a Bética e devasta várias cidades da Lusitânia, entre elas Mérida e Mértola. O
exército organizado pelo patriciado local, comandado por Andevoto, é
derrotado nas margens do rio Genil.
440-461 — Papado de São Leão I (Magno), toscano.
441 — Réquila, rei dos suevos.
441-446 — Réquila, de Sevilha (e com a conivência de alguns membros da
aristocracia local) domina toda a Lusitânia e parte da Bética.
441-454 — “Bagauda” : perturbações na Península entre o Ebro e nas fronteiras
dos povos bascos; revoltas locais contra as autoridades e os grandes
proprietários pelos povos do norte (autóctones), os menos atingidos pela
romanização.
445-450 — Últimos episódios do combate ao priscilianismo (heresia) por
Toríbio de Astorga.
446 — Os romanos, dirigidos por Vito, magister utriusque militiae
(comandante de tropas compostas por soldados romanos e visigodos), tentam
libertar-se dos suevos, mas são derrotados.
448 — Morte de Réquila, rei suevo. (aprox.) O novo rei suevo, Requiário,
converte-se ao catolicismo (um desafio aos arianos visigodos) e continua a
assolar a Lusitânia, a Bética e mesmo a Cartaginense. É o primeiro rei bárbaro a
cunhar moeda em seu nome.
449 — Requiário se associa aos bandos da “bagauda”, dirigidos por um chefe
chamado Basílio, para assolarem Tarazona e depois Saragoça e Lérida.
450-457 — Marciano, Imperador do Oriente.
451 — Morte de Teodorico, rei visigodo.
451-456 — Teodorico II, rei dos visigodos. Política de extermínio visigoda contra
os suevos.
453 — Acordo de paz entre os hispano-romanos e suevos estabelecido pelo
comes Hispaniarum Mansueto e pelo conde Frontão.
454 — Os hispano-romanos pedem auxílio a Teodorico, rei dos visigodos, para
combaterem a “bagauda”.
455-457 — Avito, Imperador do Ocidente.
456 — Requiário, rei suevo, infringindo seus acordos, ataca a Cartaginense e,
apesar do conde Frontão invocar o acordo anterior, invade também a
Tarraconense, praticando o saque e fazendo numerosos cativos. Teodorico II,
rei visigodo, atravessa os Pireneus e dirige-se a Galécia, derrotando os suevos
junto ao rio Orbigo, perto de Astorga; marcha até Braga, que é inteiramente
saqueada, sem poupar cidadãos romanos, clérigos e igrejas. Depois, segue até o
Porto, vencendo Requiário novamente e o condenando à morte. Por fim,
entrega o reino suevo a Agiulfo, seu "cliente" da tribo dos varnas. Morte de
Teodorico II, rei dos visigodos.
457-474 — Leão I, Imperador do Oriente.
457-461 — Maioriano, Imperador do Ocidente.
459 — Nepociano, magister militium na Hispânia do imperador do Ocidente,
Maioriano, associa-se ao conde visigodo Sunierico para atacar os suevos de
Lugo.
460 — Maldras, chefe suevo que tinha se insubordinado contra Agiulfo (morto
no castrum do Porto) luta pelo poder contra Frantano — duas facções suevas
rivais. É assassinado neste ano e sucedido por Frumário. Outro exército
visigodo, desta vez sem o apoio romano, apodera-se de Santarém. O imperador
do Ocidente, Maioriano, permanece algum tempo entre Tarragona e Cartagena,
para preparar um ataque naval contra os vândalos, do qual sai derrotado.
Frumário prende Idácio, galaico-romano bispo de Chaves durante alguns meses
por liderar uma tentativa oculta de negociação entre os galaico-romanos e
Requimundo (líder da outra facção visigoda que substituiu Frantano).
461-468 — Papado de Santo Hilário, sardo. Severo, Imperador do Ocidente.
463 — Os galaico-romanos conseguem suscitar uma nova intervenção visigoda
na Galécia, enviando a Toulouse um membro local da antiga aristocracia
senatorial, Palagório, para pedirem a Reodorico, rei visigodo, que impusesse a
paz na região.
464 — Frumário e Requimundo, chefes das facções suevas que lutam pelo
poder, morrem. Surge um novo chefe, Remismundo, apoiado pelo rei visigodo
Teodorico. Teodorico, rei visigodo, manda retirar o magister militum Arbório
para a Gália — nomeado por ele para controlar a Hispânia — ficando então os
hispano-romanos defendidos apenas por Vicêncio, dux provinciae da
Tarraconense.
465 — Remismundo, rei suevo, retorna ao arianismo graças à pregação do
bispo Ajax (ariano) na Galécia. Casa-se com uma princesa visigoda e recebe a
investidura das armas de Teodorico: aliança suevo-visigótica. Os suevos
convertem-se ao arianismo.
466 — Embaixada de Opílio para pedir auxílio do rei visigodo Eurico contra os
suevos, que tinham atacado os galaico-romanos de Aunona (talvez na zona de
Tui).
466-484 — Reinado visigodo de Eurico (sucessor de Teodorico): consolida seu
domínio na Gália e conquista a Península, expulsando os romanos para o norte
do rio Loire.
467 — Os suevos saqueiam Conímbriga, que desde então perde toda sua
importância (sua população já começara a transferir-se para Erminium — atual
Coimbra).
467-472 — Antemo, Imperador do Ocidente.
468 — Lusídio, governador romano de Lisboa, entrega a cidade aos suevos;
logo a seguir os suevos possuem uma guarnição em Mérida (os visigodos os
expulsam de Mérida pouco depois).
468-483 — Papado de São Simplício, tiburtino.
469 — Os suevos são obrigados a evacuar Olisipone: Eurico os expulsa da
Lusitânia, repelindo-os até a Galícia. Fim da crônica de Idácio, maiores
dificuldades de informações do que se passa no ocidente da Península.
469-550 — Período obscuro sobre o reino suevo.
471 — O imperador do Ocidente, Antímio, tenta, em vão, conter os avanços de
Eurico, rei visigodo, na Provença.
472 — Eurico, rei visigodo, ocupa a Tarraconense, por intermédio de tropas
comandadas pelo seu general Heldefredo, que se unem aos restos do exército
imperial (comandados pelo dux provinciae Vicêncio). A autoridade de Eurico
na Provença e no Auvergne é sancionada pelo novo imperador do ocidente,
Júlio Nepote.
472-475 — Júlio Nepote, Imperador do Ocidente.
474-475 — Divergências entre Eurico, rei visigodo, e os bispos católicos da
Gália.
474-491 — Zenão, Imperador do Oriente.
475 — Eurico, rei visigodo, rompe o tratado com o Império (de 418).
476 — Rômulo Augústulo, Imperador do Ocidente.
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