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História da França
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A história da França tem suas raízes no período Paleolítico, ainda na Pré-história. As
culturas mais antigas são as do paleolítico (50 000-8 000 a.C.), que deixaram rica herança
artística de pinturas rupestres, como as de Lascaux. Os gregos, no século VII a.C., estabeleceram
uma colônia em Marselha e negociaram com o interior através do vale do Ródano. No
século V a.C. a cultura de La Tène se estendeu do leste da Gália a todo o resto do mundo celta.[1]
As fronteiras da França moderna são muito semelhantes às fronteiras da antiga Gália, território
habitado pelos gauleses, de origem celta. A Gália foi conquistada pelos romanos no século I a.C.,
e os gauleses acabaram por adoptar a cultura e a língua latina. Em 121 a.C., os romanos
ocuparam Marselha, a que chamaram Massília, e fundaram outros assentamentos no interior,
que constituíram a base territorial da província romana da Gália Narbonense. Júlio César
conquistou o resto da Gália entre 58 e 51 a.C., consolidando o poder romano.
Pré-História
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No III milênio (Carbonífero), há o início da metalurgia com o uso do cobre. A região possuía
aproximadamente 2 milhões de habitantes. Durante o II milênio (Idade do bronze), uma
civilização com funções mais diversificadas organizou-se com guerreiros e mercadores, agentes
comerciais em busca de metais (cobre e especialmente estanho, provenientes da Bretanha e da
Grã-Bretanha). No I milênio (Idade do ferro), as civilizações de Hallstatt e de La Tène foram
exímias em metalurgia e arte funerária. Essa época marcou também a chegada dos celtas.
Os Celtas e os Lígures
Vindos do norte, os novos colonizadores celtas trazem consigo
as técnicas da metalurgia, da olaria, da fabricação do vinho e
sua conservação em barris. Os lígures viviam frequentemente
em casas construídas sobre estacas à margem dos lagos. A arte
celta reproduz animais de maneira estilizada em objetos
pequenos como jóias e fivelas. Até o século III a.C., a França
abarca uma multidão de povos ou etnias celtas, os gauleses,
sendo que suas tribos eram lideradas por chefes militares (os Soldados gauleses.
reis) ou religiosos (os druidas).
A Gália Romana
O imperialismo romano encontra rapidamente a resistência gálica encabeçada por um
carismático chefe, Vercingetórix. Finalmente, este tem que render-se ante Júlio César depois do
sítio de Alésia para evitar que seus homens pereçam de fome. A Gália se converte em uma
província romana e é então que se desenvolvem as características de uma civilização refinada
que muitas cidades francesas ainda conservam: banhos públicos, aquedutos, fontes, teatros…
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Os Francos
Clóvis, neto de Meroveu, chefe de um novo grupos de francos que utilizavam uma arma
particular, a francisca, derrotou o último exército romano estabelecido na Gália; os germanos e
os burgúndios são também rechaçados; os visigodos são repelidos até o sul dos Pirenéus depois
da grande batalha de Vouillé em 507. Em 486, Clóvis recebe o batismo católico. Eleito "rei dos
francos" segundo a tradição germânica (seus guerreiros o carregam e o levam no alto sobre os
escudos), seu poder sobre o conjunto dos habitantes da França é legitimado em 510 quando
recebe, de Roma, as insígnias de Cônsul Honorário. Os franceses modernos de origem européia
são descendentes dos antigos habitantes gauleses, dos colonizadores romanos que
permaneceram na Gália após a perda da soberania do Império Romano na região e dos
invasores francos, a cultura galo-romana permaneceu como a dominante e começou a se fundir
com as cultura dos invasores francos, o latim continuou como o idioma dominante da região e
posteriormente o latim vulgar local deu origem ao francês.
Os Merovíngios
Com a morte de Clóvis em 511, a França é repartida entre seus
quatro herdeiros como se fosse uma propriedade privada. As
três províncias que constituem o Império (Burgúndia, Nêustria
e Austrásia) começam a lutar entre si. O período que vai de 561
a 610 é marcado pela rivalidade entre duas mulheres:
Fredegunda, amante de Quilderico, rei de Nêustria, e Brunilda,
esposa de Sigiberto, rei da Austrásia. Em 613, Dagoberto
restabelece a unidade por pouco tempo. Após sua morte em
639, seus descendentes, os primeiros reis indolentes, deixam a Carlos Martel derrotou os
condução da guerra renascente aos primeiros ministros da sarracenos em Poitiers (732).
época, os ministros de palácio. os últimos reis merovíngios
perderam a Aquitânia e a Armórica.
Os carolíngios
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Carlos Magno
Depois da morte de seu pai, Pepino o Breve, em 758 e de seu
irmão, Carlomano, em 771, Carlos Magno converter-se-ia no rei
de todos os territórios francos, desde os Pirenéus até à Boêmia.
Carlos Magno, protetor do
papado, foi coroado imperador Os primeiros anos do seu reinado são marcados por uma série
em Roma por Leão III (800) e de brilhantes campanhas militares, com as quais consegue a
criou um império que se ampliação das fronteiras. Carlos Magno reconstitui de fato a
estendia do Ebro ao Elba. unidade política romana, pelo menos em sua extensão
ocidental. Árbitro da Europa, Carlos Magno administra seus
territórios através de enviados especiais, os missi dominici,
inspetores encarregados de receber os impostos e de aplicar as decisões de arbitragem. Em 800
é coroado Imperador do Ocidente em Roma pelo Papa Leão III. Estimulou uma renovação
cultural e artística.
O Renascimento Carolíngio
O período que vai do ano 790 a 930 se caracteriza pelo ressurgimento da civilização antiga. O
apogeu cultural abarca numerosas áreas: a literatura, a filosofia, as ciências, as artes, a
arquitetura e a indústria têxtil. Este apogeu cultural se faz acompanhar de um apogeu
econômico baseado em uma administração centralizada: ordens escritas, inventários e uma
contabilidade que substitui os relatórios orais. Os administradores são formados nos mosteiros
ou nas escolas de palácio, cujo modelo se estende ao povoado. Em nível político, o feudalismo
começa a substituir a vassalagem, simples justaposição de relações de "homem a homem". A
partir desse momento, os laços de dependência se materializam mediante a atribuição ao
vassalo de um pedaço de terra chamada feudo, tomando das propriedades do senhor feudal, a
quem está ligado.
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Hugo Capeto
Hugo Capeto, duque da França, aparece como o salvador do
reino quando rechaça o imperador alemão Oto II, que acabava
de derrotar o rei carolíngio Lotário e havia tomado
Montmartre. Em 985 morre Lotário e, em 987, Luís V, último
carolíngio. Hugo Capeto é eleito rei pelos nobres reunidos em
Senlis. Senhor unicamente de um pequeno território próximo
de Paris, Hugo Capeto tem que lutar contra vassalos muito
mais poderosos que ele. Por isso a clássica pergunta do conde
Adalberto: "quem te fez rei?".
Hugo Capeto sagrou seu filho rei ainda em vida para garantir o
princípio dinástico. Apesar de todos seus esforços, depois do
divórcio de Luís VII e Leonor da Aquitânia, cuja enorme
herança meridional recai sobre a dinastia anglo-angevina, o
reino Capeto é novamente reduzido a um domínio medíocre,
rodeado por toda parte de principados mais vastos e mais
Hugo Capeto.
sólidos.
Filipe Augusto
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No final do século XV, a França havia superado as divisões territoriais de seu passado feudal e
virou uma monarquia nacional que incorporava a maioria dos territórios compreendidos entre
os Pirenéus e o canal da Mancha. Na metade do século seguinte, a paz interna e o crescimento
da economia elevaram a posição social dos grandes comerciantes, dos banqueiros e dos
cobradores de impostos, enquanto a nobreza, dependente de receitas fixas e com as dívidas em
aumento, viu como a inflação ameaçava seu poder econômico e social.
Os três primeiros monarcas do período — Carlos VIII, Luís XII e Francisco I — aproveitaram o
forte crescimento da nação e a estabilidade interna para reclamar pelas armas o reino de
Nápoles e o ducado de Milão. Na década de 1520, as guerras italianas se transformaram em
ampla disputa entre a França e a dinastia dos Habsburgo, reinante na Espanha e na Áustria, um
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confronto que continuou de forma intermitente durante um século e meio. As guerras italianas
terminaram com a Paz de Cateau-Cambrésis (1559), negociada pelo filho de Francisco I,
Henrique II.
Sob as dinastias Valois e Bourbon, a França levantou-se para contestar a hegemonia europeia
nos séculos XVI a XVIII, principalmente nas guerras de Luís XIV.
No reinado de Henrique IV houve uma nova tentativa de estabelecer um império colonial nas
Américas, desta vez Sable Island, no sudeste da atual província da Nova Escócia do Canadá; esta
colônia não teve abastecimentos e os 13 sobreviventes tiveram de voltar a França. Em 1605,
ocorre a fundação em Port Royal, atualmente Annapolis (igualmente na Nova Escócia), o
primeiro assentamento colonial francês a ter sucesso. Com a sua fundação os franceses
começam a colonizar a região que no futuro será o Quebec, no atual Canadá. Também passaram
a colonizar a região de Acádia (também localizada no atual Canadá), a região da Luisiana, a
Guiana Francesa e as ilhas caribenhas de Martinica, Guadalupe e Haiti.
Sanada a instabilidade interna, a França rapidamente se tornou uma forte potência europeia e
ultramarina durante o século XVII, graças a conselheiros reais como os cardeais Richelieu e
Mazarino. Após o sucesso da política de Mazarino na guerra dos Trinta Anos (Tratado de
Vestefália) e a despeito das perturbações da Fronda (1648-1653), Luís XIV (1643-1715),
autodenominado Rei-Sol, já era, na sua coroação, o senhor absoluto da França e o soberano
mais poderoso da Europa. Seu reinado foi uma época de glória militar, literária e artística; mas,
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Entretanto, graças a Luís XIV, a França foi acrescida do Franco Condado e de uma parte das
Flandres. Ao mesmo tempo, as instituições tradicionais fortaleceram-se no sentido de maior
centralização. No século XVIII, os defeitos pessoais de Luís XV (1715-1774) e os reveses de sua
política exterior (guerra dos Sete Anos, perda da Índia e do Canadá) fizeram sentir a
necessidade de reformas. O movimento filosófico contribuiu largamente para solapar as ideias
de autoridade e de dogmatismo; por outro lado, a expansão econômica geral dava à burguesia a
consciência de estar afastada da direção do país pelas classes privilegiadas.
Idade Contemporânea
Revolução Francesa
Governo fraco, guerras dispendiosas, a rivalidade colonial
com a Grã-Bretanha e os excessivos privilégios do clero e da
nobreza quebraram as finanças da monarquia e uma
crescente insatisfação popular culminou na Revolução
Francesa (1789). Em 1789, os representantes do povo nas
Cortes convocadas por Luís XVI proclamaram a constituição
da Assembleia Nacional, o primeiro passo na direção da
monarquia constitucional. Contudo, Luís XVI não se
mostrou disposto a colaborar com esta reforma política, A Queda da Bastilha, símbolo mais
provocando uma reação violenta por parte da população, radical e abrangente das revoluções
cujo clímax se registou com a tomada da Bastilha em 14 de burguesas.
Julho de 1789. A igualdade civil foi estabelecida na noite de
4 de Agosto de 1789, e o regime feudal abolido; foram
proclamados os direitos do homem. Fez-se então, com a Assembleia Legislativa (1791-1792),
uma tentativa de monarquia constitucional, que fracassou, ocasionando a queda da realeza (10
de Agosto de 1792). Em seguida, através das crises e violências do Terror, a Convenção (1792-
1795) salvou a França da invasão estrangeira. Contudo, a fraqueza dos sucessivos governos
abriu caminho para o governo de Napoleão Bonaparte.
Napoleão Bonaparte
Bonaparte organizou uma administração centralizada e sancionou no Código Civil (1804) as
reformas sociais de 1789. A Primeira República (1792-1804), criada após a queda da monarquia
Bourbon, durou até o Primeiro Império (1804-1814), sob o domínio de Napoleão I, quando a
França tornou-se a potência política dominante na Europa. Napoleão teve de travar contra a
Inglaterra e outros países da Europa uma luta ininterrupta, mas o bloqueio continental, o
recrutamento e os impostos tornaram-no impopular. Em 1814, sob os golpes dos Aliados, o
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A Terceira República
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A Terceira República (1870-1940) foi criada após a captura e exílio de Napoleão III e a derrota
francesa na Guerra franco-prussiana. Após o fracasso da Comuna de Paris (1871), a Terceira
República mostrou-se inicialmente conservadora, com Thiers e Mac-Mahon. O fracasso da
Restauração monarquista obrigou a Assembleia Nacional a dotar a França de leis
constitucionais (1875), cuja aplicação favoreceu os republicanos. Estes tornaram-se senhores do
país quando, em 1879, Jules Grévy foi eleito presidente da República.
Apesar das perturbações provocadas pelo boulangismo (1885-1889), pelo escândalo do Panamá
(1888-1893) e pelo Caso Dreyfus (1894-1899), a República manteve-se, e seus dirigentes
concluíram um programa de reformas democráticas. No exterior, a política caracterizou-se pela
conclusão de uma aliança com a Rússia (1894), de uma entente cordiale com a Inglaterra (1904)
e pelo empreendimento da expansão colonial. A França participou da Conferência de Berlim
(1884) sobre a África e em 1914 dominava o Marrocos, Tunísia, Madagáscar e grandes áreas da
África Ocidental Francesa e da África Equatorial Francesa. O país participou do progresso da
economia industrial e das técnicas.
Século XX
Artigos principais: Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial, França de Vichy,
Charles de Gaulle, Guerra da Argélia, União Europeia.
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A Quarta República
Até 1947, a França foi governada por um Governo Provisório. Em desacordo com a maioria da
primeira Assembleia Constituinte, o general de Gaulle pediu demissão em janeiro de 1946.
Segue-se o estabelecimento da Quarta República com Vincent Auriol como presidente. A
Constituição de 1946, adotada por referendo, entrou em vigor em janeiro de 1947. No interior, a
Quarta República estava à mercê da instabilidade ministerial. Em 1953, a eleição do segundo
presidente da República, René Coty, somente foi obtida no décimo terceiro escrutínio.
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A Quinta República
Esta instabilidade permitiu o reaparecimento
político de Charles de Gaulle que, sob a sua
auréola de grande herói da Segunda Guerra
Mundial, se assumia perante os franceses como o
único capaz de pôr fim à situação vigente, o que
favoreceu a aceitação dos seus conceitos sobre o
funcionamento executivo do país, ou seja, o
estabelecimento do regime semi-presidencial
que concedia ao presidente amplos poderes
executivos. Um golpe de Estado levou De Gaulle
a assumir o cargo de primeiro-ministro. Em 1º
de Junho o General De Gaulle foi chamado à
presidência do Conselho. A carismática liderança
de Charles de Gaulle (1959-1969) instaura a
Quinta República (1958-hoje) em substituição à
Quarta República (1946-1958). Em 28 de
setembro foi promulgada a Constituição da
Quinta República, que fortaleceu a autoridade do
chefe de Estado. Em 21 de dezembro de 1958,
com a crise argelina, o general de Gaulle foi
eleito presidente da República. Charles de Gaulle Winston Churchill e Charles De Gaulle
imprimiu confiança ao país, que começou sua
grande mutação econômica. A França tornou-se
membro da C.E.E. Guerras demoradas e caras levaram à descolonização da Indochina (1954) e
da Argélia (1962), enquanto a partir de 1956 o resto do império africano ganhou independência
crescente.
Após o fim das guerras coloniais, uma forte oposição de esquerda reconstituiu-se (1963-1967).
Quando em 1962, os líderes partidários começaram a planear a restituição à Assembleia
Nacional dos poderes cedidos em 1959, Charles de Gaulle decidiu fazer a sua própria revisão
constitucional, da qual constava a eleição por sufrágio universal do presidente da República, o
que foi aprovado em referendo realizado a 28 de Novembro de 1962. Seguiu-se a reeleição de
Charles de Gaulle, após uma segunda votação de desempate, em 19 de dezembro de 1965, em
que tinha como opositor François Mitterrand.
De Gaulle criou uma força atômica francesa e adotou uma política externa independente. Como
potência nuclear, recusou-se a assinar o tratado de banimento de testes nucleares (1963) e
retirou-se formalmente da OTAN em 1966. Apesar da consolidação político-financeira, quer ao
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nível interno, quer ao nível externo, Charles De Gaulle viu-se confrontado, em maio e junho de
1968, com graves crises sociais, numa primeira fase, de origem universitária, desenvolvendo-se
para movimentos sindicalistas e operários. As crises, que que questionavam não apenas o
regime como as bases da sociedade, perturbaram toda a França e, finalmente, levaram à
dissolução da Assembleia Nacional por decisão de Gaulle. As consequentes eleições antecipadas
deram uma larga vitória aos gaulistas. Contudo, De Gaulle decidiu colocar em referendo uma
série de emendas constitucionais. Após o referendo que rejeitou o projeto de regionalização e
uma reforma do Senado, o general De Gaulle renunciou em 28 de Abril de 1969. Apesar de tudo,
o sistema presidencialista imposto por Charles de Gaulle manteve-se desde então.
Embora nos primeiros anos estas medidas tenham sido benéficas, a crise
internacional impediu o completo sucesso deste programa de reformas,
minando a popularidade dos socialistas. Em 1983, as dificuldades Jacques Chirac.
econômicas (inflação e deficit comercial) obrigaram o governo a realizar um
plano rigoroso. Em 1984 os ministros comunistas retiraram-se do governo. A
vitória da oposição nas eleições legislativas e regionais de março de 1986 criou a possibilidade
de uma crise política derivada de uma situação inédita na história da V República, a coabitação
de um presidente socialista e um primeiro-ministro de direita (Jacques Chirac), mas tal não
aconteceu graças à liberdade executiva que Mitterrand concedeu a J. Chirac, optando este pelo
respeito absoluto do papel constitucional concedido ao presidente. Esta estratégia daria a
Mitterrand a vitória nas eleições de 1988, em que derrotou Jacques Chirac, cuja popularidade
tinha decrescido nos dois anos precedentes por causa da sua política de inspiração liberal, que
inverteu as reformas socialistas do início da década (privatização de bancos, de grandes grupos
industriais e de empresas de comunicação).
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da França; foi substituída em 1992 por Pierre Bérégovoy. A vitória esmagadora da oposição de
direita nas eleições legislativas (1993) foi seguida por um segundo período de coabitação, com a
nomeação de Edouard Balladur para o cargo de primeiro-ministro, este sucedido em 1995 por
Alain Juppé. Em 1994, foi inaugurado o túnel sob o canal da Mancha, ligando a França à Grã-
Bretanha (Eurotúnel).
O segundo mandato de Mitterrand teve como maior preocupação o papel político e econômico
da França no seio da Comunidade Europeia, sobretudo tendo em conta o fortalecimento da CE
previsto para 1992. Deste modo se explica a política de aproximação levada a cabo pela França à
Alemanha, no que ficou conhecido por "Eixo Paris-Bona". O plebiscito realizado pelo presidente
Mitterrand em 1992 endossou por estreita maioria o Tratado de Maastricht. O decorrer deste
mandato revelou-se penoso para o presidente francês, não só pelas dúvidas levantadas em
relação à possível colaboração deste com o Governo de Vichy (1940-1944), mas também por
causa da sua prolongada doença, que o levaria à morte no início de 1996.
Século XXI
Nas eleições presidenciais de junho de 2002, Chirac foi
eleito com mais de 80% de votos, embora Jean-Marie Le
Pen, candidato da extrema-direita, tivesse chegado à
segunda volta. Nas eleições regionais francesas de 2004, a
esquerda derrotou o centro-direita de Jacques Chirac,
embora estas eleições não afetassem a composição do
Parlamento francês eleito em 2002. O novo governo fixou-se
em prioridades: o reforço da segurança e a realização de
reformas políticas e sociais profundas. Em 2003, a França
encabeçou, junto com a Alemanha, a oposição à invasão do
Iraque pelos EUA. Em 2004, a esquerda obteve vitória
esmagadora nas eleições regionais. Em 29 de maio de 2005, O ex-presidente francês Nicolas
o "não" venceu o referendo sobre o projeto do tratado Sarkozy.
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As eleições de 2007 têm lugar em 22 de Abril, sendo os principais candidatos Nicolas Sarkozy,
Ségolène Royal, François Bayrou e Jean-Marie Le Pen. No segundo turno, em que concorreram
Ségolène Royal e Nicolas Sarkozy, venceu este último.
François Hollande foi eleito Presidente da França em 6 de maio de 2012. Ele tomou posse em 15
de maio e logo depois apontou o político Jean-Marc Ayrault para ser seu Primeiro-Ministro. Ele
também apontou o general Benoît Puga para o posto de Chefe das Forças Armadas, Pierre-René
Lemas como Secretário Geral e Pierre Besnard como Chefe de Gabinete. Em 2017, Hollande,
impopular entre o eleitorado, anunciou que não concorreria a um segundo mandato. Foi
sucedido na presidência pelo centrista Emmanuel Macron.
Ver também
Reis da França
Referências
1. «História da França» (https://www.britannica.com/topic/history-of-France). Encyclopædia
Britannica Online (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2020
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