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19/02/2024, 09:34 Idade Média – Wikipédia, a enciclopédia livre

Em 376, os Ostrogodos, em debanda dos Hunos, são


autorizados pelo imperador romano Valente a
estabelecer-se na província romana de Trácia, nos Balcãs.
O processo não decorreu de forma pacífica, e quando os
administradores romanos perderam o controlo da
situação, os Ostrogodos deram início a uma série de
pilhagens e vandalismos no território. Valente, numa
tentativa de fazer cessar a violência, foi morto em
combate na batalha de Adrianópolis em agosto de 378.[25]
Migrações bárbaras em território romano Para além da ameaça bárbara do norte, constituíram
entre os séculos IV e V também ameaças à estabilidade as divisões internas
dentro do próprio império, sobretudo dentro da Igreja
Cristã.[26] No ano 400, os Visigodos sob Alarico invadem
o Império do Ocidente e, embora inicialmente repelidos
de Itália, em 410 saqueiam a cidade de Roma.[27] A par
destes eventos, Alanos, Vândalos e Suevos resolvem
atravessar o Reno em 406, dominando o território da
Gália até 409, quando atravessam os Pirenéus,
instalando-se também na Península Ibérica.[28] Vários
outros grupos bárbaros tomam igualmente parte nas
Império Bizantino com as conquistas de
intensas migrações deste período. Os Francos, Alamanos
Justiniano (laranja claro)
e Burgúndios têm como destino o norte da Gália
enquanto que os Anglos, Saxões e Jutos se estabelecem
nas Ilhas Britânicas. Os Hunos, liderados pelo rei Átila, o Huno, organizam invasões aos Balcãs em
442 e 447, à Gália em 451, e a Itália em 452.[29] A ameaça dos Hunos prolongou-se até à morte de
Átila em 453, quando a confederação por si liderada se fragmenta.[30] Estes movimentos levados a
cabo pelas várias tribos reorganizaram de forma dramática o mapa político e demográfico do que
tinha sido o Império Romano do Ocidente.[31]

Por volta do fim do século V, a parte ocidental do império estava já dividida em pequenas unidades
políticas, governadas pelas tribos que as haviam ocupado durante o início do século.[32] O último
imperador do Ocidente, Rómulo Augusto, foi deposto em 476, evento que leva à adoção consensual
desse ano como o fim do Império Romano do Ocidente.[10][nt 3] O Império Romano do Oriente,
referido como Império Bizantino depois da queda do seu correspondente ocidental, mostrou pouca
eficácia no controlo dos territórios ocidentais perdidos. Embora os imperadores bizantinos tenham
mantido pretensões territoriais e afirmado que nenhum rei bárbaro podia ousar tornar-se
imperador do Ocidente, não conseguiam de forma alguma sustentar qualquer domínio a Ocidente,
excetuando-se a reconquista temporária da península Itálica e da periferia mediterrânea por
Justiniano I.[33]

Alta Idade Média

Novas sociedades

A estrutura política da Europa Ocidental alterou-se significativamente com o fim da união do


Império Romano. Embora as atividades dos povos bárbaros sejam frequentemente descritas como
"invasões", não se trataram de meras campanhas militares, mas sim migrações de populações
inteiras para o território do império. A migração foi facilitada pela recusa das elites romanas em
financiar o seu exército.[34] Os imperadores do século V eram na maior parte dos casos controlados
por militares influentes como Estilicão, Ricímero, Gundebaldo ou Áspar, quase sempre
estrangeiros ou de ascendência estrangeira. Após a interrupção da linha de sucessão, muitos dos
reis que os substituíram provinham igualmente de forças militares. Era também comum o
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