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19/02/2024, 09:34 Idade Média – Wikipédia, a enciclopédia livre

séculos, e atravessou uma série de fases. O grego permaneceu como língua oficial do Império
Bizantino, mas as migrações dos Eslavos permitiram a assimilação de línguas eslavas no leste
europeu.[46]

Império Bizantino

À medida que a Europa Ocidental assistia à


formação de novos reinos, o Império Romano do
Oriente manteve-se intacto, chegando até a
verificar-se um renascimento económico que
perdurou até ao início do século VII. Na parte
oriental houve menos tentativas de invasão, e a
maioria centrou-se sobretudo na zona dos Balcãs.
Durante todo o século V, a paz foi constante com o
Império Sassânida (persa), oponente ancestral de
Roma no domínio territorial da região. Assistiu-se
também ao estreitamento de relações entre a
governação política e a Igreja Cristã, tendo no
Oriente as questões doutrinais assumido um relevo
Mosaico onde se pode observar o imperador
sem paralelo na Europa ocidental. A nível jurídico,
Justiniano com o bispo Maximiano, governador
procedeu-se à codificação do direito romano, tendo
de Ravena, a par com a sua guarda pessoal e
sido completado o Código de Teodósio em 438.[47]
membros da corte
No reinado de Justiniano procede-se a uma
compilação ainda mais detalhada, conhecida como
[48]
Corpus Juris Civilis. Justiniano impulsionou também a edificação da Santa Sofia em
Constantinopla e a reconquista do Norte de África aos Vândalos e de Itália aos Ostrogodos, sob o
comando de Belisário. A conquista de Itália sofreu um revés devido à deflagração de uma
pandemia em 542, que levou à concentração dos recursos na defesa do território já
conquistado.[49]

A progressiva infiltração dos povos Eslavos nos Balcãs trouxe consigo dificuldades acrescidas.
Embora tenha começado por pequenas invasões, por volta de 540 as tribos eslavas encontravam-se
já na Trácia e na Ilíria, e em 551 viriam a derrotar um dos exércitos imperiais perto de Adrianópolis
(atual Edirne). Durante a década de 560, os Ávaros iniciam uma expansão territorial a partir da
margem Norte do rio Danúbio, e por volta do fim do século VI até ao fim do século VIII são já a
força dominante na Europa Central e capazes de exigir aos imperadores Orientais o pagamento de
tributos.[50] Outro dos mais notáveis problemas enfrentados pelo império foi o envolvimento do
imperador Maurício (r. 582–602) na política persa, ao intervir numa disputa sucessória. Embora a
ascensão de Cosroes II ao trono persa tenha significado um breve período de paz, a sua
subsequente deposição levou a uma nova guerra com os Persas, que, durante o reinado de
Heráclio, dominavam já grande parte do império a oriente, incluindo as províncias do Egito, da
Síria e da Ásia, quando Jerusalém caiu, em 614 . Mais tarde, em 628, Heráclio assinaria um tratado
de paz que restauraria as anteriores fronteiras imperiais.[51]

Fervor religioso e expansão islâmica

Durante os séculos VI e VII é frequente a permeabilidade de credos religiosos entre o Império


Sassânida e o Império Bizantino. O judaísmo era uma fé missionária ativa, e a cristandade possuía
missões que competiam com o zoroastrismo persa na procura de conversões, sobretudo entre
habitantes da península da Arábia. Com a emergência do Islão na Arábia durante a vida de Maomé,
assistir-se-ia à unificação religiosa da região.[52] Depois da morte de Maomé em 632, as forças
islâmicas conquistaram grande parte do Império Oriental, bem como o Império Sassânida,

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