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PALAVRA PUXA PALAVRA 5 – TESTE DE AVALIAÇÃO Nº 2A

Lê, atentamente, o texto seguinte.

Povos Bárbaros na Península Ibérica


Os Visigodos

Os Visigodos eram de origem germânica. Vieram do Norte da Europa e entraram na Península


Ibérica no princípio do século V. Em poucos anos conquistaram grande parte do território, mas os
Suevos ofereceram muita resistência. Só no ano 585 é que o rei Leovigildo conseguiu dominá-los.
5 As revoltas, no entanto, continuaram, em boa parte por motivos religiosos. Os Suevos eram
cristãos, seguiam as regras ditadas pelo Papa, que vivia em Roma, e recusavam-se a aceitar
qualquer outra religião.
Quando morreu Leovigildo, sucedeu-lhe Recaredo. O novo rei, para acabar com os conflitos
religiosos, converteu-se ao catolicismo dos Suevos e o povo seguiu-lhe o exemplo. Assim
1 conseguiu uma paz duradoura.
0 No ano 625 toda a Península Ibérica pertencia aos Visigodos, era um poderoso reino cristão e
tinha uma bela capital na cidade de Toledo.
A eleição dos reis visigodos nem sempre era pacífica. Às vezes os cavaleiros de uma região
queriam escolher um determinado príncipe e os cavaleiros da região vizinha tinham outro
candidato. Nessa altura era frequente estalarem conflitos armados. Foi o que aconteceu no ano
710, quando, depois de lutas bem sangrentas, muita gente murmurava contra o rei Rodrigo e a
1
5 desunião enfraqueceu imenso o reino cristão dos Visigodos.

Invasões de Povos do Sul: os Mouros


No ano 711 os Mouros do Norte de África invadiram a Península Ibérica, comandados por
Tarik. O local escolhido para o desembarque foi um rochedo que batizaram em honra do chefe
com o nome de Djabal-al-Tarik – palavras que vieram a fundir-se e dar origem a Gibraltar.
2 Os Visigodos tentaram unir forças, e o próprio rei Rodrigo cavalgou à frente do exército para
0 tentar impedir o avanço dos Mouros. A batalha decisiva travou-se em Guadalete, onde os Mouros
obtiveram uma vitória rápida e estrondosa. Quanto aos Visigodos, além de serem derrotados,
ficaram sem rei, porque Rodrigo desapareceu em combate. E também ficaram desnorteados,
porque, pertencendo a um povo guerreiro, habituado a vencer e a dominar, não aceitaram nem
compreenderam aquele desastre fulminante.
2
5
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Portugal – história e lendas,
2.ªed., Lisboa, Editorial Caminho, 2002, pp. 28-29(texto com supressões)

1. Assinala com X, de 1.1. a 1.5., a opção que completa corretamente cada frase,
de acordo com o sentido do texto.

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1.1. Os Visigodos tiveram de enfrentar muitas revoltas motivadas


A. pela sua origem germânica.
B.pela traição dos Suevos.
C. por causas religiosas.
D.por más decisões do rei Leovigildo.

1.2. A paz entre os Suevos e os Visigodos ocorreu quando


A. Recaredo se converteu ao catolicismo.
B. Leovigildo sucedeu a Recaredo.
C. Leovigildo se converteu ao catolicismo.
D.a capital do reino Visigodo passou a ser Toledo.

1.3.O reino cristão dos Visigodos enfraqueceu devido


A. às invasões de cavaleiros vindos de outras regiões.
B. aos conflitos armados que mantinham com outros povos.
C. à escolha de Rodrigo para rei visigodo.
D.à desunião que grassava no reino.

1.4. Os Mouros invadiram a Península Ibérica


A. entrando pelo Norte de Portugal.
B.desembarcando num local chamado Tarik.
C. entrando por vários pontos da península.
D.desembarcando no atual rochedo de Gibraltar.

1.5.Após a vitória dos Mouros, os Visigodos ficaram desnorteados porque


A. eram um povo dominador que não estava habituado a perder.
B. fugiram para terras que não conheciam.
C. eram um povo guerreiro mas que aceitava bem a derrota.
D.o rei Rodrigo desapareceu antes mesmo da batalha se travar.

Texto B

Lê, atentamente, a lenda seguinte.Se necessário, consulta o vocabulário.

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O rei Rodrigo e a bela Florinda

Uma lenda do tempo dos Visigodos

Há muitos, muitos anos, quando a Península Ibérica pertencia aos Visigodos e era um
único reino cristão, os Mouros dominavam o Norte de África.
Segundo uma lenda antiga, um conde visigodo de nome Julião tornou-se governador
5 da cidade de Ceuta, no Norte de África. Apesar de viver rodeado de mouros, não tinha
problemas, pois soubera aceitar as leis da terra e entender-se com o emir1. Pagava os seus
impostos, respeitava os vizinhos, evitava conflitos.
O conde Julião tinha uma única filha, uma bela rapariga a quem dera o nome de
Florinda. Quando ela chegou à idade de casar, resolveu enviá-la à corte do rei Rodrigo
1 para passar uma temporada na cidade de Toledo, conhecer outras maneiras de viver, fazer
0 amizades com jovens cristãos. Naturalmente esperava que o rei lhe arranjasse um noivo
conveniente, um rapaz novo, bonito, fidalgo e de preferência rico…
Acontece que o rei Rodrigo ficou deslumbrado com a beleza de Florinda e, em vez de
lhe procurar noivo, abusou dela. A notícia depressa se espalhou e chegou aos ouvidos do
conde Julião, que quase rebentou de fúria. Não podia acreditar que o rei tivesse faltado ao
respeito à filha que ele tanto amava e que enviara para o palácio com toda a confiança. Dia
1 após dia remoeu ódios, planeando vinganças.
5 Nesse vaivém as ideias iam-se tornando cada vez mais agressivas. Queria estrangular
o rei, incendiar-lhe as florestas, destruir-lhe o palácio, mas ainda não era suficiente. A sua
filha, a sua linda filha criada com tanto carinho, uma rapariga sem maldade nenhuma, fora
vítima do homem que devia protegê-la… Só mesmo arrasando o reino se sentiria vingado!
Segundo esta antiga lenda, foi o conde Julião quem convenceu os Mouros a invadir a
2 Península Ibérica. E ele próprio se armou até aos dentes, fazendo questão de acompanhar
0
o chefe mouro Tarik para o ajudar na luta contra os Cristãos. Terá pois participado no
desembarque, na invasão e na sangrenta batalha de Guadalete, a 19 de julho do ano 711,
em que se decidiu o destino da Península Ibérica para os séculos seguintes.
Os Mouros obtiveram uma vitória retumbante2 e em cinco anos apoderaram-se
praticamente de toda a Península. Os Cristãos refugiaram-se nas Astúrias, chefiados pelo
2
príncipe Pelágio.
5
Quanto ao conde Julião, nada mais se soube a seu respeito. E quanto a Rodrigo, há
duas versões. Os Mouros garantem que ele morreu na batalha de Guadalete. Os Cristãos
afirmam que, embora ferido, Rodrigo se refugiou nas serranias3da antiga Lusitânia, na
região de Viseu, onde os Mouros não conseguiram entrar durante muito tempo.
3
Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, Portugal – história e lendas,
0
2.ªed., Lisboa, Editorial Caminho, 2002, pp. 30-31

Vocabulário

1
emir–príncipe ou chefe mouro;

2
retumbante–intensa, muito grande;

2.Identifica as personagens principais da lenda.


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3.Refere dois espaços onde decorre a ação.


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4.Classifica o narrador do texto quando à presença e justifica a tua resposta com


elementos textuais.
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5.Enumera as razões que contribuíram para que a relação entre o conde Julião e o
emir fosse pacífica.
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6.“O conde Julião tinha uma única filha, uma bela rapariga a quem dera o nome de
Florinda.”(linhas 7-8)
6.1.Transcreve do texto uma passagem que comprove que o rei Rodrigo ficou
encantado com Florinda.
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7.Refere a resolução que, segundo a lenda, o conde Julião terá tomado para se vingar
do rei Rodrigo.
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8. “E quanto a Rodrigo, há duas versões.”(linhas 29-30)


8.1.Refere quais são as duas versões em relação ao destino do rei Rodrigo.
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9.Identifica o recurso expressivo que está presente na passagem “Pagava os seus


impostos, respeitava os vizinhos, evitava conflitos.” (linhas 5-6).
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10.Apresenta, por palavras tuas, uma justificação para a criação desta lenda.
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GRUPO III – GRAMÁTICA

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1.Atenta na seguinte passagem da lenda “O rei Rodrigo e a bela Florinda”.

“O conde Julião tinha uma única filha, uma bela rapariga a quem dera o nome de Florinda.”

1.1.Transcreve da frase:
a) um nome comum: __________
b) umadjetivo: _______________

c) um determinante artigo indefinido: ______


d) um verbo: _______________________

2.As ideias do conde Julião eram as


mais agressivas.
2.1.Identifica o grau em que se
encontra o adjetivo sublinhado
na frase anterior.
_________________________ GRUPO IV – ESCRITA
_________________________

2.2.Reescreve a frase, colocando o Imagina que a versão dos Cristãos em


adjetivo no grau superlativo relação ao destino do rei Rodrigo é a
absoluto analítico. verdadeira e que ele não morreu na
_________________________ batalha de Guadalete, continuando a
viver muitos anos nas serras da região de
_________________________
Viseu, escreve uma carta, denunciando a
situação
5.Completa a tabela com nomes,
adjetivos e verbos de cada família dos
indicados.

Nomes Adjetivos Verbos


a) decidir
b
respeito
)
c) furioso

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