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Invasões Bárbaras no Império Romano

A partir do final do século 4, a situação do Império tendeu ao colapso. Já por


volta de 370, a presença de um povo asiático - os hunos - no sul da Europa
contribuiu para destruir o frágil equilíbrio em que ainda se assentava o Império e sua
relação com os povos bárbaros. Ao longo de quase um século, os hunos assolaram
regiões da Europa, chegando mesmo a sitiar Roma em 452. Ferozes, saqueadores
e extremamente numerosos, eles espalharam terror por várias regiões da Europa,
incluindo a Germânia.
Os ataques dos hunos contribuíram largamente para pressionar os povos
germânicos em direção às terras pertencentes a Roma, acelerando o processo de
invasões. Tais invasões se estenderam ao longo do século 5. Os visigodos
saquearam Roma em 410, e os vândalos em 455; os francos, após saquearem
Roma, ocuparam a Gália; anglos, saxões e jutos invadiram a Bretanha; burgúndios,
o sul da França; lombardos, o norte da Itália; e, em 476, os hérulos, seguidos pelos
ostrogodos, depuseram o último imperador, Rômulo Augústulo.
Esse evento assinala oficialmente o fim do Império Romano do Ocidente. A
parte oriental do Império manteve-se unificada até 1453, quando Constantinopla foi
tomada pelos turcos. Entretanto, a influência do chamado Império Bizantino sobre a
Europa foi rapidamente esvaindo-se. As áreas dominadas pelos vários povos
germânicos deram origem a uma série de reinos fragmentados, destruindo a
unidade imposta pelos romanos. Também esse evento assinala o início da Idade
Média europeia, erigida a partir justamente da integração entre elementos romanos
e germânicos.

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