Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISSN 0104-7485
Editora Responsável
Sandra Regina Buttros Gattolin
Coeditor
Douglas Altamiro Consolo
Editoria Executiva
Ademar da Silva (UFScar)
Rita de Cássia Barbirato Thomaz de Moraes (UFSCar)
Matilde Virginia Ricardi Scaramucci (UNICAMP)
Maximina Maria Freire (PUC-SP)
Conselho Editorial
Ana Maria Ferreira Barcelos (UFV)
Anna Maria Carmagnani (USP)
Dirce Charara Monteiro (UNESP)
John Robert Schmitz (UNICAMP)
José Carlos Paes de Almeida Filho (UnB)
Laura P. Zuntini de Izarra (USP)
Leila Darin (PUC-SP)
Linda Gentry El-Dash (UNICAMP)
Lynn Mario Menezes de Souza (USP)
Maria Clara Bonetti Paro (UNESP)
Maria Inês Dotta (UNESP)
Marilda C. Cavalcanti ( UNICAMP)
Marisa Grigoletto (USP)
Telma Gimenez (UEL)
Vera Menezes de Oliveira e Paiva (UFMG).
APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 7
RESUMO
ABSTRACT:
The research reported in this paper aims to reveal the potential of cooperation in foreign
language learning contexts and, at the same time, it shows the positive differential arising
from this construct and intends to stimulate the cooperative learning practice. From the
theoretical viewpoint, the research is supported by the constructs related to the use of
scaffolding technics and to the cooperation among peers. This is an interpretative study
which adopts, in its data collection and analysis, some ethnographic tools such as inter-
views, fieldnotes and participant observation. The participants of the research are pupils
of the eighth grade of a state elementary school and the study registers the existence of
cooperative strategies in the classroom studied. At the same time, however, it observes
that, quite often, the cooperative context occurs intuitively and not as a result of actions
planned by the teacher or students.
10
Segundo Johnson et al. (1991, passim), não se pode pretender que a Apren-
dizagem Cooperativa aconteça simplesmente a partir do momento em que se reúne
os alunos em grupos, dando-lhes ordens para que compartilhem a aprendizagem.
Para ilustrar as peculiaridades dos grupos cooperativos, os autores apresentam o
quadro 2, transcrito a seguir.
11
12
13
14
15
16
17
Uma das alunas, quando solicitada a ler, o faz de uma maneira que de-
monstra descaso com a atividade. A professora lê o texto lido pela aluna e
solicita-lhe que faça o mesmo, de maneira mais apropriada. Imediatamente,
a aluna refaz a leitura da maneira proposta pela professora.
(nota de campo no 1 – excerto)
18
19
Professora: What should you say if you want to leave the table?
Rita: (silêncio)
Professora: A situação é a seguinte: você está jantando ou almoçando e
você precisa sair da mesa. Um ambiente formal. What should you say if
you want to leave the table?
Rita: Excuse-me.
(prova no 8 – excerto)
Prova oral pro aluno, no meu caso que disponho de poucos recursos, né?.
Nem de um gravador a gente dispõe na escola, pra que eles ouçam um
pouco de inglês. Ouçam um pouco, falem um pouco, ouçam, já que eles
ouvem tão pouco, né?. A gente não dispõe de material, a gente quase não
conversa em sala de aula, porque não há tempo, também, e há resistência
20
A resposta da professora sugere que a prova oral oferece mais duas opor-
tunidades de estabelecimento de andaimes. Uma voltada para o fortalecimento
de competências acadêmicas por meio da exposição dos alunos a situações em
que exercitem duas das quatro habilidades envolvidas no aprendizado de uma
língua estrangeira. A segunda oportunidade privilegia uma competência social
ao promover uma situação interacional em que o aluno tem a oportunidade de
superar a resistência de expressar-se verbalmente na língua estrangeira que está
estudando.
Além de ratificar o aluno verbalmente, verifico que, nas provas orais,
a professora utiliza-se de comunicação não-verbal para estabelecer andaimes,
conforme registrado no excerto da nota de campo transcrito a seguir:
21
Alberto: Tem colega que não gosta de ajudar quando sabe e tem uns che-
gados que dão uma força. Quando não entendo, tenho menos vergonha de
pedir ajuda do colega do que da professora.
(entrevista no 4 – excerto)
José: tem gente que é legal e ajuda. Outros, não. Quando eu sei, eu ajudo
os colegas, traduzo as palavras, mostro as manhas.
(entrevista no 5 – excerto)
A resposta do aluno indica que ele espera não alguém que resolva para ele
as atividades propostas, mas que seu par, além de realizar a tradução, que é uma
prática comum, devido ao vocabulário limitado dos alunos, diga-lhe “como é o
exercício”, “como se deve fazer”.
A resposta da professora à minha pergunta quanto à conveniência da
adoção da colaboração entre pares na turma mostra que, para que essa prática
seja produtiva, é relevante que seja seguida a proposta de Johnson et al (1991),
que recomenda serem reforçados nos membros das díades “o sentimento de
pertencimento, aceitação, apoio e estima ao invés de sentimentos de hostilidade
e rejeição”:
22
Um aluno, que estava próximo à mesa onde era feita a prova oral, interfere
e diz “Eu acho que should é você deve”.
(nota de campo no 7 - excerto)
23
5. Considerações finais
24
Referências
25
26
27
RESUMO
Embora muitas pesquisas tem documentado como a timidez pode ser uma barreira para
o bem estar e as adaptações sociais, pouco se sabe sobre o impacto desse fenômeno no
contexto de aprendizagem de inglês. Os resultados sugerem que os alunos tímidos de
Letras vivenciam intensamente sentimentos como nervosismo e inferioridade.
ABSTRACT
Although numerous studies have documented how shyness can be an obstacle to personal
well-being and social adjustments, less is known about the impact of this phenomenon in
the context of learning English. Results show that shy undergraduate students of Letters
experience intensively feelings such as nervousness and inferiority.
Introdução
29
30
31
1. A referência dos autores sobre embarrassment foi feita com base em quatro obras de Goffman,
a saber: The presentation of self in everyday life (1959), Relations in public (1971), Forms of talk
(1981) e The interaction order (1983).
32
2. Metodologia
Esta é uma pesquisa qualitativa pelo seu caráter descritivo e indutivo cujo
foco se incide nos sentimentos, experiências e subjetividade do indivíduo explo-
rando, portanto, “a visão dos participantes da situação estudada” (DÖRNYEI,
2010:38). No entanto, esse trabalho objetiva identificar as concepções que os
alunos têm sobre timidez e as circunstâncias em que ela ocorre fora e dentro
da sala de aula e, sobretudo, discutir sobre esse fenômeno na aprendizagem do
inglês. Para tanto, parto das seguintes perguntas de pesquisa: a) Como os alunos
percebem a sua própria timidez na aprendizagem de inglês? b) Como eles se
sentem dentro da sala de aula ao terem que falar uma segunda língua? c) Na visão
dos alunos, quais são as circunstâncias dentro da sala de aula que os fazem sentir
mais (ou menos) inibidos?
33
A análise dos dados deste estudo foi feita com base em HOLLIDAY (2005)
através de uma técnica denominada de análise temática. Tal técnica consiste
em agrupar os dados aos temas vinculados na discussão dos resultados e, por
conseguinte, analisá-los. A organização desse método auxilia o pesquisador não
somente a entender e interpretar os dados como também na escrita da análise.
3. Resultados e discussão
34
Only the shy know the pain of shyness, the intense inability
to interact in social situations.
(CAMPBELL, C. E. 2003; p. 58)
“Sim, sou tímido. Tenho dificuldade para falar na frente das pessoas. Tenho
medo de ser criticado”. (Augusto)
“Sou tímida porque não me sinto a vontade quando estou falando algo e
todos estão olhando para mim. Sinto vergonha [...] e prefiro assim, ficar
calada ou falar mais baixo”. (Isabelle)
“Sou tímida sim porque eu não converso muito com outras pessoas, só se
forem muito meus amigos”. (Carla)
“Sou tímida, mas já fui muito mais do que hoje a ponto de deixar de fazer
as coisas por conta da timidez”. (Lívia)
35
36
• Vergonha
• Inferioridade
• Nervosismo
• Tensão
• Medo
• Insegurança
• Indecisão
• Impotência
Mesmo não afirmando que se sente triste com a timidez, creio que a
indecisão por si só já representa um sentimento desagradável para Bárbara. A
timidez parece deixá-la emocionalmente confusa e, como se observa no final de
seu relato, a própria participante compreende que isso, de alguma forma, é pre-
judicial. Clara, por sua vez, diz sentir ‘tensão o tempo inteiro e uma vontade de
que tudo aquilo passe rápido’. Já Adriana afirma que ‘é ruim porque você tenta
controlar e não consegue de forma que, às vezes, parece que o coração vai sair
pela boca’. Logo, percebe-se que as emoções parecem ser mais intensas envol-
vendo ansiedade e falta de controle, respectivamente, prejudicando o bem-estar.
Os adjetivos ‘sufocante’ e ‘horrível’ usados por dois alunos também atestam uma
intensidade maior das emoções sentidas. Para Roberto, a veemência da palavra
sufocante parece advir de um grande medo em ‘errar e ser ridículo’. Já para Luísa,
37
“Me sinto tímida quando tenho que falar para turma toda, falar em público,
pois eu não sei se estou falando corretamente”. (Andrea)
38
39
“por ter feito um curso de inglês, fico com vontade de responder, porém,
penso que se eu participar bastante, dar minha opinião, os outros colegas
de classe podem achar que eu quero aparecer. E isso é ruim, pois faz eu
me sentir tímida”. (Júlia)
40
“Ultimamente me sinto muito tímida nas aulas de inglês, motivo pelo qual
quando eu entrei no curso de Letras eu era da turma 3, porém, me sentia
tão isolada do resto da turma por não saber falar inglês que foi quando
resolvi mudar para a turma 1 por saber que nela menos pessoas falavam
fluentemente essa língua” (Luísa)
Luísa deixa claro em seu relato a razão da mudança para outra turma: sentir-
se isolada. De certo modo, o isolamento pode estar próximo do sentimento de
solidão que, por sua vez, se entrelaça com a timidez. Contudo, conforme pontuam
JACKSON, FRITCH, NAGASAKA, et. al. (2002:264), embora a correlação
entre solidão e isolamento com a timidez já tenha sido observada em pesquisas,
poucas delas se incumbiram de explicar essa ligação. Entretanto, estes autores
alegam que fatores como medo e ansiedade interferem na iniciativa do tímido
em interagir com outras pessoas. “Além disso, a vergonha e a sensação de falhar
41
42
43
44
4. Considerações finais
45
Agradecimentos
Gostaria de agradecer ao querido amigo Mestre Fernando Silvério de Lima e
a Dra. Ana Maria Ferreira Barcelos pelas leituras e relevantes sugestões.
46
CHEEK, J.; BUSS, A. Shyness and sociability. Journal of Personality and Social
Psychology, vol. 41, No. 2, p. 330-339, 1981.
47
48
ZIMBARDO, P. G. Shyness - What it is, what to do about it. MA: Addison Wesley
Publishing Co., 1990.
Anexo 1
Prezado aluno, por favor, responda as perguntas abaixo dando sua opinião honesta e sin-
cera sobre os tópicos. Estou interessado em sua opinião. Obrigado pela sua participação.
Abaixo, por favor, escreva seu nome, e em seguida um pseudônimo.
49
50
RESUMO
Neste trabalho, relatamos experiência, em ensino de ESP, com o uso de recursos digitais
para despertar interesse, motivação e sensibilizar alunos em formação inicial sobre a
necessidade da língua-alvo em ambiente acadêmico. Essa prática revelou-se funda-
mental para garantir envolvimento e disposição dos participantes em lidar com textos
acadêmico-profissionais em LI.
ABSTRACT
In this paper we describe an experience with the use of digital resources in an ESP
(reading) course to motivate and provide awareness about the need of the target language
in academic contexts. This practice was crucial to generate participants’ engagement
and disposition to deal with academic-professional texts in English.
Introdução
51
52
Caracterização do contexto
1. http://espstatistics2010.blogspot.com/
53
2. Texto original: The literature is replete with discussions about whose needs materials writers
should take into account (see Long 2005 and West 1994 for helpful overviews) and which instru-
ments materials developers should use to conduct needs analyses (e.g. Jordan 1997, who lists 14
different methods). Whereas it was the language expert who traditionally identified needs (e.g.
Munby 1978), more recent approaches have recommended that a number of parties should have
a say, including teachers, education authorities, and other stakeholders (e.g. parents, sponsors), as
well as the learners themselves.
54
55
4. As professoras sugeriram alguns temas que poderiam envolver a estatística, a título de exemplo,
e o grupo acrescentou outros. Os temas escolhidos foram: economia, saúde, educação, comércio,
meio ambiente, política, religião, comunicação e sistema jurídico (estatística forense).
56
Procedimentos de pesquisa
57
Resultados da intervenção
58
59
1 - Bom porque estou relembrando muitas das coisas que eu havia apren-
dido quando fiz curso de inglês. E isso está me ajudando na leitura dos
textos da iniciação científica.
2 - Eu já tenho um bom inglês, portanto alguns assuntos, pra mim, são
fáceis.
3 - Tenho participado com muita satisfação das atividades propostas nas
aulas.
1. Pensei que iríamos apenas ler textos. Minhas expectativas foram su-
peradas com as aulas faladas em Inglês e com as estratégias de leitura e
60
Alternativas Ocorrências
Textos gerais 1 (6,3%)
Textos específicos de estatística 13 (81,3%)
Filmes 14 (87,5%)
Músicas 9 (56,3%)
Quadrinhos 9 (56,3%)
Outros (especifique) 0
61
62
63
64
65
66
67
1. Seminário foi bom, pois tivemos que relembrar tudo que foi estudado e
isso é uma maneira de reforçar o aprendizado.
2. A elaboração e apresentação dos seminários foi muito útil para testar
os conhecimentos adquiridos e “explicá-los” para a sala, assim também
tendo mais experiência para futuras apresentações.
3. Foi a melhor parte, pois falar em público quando não se tem experiência
é difícil e foi um seminário bom pois nós mesmos escolhemos os temas.
4. Os seminários foram legais para a interação da sala, pois dependiam
das respostas dadas por nós no blog e de suas análises.
5. Assistindo aos outros seminários pude perceber a seriedade que todos
alunos (ou pelo menos a maioria) levavam para a matéria de Inglês Instru-
mental, fazendo cada um a sua parte de forma esperada, ou até superando
as expectativas previstas.
Considerações Finais
68
Referências Bibliográficas
69
70
71
RESUMO
ABSTRACT
Introdução
73
74
1. Subsídios teórico-metodológicos
75
76
77
78
O blog Mingoville está inserido no site que leva o mesmo nome e foi
lançado em 2007 pelo DELC (Danish eLearning Center) – que, na posição de
enunciador, proclama-se especializado na produção de conteúdos de e-learning
desde 2002, ou seja, ancora a sua representação de poder no valor carismático
da especialização aliada à experiência enunciada na expressão temporal. Vemos,
então, operar neste blog um enunciador institucional, que atende ao princípio do
anonimato, instaurado no discurso do contexto virtual.
Cabe informar, também, que o site em que o blog se insere é enunciado
como uma ferramenta de ensino que usa jogos, músicas e “flamingos coloridos”
para ensinar inglês para crianças com idade entre 5 e 14 anos, pois como o pró-
prio site enfatiza: Children learn English best when they’re young according to
79
O blog foi criado por Michelle Passos, que informa ser pós-graduanda em
Metodologia do Ensino de Inglês, graduada em Letras Inglês -Licenciatura pela
Universidade Federal de Sergipe (UFS) em 2010, portanto sua representação de
poder se ancora no valor tradicional da academia.
É importante notar que, ao ter um enunciador nomeado, este blog assume,
ao contrário do Mingoville, a característica de blog pessoal com efeitos na cons-
tituição de seu discurso, pois observamos uma tendência à narração do eu, que
assoma intensamente, por exemplo, no fato de a enunciadora informar que criou
o blog a partir de uma experiência informal em que eram desenvolvidas aulas
de inglês para a própria filha, que na época tinha três anos. Foi nesse momento,
relata Michelle, que ela teve despertado seu interesse pelo ensino da língua
inglesa a crianças e, então, desenvolveu uma pesquisa sobre o ensino de inglês
80
A ‘teacherzinha’ aqui ficou toda toda quando ouviu ela falar da aula...
- Carla, posso postar no blog?
- Pode!
(Pulinhos e gritinhos!)
81
3.1. Mingoville
Kids are the new social wizards. They spend time on social networks and
move around in virtual worlds as if they were their second home.
Kids’ social lives and relationships are created, developed, and shared in
virtual worlds.
82
Mingoville goes a step beyond that, turning social networking into social
learning where kids learn English in the flamingo-filled massive multiplayer
online game (MMOG) while making work fun.
The other English activity is a new educational game that takes the kids
fishing for English words. It’s all about fun English learning.
83
It’s a fun and engaging English exercise to do in class on the smart board.
It’s fun for those playing and fun for those watching and cheering. The
students will train their English vocabulary and reading skills.
michael2003 says:
January 8th, 2011 at 1:36 pm
Hi, this battle is my favourite. i like to play it with my friend.
and thanks for this battle.
84
Anônimo disse...
Nossa..AMEI a ideia...Vc me salvou...estava super nervosa pois vou co-
meçar a dar aula para crianças e naum sabia como começar no primeiro
dia. Muito obrigada! E Parabéns pelo Blog!
16 de março de 2011 19:58
85
Aqui se observa que o blog, além de apresentar dicas para aulas, também
serve como veículo para troca de experiências entre os professores. Essas ex-
periências são enunciadas como desabafos, queixas, constituindo-se o professor
insatisfeito, mas também o professor solidário, pois instaura-se um processo
de identificação entre enunciador e enunciatário, pois um é espelho do outro. É
preciso apontar, no entanto, que esta identificação é formatada pela identidade
compartilhada de professor insatisfeito, embora os motivos da insatisfação não
sejam os mesmos. A referência de Michelle à falta de atenção é transmutada por
Lethicia em barulho, ausência de espaço “só nosso” e de tecnologia.
Já o aluno, constituído como o outro, é o sujeito indisciplinado, problema,
dificuldade a ser superada, porém, nesse caso, silenciado e inscrito como escola
muuuito barulhenta, hospício, se o local fosse bem quieto. Constitui-se, então,
como inimigo que impede a realização do potencial do professor que está mar-
cado no enunciado como sujeito potencialmente excelente, ou seja, mais do que
capaz. Há de se apontar, ainda, que também a ausência de tecnologia é inscrita
como interdito ao professor excelente.
86
Mas isso deve ser feito de forma sucinta e lúdica ou você vai assustar seu
aluno logo no primeiro dia de aula, hein?
Pode-se constatar, assim, que também neste blog, aflora a associação entre
diversão e aprendizado como objetivo das aulas de inglês para crianças em cursos
de idiomas., o que de uma parte nos remete ao imaginário coletivo em que se
encontra enraizada a idéia de que não se aprende inglês na escola regular e sim
na escola de idiomas, no contraponto sério e lúdico. Nota-se também a menção
de momentos de diversão antes de aprendizado, o que sugere uma ordem de
87
3. Considerações Finais
88
89
90
ABSTRACT
This paper aims at discussing the possible relations between language, culture and identity
construction in the field of foreign language teaching and learning. Most specifically, it
searches for verifying to what extent the language and culture “binomial” may influence
the construction of the identity of learners and teachers of English.
Introduction
91
Culture is a broad concept that embraces all aspects of human life and which
has been defined in many different ways. For Kohls (1996, p. 23), for instance,
culture refers to “the total way of life of particular groups of people, including
their systems of attitudes and feelings, which are learned and transmitted from
generation to generation”. And for Lado (1957), culture refers to “the ways of a
people” and the concept incorporates both ‘material’ manifestations of culture
that are easily seen and ‘non-material’ ones that are more difficult to observe.
1. Risager (1998) states that any language carries meaning, and in this sense any language carries
culture. She proposes then a special term for this: linguaculture, which, according to her, could also
be called ‘culture in language’. We will elaborate more on this concept further.
92
93
1.3. Some approaches for the teaching of culture in the EFL classroom
Earlier models for culture teaching (Brooks, 1975) tended to view culture
as a relatively invariant and static entity composed by facts that could be taught
and learned. This perspective focused on the surface level behavior, but failed
to recognize the variability of behavior within the target cultural community in
the interaction between language and culture. Galloway (1985) proposed four
different approaches for the earlier teaching of culture. The first one was named
‘the Frankenstein approach’, which basically consists of gathering pieces of
information about culture from different contexts and backgrounds, and (re)
94
95
96
Numerous other authors, such as Byram & Morgan (1994), Kramsch (1993,
1996) and Lo Bianco, Liddicoat & Crozet (1999) have highlighted the impossibi-
lity of teaching a foreign language without teaching culture, and questions such as
what role culture should play in the foreign language curriculum, how it should
be defined, and even how to teach it have been raised repeatedly without having
clear answers. According to Furstenberg (2010), there are many reasons for this
uncertainty. One is that culture is a highly complex concept, which encompasses
many different and overlapping areas, and that inherently defies categorizations
and classifications. Another difficulty is related to the fact that culture is the tra-
ditional domain of anthropologists, which may make foreign language teachers
feel uncomfortable when embracing it in their classes.
To avoid stereotyping seems to be a great difficulty as well. Guest (2002)
argues that attempts to identify national characteristics for the purpose of com-
paring and contrasting cultures leads to oversimplification and stereotypes of
cultural characteristics.
Besides the difficulties presented so far, other problems with the teaching
of culture may be directly involved with the relation between culture and the
practices of foreign language teachers. One difficulty is an overcrowded curri-
culum. The study of culture involves time that many foreign language teachers
feel they cannot spare.
97
98
99
100
101
Final remarks
This paper aimed at understanding what are the possible relations betwe-
en language, culture and identity construction in the field of foreign language
teaching and learning. Most specifically, it searched for verifying to what extent
the culture and language binomial may influence the construction of learners’
cultural identity.
When dealing with cultural studies and foreign language teacher education,
those involved in the process of learning and teaching are somehow bound to con-
cepts and attitudes which may lead them to changes or (re)adaptations of some of
their values, beliefs and behaviors. Among these possible changes, identity is called
into question. In this sense, we believe that the cultural identity is concealed by many
veils which are gradually withdrawn by the moment the subject gets involved with
contexts which may question her own agency and the investments made to be part
of that new context. In this way, the construction of the cultural identity involves
the belonging to various other cultures, such as those which can be observed in
constant flux of changes when a person learns a foreign language.
The paper has also highlighted a view of language that incorporates a wider
social and cultural perspective, which suggests that learning a foreign language
102
103
104
GIMENEZ, T. Eles comem cornflakes, nos comemos pão com manteiga: espaços
para a reflexão sobre cultura na sala de aula de língua estrangeira. Anais do
IX Encontro de Professores de Línguas Estrangeiras - IX EPLE. Londrina:
APLIEPAR, 2001. p. 107-114. Retrieved from: http://www.utp.br/nepri/halu/
tesig/cornflakes_com_manteiga.htm.
GUEST, M. A critical ‘checkbook’ for culture teaching and learning. ELT Journal,
v. 56, n. 2, 2002. p. 154–161.
HALL, S. The centrality of culture: notes on the cultural revolutions of our time.
In.: THOMPSON, K. (Org.). Media and cultural regulation. London, Thousand
Oaks, New Delhi: The Open University; SAGE Publications, 1997.
KOHLS, R. Survival Kit for Overseas Living. Maine: Intercultural Press, Inc,
1996.
105
LEUNG, C., HARRIS, R.; RAMPTON, B. The idealised native speaker, reified
ethnicities and classroom realities. TESOL Quarterly, v. 31, n. 3, 1997. p. 543-
560.
LO BIANCO, J., LIDDICOAT, A. & CROZET, C. Striving for the third place
– intercultural competence through language education. Melbourne: Language
Australia, 1999.
106
107
108
RESUMO
ABSTRACT
This paper presents reflections on the autobiography of an English teacher, taking into
account her representations on what led her to choose her career and how she sees herself
today, as an educator. The theoretical foundations are based on Celani and Magalhães
(2002), Clemente (2011), Romero (2010a) among others.
Introdução
109
2. Por uma questão de espaço, não é possível que seja anexada a autobiografia na íntegra, porém,
aos que desejarem lê-la, posso enviá-la por meio do endereço eletrônico: martamonteiro20@
hotmail.com.
110
Como acrescenta o autor, os dados podem ser reunidos por meio da ob-
servação participante, entrevista, história de vida, autobiografias, entre outras
práticas (CHIZZOTTI, 2006).
Mas, para que são produzidas autobiografias? Quais as vantagens em
utilizá-las? Por que são utilizadas? Como são feitas?
Para responder a tais questionamentos, inicio refletindo acerca dos dois
primeiros. Para tanto, recorro a Magno e Silva (2010: 290), para quem narrativas
são instrumentos de análise de aprendizagem utilizados para se “[...] compre-
ender trajetórias de aprendentes de línguas [...]” e têm duas grandes vantagens.
A primeira, segundo a autora, é que um estudo como esse dá voz a quem está
participando da pesquisa, que é, na verdade, o centro da pesquisa, e, a segunda
vantagem, é sua
111
[...] esse caminho investigativo tem como orientação básica o recobrar de histórias,
a localização do sentido dessas experiências para nosso presente e, após refletir sobre
esse presente, um olhar de reconstrução para o futuro.
112
113
Meu contato com a língua inglesa se deu logo cedo, pois como meus pais
trabalhavam, entre outros negócios, com importação de mercadorias vindas
do exterior, às vezes recebiam clientes dos Estados Unidos e da Inglaterra.
Assim, meu primeiro contato com a língua foi por meio de minha mãe e
meu pai, vendo-os falarem em inglês com alguns “gringos” que iam nos
visitar. Achava aquilo lindo, mágico... Não propriamente a língua em si,
mas o fato de eles poderem se comunicar em outro idioma. Aquilo na minha
cabeça de criança era empoderador...
Ele [meu pai] dizia: “Não tenham vergonha, o importante é falar, se comu-
nicar em inglês!”. Isso me deixava confiante, fortalecia minha autoestima,
me ajudou a tomar gosto pelo idioma e influenciou em ter decidido, desde
cedo, a ser professora de inglês.
4. Ressalto que os excertos estão destacados em itálico para que não haja a possibilidade de serem
confundidos com citações literais das obras mencionadas no corpo do artigo.
114
115
Essa era minha preocupação: ser uma professora qualificada e realizar meu
trabalho da melhor maneira possível.
O tempo passou e quando os filhos estavam com 1 e 3 anos,
116
3. Projetando o futuro...
117
6. The state of mind of the researcher reflects, to some extent, the world in which he or she lives.
What researchers believe, what they accept as forms of knowledge, is often a reflection of their
social and cultural context. (Tradução minha)
118
4. Finalizando...
Como afirmei no início do artigo, não é fácil escrever sobre si, sendo, na
verdade um exercício de se abrir o coração, que finda por trazer à tona sentimen-
tos que estavam adormecidos. Neste fazer, opiniões são expressas, metáforas são
utilizadas e outros recursos de linguagem se desvelam na tentativa de traduzir
os sentimentos e as ideias de quem escreve. Porém, chegando ao final do artigo,
vejo que mais difícil, ainda, foi comentar minhas próprias representações.
De tudo, ficou a certeza de que ter produzido e refletido acerca de minha
autobiografia colaborou para meu autoconhecimento e, consequentemente, para que
eu conheça e entenda melhor meus alunos. Serviu, também, para relembrar que sou
um ser inacabado, ou, como afirmo em Monteiro (2009), uma eterna aprendiz.
Encerrando, faço minhas as palavras de Medrado (2010: 244) para quem,
Referências bibliográficas
119
CLANDININ, J.; CONNELLY, F.M. Narrative and story in practice and research.
In: SCHON, D. (Ed.). The reflective turn: case studies of reflective practice. Nova
Iorque: Teachers College Press, 1991. p. 258-281.
FREITAS, M.T.A. Prefácio. In: SCHETTINI, R.H. et al. VYGOTSKY: uma revisita
no início do século XXI. São Paulo: Andross, 2009. p. 11-15.
120
121
122
RESUMO
ABSTRACT
The objective of this paper is to investigate the expectations and impressions of students
from an Eastern Europe context when learning English with a Brazilian teacher through
a theme and task-based syllabus.
Introdução
123
1. Este projeto é coordenado pela Profa. Dra. Rita de Cássia Barbirato, que criou e utilizou o
material A Short Historical Sketch of Britain (BARBIRATO, 2005). Outros materiais, com esse
mesmo tipo de planejamento, foram criados por alunas-professoras do projeto, como História da
Música, Cinema Contemporâneo e Mitologia.
124
125
2. Fundamentação Teórica
126
127
128
129
3. Análise de Dados
130
131
132
133
134
135
“I think that this course is good. We gave many information just about this
language. We had lessons of culture and music. It wasn´t boring. Even for
me when don´t live talk in this language, could thinking in this language”
(Kamila).
2. A hipótese do filtro afetivo diz que a melhor situação para a aquisição de uma língua é
quando o aprendiz possui baixo nível de ansiedade, ou seja, baixo filtro afetivo. Isso significa
que o “aprendiz será mais aberto ao insumo e que o insumo será adquirido mais profundamente”
(KRASHEN, 1982:38).
136
“For me this course was amazing. Another classes in other school were
boring and I had done the same. Here the teacher show me a creative type
of classes [...] organization was really good […] material was multiculture
and I like this type of lessons. I know more about instruments, music and
history”.
137
138
139
140
“There were no hard gramar and you didn´t make pressure on me to learn
it, but you was correcting me from time to time” (Fider)
“Gramar is so good. When I do something wrong you tell me is not good
and say correct” (Justine)
“On the lesson´s we don´t have to much gramatic. When we speak the
teacher correct us” (Ewa)
141
4. Considerações Finais
142
Referências
143
144
SHAW, P. A. The Syllabus is Dead, Long Live the Syllabus: Thoughts on the
State of Language Curriculum, Content, Language, Tasks, Projects, Materials,
Wikis, Blogs and the World Wide Web. Language and Linguistics Compass, p.
1266-1283, 2009. Acesso em: 11/04/2011. Disponível em: <http://pt.scribd.com/
doc/42244856/The-Syllabus-is-Dead-Long-Live-the-Syllabus-Thoughts-on-the-
State-of-Language-Curriculum-Content-Language-Tasks-Projects-Materials-
Wikis-Blog>.
Apêndice
Questionário 1:
1) How and where have you learned English up to this day? Make a
timeline of your English learning experience.
2) What was the material used?
3) Do you remember any activity you really enjoyed doing during your
English classes? Why did you like it?
4) Do you remember any activity you really hated? Why?
5) How often and when do you use the English language?
Questionário 2:
1) What did you think of this course? Compare it to your previous learning
experience of the language.
2) What was the most interesting feature of these classes?
145
146
147
MODELO
ABSTRACT
Abstract abstract abstract abstract abstract abstract abstract abstract abstract abs-
tract abstract abstract abstract abstract abstract abstract abstract abstract abstract
148
Introdução
Texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto texto
Fundamentação teórica
Texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto texto
texto texto texto texto texto texto texto texto
Notas
Notas notas notas notas notas notas notas notas notas notas notas notas
notas notas notas notas notas notas notas
Anexo(s)
Anexo anexo anexo anexo anexo anexo anexo anexo anexo anexo anexo
anexo anexo anexo anexo anexo anexo
Referências bibliográficas
149