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𝑑𝑃⃗⃗ 𝑃 𝑡 𝑡
𝐹⃗ = (4.1) → ∫ 𝑑𝑃⃗⃗ = ∫ 𝐹⃗ 𝑑𝑡 → 𝑃 = 𝑃0 + ∫ 𝐹⃗ 𝑑𝑡 (4.2)
𝑑𝑡 𝑃0 𝑡0 𝑡0
𝑡
A quantidade 𝐼⃗ = ∫𝑡 𝐹⃗ 𝑑𝑡 (4.3) é chamada impulso, daí que a relação (4.2) nos diz que:
0
Nos problemas da física, a força sobre uma partícula não é conhecida como função do
tempo, mas como função de posição ⌈𝐹(𝑟) = (𝑥, 𝑦, 𝑧)⌉ e, para contornar o problema, introduzimos
novos conceitos que são, o trabalho e a energia.
Figura 4.1 Trabalho Potente (a) e Resistente (b) (Fonte: Fundamentos de Física, 9aEd, Soares et al)
𝑤 = ±𝐹⃗ . 𝑟⃗ (4.6)
Exemplo, ao deixar cair em queda livre um corpo, sua força peso favorece ao deslocamento
(trabalho potente) e, em situação contrária, quando atiramos um corpo para cima, seu peso opõe-
se ao deslocamento (trabalho resistente).
Agora vamos considerar uma partícula que se move sob acção de uma força 𝐹⃗ (não
paralela ao deslocamento) ao longo da linha como mostra a figura 4.2.
𝑤 = ∫ 𝐹𝑥 𝑑𝑥 + ∫ 𝐹𝑦 𝑑𝑦 + ∫ 𝐹𝑧 𝑑𝑧 = 𝑤𝑥 + 𝑤𝑦 + 𝑤𝑧 (4.11)
𝑥 𝑦 𝑧
𝑤𝑥 = ∫ 𝐹𝑥 𝑑𝑥 (𝑎) 𝑤𝑦 = ∫ 𝐹𝑦 𝑑𝑦 (𝑏) 𝑒 𝑤 = ∫ 𝐹𝑧 𝑑𝑧 (𝑐) (4.12)
𝑥0 𝑦0 𝑧0
𝑤 𝑥 𝑥
1 2
∫ 𝑑𝑤 = ∫ 𝐹𝑑𝑥 → 𝑤 = ∫ 𝑘𝑥𝑑𝑥 ↔ 𝑤(𝑥) = 𝑥 (4.13)
0 0 0 2
IV.2 Potência
Para além da relação (4.9), outra relação pode ser escrita, pois sabe-se que, 𝑤 = 𝐹. 𝑑𝑟 e,
levando em consideração que a força é constante, por derivação resulta,
𝑑𝑤 𝑑𝑟
= 𝐹. = 𝐹. 𝑣 = 𝑃 (4.16)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Considerando a figura 4.4, facilmente percebemos que o corpo varia sua posição
deslocando-se de A para B graças a força resultante (𝐹⃗𝑅 ).
Figura 4.4 Pelo efeito da força resultante (𝐹⃗𝑅 ), o corpo passa da posição A para a posição B (Fonte: Fundamentos de Física, 9aEd, Soares et al).
𝑑𝑣
Recorrendo a definição do trabalho, onde: 𝐹⃗𝑅 . = 𝑚𝑎⃗ = 𝑚 𝑑𝑡 (4.17)
𝐵 𝐵𝐵
𝑑𝑣 1 1
𝑤 = ∫ 𝐹𝑅 . 𝑑𝑠 = ∫ 𝑚 . 𝑑𝑠 = ∫ 𝑚𝑣𝑑𝑣 = 𝑚𝑣𝐵 2 − 𝑚𝑣𝐴 2
𝐴 𝐴 𝑑𝑡 𝐴 2 2
1 𝑃2
𝐸𝐶 = 𝑚𝑣 2 (𝑎) 𝑜𝑢 𝐸𝑐 = (𝑏) (4.18)
2 2𝑚
𝑤 = 𝐸𝐶𝐵 − 𝐸𝑐𝐴 ↔ 𝑤 = ∆𝐸𝐶 (4.19)
O trabalho realizado sobre uma partícula pela força resultante é igual a variação da sua
energia científica.
A figura 4.5 mostra um objecto movendo-se de A para B. Veja que nessa situação a força de
gravidade (peso) opõe-se ao deslocamento e, por essa razão, o trabalho efectuado pela força de
gravidade será negativo (resistente), isto é,
𝑑𝑊 = −𝑃⃗⃗. 𝑑𝑦 (4.20)
𝐸𝑃 = 𝑚𝑔𝑌 (4.21)
𝑤 = 𝐸𝑃𝐴 − 𝐸𝑃𝐵 = −∆𝐸𝑃 (4.22)
O trabalho realizado sobre uma partícula pela força resultante é igual ao negativo da
variação da sua energia potencial.
1
Analiticamente temos, 𝐸𝑀 = 𝐸𝐶 + 𝐸𝑃 = 2 𝑚𝑣 2 + 𝑚𝑔𝑦 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡. (4.29)
Exercício de Aplicação
Determine a altura mínima da qual deve partir uma bola para completar com sucesso a curva em laço mostrado
na figura abaixo. Suponha que a bola desliza sem rolar e sem atrito.
𝐸𝑃 (𝑥)
B
4
𝐹𝑔 𝑣
𝐹𝑁 𝐺 𝐻
6 3
ℎ 𝐹
𝑅 𝑦 = 2𝑅 𝐶 𝐷 𝐸 𝐹 2
𝑣
𝐹𝑔 𝐹𝑁 𝐹𝑔
1
𝐴
5 𝐵
𝐹𝑔 𝑋
Figura 4.4 Conservação de Energia Total Figura 4.5 Curva de Energias Potencial e Total
Pela segunda lei de Newton, temos, 𝐹𝑟𝑒𝑠 = 𝑚𝑎𝑐 , então, −𝐹𝑁 − 𝐹𝑔 = 𝑚(−𝑎𝑐 ) → 𝐹𝑁 +
𝑣2
𝐹𝑔 = 𝑚𝑎𝑐 (∗), 𝑜𝑛𝑑𝑒, 𝐹𝑔 = 𝑚𝑔, 𝑎𝑐 = 𝑅
No ponto B, a bola e o piso estão em contacto, mas, podemos desprezar a força que o
piso exerce (𝐹𝑁 = 0) visto que aquela posição, é a posição da iminência da bola, isto é,
dependendo da velocidade com que tiver, a bola tende a abandonar o piso. Visto isto, de eq.(*),
resulta:
𝑣2
𝑚𝑔 = 𝑚
𝑅
𝑣 = √𝑔𝑅 𝑜𝑢 𝑣 2 = 𝑔𝑅
Nota que se, 𝑣 < √𝑔𝑅, a bola perde o conctato com o piso. Para além disso, facilmente
podemos ver que a velocidade não depende da massa da bola. Quanto a altura mínima procurada,
recorremos ao princípio de conservação de energia, e escrevemos,
1 1
𝐸𝑃𝐴 = 𝐸𝐶𝐵 + 𝐸𝑃𝐵 → 𝑚𝑔ℎ = 𝑚𝑣 2 + 𝑚𝑔𝑦 → 𝑚𝑔ℎ = 𝑚𝑔𝑅 + 𝑚𝑔2𝑅
2 2
1 𝟓
𝑚𝑔(ℎ) = ( 𝑅 + 2𝑅) 𝑚𝑔 ↔ 𝒉𝒎𝒊𝒏 = 𝑹 (∗)
2 𝟐
Conclusão:
Se 𝒉 < 𝒉𝒎𝒊𝒏 , a bola não terá a velocidade para manter-se em contacto com o piso, e, em algum ponto, a bola
abandonará o piso.
É importante também observar que para qualquer valor de 𝒉 > 𝒉𝒎𝒊𝒏 , a bola atinge a velocidade suficiente
para descrever o laço.
Para fazer o estudo das curvas de energias, vamos considerar a figura 4.4. Naquela figura,
as rectas 1, 2, 3, e 4, representam a energia total, ou mecânica (𝐸𝑀 ) em cada nível, assim,
analisando a figura, facilmente percebemos que a esquerda de A e a direita de B, a energia
mecânica é menor em relação a energia potencial (𝐸𝑀 < 𝐸𝑃 ) e segundo a relação (4.28), a energia
cinética será negativa (𝐸𝑐 < 0), o que não pode, pois segundo a definição (4.19), a energia cinética
é sempre positiva.
Quando a energia potencial é máxima [𝐸𝑃𝑚𝑎𝑥 (𝑥)], o equilíbrio diz-se instável e quando é
mínimo [𝐸𝑃𝑚𝑖𝑛 (𝑥)], o equilíbrio diz-se estável. Para verificar este facto, basta levar em
consideração uma partícula oscilando entre A e B, bem como entre D e E.
Ainda sob análise da mesma figura, vejamos que a partícula pode deslizar do ponto H até
D, mas não pode passar para E, porque na região DE, 𝐸𝑀 < 𝐸𝑃 , logo, esta região, podemos chamar
de barreira de potencial (ou proibida).
Frequentemente encontramos na natureza, forças que não são conservativas. Uma partícula
pode em simultâneo estar submetida a forças conservativas e não conservativas. Agora vamos
considerar uma partícula caindo em um fluido. Veja que ela estará, submetida a força conservativa
gravitacional e não conservativa, o atrito viscoso.
Se 𝐸𝑃 é a energia potencial correspondente ás forças conservativas e 𝑤′, o trabalho realizado pelas
forças não conservativas (– 𝑤′), então, o trabalho total realizado será,
Desta vez a quantidade (𝐸𝐶 + 𝐸𝑃 ) não permanence constante, ela cresce ou decresce, dependendo
de o 𝑤 ′ ser positivo ou negativo. Para além disso, a mesma quantidade já não é chamada de energia
total.
A equação (4.31) dá-nos o ganho ou perda de energia devido as forças não- conservativas.