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Pedro Henrique, que está preso depois de ter o braço necrosado, é investigado
por tráfico, assim como outras pessoas em Brasília. Mas não é só. O
site www.souecologico.com dá conta que “Mais de 700 animais silvestres, entre
gambás, cobras, micos, capivaras, jacarés, pinguins e diversos tipos de aves,
como gaviões e corujas, foram resgatados neste ano pela prefeitura na cidade
do Rio de Janeiro.”
O Facebook e o tráfico
Matéria da Folha de S. Paulo informa que o tráfico de animais silvestres conta
com ajuda da tecnologia, “o Facebook virou a maior feira ilegal de animais no
país, segundo fiscalização do Ibama, mas o instituto diz não conseguir apoio
efetivo da rede social para prevenir a prática.” Tanto é verdade que, em 2015, o
Ibama mandou ofício à direção da rede…
E prossegue a Folha: “Em apenas uma das páginas, o Ibama contou 274
animais oferecidos para venda, principalmente iguanas. Se todos fossem
vendidos teriam rendido R$ 53 mil.”
Ibama tenta nova conversa com o Facebook
“O Ibama tentou novamente uma conversa com o Facebook, desta vez
apelando à Embaixada dos Estados Unidos. A empresa enviou representante
mas não alterou substancialmente sua política. Na reunião, argumentou sobre
risco de invasão de privacidade dos usuários da rede.”
Estimativa da RENCTAS
A RENCTAS, uma bela ONG nacional, estima o valor entre “10 a 20 bilhões de
dólares.”
Vamos pegar o meio termo, e considerar apenas US$ 10 bilhões de dólares.
Se o Brasil representa de 10%, a 15% deste mercado, nossa fatia representa
US$ 1,5 bilhão ao ano. Isso é o que valeriam cerca de 12 milhões de animais
selvagens (você lerá abaixo). Mais que muitos segmentos da economia.
” Tartarugas são colhidas por seus ovos, conchas, por sua carne; jacarés, por
suas peles. Impressionante é o imenso volume e os altos preços para iguarias
de frutos do mar tiradas ilegalmente – variando de barbatanas de tubarão,
bexigas de natatórias, pepinos do mar cujo tráfico envolve até a Yakuza, e
carne da concha rainha. Variedade notável de outros animais também é
traficada, incluindo jaguares, tatus, macacos, sapos, escorpiões e aranhas
(news.mongabay.com.).”
Tartarugas
O www.smithsonianmag.com, diz que “Milhões de tartarugas, crocodilos,
cobras e outros répteis também são traficados. Assim como mamíferos e
insetos.”
Tubarões
O news.mongabay.com estima que “todos os anos 73 milhões de tubarões
morrem para abastecer o mercado global de sopa de barbatana de tubarão,
uma iguaria servida em casamentos e banquetes chineses como um símbolo
de status e riqueza.” O mesmo site aponta outra espécie preferida, “pepinos-
do-mar, criaturas tubulares com pele coriácea, encontrados na costa da
América Latina, também são considerados uma iguaria culinária na China,
onde podem ser vendidos por US$ 300 por libra (mais uma vez, o Brasil está
incluso no tráfico de pepinos-de-mar).
Peixes
“Americanos mantêm cerca de 340 a 500 milhões de peixes, três vezes mais o
número de cachorros e gatos combinados. O comércio de peixes cresce a cada
ano. Só nos EUA a venda de peixes tropicais movimenta pelo menos US$ 215
milhões por ano. O país importa 125 milhões de peixes ornamentais por ano,
avaliados em US$ 25 a US$ 30 milhões – Fitzgerald, 1989
(http://www.renctas.org.br). Saiba mais sobre o comércio de peixes
ornamentais.
Tráfico de animais silvestres, (Foto: wildaid.org).
Consequências do tráfico de
animais silvestres
Doenças: Quando os animais são comercializados ilegalmente, não passam
por controle sanitário, podendo transmitir doenças graves, desconhecidas, para
as criações domésticas e para o homem, acarretando sérias consequências
sanitárias para o país importador. Vide a pandemia do novo coronavirus.