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Tarefa de Projeto de Vida:

Atividade 1 - autobiográfica escrita:

Escreva um texto no qual informe: 1. Sua data de nascimento; 2. Local onde


nasceu e vive atualmente com destaque para memorias que cada um desses lugares
desperta; 3. Algumas habilidades específicas que possui; 4. Um pensamento em que
realmente acredite (isto é, uma filosofia de vida ou um pensamento que sirva de
motivação ou que tenha um significado para você); 5. Algo sobre a família;

Atividade 2 – artística

Faça um autorretrato seu (preferencialmente de corpo inteiro). O desenho pode conter sua
família, animais, lugares, etc. Quanto mais elementos melhor para seu processo de
autodescoberta.

Essa atividade tem como objetivo estimular sua criatividade, explorando outros meios de se
expressar.
Aula de Debates Contemporâneos

Tema: Combate ao tráfico e maus tratos animais

A terceira atividade vai abordar um tema sempre em pauta nos noticiários: o combate
ao tráfico e aos maus-tratos de animais no Brasil. Ao mesmo tempo que os animais de
estimação ganham mais importância no convívio doméstico com humanos, e há todo um
mercado específico para cuidados com cães e gatos, eles ainda são vítimas de abandono e atos
cruéis.

Recentemente, o Senado aprovou uma lei específica para esse tipo de crime,
ampliando a Lei de Crimes Ambientais, de 1988. As espécies selvagens são também vítimas da
crueldade e da ganância humana, submetidas à caça ilegal e ao tráfico, entre outros. Imagens
chocantes de aves silvestres acondicionadas em canos de PVC e de cobras enroladas em meias
de náilon, durante o transporte para o comércio ilegal, só para citar alguns casos, já são parte
do cotidiano.

Pensar, portanto, sobre a posição de superioridade da espécie humana diante das


demais espécies de animais é fundamental para a defesa do equilíbrio ambiental e do futuro
do planeta.

O texto I
Francisco era só um bebê quando foi encontrado sozinho na região serrana do Rio de
Janeiro, em 2018. Não se sabe ao certo, mas acredita-se que perdeu a mãe dias antes. Fora
morta. De alguma forma, ele se transformou em um sobrevivente do crime. Acontece que
Francisco, apesar de ter um nome considerado relativamente popular pelo IBGE, não pode ser
considerado um tipo comum. Na verdade, ele faz parte de um grupo que aos poucos vem
desaparecendo no Brasil: é uma onça-parda, segundo maior felino do país, atrás apenas da
onça-pintada. Uma espécie em extinção na fauna brasileira.

Assim como ele, a Silvinha, a Lourdes e o Peri – que são, respectivamente, uma jiboia,
uma capivara e uma preguiça-de-três-dedos – se recuperam com ajuda do Instituto Vida Livre,
uma organização que desenvolve trabalhos de proteção e reabilitação da fauna silvestre. A
grande maioria vem de apreensões realizadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Esses são nomes de apenas alguns bichos vítimas de tráfico, caça ilegal ou maus-tratos.
Vítimas também da priorização do capricho humano em detrimento do bem-estar de um
animal. O país com a maior diversidade de fauna – e dono de 20% de toda a biodiversidade do
mundo – é também um dos que mais a desrespeita.

Segundo a Renctas (Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres), a


estimativa é de que todo ano 38 milhões de espécimes sejam retiradas da natureza brasileira.
Vítimas do tráfico e da desigualdade social no Brasil, tornam-se bombas-relógio ecológicas que
podem afetar todo o equilíbrio do planeta

Ideia do texto:
Alerta para o desrespeito à fauna brasileira, que abriga 20% de toda a biodiversidade
do mundo. Entidades como a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais
Silvestres (Renctas) estimam que 38 milhões de espécimes sejam retiradas da natureza
por ano no território nacional. Entre as espécies capturadas para o comércio ilegal,
muitas estão em risco de extinção, como a onça-parda.

O texto II
Richard D. Ryder é um psicólogo, defensor dos direitos animais e escritor britânico que
em 1970 criou o termo “especismo”, uma forma de discriminação que se baseia na ideia de
que pelo fato do ser humano considerar outros seres inferiores, ele ignora seus interesses em
não sofrer, inclusive negando-lhes o direito à vida. [...]

Em 2010, Richard D. Ryder publicou na Critical Society, Issue 2, uma versão comentada
e atualizada do seu folheto “Speciesism” ou “Especismo”, distribuído em Oxford em 1970
como uma reação contrária às experiências com animais. Logo o termo especismo passou a ser
estendido a todas as formas de exploração contra animais não humanos, incluindo, claro,
criaturas reduzidas a produtos e alimentos.

[...]

A princípio, o panfleto “Speciesism”, que Ryder distribuiu em Oxford, não teve nenhum
efeito. Então ele mudou a sua tática. Reimprimiu o texto com uma ilustração de um chimpanzé
usado em experiências e infectado com sífilis. “Pedi a um amigo, David Wood, que incluísse
seu nome para que o folheto tivesse um endereço universitário e o enviei às universidades.
Desta vez tive algumas respostas. Um dos destinatários era um jovem filósofo australiano
chamado Peter Singer. Em poucos meses, ele entrou em contato comigo. Muita coisa
aconteceu desde então”, revelou.

No panfleto, o psicólogo afirma que desde Darwin os cientistas têm concordado que
não há uma diferença essencialmente “mágica” entre seres humanos e outros animais, falando
biologicamente. “Por que então moralmente fazemos uma distinção quase total? Se todos os
organismos estão em um contínuo físico, então eles também devem estar no mesmo contínuo
moral”, defendeu.

[...]

Ideia presente no texto:

Apresenta o conceito de “especismo”, cunhado na década de 1970 por Richard D.


Ryder, escritor britânico, psicólogo e defensor dos direitos dos animais. Ryder
denuncia e critica a superioridade humana que lhe conferiria direitos sem limites sobre
outras espécies animais, cujo sofrimento é ignorado. Lutar pelos direitos animais não
envolveria, então, um compromisso com a redução e eliminação da dependência de
recursos de origem animal?

O texto III
Em sessão remota nesta quarta-feira (9/08/2020), o Plenário do Senado aprovou
projeto que aumenta as penas para maus-tratos a cães e gatos (PL 1.095/2019). O texto foi
aprovado na Câmara no final do ano passado e segue agora para a sanção.

Pela proposta, a prática de abuso, maus-tratos, ferimento ou mutilação a cães e gatos


será punida com pena de reclusão, de dois a cinco anos, além de multa e proibição de guarda.
Hoje, a pena é de detenção, de três meses a um ano, e multa – dentro do item que abrange
todos os animais. O projeto altera a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 1998) para criar
um item específico para cães e gatos, que são os animais domésticos mais comuns e principais
vítimas desse tipo de crime.

[...] com o isolamento social por conta da pandemia do Corona vírus, os casos de
maus-tratos cresceram muito. Com base nos registros da Delegacia Eletrônica de Proteção
Animal (Depa), [...] somente no estado de São Paulo, denúncias de violência contra animais
aumentaram 81,5% de janeiro a julho de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado.

Ideia presente no texto:

Traz a Lei n. 9.605, de Crimes Ambientais, de 1988, alterada em agosto de 2020, com a
criação de item específico para maus-tratos contra cães e gatos, principais vítimas
desse tipo de crime. A pena, que hoje é de detenção de três meses a um ano e multa,
passa a prever reclusão, de dois a cinco anos, além de multa e proibição de guarda.

Texto IV

Ideia presente na tirinha de Alexandre Beck:

Armandinho questiona, em sala de aula, se não somos todos animais – humanos e não
humanos. Há diferença ao dizer HUMANOS E ANIMAIS e HUMANOS E OUTROS
ANIMAIS. Na segunda sentença o ser humano também pertence ao grupo de animais.

Caberia aqui outra reflexão: sobre a superioridade que o ser humano assume em
relação aos outros seres e a origem desse pensamento. Ha uma extensa bibliografia
que demonstra que os animais não humanos têm formas próprias de inteligência, de
vida, de comunicação e de organização social.
Tema atual:

Votação da câmara sobre exploração de minério em terras indígenas em 9/03/2022.


Declarar urgência em uma votação desse tipo desperta inúmeras reflexões: 1. O poder
que alguns grupos possuem. No momento da votação havia manifestantes que se
opunham a essa medida e mesmo assim a votação ocorreu. A votação, em meio a
notável objeção popular, indaga a quem os deputados servem: oligarcas ou ao povo; 2.
Além da clara venda dos deputados para atender aos interesses de determinados
grupos temos também a exposição do mecanismo mais profundo da política: o poder
não está no povo e muito menos é exercido diretamente pelos políticos, estes – para
permanecerem em seus cargos – utilizam a lei de forma nefasta para legitimar os
projetos de seus financiadores; 3. O lucro e a transformação de tudo em mercadoria
(retificação dos seres humanos, animais, vegetais e minerais);

Desdobramentos:

 Uso de animais em experimentos científicos. Como harmonizar direitos dos


animais e experimentos científicos?
 A redução de animais a produtos e alimentos: Talvez este seja o tópico mais
complexo. A defesa pelos direitos dos animais (que encontra fundamento
biológico no reconhecimento de que são seres sencientes – capazes de sentir
por meio dos sentidos) esbarra na questão cultural da dependência de
alimentos de origem animal. Ou seja, devemos defender todos os animais ou
apenas alguns seriam contemplados pela causa da proteção de sua
integridade. Dito de outro modo: cães, gatos, animais silvestres merecem
direitos, enquanto outros, como porcos, vacas, bois e galinhas, devem atender
as necessidades humanas.
 A exposição de animais em zoológicos, parques temáticos e aquários para o
entretenimento humano (necessidade ou não de zoológicos como
entretenimento ou preservação de espécies.
 Uso de animais de montaria em rodeios; etc.

Para finalizar:
Há diversos órgãos oficiais e não governamentais que defendem o meio ambiente e protegem
os animais (ONGs ligadas à proteção de animais domésticos e silvestres, Ministério e
Secretarias do Meio Ambiente). Esses órgãos representam, junto da sociedade em geral,
agentes sociais que devem atuar na causa animal e podem desempenhar Fiscalização, controle
e monitoramento de tráfico e maus-tratos contra animais; formulação de políticas públicas
ambientais. A Sociedade em geral pode contribuir através do Boicote a marcas que exploram
animais em pesquisas para o desenvolvimento de seus produtos, apoio a ONGs que defendem
os animais, por meio de doações e voluntariado. Porém, o que ocorreu na câmara
recentemente deixou claro a posição do povo na luta política: entre democracia e capital este
último acabou vencendo. A questão é até quando?
Com base em todas essas informações desenvolva um texto sobre o Combate ao tráfico e
maus tratos animais. O texto deve conter título, introdução, desenvolvimento e conclusão com
apresentação de propostas que visem solucionar o problema. Mínimo 30 linhas.

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