Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ano 2016/2017
Na aula Construção, Fundamento e Sentido do Direito Internacional dos Direitos
Humanos do dia 03 de fevereiro lecionada pelo docente João Manuel Cardoso Rosas
começamos por abordar o capítulo 9. Pobreza global e direitos humanos. Aqui vimos que
absoluta, que consiste na privação dos mínimos para a sobrevivência, ou seja, falta de
água, comida, medicamentos, etc. Falamos também da pobreza relativa cujo fazem parte
aquele grupo de pessoas que têm um rendimento anual inferior a 60% do rendimento
médio nacional, que é variável de acordo com o país analisado. Foi-nos mostrado que
Pogge. A estratégia de Peter Singer seria recorrer à benevolência, que como vimos, em
termos religiosos seria a caridade, mas em termos laicos é a benevolência dos mais ricos,
onde não é necessário qualquer direito para que esta seja aplicada, é algo voluntário, não
há nada que nos obrigue a ser benevolentes, somos se quisermos. O professor deu-nos o
lago onde está uma criança em perigo de vida, prestes a sofrer de morte por afogamento
e cabe a nós ajudar ou não a criança. Se o fizermos podemos chegar tarde à aula e molhar
as calças novas, se ficarmos omissos a criança irá morrer. Todos concordamos que a
prioridade seria salvar a criança, abdicando do resto, porque tal com diz Peter Singer,
podemos ajudar sem sacrificar nada de relevante da nossa vida. Foi então que vimos que
na sociedade atual maior parte das pessoas passa ao lado do lago e não ajuda a criança,
porque a realidade é que são poucas as pessoas que ajudam os que mais necessitam.
Expusemos o facto de que se toda a gente doasse 5€ por dia conseguiríamos salvar muitas
vidas, pois em certos países subdesenvolvidos não há vacinas nem medicamentos que,
em Portugal, pertencem ao plano nacional de saúde. Pessoas simplesmente morrem
devido a doenças que em países ricos são de tratamento simples. Com isto levantou-se o
problema do desvio do dinheiro doado para a caridade. Vimos que muitas vezes as ajudas
não chegam ao destino, foi dado como exemplo os contentores de roupa existentes por
todo o nosso país, onde muita gente doa roupa para os meninos de africa pensando que
essa será distribuída por eles, no entanto o que acontece é que a roupa é vendida como
artigo de segunda mão. Aqui podemos ver como o ser humano é capaz de se aproveitar
da benevolência dos outros. Em resposta a este problema, Peter Singer afirma que se
procurarmos na internet iremos encontrar alguma agência que irá praticar o bem e levar
considera que ajudar não é suficiente, não podemos olhar para a pobreza de forma a ver
uma coisa que simplesmente está aí. Foi então que falamos dos empréstimos
internacionais, onde qualquer governo ou estado pode pedir empréstimos, quer seja ou
não um governo corrupto. Esses empréstimos são fornecidos mesmo que as entidades
tenham o conhecimento que esse dinheiro não será bem aplicado. Isto porque mais tarde
ele terá de ser devolvido, mesmo que aqueles que o contraíram não se encontrem no
poder. Vimos como exemplo os estados onde existe pobreza absoluta e, no entanto, os
lideres políticos não sofrem desse problema, pelo contrário, são países com muita riqueza,
poder mesmo que seja contra a vontade da população. Segundo Pogge, a pobreza existe
porque há um sistema global que permite e uma das coisas que contribui é a exploração
de recursos por parte dos mais ricos que nada dão aos mais pobres, coisa que não devemos
fazer, tal como afirma Pogge, não devemos causar dano aos mais pobres. Então, segundo
o autor, a solução passa por mudar as regras do sistema internacional, devemos criar um
sistema internacional que não cause dano. Temos que averiguar as causas da pobreza e ir
entrar? Existe ou não um direito a entrar? O que dizem os Direitos Humanos sobre isso?
Existem duas teorias. A teoria padrão, defendida por Walzer, e a teoria das
“fronteiras abertas” (“open boards”), defendida por Joseph Carens. De acordo com a
teoria padrão, cada estado tem o direito a controlar as suas fronteiras. Eles decidem quem
pode entrar, permanecer, obter cidadania, etc. (com pequenas limitações, tais como o
direito do asilo). Walzer defende que o estado deve controlar as entradas para que possa
Já na teoria das fronteiras abertas, o autor diz que ninguém é responsável pelo
local onde nasce, ninguém é moralmente responsável por isso. E se é assim, então todos
os indivíduos são iguais, ou seja, devemos ter o direito de circular livremente, no entanto,
os defensores desta teoria não são contra a existência fronteiras, apenas defendem que
devem ser abertas. Por princípios devemos ter em conta o bem-estar de todos os
indivíduos do mundo, mas entendem que pode haver necessidades de fechar as fronteiras.
Podemos concluir que existe o direito a sair e a regressar, mas não existe o direito a entrar.
o problema das minorias nacionais e étnicas nos Estados multiculturais. Vimos que o
humanos e os direitos culturais. A imigração leva à multiculturalidade que por sua vez
imigração leva a diferenças religiosas, linguísticas, etc. Durante a aula vimos alguns
exemplos de pessoas não religiosas com funerais feitos na igreja, rituais fúnebres, o uso
do turbante, carnes sangradas, etc. Os autores que abordam este assunto são Will
Kymlicka e Charles Taylor, e o seu limite são os direitos humanos, pois os direitos
humanos são o limite para os direitos culturais, pois esses direitos, que apenas valem em
Na parte final da aula abordamos o tema 12. Direitos humanos e meio ambiente.
Neste tema falamos sobre os desafios aos Direitos humanos, nomeadamente da perspetiva
A perspetiva centrada nos animais afirma que devemos ter consideração por outro
tipo de animais não humanos, ainda que estes não sejam auto conscientes. Vimos que os
animais têm preferências, assim como nós, então devemos alargar a comunidade moral
deveria haver também direitos para os animais, a seres conscientes ou sencientes? O caso
está a ser trabalhado, o direito tem acompanhado o assunto e nos últimos anos verificamos
Depois debruçamo-nos sobre a perspetiva ecocêntrica, que defende que o que tem
valor é o conjunto, é a biosfera, é isso que possui um valor intrínseco. O que realmente
importa para os defensores desta teoria é defender os ecossistemas e nem tanto os animais
estão a comer toda a erva existente no local onde se encontram, ou seja, estão a destruir
acaba por ir longe de mais, é uma perspetiva que pode até comprometer os direitos
humanos, assim como os dos animais, isto porque ambos podem ser sacrificados em prol
do ecossistema.
os temas que abordamos nesta resenha. Assim sendo, tem de se fazer uma reconfiguração