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A Filosofia Na Idade Antiga
A Filosofia Na Idade Antiga
A filosofia é um saber específico e tem uma história que já dura mais de 2.500 anos. A
filosofia nasceu na Grécia antiga costuma dizer com os primeiros filósofos, chamados
pré-socráticos. Mas a filosofia não é compreendida hoje apenas como um saber
específico, mas também como uma atitude em relação ao conhecimento, o que faz com
que seus temas, seus conceitos e suas descobertas sejam constantemente retomados.
1.1 Objectivos
1.1.3 Metodologia
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Secção II - A Filosofia na Idade Antiga
O thaumázein, assim como o páthos, têm a ver com "um bom ânimo ou boa disposição
(...) que levou certos indivíduos a deixar ocupações do quotidiano para se dedicar a algo
extraordinário, a produção do saber: uma actividade incomum, em geral pouco
lucrativa, e que nem sequer os tornava moralmente melhores que os outros.
Costuma-se atribuir a Pitágoras de Samos, filósofo grego que viveu no século VI a.C, a
criação do termo Filosofia. Para os gregos a Filosofia tinha um significado muito
profundo, era uma constante busca pela sabedoria, era o amor por esta tal sabedoria. O
saber era algo mágico, um dom, se assim podemos dizer, um privilégio que apenas os
deuses possuíam, e cabia aos humanos tentar encontrá-la, entendê-la, e assim,
compartilhá-la, mesmo que fosse necessário entender que por mais que se procure a
sabedoria, ninguém jamais a terá. Ela é uma busca constante, quanto mais se procura,
mais se tem a procurar.
A princípio ela tinha um conceito religioso, pois sempre que se falava em Filosofia se
citavam os deuses e seres míticos, porem, mesmo com a mudança de raciocínio muito
tempo depois, o significado geral continuou sendo o mesmo, pois independente da área
que ela seja empregada, seu conceito é único, a busca pela sabedoria.
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O primeiro filósofo foi o grego Tales de Mileto, que se viu com uma enorme
necessidade de entender o mundo, não apenas como todos diziam entender, mas de uma
força mais profunda, com argumentos concretos, reais.
Quando a Filosofia antiga diz que seu objectivo é compreender toda a racionalidade
humana, o que ela está realmente tentando nos explicar é que seu objectivo de estudo
não aceita simples explicações míticas, sem uma origem clara ou fundamentada. Não é
aceitável dizer que está chovendo apenas porque uma nuvem carregada, enviada por um
deus, parou sobre um local. Os filósofos queriam mais do que essa teoria, eles
desejavam a compreensão por inteiro de tal ato, o porquê desta nuvem está carregada,
que detalhes fazem com que se acumule essa água e ela caia em seguida. Como se
formam essas partículas. Eles querem argumentos, querem entender as verdadeiras
causas desse fenómeno, isso o distingue dos mitos, pois sua explicação deve vir da
Razão, com fundamentos convincentes.
3.1 Os pré-socráticos
A primeira fase da filosofia estende-se de cerca de 600 a.C. ao séc. VI d.C. A filosofia
surgiu na Grécia, no período arcaico, com a Escola de Mileto.
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3.2 Surgimento da Filosofia
Filósofos Pré-Socráticos
Os Sofistas
Os socráticos
Primeiro, as colónias gregas da Ásia Menor e da Magna Grécia deixam de ser o palco
principal do pensamento filosófico, palco este que passa a ser a cidade-estado de
Atenas;
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Aristóteles, discípulo de Platão, trouxe contribuições valiosas à lógica dedutiva e
indutiva. Seus trabalhos vão da Biologia à Política e à psicologia. Em sua Metafísica,
sustenta que o mundo dos sentidos, ou mundo material, é o real. Utilizando regras de
lógica, Aristóteles procurou encontrar as relações de causa e efeito entre as coisas
existentes no mundo. Acreditava na primeira “causa incausada”, ou Deus, e considerava
a teologia a principal ciência.
Sócrates e os Sofistas
Platão e Aristóteles
3.3 Os pós-socráticos
Por volta do séc. III a.C., o filósofo grego Pirro negou que as pessoas pudessem
alcançar a verdade. Seu pensamento era fundamentado no cepticismo. Em seu sistema,
os seres organizados renovam-se constantemente na natureza, sendo possível conhecer
apenas as aparências das coisas.
Estoicismo
Epicurismo
Ceticismo
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Secção IV - Quando Começou e Quando Terminou
4.1 Noções
Inicialmente, o conceito de filosofia era tido como religioso, já que sempre era citada a
presença de seres míticos. Muito tempo depois, mesmo com a mudança de raciocínio
sobre o assunto, a ideia básica se manteve a mesma: a busca pela sabedoria. Entretanto,
os filósofos queriam muito mais do que apenas teorias, eles queriam a compreensão do
todo. Daí a ideia de que tal explicação deve vir da razão, baseada em fundamentos
convincentes.
A história da filosofia antiga pode ser dividida em três grandes períodos: o período pré-
socrático, a Grécia clássica e a época helenística. De forma genérica, será apresentado
um resumo da filosofia antiga com relação aos temas citados acima.
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O filósofo é aquela pessoa que busca o conhecimento de si mesmo. Sem uma visão
pragmática, é movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade. Como este
artigo é apenas um resumo da filosofia antiga, serão feitas considerações apenas dos
filósofos mencionados nos períodos acima.
A escola Itálica, que fez parte do período pré-sofista teve nomes de destaque, como
Filolau de Crotena, e Aquitas de Tarento.Pulando para uma outra importante escola, a
de Alexandria, temos nomes que se tornaram famosos e conhecidos em várias ciências,
como:
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Pitágoras: que além de influenciar na Filosofia contribuiu e muito na
matemática, com seus teoremas que levam seu nome e que conhecemos na
escola;
Demócrito: que alegava que todas as coisas do universo era composta por
átomos;
Heráclito: que acreditava em uma lei do universo caracterizada por uma
mudança constante.
A filosofia antiga terminou com o fim do período helenístico, que teve como nomes de
destaque Zenão de Cício, Panecio de Rodes, Séneca e Marco Aurélio.
5.1 Noções
Para Platão, a sofocracia seria mais eficiente que a democracia, pois o julgamento
popular quase sempre se deixaria levar pelas aparências. O Governo dos Sábios levaria à
instauração de uma sociedade de educação rígida, onde apenas os detentores do saber
detinham o poder. Isto acaba por levar a sociedade à sua decadência, originando, pelo
ciclo de Platão, a Timocracia.
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5.2 A Política em Platão
A influência de Sócrates é tão grande, que ele será o protagonista da maioria das obras
escritas por Platão, que nunca aparece em suas obras dando sempre voz ao seu mestre
Sócrates como se ele, Platão, fosse apenas um interlocutor de toda a sabedoria de seu
mestre. Como é o caso, por exemplo, de uma das obras mais importantes de Platão, a
saber, A República, onde o filósofo usa o personagem do seu mestre Sócrates para dar
vida ao ideal de uma sociedade justa e harmoniosa. O título da obra de Platão em grego
na realidade é Politéia e segundo José Pabón e Fernández-Galiano na introdução da obra
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para o espanhol La República (apud PLATÃO, 2006) uma tradução mais exacta
para Politéia seria “regime ou governo da polis”. É principalmente a partir da tradução
latina para Res publica que o título da obra ganhou essa conotação.
A República é, com efeito, uma de suas obras principais quando o tema se refere à
política mas não é a única. Platão escreveu também uma outra obra intitulada As Leis e,
nesse contexto, é preciso mencionar também a Carta VII, escrita por Platão de um
conjunto de XIII Cartas escritas pelo filósofo mas das quais nem todas são consideradas
autênticas (PLATÃO, 1973 e 1980). A Carta VII é considerada pelos especialistas como
de autenticidade menos duvidosa e apresenta uma espécie de autobiografia de Platão
onde o mesmo relata as experiências que tivera na cidade de Siracusa, durante os
governos de Dionísio o velho , e Dionísio – o jovem (BARROS, 2006; MENESCAL,
2009). A Carta VII foi escrita por Platão dirigida aos amigos e parentes de Díon, amigo
e seu discípulo, por ocasião de sua morte, e também sobrinho de Dionísio, tirano de
Siracusa. Foi a pedido de Díon que Platão empreendeu suas viagens a Siracusa em suas
tentativas, todas malogradas, de transformar a tirania siracusana em realeza. Na Carta
VII Platão fala dessas experiências (sobre as experiências de Platão em Siracusa, veja
em nosso website o texto A Experiência de Platão em Siracusa).
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Inicialmente o diálogo trata de refutar algumas teses apresentadas acerca da natureza da
justiça, sobretudo pelo sofista Trasímaco, para quem a justiça consiste no interesse do
mais forte (338c). E Sócrates irá se opor frontalmente a esta definição.
Após uma primeira investigação sobre a justiça de um homem, Sócrates propõe recorrer
a algo maior, a saber, uma cidade, a fim de aí enxergar melhor a justiça (368d). Ele
sugere assistir, no discurso, ao nascimento de uma cidade, a fim de ver também
nascerem a justiça e a injustiça desta, objeto de sua busca (369a) (VELOSO, 2003, p.
75).
O diálogo tem continuidade com Trasímaco quando este acrescenta uma nova questão
ao seu ponto de vista: o fato de que “o homem justo em toda parte fica por baixo do
injusto e jamais se verificará, por ocasião da dissolução da sociedade, que o justo tenha
mais do que o injusto, mas sim menos” (343d). O que leva Trasímaco a concluir que é
mais vantajoso ser injusto do que justo, como na tirania, “que arrebata os bens alheios a
ocultas e pela violência” (344a), como nas questões de tributo onde “o justo, em
condições iguais, paga uma contribuição maior, e o outro, menor” (343d). E mais uma
vez aqui temos a definição de justiça como a vantagem do mais forte (344c). Sócrates
não fica satisfeito com os argumentos do sofista e irá discorrer sobre a ideia de quantos
e quais são os benefícios da justiça e de ser um homem justo (348b).
Vemos assim que é a partir do embate de ideias sobre o conceito de justiça que os
protagonistas irão discorrer ao longo da obra sobre a noção de Cidade Justa. Trata-se de
encontrar a Calipolis, a cidade ideal, ou a cidade verdadeira (alethiné pólis), aquela que
é totalmente descrita por meio do planejamento e da reflexão, em que todos os
problemas são cuidadosamente pensados e excluídos.
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Nesta obra Platão discute ainda as diferentes formas de governo e apresenta uma
justificativa racional em defesa daquela que, para ele, era a melhor forma de governo: a
aristocracia ou governo dos sábios.
Por fim cumpre notar que o “projecto político de Platão não se apresenta essencialmente
pela questão política, mas envereda pela ética e por uma educação, orientada pela
filosofia, tão necessárias à formação humana” (MENESCAL, 2009). Da mesma forma
Tiago Lara (1989) aponta que o projecto político de Platão é também um projecto
educativo, de formação não apenas do cidadão mas também o homem de bem. A
respeito de um projeto ético-político pedagógico em Platão, remetemos o leitor mais
uma vez ao texto Projecto Ético-Político-Pedagógico na República de Platão, além de
uma interpretação da alegoria da caverna sob estas diferentes perspectivas A Alegoria
da Caverna.
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Secção IV - Considerações Finais
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Bibliografia e Referência
Bibliografia
Referência
https://www.estudopratico.com.br/historia-da-filosofia-antiga-filosofos-e-
contexto-historico/
https://www.resumoescolar.com.br/filosofia/resumo-da-filosofia-antiga/
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/filosofia-grega.htm
https://marxists.catbull.com/portugues/tematica/livros/historia_filosofia/01.htm
https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/correntes-filosoficas/
https://www.coladaweb.com/filosofia/historia-da-filosofia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia
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