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ÁREA PASTORAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

ESCOLA DE MINISTROS

Armínio Artur de Carvalho

LIVROS PROFÉTICOS

A palavra profeta vem do grego (profetés) e significa falar “em nome de” ou “em
lugar de”. O profeta é aquela pessoa que fala em lugar de Deus. Isto é, Deus manifesta seu
pensamento a uma pessoa e esta pessoa (profeta) profere o pensamento de Deus usando
uma linguagem simples e popular conforme o seu tempo. Os profetas da Bíblia falam em
nome de Deus ou no lugar de Deus. Diríamos que o profeta é porta-voz de Deus e da sua
vontade. “Assim fala o Senhor” ou “oráculos do Senhor”, repetem com frequência os
profetas.
Notadamente todos considerados profetas orientavam as pessoas a viver na graça
de Deus, evitando o mal e, inclusive, até diante de uma queda olhar para as consequências
para não voltar a cair no pecado e sobretudo, apresenta no valor da misericórdia de Deus
um Deus que sempre acolhe uma pessoa mesmo que não possua um passado dos melhores
mas que é acolhido quando mostrou arrependimento e o bom propósito para não voltar o
pecado.

Normalmente se costuma dividir o bloco dos profetas em “Profetas Maiores” e


“Profetas Menores” e essa divisão se dá pelo tamanho da obra (quem escreveu mais),
tento, portanto, todos a mesma importância. O primeiro grupo é formado por quatro
profetas: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Os Profetas Menores são doze: Oseias, Joel,
Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

Cabendo ressaltar que o único livro profético que não faz parte do Antigo
Testamento é o Livro do Apocalipse que integra o Novo Testamento.

Os livros desses profetas não nasceram de um dia para o outro. Os profetas pouco
ou nada escreveram, sendo provavelmente escrito pelos seus discípulos. Normalmente, os
profetas pronunciavam oralmente seus oráculos. O profeta é, antes de tudo, pregador não
escritor.

A ordem em que se encontram na Bíblia Católica não é a ordem cronológica em que


cada livro foi escrito. Cronologicamente temos a seguinte ordem: profetas do século 8º
a.C.: Amós, Oseias, 1º Isaías (1-39), Miqueias; profetas do século 7º e início do 6º a.C.:
Sofonias, Naum, Habacuc, Jeremias; profetas do cativeiro: Ezequiel, 2º Isaías (40-55);
profetas do século 6º a.C.: 3º Isaías (56-66), Ageu, 1º Zacarias (1-8); profetas do século 5º
a.C.: Malaquias, Abdias; profetas do século 4º a.C.: Joel, 2º Zacarias (9-14); Baruc,
provavelmente é do século 2º a.C.

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Os profetas escritores surgem principalmente no tempo da monarquia. Acentua-se
principalmente quando Israel começa a sofrer a invasão dos impérios vizinhos. A profecia
escrita parece ser um questionamento das fraquezas da monarquia. Assim, a profecia
ganha mais força durante a monarquia, talvez pela prática da injustiça dos seus
governantes e da infidelidade do povo de Deus.

Os autênticos profetas são pessoas comuns que têm os pés no chão da realidade
em que vivem. Conhecem muito bem a vida do povo. Por isso é importante conhecer o
contexto cultural, político e econômico em que os profetas atuaram. Eles não são
sonhadores nem visionários que preveem o futuro. São pessoas que falam da realidade do
presente histórico em que vivem. Propõem mudanças para promover a justiça e a
superação da miséria do povo. Eles têm consciência da origem divina de sua mensagem. A
mensagem do profeta é dirigida aos seus contemporâneos.

Ao lado dos autênticos profetas, encontramos os falsos profetas que são aqueles
ligados à corte, ou seja, a serviço da palavra do rei e das autoridades junto à corte e ao
templo. São falsos porque defendem a palavra do rei ou dos falsos deuses. São como que
“funcionários da corte” e fiéis defensores do rei e dos seus projetos. Enganam o povo,
porque suas palavras não vêm de Deus e atuam pelos próprios interesses.

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