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Padre José Hamilton, queridos irmão, no início da Quaresma, a Igreja nos apresenta textos

para motivar a oração. Na quarta-feira de cinzas ouvimos sobre a intenção certa de rezar (que é,
não para ser elogiados pelos homens) e na terça-feira nos foi apresentado a oração do Pai Nosso.
Hoje ouvimos um terceiro texto do sermão da montanha que fala sobre a confiança (sobre a fé) de
sermos atendidos em nossas orações.
A liturgia da Palavra de hoje nos chama atenção à dois aspectos muito necessários à vida de
fé: a Confiança filial em Deus e a imagem de Deus como Pai perfeito. A primeira leitura presenta
a oração feita pela rainha Ester, que ao se encontrar em um perigo proximo, buscou refúgio em
Deus através da oração e, também, o salmo que evidência essa esperança naquele que nos ouve e
atende aos nossos pedidos, que é Deus. Também no evangelho, Jesus nos fala da necessidade e do
poder da oração. Não podemos entender a vida cristã sem relação com Deus e nesta relação, a
oração ocupa um lugar central. A oração nos aproxima de Deus, nos abre as portas de seu imenso
amor, por isso, a vida cristã é uma contínua petição e busca: “Peçam, e lhes será dado! Procurem, e
encontrarão! Batam, e a porta será aberta!”
As três ações a que Jesus se refere neste Evangelho, pedir, procurar e bater expressam os
nossos desejos e anseios interiores. Quem pede quer receber, quem procura quer encontrar e quem
bate à porta, espera que ela seja aberta. São também as “ações” que devem estar em nossa oração.
São motivações para que possamos nos colocar diante do Pai, confiantes na Sua misericórdia e no
Seu auxílio. Com estas palavras de ordem e estas promessas, Jesus nos dá a garantia de que os
nossos pedidos têm valor diante de Deus.
Na oração adoramos, pedimos perdão e agradecemos. Sabemos, por Jesus, que o Pai do Céu
dará coisas boas aos que pedirem a ele. E o que queremos que nos seja feito, deveos procurar fazer
primeiro aos outros. Nem sempre, porém, o que pedimos é o melhor para nós. Por isso Deus não dá
coisas. Dá o Espírito Santo e com ele saberemos discernir o que mais convém a nós e aos outros.
Deus gosta de nos ver agindo e realizando aquilo que queremos que aconteça. Queremos que Deus
atenda aos nossos pedidos e, para que isso aconteça, devemos estar atentos ao que os outros
esperam de nós.
A fé é quem move a nossa oração através da ação de pedir, buscar e bater. De acordo com a
nossa fé também alimentamos a esperança de que as coisas acontecerão no momento certo.
Atrelada ao nosso pedido, à nossa busca, e insistência, precisamos estar pacientes em Deus,
pois, o Evangelho não nos diz: “Pedi e vos será dado aquilo que você pediu”, mas, sim, “o vosso
Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem”.
Que este tempo favorável da quaresma nos ajude a almentar em nossos corações a confiança
em Deus, que o senhor nos abençoe e nos auxilie em nossas dificuldades, amém!

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