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10 ótimos livros para ler em momentos de solidão


POR MARIANA FELIPE
EM LIVROS
10/05/2021 - 10:28

A solidão pode ser angustiante, mas também carrega uma beleza escondida.
Segundo o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, somente quando estamos
sozinhos é que somos livres. A pandemia da Covid-19, somada à
superficialidade das relações digitais, tem nos afastado ainda mais dos outros.
Para transformar esses momentos de isolamento em experiências prazerosas,
a Bula reuniu em uma lista dez ótimos livros que são ótimas companhias. São
obras sobre pessoas solitárias e atormentadas pelas indiferenças, que
mostram que não estamos sozinhos em nossas angústias. Entre os livros
selecionados, estão “Homem Invisível” (1952), de Ralph Ellison; e “Walden ou
A Vida nos Bosques” (1854), de Henry D. Thoreau. Os títulos estão
organizados de acordo com o ano de lançamento: do mais recente para o mais
antigo.

(2012), Sabina Berman


Karen Nieto é uma criança que não sabe nem ao menos falar, quando sua
mãe, que a deixava sozinha em um cômodo escuro, morre. Isabelle, a tia da
menina, herda a empresa de pesca de atum da irmã, com surpresa a existência
de Karen, de quem começa a cuidar. Com um histórico de agressões sofridas e
tendo sido rejeitada pela mãe, Karen desenvolve a fala e passa a ter contato
com a sociedade graças ao esforço de sua tia. Diagnosticada com autismo
funcional, a menina surpreende os que a cercam em função de suas atitudes
inusitadas, ainda que seja mais inteligente do que a maioria das pessoas com
quem convive. Com seu jeito peculiar, Karen vai aos poucos se tornando uma
respeitável mulher e transforma a empresa familiar de pesca de atum em uma
companhia mundialmente reconhecida.
(1963), de Sylvia Plath
Dos subúrbios de Boston para uma prestigiosa universidade para mulheres. Do
campus para um estágio em Nova York. O mundo parece estar se abrindo para
Esther Greenwood, que agora trabalha na redação de uma revista feminina e
possui uma intensa vida social. Mas, um verão aparentemente promissor é o
gatilho da crise que leva a jovem do glamour a uma clínica psiquiátrica. Único
romance da poeta Sylvia Plath, “A Redoma de Vidro” é repleto de referências
autobiográficas. A narrativa é inspirada nos acontecimentos de 1952, quando
Plath tentou o suicídio e foi internada. Assim como a protagonista, a autora foi
uma estudante exemplar que sofreu uma grave depressão.
(1953), Virginia Woolf
“Os Diários de Virginia Woolf” estão repletos não só de mergulhos profundos
numa escura depressão, mas também de momentos luminosos. É um guia
para a arte e a mente da escritora, divulgado por seu marido, Leonard Woolf, a
partir de um registro pessoal que ela manteve ao longo de 27 anos. Estão
incluídas passagens que se referem ao ofício da escrita, outras que são
claramente exercícios literários; relatos de pessoas e cenas relevantes para o
seu trabalho; e comentários sobre os livros que estava lendo. Virginia Woolf,
escritora inglesa, nasceu em 1882 e se tornou uma figura conhecida no período
entre a 1ª e a 2ª Guerra Mundial. Considerada a maior romancista do idioma
inglês, ela cometeu suicídio em 1941.
(1952), Ralph Ellison
Obra fundamental na formação intelectual de Barack Obama e um dos
romances fundamentais da comunidade negra norte-americana, “Homem
Invisível” narra a história de um jovem negro que se submete às humilhações
dos brancos para frequentar a universidade no sul dos Estados Unidos. Mesmo
fazendo tudo que o pediam, ele foi é expulso da instituição. Convencido de que
é o único culpado pelo acontecido, ele viaja em busca de um emprego no
Harlem, em Nova York, no início do século 20. Com o passar do tempo, entre
experiências frequentemente contraditórias, o protagonista conhece um mundo
muito diferente daquele que idealizara. Invisível para brancos racistas e
também para negros, ele deseja apenas ser como é.
(1923), Mary Shelley
Considerada a primeira obra de ficção científica da história, “Frankenstein” é
narrado por meio das cartas que o capitão Robert Walton escreve para a irmã.
Durante uma expedição marítima, o navio liderado por Walton fica preso
quando o mar se congela e ele avista Victor Frankenstein num trenó. Ele abriga
o homem, que lhe conta sua história de vida: Frankenstein, um cientista
dedicado e autodidata, encontrou o segredo da geração de vida e se dedicou
febrilmente a criar um ser humano gigantesco, mas abandonou a criatura. O
monstro, rejeitado e escorraçado pela sociedade, se voltou contra seu criador e
começou a atormentar a vida de todos que Frankenstein amava.
(1915), Franz Kafka
A metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais
importantes de toda a história da literatura. O texto coloca o leitor diante de um
caixeiro viajante, chamado Gregor Samsa, que abandona seus próprios
desejos para sustentar a família e ajudar os pais. Numa certa manhã, ele
acorda e percebe que está se transformando em um inseto monstruoso e
gigante. Sua primeira preocupação é chegar atrasado no trabalho, mas quando
abre a porta assusta a todos. A família insiste que Gregor, que é demitido, fique
isolado no quarto. Rejeitado por todos, o agora inseto passa por muitas
angústias, já que era o único responsável financeiramente pela casa.
(1854), Henry D. Thoreau
O livro é uma autobiografia escrita pelo pensador estadunidense Henry David
Thoreau. Insatisfeito com a complexidade da vida moderna, impulsionada pelo
avanço da industrialização e da urbanização, Thoreau propõe o retorno ao
simples. Em 1845, ele se retira para a floresta, onde constrói com as próprias
mãos seus móveis e sua casa, à beira do lago Walden. Ali, ele vive isolado por
dois anos, com o propósito de obter uma maior compreensão da sociedade e
de descobrir as necessidades essenciais da vida. Por meio dessa experiência,
o autor prova que uma vida simples e humilde é viável, contrariando a
sociedade capitalista.
(1847), de Charlotte Brontë
Jane Eyre, uma garota órfã e rebelde, vive na mansão de Gateshead Hall, sob
os cuidados de uma tia. Após um confronto com sua tutora, ela é enviada para
a escola Lowood, onde recebe uma rigorosa educação, tornando-se uma
mulher madura e independente. Formada e depois de ter trabalhado como
professora por dois anos em Lowood, ela aceita o emprego de tutora de Adèle,
na casa de Thornfield Hall. Aos poucos, ela começa a se aproximar de seu
patrão, o sr. Edward Rochester, e se apaixona por ele. Jane sente que
finalmente encontrou a felicidade, mas Rochester esconde segredos que
podem separá-los para sempre
(1794), de Xavier de Maistre
A partir da experiência de ter sido preso, Xavier de Maistre escreveu “Viagem
ao Redor do Meu Quarto”. Ao longo do livro, ele narra uma viagem de 42 dias
que fez dentro de seu quarto. Sem sair de seus aposentos, o autor encontra
objetos que o levam a refletir satiricamente sobre a morte, a amizade, o poder,
a sociedade e suas injustiças. Impossibilitado de abandonar aquelas quatro
paredes, Maistre as observa como se fossem paisagens de uma terra distante
e enaltece esta nova forma de viagem que, segundo ele, é ideal para pobres,
enfermos e preguiçosos. O livro tornou-se rapidamente um clássico da
literatura, inspirando outros grandes escritores, como Machado de Assis.

100
VEJA TAMBÉM

Bula de Livro: Pedro Páramo, de Juan Rulfo

O Peso do Pássaro Morto: Aline Bei tira Stanislavski do palco e leva para literatura

A escrita ríspida de Graciliano Ramos

Antonio Candido e a vontade brasileira de ter uma literatura e um país


MAIS LIDAS

O melhor filme da Netflix em 2022 acabou de estrear e você ainda não assistiu

O filme mais bonito que você verá, na Netflix, vai mexer com suas emoções e tocar sua
alma

Sua última chance de assistir na Netflix a um dos filmes mais brutais e impactantes da
história do cinema

Faça um favor a si mesmo e assista à nova série da Netflix, que mistura The Crown e
Bridgerton






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10/05/2021 - 10:28

A solidão pode ser angustiante, mas também carrega uma beleza escondida.
Segundo o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, somente quando estamos
sozinhos é que somos livres. A pandemia da Covid-19, somada à
superficialidade das relações digitais, tem nos afastado ainda mais dos outros.
Para transformar esses momentos de isolamento em experiências prazerosas,
a Bula reuniu em uma lista dez ótimos livros que são ótimas companhias. São
obras sobre pessoas solitárias e atormentadas pelas indiferenças, que
mostram que não estamos sozinhos em nossas angústias. Entre os livros
selecionados, estão “Homem Invisível” (1952), de Ralph Ellison; e “Walden ou
A Vida nos Bosques” (1854), de Henry D. Thoreau. Os títulos estão
organizados de acordo com o ano de lançamento: do mais recente para o mais
antigo.

(2012), Sabina Berman


Karen Nieto é uma criança que não sabe nem ao menos falar, quando sua
mãe, que a deixava sozinha em um cômodo escuro, morre. Isabelle, a tia da
menina, herda a empresa de pesca de atum da irmã, com surpresa a existência
de Karen, de quem começa a cuidar. Com um histórico de agressões sofridas e
tendo sido rejeitada pela mãe, Karen desenvolve a fala e passa a ter contato
com a sociedade graças ao esforço de sua tia. Diagnosticada com autismo
funcional, a menina surpreende os que a cercam em função de suas atitudes
inusitadas, ainda que seja mais inteligente do que a maioria das pessoas com
quem convive. Com seu jeito peculiar, Karen vai aos poucos se tornando uma
respeitável mulher e transforma a empresa familiar de pesca de atum em uma
companhia mundialmente reconhecida.
(1963), de Sylvia Plath
Dos subúrbios de Boston para uma prestigiosa universidade para mulheres. Do
campus para um estágio em Nova York. O mundo parece estar se abrindo para
Esther Greenwood, que agora trabalha na redação de uma revista feminina e
possui uma intensa vida social. Mas, um verão aparentemente promissor é o
gatilho da crise que leva a jovem do glamour a uma clínica psiquiátrica. Único
romance da poeta Sylvia Plath, “A Redoma de Vidro” é repleto de referências
autobiográficas. A narrativa é inspirada nos acontecimentos de 1952, quando
Plath tentou o suicídio e foi internada. Assim como a protagonista, a autora foi
uma estudante exemplar que sofreu uma grave depressão.
(1953), Virginia Woolf
“Os Diários de Virginia Woolf” estão repletos não só de mergulhos profundos
numa escura depressão, mas também de momentos luminosos. É um guia
para a arte e a mente da escritora, divulgado por seu marido, Leonard Woolf, a
partir de um registro pessoal que ela manteve ao longo de 27 anos. Estão
incluídas passagens que se referem ao ofício da escrita, outras que são
claramente exercícios literários; relatos de pessoas e cenas relevantes para o
seu trabalho; e comentários sobre os livros que estava lendo. Virginia Woolf,
escritora inglesa, nasceu em 1882 e se tornou uma figura conhecida no período
entre a 1ª e a 2ª Guerra Mundial. Considerada a maior romancista do idioma
inglês, ela cometeu suicídio em 1941.
(1952), Ralph Ellison
Obra fundamental na formação intelectual de Barack Obama e um dos
romances fundamentais da comunidade negra norte-americana, “Homem
Invisível” narra a história de um jovem negro que se submete às humilhações
dos brancos para frequentar a universidade no sul dos Estados Unidos. Mesmo
fazendo tudo que o pediam, ele foi é expulso da instituição. Convencido de que
é o único culpado pelo acontecido, ele viaja em busca de um emprego no
Harlem, em Nova York, no início do século 20. Com o passar do tempo, entre
experiências frequentemente contraditórias, o protagonista conhece um mundo
muito diferente daquele que idealizara. Invisível para brancos racistas e
também para negros, ele deseja apenas ser como é.
(1923), Mary Shelley
Considerada a primeira obra de ficção científica da história, “Frankenstein” é
narrado por meio das cartas que o capitão Robert Walton escreve para a irmã.
Durante uma expedição marítima, o navio liderado por Walton fica preso
quando o mar se congela e ele avista Victor Frankenstein num trenó. Ele abriga
o homem, que lhe conta sua história de vida: Frankenstein, um cientista
dedicado e autodidata, encontrou o segredo da geração de vida e se dedicou
febrilmente a criar um ser humano gigantesco, mas abandonou a criatura. O
monstro, rejeitado e escorraçado pela sociedade, se voltou contra seu criador e
começou a atormentar a vida de todos que Frankenstein amava.
(1915), Franz Kafka
A metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais
importantes de toda a história da literatura. O texto coloca o leitor diante de um
caixeiro viajante, chamado Gregor Samsa, que abandona seus próprios
desejos para sustentar a família e ajudar os pais. Numa certa manhã, ele
acorda e percebe que está se transformando em um inseto monstruoso e
gigante. Sua primeira preocupação é chegar atrasado no trabalho, mas quando
abre a porta assusta a todos. A família insiste que Gregor, que é demitido, fique
isolado no quarto. Rejeitado por todos, o agora inseto passa por muitas
angústias, já que era o único responsável financeiramente pela casa.
(1854), Henry D. Thoreau
O livro é uma autobiografia escrita pelo pensador estadunidense Henry David
Thoreau. Insatisfeito com a complexidade da vida moderna, impulsionada pelo
avanço da industrialização e da urbanização, Thoreau propõe o retorno ao
simples. Em 1845, ele se retira para a floresta, onde constrói com as próprias
mãos seus móveis e sua casa, à beira do lago Walden. Ali, ele vive isolado por
dois anos, com o propósito de obter uma maior compreensão da sociedade e
de descobrir as necessidades essenciais da vida. Por meio dessa experiência,
o autor prova que uma vida simples e humilde é viável, contrariando a
sociedade capitalista.
(1847), de Charlotte Brontë
Jane Eyre, uma garota órfã e rebelde, vive na mansão de Gateshead Hall, sob
os cuidados de uma tia. Após um confronto com sua tutora, ela é enviada para
a escola Lowood, onde recebe uma rigorosa educação, tornando-se uma
mulher madura e independente. Formada e depois de ter trabalhado como
professora por dois anos em Lowood, ela aceita o emprego de tutora de Adèle,
na casa de Thornfield Hall. Aos poucos, ela começa a se aproximar de seu
patrão, o sr. Edward Rochester, e se apaixona por ele. Jane sente que
finalmente encontrou a felicidade, mas Rochester esconde segredos que
podem separá-los para sempre
(1794), de Xavier de Maistre
A partir da experiência de ter sido preso, Xavier de Maistre escreveu “Viagem
ao Redor do Meu Quarto”. Ao longo do livro, ele narra uma viagem de 42 dias
que fez dentro de seu quarto. Sem sair de seus aposentos, o autor encontra
objetos que o levam a refletir satiricamente sobre a morte, a amizade, o poder,
a sociedade e suas injustiças. Impossibilitado de abandonar aquelas quatro
paredes, Maistre as observa como se fossem paisagens de uma terra distante
e enaltece esta nova forma de viagem que, segundo ele, é ideal para pobres,
enfermos e preguiçosos. O livro tornou-se rapidamente um clássico da
literatura, inspirando outros grandes escritores, como Machado de Assis.

100
VEJA TAMBÉM

Bula de Livro: Pedro Páramo, de Juan Rulfo

O Peso do Pássaro Morto: Aline Bei tira Stanislavski do palco e leva para literatura

A escrita ríspida de Graciliano Ramos

Antonio Candido e a vontade brasileira de ter uma literatura e um país


MAIS LIDAS

O melhor filme da Netflix em 2022 acabou de estrear e você ainda não assistiu

O filme mais bonito que você verá, na Netflix, vai mexer com suas emoções e tocar sua
alma

Sua última chance de assistir na Netflix a um dos filmes mais brutais e impactantes da
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POR MARIANA FELIPE
EM LIVROS
10/05/2021 - 10:28

A solidão pode ser angustiante, mas também carrega uma beleza escondida.
Segundo o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, somente quando estamos
sozinhos é que somos livres. A pandemia da Covid-19, somada à
superficialidade das relações digitais, tem nos afastado ainda mais dos outros.
Para transformar esses momentos de isolamento em experiências prazerosas,
a Bula reuniu em uma lista dez ótimos livros que são ótimas companhias. São
obras sobre pessoas solitárias e atormentadas pelas indiferenças, que
mostram que não estamos sozinhos em nossas angústias. Entre os livros
selecionados, estão “Homem Invisível” (1952), de Ralph Ellison; e “Walden ou
A Vida nos Bosques” (1854), de Henry D. Thoreau. Os títulos estão
organizados de acordo com o ano de lançamento: do mais recente para o mais
antigo.

(2012), Sabina Berman


Karen Nieto é uma criança que não sabe nem ao menos falar, quando sua
mãe, que a deixava sozinha em um cômodo escuro, morre. Isabelle, a tia da
menina, herda a empresa de pesca de atum da irmã, com surpresa a existência
de Karen, de quem começa a cuidar. Com um histórico de agressões sofridas e
tendo sido rejeitada pela mãe, Karen desenvolve a fala e passa a ter contato
com a sociedade graças ao esforço de sua tia. Diagnosticada com autismo
funcional, a menina surpreende os que a cercam em função de suas atitudes
inusitadas, ainda que seja mais inteligente do que a maioria das pessoas com
quem convive. Com seu jeito peculiar, Karen vai aos poucos se tornando uma
respeitável mulher e transforma a empresa familiar de pesca de atum em uma
companhia mundialmente reconhecida.
(1963), de Sylvia Plath
Dos subúrbios de Boston para uma prestigiosa universidade para mulheres. Do
campus para um estágio em Nova York. O mundo parece estar se abrindo para
Esther Greenwood, que agora trabalha na redação de uma revista feminina e
possui uma intensa vida social. Mas, um verão aparentemente promissor é o
gatilho da crise que leva a jovem do glamour a uma clínica psiquiátrica. Único
romance da poeta Sylvia Plath, “A Redoma de Vidro” é repleto de referências
autobiográficas. A narrativa é inspirada nos acontecimentos de 1952, quando
Plath tentou o suicídio e foi internada. Assim como a protagonista, a autora foi
uma estudante exemplar que sofreu uma grave depressão.
(1953), Virginia Woolf
“Os Diários de Virginia Woolf” estão repletos não só de mergulhos profundos
numa escura depressão, mas também de momentos luminosos. É um guia
para a arte e a mente da escritora, divulgado por seu marido, Leonard Woolf, a
partir de um registro pessoal que ela manteve ao longo de 27 anos. Estão
incluídas passagens que se referem ao ofício da escrita, outras que são
claramente exercícios literários; relatos de pessoas e cenas relevantes para o
seu trabalho; e comentários sobre os livros que estava lendo. Virginia Woolf,
escritora inglesa, nasceu em 1882 e se tornou uma figura conhecida no período
entre a 1ª e a 2ª Guerra Mundial. Considerada a maior romancista do idioma
inglês, ela cometeu suicídio em 1941.
(1952), Ralph Ellison
Obra fundamental na formação intelectual de Barack Obama e um dos
romances fundamentais da comunidade negra norte-americana, “Homem
Invisível” narra a história de um jovem negro que se submete às humilhações
dos brancos para frequentar a universidade no sul dos Estados Unidos. Mesmo
fazendo tudo que o pediam, ele foi é expulso da instituição. Convencido de que
é o único culpado pelo acontecido, ele viaja em busca de um emprego no
Harlem, em Nova York, no início do século 20. Com o passar do tempo, entre
experiências frequentemente contraditórias, o protagonista conhece um mundo
muito diferente daquele que idealizara. Invisível para brancos racistas e
também para negros, ele deseja apenas ser como é.
(1923), Mary Shelley
Considerada a primeira obra de ficção científica da história, “Frankenstein” é
narrado por meio das cartas que o capitão Robert Walton escreve para a irmã.
Durante uma expedição marítima, o navio liderado por Walton fica preso
quando o mar se congela e ele avista Victor Frankenstein num trenó. Ele abriga
o homem, que lhe conta sua história de vida: Frankenstein, um cientista
dedicado e autodidata, encontrou o segredo da geração de vida e se dedicou
febrilmente a criar um ser humano gigantesco, mas abandonou a criatura. O
monstro, rejeitado e escorraçado pela sociedade, se voltou contra seu criador e
começou a atormentar a vida de todos que Frankenstein amava.
(1915), Franz Kafka
A metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais
importantes de toda a história da literatura. O texto coloca o leitor diante de um
caixeiro viajante, chamado Gregor Samsa, que abandona seus próprios
desejos para sustentar a família e ajudar os pais. Numa certa manhã, ele
acorda e percebe que está se transformando em um inseto monstruoso e
gigante. Sua primeira preocupação é chegar atrasado no trabalho, mas quando
abre a porta assusta a todos. A família insiste que Gregor, que é demitido, fique
isolado no quarto. Rejeitado por todos, o agora inseto passa por muitas
angústias, já que era o único responsável financeiramente pela casa.
(1854), Henry D. Thoreau
O livro é uma autobiografia escrita pelo pensador estadunidense Henry David
Thoreau. Insatisfeito com a complexidade da vida moderna, impulsionada pelo
avanço da industrialização e da urbanização, Thoreau propõe o retorno ao
simples. Em 1845, ele se retira para a floresta, onde constrói com as próprias
mãos seus móveis e sua casa, à beira do lago Walden. Ali, ele vive isolado por
dois anos, com o propósito de obter uma maior compreensão da sociedade e
de descobrir as necessidades essenciais da vida. Por meio dessa experiência,
o autor prova que uma vida simples e humilde é viável, contrariando a
sociedade capitalista.
(1847), de Charlotte Brontë
Jane Eyre, uma garota órfã e rebelde, vive na mansão de Gateshead Hall, sob
os cuidados de uma tia. Após um confronto com sua tutora, ela é enviada para
a escola Lowood, onde recebe uma rigorosa educação, tornando-se uma
mulher madura e independente. Formada e depois de ter trabalhado como
professora por dois anos em Lowood, ela aceita o emprego de tutora de Adèle,
na casa de Thornfield Hall. Aos poucos, ela começa a se aproximar de seu
patrão, o sr. Edward Rochester, e se apaixona por ele. Jane sente que
finalmente encontrou a felicidade, mas Rochester esconde segredos que
podem separá-los para sempre
(1794), de Xavier de Maistre
A partir da experiência de ter sido preso, Xavier de Maistre escreveu “Viagem
ao Redor do Meu Quarto”. Ao longo do livro, ele narra uma viagem de 42 dias
que fez dentro de seu quarto. Sem sair de seus aposentos, o autor encontra
objetos que o levam a refletir satiricamente sobre a morte, a amizade, o poder,
a sociedade e suas injustiças. Impossibilitado de abandonar aquelas quatro
paredes, Maistre as observa como se fossem paisagens de uma terra distante
e enaltece esta nova forma de viagem que, segundo ele, é ideal para pobres,
enfermos e preguiçosos. O livro tornou-se rapidamente um clássico da
literatura, inspirando outros grandes escritores, como Machado de Assis.

100
VEJA TAMBÉM

Bula de Livro: Pedro Páramo, de Juan Rulfo

O Peso do Pássaro Morto: Aline Bei tira Stanislavski do palco e leva para literatura

A escrita ríspida de Graciliano Ramos

Antonio Candido e a vontade brasileira de ter uma literatura e um país


MAIS LIDAS

O melhor filme da Netflix em 2022 acabou de estrear e você ainda não assistiu

O filme mais bonito que você verá, na Netflix, vai mexer com suas emoções e tocar sua
alma

Sua última chance de assistir na Netflix a um dos filmes mais brutais e impactantes da
história do cinema

Faça um favor a si mesmo e assista à nova série da Netflix, que mistura The Crown e
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POR MARIANA FELIPE
EM LIVROS
10/05/2021 - 10:28

A solidão pode ser angustiante, mas também carrega uma beleza escondida.
Segundo o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, somente quando estamos
sozinhos é que somos livres. A pandemia da Covid-19, somada à
superficialidade das relações digitais, tem nos afastado ainda mais dos outros.
Para transformar esses momentos de isolamento em experiências prazerosas,
a Bula reuniu em uma lista dez ótimos livros que são ótimas companhias. São
obras sobre pessoas solitárias e atormentadas pelas indiferenças, que
mostram que não estamos sozinhos em nossas angústias. Entre os livros
selecionados, estão “Homem Invisível” (1952), de Ralph Ellison; e “Walden ou
A Vida nos Bosques” (1854), de Henry D. Thoreau. Os títulos estão
organizados de acordo com o ano de lançamento: do mais recente para o mais
antigo.

(2012), Sabina Berman


Karen Nieto é uma criança que não sabe nem ao menos falar, quando sua
mãe, que a deixava sozinha em um cômodo escuro, morre. Isabelle, a tia da
menina, herda a empresa de pesca de atum da irmã, com surpresa a existência
de Karen, de quem começa a cuidar. Com um histórico de agressões sofridas e
tendo sido rejeitada pela mãe, Karen desenvolve a fala e passa a ter contato
com a sociedade graças ao esforço de sua tia. Diagnosticada com autismo
funcional, a menina surpreende os que a cercam em função de suas atitudes
inusitadas, ainda que seja mais inteligente do que a maioria das pessoas com
quem convive. Com seu jeito peculiar, Karen vai aos poucos se tornando uma
respeitável mulher e transforma a empresa familiar de pesca de atum em uma
companhia mundialmente reconhecida.
(1963), de Sylvia Plath
Dos subúrbios de Boston para uma prestigiosa universidade para mulheres. Do
campus para um estágio em Nova York. O mundo parece estar se abrindo para
Esther Greenwood, que agora trabalha na redação de uma revista feminina e
possui uma intensa vida social. Mas, um verão aparentemente promissor é o
gatilho da crise que leva a jovem do glamour a uma clínica psiquiátrica. Único
romance da poeta Sylvia Plath, “A Redoma de Vidro” é repleto de referências
autobiográficas. A narrativa é inspirada nos acontecimentos de 1952, quando
Plath tentou o suicídio e foi internada. Assim como a protagonista, a autora foi
uma estudante exemplar que sofreu uma grave depressão.
(1953), Virginia Woolf
“Os Diários de Virginia Woolf” estão repletos não só de mergulhos profundos
numa escura depressão, mas também de momentos luminosos. É um guia
para a arte e a mente da escritora, divulgado por seu marido, Leonard Woolf, a
partir de um registro pessoal que ela manteve ao longo de 27 anos. Estão
incluídas passagens que se referem ao ofício da escrita, outras que são
claramente exercícios literários; relatos de pessoas e cenas relevantes para o
seu trabalho; e comentários sobre os livros que estava lendo. Virginia Woolf,
escritora inglesa, nasceu em 1882 e se tornou uma figura conhecida no período
entre a 1ª e a 2ª Guerra Mundial. Considerada a maior romancista do idioma
inglês, ela cometeu suicídio em 1941.
(1952), Ralph Ellison
Obra fundamental na formação intelectual de Barack Obama e um dos
romances fundamentais da comunidade negra norte-americana, “Homem
Invisível” narra a história de um jovem negro que se submete às humilhações
dos brancos para frequentar a universidade no sul dos Estados Unidos. Mesmo
fazendo tudo que o pediam, ele foi é expulso da instituição. Convencido de que
é o único culpado pelo acontecido, ele viaja em busca de um emprego no
Harlem, em Nova York, no início do século 20. Com o passar do tempo, entre
experiências frequentemente contraditórias, o protagonista conhece um mundo
muito diferente daquele que idealizara. Invisível para brancos racistas e
também para negros, ele deseja apenas ser como é.
(1923), Mary Shelley
Considerada a primeira obra de ficção científica da história, “Frankenstein” é
narrado por meio das cartas que o capitão Robert Walton escreve para a irmã.
Durante uma expedição marítima, o navio liderado por Walton fica preso
quando o mar se congela e ele avista Victor Frankenstein num trenó. Ele abriga
o homem, que lhe conta sua história de vida: Frankenstein, um cientista
dedicado e autodidata, encontrou o segredo da geração de vida e se dedicou
febrilmente a criar um ser humano gigantesco, mas abandonou a criatura. O
monstro, rejeitado e escorraçado pela sociedade, se voltou contra seu criador e
começou a atormentar a vida de todos que Frankenstein amava.
(1915), Franz Kafka
A metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais
importantes de toda a história da literatura. O texto coloca o leitor diante de um
caixeiro viajante, chamado Gregor Samsa, que abandona seus próprios
desejos para sustentar a família e ajudar os pais. Numa certa manhã, ele
acorda e percebe que está se transformando em um inseto monstruoso e
gigante. Sua primeira preocupação é chegar atrasado no trabalho, mas quando
abre a porta assusta a todos. A família insiste que Gregor, que é demitido, fique
isolado no quarto. Rejeitado por todos, o agora inseto passa por muitas
angústias, já que era o único responsável financeiramente pela casa.
(1854), Henry D. Thoreau
O livro é uma autobiografia escrita pelo pensador estadunidense Henry David
Thoreau. Insatisfeito com a complexidade da vida moderna, impulsionada pelo
avanço da industrialização e da urbanização, Thoreau propõe o retorno ao
simples. Em 1845, ele se retira para a floresta, onde constrói com as próprias
mãos seus móveis e sua casa, à beira do lago Walden. Ali, ele vive isolado por
dois anos, com o propósito de obter uma maior compreensão da sociedade e
de descobrir as necessidades essenciais da vida. Por meio dessa experiência,
o autor prova que uma vida simples e humilde é viável, contrariando a
sociedade capitalista.
(1847), de Charlotte Brontë
Jane Eyre, uma garota órfã e rebelde, vive na mansão de Gateshead Hall, sob
os cuidados de uma tia. Após um confronto com sua tutora, ela é enviada para
a escola Lowood, onde recebe uma rigorosa educação, tornando-se uma
mulher madura e independente. Formada e depois de ter trabalhado como
professora por dois anos em Lowood, ela aceita o emprego de tutora de Adèle,
na casa de Thornfield Hall. Aos poucos, ela começa a se aproximar de seu
patrão, o sr. Edward Rochester, e se apaixona por ele. Jane sente que
finalmente encontrou a felicidade, mas Rochester esconde segredos que
podem separá-los para sempre
(1794), de Xavier de Maistre
A partir da experiência de ter sido preso, Xavier de Maistre escreveu “Viagem
ao Redor do Meu Quarto”. Ao longo do livro, ele narra uma viagem de 42 dias
que fez dentro de seu quarto. Sem sair de seus aposentos, o autor encontra
objetos que o levam a refletir satiricamente sobre a morte, a amizade, o poder,
a sociedade e suas injustiças. Impossibilitado de abandonar aquelas quatro
paredes, Maistre as observa como se fossem paisagens de uma terra distante
e enaltece esta nova forma de viagem que, segundo ele, é ideal para pobres,
enfermos e preguiçosos. O livro tornou-se rapidamente um clássico da
literatura, inspirando outros grandes escritores, como Machado de Assis.

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10 ótimos livros para ler em momentos de solidão


POR MARIANA FELIPE
EM LIVROS
10/05/2021 - 10:28

A solidão pode ser angustiante, mas também carrega uma beleza escondida.
Segundo o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, somente quando estamos
sozinhos é que somos livres. A pandemia da Covid-19, somada à
superficialidade das relações digitais, tem nos afastado ainda mais dos outros.
Para transformar esses momentos de isolamento em experiências prazerosas,
a Bula reuniu em uma lista dez ótimos livros que são ótimas companhias. São
obras sobre pessoas solitárias e atormentadas pelas indiferenças, que
mostram que não estamos sozinhos em nossas angústias. Entre os livros
selecionados, estão “Homem Invisível” (1952), de Ralph Ellison; e “Walden ou
A Vida nos Bosques” (1854), de Henry D. Thoreau. Os títulos estão
organizados de acordo com o ano de lançamento: do mais recente para o mais
antigo.

(2012), Sabina Berman


Karen Nieto é uma criança que não sabe nem ao menos falar, quando sua
mãe, que a deixava sozinha em um cômodo escuro, morre. Isabelle, a tia da
menina, herda a empresa de pesca de atum da irmã, com surpresa a existência
de Karen, de quem começa a cuidar. Com um histórico de agressões sofridas e
tendo sido rejeitada pela mãe, Karen desenvolve a fala e passa a ter contato
com a sociedade graças ao esforço de sua tia. Diagnosticada com autismo
funcional, a menina surpreende os que a cercam em função de suas atitudes
inusitadas, ainda que seja mais inteligente do que a maioria das pessoas com
quem convive. Com seu jeito peculiar, Karen vai aos poucos se tornando uma
respeitável mulher e transforma a empresa familiar de pesca de atum em uma
companhia mundialmente reconhecida.
(1963), de Sylvia Plath
Dos subúrbios de Boston para uma prestigiosa universidade para mulheres. Do
campus para um estágio em Nova York. O mundo parece estar se abrindo para
Esther Greenwood, que agora trabalha na redação de uma revista feminina e
possui uma intensa vida social. Mas, um verão aparentemente promissor é o
gatilho da crise que leva a jovem do glamour a uma clínica psiquiátrica. Único
romance da poeta Sylvia Plath, “A Redoma de Vidro” é repleto de referências
autobiográficas. A narrativa é inspirada nos acontecimentos de 1952, quando
Plath tentou o suicídio e foi internada. Assim como a protagonista, a autora foi
uma estudante exemplar que sofreu uma grave depressão.
(1953), Virginia Woolf
“Os Diários de Virginia Woolf” estão repletos não só de mergulhos profundos
numa escura depressão, mas também de momentos luminosos. É um guia
para a arte e a mente da escritora, divulgado por seu marido, Leonard Woolf, a
partir de um registro pessoal que ela manteve ao longo de 27 anos. Estão
incluídas passagens que se referem ao ofício da escrita, outras que são
claramente exercícios literários; relatos de pessoas e cenas relevantes para o
seu trabalho; e comentários sobre os livros que estava lendo. Virginia Woolf,
escritora inglesa, nasceu em 1882 e se tornou uma figura conhecida no período
entre a 1ª e a 2ª Guerra Mundial. Considerada a maior romancista do idioma
inglês, ela cometeu suicídio em 1941.
(1952), Ralph Ellison
Obra fundamental na formação intelectual de Barack Obama e um dos
romances fundamentais da comunidade negra norte-americana, “Homem
Invisível” narra a história de um jovem negro que se submete às humilhações
dos brancos para frequentar a universidade no sul dos Estados Unidos. Mesmo
fazendo tudo que o pediam, ele foi é expulso da instituição. Convencido de que
é o único culpado pelo acontecido, ele viaja em busca de um emprego no
Harlem, em Nova York, no início do século 20. Com o passar do tempo, entre
experiências frequentemente contraditórias, o protagonista conhece um mundo
muito diferente daquele que idealizara. Invisível para brancos racistas e
também para negros, ele deseja apenas ser como é.
(1923), Mary Shelley
Considerada a primeira obra de ficção científica da história, “Frankenstein” é
narrado por meio das cartas que o capitão Robert Walton escreve para a irmã.
Durante uma expedição marítima, o navio liderado por Walton fica preso
quando o mar se congela e ele avista Victor Frankenstein num trenó. Ele abriga
o homem, que lhe conta sua história de vida: Frankenstein, um cientista
dedicado e autodidata, encontrou o segredo da geração de vida e se dedicou
febrilmente a criar um ser humano gigantesco, mas abandonou a criatura. O
monstro, rejeitado e escorraçado pela sociedade, se voltou contra seu criador e
começou a atormentar a vida de todos que Frankenstein amava.
(1915), Franz Kafka
A metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais
importantes de toda a história da literatura. O texto coloca o leitor diante de um
caixeiro viajante, chamado Gregor Samsa, que abandona seus próprios
desejos para sustentar a família e ajudar os pais. Numa certa manhã, ele
acorda e percebe que está se transformando em um inseto monstruoso e
gigante. Sua primeira preocupação é chegar atrasado no trabalho, mas quando
abre a porta assusta a todos. A família insiste que Gregor, que é demitido, fique
isolado no quarto. Rejeitado por todos, o agora inseto passa por muitas
angústias, já que era o único responsável financeiramente pela casa.
(1854), Henry D. Thoreau
O livro é uma autobiografia escrita pelo pensador estadunidense Henry David
Thoreau. Insatisfeito com a complexidade da vida moderna, impulsionada pelo
avanço da industrialização e da urbanização, Thoreau propõe o retorno ao
simples. Em 1845, ele se retira para a floresta, onde constrói com as próprias
mãos seus móveis e sua casa, à beira do lago Walden. Ali, ele vive isolado por
dois anos, com o propósito de obter uma maior compreensão da sociedade e
de descobrir as necessidades essenciais da vida. Por meio dessa experiência,
o autor prova que uma vida simples e humilde é viável, contrariando a
sociedade capitalista.
(1847), de Charlotte Brontë
Jane Eyre, uma garota órfã e rebelde, vive na mansão de Gateshead Hall, sob
os cuidados de uma tia. Após um confronto com sua tutora, ela é enviada para
a escola Lowood, onde recebe uma rigorosa educação, tornando-se uma
mulher madura e independente. Formada e depois de ter trabalhado como
professora por dois anos em Lowood, ela aceita o emprego de tutora de Adèle,
na casa de Thornfield Hall. Aos poucos, ela começa a se aproximar de seu
patrão, o sr. Edward Rochester, e se apaixona por ele. Jane sente que
finalmente encontrou a felicidade, mas Rochester esconde segredos que
podem separá-los para sempre
(1794), de Xavier de Maistre
A partir da experiência de ter sido preso, Xavier de Maistre escreveu “Viagem
ao Redor do Meu Quarto”. Ao longo do livro, ele narra uma viagem de 42 dias
que fez dentro de seu quarto. Sem sair de seus aposentos, o autor encontra
objetos que o levam a refletir satiricamente sobre a morte, a amizade, o poder,
a sociedade e suas injustiças. Impossibilitado de abandonar aquelas quatro
paredes, Maistre as observa como se fossem paisagens de uma terra distante
e enaltece esta nova forma de viagem que, segundo ele, é ideal para pobres,
enfermos e preguiçosos. O livro tornou-se rapidamente um clássico da
literatura, inspirando outros grandes escritores, como Machado de Assis.

100
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