Você está na página 1de 2

Ser pessoa livre

Algumas preguntas antes de começar:


O que é a liberdade?
Aonde me pode levar a minha liberdade?
A liberdade é algo que vivo individualmente ou de forma partilhada?
Quem é o centro da minha liberdade?

Filme: Into the wild (2h28: 1ª parte início até capítulo 3, Início da idade adulta
[1h14])

Reflexão sobre a liberdade

Lado Selvagem, Into the Wild


Título original: Into the wild (1996) Direção: Sean Penn
Sinopse:
Baseado no caso real de Christopher McCandless, um jovem de vinte e dois anos que,
ao terminar a faculdade, doou todo o seu dinheiro a uma instituição de caridade, mudou
de identidade e partiu em busca de uma experiência genuína que transcendesse o
materialismo do quotidiano, O Lado Selvagem. Começando a sua viagem pelo Oeste
americano, Christopher dá igualmente início a uma aventura que mais tarde viria a
encher as páginas dos jornais e que termina com a sua morte no Alasca. Uma morte
misteriosa? Acidental ou propositada? Um livro comovente que cativa o leitor pela
forma como é retratada a força indomável de um espírito rebelde e lírico.

Baseado em acontecimentos reais


Este filme conta-nos a história do jovem Christopher McCandless (Emile Hirsch) que,
depois de terminar os estudos universitários na Universidade de Emory, em
Antropologia e História, decidiu deixar para trás uma família disfuncional e uma
sociedade interpretada por ele como vazia, materialista, corrupta e consumista.
Abandona estas duas realidades para procurar na solidão da Natureza a Verdade.
Este mito romântico em que Deus é substituído pela Natureza teve a sua gênese no
pensamento do filósofo ilustrado Jean Jaques Rousseau. Este mito teve continuação em
Walden, a autobiografia do escritor Henry David Thoreau (1817-1862). Esta obra de
Thoreau é considerada como uma viagem espiritual para alcançar a independência
pessoal. Considerada ainda por muitos como um manual para a independência.
Cris é um rapaz muito inteligente que idolatra os ideias de Rosseau e London: a
natureza é o único lugar onde a vida autêntica ainda é possível.

Pressupostos de Christopher:
Viagem/Partida: motivação: escala de valores diferentes aos da sociedade em geral;
segredos de família; decepção;
 Sociedade: vazia e materialista.
 Natureza = ingenuiudade = pureza = verdade
 Fascínio pela natureza: Jack London, novelista do princípio do século XX,
converteu a Natureza selvagem no único lugar aonde ainda era possível uma
vida humana autêntica. A influência da sua novela The call of the wild (1903)
faz com que o inóspito Alasca se converta para Christopher no território mítico
onde procurar a Verdade.
 Encontros/solidariedade: ao longo do caminho cruza-se com pessoas, sorrisos e
mãos extendidas.
 Autocarro Mágico: Experiência; observação; contacto profundo e solitário com a
natureza; autossuficiência.
 Literatura e realidade, London é questionado: a falsidade do mito de uma
natureza benévola criado por Rossoeau. Como já advertia Schopenhauer: a
natureza não está feita para o homem, antes pelo contrário, é cruele e amoral.
 O rio cresce: a natureza apresenta-se como obstáculo. Momentos em que
descobre que baste se solidão.
 Tolstoi: a felicidade não tem sentido se não for partilhada, conclui o
protagonista. Ou como já dizia Aristóteles, o ser humano é social por natureza.
Mesmo que o final tenha um sabor amargo, Christopher queria viver e partilhar, por isso
sorria naquela última foto que se encontrou na sua câmara.

No dia 6 de setembro de 1992 uns caçadores de alces encontraram o seu corpo junto a
uma nota que dizia: “S.O.S, necessito da sua ajuda. Estou ferido, quase a morrer, e
demasiado débil para fazer uma caminhada. Estou completamente só, não é nenhuma
piada. Em nome de Deus, por favor, permaneçam aqui para me salvar. Estou a colher
bagas perto daqui e voltarei esta tarde. Obrigado, Chris McCandless. Agosto.”

Frases:

Você também pode gostar