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Albert Camus

"Não ser amado é falta de sorte, mas não amar


é a própria infelicidade."
quem é Albert Camus?
"Antes, a questão era descobrir se a vida
precisava de ter algum significado para ser
vivida. Agora, ao contrário, ficou evidente que
ela será vivida melhor se não tiver
significado."
História:
Camus foi um escritor, jornalista e dramaturgo de origem
argelina, Nascido durante a ocupação francesa, em 7 de
novembro de 1913, sendo filho de camponeses e órfão por
parte de pai, camus enfrentava a pobreza, em paralelo ele
nutriu paixão pelo futebol.
Em busca de curar-se, saiu em viagem pela Europa, onde
obteve inspirações para algums de suas obras ( as
coletâneas “O Avesso e o Direito” de 1937 e “Noces” de 1939.)

"Vou-lhe dizer um grande segredo, meu caro. Não


espere o juízo final. Ele realiza-se todos os dias."
Ele se filiou ao Partido Comunista Francês Em 1938, ele se mudou para a França,
e ao Partido do Povo da Argélia em 1934, onde se aproximou do filósofo Jean-Paul
colaborando com jornais revolucionários. Sartre e juntos lançaram o jornal de
Ele era apaixonado pelo teatro e criou a esquerda “Combat” em 1941. Em 1942,
companhia L’Equipe, onde trabalhava durante a Segunda Guerra Mundial, Albert
como ator e diretor. Algumas de suas Camus publicou seus romances mais
peças foram proibidas, como a “Revolta famosos: “O Estrangeiro” e “O Mito de
das Astúrias” em 1936. Sísifo”. Nessas obras, ele explorou o tema
do absurdo da vida humana, revelando ao
público a situação humana diante dos
vários desafios da vida.

"Não quero ser um gênio... Já tenho


problemas suficientes ao tentar ser um
homem."
Com essa abordagem, Camus se destacou no campo da filosofia, questionando
os desejos e os dilemas que existem entre a felicidade e o sofrimento. Essa
característica essencial de sua obra originou o movimento chamado
posteriormente de “estética do absurdo”.
Depois do fim do nazismo, duas peças de sua autoria se destacaram: “O Mal
Entendido” de 1944 e “Calígula” de 1945. No ano seguinte, ele viajou para os
Estados Unidos, onde teve uma recepção mista: elogios dos estudantes e
indiferença das autoridades.
Em 1947, ele lançou “A Peste”, um romance traduzido para o português por
Graciliano Ramos. Em 1949, ele fez uma viagem à América do Sul para dar
palestras e visitou o Brasil. Ele foi recebido com honras pelo adido cultural
francês e por Oswald de Andrade, e assistiu a um jogo de futebol.

"Toda a infelicidade dos homens nasce da esperança."


O Homem Revoltado foi um livro de Albert Camus que abordou a revolta humana em
diferentes aspectos. Ele gerou uma polêmica com Sartre e outros pensadores de
esquerda, que o acusaram de ser reacionário.
Albert Camus faleceu em um acidente de carro em 1960, deixando um romance
inacabado sobre sua vida. O livro foi publicado 34 anos depois. Ele está sepultado em
Lourmarin, na França.

"Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais
perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é
um dom para o futuro."
Obras filosoficas:
1°. "O Mito de Sísifo": Publicado em 1942, é uma obra filosófica profunda que se debruça
sobre a ideia de que a vida é inerentemente sem sentido. O livro explora o conceito do
absurdo e como os seres humanos podem encontrar significado em um mundo sem
sentido ².
2°. "O Homem Revoltado": Publicado em 1951, é uma obra que explora a ideia da revolta
humana contra a injustiça e a opressão. Camus argumenta que a revolta é uma
resposta natural à opressão e que os seres humanos devem se rebelar contra as
forças que os oprimem ⁵.
3°. "Cartas a um Amigo Alemão": Publicado em 1948, é uma coleção de cartas escritas
por Camus para um amigo alemão durante a Segunda Guerra Mundial. As cartas
exploram temas como a resistência, a liberdade e a responsabilidade individual ⁶.
O mito de sísifo.
"É necessário imaginar Sísifo feliz"
Tese.
"Só existe um problema filosófico realmente sério: o Já o suicídio filosofico, ou salto da fé, é o que
suicídio. Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser diz que a resposta para essa pergunta está
vivida é responder à pergunta fundamental da além do absurdo, além de qualquer tipo de
filosofia." compreensão humana. Para camus, o
O absurdo é o conflito entre a necessidade e ao problema não seria crer em deus ou ter fé, e
mesmo tempo a incapacidade do ser humano de sim deixar de viver o agora por acreditar que
dar significado a tudo. o significado ira aparecer depois, no caso,
depois da vida.
pra camus à três respostas para essa pergunta: o
suicídio físico, o suicídio filosofico e a aceitação. por fim tem a aceitação, aceitar o absurdo,
o suicídio físico séria bem oque nos vem a mente, onde, para isso, camus usa comp exemplo o
literalmente abrir mão da vida, o que mito de sísifo.
definitivamente não é a resposta, está mais para um
meio de não ter de responde-la.
Quem é sísifo?
Sísifo era um rei inteligente e esperto que fez um acordo com Asopo, o deus
dos rios, para revelar que Zeus havia sequestrado sua filha Egina. Em
troca, ele ganhou uma fonte de água para sua cidade. Zeus ficou furioso e
mandou Tânato, o deus da morte, buscá-lo. Mas Sísifo enganou Tânato e o
prendeu com uma corrente. Com isso, ninguém mais morria na Terra. Ares,
o deus da guerra, libertou Tânato e ordenou que ele levasse Sísifo para o
submundo. Sísifo pediu à sua esposa que não o enterrasse e, ao chegar no
inferno, reclamou com Perséfone, a rainha dos mortos. Ele pediu para
voltar ao mundo dos vivos por um dia, para se vingar da esposa e fazer os
rituais fúnebres. Perséfone concedeu o pedido, mas Sísifo fugiu com a
esposa e viveu até a velhice. Quando Sísifo morreu novamente, Zeus enviou
Hermes para levá-lo ao tártaro, onde ele foi condenado a rolar uma pedra
montanha acima todos os dias, sem nunca alcançar o topo.
Aceitação
porque tão trágico soa esse castigo? Creio que seja pela consciência de que
seja inútil continuar a empurrar a pedra, um trabalho totalmente em vão,
que dever ser feito para sempre.
camus diz que, ao a pedra rolar novamente à base da montanha, é neste
momento que sisifo toma consciência do absurdo

todos nós, todos os dias, semanas, anos, décadas, séculos e milênios como
humanidade, carregamos a pedra até o topo e a vemos ela rolar para a
base novamente .

Não é enquanto estamos rolando a pedra que encaramos o suicídio, e sim


quando descemos e refletimos o porquê o fazemos, qual o sentido em
continuar?
mas para camus, se a vida é ou nos parece absurda, somos livres para criar Para afinal resolver o
nós mesmo um significado pra vida problema do suicidio,
devemos nós mesmos
criar um significado,
"Assim, eu extraio do absurdo três consequências que são minha revolta, criar um significado
minha liberdade e minha paixão. Apenas com o jogo da consciência para todos os dias de
transformo em regra de vida o que era convite à morte e recuso o suicídio. sua vida ter que rolar
Conheço, sem dúvida, a surda ressonância que se estende ao longo desses aquela pedra so topo
dias. Mas só tenho uma palavra a dizer: é que ela é necessária. Quando do penhasco, essa é a
Nietzsche escreve: "Parece claramente que a coisa mais importante no céu e maneira.
sobre a terra é obedecer por muito tempo e numa mesma direção: como
passar dos dias, surge daí alguma coisa pela qual nos vale a pena viver "A própria luta em
sobre esta terra como, por exemplo, a virtude, a arte, a música, a dança, a direção as alturas é o
razão, o espírito. Alguma coisa que transfigura, alguma coisa de refinado, suficiente pra
de louco ou de divino", ele ilustra uma moral de grande discernimento. Mas preencher o coração
também mostra o caminho do absurdo. Obedecer à chama é ao mesmo de um homem, deve-
tempo o que há de mais fácil e de mais difícil. É bom, contudo, que o se imaginar sísifo
homem, confrontando-se com a dificuldade, se julgue de vez em quando." feliz."
O Homem Revoltado.

"O que é um homem revoltado? Um homem


que diz não."
O Homem Revoltado.
"O Homem Revoltado" é um livro escrito por Albert Camus,
publicado em 1951, que explora a relação entre a revolta humana
e o absurdo da vida. Camus argumenta que a revolta é a resposta
natural à falta de sentido no mundo, destacando que a revolta
deve ser uma afirmação da dignidade humana em busca de
justiça. Ele examina casos históricos de revoluções, adverte sobre
os perigos da violência na revolta e utiliza figuras históricas para
ilustrar seus conceitos filosóficos. A obra destaca a importância
da arte e da criatividade na expressão da revolta e aborda as
implicações políticas e morais desse fenômeno. "O Homem
Revoltado" continua a ser uma leitura influente na filosofia
existencialista.
Cartas A Um Amigo Alemão

”A liberdade é um bem demasiado precioso


para ser confiado a homens indignos.”
Cartas A Um Amigo Alemão
"Cartas para um Amigo Alemão" é uma coleção de cartas
escritas por Albert Camus durante a Segunda Guerra
Mundial, onde ele expressa suas opiniões sobre a
ocupação alemã na França e suas esperanças para um
futuro melhor. As cartas foram originalmente
endereçadas a um amigo alemão, mas foram publicadas
como um livro póstumo. Elas oferecem um vislumbre da
perspectiva de Camus sobre política, moralidade e
resistência durante um período conturbado da história
europeia. Se você tiver alguma pergunta específica sobre
este livro ou desejar saber mais, sinta-se à vontade para
perguntar.
Fim.
Obrigado.

Atenção! Nenhum homem teve de carregar uma pedra em vão até o


topo de uma montanha, sisifo é apenas um personagem.

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