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“Hortulus Animae” ou o Inferno de todos nós : um estudo dos subterrâneos da

alma em Edgar Allan Poe e Robert Louis Stevenson

Deize Mara Fonseca


5º Período de Letras/UCB

''O inferno não é o outro, mas o outro obscuro que mora no fundo de si mesmo''.
Julian Green, psicanalista

Dentre os sentimentos humanos, o medo talvez seja o mais primitivo e ao mesmo

tempo o mais intenso de todos. É o medo que muitas vezes motiva ou impede o ser humano na

realização de suas principais ações, ainda que nem sempre isto ocorra de forma consciente.

Das possíveis representações do medo, o Inferno é sem dúvida a mais presente no

imaginário popular, tendo tido apelo literário desde as épocas mais remotas. A origem da idéia

de um local de expiação e castigo por atos errados perde-se no tempo. A existência de um

“local subterrâneo onde estão as almas dos mortos” (FERREIRA, 2001,p.387) é normalmente

aceita, muitas vezes até por quem nega a idéia contrária, ou seja, a existência do Paraíso.

Literariamente, uma das mais remotas e mais belas (com toda a beleza que o terror

pode ter) descrições do que seria o Inferno, é apresentada por Dante Alighieri (1265-1321) na

sua Divina Comédia:

“Per me si va nella, città dolente,


Per me si va nell’etterno dolore,
Per me si va tra la perduta gente.
Giustizia mosse il mio alto fattore:
Fecemi la divina potestade
La somma sapienza e ‘l primo amore
Dinazi a me non fuor cose create

1
Se non etterne, e io etterna duro.
Lasciate ogni speranza, voi ch’entrate.” 1 (ALIGHIERI,1999 P.30-31)
“Deixai ó vós que entrais toda a esperança”.... Por esta frase, percebe-se que o

Inferno concebido por Dante era um local de destino, portanto externo ao homem. Não

somente Dante viu o caminho do inferno como uma jornada: poderíamos citar também os

Autos de Gil Vicente, em que a visão do inferno como castigo aos pecadores é constante.

Enfim, o inferno é sempre visto como um (temido) possível futuro, um local aonde é

possível que cheguemos, e nunca onde podemos já estar. Aqueles que negam a possibilidade

da transcendência na vida humana admitem que o inferno já possa estar aqui, mas não contido

no próprio homem. É o que nos diz Sartre em sua famosa frase: “o inferno são os

outros”(Apud: GABEIRA, 1997, p.5). Sartre desejava demonstrar que a “angústia” e a

“náusea” existentes na vida humana eram frutos de conflitos externos, do embate com os

outros indivíduos, e não algo presente na própria essência da natureza humana.

Porém, através das vozes de Edgar Allan Poe(1809-1849) e Robert Louis Stevenson

(1850-18940), a literatura romântica aponta, em sua eterna busca da Verdade e da

transcendência, a direção oposta. As obras destes autores a serem analisadas neste trabalho

confirmam claramente que o homem é o inferno de si mesmo. Ele traz o inferno dentro de si.

Essa visão do inferno interior de cada um, que a todos nós devora, assombra e faz

viver, perpassa toda a obra ficcional de Poe, em especial alguns contos e poemas. Através

1
Por mim se vai das dores à morada/Por mim se vai ao padecer eterno/ Por mim se vai à gente condenada/
Moveu Justiça o Autor meu sempiterno/Formado fui por divinal possança/Sabedoria suma e amor supremo/ No
existir, ser nenhum a mim se avança/ Não sendo eterno, e eu eternal perduro: /Deixai, ó vós que entrais, toda a
esperança !

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deste trabalho, procurarei demonstrar como isto se manifesta no conto “The man of the

crowd”.

O tema do inferno interior seria também mostrado pelo autor britânico Robert Louis

Stevenson através de sua principal obra, The strange case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde.

Stevenson nascia em Edinburgo poucos anos depois da publicação de “The man of the

crowd”, em 1840. O livro de Stevenson é considerado como uma manifestação tardia do

romantismo gótico em plena Era Vitoriana. A história do homem bom, que se transmuta numa

personalidade maligna após ingerir um medicamento de sua própria criação, atravessa os

tempos. Tal história tem servido de inspiração para obras sérias, outras nem tanto. Adaptações

transitam sem pudor entre a comédia e o mais puro horror de natureza “trash”.

Assim como acontece com Stevenson, a obra de Edgard Allan Poe também costuma

ser alvo de muitas análises simplistas. Poe é constantemente chamado de “o criador das

histórias de detetive” ou “o mestre do terror”. Isto quando tais definições não resvalam para o

terreno da análise da conturbada vida pessoal do escritor, mostrando-o como pouco mais que

um alcoólatra e drogado que escrevia histórias aterrorizantes, como se estes fatos autorizassem

a definição da obra de Poe como mero fruto de delírios psicóticos.

O fato é que o universo ficcional de Poe é rico e multifacetado, e dentre estas múltiplas

facetas destacam-se a consciência da própria estranheza, a busca do autoconhecimento e da

identidade plena, que muitas vezes revela-se frustrante e infrutífera, podendo levar ao

desespero ou até mesmo a morte. É esse inferno labiríntico do homem em busca de sua

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Verdade interior, que une o protagonista de Dr. Jekyll and Mr.Hyde e o narrador de “The man

of the crowd”

Convém, antes de aprofundar a análise, situar estas obras no contexto da literatura

romântica. O Romantismo é a tradição literária que aprofunda a discussão de questões

sensíveis ao ser humano, na qual se destaca a busca da Verdade interior de cada um de nós, e

do sentido da Vida, em seu significado mais profundo. A literatura romântica persegue

respostas, e usa para isto, muitas vezes, caminhos instintivos, além da realidade ordinária e

das sensações comuns. Isto ocorre porque a literatura romântica é a representação artística de

um momento de crise, de grandes questionamentos sociais e pessoais, que o racionalismo do

século XVIII já não consegue dar conta. A literatura romântica mostra não somente o

sentimentalismo, mas especialmente, o espanto do homem diante de um mundo novo que se

descortina. Pode-se portanto, definir romantismo como emoção, abarcando todos as

conotações que esta palavra pode ter.

É sabido que a tradição literária do romantismo anglo-americano apresenta duas

vertentes, que têm suas origens no trabalho de William Blake ( 1757-1827), poeta e artista

plástico, precursor do romantismo na Inglaterra. Estas duas vertentes podem ser definidas a

partir de distintas visões das relações entre o homem e a Natureza. A primeira vertente vê a

Natureza como o abrigo natural do homem, onde ele encontra respostas para seus conflitos

interiores num ambiente de paz e tranqüilidade. É o reino da inocência e da virtude. A esta

tradição pertencem, entre outros autores, William Wordsworth (1770-1850) e Ralph W.

Emerson (1803-1882).

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A segunda tradição é a qual pertence, entre outros autores, Edgar Allan Poe; e é a que

Stevenson segue, numa manifestação tardia, conforme já ressaltei, em Dr. Jekyll and Mr.Hyde.

É a visão romântica que percebe a natureza como um local de irracionalidade, um caldo de

cultura onde se misturam todas as paixões humanas, para bem ou para mal. Essa Natureza não

é uma morada tranqüila, mas sim um lugar desafiador, onde dia após dia o homem enfrenta a

fúria cega dos elementos, e acima de tudo, tem que lidar com a fúria cega de seu maior

desconhecido: o seu próprio íntimo. A vida existe como um confronto de energias contrárias,

em que essa dualidade da alma se manifesta, havendo em todo ser humano o hortulus animae,

esse outro secreto que é parte integrante e apartada de cada um de nós.

Ambas as histórias carregam a marca deste hortulus animae citado por Poe no final do

conto. Isto é, em ambas está presente a estranheza da alma, o lado sombrio, obscuro, existente

em todos os seres humanos e que todos nós procuramos ocultar, não somente pela imposição

da sociedade, mas, principalmente, pela necessidade de cada um de sobreviver através do lado

solar da própria dualidade. O lado solar é racional, conhecido e habitável. É o que traz o

homem à tona. Já o lado sombrio, quando se torna dominante, leva o homem às trevas do

desconhecido, à descida aos infernos da qual nem o próprio Cristo escapou.

Poe definiu esse turbilhão interior como maelstrom. É a sua visão do labirinto gótico,

que reflete a paisagem interior de cada um. Esse labirinto, longe de ser uma prisão, é uma

busca: a busca da própria essência. Mas esse não é um processo tranqüilo. É tumultuado, febril

e a todo momento resvala para o abismo, como ocorre com o protagonista de Dr. Jekyll and

Mr. Hyde. Dr. Jekyll é um homem aparentemente calmo, plenamente adaptado aos ditames da

sociedade vitoriana a qual pertence. Mas ele é humano, carrega, portanto, o gene da

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insatisfação. Essa insatisfação leva-o a buscar, através da Ciência, a resposta para o dilema no

qual ele se descobre:

“I have been doomed to such a dreadful shipwreck: that man is not truly one, but
truly two. I say two, because the state of my knowledge does not pass beyond that point.
Others will follow, others will outstrip me on the same lines; and I hazard the guess that man
will be ultimately know for a mere polity of multifarious, incongruos and independent
denizens”.(STEVENSON,1994, p.70)

Essa “legião” de habitantes interiores à qual o protagonista se refere, pode até ser

considerada, numa leitura mística, como um caso de possessão demoníaca. É mais uma

confirmação de que a busca da Verdade interior passa necessariamente pela descida à mansão

dos mortos.

Freud (1856-1939) definiria a estranheza da alma através da palavra alemã

unheimlich, traduzida para o inglês como uncanny, isto é, o estranho. Na descrição freudiana,

“ The uncanny derives its terror not from something externally alien or unknown, but
_ on the contrary _ from something strangely familiar which defeats our efforts to separate
ourselves from it. ” (FREUD, 1953, p.219).

Percebe-se claramente que o que apavora na estranheza da alma não é o exterior ou o

desconhecido, mas pelo contrário; é a sua semelhança com o lado racional e tranqüilo da

personalidade de cada um que traz o temor. O que horroriza e ao mesmo tempo fascina, não é

a diferença, mas o quanto aquilo é familiar. É por isso que o lado verdadeiramente mal de um

homem não pode ser visto, faz parte dos segredos que não podem ser revelados, dos livros que

não podem ser lidos. Estas metáforas, extraídas das duas obras analisadas neste trabalho, dão

bem a idéia da dimensão grandiosa da estranheza. A ambição destes personagens ficcionais

não é somente descobrirem-se, mas principalmente , conviverem com a própria dualidade,

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numa tentativa de fusão entre o conhecido e o desconhecido. Em ambos os casos, a tentativa é

inútil, leva à frustração, no caso do conto de Poe, e à morte, no caso do romance de Stevenson.

O conto de Poe inicia-se como uma descrição da vida da Londres moderna, o berço da

Revolução Industrial (MENDES, 1999,p.145). A parte inicial do conto levou muitos críticos a

considerá-lo como um raro exemplo de crítica social dentro da obra de Poe. Mas a descrição

do ambiente é apenas o pano de fundo para a verdadeira discussão proposta pelo autor. Poe vai

dissecar a busca de si que é feita pelo “homem da multidão”- que, ao contrário do que possa

parecer, não é o homem “perdido” na multidão, mas sim o próprio narrador.

É curioso observar, antes de mais nada, a contextualização de espaço exterior e interior

(as paisagens) que o narrador apresenta logo no início do conto. É uma tarde de outono – a

estação em que a Natureza se prepara luxuriosamente para os rigores do inverno, quando os

frutos amadurecem e as folhas das árvores se renovam. O narrador está convalescente – isto é,

ele próprio passa por um período de renovação. Ele acaba de vencer um longo período de

doença, ou seja, venceu mais um confronto com a Natureza. Mas ele sabe que essa não foi

uma batalha final : “I felt a calm but inquisitive interest in every thing”.(BAYM, 1994 ,p.

1489) Eis aí, novamente, o questionamento romântico.

Nesse início do conto, o narrador se coloca num ponto de observação, numa postura

eqüidistante da realidade. Parece pairar acima da multidão que observa. Aliás, pairar é algo

recorrente na obra de Poe – vide o poema “The Raven” (POE, 1997, p.15-19), em que o corvo

que contempla placidamente o poeta, do alto do busto da deusa Atena, é o mensageiro do seu

destino. Em “The man of the crowd”, ao assumir essa posição superior, o narrador se coloca

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acima de seus medos, angústias e descobertas. É o lado racional assumindo o controle. Ele

observa e cataloga friamente a todos, categoriza as pessoas, se colocando acima delas. Ainda

reina a luz do dia. Sua intenção ainda não é a busca, mas a contemplação da vida. Aí prevalece

o seu lado solar. Como acontece com o médico em seus momentos de convivência social em

Dr. Jekyll and Mr. Hyde.

Mas a noite cai. “As the night deepened, so deepened to me the interest of the scene”.

(BAYM, 1994, p. 1491) A chegada da noite é a chave para a mudança da paisagem interior do

personagem. Sua atitude muda, sua observação não é mais contemplativa – torna-se sequiosa,

nem ele sabe exatamente do quê. É quando surge aquele homem, cujo semblante absorve-lhe

toda a atenção. Não é por acaso que as feições do homem lembram-lhe “pictural incarnations

of the fiend”. (BAYM, 1994, p. 1492) É o elemento demoníaco que faz sua aparição.

Após ver o homem pela primeira vez, um turbilhão de sentimentos toma conta do

narrador. Sua atitude calma o abandona de vez, ele sai finalmente de seu imobilismo e se põe

ao encalço da estranha figura, numa atitude irracional de querer saber mais sobre aquele

homem. Vejamos o que ele diz:

“As I endeavored, during the brief minute of my original survey, to form some analysis
of the meaning conveyed, there arose confusedly and paradoxically within my mind, the ideas
of vast mental power, of caution, of penuriousness, of avarice, of coolness, of malice, of blood-
thirstiness, of triumph, of merriment, of excessive terror, of intense- of supreme despair. I felt
singularly aroused, startled, fascinated. "How wild a history," I said to myself, "is written
within that bosom!" Then came a craving desire to keep the man in view- to know more of him.
Hurriedly putting on all overcoat, and seizing my hat and cane, I made my way into the street,
and pushed through the crowd in the direction which I had seen him take; for he had already
disappeared. With some little difficulty I at length came within sight of him, approached, and
followed him closely, yet cautiously, so as not to attract his attention” (BAYM, 1994, p.1492).

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A noite cai por completo, e começa uma chuva pesada. É aí que o irracionalidade toma

conta da mente do narrador. Seu caminho pelo labirinto começa a ser traçado, ele perderá

completamente a paz. É a sua descida ao maelstrom. Tal como acontece com Hyde, em seus

passeios noturnos pelos mesmos becos londrinos. O que ocorre realmente com estas duas

almas atormentadas, nessa jornada noturna? Jamais o saberemos. Sabemos que o homem

perseguido passa por vários lugares, sem fixar-se em nenhum, sem que nem nós, nem o

narrador, consigamos saber seus reais objetivos. O mesmo ocorre com Hyde. Temos, é

verdade, a descrição de um de seus crimes. Mas suas noites de peregrinação são muitas, não

temos conhecimento do que ocorre em cada uma delas. São livros que não se permitem ser

lidos, tal qual acontece com os subterrâneos de nosso inconsciente, somente revelados a nós

através da linguagem simbólica dos sonhos, sujeitos, portanto, a múltiplas interpretações.

O final do conto de Poe é frustrante do ponto de vista dos que buscam soluções lineares

numa narrativa. O dia amanhece, segue-se outro dia de perseguição, novamente inútil. O

estranho percebe o narrador, e este segue absorto em sua contemplação. Por quê ? A meu ver,

a resposta é simples. Perseguidor e perseguido são a mesma pessoa. Este “homem da

multidão”, que carrega algo mais intenso que o desespero no olhar (o que pode ser mais

intenso que o desespero ? Talvez a visão da própria imagem real), que ao mesmo tempo

desperta piedade e exerce sobre o narrador uma atração inexplicável, na verdade é ele mesmo.

O homem é o reflexo da paisagem interior do narrador que se materializa, numa

antecipação do que seria comum na literatura do realismo fantástico, um século mais tarde. O

desejo de autoconhecimento do narrador é tão forte, que ao contemplar a multidão e não se

reconhecer, ele força sua mente a criar uma imagem que lhe seja semelhante. Mas a imagem

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que surge é o seu lado sombrio, o seu uncanny, tal como acontece com Dr. Jekyll, que ao

tomar a droga buscando a eterna juventude, depara-se com Mr. Hyde, o seu lado obscuro.

Ambos pertencem ao mundo do não dito.

O que difere as duas obras é o desfecho. Dr. Jekyll opta pela morte, coloca a resolução

de seu dilema em outras mãos “what is to follow concerns another than myself”.

(STEVENSON, 1994, p. 88). Seria covardia? Não podemos julgar. Mas devemos lembrar que

Dr.Jekyll and Mr. Hyde, embora de conformação gótica, conforme mostrado aqui, é uma obra

da Era Vitorina (curiosamente, concebida por Stevenson após um sonho), o que nos permite

afirmar que Stevenson possa ter dado um destino “moralizante” ao seu protagonista. Já “The

man of the crowd” situa-se, no contexto da obra de Poe, dentro dos desfechos considerados

“insatisfatórios”, que partem do particular para o geral, e abrem uma porta para a discussão

posterior (MAY, 1991, p. 101). É uma benção que tal homem não possa ser inteiramente

conhecido. Eis a mensagem final do conto. Benção para quem ? Para o narrador, que assim

escapa da morte no labirinto ? Ou para nós leitores, que sofremos a catarse de não termos nós

mesmos que passar pelo mesmo processo?

O homem da multidão recusa-se a permanecer sozinho. O que é compreensível. Na

visão romântica de Poe, estar sozinho é descobrir-se. Descobrir-se pode ser algo perigoso.

Podemos, ao ficar sozinhos, dormir e sonhar. E afinal, segundo Shakespeare, nós somos feitos

da matéria dos sonhos. E os sonhos, Poe descobriu muito antes de Freud, são a coisa menos

inocente que um ser humano pode ter . Eles são a porta do subterrâneo que conduz ao inferno

particular de cada um de nós.

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Bibliografia

ALIGHIERI, Dante. A Divina Comédia. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999 (Edição bilíngue)

BAYM, Nina. The Norton Anthology of American Literature. New York: W.W. Norton &
Co., 1994

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da Língua Portuguesa-Século XXI. Rio


de Janeiro: Nova Fronteira, 2001

FREUD, Sigmund. "The Uncanny." The Standard Edition of the Complete Psychological
Works of Sigmund Freud. Ed. & trs. James Strachey. Vol. XVII. London: Hogarth, 1953, pp
. 219-252.

GABEIRA, Fernando. Como dizia Sartre, "o inferno são os outros". Folha de São Paulo,
20/10/97. Caderno Ilustrada, p. 5-10.

MAY, Charles E. Edgar Allan Poe – A Study of the Short Fiction. Boston: Twayne
Publishers,1991

MENDES, Leonardo. Paisagens Londrinas: romantismo e modernidade em William Blake e


Edgard Allan Poe. Anais da 1ª Semana de Estudos Interdisciplinares Anglo-Americanos.
Unigranrio, 1999

POE, Edgar Allan. Spirits of The Dead: Tales and Poems. London: Penguin, 1997

STEVENSON, Robert Louis . The Strange Case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde. London:
Penguin, 1994

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