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Desenho Técnico

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DESENHO TÉCNICO
CURSOS TÉCNICOS

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO ..................................................................... 4


1.1 Importância do Desenho Técnico para o TST ........................................................... 4
1.2 Desenho técnico x Desenho artístico ....................................................................... 4
1.3 Noções Básicas do Desenho Técnico ....................................................................... 5
1.4 Desenho 2D e 3D ................................................................................................... 8
2 NORMATIZAÇÃO ...................................................................................................... 9
2.1 Normas básicas para execução de desenhos técnicos .............................................. 9
2.1.1 NBR 10068 - Folhas de desenho – Leiaute e dimensões ............................................... 10
2.1.2 NBR10067, NBR 10582 e NBR 13272 - Apresentação da folha para desenho – Legenda
e lista de itens ...................................................................................................................... 11
2.1.3 NBR 8402 - Execução de caracter para escrita em desenho técnico .............................. 13
2.1.4 NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenho – Tipos e Larguras das linhas ................. 14
2.1.5 NBR 8196 - Escalas – Redução e Ampliação ................................................................ 15
2.1.6 NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico .................................................................. 18
2.1.7 NBR 12298 - Hachuras ................................................................................................ 19
3 DESENHOS ............................................................................................................ 21
3.1 Tipos de Desenhos ............................................................................................... 21
3.1.1 Planta Baixa ................................................................................................................ 21
3.1.2 Planta de Situação ....................................................................................................... 22
3.1.3 Planta de localização ................................................................................................... 23
3.1.4 Cortes.......................................................................................................................... 24
3.1.5 Fachadas .................................................................................................................... 25
4 MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS .............................................................................. 27
4.1 O que é Mapa de Risco ......................................................................................... 27
4.1.1 Quem faz o Mapa de Risco? ......................................................................................... 27
4.1.2 Quais os benefícios do Mapa de Risco? ........................................................................ 27
4.1.3 A Legislação Brasileira ................................................................................................ 28
4.2 Representação gráfica do MAPA DE RISCOS ......................................................... 28
4.2.1 O mapa de riscos ......................................................................................................... 28
5 IMPORTANTES ATRIBUTOS DO DESENHO DIGITAL ............................................... 33
5.1 CAD – Desenho auxiliado por computador ............................................................ 33
5.2 AUTOCAD ................................................................ Error! Bookmark not defined.
5.2.1 O ambiente do AUTOCAD .............................................. Error! Bookmark not defined.
6 PPCI - PLANO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO ................................................ 34
6.1 O que é PPCI? ...................................................................................................... 34
6.2 Objetivo do PPCI .................................................................................................. 34
6.3 Exemplos de PPCI ................................................................................................ 35

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6.3.1 Exemplo PPCI Supermercado – Área construída: 1.336,90m² ....................................... 37
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 39

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1 INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

O desenho técnico é a forma de expressão gráfica que possui a finalidade da


representação de forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes
necessidades requeridas pelas diversas modalidades de engenharia e também da
arquitetura.

A partir de um conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações


escritas normalizadas internacionalmente, o desenho técnico é definido como
linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura.

Assim como a linguagem verbal escrita exige alfabetização, a execução e a


interpretação da linguagem gráfica do desenho técnico exige treinamento específico,
porque são utilizadas figuras planas (bidimensionais) para representar formas espaciais.

Conhecendo-se a metodologia utilizada para elaboração do desenho bidimensional


é possível entender e conceber mentalmente a forma espacial representada na figura
plana.

Na prática pode-se dizer que, para interpretar um desenho técnico, é necessário


enxergar o que não é visível e a capacidade de entender uma forma espacial a partir de
uma figura plana é chamada visão espacial.

1.1 Importância do Desenho Técnico para o TST

Saber interpretar um desenho, ou até mesmo esboçar um desenho, é muito


importante para o Técnico de Segurança do Trabalho:

 Fornecer subsídios para a elaboração de croquis, possibilitando a


comunicação com uso da linguagem gráfica;
 Ler e interpretar desenhos técnicos de equipamentos de proteção coletiva;
 Desenhar projetos de segurança;
 Utilizar a ferramenta Autocad para auxílio no desenvolvimento do desenho
técnico.

1.2 Desenho técnico x Desenho artístico

O desenho é uma forma de linguagem, talvez a mais antiga. Provavelmente o


homem das cavernas, bem antes de se comunicar com palavras, tenha feito isso através
de rabiscos. Ainda hoje, quando não conseguimos nos comunicar verbalmente, tentamos
fazê-lo por meio de um desenho.

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O desenho é uma forma importante de comunicação, porque por meio de desenhos
podemos conhecer as técnicas, os hábitos e as ideias de quem os projetou.

Ao longo da história, a comunicação através do desenho, foi evoluindo, dando


origem a duas formas de desenho: Desenho Técnico e o Desenho Artístico.

O Desenho Artístico é livre e expressa os sentimentos e as ideias dos artistas.

Figura 1 – Desenho artístico – Romero Britto


Fonte: https://www.fontedearte.com/romero-britto/

O Desenho Técnico tem como pressuposto a utilização de regras e convenções


para sua execução, conhecidas como Normas Técnicas. Com isso, todos os elementos de
um desenho obedecem a um padrão de representação gráfica.

Figura 2 – Exemplo de desenho técnico


Fonte: http://diariodeumafusqueira.blogspot.com.br/2015/08/20-curiosidades-sobre-o-fusca.html

1.3 Noções Básicas do Desenho Técnico

O desenho técnico é um tipo de representação gráfica utilizada por profissionais


de uma mesma área, como, por exemplo, na área ambiental, na civil, na mecânica, na
eletricidade.

O desenho técnico deve transmitir com exatidão todas as características do objeto


que representa. Para conseguir isso, o desenhista deve seguir regras estabelecidas

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previamente, chamadas de normas técnicas. Assim todos os elementos do desenho
técnico obedecem às normas técnicas, ou seja, são normalizados.

Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação gráfica, o


ensino de Desenho Técnico ainda é imprescindível na formação de qualquer modalidade
de engenheiro, pois, além do aspecto da linguagem gráfica que permite que as ideias
concebidas por alguém e são executadas por terceiros, o desenho técnico desenvolve o
raciocínio, o senso de rigor geométrico, o espírito de iniciativa e de organização.

Assim, o aprendizado ou o exercício de qualquer modalidade de engenharia irá


depender de uma forma ou de outra, do desenho técnico.

Figura 3 – Croqui: Desenho a mão livre, mostrando a ideia, sem a preocupação de seguir traços e
penas definidos por normas
Fonte: http://desenhoartisticoarquitetura.blogspot.com.br/

Figura 4 – Desenho técnico: ao contrário do desenho artístico deve mostrar com exatidão a realidade,
seguindo normas pré-estabelecidas
Fonte: do autor

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Vale ressaltar ainda que o desenho técnico é a comunicação entre o projetista e a
equipe de execução do projeto, e por isto precisa seguir padrões específicos e possuir a
maior quantidade de informações possíveis.

Figura 5 – Desenho técnico


Fonte: http://wvyw.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/06.068/2712?page=2

Mesmo com nomes diferentes, as diversas formas de apresentação do desenho


técnico têm uma mesma base, e todas seguem normas de execução que permitem suas
interpretações sem dificuldades e sem mal-entendidos. Cada área ocupacional tem seu
próprio desenho técnico, de acordo com as normas específicas. Observe alguns exemplos:

Figura 6 – Desenho técnico arquitetura (planta baixa)


Fonte: https://plataformacad.com/wp-content/uploads/2017/10/planta-baixa-no-autocad.png

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Figura 7 - Desenho técnico mecânico


Fonte: https://sites.google.com/site/monitoriaativa/_/rsrc/1438477801625/home/desenho-
tecnico/espec261.jpeg

1.4 Desenho 2D e 3D

Um desenho poderá ser 2 D ou 3D. Sendo que um desenho 2D é reto, sem


profundidade, e desenhos 3D são como vida real.

• 2D – 2 dimensões

• 3D – 3 dimensões

Figura 8 – Exemplo de desenho 3D


Fonte: https://3dwarehouse.sketchup.com/warehouse/getpubliccontent?contentId=44f88d92-b153-
44ec-add6-cf6eb72f9808

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2 NORMATIZAÇÃO

Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário


padronizar seus procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por
meio de normas técnicas seguidas e respeitadas internacionalmente.

No Brasil as normas técnicas são aprovadas e editadas pela Associação Brasileira


de Normas técnicas – ABNT, fundada em 1940. As normas técnicas que regulam o
desenho são normas editadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional
de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) como normas brasileiras – NBR e
estão de acordo com as normas internacionais ISO (International Organization for
Standardization).

A execução de desenho técnico é inteiramente normalizada pela ABNT. Os


procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em normas gerais que
abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas de
representação gráfica.

Por que padronizar?

 Economia
 Rapidez
 Qualidade
 Segurança

2.1 Normas básicas para execução de desenhos técnicos

As normas procuram unificar os diversos elementos do desenho técnico de modo a


facilitar a execução (uso), a consulta (leitura) e a classificação.

A Norma Brasileira de Desenho Técnico é a NBR, que trata de assuntos que


serão estudados adiante como: legendas, convenções de traços, sistema de
representação, cotas, escalas.

Tabela 1 – Normas de desenho

NORMA TÍTULO
NBR 8196 Emprego de escalas em desenho técnico
NBR 8402 Execução de caracter para escrita em desenho técnico
NBR 8403 Aplicação de linhas em desenho – Tipos e largura de
Linha
NBR 10067 Princípios gerais de representação em desenho técnico

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NBR 10068 Folha de desenho - Leiaute e dimensões
NBR 10582 Apresentação de folhas em desenho técnico
NBR 10126 Cotagem em desenho técnico
NBR 12298 Hachuras

2.1.1 NBR 10068 - Folhas de desenho – Leiaute e dimensões


O formado de papel padronizado para execução de desenhos técnicos é o da série
“A” originária da Alemanha, cuja base é o formato “A0”, constituído por um retângulo
harmônico de dimensões 841x1189mm com área aproximadamente igual a 1m².
Mediante uma sucessão de cortes conhecida como bipartição obtemos os demais
formatos, todos retângulos harmônicos.

Tabela 2 - Tamanho de papéis

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Figura 9 – Tamanho das folhas, formato “A”


Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=48290

O espaço de utilização do papel fica compreendido por margens, que variam de


dimensões, dependendo do formato usado. A margem esquerda, entretanto, é sempre
25mm a fim de facilitar o arquivamento em pastas próprias. Segundo as normas em
vigor, cada tamanho de folha possui determinadas dimensões para suas margens.

Figura 10 – Margens das folhas, formato “A”


Fonte: do autor

2.1.2 NBR10067, NBR 10582 e NBR 13272 - Apresentação da folha para


desenho – Legenda e lista de itens
As folhas podem ser utilizadas tanto na posição vertical como na horizontal. Os
tamanhos das folhas seguem os formatos da série “A” e o desenho deve ser executado no
menor formato possível, desde que não comprometa a sua interpretação.

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Segundo a NBR10582, a legenda é um quadro que deve ser apresentado no canto
inferior à direita, com a finalidade de fornecer todas as informações necessárias para
rápida identificação, interpretação e execução do projeto.

Figura 11 – Folha com margens


Fonte: Desenvolvido pela autora

As informações contidas na legenda são as seguintes:

 Identificação da empresa e do profissional responsável pelo projeto.


 Identificação do cliente, nome do projeto ou do empreendimento.
 Título do desenho.
 Indicação sequencial do projeto.
 Escalas.
 Data.
 Autoria do desenho e do projeto.
 Indicação de revisão.

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Figura 12 – Legenda
Fonte: do autor

2.1.3 NBR 8402 - Execução de caráter para escrita em desenho técnico


Um dos mais importantes requisitos dos desenhos técnicos é a caligrafia técnica,
que busca sempre uma escrita simples, perfeitamente legível e facilmente desenhável. A
NBR 8402, que trata da execução de caracteres para a escrita em desenhos técnicos, visa
a uniformidade e a legibilidade para evitar prejuízos na clareza do desenho e evitar a
possibilidade de interpretações erradas, fixou as características de escrita em desenhos
técnicos, conforme modelo abaixo.

Figura 13 – Caligrafia técnica


Fonte: https://arqeduc.wordpress.com/category/1o-periodo/desenho-tecnico/

Tipos de lápis para desenho técnico:

Os tipos de lápis para desenho técnico podem ser classificados pela dureza do
grafite variando do mais suave e macio, resultando no preto, ao mais duro, que resulta
num acinzentado.

Acredita--se que este sistema de classificação foi desenvolvido por um fabricante


de lápis da Inglaterra no início do século XX. São normalmente utilizados para a escrita e
para desenhos, e não são, necessariamente, voltados à arte.

A dureza do lápis é classificada em 4 tipos: B, H, F e HB.

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B representa blackness, negritude;

H representa hardness, dureza;

F representa fine, fina (ponta fina);

HB representa um limiar entre B e H, que caracteriza um lápis comum, para


escrita.

Fonte: https://portaldoprojetista.com.br/tipos-de-lapis-para-desenho-mao-livre/

2.1.4 NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenho – Tipos e Larguras das


linhas
A boa apresentação de um desenho depende do emprego adequado das linhas.
Cada tipo de linha tem uma função e um significado. Todos os requisitos do desenho de
engenharia podem ser obedecidos utilizando-se essas espessuras de linhas.

Ao analisarmos um desenho notamos que ele apresenta linhas de tipos e


espessuras diferentes. O conhecimento destas linhas é indispensável para a
interpretação dos desenhos. Quanto à espessura, as linhas devem ser:

 Grossas;
 Médias;
 Finas;

A espessura da linha média deve ser a metade da linha grossa e a espessura da


linha fina, metade da linha média.

A tabela a seguir mostra os vários tipos de linhas aprovados com suas aplicações.

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Tabela 3 – Tipos de linhas

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAfJQAC/normas-desenho-tecnico

2.1.5 NBR 8196 - Escalas – Redução e Ampliação


As medidas de um desenho de uma peça qualquer, a ser construída, são
expressas em sua verdadeira dimensão. O desenho de uma peça, por diversas razões,
nem sempre poderá ser executado com as dimensões reais da mesma. Se for uma peça
grande, teremos que desenhá-la com medidas menores, conservando sua proporção, com
igual redução em todas as medidas. Esta relação entre a peça e o desenho tem o nome de
ESCALA e vai sempre indicada no desenho.

Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real ou são mantidas ou,
então, são aumentadas ou reduzidas proporcionalmente. Nas representações em escala,
as formas dos objetos reais são mantidas. Existem três tipos de escala: natural, de
redução e de ampliação.

 Escala Natural – onde o desenho técnico é igual ao desenho da peça real.


 Escala de Redução – onde o desenho técnico é menor que o tamanho da
peça real.
 Escala de Ampliação – onde o desenho técnico é maior que o tamanho da
peça real

As escalas mais utilizadas estão refletidas na Tabela 4.

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Tabela 4 - Identificação de escala

Fonte: do autor

Escalímetro

Fonte: do autor

Ou seja:

 Se formos desenhar uma peça com suas próprias dimensões, a escala será
NATURAL ou ESCALA 1:1.
 Se for necessário reduzir um desenho de uma peça, a norma técnica
recomenda as seguintes ESCALAS DE REDUÇÃO: 1:2, 1: 5, 1:10, 1:20,
1:50 e sucessivamente (as escalas podem ser reduzidas a razão de 10).
 Para ampliar pequenas peças, difíceis de interpretar e cotar na escala
natural emprega-se as ESCALAS DE AMPLIAÇÃO: 2:1, 5:1, 10:1, 20:1, 50:1
e sucessivamente (as escalas podem ser ampliadas a razão de 10).

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 Os valores indicados sobre as cotas se referem sempre às medidas reais da
peça, e nunca às medidas reduzidas ou ampliadas do desenho.
 Quando há uma referência a uma escala REDUÇÃO, por exemplo 1:100,
significa que o DESENHO (representação gráfica) se encontra REDUZIDO
100 vezes em relação ao tamanho REAL.
 Quando há uma referência a uma escala AMPLIAÇÃO, por exemplo 10:1,
significa que o DESENHO se encontra AMPLIADO 10 vezes em relação ao
tamanho REAL.

Figura 14 – Escalas
Fonte: https://pt.slideshare.net/GutierryPrates/introduo-ao-desenho-tcnico-apostila

A escala do desenho é representada conforme modelo abaixo, em que se lê um


para um no caso da escala natural, dois para um no caso da escala de ampliação ou um
para dois no caso da escala de redução.

A escala a ser escolhida deve ter em vista:

1. O tamanho do objeto a representar;

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2. As dimensões do papel;
3. A clareza do desenho.

Importante salientar que a escala deve ser sempre indicada no desenho.

2.1.6 NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico


A cotagem de um desenho deve ser executada de forma funcional e objetiva,
possibilitando, na maioria das vezes, utilização do desenho como meio para consecução
de um fim (fabricação ou construção).

As cotas devem fornecer uma perfeita ideia de todas as dimensões, não deixando
dúvidas que justifique futuros cálculos.

COTAS: Representam sempre dimensões reais do objeto e não


dependem, portanto, da escala em que o desenho está sendo
executado. São os números que correspondem às medidas.

Os elementos fundamentais de uma cotagem são: a LINHA DE COTA, a LINHA


AUXILIAR, a COTA e os LIMITES DA LINHA DE COTA.

Figura 15 – Cotagem
Fonte: do autor

As linhas de cota, assim como as linhas auxiliares, devem ser representadas por
traços contínuos estreitos.

1. Os limites da linha de cota podem ser representados por SETAS ou TRAÇOS


OBLÍQUOS. No desenho técnico a seta é desenhada com linhas curtas, formando
ângulos de 15°, podendo ser aberta ou fechada preenchida. Já o traço oblíquo é
desenhado com uma linha curta (2 ou 3 mm) e inclinado 45°. No desenho arquitetônico
são representados por traços oblíquos com relação à LINHA DE COTA, utilizando o
ângulo de 45° ou representados por pontos.

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2. A DISTÂNCIA entre uma LINHA DE COTA e o contorno do desenho é
aconselhável que tenham ±7mm, assim como entre uma linha de cota e outra. A LINHA
AUXILIAR não deve tocar o desenho e deverá ultrapassar a linha de cota ±3mm.

3. A cota deverá situar-se equidistante das extremidades, ACIMA da Linha de cota


quando esta estiver na horizontal. Estando a linha de cota na vertical, a cota deverá
situar-se à ESQUERDA da mesma, também na vertical, possibilitando a leitura de BAIXO
para CIMA.

Figura 16 – Cotagem
Fonte: do autor

Figura 17 – Cotagem
Fonte: https://pt.slideshare.net/ordenaelbass/desenho-tcnico-cotagem

2.1.7 NBR 12298 - Hachuras


Hachuras são traços equidistantes e paralelos que produzem em desenhos e
gravuras o efeito do sombreado. No desenho técnico, as hachuras representam um
tracejado convencional, os materiais utilizados na construção de peças e máquinas.

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Para cada peça de material, há uma hachura determinada.

 O material é representado por linhas traçadas com a inclinação de 45º em


relação à base da peça, ou em relação ao eixo da mesma;
 Se atrás de uma hachura houver alguma vista oculta, ela não será
representada;
 Havendo necessidade de fazer qualquer inscrição na área hachurada, deve-
se interromper as hachuras para deixar bem nítida a inscrição feita;
 O espaçamento para as hachuras, nos desenhos comuns, é aconselhável
que não seja menor do que 1,5mm e maior que 3,0mm

Figura 18 – Planta baixa com desenho de hachuras


Fonte: http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/2013/02/o-que-e-cota/

Figura 19 – Tipos de hachuras


Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfrRoAH/nbr-6492?part=3

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3 DESENHOS

Na representação dos projetos de edificações são utilizados os seguintes desenhos:

 Planta (s) Baixa (s)


 Planta de Situação
 Planta de Localização
 Cortes
 Fachadas

3.1 Tipos de Desenhos

3.1.1 Planta Baixa


A planta baixa é a projeção que se tem quando cortamos, imaginariamente, uma
edificação com um plano horizontal paralelo ao piso. A altura entre o plano cortante e o
plano da base é altura que permite cortar ao mesmo tempo portas, janelas, basculantes e
paredes. Normalmente essa altura é 1.50m.

Figura 20 – Corte: observe que quando cortamos a edificação com o plano olhamos para baixo.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe_9QAK/apostila-desenho-tecnico?part=4

Figura 21 – Corte: observe que quando cortamos a edificação com o plano olhamos para baixo.
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe_9QAK/apostila-desenho-tecnico?part=4

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A representação desta edificação (casa) em planta baixa será conforme a imagem
abaixo:

Figura 22 – Planta baixa da edificação.


Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe_9QAK/apostila-desenho-tecnico?part=4

Se a edificação possuir dois ou mais pavimentos (andares) haverá uma planta


baixa para cada pavimento.

3.1.2 Planta de Situação


Planta de situação é a representação de um desenho projetivo constituído por uma
vista principal superior esquemática, envolvendo o terreno (lote) onde a edificação será
edificada e a zona de entorno desse terreno, com a finalidade de mostrar o formato, as
dimensões e a localização do lote.

Trata-se de um desenho esquemático pois, na realidade, não são representados


todos os elementos e detalhes que seriam vistos pelo observador, mas somente aqueles
que visam atender ao objetivo deste desenho específico.

Considerando as dimensões médias dos lotes e quadras urbanos a planta de


situação geralmente é representada na escala 1:1000, mas pode também ser
representada tanto em escala maior, para lotes e quadras de pequenas dimensões, ou
menor, para grandes glebas de terra.

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Figura 23 - Planta de situação.


Fonte: https://www.aarquiteta.com.br/blog/projetos-de-arquitetura/plantas-de-situacao/

3.1.3 Planta de localização


Também chamada de Planta de Locação ou de Implantação, esta planta é uma
vista principal superior esquemática, abrangendo o terreno e seu interior, que tem a
finalidade de identificar: o formato, as dimensões e a localização da construção dentro do
terreno para o qual está projetada.

O elemento básico se constitui na representação do contorno da edificação, sem


representação de quaisquer elementos internos (paredes e demais elementos), e dos
elementos complementares.

Além da edificação definida e posicionada, serão usualmente representados nesta


planta os tratamentos externos a saber: muros, cercas, caminhos, piscinas, acessos,
canteiros, etc.

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Figura 24 – Planta de localização.


Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAg91QAC/desenho-projetos-edificacoes

3.1.4 Cortes

Cortes, em Desenho Arquitetônico, são representações gráficas constituídos por


vistas ortográficas seccionais do tipo corte, obtidas quando fazemos passar por uma
edificação, planos secantes e projetantes verticais, normalmente paralelos a um
determinado conjunto de paredes, em posicionamento estrategicamente definidos.

Os cortes são elaborados para a representação de elementos internos à edificação


e de elementos que se desenvolvam em altura e que, por consequência, não são
representados em planta baixa. Seus posicionamentos e orientações (sentido da vista)
são determinados objetivando representar os elementos da edificação de maior
importância e/ou complexidade.

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Em geral, são realizados no mínimo dois cortes, um longitudinal (acompanhando a
maior dimensão da edificação) e outro transversal (acompanhando a menor dimensão da
edificação). Mas devem ser feitos tantos cortes quanto o necessário para representar
inequivocamente os elementos da edificação não apresentados em planta baixa.

Figura 25 - Quando cortamos a edificação com o plano vertical olhamos para lateral.
Fonte: Apostila de Desenho Arquitetônico – Universidade Federal do Rio Grande – FURG

Figura 26 – Corte
Fonte: http://angatuarquiteturaepaisagismo.blogspot.com.br/2012/07/

3.1.5 Fachadas

As fachadas ou elevações são elementos gráficos do desenho arquitetônico


constituídos por vistas ortográficas principais (frontal, posterior, lateral esquerda, lateral
direita) ou eventualmente auxiliares da edificação, elaborados com a finalidade de
fornecer informações para a execução da edificação, bem como antecipar sua
visualização externa.

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As informações descritivas, que eventualmente podem vir expressas nos desenhos
das fachadas, apenas dizem respeito aos materiais utilizados na composição externa da
edificação, principalmente os revestimentos. Devido a esse caráter o desenho das
fachadas exige um maior rigor na determinação das espessuras dos traços, de forma a
representar corretamente a posição dos diversos planos e as relações entre cheios e
vazios. O uso de técnicas de expressão gráficas na representação das texturas dos
materiais, e aplicação de recursos gráficos, tais como as sombras e elementos de
humanização (vegetação, figura humana, veículos, etc.), são de grande importância na
representação das fachadas, pois facilitam seu entendimento e qualificam a visualização
prévia da edificação. Mas se deve sempre ter o cuidado de manter o caráter técnico da
representação.

As fachadas são elaboradas na mesma escala dos cortes e da planta baixa.

Figura 27 – Fachada
Fonte: http://projetodeengenhariacivil.blogspot.com.br/2016/12/

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4 MAPA DE RISCOS AMBIENTAIS

4.1 O que é Mapa de Risco

O MAPEAMENTO DE RISCO é um levantamento dos locais de trabalho apontando


os riscos que são sentidos e observados pelos próprios trabalhadores de acordo com a
sua sensibilidade.

O seu objetivo é informar e conscientizar os trabalhadores pela fácil visualização


desses riscos. É um instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrência de acidentes
do trabalho, objetivo que interessa aos empresários a aos trabalhadores.

A norma regulamentadora NR9 considera como riscos ambientais os agentes


físicos, químicos e biológicos, além de riscos ergonômicos e riscos de acidentes,
existentes nos locais de trabalho e que venham a causar danos à saúde dos
trabalhadores.

Estes riscos podem prejudicar o correto desenvolvimento das tarefas, portanto,


devem ser identificados, avaliados e controlados de forma correta.

A maior dificuldade das empresas no mapeamento dos riscos ambientais, está na


falta de capacidade, informação e subsídios técnicos para identificar, avaliar e controlar
os riscos existentes dentro de seus processos produtivos.

4.1.1 Quem faz o Mapa de Risco?


O Mapa de Risco é feito pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA,
após ouvir os trabalhadores de todos os setores produtivos e com a orientação do Serviço
Especializado em Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) da empresa,
quando houver.

4.1.2 Quais os benefícios do Mapa de Risco?


Para a empresa:

 Facilita a administração da prevenção de acidentes e de doenças do


trabalho;
 Ganho da qualidade e produtividade;
 Aumento de lucros diretamente;
 Informa os riscos aos quais o trabalhador está exposto, cumprindo assim
dispositivos legais.

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Para os trabalhadores:

 Propicia o conhecimento dos riscos que podem estar sujeitos os


colaboradores;
 Fornece dados importantes relativos à sua saúde;
 Conscientiza quanto ao uso dos EPI´s.

4.1.3 A Legislação Brasileira


A indicação da obrigatoriedade de elaboração de Mapa de Risco pelo empregador
está relacionada às atribuições da CIPA, segundo a NR5 item 5.16 letra “a”: “ 5.16 A
CIPA terá por atribuição: a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o
mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria
do SESMT, onde houver”. Observa-se que de acordo com NR1 item 1.7 - Cabe ao
empregador, letra “a’ cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares
sobre segurança e medicina do trabalho. Portanto a não elaboração do Mapa de Risco
por parte da empresa é passível de multa.

4.2 Representação gráfica do MAPA DE RISCOS

O mapa de riscos é representado graficamente, através de círculos de cores e


tamanhos proporcionalmente diferentes (riscos pequeno médio e grande), sobre o
layout/planta baixa da empresa e deve ficar afixado em local visível a todos os
trabalhadores. Vejamos algumas dicas importantes:

 Para fazer o layout: utilizando ferramentas de desenho no Word ou


PowerPoint, inserir linhas e na opção formatar autoforma definir o
tamanho.
 Para inserir círculos: utilizando ferramentas de desenho (autoformas) no
Word ou PowerPoint, inserir círculos e semicírculos e na opção formatar
autoforma definir o tamanho e a cor.

4.2.1 O mapa de riscos


O tamanho do círculo representa o grau do risco. Segundo a portaria ministerial, o
risco pequeno é representado menor, o médio por um círculo médio e o grande, por um
círculo maior. A cor do círculo representa o tipo de risco, conforme a imagem a seguir:

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Figura 28 - Legenda mapa de risco

Os círculos podem ser desenhados ou colados. O importante é que os tamanhos e


as cores correspondam aos graus e tipos. Cada círculo deve ser colocado naquela parte
do mapa que corresponde ao lugar onde existe o problema.

Caso existam, num mesmo ponto de uma seção, diversos riscos de um só grupo
(por exemplo os riscos físicos: ruído, vibração e calor) não é preciso colocar um círculo
para cada um desses agentes. Basta um círculo apenas, desde que os riscos tenham o
mesmo grau de nocividade.

Uma outra situação é a existência de riscos de grupos diferentes num mesmo


ponto. Neste caso, se todos tiverem o mesmo grau de risco, divide-se o círculo conforme a
quantidade de riscos em 2, 3, 4 e até 5 partes iguais, cada parte com a sua respectiva
cor.

Quando um risco afeta a seção inteira (exemplo: ruído), uma forma de representar
isso no mapa é colocá-lo no meio do setor e acrescentar setas nas bordas, indicando que
aquele problema se espalha pela área toda.

Vejamos nas figuras a seguir exemplos de mapa de riscos:

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Figura 29 – Exemplo Mapa de risco 1


Fonte: https://documents.tips/documents/caderno-de-seguranca-do-trabalho-higiene-
ocupacionalpdf.html

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Figura 30 - Exemplo Mapa de risco 2


Fonte: http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/mapa-de-risco-seguranca-no-ambiente-de-
trabalho/

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Figura 31 – Exemplo Mapa de risco 3


Fonte: http://www.fazfacil.com.br/reforma-construcao/mapa-de-risco-seguranca-no-ambiente-de-
trabalho/

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5 IMPORTANTES ATRIBUTOS DO DESENHO DIGITAL

Apesar de um dos fins do desenho auxiliado por computador ser a produção de


representações estáticas, no molde do desenho tradicional, sua utilidade não se limita
unicamente à própria representação. A informação contida no computador é muito mais
ampla e potencialmente mais útil do que as imagens e impressões que dela possam
resultar. Um conjunto de plantas pode, por exemplo, servir não só para apresentação do
projeto arquitetônico, como também para o desenvolvimento e apresentação de quase
todos os projetos complementares a este.

Entre os diversos atributos que identificam o desenho digital e o distinguem do


tradicional, destacam‐se seu dinamismo, globalidade e variabilidade. Ao contrário dos
desenhos tradicionais que somente representam uma parte da realidade global de um
objeto a partir de uma determinada condição espaço‐tempo, o desenho digital por conter
a informação completa acerca da geometria do edifício, possibilitando sua representação
através de qualquer condição ou posição espacial escolhida. As representações gráficas
serão únicas, porém com uma simples troca de parâmetros é possível obter um número
ilimitado de visualizações (SAINZ; VALDERRAMA, 1992). A possibilidade de, através do
encadeamento de imagens estáticas, se obter imagens dinâmicas, dentro das chamadas
animações, traz a incorporação da dimensão temporal à representação do edifício através
do movimento relativo do observador.

Assim, as diversas representações que se pode obter a partir de um desenho


digital, principalmente do tridimensional, passam a ser parte de uma informação maior,
ou seja, pelo menos em teoria o objeto arquitetônico está completamente documentado, e
as imagens que obtemos são as partes dessa informação que escolhemos para ser
representada no monitor ou impressa em papel (SAINZ; VALDERRAMA, 1992).

5.1 CAD – Desenho auxiliado por computador

A sigla CAD é originada do termo inglês Computer Aided Design, que significa
Desenho Auxiliado por Computador.

Os sistemas CAD são denominados modeladores geométricos que fornecem o


ambiente para a criação e manutenção de desenhos em meio digital. Estes modeladores
possuem ferramentas para a construção de primitivas geométricas (linhas, pontos,
polígonos, arcos, etc.).

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O CAD utiliza técnicas modernas. O desenho no computador permite uma alta
performance para a elaboração de projetos, além de possibilitar facilmente a sua revisão,
apresentação e disponibilização. Existem vários programas utilizados para esse fim, mas
os principais são:

 AutoCAD
 Revit (2D e 3D)
 DataCAD
 ArquiCAD

O programa AutoCAD poderá ser baixo gratuitamente na


versão estudante pelo site:
https://www.autodesk.com.br/education/free-educational-software

6 PPCI - PLANO DE PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

6.1 O que é PPCI?

A sigla do PPCI significa Plano de Prevenção contra Incêndios. É um programa que


visa proteger os ocupantes de espaços físicos como indústrias, escolas, hospitais, salas
de comércio, eventos temporários e prédios em geral, contra possíveis sinistros gerados
pelo fogo.

Normalmente, no caso de ocorrer uma emergência, as pessoas se apavoram e


muitas vezes não sabem como agir, tanto no caso de ajudar a solucionar o problema,
como em saber sair do ambiente e procurar um lugar seguro.

6.2 Objetivo do PPCI

O Plano de Prevenção contra Incêndios – PPCI é um conjunto de ações a serem


executadas pelo proprietário do espaço coletivo. A instalação de equipamentos de
segurança coletiva procura tornar o ambiente o mais seguro possível e facilitar o acesso
externo, caso haja necessidade. Entre as instalações de segurança existentes, é possível
citar:

 Extintores de incêndio;
 Hidrantes e sprinklers;

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 Iluminação de emergência;
 Placas de sinalização;
 Corrimãos contínuos em ambos os lados de escadas e rampas;
 Saídas de emergência e portas corta fogo

Todos esses itens possuem a finalidade de ajudar a combater o incêndio, facilitar a


evacuação do local e proteger o patrimônio físico.

A elaboração de um projeto PPCI requer um profissional habilitado (CAU e CREA),


pois é ele capaz de definir, segundo normas específicas, os tipos de proteções
necessárias, suas localizações, estabelecer rotas de fuga e assim por diante.

Todas as medidas tomadas para a prevenção de incêndio são averiguadas pelos


bombeiros, que são os profissionais aptos para fiscalização das corretas medidas de
segurança e a liberação ou não do espaço vistoriado.

Em muitos casos, apesar do profissional habilitado ter elaborado o PPCI e


realizado todas as implantações ou correções poderão ser exigidas outras medidas de
segurança com prazo para que as mesmas sejam executadas.

6.3 Exemplos de PPCI

Inicialmente para melhor entendimento dos exemplos vamos conhecer a legenda


padrão de incêndio.

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Figura 32 – Legenda Padrão de Incêndio


Fonte: NBR 13434

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6.3.1 Exemplo PPCI Supermercado – Área construída: 1.336,90m²

Figura 33 – Planta Baixa Supermercado – Área construída: 1.336,90m²


Fonte: do autor

Figura 34 – Planta Baixa PPCI Supermercado – Área construída: 1.336,90m²


Fonte: do autor

Figura 35 – Exemplo PPCI Supermercado – Área construída: 1.336,90m²


Fonte: do autor

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Nas plantas anteriores podemos observar a aplicação de alguns símbolos da
legenda padrão de incêndios. Como por exemplo a utilização dos extintores, que
conforme exigência do Corpo de Bombeiro no RS, deverá ficar até 5 metros da entrada
principal.

Essas e outras exigências do PPCI deverão ser analisadas pelo TST em conjunto
com o profissional legalmente habilitado, exigindo dessa forma que o TST tenha o
mínimo de conhecimento sobre Desenho Técnico.

Com o mínimo de conhecimento sobre Desenho Técnico, o TST diante de uma


análise em conjunto com o profissional legalmente habilitado, poderá se expressar
utilizando linguagem adequada, porque conseguirá entender os padrões aplicados nessa
área.

Vale ressaltar que nessa aula foi utilizado o exemplo do PPCI para entender a
aplicação do conhecimento em Desenho Técnico para o TST, mas sua aplicação é mais
ampla.

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REFERÊNCIAS

CARVALHO, Benjamin de A. Desenho Geométrico. São Paulo: Imperial Novo Milênio,


2011.

MICELI, Maria Teresa; FERREIRA, Patrícia. Desenho técnico: básico. 4.ed. São Paulo:
Imperial Novo Milênio, 2009

PET/ECV. Curso Básico de AutoCAD 2015 – Desenho em 2D para engenharia civil.


Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2015

SACRAMENTO, Girlene. Desenho Técnico Aplicado a Segurança do Trabalho,


Apostila. Bahia

SAINZ,J; VALDERRAMA, F. (1992). Infografìa y Arquitectura: dibujo y proyecto


asistido por ordenador. Madrid: Ed. Nerea, 1992.

SOUSA, Rosiel. Desenho Técnico, Apostila. Bacabal, 2014

XAVIER, Prof.Me. Sinval. Desenho Arquitetônico, Apostila. Rio Grande: Universidade


Federal do Rio Grande – FURG, 2011

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