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CIPA

Comissão Interna de Prevenção


Acidentes

Norma Regulamentadora 5 - NR5

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Conteúdo Programatico
Objetivo da CIPA e Papel dos Cipeiros
Historia do Acidente do Trabalho

Historia da Segurança do Trabalho


Introdução a Segurança do Trabalho
CIPA – O que e, Qual o papel dos Cipeiros e Atribuições
Inspeções de Segurança
Conhecendo os riscos
Estudo do Ambiente e dos Riscos no Trab. no Processo Produtivo
Investigação e análise de acidentes

Campanhas de Segurança

Legislação trabalhista e previdenciária relativas a Segurança e Saúde no Trabalho

AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida

Primeiros Socorros

Princípios básicos da Prevenção de Incêndios

Elaborar o Mapa de Risco


Elaborar o Plano de Trabalho

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MODULO I - Objetivo da CIPA e Papel dos Cipeiros

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Objetivo da CIPA e Papel dos Cipeiros

A CIPA tem como objetivo observar e relatar


condições de risco nos ambientes de trabalho
e solicitar medidas para reduzir até eliminar
os riscos existentes e/ou neutralizar os
mesmos, discutir os acidentes ocorridos, o
resultado da discussão será encaminhando
aos SESMT - Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho e ao empregador o resultado da
discussão, solicitando medidas que previnam
acidentes semelhantes e, ainda, orientar os
demais trabalhadores quanto à prevenção de
acidentes.
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MODULO I - Papel dos Cipeiros

 Vontade de Colaborar;
 Ter bom senso;
 Responsabilidade;
 Nunca agir de má fé;
 Trabalhar em equipe;
 Participar de treinamentos para membros da CIPA e DSS;
 Não esquecer do nosso objetivo mantendo o foco na segurança;
 Ter uma boa *ATITUDE quando se diz respeito a Prevenção de Acidentes.
Você sabe qual o significado da palavra ATITUDE.

*ATITUDE é a mesma coisa que APTIDÃO (a palavra original era “aptidude”), e


significava “estar preparado, física e mentalmente para executar uma tarefa.
No dicionário Houaiss, a primeira definição de atitude é “a maneira como o corpo
(humano ou animal) está posicionado”.
Então podemos concluir que Atitude seria “pose”;

Veja o exemplo do leão considerado o rei das selvas, que só sabe rugir, se alimentar e
procriar.

LEMBRE-SE: Imagem é tudo.


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MODULO I - Historia do Acidente de Trabalho

A origem do Acidente do Trabalho remonta a próprio história do homem que na luta pela
sobrevivência, evoluindo desde a atividade de caça e pesca, onde o caçador corria o
serio risco de virar a caça, chegando à produção em grande escala.

!?! !?!

E no Brasil ?!?

A industrialização deu passos importantes a partir de 1930, e após a Segunda Guerra


Mundial, tomou impulso decisivo favorecido pelo controle relativo das importações.

Entre 1955 e 1960 a industrialização deve seu ritmo acelerado período no qual a situação
dos Acidentes do Trabalho se agravaram.

O que contribuiu para este agravamento ?!?

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Vários aspectos contribuíram para o aumento dos
Acidentes no Brasil

• Nossa origem era essencialmente agrícola totalmente diferente do processo


industrial;
• Maquinários e Know-how importados;
• Despreparo da mão-de-obra;
• Inexistência de uma cultura prevencionista;
• A expectativa do lucro imediato relegando a Segurança do Trabalho a um segundo
plano;
• Ineficiência na fiscalização das condições de trabalho e orientação ao trabalhador.

Esse quadro vem sendo alterado gradativamente desde 1975 com:


• Programas de orientação à prevenção de acidentes e de formação de cipeiros.
• Formação de profissionais de Segurança e Medicina do Trabalho;
• Presença mais recente de uma visão prevencionista associado a qualidade de produtos e
serviços à qualidade de vida e saúde do trabalhador;
• Essas mudanças vêm alterando o percentual de acidentes no Brasil, no entanto, as
estatísticas ainda não são satisfatórias, pois nosso índice de mortes decorrentes de
acidentes do trabalho é um dos mais altos do mundo.
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Legislação no Brasil

1943 - No governo Getúlio Vargas foi criada a C.L.T. Consolidação das Leis do
Trabalho, através do decreto-lei 5452 em primeiro de Maio, reunindo em um só
Diploma Legal todas as Leis Trabalhistas até então existentes.
1944 - Através do decreto-lei 7036 de 10 de novembro, é instituída a obrigatoriedade
da criação da CIPA em todas as empresas que admitem trabalhadores como
empregados.

1975 - Primeira formação de profissionais na Área de Segurança e Medicina do


Trabalho.
1978 - Portaria 3214 de 8 de Junho institui as Normas Regulamentadoras do trabalho
urbano, e dessa forma regulamentam os artigos 154 a 201 da CLT ( Especificamente
Artigos 163 à 165 embasamento a NR-05 CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes).
1994 - Em Dezembro, ocorreram alterações legais importantes nas normas: NR 7 –
PCMSO (Programa de Controle Médico do Serviço Ocupacional) e na NR 9 – PPRA
(Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) onde se institui também o Mapa de
Riscos.
1999 - Portaria de Nº. 8 de 23 de fevereiro modifica e atualiza NR - 5.
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MODULO I - Historia da Segurança do Trabalho
ÉPOCA ORIGEM CONTRIBUIÇÃO
Aritóteles Cuidou do atendimento e prevenção das enfermida- des dos
(384-322 a .C.) trabalhadores no ambiente das minas.

. Constatou e apresentou enfermidades específicas do esqueleto que


acometiam determinados trabalhadores no exercício de suas
Platão profissões.

Publicou a história Natural, onde pela primeira vez foram tratados


Plínio temas referentes à segurança do trabalho. Discorreu sobre o
Século IV a.C chumbo, mercúrio e poeiras. Menciona o uso de máscaras pelos
(23-79 d.C)
trabalhadores dessas atividades

Hipócrates Revelou a origem das doenças profissionais que acometiam os


. trabalhadores nas minas de estanho.
(460-375 a.C.)
Galeno
Preocupou-se com o saturnismo.
(129-201 a. C.)

Século Avicena Preocupou-se com o saturnismo e indicou-o como causa das cólicas
provocadas pelo Trabalho em pinturas que usavam tinta à base de
XIII (908-1037) chumbo.

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Ulrich Ellembog Editou uma série de publicações em que preconizava medidas de
Século XV higiene do trabalho.

Europa Foram criadas corporações de ofício que organizavam e protegeram


os interesses dos artífices que representavam

1601 Inglaterra Criada a lei dos Pobres

Em virtude do Grande Incêndio de Londres foi proclamado que as


1606 Rei Carlos II novas casas fossem construídas com paredes de pedras ou tijolos e
(1630-1685) a largura das ruas fosse aumentada de modo a dificultar a
propagação do fogo.

Bernardino
1700 Ramazine Divulgou suas obra clássica “De Morbis Articum Diatriba” (As
Doenças dos Trabalhadores).
(1633-1714)

1800 Inglaterra Substitui da Lei dos Pobres pela Lei das Fábricas.

Aprovação das primeiras Leis de Segurança do Trabalho e Saúde


1844-1848 Inglaterra Pública, regulamentando os problemas de saúde e de doenças
profissionais.

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MODULO I - CIPA – Conceito, Papel do Cipeiro, Atribuições.
Conceito:
Partindo do significado da sigla CIPA–Comissão Interna de Prevenção de Acidentes,
podemos assim conceituá-la:

Comissão:
Grupo de pessoas conjuntamente encarregadas de tratar de um determinado assunto. Como
grupo, deve haver a preocupação de um trabalho unitário, onde seus objetivos estejam
sempre em primeiro plano. A Comissão enseja a participação do empregador e dos
empregados na prevenção de acidentes.

Interna:
É seu campo de atuação está restrito à própria empresa.

Prevenção:
É o que define claramente o papel da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. É sua
meta principal. Prevenção significa caminhar antes do acidente. É a atuação do cipeiro
quando se depara com alguma situação de risco capaz de provocar um acidente, inerente à
atividade laboral desenvolvida.

Acidente:
“qualquer ocorrência imprevista e sem intenção que possa causar danos ou prejuízos à
propriedade ou pessoa”. 11
Qual é o papel do cipeiro?

CIPEIRO é o funcionário de um estabelecimento regularmente eleito por escrutínio


secreto (voto segreto), para representar os empregados, em uma gestão de um ano, perante
a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
É cipeiro também o funcionário de um estabelecimento escolhido pelo empregador para
representá-lo na CIPA, com representantes do empregador e dos empregados.

Sabendo agora o que é CIPA e quais os seus objetivos, vamos falar sobre o seu papel como
cipeiro. Você foi escolhido para fazer parte da CIPA.

Mas, sem dúvida, há em você algumas qualidades, como:


vontade de colaborar, bom senso, responsabilidade e outras, que foram percebidas por
aqueles que o escolheram e o viram como alguém capaz de desempenhar, a contento, o
papel de cipeiro.

É aqui que sua responsabilidade começa, na medida em que esperam


uma atuação positiva de sua parte.

E AGORA?
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O primeiro passo é acreditar que algo pode ser feito para a prevenção de
acidentes em sua empresa, que a CIPA não é abstrata, mas que pode desenvolver um
trabalho concreto, real.
Dificuldades poderão existir, visto que você nunca irá trabalhar sozinho. O cipeiro
faz parte de uma Comissão que, por sua vez, poderá esbarrar em outras áreas da
empresa. Isto porque a CIPA depende:

 do apoio constante do empregador;


 do assessoramento do SESMT quando houver;
 da receptividade e conscientização dos empregados.

É necessário, pois, que o cipeiro esteja consciente dessa situação, de sua


responsabilidade e que se proponha em ser um agente de mudança, no sentido de ser o
elemento de articulação para resolver os problemas. Para tanto, é indispensável que o
objetivo da CIPA – PREVENÇÃO DE ACIDENTES – norteie todas as suas ações. O grupo
ganhará maior coesão se todos os seus membros reconhecerem a importância deste
objetivo.

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Deve o cipeiro, portanto:

 ter uma atitude receptiva com tudo quanto diz respeito à prevenção de acidentes;

 estar predisposto a participar do treinamento para membros da CIPA, para adquirir


conhecimentos específicos, necessários à sua atuação;

 buscar e propor soluções para os problemas que porventura surjam, como se isto
dependesse especialmente dele (abraçar a causa mas com bom senso);

Tomar cuidado para não ser manipulado por pessoas que com mal intencionadas.
Lembre-se o nosso objetivo é segurança do trabalho, prevenção de acidentes.

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Atribuições:
Por favor, vide os Itens:
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE de 5.16 a 5.22
 Convocar os membros para as reuniões da CIPA; de 5.23 a 5.29
 Coordenar as reuniões;
 Manter o empregador informado sobre as decisões da CIPA;
 Coordenar e supervisionar as atividades da secretária(o);
 Delegar atribuições ao Vice-Presidente.

ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE
 Executar as atribuições que lhe forem delegadas;
 Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais e nos seus
afastamentos temporários.

ATRIBUIÇÕES DA(O) SECRETÁRIA(O)


 Cargo fundamental para o bom desenvolvimento da CIPA;
 Redigir a ata, que deverá ser bem clara em relação ao que foi discutido e
votado;
 Preparar correspondência;
 Elaborar relatórios estatísticos.
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Atribuições em Conjunto:
 Identificar os riscos do processo de trabalho;

 Elaborar o mapa de riscos, com assessoria do SESMT (quando houver);

 Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas


de segurança e saúde no trabalho;

 Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção


necessárias;

 Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção à


AIDS e outros programas de saúde;

 Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a


identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores;

 Realizar, a cada reunião (mensal), avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;

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Atribuições em Conjunto:
 Divulgar aos trabalhadores informações relativas à Segurança e Saúde no Trabalho;

 Participar, com o SESMT (quando houver), das discussões promovidas pelo


empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho
relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;

Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, a Semana Interna de Prevenção de


Acidentes do Trabalho - SIPAT;

Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de


seus trabalhos;

Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que seus objetivos


sejam alcançados;

Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento;

Encaminhar os pedidos de reconsideração da CIPA;

Constituir Comissão Eleitoral.


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MODULO I - CIPA – Constituição, Funcionamento, Organização
e Composição.
Constituição:
Toda e qualquer empresa privada, pública, sociedades mistas, órgãos da administração
direta ou indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem
como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados.

Funcionamento:
As reuniões terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias para
todos os membros e ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes de Inspeção do
Trabalho, podendo haver reuniões extraordinárias;

As decisões da CIPA serão preferencialmente por consenso e caberá pedido de


reconsideração, mediante requerimento justificado;

O membro titular perderá o mandato, faltando a mais de quatro reuniões sem justificativa;

No caso de afastamento definitivo do Presidente, a empresa indicará o substituto em dois


dias úteis, preferencialmente entre membros da CIPA;
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MODULO I - CIPA – Constituição, Funcionamento Organização e
Composição.

 Quando ocorrido uma vaga definitiva de cargo, a mesma será suprida por suplente,
obedecendo a ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição, devendo o
empregador comunicar à unidade do MTE as alterações e justificar os motivos.

 No caso de afastamento definitivo do Vice-Presidente, os membros titulares da


representação dos empregados, escolherão o substituto entre seus titulares, em dois dias
úteis;

 As reuniões devem ser coordenadas pelo Presidente e na sua ausencia pelo Vice-
Presidente;

 Muito cuidado, tratar exclusivamente de assuntos da CIPA. Não esqueça, o nosso foco é
prevenção de acidentes;

 Colocar em pratica o Plano de Trabalho;

 Utilização adequada do tempo;

 Empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes,


antes da posse.
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Funcionamento:

Reuniões Ordinárias
 Serão realizadas mensalmente conforme calendário de reuniões, durante o expediente
normal de trabalho.

Reuniões Extraordinárias
As reuniões extraordinárias ocorrerão em situações específicas:
 Acidentes de trabalho grave ou fatal;
 Denúncia de risco grave e iminente;
 Quando houver solicitação expressa de uma das representações.

Sequência Sugerida para a Reunião


 Abertura (Presidente);
 Leitura da ata da reunião anterior – secretário(a);
 Avaliar as pendências e suas soluções;
 Sugestões de medidas preventivas;
 Determinação dos responsáveis e prazos para realização das medidas preventivas.
 Discussão das Inspeções de Segurança;
 Avaliação do cumprimento das metas fixadas;
 Encerramento (Presidente)
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MODULO I - CIPA – Treinamento e Obrigações.
Treinamento:

Terá carga horária de 20 horas, distribuídos em no máximo 8 horas diárias e será realizado
durante o expediente normal da empresa.

Obrigações:

Cabe ao empregador
• Proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho de suas
atribuições, garantindo tempo suficiente para a realização das tarefas constantes do
plano de trabalho.

Cabe ao empregado
• Participar da eleição de seus representantes;
• Colaborar com a gestão da CIPA; Indicar à CIPA, ao SESMT, e ao empregador
situações de riscos e apresentar sugestões para melhoria;
• Aplicar as recomendações quanto a prevenção de acidentes e doenças decorrentes
do trabalho

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Organização e Composição:

A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo


com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações
disciplinadas em atos normativos para setores específicos./

COMPOSIÇÃO DA CIPA

Empregador Trabalhadores

ELEIÇÃO

Presidente Vice-Presidente
Membros Membros
Titulares e Titulares e
Suplentes Suplentes
Secretário
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MODULO II - Introdução a Segurança do Trabalho
NR 5 - Item 5.33 letra “c”

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Introdução a Segurança do Trabalho

As empresas são centros de produção de bens materiais ou de prestação de serviços


que tem uma importância para as pessoas que a elas prestam colaboração, para as
comunidades que se beneficiam com sua produção e, também, para a nação que tem seus
fatores de progresso o trabalho realizado por essas empresas.

Nas empresas encontram-se presentes muitos fatores que podem transformar-se em


agentes de acidentes dos mais variados tipos. Dentre esses agentes podemos destacar os
mais comuns: ferramentas de todos os tipos; máquinas em geral; fontes de calor;
equipamentos móveis, veículos industriais, substâncias químicas em geral; vapores e fumos;
gases e poeiras, pisos em geral e escadas fixas e portáteis.

As causas, entretanto, poderão ser determinadas e eliminadas resultando na


ausência de acidente ou na sua redução.

Desse modo muitas vidas poderão ser poupadas, a integridade física dos
trabalhadores será preservada além de serem evitados os danos materiais que envolvem
máquinas, equipamentos e instalações que constituem um valioso patrimônio das empresas.
Para se combater as causas dos acidentes e se implantar um bom programa de prevenção
necessário se tornam, primeiramente, conhecer-se a sua conceituação.

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Introdução a Segurança do Trabalho
CONCEITO LEGAL (de acordo com o artigo 19º da Lei n.º 8213 de 24 de julho de 1991).
“ACIDENTE DO TRABALHO É AQUELE QUE OCORRE NO EXERCÍCIO DO TRABALHO A SERVIÇO
DA EMPRESA, PROVOCANDO LESÃO CORPORAL OU PERTURBAÇÃO FUNCIONAL QUE CAUSE
MORTE, OU PERDA, OU REDUÇÃO, PERMANENTE OU TEMPORÁRIA, DA CAPACIDADE PARA O
TRABALHO”.

ACIDENTE

LESÃO

TOTAL PARCIAL

PERMANENTE TEMPORÁRIA

CONCEITO PREVENCIONISTA
“ACIDENTE É A OCORRÊNCIA IMPREVISTA E INDESEJÁVEL, INSTANTÂNEA OU NÃO,
RELACIONADA COM O EXECÍCIO DO TRABALHO, QUE PROVOCA LESÃO PESSOAL /
CORPORAL OU DE QUE DECORRE RISCO PRÓXIMO OU REMOTO DESSA LESÃO”.

Qual a diferença entre o Conceito Legal e o Conceito


Prevencionista? 25
Introdução a Segurança do Trabalho
Classificação dos acidentes do trabalho
Acidente de Trajeto:
É aquele que ocorre no trajeto de casa para o trabalho e vice-versa.

Ato de Terceiro:
Podendo ser CULPOSO ou DOLOSO
Culposo - Quando não se tinha intenção de causar dano a outrem. Sendo um ato de
Imprudência, Imperícia ou negligência.

Doloso - É um ato de má-fé com vontade dirigida para a


Obtenção de um resultado criminoso, que atinge o trabalhador proveniente
de relação de emprego.
Força Maior:
Lesões oriundas de inundações, incêndios ou qualquer motivo de força maior
desde que ocorrido no local e horário de trabalho

Causas de Incapacidade “associada” ao Trabalho:


Quando a função que o funcionário exercia ou exerce contribui para o
agravamento de uma lesão pré-existente ou que havia uma pré-disposição para
ocorrer uma lesão.
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Introdução a Segurança do Trabalho
Acidente de Trajeto
Ocorre no percurso usual da sua residência para o trabalho ou do trabalho para sua casa.

Residência Trabalho

NÃO IMPORTANDO
 O meio de locomoção;
 O caminho tem que ser usual, habitual.

O QUE PODE DESCARACTERIZAR O ACIDENTE DE TRAJETO


 Exceder o tempo habitual - Realização do percurso além do tempo habitual;

 Se ocorrer uma parada entre esses dois pontos (residência/trabalho –


trabalho/residência) o acidente de trajeto poderá ser descaracterizado.
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Introdução a Segurança do Trabalho

DOENÇA PROFISSIONAL
Assim entendida e produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do
Trabalho e Previdência Social.
Ex.: Tendinite nos digitadores.

DOENÇA DO TRABALHO
Assim entendida e adquirida ou desencadeada em função de condições especiais no
ambiente de trabalho, e como ele se relacione diretamente, no item anterior

Causas de Incapacidade “associada” ao Trabalho:


Quando a função que o funcionário exercia ou exerce contribui para o
agravamento de uma lesão pré-existente ou que havia uma pré-disposição para
ocorrer uma lesão.

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Introdução a Segurança do Trabalho

O que é Segurança do Trabalho?


Segurança do trabalho é um conjunto de medidas que são adotadas visando
minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a
integridade do trabalhador e a sua capacidade de trabalho.

ATENÇÃO:
O Conjunto de Medidas inclui não só EPI
e EPC, mas atitudes positivas, corretas de
todos os colaboradores quando se trata
de segurança, prevenir acidentes.

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Heinrich e Bird

O primeiro a divulgar a filosofia do acidente com danos à propriedade foi o engenheiro


Herbert William Heinrich, na sua obra intitulada Industrial Accident Prevention, no início dos
anos 30.
Em suas análises chegou à proporção em que para cada 300 acidentes sem lesões, ocorrem
29 acidentes com lesões leves e um com lesão incapacitante. Essa proporção originou a
Pirâmide de Heinrich.

30
Pirâmide de Bird

O engenheiro Frank Bird Jr., autor da obra Damage Control, aprimorou a estatística
apresentada por Heinrich entre os anos 50 e 60 chegando à proporção 600:30:10:1, ou seja:

1 ACIDENTE GRAVE

10 ACIDENTES COM LESÃO

Danos a Propriedade/ Equipamentos, Perda


material
30

INCIDENTES os “Guase Acidentes”


600

Essa imagem acima, conhecida como a Pirâmide de Bird foi baseada na análise de mais de 1
milhão de acidentes.

31
Heinrich e Bird

A representação em pirâmide nos mostra a magnitude estatística desses estudos e também a


cadeia de eventos (causas e efeitos) que resultam em danos nas pessoas e nos recursos
materiais da organização, e o grande significado que há em levantar e tratar os famosos
“quase acidentes”, a base para as ATITUDES PREVENCIONISTAS de todos os atores
organizacionais envolvidos.

Outra constatação importante é que os níveis 600:30:10:1 apresentados na pirâmide de Bird


são níveis dos quais não temos controle, ou seja, só podemos atuar a partir da identificação e
controle sobre os perigos, pois são os perigos que possuem o potencial para resultar em quase
acidente, danos e até mesmo a morte.

É temerário que lembremos, o PERIGO está lá, rondando, esperando o momento de causar
uma perda para a propriedade ou ainda causar danos às pessoas, inclusive.

Fonte: http://escoladaprevencao.com/colunistas/heinrich-e-bird-prevencao-e-controle-de-perdas.html

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Modulo II - PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES

Atitude Insegura (ato)

Condição Insegura

Atitude Insegura
+
Condição Insegura
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Modulo II - PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES

ATITUDE (ato) INSEGURA :


São atitudes, atos, ações ou comportamentos do trabalhador
contrários às normas de segurança.

Exemplos:
 Não usar o EPI;
 Deixar materiais espalhados pelo corredor;
 Operar máquinas e equipamentos sem habilitação;
 Distrair-se ou realizar brincadeiras durante o trabalho;
 Utilizar ferramentas inadequadas;
 Manusear, misturar ou utilizar produtos químicos sem
conhecimento;
 Trabalhar sob efeito de álcool e/ou drogas;
 Usar ar comprimido para realizar limpeza em uniforme ou no próprio corpo;
 Carregar peso superior ao recomendado ou de modo a dificultar visão;
 Desligar dispositivos de proteção coletiva de máquinas e/ou equipamentos.

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Modulo II - PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES

CONDIÇÕES INSEGURAS:
São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas nas instalações físicas,
máquinas e equipamentos que presentes no ambiente podem causar acidentes
de trabalho.

Exemplos:

 Falta de corrimão em escadas;


 Falta de guarda-corpo em patamares;
 Arranjos inadequados;
 Piso irregular;
 Escadas inadequadas;
 Equipamentos mal posicionados;
 Falta de sinalização;
 Falta de proteção em partes móveis;
 Ferramentas defeituosas;
 Falta de treinamento.

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Modulo II - PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES

Ato
x Condição
Inseguro Insegura

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Modulo II - PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES

Fator Pessoal de Insegurança


É o que podemos chamar de “problemas pessoais de uma pessoa” e que agindo sobre
trabalhador podem vir a provocar acidentes, como por exemplo:

 Problemas de saúde não tratados;


 Conflitos familiares;
 Falta de interesse pela atividade que desempenha;
 Dívidas;
 Familiar doente (filho, mãe, esposa, etc);
 Alcoolismo e/ou o uso de substâncias tóxicas;
 Falta de treinamento;
 Inexperiência, etc.
 Excesso de confiança;
 Não seguir as boas prática segurança para execução de determinado trabalho;
 Incapacidade Física e mental para o trabalho.

37
Modulo II - Investigação e Análise de Acidentes
NR 5 - Item 5.33 letra “b”, “c” e “f”

38
Investigação e Análise de Acidentes
NR 5 - Item 5.33 letra “b”, “c” e “f”

Cabe à CIPA investigar, participar, com o SESMT da investigação dos acidentes ocorridos
na empresa. Além disso, no caso de acidente grave a CIPA deverá reunir-se,
extraordinariamente, até dois dias após o infortúnio.
A CIPA tem como uma de suas mais importantes funções estudar os acidentes para que
eles não se repitam, ou ainda evitar outros que possam surgir.
Para tal devem conhecer as causas dos acidentes, ou seja, o que os faz acontecer, para
que possam então agir de modo a corrigir procedimentos, métodos e/ou situações
inadequada à prevenção de acidentes.

39
Investigação e Análise de Acidentes
NR 5 - Item 5.33 letra “b”, “c” e “f”

Todo acidente traz informações úteis para aqueles que se dedicam a sua
prevenção. Sendo um acidente não comum, raro, podem revelar as existências de causas
ainda não conhecidas, causas que permaneciam ocultas e que não haviam sido notadas
pelos encarregados da segurança.
Sendo um acidente comum, sendo a repetição de um infortúnio, já ocorrido, pode
revelar possíveis falhas nas medidas de prevenção que, por alguma razão a ser
determinada, não estão impedindo essa repetição.

Convém ressaltar que o estudo de acidentes não deve limitar-se àquelas


considerados graves. Pequenos acidentes podem revelar riscos grandes.

Por outro lado, acidentes sem lesão devem se estudados cuidadosamente,


porque podem transformar-se em ocorrências com vítima. Perceber, em fatos que
parecem não ter gravidade, os perigos, os riscos que em ocasião futura se revelarão
fontes de acidentes graves, é capacidade que os membros da CIPA devem desenvolver.

Disso dependerá, em grande parte, a redução ou a solução definitiva de muitos


problemas na área de segurança do trabalho.
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Modulo II - ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO

 Coletar os fatos, descrevendo o ocorrido;

 Analisar o acidente, identificando suas causas;

 Definir as medidas preventivas, acompanhando sua execução

ACIDENTE
41
Investigação e Análise de Acidentes
NR 5 - Item 5.33 letra “b”, “c” e “f”

Conseqüência dos acidentes – é o efeito do acidente, ou seja, são lesões


sofridas pelo homem e ainda os danos materiais e equipamentos.

Lesão Pessoal ou Lesão – é qualquer dano sofrido pelo organismo humano,


como conseqüência do acidente do trabalho.

Lesão com perda de tempo: lesão pessoal que impede o acidentado de voltar
ao trabalho no dia imediato ao acidente.
NOTA: Essa lesão provoca morte, incapacidade total permanente, incapacidade parcial
permanente ou incapacidade temporária total.

Lesão sem perda de tempo: é lesão pessoal que não impede o acidentado de
voltar ao trabalho no dia imediato ao do acidente

Danos Materiais: são aqueles que atingem diretamente o patrimônio das


pessoas físicas ou jurídicas.

42
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES

Análise de Caso
João estava furando um cano de ferro, acima de sua cabeça. Para executar a tarefa,
equilibrava-se em cima de caixas de metal, como se fossem escada. Utilizava uma
furadeira elétrica portátil. Ele havia feito vários furos e a broca já estava com o fio
gasto, por esta razão, João estava forçando a penetração desta.
Momentaneamente, a sua atenção foi desviada por algumas faíscas que saíram do
cabo de extensão, exatamente onde havia um rompimento, que deixava os fios
elétricos descobertos.

43
Modulo II - ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO

Ao desviar a atenção, ele torceu o corpo, forçando a broca no furo. Com a


pressão ela quebrou e, neste mesmo instante, ele voltou o rosto para ver o
que ocorria, vindo a ser atingido por um estilhaço da broca em um dos olhos.
Com um grito, largou a furadeira, pôs as mãos no rosto, perdeu o equilíbrio e
caiu, quebrando a perna esquerda.
Um acontecimento semelhante, ocorrido a um ano atrás, nesta mesma
empresa, determinava o uso de óculos de proteção na execução desta
tarefa.
O óculos que João deveria ter usado, estava sujo e quebrado, pendurado em
um prego.
Segundo o que o supervisor dissera, não ocorrera nenhum acidente nos
últimos meses e o pessoal não gostava de usar os óculos, por esta razão, ele
não se preocupava em recomendar o seu uso nesta operação, porque tinha
coisas mais importantes a fazer.
Analise e defina: Estabeleça
- Atitudes Inseguras; - Medidas Corretivas
- Condições Inseguras; - Medidas Preventivas
- Causas da Lesão.
44
Investigação e Análise de Acidentes
NR 5 - Item 5.33 letra “b”, “c” e “f”

Assim como, na empresa, existem preocupações com controles de qualidade,


produção, de estoque e de outros elementos da atividade produtiva, também com os
acidentes deve existir igual ou maior interesse.
O acompanhamento da variação na ocorrência do infortúnio exige que se façam
registros cuidadosos sobre acidentados com relatórios completos. Tais registros podem
colocar em destaque a situação dos acidentes por área da empresa por causa, por tipos
de lesões, por dias da semana, por idade dos acidentados e por muitos outros fatores.
Todos esses ângulos de visão, esses campos especiais de estudos vão-se complementar
nas estatísticas que devem satisfazer às exigências legais e também às necessidades dos
órgãos da empresa encarregados de resolver problemas de segurança. Os próprios
acidentes de trajeto devem merecer estatísticas especiais.
Dias perdidos - Trata-se dos dias em que o acidentado não tem condições de trabalho por
ter sofrido um acidente que lhe causou uma incapacidade temporária. Os dias perdidos
são contados de forma corrida, incluindo domingos e feriados, a partir do dia seguinte ao
do acidente até o dia anterior o da alta médica. No acidente sem perda de tempo, caso em
que o acidentado pode trabalhar no dia do acidente ou no dia seguinte, não são contados
dias perdidos.
Dias debitados - Nos casos em que ocorre incapacidade parcial permanente ou
capacidade total permanente ou a morte, aparecem os dias debitados. Eles representam
uma perda, um prejuízo econômico que toma como base uma média de vida ativa do
trabalhador calculada em vinte (20) anos ou seis mil (6000) dias.
Exemplo: Perda da mão – 3.600 dias 45
Investigação e Análise de Acidentes
NR 5 - Item 5.33 letra “b”, “c” e “f”

Estatística de Acidentes

Taxa de Frequência: representa o número de acidentados, com perda de tempo, que


podem ocorrer em cada milhão de homens - horas - trabalhados. A fórmula é a seguinte:

Número de acidentados com perda de tempo X 1.000.000/Homens-horas-trabalhados

Taxa de Gravidade: representa a perda de tempo ( dias perdidos + dias debitados ) que
ocorre em conseqüência de um acidente em cada milhão de homens - horas - trabalhadas.
A fórmula da Taxa de Gravidade é a seguinte:

(dias perdidos + dias debitados) X 1.000.000/Homens-horas-trabalhados

46
Modulo II – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO
TRABALHO - CAT
De acordo com a legislação, todo acidente do trabalho deve ser
imediatamente comunicado à previdência social por meio de
formulário próprio denominado CAT. Prazo máximo de 24 horas após
a ocorrência do acidente.

A comunicação do acidente poderá ser realizada pela empresa, pelo


acidentado ou por qualquer pessoa que dele tiver conhecimento.

Em caso de morte, é obrigatória a comunicação à autoridade policial. A empresa por sua vez,
deve comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao
da ocorrência.

47
Estudo do Ambiente e dos Riscos no Trabalho no Processo Produtivo
NR 5 - Item 5.33 letra “a” e “c”

48
Estudo dos Riscos e Ambiente do Trabalho

Atividade Macro EXEMPLO – Embalar Peças MANUALMENTE em Plástico tipo Bolha ou VCI, colar
etiqueta com código de barras e/ou Colocar em caixas de papelão e madeira. Utiliza fiteira para lacrar
as caixas de madeira. As caixas de madeiras são fechadas com Martelete Pneumático (prego) ou
Grampeadeira Pneumática. Utiliza o pé de cabra ou martelo, para abrir caixas de madeira e
eventualmente utilizar a tesoura específica para cortar fita de aço (cinta). Uma parte das caixas de
madeira ou papelao são fechadas com a arqueadeira elétrica manual ou de mesa.
As peças que serão embaladas vêm armazenadas nas telas, ½ telas, tubos, caixa preta, caixas de
madeira, papelão ou dispositivo para transporte de peças.

Riscos EXEMPLO :

 Atropelamento, colisão da empilhadeira ou paleteira contra pessoas e materiais;


 Corte nas mãos e dedos quando abrir caixas de papelão ou cortar plástico bolhas com estilete;
 Lesão nas mãos e olhos quando utilizar o martelo ou pé-de-cabra para abrir caixas de madeira;
 Ferimento nos membros inferiores ocasionado por queda de peças;
 Prensar membros superiores ocasionado por batidas contra tubo, tela, equipamento, etc;
 Ferimento nos membros inferiores ocasionado por queda durante a movimentação da peça através
de ponte rolante, empilhadeira ou paleteira;
 Ferimento nos olhos quando limpar as caixas, utilizando Lixadeira Pneumática manual, martelete ou
grampeador pneumático;
 Ruído nas áreas de Pre-embalagem, Agregado e nos postos de trabalho que usam martelete e
grampeadeira pneumática.

49
Estudo dos Riscos e Ambiente do Trabalho

QUAL A NOSSA Atividade Macro?:

QUAIS SÃO os Nossos Riscos?:

50
Inspeções de Segurança

51
Inspeções de Segurança

Conceito e a Importância

Conceito
A inspeção de segurança consiste na observação cuidadosa dos ambientes de trabalho, com o fim
de descobrir, identificar riscos que poderão transformar-se em causas de acidentes do trabalho e
também com o objetivo prático de tomar ou propor medidas que impeçam a ação desses riscos.

Importância
A inspeção de segurança se antecipa aos possíveis acidentes, mas quando repetidas, alcançam
outros resultados: favorecem formação e o fortalecimento do espírito prevencionista que os
empregados precisam ter; servem de exemplo para que os próprios trabalhadores exerçam, em
seus serviços, controles de segurança; proporcionam uma cooperação mais aprofundada entre os
Serviços Especializados e CIPA’s e os diversos setores da empresa; dão aos empregados a certeza
de que a direção da empresa e o poder público (no caso das inspeções oficiais ) têm interesse na
segurança do trabalho.
A presença de representantes da CIPA nas inspeções de segurança é sempre recomendável, pois a
assimilação de conhecimentos cada vez mais amplos sobre as questões de segurança e higiene e
medicina do trabalho vai tornar mais produtivo, mais completo o trabalho educativo que a comissão
desenvolve. Além disso, a renovação dos membros da CIPA faz com que um número sempre maior
de empregados passe a aprofundar os conhecimentos exigidos para a solução dos problemas
relativos a acidentes e doenças do trabalho.

52
Inspeções de Segurança

Tipos de Inspeções

Inspeções Gerais - são aquelas feitas em todos os setores da empresa e que se preocupam com
todos os problemas relativos a Segurança e a Medicina do Trabalho. Essas inspeções devem ser
repetidas em intervalos regulares.

Inspeções Parciais - elas podem limitar-se em relação as áreas, sendo inspecionados apenas
determinados setores da empresa, e podem limitar-se em relação as atividades, sendo inspecionado
certo tipos de máquinas, equipamentos ou atividade.

Inspeções de Rotina - é uma inspeção muito importante que os próprios trabalhadores façam
em suas ferramentas, nas máquinas que operam e nos equipamentos que utilizam. Naturalmente,
em inspeções de rotina, são mais procurados os riscos que se manifestam com mais freqüência e
que constituem as causas mais comuns dos acidentes.

53
Inspeções de Segurança

Inspeções Periódicas - como é natural o desgastes dos meios materiais utilizados na atividade,
de tempos em tempos, devem ser marcadas, com regularidade, inspeções destinadas a descobrir
riscos que o uso de ferramentas, de máquinas de equipamentos e de instalações possam provocar.

Inspeções eventuais - não tem data ou períodos determinados, e se destinam a controles


especiais de problemas importantes dos diversos setores da empresa.

Inspeções oficiais - são realizadas por agentes dos órgãos oficiais da empresa de seguro.

Inspeções especiais - destinam-se a fazer controles técnicos que exigem profissionais


especializados, aparelhos de teste e medição.

54
Riscos no Ambiente de Trabalho
NR 5 - Item 5.33 letra “f”

55
Riscos no Ambiente de Trabalho

Conceito

São considerados riscos ou agentes agressivos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e


de acidentes, os que possam trazer ou ocasionar danos a saúde do trabalhador nos
ambientes de trabalhos em função de sua natureza, concentração, intensidade e tempo de
exposição ao agente.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Saúde como: “O completo bem-estar


físico, metal e social”.

Uma das atribuições da CIPA, é identificar e relatar os riscos existentes nos setores e
processos de trabalho.

Para isso é necessário que se conheça os riscos que podem existir nesses setores,
solicitando medidas para que os mesmos possam ser eliminados e/ou neutralizados.
Identificados esses riscos, os mesmos deverão ser transcritos no Mapa de Riscos.

56
Riscos no Ambiente de Trabalho

• NATUREZA DO RISCO
• CONCENTRAÇÃO
• INTENSIDADE
TEMPO DE
EXPOSIÇÃO

SENSIBILIDADE INDIVIDUAL

57
Riscos no Ambiente de Trabalho – Formas de Contato

RESPIRATÓRIA CUTÂNEA DIGESTIVA


Pele

58
Riscos no Ambiente de Trabalho

Mapa de Risco - é uma metodologia de verificação nos locais de trabalhos, tornada


obrigatório a partir da publicação da portaria nº25 de 29/12/1994 da SSST, que consiste
numa analise de processo de produção e das condições de trabalho, e tem como objetivo:

 Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnostico da situação de


segurança e saúde no trabalho na empresa;

 possibilitar durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre os


trabalhadores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção.

Simbologia utilizada:

Risco
Risco Risco Pequeno
Grande Médio

59
Riscos no Ambiente de Trabalho

CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS

60
CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS
Riscos Físicos
São considerados riscos físicos: • Ruídos;
• Calor e frios;
• Vibrações;
• Pressões anomais;
• Radiações ionizantes e não ionizantes;

Riscos Químicos
Os riscos químicos são encontrados no local de trabalho na forma sólida,
líquida ou gasosa e classificam-se:
• Poeiras;
• Fumos metálicos;
• Névoas;
• Gases;
• Vapores;
• Neblinas e substâncias, compostos ou
produtos químicos em geral;
Poeiras, fumos, névoas, gases e vapores estão dispersos no ar ( aerodispersóides )
61
Riscos no Ambiente de Trabalho

Riscos Biológicos
São considerados riscos biológicos: • Vírus;
• Bactérias;
• Protozoários;
• Fungos;
• Parasitas;
• Bacilos;

Risco Ergonômico
São considerados riscos Ergonômicos:
• Esforço físico intenso; • Trabalho em turno e noturno;
• Levantamento e transporte manual de • Jornadas de trabalho prolongadas;
peso;
• Exigência de postura inadequada; • Monotonia e repetitividade;

• Controle rígido de produtividade; • Outras situações causadoras de


• Imposição de ritmos excessivos; “stress” Físico e/ou psíquico;
62
Riscos no Ambiente de Trabalho

Risco de Acidentes
São considerados Riscos de Acidentes:

• Arranjo físico inadequado;


• Máquinas e equipamentos sem proteção;

• Iluminação inadequada ou inexistente;


• Eletricidade;
• Probabilidade de incêndio ou explosão;

• Armazenamento inadequado;
• Animais peçonhentos;
• Outras situações de risco que poderão contribuir para
ocorrência de acidentes;

63
Exemplo de um Mapa de Risco

64
Medidas de controle dos Riscos no Ambiente de Trabalho

EPC
Técnica
EPI

Médica

Administrativa

Educativa
65
MEDIDAS TÉCNICAS

EPC EPI

Evita ou Diminui
elimina/neutraliza/sinaliza
A LESÃO
O RISCO

66
PRIODIDADES NO CONTROLE DE RISCO

 Eliminar o risco;

 Neutralizar / isolar o risco, através do uso de Equipamento de Proteção


Coletiva;

 Proteger o trabalhador através do uso de Equipamentos de Proteção


Individual.
ELIMINAR APLICAR
O RISCO EPI

APLICAR
RISCO AINDA
EPC PRESENTE

67
MEDIDAS MEDICAS

 Desenvolver o Programa de Controle Médico de Saúde ocupacional (PCMSO),


responsável por promover a prevenção, o rastreamento e o diagnóstico precoce dos
agravos à saúde relacionados ao trabalho, além da constatação da existência de
doenças profissionais ou de danos à saúde dos trabalhadores;

 Submeter os trabalhadores à exames médicos: Admissional, Demissional, Periódico,


Retorno ao Trabalho e Mudança de Função;

 Submeter os trabalhadores expostos ao ruído ocupacional a exames de audiometria para


prevenir a PAIR.

 Promover campanhas de vacinação contra Gripe, Hepatite, etc;

 Controlar e avaliar as causa de Absenteísmo;

 Realizar atendimento de primeiros socorros;

 Trabalhar em conjunto com o SESMT (onde houver) na investigação e análise dos


Acidentes do Trabalho.

68
MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
São ações administrativas para controlar a exposição dos trabalhadores aos agentes
ambientais, tais como: Revezamento e Rodízio de atividades; Pausas programadas;
Mudança de lay-out; Realização de Exercício Laboral; Etc.

MEDIDAS EDUCATIVAS
São programas de treinamentos, palestras e cursos, destinados a informar e capacitar
os trabalhadores na execução segura de suas atividades.

69
O Mapa de Riscos é a representação gráfica do reconhecimento dos riscos existentes nos
locais de trabalho, por meio de círculos de diferentes cores e tamanhos.

O Mapa de Riscos deve ser refeito a cada gestão da CIPA.

OBJETIVO

 Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da


 situação;
Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações
entre os funcionários.

“Reunir as informações “Troca e e divulgação de


necessárias” informações entre os funcionários.”
70
ETAPAS DA ELABORAÇÃO

 Conhecer o processo de trabalho no local analisado;


 Identificar os riscos existentes no local analisado;
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia;
 Identificar os indicadores de saúde;
 Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;
 Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o lay-out da empresa, indicando através de círculos,
colocando em seu interior o risco levantado (cor), agente especificado e número de
trabalhadores expostos.

71
Riscos no Ambiente de Trabalho

QUEM ELABORA?

 CIPA (*)

 TRABALHADORES de todos os setores do estabelecimento (*)

(*) Com colaboração do SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança


e Medicina do Trabalho

Imprescindível a participação dos TRABALHADORES devido ao:

IMPORTANTE • Conhecimento da área;

• Exposição ao RISCO.

72
MAPA DE RISCO

73
Campanhas de Segurança

74
Campanhas de Segurança

As Semanas Internas procuram criar uma mentalidade prevencionista ou


reforça-la quando ela existe. Essas semanas podem ter como objetivo a divulgação de
medidas gerais de prevenção, ou, também, de medidas preventivas especiais para
determinados tipos de acidentes.

O trabalhador que vive uma campanha, que é influenciado por ela, adquire um grau
maior de conhecimentos, de conscientização.

O que se pode esperar, de imediato, é a redução dos acidentes em geral ou de algum


tipo especial, com melhoria na produtividade, com diminuição em prejuízos materiais,
com garantias maiores para os prazos de produção e entrega etc., e principalmente, o
fator mais importante da atividade produtiva, o elemento humano, o patrimônio maior
em qualquer empreendimento.

75
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

76
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

A NR 6 - item 6.1 define o EPI como:


“todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no
trabalho.” (...)
No item 6.2 da NR declara que:
“O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser
posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido
pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério
do Trabalho e Emprego.”

Obrigações da empresa quanto ao EPI - item 6.3 da NR:

A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco,


em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:

a) Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os
riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
b) Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) Para atender as situações de emergência.
77
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Responsabilidades da empresa quanto ao EPI - item 6.6 da NR:

No item 6.6.1 da NR diz que: Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente
em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros,
fichas ou sistema eletrônico.

78
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Responsabilidades do trabalhador quanto ao EPI - item 6.7 da NR:

No item 6.7.1 da NR diz que:

Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

79
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI

Responsabilidades da empresa quanto as Normas de Segurança e Medicina do


Trabalho – conforme Art. 157 da CLT.

Art. 157 - Cabe às empresas: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

 I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; (Incluído


pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)

 II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a


tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; (Incluído pela Lei
nº 6.514, de 22.12.1977)

80
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC

DEFINIÇÃO
São os equipamentos que neutralizam o risco na fonte, dispensando, em determinados casos, o
uso dos equipamentos de proteção individual.

Quando instalamos, por exemplo, um revestimento acústico em


um gerador de força estamos atuando sobre a fonte do barulho
e por consequência no ambiente de trabalho, esta medida é
chamada de proteção coletiva, pois protege o conjunto de
trabalhadores, evitando o uso de protetor auricular.

Outro exemplo: protetor de polia do carro ou de uma máquina.

O EPC
Elimina/Neutraliza/Sinaliza

O RISCO
81
Legislação trabalhista e previdenciária relativas a
Segurança e Saúde no Trabalho
NR 5 - Item 5.33 letra “e”

82
Legislação trabalhista e previdenciária relativas a
Segurança e Saúde no Trabalho

Para o trabalhador - conseqüência é o sofrimento físico que pode levar a incapacidade temporária ou
permanente para o trabalho. A partir daí, começa um caminho para a desagregação social e
profissional que atinge a família, deixando-a desamparada economicamente e abalada social e
psicologicamente. O acidente de trabalho pode representar para o trabalhador e sua família a
suspensão de seus direitos à integridade física, à saúde, ao trabalho, á sobrevivência digna, ou
mesmo à própria vida.

Para a empresa - O acidente ou a doença do trabalho gera problemas com o desempenho dos
empregados, comprometimento na produção, atraso na emprega dos produtos, gastos com o
acidentado, tensão nas relações interpessoais, danos materiais, comprometimentos com a imagem
publica da empresa, etc.

Para a comunidade - O acidente de trabalho ocasiona aumento do custo de vida e dos


impostos, desperdício ou perdas irreversíveis da produtividade as pessoas. Esses problemas
representam prejuízos graves para a sociedade.

83
Legislação trabalhista e previdenciária relativas a
Segurança e Saúde no Trabalho

A Constituição Federal, em seu Capítulo II (Dos Direitos Sociais), artigo 6º e artigo 7º, incisos
XXII, XXIII, XXVIII e XXXIII, dispõe, especificamente, sobre segurança e saúde dos trabalhadores.

A Consolidação das Leis do Trabalho - CLT - dedica o seu Capítulo V à Segurança e


Medicina do Trabalho, de acordo com a redação dada pela Lei 6.514, de 22 de dezembro de 1977.

O Ministério do Trabalho, por intermédio da Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978,


aprovou as Normas Regulamentadoras - NR - previstas no Capítulo V da CLT. Esta mesma Portaria
estabeleceu que as alterações posteriores das NR seriam determinadas pela Secretaria de Segurança
e Saúde do Trabalho, órgão do atual Ministério do Trabalho e Emprego.

NR 1 Ordem de serviço NR 15 Atividades e operações Insalubres


NR 4 SESMT NR 16 Atividade e operações Perigosas
NR 5 CIPA NR 17 Ergonomia
NR 6 EPI’s NR 18 Condições e Meio Ambiente de
NR 7 PCMSO Trabalho na Industria da Construção
NR 9 PPRA NR 23 Proteção Contra Incêndios
NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem NR 25 Resíduos Industriais
e Manuseio de Materiais NR 33 Espaço Confinado
NR 35 Trabalho em Altura

84
Legislação trabalhista e previdenciária relativas a
Segurança e Saúde no Trabalho

NR’s aplicáveis em nossa empresa

NR 1 Ordem de serviço
NR 4 SESMT
NR 5 CIPA
NR 6 EPI’s
NR 7 PCMSO
NR 9 PPRA
NR 11 Transporte, Movimentação,
Armazenagem
e Manuseio de Materiais
NR 12 Máquinas e Equipamentos
NR 15 Atividades e operações Insalubres
NR 16 Atividade e operações Perigosas
NR 17 Ergonomia
NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho
na Industria da Construção
NR 23 Proteção Contra Incêndios
NR 25 Resíduos Industriais
NR 33 Espaço Confinado
NR 35 Trabalho em Altura 85
Legislação trabalhista e previdenciária relativas a
Segurança e Saúde no Trabalho

Incorporam-se às leis brasileiras, as Convenções da OIT - Organização


Internacional do Trabalho, quando promulgadas por Decretos Presidenciais. As
Convenções Internacionais são promulgadas após submetidas e aprovadas pelo
Congresso Nacional.

Além dessa legislação básica, há um conjunto de Leis, Decretos, Portarias e


Instruções Normativas que complementam o ordenamento jurídico dessa matéria.

Além disso, há a legislação acidentária, pertinente à área da Previdência Social.


Aqui se estabelecem os critérios das aposentadorias especiais, do seguro de acidente do
trabalho, indenizações e reparações.

Completando essa extensa legislação, devemos lembrar que a ocorrência dos


acidentes (lesões imediatas ou doenças do trabalho) pode dar origem a ações civis e
penais, concorrendo com as ações trabalhistas e previdenciárias.

86
Legislação trabalhista e previdenciária relativas a
Segurança e Saúde no Trabalho

Auxilio doença - Beneficio concedido ao segurando impedido de trabalhar por doença ou


acidente por mais de 15 dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com carteira
assinada, os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, e a Previdência Social paga a
partir do 16º dia de afastamento do trabalho.

Auxilio acidente - Beneficio pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com
seqüelas que reduzem sua capacidade de trabalho. É concedido para segurados que
recebiam auxilio-doença.

Aposentadoria por invalidez - Beneficio concedido aos trabalhadores que, por doença ou
acidente, forem considerados pela perícia médica da Previdência Social incapacitados para
exercer suas atividades ou outro tipo de serviço que lhes garanta o sustento.

Aposentadoria especial - Beneficio concedido ao segurando que tenha trabalhado em


condições prejudiciais à saúde ou a integridade física. Para ter direto a aposentadoria
especial, o trabalhador deverá comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição
aos agentes físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigidos
para a concessão do beneficio.

Pensão por morte - Beneficio pago à família do trabalhador quando ele morre. Para
concessão de pensão por mortem não há tempo mínimo de contribuição, mas é necessário
que o óbito tenha ocorrido enquanto o trabalhador tinha qualidade de segurado.
87
AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida e Medidas de Prevenção
NR 5 - Item 5.33 letra “d”

88
AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
A sigla AIDS, de origem inglesa, significa:

Adquirida – não é hereditária; pega-se ao entrar em contato com o vírus.


Imuno – refere-se a Sistema Imunológico, defesa do organismo, proteger-se.
Deficiência – não funciona de acordo, fraco, sem forças.
Síndrome – conjunto de sinais e sintomas que identificam a doença.

No Brasil utilizamos a forma AIDS, mas nos países de língua latina a forma SIDA é a
habitual.

AIDS/SIDA – É o resultado do processo de destruição das células através das quais nosso
organismo se defende da infecções e outras doenças. Esta destruição é causada pela ação do
vírus denominado HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana.
A AIDS é considerada uma doença crônica, especialmente pelos avanços terapêuticos
e pela experiência adquirida ao longo dos anos no manejo das intercorrências clínicas e dos
pacientes, o que confere a eles uma sobrevida cada vez maior e de melhor qualidade.

89
AIDS – Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
A ação do vírus no organismo
Ele ataca as células do sistema imunológico (linfócitos), alterando seu
funcionamento e reduzindo sua contagem. Isso faz com que a capacidade de
combater doenças seja comprometida gradativamente. “Ao longo dos anos, com a
multiplicação do vírus e a diminuição das células T CD4+ a níveis críticos, o organismo
fica vulnerável às infecções chamadas oportunistas.

Como se transmite o vírus


• Relação sexual

• Transfusão de sangue

• Materiais que perfuram ou cortam a pele Dia 1º de dezembro


Dia Mundial da luta
• Gravidez e amamentação
contra a AIDS
Reduzindo os riscos

• Uso de preservativo nas relações sexuais

• Não compartilhar agulhas, lâminas...

• Mães infectadas devem usar antirretrovirais durante a gestação e não


amamentar seu filho 90
Princípios básicos de Prevenção de Incêndios

91
MODULO III – Prevenção e combate a Incêndio

PREVENÇÃO E COMBATE Á

INCÊNDIOS

92
MODULO III – Prevenção e combate a Incêndio

ELEMENTOS QUE COMPÕEM O FOGO

Para que haja fogo, necessitamos reunir os quatro elementos essenciais:

 Combustível
 Calor
 Comburente
 Reação em cadeia

O Combustível em contato com uma fonte de Calor e em presença de um


Comburente (geralmente o oxigênio contido no ar) começará inflamar gerando a
Reação em cadeia.
93
MODULO III – Prevenção e combate a Incêndio

PROPOGAÇÃO DO CALOR

O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: convecção,


condução e irradiação.
 Condução
Transferência de calor através de um corpo sólido de molécula em molécula.

Transferência de
calor através de
um corpo.

94
MODULO III – Prevenção e combate a Incêndio
 Convecção
Transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de gases.

Movimentação de massas
gasosas transporta o calor para
cima e horizontalmente nos
andares.

95
MODULO III – Prevenção e combate a Incêndio

 Irradiação
Transferência de calor por ondas de energia calorífica que deslocam através do espaço.

Ondas caloríficas atingem os


objetos, aquecendo-as.

96
MODULO III – Prevenção e combate a Incêndio

MÉTODO DE EXTINÇÃO DO FOGO


A extinção do fogo baseia-se na retirada de um dos quatro
elementos essenciais que provocam o fogo .
 Retirada de material
É a forma mais simples de se extinguir um incêndio.
Baseia-se na retirada do material combustível, ainda não atingido, da área de propagação do fogo, interrompendo a alimentação da combustão.
Método também denominado corte ou remoção do suprimento do combustível.

Ex.: fechamento de válvula ou interrupção de vazamento de combustível líquido ou gasoso, retirada de materiais combustíveis do ambiente em chamas, realização de aceiro, etc.

Nesse método de
extinção é retirada
o elemento
combustível.

97
MODULO III – Prevenção e combate a Incêndio

 Resfriamento
Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está queimando,
diminuindo, conseqüentemente a liberação de gases ou vapores inflamáveis. A
água é o agente extintor mais usado, por ter grande capacidade de absorver
calor e ser facilmente encontrada na natureza.

Ex.: Uso de Sprinkler e hidrantes em forma de neblina para combate incêndio.

Nesse método
de extinção é
retirada o Calor.

98
MODULO III – Prevenção e combate a Incêndio

 Abafamento
Diminui ou impede o contato do oxigênio com o material combustível.
Não havendo comburente para reagir com o combustível, não haverá fogo. A diminuição do oxigênio em contato com o combustível
vai tornando a combustão mais lenta, até a concentração de oxigênio chegar próxima de 8%, onde não haverá mais combustão.
Ex.: Uso de uma tampa de panela para apagar uma chama na frigideira ou “bater” com a vassoura sobre a chama.

As chamas estão “vivas” enquanto há oxigênio suficiente, a falta do mesmo resultará na


extinção do fogo, é exatamente isso que o abafamento faz, isola o combustível em chamas do
comburente.
99
MODULO III – Prevenção e combate a Incêndio

CLASSES DE FOGO

 CLASSE “A”: São materiais de fácil combustão, queimam tanto na superfície como
em profundidade, deixando resíduos. Ex.: madeira, papel, etc.
 CLASSE “B”: São os produtos que queimam somente na superfície. Ex.: gasolina,
óleos, graxas, etc.
 CLASSE “C”: Ocorre em equipamentos elétricos energizados. Ex.: motores, quadros
de distribuição, etc.
 CLASSE “D”: Ocorre em materiais pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio, etc.

CLASSE A CLASSE B CLASSE C CLASSE D


Combustíveis Líquido e Gases Equipamentos Metais
sólidos Inflamáveis Energizados Pirofóricos

100
MODULO III – Prevenção e combate a Incêndio

TIPOS DE EXTINTORES

 Dióxido de Carbono, mais conhecido como Gás Carbonico ou CO2, usado


preferencialmente nos incêndios classe “B” e “C”;

 Pó Químico Sêco, usado nos incêndios classe “B” e “C”. Em materiais pirofóricos
(classe “D”), será utilizado um pó químico especial;

 Água Pressurizada, usado principalmente em incêndios de classe “A”. Em incêndios de


classe “C”, só deve ser utilizado sob forma de neblina. Nunca utilizar este tipo de
extintor em incêndios de classe “B”.

CO2 PÓ QUÍMICO ÁGUA


101
MODULO III – Prevenção e combate a Incêndio

INSPEÇÃO DE EXTINTORES

 Todo extintor deverá ter uma ficha de controle de inspeção,


devendo ser inspecionado no mínimo 1 vez por mês, sendo
observado seu aspecto externo, os lacres, manômetros e se os
bicos e válvulas de alívio não estão entupidas.

 Cada extintor deverá ter em seu bojo, uma etiqueta contendo


data de carga, teste hidrostático e número de identificação.

102
MODULO III – Prevenção e combate a Incêndio

LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE EXTINTORES

 Os extintores deverão ser instalados em locais de fácil acesso e visualização;


 Os locais destinados aos extintores devem ser sinalizados por um círculo vermelho
ou uma seta larga vermelha com bordas amarelas;
 Embaixo do extintor, no piso, deverá ser pintada uma área de no mínimo 1m x 1m,
não podendo ser obstruída de forma nenhuma;
 Sua parte superior não poderá estar a mais de 1,60 m acima do piso;
 Extintores não poderão estar instalados em paredes de escadas e não poderão ser
encobertos por pilhas de materiais.

103
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

NOÇÕES BÁSICAS DE
PRIMEIROS
SOCORROS

104
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

INTRODUÇÃO

Primeiros Socorros, são todas as medidas que devem ser


tomadas de imediato para evitar agravamento do estado
de saúde ou lesão de uma pessoa antes do atendimento
médico.

105
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

AÇÕES DE SOCORRISTA

 Cuide da sua segurança. Tome cuidado com os fluidos do corpo da vítima.

Sempre utilize luvas cirurgicas;


 Isolar a área, evitando o acesso de curiosos;

 Observar a vítima, verificando alterações ou ausência de respiração, hemorragias,


fraturas, colorações diferentes da pele, presença de suor intenso, expressão de dor;
 Observar alteração da temperatura, esfriamento das mãos e/ou pés;

 Manter a calma, assumindo a liderança do atendimento;

 Procurar que haja comunicação imediata com hospitais, ambulâncias, bombeiros,


polícia se necessário.

A atitude do socorrista pode significar a vida ou a morte da pessoa socorrida.

106
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

DESMAIOS

Normalmente, o desmaio não passa de um acidente leve, só se agravando quando é causado


por grandes hemorragias.

Como socorrer:
 se a pessoa estiver prestes a desmaiar, coloque-a sentada com a cabeça entre as pernas;
 se o desmaio já ocorreu, deitar a vítima no chão, verificar respiração e palidez;
 afrouxar as roupas;
 erguer os membros inferiores;

Obs.: Se a vítima não se recuperar de 2 a


3 minutos, procurar assistência médica.

107
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros
CRISE CONVULSIVA
Como socorrer:
 Deite a vítima no chão e afaste tudo que estiver ao seu redor
que possa machucá-la;
 Retire objetos como próteses, óculos, colares, etc;
 Coloque um pano ou lenço dobrado entre os dentes e
desaperte a roupa da vítima;
 Não dê líquido à pessoas que estejam inconscientes;
 Cessada a convulsão, deixa a vítima repousar calmamente,
pois poderá dormir por minutos ou horas;
 Nunca deixa de prestar socorro à vítima de convulsão;
A vítima de crise convulsiva  É comum a após a crise convulsiva a pessoa se urinar e
(ataque epiléptico), fica evacuar. Por isso é importante afastar as pessoas evitando o
retraída e começa a se
constrangimento da vítima.
debater violentamente,
podendo apresentar os
olhos virados para cima.

108
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

ENVENENAMENTO – INTOXICAÇÃO

Vítima consciente
O que fazer?
 Procure ajuda médica imediatamente;
 Não dê nada para beber (nem água nem leite) e não provoque
vômito.
 Se for sobre a superfície da pele, elimine o material e lave a
pele com água;
 Guarde a embalagem do produto tóxico.
 Se tiver a FISPQ – Ficha de Segurança do Produto Químico
leve ao pronto socorro.

Vítima inconsciente
O que fazer?
 Se a vítima respira, coloque-a em posição de recuperação;
 Não dê nada para a vítima beber;
 Não induza o vômito.

109
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

EMERGÊNCIAS RELACIONADAS AO CALOR


Insolação
 Pele quente, avermelhada e seca;
 Respiração acelerada;
 Fraqueza, tontura, enjoo e até perda de consciência.

Desidratação
 Suor adundante;
 Fraqueza;
 Dor de cabeça e tontura;
 Náusea e vômito;
 Cãibras.
Cãibras são comuns
Cãibras e emergências
relacionadas ao
 Cãibras no braço, perna e abdômen. calor
O que fazer?
 Tire a vítima do calor, leve-a para um local fresco;
 Esfrie a vítima com água fria;
 Verifique a respiração e o estado de choque. 110
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

INFARTO

Sintomas

 Dor no peito;
 Dor no braço e formigamento no ombro e pescoço;
 Fraqueza, suor, náusea e respiração curta.

O que fazer?
Fique atento aos sintomas
 Tranquilize a vítima e coloque-a em repouso imediato; do infarto

 Procure o socorro médico e prepara-se para realizar o


RCP se necessário.

111
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

DERRAME CEREBRAL

Sintomas

 Debilidade/paralisia na face, braço, perna ou em um lado do corpo;


 Dificuldade para falar, ver e andar;
 Dor de cabeça intensa;
 Perda de consciência.

O que fazer?
 Verifique as vias aéreas e respiração;
 Mantenha a vítima em repouso com os ombros e a cabeça mais elevados que o corpo;
 Não dê nada para comer e beber;
 Procure o atendimento médico urgentemente.

112
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros
CHOQUES ELÉTRICOS

O que fazer?

 Ver Corte a corrente elétrica imediatamente;

 Se a vítima ainda estiver conectada à corrente elétrica, use pano bem

grosso, borracha, madeira ou material não condutor de eletricidade

para salvá-la da corrente;

 Se o choque elétrico tiver sido muito forte, pode ter causado parada cardiorrespiratória.

Caso a vítima esteja com ausência de pulso e de batimentos cardíacos, ou ainda lábios e

unhas arroxeadas, inicie imediatamente a massagem cardíaca com a respiração boca a

boca, alternadamente.

113
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

PICADAS

Cobras - O que fazer?


 Mantenha a parte atingida em posição mais elevada;
 Retire anéis e pulseiras;
 Limpe o local com água e sabão;
 Leve imediatamente o acidentado para o pronto-socorro.

O que não fazer?


 Não amarre a perna ou o braço acidentado;
 Não corte e/ou chupe o local da picada;
 Não dê álcool para beber.

Aranha/Escorpião - O que fazer?


 Coloque compressas quentes para aliviar a dor
 Leve imediatamente o acidentado para o pronto-socorro.

114
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

Abelha/Insetos - O que fazer?


 Remova o ferrão;
 Cubra com um compressa fria;
 Monitore a vítima, pois algumas pessoas
possuem alergias.
Alergias
Sintomas

 Dificuldade para respirar e aperto no peito e garganta;


 Erupção cutânea severa ou urticária;
 Inchaço da face, pescoço e língua;
 Tontura, náuseas e vômito.
O que fazer?
 Procure a ajuda médica imediatamente;
 Mantenha a parte afetada abaixo do coração se possível;
 Monitore os sinais vitais.
115
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

QUEIMADURAS

O contato com chamas, substâncias super-aquecidas, a exposição excessiva à


luz solar e mesmo à temperatura ambiente muito elevada, provocam reações
no organismo, que podem se limitar à pele ou afetar funções vitais.

As queimaduras podem ser de 1º grau, 2º grau e 3º grau, cada uma delas com
suas próprias características.

116
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

QUEIMADURAS 1º GRAU

Causa pele avermelhada, com edema e dor intensa.

Como socorrer:
 resfriar o local com água corrente

QUEIMADURAS 2º GRAU

Causa bolhas sobre uma pele vermelha, manchada ou de coloração


variável, edema, exsudação e dor.

Como socorrer:
esfriar o local com água corrente;
nunca romper as bolhas;
nunca utilizar produtos caseiros, como: pó de café, pasta de dente, etc.
117
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

QUEIMADURAS 3º GRAU

Neste tipo de queimadura, a pele fica esbranquiçada ou carbonizada, quase


sempre com pouca ou nenhuma dor (aqui incluem-se todas as queimaduras
elétricas).

Como socorrer:
 não usar água;

 assistência médica é essencial;

 levar imediatamente ao médico.

118
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros
TIPOS DE FERIMENTOS
Como socorrer:
Contusões e Hematomas.
 repouso da parte contundida;
 aplicar gelo até melhorar a dor e o inchaço se estabilize;
 elevar a parte atingida.
Contusão (beliscão, batidas),
Perfuro cortantes e Escoriações.
hematoma (local fica roxo),
 lavar as mãos; perfuro cortante (ferimento
 lavar o ferimento com água e sabão; com faca prego, mordedura
 secar o local com gase ou pano limpo; de animais, armas de fogo) e
escoriação (ferimento
 se houver sangramento comprimir o local;
superficial, só atinge a pele).
 fazer um curativo;
 manter o curativo limpo e seco;
 proteger o ferimento para evitar contaminação.

119
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

HEMORRAGIAS Como socorrer:


Hemorragia é a perda de  manter a vítima deitada com a cabeça para o lado;
sangue que acontece quando  afrouxar suas roupas;
há rompimento de veias ou
 manter a vítima agasalhada;
artérias, provocadas por cortes,
 procurar assistência médica imediatamente.
tumores, úlceras, etc.

Existem 2 tipos de hemorragias,


as externas (visíveis) que
devem ser estancadas
imediatamente e as internas
(não visíveis), mas que podem
levar a vítima à morte.

120
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

Entorse - Luxação

Entorse

Forte torção no local

O que fazer?
 Coloque compressa de gelo (não coloque o gelo
diretamente na pele).
 Imobilize a vítima;
 Procure ajuda especializada.

Luxação Entorse
O osso de uma articulação sai do lugar

O que fazer?
 Tratar como fratura.

121
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

FRATURAS
Como socorrer:
É um tipo de lesão onde ocorre a  imobilização;
quebra de um osso.  movimentar o menos possível;
Existem 2 tipos de fraturas:  colocar gelo no local de 20 a 30 minutos;
Exposta ou aberta: quando há o  improvisar talas;
rompimento da pele.
 proteger o ferimento com gase ou pano limpo (para
Interna ou fechada: quando não há
casos de fraturas expostas ou abertas).
o rompimento da pele.
Em ambos os casos, acontece dor
intensa, deformação do local
afetado, incapacidade de
movimento e inchaço.

122
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

O transporte adequado de feridos é de suma importância. Muitas vezes, a vítima pode ter
seu quadro agravado por causa de um transporte feito de forma incorreta e sem os
cuidados necessários. Por isso é fundamental saber como transportar um acidentado.

123
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros
PARADA CARDIORESPIRATÓRIA

Parada Cardíaca Parada Respiratória


É preciso estar atento quando É a parada da respiração por:
ocorrer uma parada cardíaca, pois afogamento, sufocação, aspiração
esta pode estar ligada a uma excessiva de gases venenosos,
parada respiratória se ambas soterramento e choque elétrico.
acontecerem simultaneamente.

124
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros

Manobra de Heimlich

1º Posicionar-se atrás da 2º Com a mão esquerda, 3º Envolver a mão direita com


vítima. Colocar o cotovelo encontrar a ponta do osso a mão esquerda. Pressionar o
direito na crista ilíaca direita esterno da vítima e colocar abdome da vítima puxando-o
da vítima e fechar a mão a raiz do polegar da mão para si e para cima cinco
direita direita dois dedos abaixo vezes. Essa compressão deve
desse ponto. ser suficiente para erguer o
. calcanhar da vítima do solo.

125
MODULO IV – Noções Básicas de Primeiros Socorros
Manobra de Heimlich

“Se a vítima for


excessivamente
obesa ou gestante,
realizar as
compressões no
meio do osso
esterno.”
“Se a vítima da obstrução
for a própria pessoa a fazer a
manobra, deve utilizar-se do
espaldar de uma cadeira. “

“Manobra de Heimlich em
vítimas inconscientes.”

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