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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Carolina Nunes de Antonio Almeida - 1905855


Daniela Fernandes de Souza - 1902722
Diego Marques de Carvalho - 1400669
Enio Matunaga -1906118
Patricia Xavier Chaves - 1903294

Estratégias de condução de aulas síncronas por webconferência em caráter


emergencial

Vídeo do Projeto Integrador

https://youtu.be/13NGUPiPn30

São Paulo - SP
2020
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Estratégias de condução de aulas síncronas por webconferência em caráter


emergencial

Relatório Técnico - Científico apresentado na


disciplina de Projeto Integrador para o curso de
Licenciatura da Universidade Virtual do Estado
de São Paulo (UNIVESP).

São Paulo - SP
2020
ALMEIDA, Carolina Nunes de Antonio; SOUZA, Daniela Fernandes de; CARVALHO,
Diego Marques de​; MATUNAGA, Enio; CHAVES, Patricia Xavier. ​Estratégias de
condução de aulas síncronas por webconferência em caráter emergencial. ​00f. Relatório
Técnico-Científico. Licenciatura – ​Universidade Virtual do Estado de São Paulo​. Tutor:
Isabela Baiocato. Polo Rosa da China , 2020.

RESUMO

Este projeto objetiva a criação de um plano de aula para condução de webconferências nas
aulas síncronas de matemática do Ensino Fundamental II. A escolha do tema se deu em razão
da pandemia do novo coronavírus em 2020, que surge, nesse contexto, como um marco
histórico mundial para a educação. Desde o dia 23 de março do ano corrente, foi determinado
no Estado de São Paulo a paralisação das escolas por tempo indeterminado. Com a
necessidade de aplicar o método remoto às práticas pedagógicas devido ao isolamento social,
muitos professores temeram diante do novo desafio. Para entender o problema e principais
desafios, realizamos uma pesquisa mista (qualitativa e quantitativa) com professores do
Ensino Fundamental por meio de formulário eletrônico. Além disso, o presente trabalho visou
recorrer à revisão bibliográfica com o objetivo de apresentar o que foi pesquisado sobre o
tema. Fundamentado na análise dos dados obtidos, foi desenvolvido um modelo de plano de
aula para apoiar a condução de aulas síncronas por webconferência. A aula on-line já
demonstrou ser um recurso promissor para potencializar a aprendizagem dos alunos
envolvidos com base na revisão da bibliografia e estudos correlatos, já que o planejamento da
atividade didática é um tema amplamente debatido. O resultado deste projeto abre campo para
novas investigações com a aplicação do plano em contextos reais de aula.

PALAVRAS-CHAVE: ​Webconferências; Plano de aula; Prática pedagógica; Aulas


síncronas.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 1

2. DESENVOLVIMENTO 2
2.1 Problema 2
2.1.1 O desafio docente diante da pandemia 3
2.1.2 Estratégias adotadas pelo Governo para a implementação do ensino remoto 6
2.2. Objetivo geral 8
2.2.1 Objetivos específicos 8
2.3 Justificativa 9
2.4 Fundamentação teórica 12
2.5 Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador 14
2.6 Metodologia 15
2.6.1 Análise dos dados coletados através de questionário virtual 15
3. RESULTADOS 19
3.1. Protótipo 19
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 22

REFERÊNCIAS 24

ANEXOS 27
1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste projeto é criar um plano de aula para condução de webconferências
nas aulas síncronas de matemática do Ensino Fundamental II. Para desenvolver este projeto
recorremos ao conteúdo da disciplina de Didática, ministrada pelo Prof. Dr. Harryson Júnio
Lessa Gonçalves, e análise da bibliografia disponível sobre o tema. Para dialogar no
referencial teórico trouxemos autores como Dotta, Braga e Pimentel (2012), Valente e
Almeida (1997), entre outros.
A escolha do tema se deu em razão do que estamos vivendo neste ano de 2020. Sem
sombra de dúvidas, estamos em um marco histórico mundial em decorrência da pandemia do
novo coronavírus conhecido como Covid-19. Infelizmente, o vírus da doença se alastrou de
forma global, atingindo a todos os continentes e resultando em um cenário trágico e
devastador. O impacto da pandemia reflete nos diversos setores da sociedade como a
economia global, a saúde pública e demais esferas sociais como relações de trabalho e
estruturas educacionais de ensino formais e informais.
Não é a primeira vez que crises, guerras e desastres naturais afetam a vida comunitária
local e mundial de forma trágica resultando em tantas mortes e atingindo negativamente a
população global. Esses acontecimentos, por muitas das vezes contribuíram também para a
ressignificação da sociedade, demandando um novo caminhar na trilha do desenvolvimento
humano.
Acontecimentos fatídicos já acometeram a humanidade ao longo da história, deixando
parte do mundo assolado. A título de exemplo, Peste Justiniano, Peste Negra, Gripe Russa, as
duas grandes Guerras Mundiais, Sismo e Tsunami.
Todos estes acontecimentos e muitos outros que assolam nossa História com a ceifa de
vidas, nos obrigaram a repensar a forma como vivemos, interagimos e educamos nossos
filhos.
Seja por ocasião do isolamento ou a falta de recursos, bem como diante da vivência
real neste tempo, surgiu a questão de como dar continuidade a sapiência das gerações
vindouras, seguindo o currículo proposto por meio de uso das atuais tecnologias de
comunicação remota de forma emergencial, passando desde a simples, mas difícil arte de
instruir por meio de webconferência até como levar este material aos alunos menos
favorecidos.(Cf. VIEIRA,2020; SILV​A,[20__?])

1
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Problema
Iniciamos 2020 com uma mudança brusca na educação brasileira devido à pandemia
do novo coronavírus. De acordo com o Ministério da Saúde, Coronavírus é um vírus que
causa infecção respiratória. Um novo agente dessa família de vírus foi descoberto na China no
final de 2019 e foi denominado Covid-19. O quadro clínico pode variar de assintomático para
casos graves de problemas respiratórios. Por ser um vírus altamente contagiante e que se
espalhou em todo o mundo, foi decretado pela Organização Mundial da Saúde como
Pandemia no mês de março. A palavra Pandemia significa exatamente quando uma
determinada doença infecciosa se espalha por muitos países.
Os principais sintomas dessa nova doença são tosse, febre, coriza, dor de garganta e
dificuldade para respirar e pode ser transmitido por gotículas de saliva, aperto de mão, espirro,
tosse e objetos ou superfícies que foram contaminadas como uma maçaneta, por exemplo.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, ​80% ​dos casos são assintomáticos ou
apresentam sintomas leves como um resfriado, 15% precisam de algum atendimento
hospitalar e 5% realmente precisam de suporte respiratório e muitas vezes de leito de UTI
(unidade de tratamento intensivo).
A recomendação do Ministério da Saúde é o isolamento social, pois muitas pessoas
foram contaminadas e estão assintomáticas, podem transmitir o vírus, fazendo com que o
Sistema da Saúde entre em colapso.
A partir de março foi determinado no Estado de São Paulo a paralisação das escolas
desde o dia 23 por tempo indeterminado. A princípio essa interrupção seria um adiantamento
das férias, porém sem previsão de retomar as aulas, muitas escolas iniciaram o estudo a
distância (EaD), liberado pelo Ministério da Educação (MEC). Atualmente, não é permitido
pela Legislação, aulas a distância na educação infantil e no ensino fundamental, mas foi dada
uma permissão excepcional que faz parte do plano emergencial de combate ao novo
Coronavírus.
Um tema importante a ser pensado é a qualidade desse tipo de educação a distância e
também o acesso que a população teria. O seguinte trecho foi retirado do jornal RD do ABC:

"Para Luiz Miguel Garcia, presidente da Undime (entidade que reúne os secretários
municipais de educação), a liberação do ensino a distância para a educação básica
não garante a qualidade e nem que todos os estudantes serão atendidos. “Não

2
conhecemos metodologia, ainda mais em caráter emergencial, que garanta um
ensino de qualidade para crianças nessa faixa etária que permita a substituição.
Estamos falando de uma fase em que os alunos estão sendo alfabetizados.”
Além da qualidade, ele também destaca que a maioria das escolas da rede pública
não tem recursos para oferecer ensino a distância e, ainda que tivessem, nenhuma
teria como garantir que todos os alunos podem assistir às aulas nessa modalidade de
casa. “Como garantir que toda criança tem um celular, um computador com internet
para fazer as atividades? Vamos deixar muitos alunos de fora porque a realidade do
Brasil está muito distante de permitir isso. O princípio básico da equidade não será
garantido”, disse."

Do outro lado estão os professores que não receberam formação específica para
lecionar no formato EaD e nem equipamentos para isso.

2.1.1 O desafio docente diante da pandemia


Com a necessidade de aplicar o método remoto às práticas pedagógicas devido o
isolamento social, muitos professores temeram diante do novo desafio. Muitos desses
profissionais estavam acostumados com o modelo tradicional da sala de aula e não tinham
muita preocupação com a utilização das inovações tecnológicas para administrar suas aulas.
Durante a formação docente, algumas disciplinas são ofertadas para o aprendizado ou
aperfeiçoamento dos conhecimentos em educação tecnológica. Essas disciplinas ajudam a
elucidar algumas dúvidas sobre como utilizar essas inovações dentro da sala de aula e como
associá-las a práticas educativas. Há também cursos de formação continuada para atender os
desafios de aplicar tecnologia aos conhecimentos já existentes. No entanto, podemos observar
que mesmo com a obrigatoriedade dessas disciplinas no currículo para a formação de
professores, isso se dá de forma muito superficial e não obtém os objetivos esperados. Com as
dificuldades em utilizar as mídias digitais associadas aos recursos insatisfatórios oferecidos
pelos governos, é inevitável que existam críticas e incertezas quanto à obtenção de efeitos
positivos com a implementação de aulas online.
O governo tomou algumas medidas emergenciais em razão da Pandemia. Contudo,
uma observação minuciosa dos desdobramentos dessas medidas implementadas pelo governo
para a continuidade das aulas sob o método de ensino remoto nos permite perceber que o
corpo docente (principalmente das escolas públicas) e a própria estrutura da escola não estão
preparados para alcançar os resultados esperados. Há uma pequena inviabilidade nessas
propostas por conta do pouco contato que os professores tinham com a tecnologia para a
educação, antes de serem pegos de surpresa pelo isolamento social.

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Os cursos superiores para formação de professores (licenciaturas) levam em
consideração a capacitação do profissional para gerir as atividades pedagógicas com o apoio
de recursos tecnológicos, no entanto, o que fica na penumbra é que essa capacitação não
contempla inteiramente as necessidades do futuro professor no que diz respeito à utilização
dessas tecnologias como único meio para ministrar suas aulas. Um recente levantamento de
dados promovido pelo movimento ‘Todos Pela Educação’, revela números preocupantes:

No Brasil, apesar de a grande maioria dos professores (76%) terem recentemente


buscado formas para desenvolver ou aprimorar seus conhecimentos sobre o uso das
tecnologias para auxiliar nas aulas, apenas 42% indica ter cursado alguma disciplina
sobre o uso de tecnologias durante a graduação, e somente 22% participaram de
algum curso de formação continuada sobre o uso de computadores e internet nas
atividades de ensino. Consequentemente, 67% dos docentes alegam ter necessidade
de aperfeiçoamento profissional para o uso pedagógico das tecnologias
educacionais. (TODOS PELA EDUCAÇÃO, 2020)

A RESOLUÇÃO CNE/CP n​o 1, de 18 de fevereiro de 2002, institui Diretrizes


Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível
superior, curso de licenciatura de graduação plena. Entre as prescrições, há previsão no Art.
2​o​, inciso VI ‘’o uso de tecnologias da informação e da comunicação e de metodologias,
estratégias e materiais de apoio inovadores’’ (BRASIL, 2002). Com isso, vemos nas
Diretrizes Curriculares Nacionais a necessidade de aperfeiçoamento do contato com as
ferramentas tecnológicas no desenvolvimento da formação dos professores. Esse
reconhecimento da indispensabilidade de um conhecimento tecnológico indica que o docente
precisa utilizar essas ferramentas no dia a dia escolar e ter as inovações digitais como aliadas
no processo de ensino-aprendizagem do aluno. Segundo Valente e Almeida (1997), a
capacitação de professores para a plena adaptação ao uso da tecnologia educacional necessita
de:

[...] condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas computacionais,
entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e seja
capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica. (VALENTE e
ALMEIDA, 1997, p.08)

É importante salientar que os recursos para a obtenção e construção de conhecimento


estão em constante mudança dentro de uma sociedade globalizada. No contexto atual, com a

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instauração do distanciamento físico e a necessidade de ficar em casa, os meios tecnológicos
são a única forma de interação entre professor e aluno.
A implantação das aulas online dentro da educação básica nas escolas públicas se
depara também com um outro agravante: a escassez de equipamentos para aprovisionar a
ministração das aulas.
A maioria das escolas públicas conta com um laboratório de informática equipado com
computadores para a realização de atividades em datas e horários determinados. As aulas de
informática são administradas por um professor que orienta os estudantes para a efetivação
das atividades previamente selecionadas. Os recursos tecnológicos disponíveis estão dentro
dessa sala informatizada e somente ali. O contato com mídias digitais de alguns professores e
da maioria dos alunos se concretiza somente naquele ambiente. Ao sair do laboratório de
informática, todo o acesso à tecnologia é deixado para trás. Por esse motivo, as dificuldades
em articular conhecimentos fora daquele espaço se torna uma dificuldade. A escola não
fornece um equipamento para que o professor e o aluno acesse qualquer conteúdo digital fora
das paredes da sala de informática. Deve se levar em consideração, também, o fato de que as
horas/aula destinadas ao aprendizado de informática são insuficientes para um aproveitamento
satisfatório dos conteúdos necessários.
A escassez de equipamentos fora dos limites da escola é uma questão que agora
aparece como fator determinante para a continuidade das aulas. O manuseio de aparelhos
como ​smartphones e ​tablets que propiciam a conexão com o professor mesmo a distância, não
garantem que a aula chegará ao aluno e produzirá o efeito pretendido, qual seja, a assimilação
do conteúdo. Alguns alunos não sabem utilizar as mídias digitais para assistir aulas e
participar das atividades; outros alunos não possuem algum tipo de aparelho que permita a
feitura dos exercícios.
Essas dificuldades têm gerado grandes preocupações nos governos, que procuram
soluções para atenuar os efeitos negativos da grande crise que pode se abater no campo
educacional brasileiro. Algumas medidas já foram tomadas e outras estão em fase de
implementação.

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2.1.2 Estratégias adotadas pelo Governo para a implementação do ensino remoto
O Centro de Integração para a Educação Brasileira (CIEB), através de ações de apoio
ao enfrentamento da crise na educação causada pelo distanciamento social e suspensão das
aulas presenciais, estuda, avalia e disponibiliza estratégias para que gestores estaduais e
municipais implantem em seus respectivos estados e municípios. Dentre as orientações, estão
ações para otimizar os recursos disponíveis para as aulas online. O CIEB apurou, através de
uma pesquisa exclusiva, as principais dificuldades dos estados e municípios em oferecer a
continuidade das aulas através do ensino remoto. No dia 16 de maio do ano corrente, foram
publicadas algumas sugestões para orientar as secretarias de educação a desenvolver planos
para a realização dos objetivos:

Tais planos foram construídos a partir do estudo ​Planejamento das Secretarias de


Educação do Brasil para o ensino remoto ​liderado pelo CIEB, em parceria com o
Conselho Nacional de Secretarias de educação (Consed), a União Nacional dos
Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Fundação Lemann. A pesquisa
contou com as respostas de 3032 secretarias de todos os estados do país (54, 5% do
total nacional) e de 21 secretarias estaduais (77,8% do total nacional) e ganhou
destaque na imprensa.(CIEB, 2020)

A pesquisa realizada foi determinante para a obtenção de informações para compor


estratégias de ação para possibilitar o acesso a todos os alunos. Essas orientações foram
levadas às secretarias para que o ensino continuasse a ser transmitido aos alunos, mesmo os
que não possuem acesso à internet.

O levantamento apontou que as principais diretrizes adotadas pelos municípios têm


sido a disponibilização para os estudantes via redes sociais de: materiais digitais (18,
9%), envio de orientações para apoiar os livros didáticos (12,4%) e videoaulas
gravadas (7,45%), além de materiais impressos para os alunos que não dispõem de
conectividade (6,4%). Em relação às secretarias estaduais, 40% afirmaram contar
com um processo mais estrutural, com plataformas online, disponibilização de
videoaulas gravadas via redes sociais e compartilhamento de materiais digitais via
redes sociais entre suas estratégias.(CIEB, 2020)

Outras alternativas estão em fase de estudo. Um exemplo é a utilização de meios de


comunicação que possuem um amplo alcance em âmbito nacional e/ou regional, como é o
caso do rádio e da televisão. Há uma inclinação, por parte de alguns governos, em considerar
essa opção como forma viável para alcance do maior número de alunos.
Essas medidas também almejam atingir um importante objetivo: reduzir o risco de
ampliação das desigualdades educacionais. A intenção de levar o conhecimento ao alcance do

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maior número de alunos para que não haja um distanciamento muito elevado entre aqueles
que além de possuir melhores condições de acesso às informações, ainda gozam de melhores
habilidades para assimilar os conteúdos.
A velocidade das mudanças e a complexidade dos fatos fazem com que os desafios a
serem superados aumentem de forma relevante. Essas propostas e medidas fazem parte do
esforço para minimizar os impactos que a suspensão das aulas presenciais terá na
aprendizagem e construção de conhecimento dos estudantes. É sabido que a presença do
aluno em sala de aula é resolutivo para a sua afirmação como cidadão crítico atuante nos
meios de convivência. O contato com o professor e com os demais estudantes que compõem o
ambiente da sala de aula é de suma importância para as competências socioemocionais e
afetivas.

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2.2. Objetivo geral
Pesquisar e analisar quais são os principais problemas que os docentes estão
enfrentando para lecionar ​online. ​A partir dos problemas mais citados, criar um plano de aula
para condução de webconferência nas aulas síncronas de matemática do Ensino Fundamental
II com ferramentas tecnológicas disponíveis.

2.2.1 Objetivos específicos


(i) Investigar se de fato existem e quais são as maiores demandas nas aulas que são
lecionadas em salas virtuais;
(ii) Identificar as dificuldades dos docentes na condução das aulas por
webconferência, com o objetivo de propor algumas sugestões que possam contribuir para
melhorar o andamento da aula;
(iii) Mapear os recursos tecnológicos disponíveis nas plataformas mais usadas para
condução das aulas - Zoom/ Google Class, explorando as ferramentas disponíveis, e, por
vezes, pouco conhecidas;
(iv) Propor um plano de aula por webconferência, a partir dos dados coletados na
pesquisa, fazendo uso das ferramentas tecnológicas disponíveis.

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2.3 Justificativa
Ante a modesta análise do atual cenário, haja vista acreditarmos que os problemas
reais podem ser muito maiores do que os aqui apresentados, podemos perceber que estamos
diante do grande desafio de forçadamente ter de inovar os meios de ensino-aprendizagem na
escola.
Assim, o que se pretende com essa pesquisa é propor estratégias para a implementação
de aulas síncronas de Matemática para o Ensino Fundamental. A análise teórica da literatura
selecionada para compor a pesquisa aponta que há grandes probabilidades de êxito com a
aplicação de tecnologias digitais no ensino de Matemática.
Muitas são as pesquisas realizadas e que mostram resultados satisfatórios com a
inclusão de métodos que utilizam mídias digitais para aulas online. Ao desenvolver uma
pesquisa sobre a possibilidade de expansão da sala de aula e criação de jogos interativos que
proporcionam a interação dos alunos através da internet, Aliatti (2015) conclui da seguinte
forma:

Saliento que a criação de espaços virtuais e os estímulos para que esse espaço
transcenda a escola, aliado ao uso adequado – que permita que a cooperação seja
uma das ferramentas no processo de aprendizagem – torna-se essencial, fazendo
surgir estudantes criativos e produtores do seu próprio conhecimento. (ALIATTI,
2015, p.10)

A utilização de programas que possibilitem atividades interativas via ​chat foi


largamente estudada por pesquisadores que atestam sua eficácia para o ensino de matemática.
Bona (2012) desenvolve uma pesquisa sobre esse método no ensino fundamental e faz
constatações pertinentes à sua aplicação:

Há ainda, a evidência de que é possível aprender Matemática combinando as


tecnologias digitais em rede com recursos e como forma de comunicação, sendo
que, essa comunicação é inserida em uma cultura digital, o que, para os estudantes é
muito prazeroso. E toda a ação do estudante no espaço de aprendizagem digital é de
muita autonomia do mesmo em aprender, o que lhe é necessário e interessante,
sendo esta uma habilidade fundamental no paradigma da sociedade complexa de
hoje (BONA, 2012, p.229)

Alguns pesquisadores apontam que a tecnologia auxilia na obtenção de respostas a


problemas por conter inúmeras ferramentas de apoio aos estudantes e que podem ser

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exploradas para o enriquecimento da aprendizagem. Estudos como os de Honório e
Scortegagna (2017) destacam que:

No que diz respeito às aulas de matemática, essas tecnologias possibilitaram uma


mudança no modelo pedagógico estático e restrito adotado por muitos docentes. Os
ambientes computacionais condicionam as ações quando se tem que resolver uma
atividade ou um problema matemático, de modo que as possibilidades experimentais
dessas mídias podem ser exploradas, em que se possibilite chegar à elaboração de
conjecturas, bem como a sua verificação, por exemplo, inferir propriedades, chegar a
generalizações e verificar teoremas. (HONÓRIO e SCORTEGAGNA, 2017, p.32)

Essas pesquisas têm enriquecido o debate sobre a aplicação de aulas síncronas nesse
contexto em que as aulas são ministradas através de webconferência. A necessidade de
incorporar mídias digitais ao processo pedagógico é umas das principais preocupações dos
pesquisadores que buscam formas de integrar as Tecnologias da Informação e Comunicação
(TIC) à prática pedagógica (HONÓRIO e SCORTEGAGNA, 2017). A urgência em articular
estratégias para a continuidade das aulas através de ferramentas online tem levado muitos
professores a vencerem um velho paradigma em relação às mídias digitais. Prioriza-se agora a
capacidade de inovação, pois “a concepção tradicional foi capaz de gerar grandes
profissionais habilitados para exercer suas atividades, porém com as constantes mudanças que
ocorrem, outras necessidades emergiram” (SOUZA e DUARTE, 2017, p. 594).
Um estudo feito em 2017 para testar a eficiência das redes digitais no processo de
ensino-aprendizagem de matemática permite afirmar a aplicabilidade desses procedimentos
no ensino fundamental. O processo foi elaborado e avaliado a partir de uma pesquisa para a
obtenção de um Mestrado Profissional em Educação Matemática, com alunos do Ensino
Fundamental e utilizou a metodologia do estudo de caso para investigar e analisar o
comportamento e as reações dos alunos (HONÓRIO e SCORTEGAGNA, 2017). Através
dessa pesquisa, os autores levantaram as seguintes conclusões:

Em relação ao aspecto ‘’utilização de tecnologias nas aulas de matemática’’, os


alunos apontaram quase na sua totalidade que estes recursos deixam os alunos mais
motivados a participar das atividades. (...)
Referentes ao aspecto ‘’aprendizagem colaborativa e os elementos de colaboração’’,
com as respostas dos alunos, pode-se constatar a eficiência dos serviços de
coordenação/professor, pois uma grande maioria dos alunos compreenderam que as
diversas notificações os motivaram a realizar as atividades disponíveis no ambiente
virtual de aprendizagem.
O último aspecto abordado no questionário, foi o de processo de aprendizagem e, as
respostas dos alunos apontam que 96% deste, concluíram que o ‘’processo’’

10
implementado tornou a aprendizagem mais efetiva.[grifo do autor] (HONÓRIO e
SCORTEGAGNA, 2017, p.08)

Através desses estudos pode-se concluir que as ferramentas digitais, efetivamente,


auxiliam no processo pedagógico e podem ser aplicadas como meio de continuidade das aulas
nesse momento de fechamento das escolas. Essa pesquisa utiliza estudos que testemunham
em favor da prestabilidade das mídias digitais para a elaboração de aulas síncronas por
webconferência.
As teorias aqui apresentadas atestam a pertinência do tema escolhido. O momento
atual clama por propostas que otimizem o trabalho dos professores para a obtenção de
resultados relevantes para a continuidade das aulas. Com o advento da suspensão das aulas
presenciais, o plano de aula contido nessa pesquisa não pôde ser testado, mas está pautado em
estudos comprovados e literatura que certificam sua eficácia.
Em suma, tenciona-se aqui propor algumas ferramentas que possam colaborar para
este ensino por webconferência, sem a pretensão de vencer as possibilidades, afinal, este é um
caminho a ser desvendado por toda a humanidade nos anos vindouros.

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2.4 Fundamentação teórica
Os ambientes virtuais de aprendizagem proporcionam diversas ferramentas para
comunicação. Dotta, Braga e Pimentel (2012) citam como ferramentas para comunicação
simultânea por texto, áudio e vídeo, utilizadas para a webconferência, o ​Adobe Connect
Meeting e ​FlashMeeting​. Sabemos que recentemente outras ferramentas ganharam destaque
na educação em meio a pandemia, são elas o ​Google Meet, Zoom Meeting, Microsoft Teams,​
entre outras.
A webconferência é uma estratégia que justifica-se pela necessidade da transição de
cursos focados em conteúdo para cursos centrados no diálogo como proposta para melhorar a
comunicação no processo de ensino. Estar junto com colegas e professores, mesmo que
virtualmente, aumenta o sentido de pertencimento ao grupo e promove o engajamento. O
diálogo permite a anulação da frieza na relação educacional criando parceria entre
professor-aluno favorecendo a aprendizagem dialógica (DOTTA; BRAGA; PIMENTEL;
2012).
De acordo com Dotta, Braga e Pimentel (2012), a educação ​on-line pode ser mais
social, uma vez que ela oportuniza a participação de todos os alunos. Mesmo com muitos
benefícios, a webconferência possui uma série de limitações em comparação à sala de aula
tradicional: ela pode ser cansativa e imprevistos como instabilidade da conexão e outros
problemas técnicos podem ocorrer.
As transformações na educação colocam os professores, alunos e coordenadores em
uma posição de reflexão sobre seus papéis. A situação atípica que a educação vive no
momento da pandemia do coronavírus demonstra diversas lacunas nos processo educacional.
Para Dotta ​et. al (2013) o conhecimento que antes estava centralizado no professor, hoje, está
distribuído em diversas mídias, colocando o professor no papel de mediador, responsável por
facilitar a aquisição do conhecimento e conduzir a aprendizagem.
Na transição do ensino presencial para a educação a distância, percebemos diferenças
abruptas, como por exemplo no diálogo. As pesquisas sobre Educação a Distância sugerem
que o diálogo é fundamental para aprendizagem e pode contribuir para a compreensão da
complexidade dos espaços educacionais não-presenciais e suas inter-relações com os atores da
educação (DOTTA; GIORDAN, 2007).
Alguns estudos da Educação a Distância sugerem que o professor deve trabalhar em
parceria com seus alunos, estabelecendo uma lógica da comunicação que transforma o espaço

12
virtual interativo e fundamentado na vivência coletiva. O professor é um formulador de
problemas e provocador de interrogações, a educação não deve ser bancária, onde prevalece a
transferência de saberes, é necessário estabelecer um educação dialógica que fomenta a
problematização e o trabalho em equipe (DOTTA; GIORDAN, 2007).
A interação por webconferência pode potencializar o diálogo no processo educacional
e melhorar por consequência os resultados da aprendizagem, aproximando a experiência do
ensino presencial com a educação a distância. Mas este modelo necessita de preparação por
parte de professores e escolas, já que não é uma tarefa trivial e os recursos para sua execução
não estão disponíveis para todos os atores (professores e alunos) envolvidos.
Durante o período da Pandemia do Coronavírus no Brasil, muito se fala sobre
educação a distância (EAD) e ensino remoto. O Ensino Remoto de Emergência (ERT), como
é classificado, surgiu como uma medida alternativa para a crise, e consiste em uma
transferência do modelo de aula presencial para o ambiente digital. O objetivo não é criar um
modelo robusto na modalidade ERT, mas oferecer conteúdos de forma rápida e confiável
(HODGES​ et al​, 2020).
Para muitos, o distanciamento social pode ser um impeditivo para manifestação dos
sentimentos e comunicação assertiva. Nesse momento a tecnologia é a única aliada. É
necessária a capacitação dos professores para o uso da tecnologia; sair da sala de aula física
para a virtual não é uma tarefa trivial, se faz necessário adaptações não instantâneas. O
conhecimento do conteúdo da disciplina é necessário, mas não suficiente, e não garante o
sucesso dos professores nesse novo ambiente tecnológico. Os alunos já nasceram e cresceram
com seus ​tablets e ​smartphones na mão, mas não basta aos professores apenas aprender a
utilizar um dispositivo: é preciso colocar tudo no alcance dos objetivos de aprendizagem
(BARBOSA; VIEGAS; BATISTA, 2020).
A webconferência foi apontada como uma alternativa para redução das distâncias entre
professores e alunos e pode ser considerada eficiente para a aprendizagem dos alunos
melhorando a interação (cf. GRUPPELLI, 2017).

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2.5 Aplicação das disciplinas estudadas no Projeto Integrador
As aulas de METODOLOGIAS PARA A PESQUISA EM EDUCAÇÃO, cursada
neste período letivo, foi de fundamental apoio teórico para realização deste trabalho através
da qualificação do modo operante que atuamos na composição do trabalho. O conteúdo ali
estudado nos deu embasamento teórico. Primeiramente, através das aulas, aprendemos sobre
como iniciar a nossa pesquisa, isto é, através da escolha do tema e a proposição do problema,
passando por todos os instrumentos e técnicas de pesquisa. Depois, compreendemos sobre
como deveríamos fazer a análise dos dados da pesquisa. METODOLOGIAS foi fundamental
para a formatação de nosso referencial bibliográfico a fim de realizar nossas pesquisas com
nosso público alvo, a saber, os professores de Matemática do Ensino Fundamental II. Além
disso, nos abriu as portas de duas outras matérias importantes sub intituladas na composição
deste referido trabalho. São elas: DIDÁTICA e a própria MATEMÁTICA BÁSICA.
De acordo com Marin (2011) didática é uma área pedagógica que se dedica
fundamentalmente à docência, ao ensino e ao trabalho dos professores. Os dois aspectos
centrais na área da didática são as relações entre os professores e alunos e a relação entre o
saber e o conhecimento.
Segundo a mesma autora, a docência tem três etapas importantes, que seriam: o
planejamento, a execução e a avaliação. Isto posto, sabendo que a didática busca reunir várias
áreas do conhecimento voltado para a ​praxi do aprendizado, e assim, pudemos articular com o
objetivo desse trabalho, que era criar um plano de aula para auxiliar os professores na
condução de suas aulas via webconferência.
O uso da MATEMÁTICA BÁSICA servira de base para dialogarmos com os
professores quando da proposta de plano de aula, sem o qual não poderíamos ou não
saberíamos dialogar e evidenciar os desafios do ensino de aritmética na modalidade a
distância. Com isso, pudemos ser mais empáticos a realidade vivida por nossos futuros
colegas na arte de ensino.
Ante o exposto, este projeto se apoiou nas disciplinas de METODOLOGIAS PARA A
PESQUISA EM EDUCAÇÃO, DIDÁTICA e tem correlação com a disciplina de
MATEMÁTICA BÁSICA ao evidenciar os desafios do ensino de aritmética na modalidade a
distância.

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2.6 Metodologia
Esta pesquisa é de abordagem qualitativa e quantitativa, com caráter exploratório,
baseada no método de estudo de caso, que utiliza a coleta e análise de dados. Realizamos uma
análise da bibliografia com o objetivo de entender sobre o tema acerca das metodologias para
condução de webconferências em aulas síncronas. A obtenção do material tem se dado por
meio de pesquisas, entrevistas e depoimentos publicados em revistas eletrônicas, artigos e
ensaios bibliográficos.
Para entender o problema e principais desafios realizaremos uma pesquisa mista
(qualitativa e quantitativa) com professores de matemática do ensino fundamental por meio de
formulário eletrônico. Os dados coletados serão analisados à luz da evidências identificadas
na análise da literatura e discutidos para formulação da proposta de plano de aula. Esse
levantamento de dados propiciará um olhar mais aprofundado, com a intenção de colaborar
com futuras pesquisas e ações no campo do conhecimento científico sobre o
ensino-aprendizagem a distância.
A observação direta intensiva e extensiva dos dados apurados trará alternativas para a
elaboração de um plano de aula condizente com as necessidades evidenciadas pelo
diagnóstico gerado pelos participantes do grupo.

2.6.1 Análise dos dados coletados através de questionário virtual


Com a intenção de contribuir com a obtenção de resultados positivos e auxiliar no
desenvolvimento de aulas síncronas para o ensino de matemática no Ensino Fundamental II, a
presente pesquisa desenvolveu um questionário com algumas perguntas dirigidas a
professores atuantes em escolas públicas e/ou privadas. O intuito era conhecer as principais
dificuldades que surgem com a utilização de tecnologias digitais como único meio de
interação com o aluno.
A pesquisa foi realizada nos dias 15, 16, 17 e 18 de junho do ano corrente e
participaram 47 professores das redes pública e privada, sendo 7 desses profissionais atuantes
na disciplina de matemática e o restante ministram disciplinas diversas. A coleta desses dados
serviu como base para uma análise quanti-qualitativa das principais dificuldades desses
professores para a elaboração e aplicação de suas aulas.
Os resultados gerais obtidos pela coleta de dados apontam que 96% dos entrevistados
estão ministrando aulas online atualmente, no entanto, apenas 30% receberam algum tipo de

15
treinamento durante o processo de formação docente ou em cursos de capacitação. Dos
professores que estão lecionando virtualmente, 90% afirmam que nunca tiveram experiências
com o método de ensino remoto. Esses dados demonstram que, mesmo sem o conhecimento
necessário para a utilização de plataformas digitais, os professores estão trabalhando e
buscando alternativas viáveis para o desenvolvimento das aulas.
Entre as principais queixas dos entrevistados está a de preparar um conteúdo a ser
trabalhado sem conhecimento sobre as plataformas digitais. Um dos professores afirma que
para a realização de uma boa aula é necessário “​capacitação pessoal das ferramentas” e outro
destaca que é imprescindível o ​“acesso de todos, ferramentas adequadas, treinamento.
Embora já tivesse experiência com EAD, ensino fundamental é diferente, precisa de outras
​ o total de participantes na pesquisa, 60% trabalham na rede
ferramentas de interação’’. D
pública, enquanto 40% lecionam em escolas particulares.
Outros dados gerais que foram coletados pelo questionário, representados no gráfico
(em anexo) mostram que a principal dificuldade enfrentada pelos professores (28%) é a
qualidade da conexão com a internet. As ferramentas de rede apresentam instabilidade e isso,
muitas vezes, impede a dinâmica da aula.
A pesquisa também constatou que 20% dos entrevistados reclamam sobre a falta ou
pouca interação com o aluno durante a realização das aulas. Essa falta de interação, por vezes,
se dá por uma diminuição no tempo disponibilizado para as aulas e a ausência de uma grande
parcela de alunos devido à falta de aparelhos que propiciem a participação nas aulas.
Um outro agravante que dificulta a aplicação dos conteúdos e que foi apontado pelos
respondentes da pesquisa é a interferência dos pais/responsáveis durante a aula; 20% dos
professores que participaram da pesquisa declararam que a presença dos pais durante a
ministração das aulas dificulta o aproveitamento dos estudantes. Os docentes afirmam que,
mesmo com a intenção de ajudar, os pais acabam distraindo ou mesmo inibindo os filhos
durante a aula.
Há lares em que há 2 ou 3 crianças que cursam séries diferentes e dispõe de apenas um
aparelho para acompanhar as lições, o que traz dificuldade para o acompanhamentos das aulas
síncronas. Além disso, os ruídos e as interrupções que fazem parte do cotidiano das casas
aparecem como problema a ser resolvido e esses detalhes que precisam de observação geram
desgastes no sistema psicológico dos pais. o que, por sua vez, reflete no modo como auxiliam
os filhos durante as tarefas.

16
Outras dificuldades foram citadas, como o desconhecimento ou falta de manejo de
tecnologias digitais (17%) e a necessidade de lousa para a explicação do conteúdo (15%).
Mesmo citando as informações gerais que foram coletadas, o eixo central da pesquisa
está em focalizar as respostas cedidas pelos professores de matemática atuantes em escolas
públicas. Dos 7 professores que responderam ao questionário, 4 trabalham na rede pública, 3
na rede privada e todos relatam dificuldades para o ensino de matemática virtualmente.
Os professores da rede pública reclamam da falta de participação dos alunos nas aulas,
já que a maioria não possui acesso à rede e a falta de bons equipamentos. Ao serem indagados
sobre o que é necessário para uma boa aula ​online​, as respostas são próximas umas das outras:
o primeiro diz que é preciso ​“acesso e condições de estudo aos alunos especialmente,
materiais e acesso à internet. Formação e ações como facilidade para a aquisição de
melhores equipamentos dos professores”​ ; o segundo responde que é preciso ​“maior
acessibilidade à informática no Brasil​”;e o terceiro, “que todos os alunos tenham
ferramentas (celular/tablet e internet). Formação para nós, professores, sobre as ferramentas
disponíveis para não perdermos tempo com tentativa e erro”.
Os dados levantados pelo questionário reiteram o que foi afirmado pela análise de textos
publicados via internet por pesquisadores e sites de notícias - a maior preocupação de
professores e alunos está em adaptar e fazer o uso adequado das tecnologias digitais a serviço
da educação.
Pretto, Bonilla e Sena (2020, p.12), afirmam que “o professor de maneira geral usa
com certa tranquilidade as redes digitais em sua vida cotidiana, mas encontra dificuldade de
articulá-las com o cotidiano dos processos formativos’’ e isso remete a uma triste conjuntura
que fica explicitado no balanço feito por Filho, Antunes e Couto (2020, p.27) “... o que se
chama de ​ensino remoto é uma pratica corrida, improvisada, sem nenhum tipo de
planejamento prévio...’’ (grifo do autor) e que vem sendo ministrada diariamente aos
estudantes das escolas públicas e privadas em todo país.
Agregado a essas dificuldades ainda está o problema da escassez de recursos e a
vulnerabilidade social da maior parte dos alunos. Sobre a crise econômica que inviabiliza o
acesso de muitos estudantes, Filho, Antunes e Couto (2020) destacam que:

Na atual conjuntura, a crise da acumulação do capital sem precedentes, aliada a


terrível crise sanitária que se impôs à toda a sociedade no mundo, aparece como uma
espécie de caixa de ressonância onde transparece de forma cruel a que ponto
chegamos em termos das terríveis dificuldades que a escola enfrenta já somadas à

17
brutal desigualdade do acesso à educação pública de qualidade. É essa reverberação
que deixa explícitas as carências da classe trabalhadora brasileira, mostrando
objetivamente quais as dificuldades que alunos, pais e professores enfrentam neste
momento, (o acesso a computadores e banda larga de qualidade, a disponibilidade de
recursos materiais e financeiros que permitam aos pais ficar em casa sem ter de
trabalhar e cuidar da educação e da saúde de seus filhos, entre outros...) (FILHO,
ANTUNES E COUTO, 2020, p.28)

A necessidade de possuir recursos financeiros para acompanhar o andamento das aulas


causa, em boa parte dos estudantes, um crescimento do já existente abismo que separa a classe
que detém maior poder aquisitivo do restante dos alunos provenientes das classes populares.
A situação atual colabora para um maior distanciamento entre essas classes e acelera o
processo de exclusão dos que não conseguem acompanhar as aulas por falta de recursos
financeiros.

18
3. RESULTADOS
O resultado do projeto consiste na criação de um plano de aula com adaptações
específicas para apoiar a condução de uma aula por webconferência. Como já mencionado,
devido ao período de quarentena decretado pelo Governo do Estado de São Paulo, não foi
possível implementar o plano de aula em uma situação real, mas sua eficácia é sustentada pelo
que foi pesquisado sobre o assunto das teorias nas quais ele foi fundamentado.
Ao utilizar o estudo na pré-aula, ​no planejamento estamos considerando o modelo de
sala de aula invertida. O modelo de sala de aula invertida está relacionado à aprendizagem
ativa,. Este modelo busca explorar o avanço das tecnologias educacionais reduzindo a
reprovação e evasão. A aprendizagem ativa utiliza de diversas estratégias para engajamento
dos alunos como a pesquisa, jogos e resolução de problemas. Este ecossistema de estratégias
está aliado à prática inovadoras de educação e tem demonstrado bons resultados em
universidades como MIT e Harvard (VALENTE, 2013).
A elaboração de um plano de aula faz parte da função didática do professor, ele precisa
planejar, organizar e fazer a direção das avaliações. A aula é uma situação didática singular e
específica, onde se deve estabelecer objetivos de aprendizagem e os conteúdos que serão
desenvolvidos. Planejar todo o processo é fundamental para o professor e fazer parte da sua
atividade (TAKAHASHI, 2004).
O plano de aula fornece suporte e formaliza o percurso e estratégias pensadas pelo
professor. Este é um documento amplamente aceito e explorado nas teorias da educação, logo
a hipótese de sua eficácia já foi amplamente discutida na literatura. Em termos gerais o plano
de aula proposto neste trabalho trará benefícios para a aprendizagem, mas como todo
documento do planejamento escolar ele é vivo e sofre influência da conjuntura que o cerca.

3.1. Protótipo

O plano de aula criado está organizado da seguinte forma:


● Título da aula: Campo destinado para o nome de cada aula. Neste campo o professor
deve utilizar palavras-chave do tema.
● Data:​ Data de realização da aula
● Horário:​ Horário de realização da aula.
● Nº de aulas: ​Quantidade de aulas equivalente no plano de ensino da disciplina.
● Objetivo de aprendizagem: ​O que se pretende com a aula.

19
● Conteúdo previsto:​ Tema e subtemas que o professor vai abordar na aula.
● Metodologia: ​O modelo didático adotado pelo professor na aula.
● Pré-aula: Indicação do conteúdo e objetos de aprendizagem que o aluno deve
interagir e estudar antes de participar da aula.
● Aula:​ Roteiro de atividade desenvolvidas durante a webconferência.
● Pós-aulas: Atividades oferecidas pelo professor para reforçar os conteúdos
trabalhados em aula.
● Recursos: ​Recursos necessários para realização do plano de aula.
● Habilidades desenvolvidas: ​Habilidades que o professor pretende desenvolver com
os alunos.
● Material de apoio: Livros, ​slides,​ lista de exercícios, vídeos e ​software necessários
para realização da aula.
● Link da webconferência: ​Link que o aluno precisa utilizar para participar da
webconferência.

Título da aula Conjuntos numéricos: Subconjuntos e Conjunto das Partes


Data:​ 20/07/2020 Horário: ​13h Nº de aulas:​ 2

Objetivo de aprendizagem Apresentar as definições de conjuntos iguais, subconjuntos, conjuntos


disjuntos e conjuntos de partes. Resolver problemas com os alunos.

Conteúdo previsto

● Definição de conjuntos iguais


● Definição de subconjunto
● Está contido, não está contido e contém
● Definição de conjuntos disjuntos
● Propriedade da inclusão
● Definição de conjuntos das partes

Metodologia

● Aula expositiva e resolução de exercícios

Pré-aula

● Assistir o vídeo: ​https://youtu.be/Wxm3ugnq9Sw

Aula

● Aplicação de um questionário de avaliação diagnóstica sobre o tema


● Apresentação expositiva - Definições e exemplos
● Resolução de exercícios e debate com os alunos

Pós-aula

20
● Resolução de exercícios

Recurso

Ferramenta de webconferência (​Google Meet​ ou ​Skype​).


Ferramenta de desenho no navegador​ web​ (​Chrome Canvas​ ou ​Jamboard)​ .
Webcam​ e fone com microfone.

Habilidades desenvolvidas

Construir diagramas e aplicar o conhecimento matemático para resolver situações-problema.

Material de apoio

● Slides​ desenvolvidos pelo professor


● LEITE, Álvaro Emílio; CASTANHEIRA, Nelson Pereira. Teoria dos números e teoria dos conjuntos.
Curitiba: Intersaberes, 2014.

Link da webconferência http://meet.google.com/aula-01-conjuntos

O plano de aula é um documento que pode sofrer modificações de acordo com o


contexto no qual o professor e aluno estão inseridos.

21
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O plano de aula, desenvolvido neste projeto interdisciplinar, busca atender as
demandas inerentes às aulas síncronas por webconferências, minimizando a distância entre
professores e alunos no período do Ensino Remoto de Emergência, ocasionada pela pandemia
do novo coronavírus.
Durante a quarentena, ocasionada pela pandemia, as escolas de Ensino Fundamental,
Médio e Superior foram fechadas por tempo indeterminado para barrar a curva de crescimento
da contaminação, mantendo o isolamento social recomendado pela Organização Mundial da
Saúde. As medidas adotadas surpreenderam as escolas, uma vez que o sistema de ensino
formal não estava totalmente preparado para tal mudança, gerando uma situação crítica que
demandou a reinvenção da sala aula. As tecnologias da informação e comunicação foram
utilizadas para diminuir as distâncias e dar continuidade nas atividades acadêmicas.
Foi necessário soluções práticas e rápidas para o enfrentamento do desafio de manter o
processo de ensino-aprendizagem diante do isolamento social. O fechamento das escolas e
consequente distanciamento na interação professor-aluno fez com que o Governo lançasse
mão da aplicação de aulas ​online e outros recursos que permitem a continuidade dos
conteúdos que estavam sendo trabalhados em sala de aula.
Algumas medidas foram adotadas, em caráter emergencial, e com isso surgiu e ainda
surgem dúvidas, reclamações e falhas na implementação dessas medidas e tecnologias. Como
já dito, acreditamos que os problemas reais são muito maiores do que os aqui apresentados e o
debate sobre os desdobramentos da situação vigente estão apenas no início.
Com o intuito de compreender os desafios e novas dificuldades a que os professores
estão sendo submetidos com o fechamento das escolas, foi confeccionado um questionário, o
qual foi respondido por professores atuantes em escolas públicas e privadas para a obtenção
de dados que possibilitasse um olhar mais atento às suas demandas. Com a coleta e análise
dos dados obtidos foi possível perceber que as informações coincidiam com as análises da
bibliografia selecionada.
Foi desenvolvido um modelo de plano de aula para apoiar a condução de aulas
síncronas por webconferência, que se demonstrou um recurso promissor para potencializar a
aprendizagem dos alunos.
O resultado deste projeto abre campo para novas investigações com a aplicação do
plano em contextos reais de aula. Oferecer estratégias para a criação de aulas síncronas e

22
fomentar o debate sobre a utilização de tecnologias em sala de aula é o que urge fazer no
contexto atual.
A implementação de tecnologias na educação é um debate que dura anos e que agora
ganha força por ter se tornado o único meio de interação entre professor-aluno. A ideia que se
persegue é fornecer alternativas para que haja maior eficácia na relação professor-aluno por
meio virtual e, a partir daí, promover o uso intensivo destas com o objetivo de auxiliar na
formação de cidadãos autônomos e emancipados.
A educação básica que já lidava com grandes problemas, agora encara mais um
embate: promover a aquisição de conhecimento a distância. Essa realidade é desafiadora,
principalmente pelo agravante de compreender a concretude dos fatos e das experiências
vivenciadas cotidianamente pelos estudantes.
É importante salientar que, por maior êxito que se alcance com a utilização dos
recursos digitais, nada é capaz de superar a figura do professor na interação com o aluno. Ao
professor é delegada a função de mediador entre o estudante e o conhecimento, a tarefa árdua
de planejar, refletir e ministrar as aulas e a responsabilidade de acolher o aluno mesmo de
longe.
É imprescindível repensar o futuro da vida em sociedade e da educação mediante a
possibilidade de ampliação prolongada da quarentena. Uma sala virtual nunca será capaz de
substituir uma sala de aula na educação básica. Piaget (1973) através de sua vasta
contribuição à educação afirma que “o conhecimento humano é essencialmente coletivo, e a
vida social constitui um dos fatores essenciais da formação e do crescimento dos
conhecimentos’’.

23
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relatos de experiências de professores do nível superior sobre as aulas remotas​. Revista
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27
ANEXOS

Resposta do questionário enviado aos professores da Rede Pública/privado

28
29
30

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