Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ISSN: 2595-6825
RESUMO
Macrófagos se mostram como os leucócitos mais abundantes em biópsias tumorais, destacando
seu papel na tumorigênese e sua participação no processo de metástase, principalmente aqueles
de perfil M2. Dessa forma, o objetivo no presente trabalho foi esclarecer os mecanismos pelos
quais esses imunócitos influenciam nesse processo. Para isso, foi realizada uma revisão de
literatura utilizando os termos “neoplasias, macrófagos e metástase” nas plataformas PubMed
e Scielo. Foram selecionados 81 artigos publicados entre os anos de 1989 e 2019. Por fim,
constatou-se a participação dos macrófagos M2 tanto na formação de tumores diante de um
microambiente inflamatório como no estabelecimento e manutenção de nichos metastáticos.
ABSTRACT
Macrophages are the most abundant leukocytes in tumor biopsies, highlighting their role in
tumorigenesis and their participation in the metastasis process, especially those with an M2
profile. Thus, the objective of the present work was to clarify the mechanisms by which these
immunocytes influence this process. For this, a literature review was carried out using the terms
“neoplasms, macrophages and metastasis” in the PubMed and Scielo platforms. A total of 81
articles published between 1989 and 2019 were selected. Finally, the participation of M2
macrophages was found both in the formation of tumors in the face of na inflammatory
microenvironment and in the establishment and maintenance of metastatic niches.
1 INTRODUÇÃO
As alterações que ocorrem em um tecido lesado de forma a restabelecer o estado de
homeostasia, por meio da ação de células e moléculas, constituem o processo de inflamação
[1].
Dor, calor, rubor, edema e, mais recentemente elucidado, a perda de função são alguns
dos sinais característicos de um processo inflamatório que em geral, é auto-regulado, tendo sua
ação suprimida após a eliminação de um patôgeno e a reparação do dano [2].
No entanto, diante de alterações no DNA e condições favoráveis, esse processo adquire
um perfil crônico, resultando em mutações e proliferação celular excessiva, que associados ao
microambiente inflamatório, contribuem para a formação de tumores. Isso reforça que além dos
fatores genéticos, células e mediadores inflamatórios possuem um papel importante no
desenvolvimento tumoral [1].
A primeira correlação entre o processo inflamatório e o câncer foi descrita em 1863 pelo
cientista Rudolf Virchow que constatou a presença de infiltrado leucocitário em tecidos
tumorais, construindo uma base concreta para todos os estudos subsequentes focados no papel
do processo inflamatório na tumorigênese, além de contribuir para o desenvolvimento de
técnicas de diagnóstico e tratamento na área [3]. A partir daí, esse processo passou a ser
constantemente relacionado à carcinogênese, visto que 25% dos cânceres possuem correlação
com processos inflamatórios e a inflamação crônica está envolvida nas etapas de progressão
tumoral, incluindo transformação celular, promoção, sobrevivência, proliferação, invasão,
angiogênese e metástase [4].
Durante esse processo, células da imunidade inata, células cancerígenas e células
residentes ativadas produzem citocinas e quimiocinas em resposta ao microambiente tumoral.
Dessa forma, essas moléculas estimulam o recrutamento de células inatas advindas da medula
óssea e que promovem uma tempestade de citocinas [5] que favorecem a tumorigênese [6].
Clinicamente, a metástase caracteriza-se como o estágio mais crítico do
desenvolvimento neoplásico, tendo em vista que cerca de 90% da mortalidade relacionada ao
câncer está associada à disseminação do tumor. Diante disso, estudos recentes demonstram que
a metástase requer uma correlação entre as células tumorais, células imunoinflamatórias,
elementos estromais dos macrófagos associados ao tumor (MAT), como fibroblastos, endotélio
e pericitos [5], além de moléculas sinalizatórias que refletem uma importante rede de
comunicação nos sítios tumorais [6].
Dessa forma, o objetivo no presente trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre
a ação dos macrófagos associados ao tumor e o processo de metástase, como o tumor se
beneficia diante dessas células e das moléculas inflamatórias produzidas por elas, e como tais
conhecimentos podem ser úteis no desenvolvimento de estratégias terapêuticas eficientes no
combate ao desenvolvimento de um câncer.
2 MATERIAL E MÉTODOS
Para o presente artigo foi realizado uma revisão de literatura descritiva, qualitativa,
exploratória e transversal, utilizando materiais disponíveis em plataformas virtuais como
PubMed e Scielo de março a setembro de 2022, utilizando-se as combinações de descritores
“inflamação e câncer” e “citocinas e metástase”. Foram selecionados artigos publicados nos
últimos trinta e dois anos, escritos nas línguas inglesa e portuguesa, e selecionados conforme a
relevância, tendo como critério de inclusão aqueles que abrangiam a correlação entre os
macrófagos associados ao tumor e o processo de metastização tumoral, sendo selecionados
artigos originais, editoriais e artigos de revisão.
3 DISCUSSÃO
O câncer pode ser definido como uma proliferação excessiva das células, podendo
acontecer em qualquer tecido ou órgão e sendo resultante de instabilidades genômicas e
condições de stress [1] que oferecem às células malignas habilidades que favorecem sua
sobrevivência, como autossuficiência de sinas de crescimento, insensibilidade a sinais
antiproliferativos, escape de apoptose, angiogênese e metástase [7]. Entre as estratégias que
oferecem suporte às células neoplásicas destacam-se os MAT [8,9].
Os macrófagos são imunócitos versáteis que executam funções que envolvem a
manutenção da homeostase tecidual, a proteção contra patógenos e a cicatrização de feridas
[10]. Todavia, caracterizam-se como o infiltrado leucocitário mais abundante em biópsias
tumorais, ou seja, quando associados ao tumor, podem interferir em mecanismos de
crescimento, angiogênese, quimiotaxia, regulação imunológica, metástase e quimioresistência
[11,12].
A tabela I demonstra como essas células, de acordo com sinais microambientais, como
citocinas, quimiocinas e fatores de crescimento, sofrem preferencialmente polarização para o
perfil M2, que se distinguem de M1 quanto aos seus marcadores, características metabólicas e
expressão gênica [13].
Portanto, o tecido passa a apresentar uma nova dinâmica tecidual que é ditada pelas
células neoplásicas, de forma a favorecer a proliferação tumoral por meio da reprogramação de
células com perfil não-neoplásico [2].
Os macrófagos de perfil M1 são ativados por interferon-gama e produtos microbianos e
promovem respostas inflamatórias contra patógenos invasores e células tumorais por meio da
produção de citocinas pró-inflamatórias. Já os macrófagos M2 possuem uma ação anti-
inflamatória, secretando citocinas como IL-10, IL-13 e IL-14, expressando arginase-1
abundante e regulando negativamente a expressão de MHC classe II, além de possuírem
funções fundamentais de reparo e remodelação tecidual em tecidos injuriados [13,14].
Embora estudos tenham descoberto que os MAT podem exibir qualquer uma de suas
polarizações, tanto M1 quanto M2 [8,9], os macrófagos de perfil M2 estão mais presentes em
tumores, uma vez que, como já constatado, células neoplásicas secretam CSF-1 e TGF-beta, o
que desvia a diferenciação dos macrófagos para o perfil M2 [15] que são responsáveis pela
diminuição da função imune, promovendo eventos mitóticos, inibitórios de apoptose e
angiogênicos [16].
A metástase caracteriza-se como um processo em que as células tumorais originadas de
um tumor primário disseminam-se para sítios secundários distantes por meio da circulação
sanguínea e/ou linfática [24].
Durante esse processo ocorre uma complexa cascata de eventos, regulados por uma série
de alteraçõs bioquímicas, moleculares e fenotípicas nas células tumorais em disseminação e por
múltiplas vias de sinalização, que incluem remodelação da matriz extracelular (MEC) do local
do tumor primário, transição epitelial-mesenquimal (EMT), angiogênese, invasão da membrana
basal, indução da expressão de moléculas VCAM-1 na parede endotelial [25], intravasamento,
deslocamento de células tumorais circulantes (CTCs) por meio do sangue, extravasamento,
geração de um nicho pré-metastático e restabelecimento de células tumorais no local
metastático [24,26-28].
Em 1889, Stephen Paget propôs o conceito de “solo e semente” [29] como forma de
elucidar a teoria de que não somente os fatores intrínsecos relacionados ao tumor são suficientes
para a ocorrência de metástase, necessitando dos múltiplos componentes do microambiente
tumoral [30,31].
Estudos sugerem que os macrófagos associados ao tumor orquestram praticamente todas
as etapas supracitadas, produzindo fatores de crescimento, enzimas proteolíticas e várias
proteínas inibitórias de checkpoint imunológico em células T [32,33], tornando essas células
importantes alvos terapêuticos na prevenção e controle de metástases, como demonstrado na
tabela II.
próprias citocinas, sendo assim essas proteínas agem diretamente na tumorigênese por meio da
regulação do crescimento de células tumorais, invasividade e metástase, e indiretamente ao
exercer efeitos modulatórios nas células do estroma, células imunes, promoção de nichos
metastáticos, além de angiogênese no microambiente tumoral [34-36].
À medida que o câncer progride, a expressão dessas citocinas/quimiocinas, assim como
a de seus receptores se mostra aumentada tanto nos tecidos tumorais primários, quanto nos
sítios metastáticos e no soro do paciente, ressaltando assim a correlação entre a expressão dessas
proteínas e a metástase, progressão tumoral e prognóstica da doença [37].
Uma das características das células metastáticas é a capacidade de sofrer EMT, um
programa embrionário que desencadeia uma série de eventos que transforma células epiteliais
diferenciadas em células com fenótipo mesenquimal indiferenciado, conferindo maior
capacidade migratória e invasora a elas, além de uma maior resistência a apoptose [27,38,39].
Ao tratar das células constituintes do MAT, os fibroblastos associados a tumores (TAFs)
secretam CXCR4 e CD184, citocinas capazes de induzir a quimiotaxia de células T para o
MAT, induzindo a diferenciação em T regulatórias, além de inibir células NK e recrutar células
supressoras mieloides para o tumor. As células mielomonocíticas incluem células supressoras
derivadas da linhagem mieloide (MSDCs), células derivadas da medula óssea que se expandem
em infecções crônicas e câncer e inibem a resposta imune pelo uso competitivo dos substratos
necessários para a ativação de células T regulatórias, e os monócitos inflamatórios, que podem
se diferenciar em MAT [15].
Uma situação comum em tumores sólidos é a condição de hipóxia, resultante da alta
atividade das células tumorais e de uma rede de vascularização mal organizada [40]. Diante
disso, o tumor cria estratégias que ofereçam o aporte nutritivo necessário, como por exemplo,
a liberação de citocinas pró-angiogênicas e a promoção de glicólise anaeróbica [41-43]. O
lactato, produto dessa última etapa, é um dos principais indutores do fenótipo M2 [44]. Além
disso, é necessário ressaltar que a hipóxia é um importante regulador de macrófagos, auxiliando
as células tumorais a superar a privação nutritiva e converter o EMT em locais mais
hospitaleiros [45], bem como estimulando a polarização para M2 por meio do ajuste da
expressão de genes regulados por hipóxia [46].
Além de afetar a formação de novos vasos tumorais, MAT também interfere na
remodelação da vasculatura para uma forma mais tortuasa e mais permeável em favor da
disseminação do tumor, fazendo com que sua ausência reduza significativamente a densidade
do vaso em 40% [47,48].
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, constata-se a importante função dos macrófagos M2 no
desenvolvimento e manutenção de tumores em microambientes inflamatórios crônicos e
estabelecimento de nichos metastáticos, visto que as células neoplásicas se beneficiam das
citocinas e quimiocinas produzidas por essas células inflamatórias, utilizando-as como aliadas
na progressão e disseminação tumoral por meio do seu perfil anti-inflamatório.
REFERÊNCIAS
5. Crusz SM e Balkwill FR (2015) Inflamação e câncer: avanços e novos agentes. Nat Rev
Clin Oncol 12, 584-596.
10. Wynn TA, Chawla A, Pollard JW. Macrophage biology in development, homeostasis
and disease. Nature. 2013;496(7446):445–55.
11. Lewis CE, Pollard JW. Distinct role of macrophages in different tumor
microenvironments. Cancer Res. 2006;66(2):605–12.
12. Pollard JW. Macrophages define the invasive microenvironment in breast cancer. J
Leukoc Biol. 2008;84(3):623–30.
13. Qian BZ, Pollard JW. Macrophage diversity enhances tumor progression and metastasis.
Cell. 2010;141(1):39–51.
14. Movahedi K, Laoui D, Gysemans C, Baeten M, Stange G, Van den Bossche J, Mack M,
Pipeleers D, In't Veld P, De Baetselier P, Van Ginderachter JA. Diferentes microambientes
tumorais contêm subconjuntos funcionalmente distintos de macrófagos derivados de monócitos
Ly6C (alto). Câncer Res. 2010;70(14):5728–39.
16. Onuchic AC, Chammas R. Câncer e o microambiente tumoral. Rev Med. 2010; 89(1):
21-31.
17. Gazzaniga S, Bravo AI, Guglielmotti A, van Rooijen N, Maschi F, Vecchi A, Mantovani
A, Mordoh J, Wainstok R. Targeting tumor-associated macrophages and inhibition of MCP-1
reduce angiogenesis and tumor growth in a human melanoma xenograft. J Investig Dermatol.
2007;127(8): 2031–41.
18. Qian BZ, Li JF, Zhang H, Kitamura T, Zhang JH, Campion LR, Kaiser EA, Snyder LA,
Pollard JW. CCL2 recruits inflammatory monocytes to facilitate breast-tumour metastasis.
Nature. 2011;475(7355):222–U129.
20. Abraham D, Zins K, Sioud M, Lucas T, Schafer R, Stanley ER, Aharinejad S. Stromal
cell-derived CSF-1 blockade prolongs xenograft survival of CSF-1- negative neuroblastoma.
Int J Cancer. 2010;126(6):1339–52.
22. Ma XY, Wu DQ, Zhou S, Wan F, Liu H, Xu XR, Xu XF, Zhao Y, Tang MC. The
pancreatic cancer secreted REG4 promotes macrophage polarization to M2 through
EGFR/AKT/CREB pathway. Oncol Rep. 2016;35(1):189–96.
23. Zhang WN, Chen LC, Ma K, Zhao YH, Liu XH, Wang Y, Liu M, Liang SF, Zhu HX,
Xu NZ. Polarization of macrophages in the tumor microenvironment is influenced by EGFR
signaling within colon cancer cells. Oncotarget. 2016; 7(46):75366–78.
24. Seyfried TN, Huysentruyt LC. On the origin of cancer metastasis. Crit Rev Oncog.
2013;18(1-2):43–73.
26. Jin, J.K.; Dayyani, F.; Gallick, G.E. Steps in prostate cancer progression that lead to
bone metastasis. Int. J. Cancer 2011, 128, 2545–2561.
27. Guan, X. Cancer metastases: Challenges and opportunities. Acta Pharm. Sin. B 2015, 5,
402–418.
28. Gupta, G.P.; Massagué, J. Cancer metastasis: Building a framework. Cell 2006, 127,
679–695.
29. Paget S. The distribution of secondary growths in cancer of the breast. 1889. Cancer
Metastasis Rev. 1989;8(2):98–101.
30. Quail DF, Joyce JA. Microenvironmental regulation of tumor progression and
metastasis. Nat Med. 2013;19(11):1423–37.
31. McAllister SS, Weinberg RA. The tumour-induced systemic environment as a critical
regulator of cancer progression and metastasis. Nat Cell Biol. 2014; 16(8):717–27.
33. Ruffell B, Coussens LM. Macrophages and therapeutic resistance in cancer. Cancer
Cell. 2015;27(4):462–72.
34. Dranoff, G. Cytokines in cancer pathogenesis and cancer therapy. Nat. Rev. Cancer
2004, 4, 11–22.
35. Chow, M.T.; Luster, A.D. Chemokines in cancer. Cancer Immunol. Res. 2014, 2, 1125–
1131.
36. Nagarsheth, N.; Wicha, M.S.; Zou, W. Chemokines in the cancer microenvironment and
their relevance in cancer immunotherapy. Nat. Rev. Immunol. 2017, 17, 559–572.
37. Cabioglu, N.; Gong, Y.; Islam, R.; Broglio, K.R.; Sneige, N.; Sahin, A.; Gonzalez-
Angulo, A.M.; Morandi, P.; Bucana, C.; Hortobagyi, G.N.; et al. Expression of growth factor
and chemokine receptors: New insights in the biology of inflammatory breast cancer. Ann.
Oncol. 2007, 18, 1021–1029.
38. Khan, M.I.; Hamid, A.; Adhami, V.M.; Lall, R.K.; Mukhtar, H. Role of epithelial
mesenchymal transition in prostate tumorigenesis. Curr. Pharm. Des. 2015, 21, 1240–1248.
39. Thiery, J.P.; Acloque, H.; Huang, R.Y.; Nieto, M.A. Epithelial-mesenchymal transitions
in development and disease. Cell 2009, 139, 871–890.
40. Vaupel P, Harrison L. Tumor hypoxia: causative factors, compensatory mechanisms,
and cellular response. Oncologist. 2004;9:4–9.
41. Chae YC, Vaira V, Caino MC, Tang HY, Seo JH, Kossenkov AV, Ottobrini L, Martelli
C, Lucignani G, Bertolini I, Locatelli M, Bryant KG, Ghosh JC, Lisanti S, Ku B, Bosari S,
Languino LR, Speicher DW, Altieri DC. Mitochondrial Akt regulation of hypoxic tumor
reprogramming. Cancer Cell. 2016;30(2):257–72.
42. Barsoum IB, Hamilton TK, Li X, Cotechini T, Miles EA, Siemens DR, Graham CH.
Hypoxia induces escape from innate immunity in cancer cells via increased expression of
ADAM10: role of nitric oxide. Cancer Res. 2011; 71(24):7433–41.
43. Zhang CC, Sadek HA. Hypoxia and metabolic properties of hematopoietic stem cells.
Antioxid Redox Signal. 2014;20(12):1891–901.
44. Chen P, Zuo H, Xiong H, Kolar MJ, Chu Q, Saghatelian A, Siegwart DJ, Wan Y.
Gpr132 sensing of lactate mediates tumor-macrophage interplay to promote breast cancer
metastasis. Proc Natl Acad Sci U S A. 2017;114(3): 580–5.
47. Lin EY, Li JF, Gnatovskiy L, Deng Y, Zhu L, Grzesik DA, Qian H, Xue XN, Pollard
JW. Macrophages regulate the angiogenic switch in a mouse model of breast cancer. Cancer
Res. 2006;66(23):11238–46.
48. Lin EY, Pollard JW. Tumor-associated macrophages press the angiogenic switch in
breast cancer. Cancer Res. 2007;67(11):5064–6.
49. Grivennikov SI, Greten FR, Karin M. Immunity, inflammation, and cancer. Cell. 2010;
140(6): 883-99.
51. Condeelis J, Segall JE. Intravital imaging of cell movement in tumours. Nat Rev Cancer.
2003;3(12):921–30.
52. Barker TH, Baneyx G, Cardo-Vila M, Workman GA, Weaver M, Menon PM, Dedhar
S, Rempel SA, Arap W, Pasqualini R, Vogel V, Sage EH. SPARC regulates extracellular matrix
organization through its modulation of integrin-linked kinase activity. J Biol Chem.
2005;280(43):36483–93.
53. Brekken RA, Puolakkainen P, Graves DC, Workman G, Lubkin SR, Sage EH. Enhanced
growth of tumors in SPARC null mice is associated with changes in the ECM. J Clin Invest.
2003;111(4):487–95.
56. Gocheva V, Wang HW, Gadea BB, Shree T, Hunter KE, Garfall AL, Berman T, Joyce
JA. IL-4 induces cathepsin protease activity in tumor-associated macrophages to promote
cancer growth and invasion. Genes Dev. 2010; 24(3):241–55.
57. Wyckoff J, Wang WG, Lin EY, Wang YR, Pixley F, Stanley ER, Graf T, Pollard JW,
Segall J, Condeelis J. A paracrine loop between tumor cells and macrophages is required for
tumor cell migration in mammary tumors. Cancer Res. 2004;64(19):7022–9.
58. Goswami S, Sahai E, Wyckoff JB, Cammer N, Cox D, Pixley FJ, Stanley ER, Segall
JE, Condeelis JS. Macrophages promote the invasion of breast carcinoma cells via a colony-
stimulating factor-1/epidermal growth factor paracrine loop. Cancer Res. 2005;65(12):5278–
83.
59. Nierodzik ML, Karpatkin S. Thrombin induces tumor growth, metastasis, and
angiogenesis: Evidence for a thrombin-regulated dormant tumor phenotype. Cancer Cell.
2006;10(5):355–62.
60. Palumbo JS, Talmage KE, Massari JV, La Jeunesse CM, Flick MJ, Kombrinck KW, Hu
Z, Barney KA, Degen JL. Tumor cell-associated tissue factor and circulating hemostatic factors
cooperate to increase metastatic potential through natural killer cell-dependent and-independent
mechanisms. Blood. 2007;110(1):133–41.
61. Gil-Bernabe AM, Ferjancic S, Tlalka M, Zhao L, Allen PD, Im JH, Watson K, Hill SA,
Amirkhosravi A, Francis JL, Pollard JW, Ruf W, Muschel RJ. Recruitment of
monocytes/macrophages by tissue factor-mediated coagulation is essential for metastatic cell
survival and premetastatic niche establishment in mice. Blood. 2012;119(13):3164–75.
66. Ngambenjawong C, Cieslewicz M, Schellinger JG, Pun SH. Synthesis and evaluation
of multivalent M2pep peptides for targeting alternatively activated M2 macrophages. J Control
Release. 2016;224:103–11.
67. Kakoschky B, Pleli T, Schmithals C, Zeuzem S, Brune B, Vogl TJ, Korf HW, Weigert
A, Piiper A. Selective targeting of tumor associated macrophages in different tumor models.
PLoS One. 2018;13(2):e0193015.
69. Comito G, Segura CP, Sobierajska K, Ippolito L, Taddei ML, Giannoni E, Chiarugi P.
Zoledronic acid impairs stromal reactivity by inhibiting M2- macrophages polarization and
prostate cancer-associated fibroblasts. Eur J Cancer. 2014;50:S74.
71. Vonderheide RH, Bajor DL, Winograd R, Evans RA, Bayne LJ, Beatty GL. CD40
immunotherapy for pancreatic cancer. Cancer Immunol Immunother. 2013; 62(5):949–54.
72. Suttles J, Stout RD. Macrophage CD40 signaling: a pivotal regulator of disease
protection and pathogenesis. Semin Immunol. 2009;21(5):257–64.
73. Nowak AK, Cook AM, McDonnell AM, Millward MJ, Creaney J, Francis RJ, Hasani
A, Segal A, Musk AW, Turlach BA, McCoy MJ, Robinson BW, Lake RA. A phase 1b clinical
trial of the CD40-activating antibody CP-870,893 in combination with cisplatin and pemetrexed
in malignant pleural mesothelioma. Ann Oncol. 2015;26(12):2483–90.
74. Pradel LP, Ooi CH, Romagnoli S, Cannarile MA, Sade H, Ruttinger D, Ries CH.
Macrophage susceptibility to emactuzumab (RG7155) treatment. Mol Cancer Ther.
2016;15(12):3077–86.
75. Butowski N, Colman H, De Groot JF, Omuro AM, Nayak L, Wen PY, Cloughesy TF,
Marimuthu A, Haidar S, Perry A, Huse J, Phillips J, West BL, Nolop KB, Hsu HH, Ligon KL,
Molinaro AM, Prados M. Orally administered colony stimulating factor 1 receptor inhibitor
PLX3397 in recurrent glioblastoma: an Ivy Foundation Early Phase Clinical Trials Consortium
phase II study. Neuro Oncol. 2016;18(4):557–64.
76. Noel MS, Hezel AF, Linehan D, Wang-Gillam A, Eskens F, Sleijfer S, Desar I, Erdkamp
F, Wilmink J, Diehl J, Potarca A, Zhao N, Deng J, Lohr L, Miao SC, Charo I, Singh R, Schall
TJ, Bekker P. Orally administered CCR2 selective inhibitor CCX872-b clinical trial in
pancreatic cancer. J Clin Oncol. 2017;35:4.
77. Linehan D, Noel MS, Hezel AF, Wang-Gillam A, Eskens F, Sleijfer S, Desar IM,
Erdkamp F, Wilmink J, Diehl J, Potarca A, Zhao N, Miao S, Deng J, Hillson J, Bekker P, Schall
TJ, Singh R. Overall survival in a trial of orally administered CCR2 inhibitor CCX872 in locally
advanced/metastatic pancreatic cancer: Correlation with blood monocyte counts. J Clin Oncol.
2018;36:5.
78. Joyce JA, Pollard JW. Microenvironmental regulation of metastasis. Nat Rev Cancer.
2009;9(4):239–52.
79. Sceneay J, Smyth MJ, Moller A. The pre-metastatic niche: finding common ground.
Cancer Metastasis Rev. 2013;32(3-4):449–64.
80. Kaplan RN, Psaila B, Lyden D. Bone marrow cells in the ‘pre-metastatic niche’: within
bone and beyond. Cancer Metastasis Rev. 2006;25(4):521–9.