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CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO – CEARÁ

COORDENADORIA ESTADUAL DE FORMAÇÃO DE EXECUTIVOS ESCOLARES PARA EDUCAÇÃO BÁSICA – CEFEB


CURSO DO LICEU DO CEARÁ

GESTÃO DE EDUCAÇÃO
E
PROJETO POLÍTICO-
PEDAGÓGICO
(DISCIPLINA TRANSVERSAL)

Assessora: Maria Estrêla Araújo Fernandes


Grupo de Articuladores Centrais:
 Lúcia Angelim
 Elizabeth Damasceno
 Hila Bernardes
 Fátima Cândido
 Hermínio Souza
 Océlio Saraiva

Fortaleza – 2016

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CURSO DO LICEU DO CEARÁ

1. DISCIPLINA: Gestão de Escola e Projeto Político-Pedagógico (disciplina


transversal).
2. EIXO TEMÁTICO: Gestão da escola e construção da identidade escolar.

3ª AULA – DIA 11/04/2016

Tema Central: A construção/reconstrução do PPP:


 2º Módulo - Recuperando a história das escolas (término).
 3º Módulo – A especificidade da organização escolar: Diagnóstico
das escolas (início).

Assuntos específicos:
1. Exercício de simulação de dados da história de uma escola do grupo:
1.1. Dissertativa.
1.2. Tabulação dos dados.
2. Conclusões: o que a história da escola nos revela.
3. Programação do 3º Módulo do PPP – Diagnóstico:
3.1. Fundamentos do Diagnóstico.
3.2. Orientação para coleta de dados.
4. Programa de Leitura Complementar – texto 4.

Assessora: Maria Estrêla Araújo Fernandes


Articulador Central: Océlio Saraiva

PLANO DO 3º ENCONTRO COM CURSISTAS

Dia 11/04/2016

Doc. AE Liceu – 3.1

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Nada é impossível de mudar


“Desconfiai do mais trivial,
Na aparência do singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressivamente:
Não aceiteis o que é de hábito, como coisa natural.
Pois em tempo de desordem sangrenta,
de confusão organizada, nada deve parecer natural.
Nada deve parecer impossível de mudar”.
(Bertold Brecht)

LOCAL: Liceu do Ceará.

DATA: Dia 11/04/2016.

CARGA HORÁRIA: 04 horas/aula.

PARTICIPANTES: Cursistas do Liceu do Ceará.

TEMA CENTRAL: - A construção/reconstrução do PPP


 2º Módulo - Recuperando a história das escolas (término).
 3º Módulo – A especificidade da organização escolar (início).

ASSUNTOS ESPECÍFICOS:
1. Exercício de simulação de dados da história de uma escola do grupo:
1.1. Dissertativa
1.2. 1.2. Tabulação de dados.
2. Conclusões: O que a história da escola nos revela.
3. Programação do 3º Módulo do PPP – Diagnóstico:
3.1. Fundamentos do Diagnóstico.
3.2. Orientação para coleta de dados.
4. Programa de Leitura Complementar ao PPP – texto 4.

FLUXO DE TRABALHO
Abertura: - Plano do 3º Encontro (doc. AE Liceu – 3.1) – texto e slides – Prof.ª Estrêla.
- Acolhida: texto – Escutatória – Rubem Alves (doc. AE Liceu – 3.2) – Prof.
Océlio.
- Memória do 2º Encontro com cursistas – Prof.ª Estrêla.

1º MOMENTO: - Exercício de simulação de dados sobre a história de uma escola do grupo:


1. Dissertativa –
2. Tabulação dos dados –
Escolas apresentadas:
 Liceu do Ceará – Adriana e Maria Rena
 EEEM. Dr. César Cals – Gláucia e Wilson
2º MOMENTO: - Conclusões: O que a história da escola nos revela – cochicho (comentários
sobre o instrumental, terminando com a dinâmica do papel amassado) – Prof.ª Estrêla.

3º MOMENTO: - Música reflexiva – “Ponto de Vista” – Casuarina (doc. AE Liceu – 3.3) –


Prof. Océlio.

4º MOMENTO: - Orientações gerais sobre o 3º Módulo – Diagnóstico das escolas – coleta de


dados (doc. AE Liceu – 3.4) – slides e texto – Prof.ª Estrêla Fernandes.

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5º MOMENTO: - Orientação para o estudo do texto 4 do Programa de Leituras


Complementares ao PPP – Diagnóstico – Celso Vasconcellos (doc. AE Liceu – 3.5) – Prof.
Océlio.

ENCERRAMENTO: - Tarefa para cursistas:


 Simulação do Diagnóstico – preenchimento do instrumento de
coleta de dados do Diagnóstico das escolas – Quadro 1 (Quadro
1 – anexo ao doc. AE Liceu – 3.5).
 Leitura do texto 4 do Programa de Leitura Complementar ao
PPP.
 Curtigrama (Avaliação da 3ª aula do PPP).
MATERIAL
 Doc. AE Liceu – 3.1 – Plano do 3º Encontro com Cursistas do Liceu (texto e
slides).
 Doc. AE Liceu – 3.2 – Texto: Escutatória – Rubem Alves.
 Doc. AE Liceu – 3.3 – Música reflexiva – “Ponto de Vista” – Casuarina (texto e
vídeo).
 Doc. AE Liceu – 3.4 – Orientações gerais sobre o 3º Módulo – Diagnóstico das
Escolas – coleta de dados (slides e texto).
 Doc. AE Liceu – 3.5 – PLC – Texto 4 – “Diagnóstico” – Celso Vasconcellos
(PLC – texto 04).
 Curtigrama.

PRÓXIMO ENCONTRO:
Período: dia 16/05/2016.
Temas:
 Término do 3º Módulo – Diagnóstico das escolas (exercício de simulação).
 Orientação para cruzamento de dados do Diagnóstico (simulação).
 Orientação do texto 5 – PLC.
ESCUTATÓRIA
Rubem Alves

Doc. AE Liceu – 3.2

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente
anunciado curso de escutatória. tem a dizer.
Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer Como se aquilo que ele diz não fosse digno de
aprender a ouvir. descansada consideração...
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho E precisasse ser complementado por aquilo que a
que ninguém vai se matricular. gente tem a dizer, que é muito melhor.
Escutar é complicado e sutil. Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais
Diz Alberto Caeiro que... Não é bastante não ser cego constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.
para ver as árvores e as flores. Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para
É preciso também não ter filosofia nenhuma. os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.
Filosofia é um monte de ideias, dentro da cabeça, Contou-me de sua experiência com os índios:
sobre como são as coisas. Reunidos os participantes, ninguém fala.
Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Há um longo, longo silêncio.
Parafraseio o Alberto Caeiro: Vejam a semelhança...
Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto,
É preciso também que haja silêncio dentro da alma. diante do piano, ficam assentados em silêncio...
Daí a dificuldade: Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as
A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo ideias estranhas.
dar um palpite melhor... Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial.
Aí, de repente, alguém fala.

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Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.


Falar logo em seguida seria um grande desrespeito,
pois o outro falou os seus pensamentos...
Pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos. É preciso tempo para entender o
que o outro falou.
Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.
Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.
Na verdade, não ouvi o que você falou.
Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria
falar quando você terminasse sua (tola) fala.
Falo como se você não tivesse falado.
Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você
falou como novidade eu já pensei há muito tempo.
É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso
pensar sobre o que você falou.
Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo.
O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando
cuidadosamente tudo aquilo que você falou.
E, assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio
dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa
a ouvir coisas que não ouvia.
Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência...
E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das
palavras... No lugar onde não há palavras.
A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral
submersa.
No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca
fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.
Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da
filosofia, ouvimos a melodia que não havia...
Que de tão linda nos faz chorar.
Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no
silêncio.
Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza
mora lá também.

MÚSICA – PONTO DE VISTA


Casuarina

Doc. AE Liceu – 3.3

Do ponto de vista da terra quem gira é o sol


Do ponto de vista da mãe todo filho é bonito
Do ponto de vista do ponto o círculo é infinito
Do ponto de vista do cego sirene é farol
Do ponto de vista do mar quem balança é a praia
Do ponto de vista da vida um dia é pouco

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Guardado no bolso do louco


Há sempre um pedaço de Deus
Respeite meus pontos de vista
Que eu respeito os teus

Às vezes o ponto de vista tem certa miopia,


Pois enxerga diferente do que a gente gostaria
Não é preciso por lente nem óculos de grau
Tampouco que exista somente
Um ponto de vista igual

O jeito é manter o respeito e ponto final (2x)

ORIENTAÇÕES GERAIS SOBRE O 3º MÓDULO – DIAGNÓSTICO DAS ESCOLAS

Doc. AE Liceu – 3.4


1. CAMINHADA DO PPP DA CEFEB

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2. ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O 3ª MÓDULO: DIAGNÓSTICO


(QUESTÕES GERAIS, METODOLOGIA E INSTRUMENTAL DE COLETA DE DADOS)

A Escola que temos


1. Momentos de Construção da Fase do PPP – Diagnóstico: A Escola que
temos
1º MOMENTO (SÍNCRESE) – ________/____ (COLOCAR MÊS E ANO)
 Texto sobre: As principais questões atuais e sua influência na educação
brasileira e nas escolas municipais.
 Estudo sobre o significado do Diagnóstico na Construção do PPP.
 Orientação para o Diagnóstico (questões norteadoras, roteiro e metodologia).
2º MOMENTO (ANÁLISE) – ________/____ (COLOCAR MÊS E ANO)
 Coleta de dados do Diagnóstico, por escola.
 Cruzamento dos dados coletados, por escola.
 Socialização dos dados, por escola.
3º MOMENTO (SÍNTESE) – ________/____ (COLOCAR MÊS E ANO)
 Socialização da síntese.
 Elaboração das Conclusões Reflexivas sobre o Diagnóstico.
 Elaboração do Documento-Síntese nº 02 – “A Escola que temos”
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2. Questões norteadoras básicas (Escola – quem és tu?)


 Qual o contexto em que te situas? (sócio – político – econômico – educacional).
 O que assimilas desse contexto?
 Quais os teus pontos fortes?
 Quais os teus pontos de estrangulamento?
 Quais as tuas necessidades (físicas e estruturais, pedagógicas, administrativas e
relacionais).

3. Roteiro básico de coleta de dados (ver quadro anexo)


 Pontos fortes da instituição.
 Pontos de estrangulamento da Instituição.
 Principais Necessidades
Dimensões:
a) Área Físico-estrutural (instalações, equipamentos, recursos).
b) Área Administrativa (gestão, serviços).
c) Área Pedagógica (aulas, currículo, avaliação).
d) Área Relacional (relações professor – aluno – funcionários – gestores –
comunidade externa).

4. Metodologia
4.1. Coleta dos dados
a) A coleta de dados tem uma perspectiva qualitativa e não quantitativa. Por
isso não trabalhamos com número de participantes, mas com
representações dos segmentos, por amostragem. O importante é a
expressão dos aspectos observados.
b) Os segmentos serão divididos em: Gestores, Professores, Funcionários,
Alunos e Pais. A amostragem de cada segmento será determinada pelos
Articuladores da escola que se organizarão para a coleta de dados.
Sugerimos:
 Grupos pequenos, de até dez pessoas, mas representativos em sua
abrangência. Ex: um aluno de cada série, a partir do Fundamental II,
dependendo do tamanho da escola.
 Os professores poderão tirar uma representação ou fazer em conjunto,
dependendo do tamanho da escola, numa reunião específica para isto.
 Os funcionários responderão também numa reunião específica, sendo
todos convidados.
 Os gestores (diretores e coordenadores) também preencherão um só
quadro.
 Os pais serão convidados por sorteio ou os que participam do
Conselho Escolar.
 Os alunos do Fundamental, Médio e do EJA, se houver grêmio ou
grupo de líderes, poderão ser chamados para isto.
 Se houver alguma organização representativa da comunidade, chamá-la
para preencher o quadro.

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 A representação ser constituída por sorteio, para ser a mais isenta


possível, para todos os segmentos.
 Cada grupo de segmento deverá preencher somente um quadro-síntese
do Diagnóstico (quadro 1, com 4/5 folhas – respondido pelo grupo) –
anexo.
 As crianças do Infantil e Fundamental I poderão fazer uma atividade de
desenhos sobre: O que mais gosta na escola; O que menos gosta na
escola. Os professores poderão organizar painéis.
c) Cada grupo por segmento colocará um “X, somente em seis aspectos
prioritários de cada área (físico-estrutural, administrativa, pedagógica e
relacional), no que se refere aos: pontos fortes, pontos de
estrangulamento e principais necessidades, conforme o quadro 1 de
coleta de dados. O preenchimento deverá ser de forma livre, sem
direcionamentos para as respostas. Os aspectos em que não houver
domínio de informações deverão ser deixados em branco.
d) Os pais, funcionários e alunos poderão ser acompanhados pelos
articuladores no que se refere à organização dos grupos, deixando-os
livres para o preenchimento dos quadros. Os articuladores se organizarão
para esse acompanhamento.

e) Serão apresentados seis aspectos priorizados por outras escolas. A escola


colocará um “X” no(s) aspecto(s) que corresponde(m) à realidade da sua
escola. O espaço livre serve para colocar outros aspectos que não estão
na listagem, contanto que, ao final, sejam assinalados até seis aspectos e
não mais que isto, e que eles correspondem à realidade da escola.

4.2. Organização dos Dados


 Por escola – os articuladores escolares de posse dos quatro quadros,
preenchidos pelos cinco segmentos, farão o cruzamento dos dados,
selecionando as seis características de maior frequência de cada área em
cada aspecto. Assim, só serão entregues ao Articulador Escolar, quatro
quadros (um de cada dimensão) já apurada a frequência. Coloquem
somente os mais votados pelos segmentos.

4.3. Socialização e Síntese


 No encontro realizado no mês de maio, serão discutidos esses dados
relacionando-os com suas causas e consequências e as Conclusões
Reflexivas sobre: A escola que temos (documento-síntese nº 02 do PPP).

Maria Estrêla Araújo Fernandes


Assessora

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3. COLETA DE DADOS DO DIAGNÓSTICO DAS ESCOLAS

QUADRO 1: COLETA DE DADOS


(PARA SER PREENCHIDO POR GRUPO DE SEGMENTO)
1. Escola _______________________________________
2. Segmento ____________________________________
3. Nº de pessoas respondentes ______________________

Coloque um “X” nos 6 (seis) aspectos prioritários de cada dimensão. O espaço em


branco serve para colocar aspectos não constantes da listagem e específico de sua
escola. O total deverá ser de, somente, 6 aspectos prioritários.

DIMENSÃO: FÍSICO-ESTRUTURAL
(INSTALAÇÕES, EQUIPAMENTOS E RECURSOS)
1. Pontos Fortes
Assinale com um “X” o(s) que corresponde(m) à realidade da sua escola.
ASPECTOS PRIORIZADOS
( ) 1. Equipamentos eletrônicos e tecnológicos em bom estado (televisão com DVD, etc.)
( ) 2. Computadores suficientes para a demanda, com bom funcionamento e acesso à internet
( ) 3. Salas de aula suficientes, amplas, arejadas e bem iluminadas
( ) 4. Existência de laboratório de informática bem equipado
( ) 5. Eletrodomésticos em bom estado (cozinha equipada)
( ) 6. Aquisição de acervo literário em quantidade
Outros:
( )
( )
( )
( )

2. Pontos de Estrangulamento
ASPECTOS PRIORIZADOS
( ) 1. Equipamentos eletrônicos insuficientes, quebrados e sem manutenção
( ) 2. Instalação elétrica e iluminação inadequada da escola
( ) 3. Banheiros com defeito, insuficientes e não adaptados (problemas de saneamento)
( ) 4. Ventiladores quebrados e insuficientes para a demanda
( ) 5. Mobiliário insuficiente e danificado
( ) 6. Instalação hidráulica inadequada e precária (problemas de abastecimento de água)
Outros:
( )
( )
( )
( )
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( )
3. Principais Necessidades
ASPECTOS PRIORIZADOS
( ) 1. Construir/recuperar quadra esportiva coberta
( ) 2. Adquirir material audiovisual (data-show) e equipamentos tecnológicos (TV LCD e som)
( ) 3. Adquirir mobiliário necessário
( ) 4. Garantir conserto e aquisição de ventiladores (tufões)
( ) 5. Reformar e ampliar banheiros, pias e construir caixas d’água
( ) 6. Construir, reformar e ampliar refeitório, cantina e depósito para merenda
Outros:
( )
( )
( )
( )

DIMENSÃO: PEDAGÓGICA
(PROPOSTA PEDAGÓGICA; PRÁTICA CURRICULAR; POSTURA DOS EDUCADORES E
EDUCANDOS; FORMAÇÃO CONTINUADA DOS EDUCADORES; CONDIÇÕES DE TRABALHO;
RESULTADOS DA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS)

1. Pontos Fortes
ASPECTOS PRIORIZADOS
( ) 1. Projetos importantes bem elaborados (interdisciplinares)
( ) 2. Planejamento coletivo semanal e processual
( ) 3. Profissionais compromissados com a educação
( ) 4. Avaliação contínua, com monitoramento
( ) 5. Trabalho em parceria/clima de trabalho saudável/respeito mútuo
( ) 6. Práxis inovadoras (metodologia)
Outros:
( )
( )
( )
( )
2. Pontos de Estrangulamento
ASPECTOS PRIORIZADOS
( ) 1. Alunos indisciplinados/falta de respeito e descompromisso com a escola
( ) 2. Pouca participação e acompanhamento dos pais e responsáveis
( ) 3. Metodologias ultrapassadas
( ) 4. Tempo insuficiente para planejamento e estudo (sobrecarga de trabalho)
( ) 5. Alunos desinteressados em suas atividades diárias
( ) 6. Formação de professores em datas e locais inadequados (sábado)
Outros:
( )
( )
( )

3. Principais Necessidades
ASPECTOS PRIORIZADOS
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( ) 1. Acompanhar as famílias dos alunos para seu maior envolvimento na escola


( ) 2. Desenvolver aulas motivadoras (atraentes)
( ) 3. Proporcionar formações de professores para todas as áreas de ensino
( ) 4. Proporcionar condições de trabalho na escola (instalações, equipamentos e recursos didáticos)
( ) 5. Fazer planejamento coletivo e eficaz
( ) 6. Trabalhar com alunos a temática: indisciplina e compromissos com a escola
Outros:
( )
( )
( )
( )

DIMENSÃO: ADMINISTRATIVA
(POSTURA E COMPETÊNCIA DOS GESTORES; DESEMPENHO E QUALIFICAÇÃO DOS
SERVIÇOS; EXISTÊNCIA E DESEMPENHO DOS COLEGIADOS; NORMAS E
DISCIPLINA)
1. Pontos Fortes
ASPECTOS PRIORIZADOS
( ) 1. Responsabilidade e compromissos dos gestores com a qualidade da educação
( ) 2. Conselho Escolar atuante
( ) 3. Empenho e compromisso dos diversos trabalhos
( ) 4. Gestão democrática buscando parcerias e melhoria da escola
( ) 5. Existência de acordos coletivos
( ) 6. Qualificação de acordo com a função
Outros:
( )
( )
( )
( )

2. Pontos de Estrangulamento
ASPECTOS PRIORIZADOS
( ) 1. Indisciplina dos alunos
( ) 2. Desrespeito às normas de convivência e ao regimento
( ) 3. Falta de formação dos funcionários específica para a função
( ) 4. Acúmulo de funções (sobrecarga de trabalhos burocráticos)
( ) 5. Carência de funcionários
( ) 6. Falta de envolvimento dos funcionários nas atividades da escola
Outros:
( )
( )
( )
( )

3. Principais Necessidades
ASPECTOS PRIORIZADOS
( ) 1. Proporcionar qualificação especializada
( ) 2. Contratar pessoal necessário ao quadro de funcionários
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( ) 3. Fortalecer a formação e participação dos colegiados


( ) 4. Trabalhar mais a conscientização com todos os segmentos da escola
( ) 5. Atualizar e divulgar o regimento escolar
( ) 6. Implementar medidas educativas disciplinares mais eficazes
Outros:
( )
( )
( )
( )

DIMENSÃO: RELACIONAL
(RELAÇÕES INTERNAS; RELAÇÕES EXTERNAS; RELAÇÕES INSTITUCIONAIS)

1. Pontos Fortes
ASPECTOS PRIORIZADOS
( ) 1. Boa convivência e respeito mútuo
( ) 2. Parceria/comunicação da família com a escola
( ) 3. Parceria entre escolas – troca de experiências
( ) 4. Compromisso com a comunidade/escola aberta à comunidade
( ) 5. Cooperação e trabalho em parceria entre os segmentos da escola
( ) 6. Compromisso e responsabilidade dos profissionais de educação com a escola
Outros:
( )
( )
( )
( )

2. Pontos de Estrangulamento
ASPECTOS PRIORIZADOS
( ) 1. Falta de acompanhamento das famílias em relação aos filhos
( ) 2. Falta de compromisso e integração entre os segmentos da escola
( ) 3. Professores e alunos desmotivados (baixa autoestima)
( ) 4. Pais colocam total responsabilidade da educação dos filhos na escola (se omitem)
( ) 5. Ausência da família na escola/reuniões
( ) 6. Desrespeito entre alunos, professores e gestores
Outros:
( )
( )
( )
( )

3. Principais Necessidades
ASPECTOS PRIORIZADOS
( ) 1. Promover encontros para conscientizar os pais sobre a necessidade de acompanhar a aprendizagem dos
filhos
( ) 2. Estimular as famílias para o compromisso com a escola
( ) 3. Estabelecer na escola clima de alegria/compreensão e tolerância

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( ) 4. Promover intercâmbio entre as escolas


( ) 5. Estabelecer no planejamento da escola ações que aproximem as famílias da escola
( ) 6. Realizar palestras sobre autoestima e relacionamento saudável/disciplina
Outros:
( )
( )
( )
( )

PROGRAMA DE LEITURA COMPLEMENTAR AO PPP – TEXTO 04


Doc. AE Liceu – 3.5

DIAGNÓSTICO

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FONTE: VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento – Projeto de Ensino-Aprendizagem e


Projeto Político Pedagógico. SP, Libertad, 2000. Pp. 188-193.

1- O QUE É DIAGNÓSTICO
Diagnóstico aqui está sendo entendido não num sentido difundido no senso
comum educacional como ‘levantamento de dificuldades ou de dados da
realidade’, mas no sentido mais preciso de localização das necessidades da
instituição, a partir da análise da realidade e/ou do confronto com um
parâmetro aceito como válido.126126
Diagnóstico tem origem no grego diagnostikós, sendo que foi apropriado pela
Medicina na acepção de conhecimento ou determinação de uma doença pelo(s)
sintoma(s) e/ou mediante exames diversos (laboratoriais, radiológicos, etc.) (cf.
Aurélio). Sua raiz, diagnose, é também do grego (diágnosis – discernimento,
exame), podendo ser entendida a partir de seus dois componentes dia + gnosis
como através do conhecimento. Ocorre que o termo diagnose foi incorporado à
História Natural ou Botânica com o sentido de descrição minuciosa do animal e da
planta, feita pelo seu classificador, em geral em latim (cf. Aurélio). Seu uso está
muito marcado por esta perspectiva de descrição ou mera classificação. No
Projeto Político-Pedagógico, todavia, o diagnóstico não pode ser assumido com
este significado.
O Diagnóstico é a parte de um plano que profere um juízo sobre a instituição
planejada em todos ou em alguns aspectos tratados no Marco Operativo (que
descreveu o modo ideal de ser, de se organizar, de agir da instituição), juízo este
realizado com critérios retirados do mesmo Marco Operativo e, sobretudo, do Marco
Doutrinal. (...) O Diagnóstico é o resultado da comparação entre o que se traçou
como ponto de chegada (Marco Referencial) e a descrição da realidade da instituição
como ela se apresenta. (Gandin, 1983: 29)

O Diagnóstico corresponde às seguintes tarefas:

 Conhecer a Realidade
O conhecimento da realidade vai se dar pela pesquisa (levantamento de
dados da instituição) e análise (estudo dos dados no sentido de captar os
problemas, os desafios, bem como os pontos de apoio para o processo de
mudança da realidade institucional). A análise visa apreender o movimento do
real.

 Julgar a Realidade
O julgamento de dá em função do referencial assumido pelo coletivo. E o
confronto entre o ideal e o real, entre aquilo que desejamos (MO) e aquilo que
estamos sendo. Podemos apontar aqui duas esferas: o quanto nos aproximamos
ou distanciamos do desejado (quais os fatores facilitadores/dificultadores para
126
. A rigor, em função das conotações já existentes, poderia até ser interessante
126

construirmos um outro termo para esta tarefa a que nos referimos no processo de
planejamento.
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concretizar o desejado), e uma análise sobre isto: quais as forças de resistência e


de apoio.

 Localizar as Necessidades
Necessidade e aquilo que falta em cada aspecto relevante analisado para que
a escola possa ser o que deseja. Como vimos, as necessidades da instituição
emergem da investigação analítica e/ou do julgamento (avaliação) que se faz da
realidade, do confronto entre o real e o ideal.

Situação Comparação Ideal

Análise Necessidades

— Esquema: Diagnóstico — Identificação das Necessidades —

O que está em questão aqui é o passar da percepção individual e intuitiva da


necessidade à apreensão crítica e coletiva da necessidade; esta passagem de
nível é da maior importância. A escola, enquanto instituição, implica muitos
sujeitos, que têm cada um rol de necessidades: a necessidade de um, de repente,
é passar logo os 15 anos que faltam para se aposentar; a de outro, que não falte
merenda; de um outro ainda, que os alunos não dêem problema de disciplina,
etc. É claro que não se podem desconsiderar as necessidades individuais;
todavia, o que se busca é articulá-las com outras, mais gerais. Então, o projeto
de se aposentar daqui a 15 anos não pode se sobrepor ao projeto construído
coletivamente de propiciar a efetiva aprendizagem por parte de todos, e não
apenas ‘fingir que se dá aula’. O grande desafio é, pois, chegar a necessidades
radicais compartilhadas (isto é que vai para o projeto), visto que se o grupo tem
necessidades assumidas em comum, a probabilidade de se chegar a uma ação
integrada é muito maior.
Um outro problema é que se não há uma percepção coletiva das
necessidades, faz-se algo por um tempo e depois simplesmente aquela prática
desaparece.
Assim, chegar às necessidades da instituição que planeja favorece que o
sujeito participante assuma como sua também aquela necessidade; possibilita
ainda a interação entre os sujeitos em torno de um ponto de articulação (a
proposta de ação que daí vai nascer).

A QUE DISTÂNCIA ESTAMOS DAQUILO QUE BUSCAMOS?


O diagnóstico não é, portanto, simplesmente um retrato da realidade ou um
mero levantar dificuldade; antes de tudo, e um olhar atento à realidade para
identificar as necessidades radicais, e/ou o confronto entre a situação que
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vivemos e a situação que desejamos viver para chegar a essas necessidades.


Embora a descrição seja necessária, não é suficiente para sua compreensão
crítica.
Fica patente, pois, que antes de se fazer o Diagnóstico é fundamental que
todo o Marco Referencial esteja concluído e conhecido pela comunidade. 127127
Fazer diagnóstico não é só ‘criticar’ (no sentido vulgar), ver os defeitos.
Estamos num embate. Precisamos conhecer nossas forças e as reais dimensões
do problema; temos que identificar tanto os fatores dificultadores, quanto os
facilitadores.
Diagnosticar, portanto, é identificar os problemas relevantes da realidade,
ou seja, aqueles que efetivamente precisam ser resolvidos para a melhoria da
qualidade de vida da comunidade em questão. Um diagnóstico bem feito, é
meio caminho andado para uma boa programação.

2- COMPREENDER A REALIDADE NÃO É FÁCIL, NÃO!


Diagnosticar significa ir além da percepção imediata, da mera opinião (do
grego, doxa) ou descrição, e problematizar a realidade, procurar apreender suas
contradições, seu movimento interno, de tal forma que se possa superá-la por
uma nova prática, fertilizada pela reflexão teórico-crítica.
Isto significa que não se parte daquilo que os homens dizem, imaginam e pensam,
nem daquilo que são nas palavras, no pensamento, na imaginação e na representação
de outrem para chegar aos homens em carne e osso; parte-se dos homens, da sua
atividade real. (Marx, 1980a: 26)

De um modo geral, as pessoas não gostam de lidar com os limites (seus e da


realidade), mas a única possibilidade de avançarmos é a partir deles.
Precisamos ter coragem de olhar a nossa realidade como ela é. “A prática de
pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo” 128128. Não é que fazendo
Diagnóstico surjam mais problemas; eles apenas passam a aparecer mais, a
serem explicitados.129129
Devemos lembrar que a consciência crítica começa pela autocrítica, tanto do
ponto de vista pessoal, quanto institucional: “o início da elaboração crítica é a
consciência daquilo que somos realmente, isto é, um ‘conhece-te a ti mesmo’
(...)” (Gramsci, 1984: 12)
Apresentamos alguns fatores que podem interferir na construção do
Diagnóstico:
 Falta de um instrumento adequado para levantamento de dados (não
se conseguir obter os dados corretamente);
 Falta de clareza de critérios para analisar os dados;

127 127
. A retomada do Marco Referencial pode ser feita através de um trabalho de grupo, em
que cada grupo fica encarregado de estudar uma parte e apresentá-la ao plenário, dando-se,
assim, a oportunidade de uma revisão geral, sem ser cansativa.
128128
. P. Freire, Revista Educação e Sociedade (1).
129 129
. “Apontar problemas, evidenciar aspectos de morte é comprometer-se na busca de
soluções, crer na ressurreição e na vida”. CNBB, Educação: Exigências Cristãs, n. 15.
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 Insegurança em dizer a verdade; medo de revelar ou trazer à tona


certas práticas da escola (ex.: ‘adiantar aula’ quando outro professor
falta) e ficar marcado por colegas;
 Assustar-se com as críticas que surgirão. Tomá-las como pessoais;
 Alienação/ideologia (não conseguir perceber os problemas mais
próximos);
 Falta de tempo para reflexão.
Precisamos estar atentos a esses possíveis problemas, atuando de forma a
buscar sua superação.
3- COMO FAZER O DIAGNÓSTICO
Existem, evidentemente, muitas formas de se realizar o Diagnóstico.
Apresentaremos a seguir uma que nos parece ser ao mesmo tempo
suficientemente abrangente e relativamente simples.
 Elaborar o Instrumento de Pesquisa
Duas tarefas iniciais:
 Resgatar os aspectos relevantes da instituição, já trabalhados no Marco
Operativo: Nível Pedagógico (Planejamento, Objetivo, Conteúdo, etc.),
Nível Comunitário (Relacionamentos, Professor, Relacionamento com a
Família, etc.), Nível Administrativo (Estrutura e Organização da Escola,
Dirigentes, etc.).
 Decidir que perguntas serão feitas.
Sugestões de Questões para a Elaboração do Diagnóstico:
 Tendo em vista o ideal expresso no Marco Operativo, que fatos e
situações mostram que estamos Bem/Mal?, ou quais os pontos de
Apoio/Empecilhos?, ou quais os elementos
Facilitadores/Dificultadores?, ou quais os pontos de Força/Resistência?,
ou quais os pontos Positivos/Negativos?
Estas perguntas devem ser dirigidas a cada um dos aspectos do Marco
Operativo.
Um recurso adicional que pode ser utilizado para facilitar o Diagnóstico, é
fazer um levantamento de Indicadores, qual seja, descrição de situações que
poderiam ser observadas se aquele ideal assumido no Marco Operativo
estivesse sendo vivenciado pela instituição. Assim, por exemplo, digamos que
no MO tenha se colocado no item Avaliação a perspectiva de ‘uma prática
avaliativa democrática e processual’; a partir disto, poderíamos levantar alguns
Indicadores: não destaque provas e notas, resultados da avaliação sendo
utilizados para recuperar a aprendizagem, clima tranquilo em sala durante
atividades de avaliação, etc. Este rol de Indicadores pode facilitar a leitura da
realidade no sentido de apontar no que já avançamos ou não.
 Aplicar
Usar a mesma sistemática vista no Marco Referencial: um pedaço de papel
para cada resposta, etc. Insistimos que não há necessidade de todos
responderem todas as perguntas, embora possam, se desejarem.

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 Sintetizar
Agrupar as respostas; evitar as repetições, englobando aspectos
semelhantes. Elaborar uma pequena síntese, em forma de redação, em relação a
cada aspecto da instituição que foi considerado.

 Plenário
Apresentar as sínteses. Desencadear processo de discussão, buscando um
consenso sobre a leitura da realidade.

 Captação das Necessidades


A partir destas sínteses, procurar identificar quais as necessidades que estão
subjacentes, que estão por detrás daquilo que vai bem e do que não vai. Este
talvez seja um dos momentos mais difíceis e, ao mesmo tempo, importantes do
Projeto. Exige atenção, sensibilidade, perspicácia. É um trabalho sutil; trata-se
de perscrutar a realidade, procurar ver o que está nas entrelinhas: quais são as
faltas, as carências da instituição. Deve-se fazer um esforço de reflexão crítica
para distinguir necessidades radicais e necessidades alienadas. Pode-se utilizar a
mesma sistemática: individual, grupo e plenário, ou iniciar direto no grupo e ir
para plenário, para se chegar a um consenso em relação às necessidades, que
não precisam ser muitas (às vezes, uma necessidade engloba uma série de
manifestações problemáticas da realidade).

CURTIGRAMA
AVALIAÇÃO DO ___ ENCONTRO DE ARTICULADORES
DIA: ___/___/____

J CURTI: _______________________________________________________________
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L NÃO CURTI: __________________________________________________________

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C IDEIA QUE MAIS ME CHAMOU ATENÇÃO: _____________________________


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 SUGIRO: ______________________________________________________________
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Assinatura

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