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DETERMINAÇÃO DOS ÍNDICES FÍSICOS

FINALIDADE

Caracterizar o solo, quanto a parâmetros representativos do estado em que o solo se


encontra.

APARELHAGEM

a) Talhador
b) Balança com precisão de 0,01g
c) Paquímetro
d) Estufa
e) Capsulas de alumínio, facas, espátulas

DETERMINAÇÃO DOS ÍNDICES FÍSICOS EM LABORATÓRIO

Determina-se em laboratório, diretamente a umidade natural, a massa unitária do solo e a


massa específica dos grãos do solo. Os outros índices são calculados através de fórmulas
desenvolvidas na teoria de mecânica dos solos.
A massa específica dos grãos do solo constituirá num procedimento à parte.

1. Determinação da massa unitária do solo natural


1.1 De um bloco de solo (amostra indeformada), retirar uma amostra de dimensões
aproximadas de 7 x 7 x 12cm.
1.2 Alisar a base e o topo da amostra até se obter superfícies planas.
1.3 Colocar a amostra acima obtida no talhador e alisar sua superfície lateral até obter um
cilindro de dimensões aproximadas de 5cm de diâmetro por 10cm de altura.
1.4 Obter pelo menos três medidas do diâmetro do corpo de prova obtido em 1.3, em lugares
diferentes, usando o paquímetro. Calcular a média desses diâmetros.
1.5 Obter pelo menos três medidas da altura do corpo de prova obtido em 1.3, em lugares
diferentes, usando o paquímetro. Calcular a média das alturas.
1.6 Obter o peso P do corpo de prova obtido em 1.3.
1.7 Calcular o volume V do corpo de prova obtido em 1.3.
1.8 Calcular a massa unitária do solo natural.

2. Determinação da Umidade natural do solo


2.1 Quando da operação de talhagem do corpo de prova, determinar a umidade natural do
solo.
2.2 Tomar pelo menos 20g de solo em duas cápsulas de alumínio.
2.3 Tampar as cápsulas e pesar imediatamente, obtendo-se um peso P1.
2.4 Destampar a cápsula e colocar numa estufa mantida à temperatura de 105ºC, até
constância de peso. O número de horas que o solo deve permanecer em estufa é função
do tipo de solo. Como indicação, para solos arenosos, um mínimo de 6 horas e para
solos argilosos um mínimo de 12 horas.
2.5 Retirar da estufa, tampar a cápsula, deixá-la esfriar até temperatura ambiente e pesar,
obtendo-se P2 para cada uma das cápsulas.
2.6 Calcular a umidade natural do solo, como a média das umidades das duas cápsulas.
Prof. Danúbia Teixeira: danubiatsilva@gmail.com
3. Cálculos do Ensaio

3.1 Massa unitária do solo natural:


A massa unitária natural é definida como uma relação entre peso e volume
em g/cm3 ou t/m3
P – Peso do corpo de prova obtido em 1.6
V – Volume do corpo de prova, calculado em 1.7

3.2 Umidade natural do solo: h


A umidade natural do solo é definida como sendo uma relação entre o peso de água e o
peso de solo seco
ou (%)

Pa – Peso da água (g)


Ps – Peso do solo seco (g)
P1 – Peso do solo com umidade natural (g)
P2 – Peso do solo seco em estufa (g)
Pc – Peso da cápsula (g)

4. Cálculos dos Índices Físicos


Obtidos os valores da massa unitária, umidade natural e massa específica dos grãos do solo,
os demais índices físicos são calculados através de fórmulas desenvolvidas na teoria de
mecânica dos solos.

4.1 Massa unitária seca:  s

4.2 Índice de vazios do solo: e

- Massa específica dos grãos do solo, descrita em outro procedimento à parte

4.3 Porosidade: n

4.4 Grau de saturação: S

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Observações:
- Para cálculos usuais em mecânica dos solos, a massa específica da água é adotada como constante e
igual a 1g/cm3 = 1t/m3.
- Quando não se determinar o valor da massa especifica dos grãos do solo em laboratório, adota-se o valor
2,67g/cm3, que é a massa específica dos grãos de quartzo.

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DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DOS GRÃOS DE SOLO
(Método: NBR-6508/84)

APARELHAGEM

a) Picnômetro com capacidade de 500cm3 calibrado a 20ºC com a respectiva curva de


calibração (variação do peso do picnômetro cheio d'água em função da temperatura);
b) Termômetro graduado em 0,5ºC de 0º a 50ºC;
c) Balança que permita pesar 1000g sensível a 0,1g;
d) Bomba de vácuo para remoção do ar aderente às partículas;
e) Estufa capaz de manter a temperatura entre 105º e 110ºC;
f) Aparelho de dispersão com hélices substituíveis e copo munido de chicanas, ou outro
dispositivo capaz de produzir dispersão eficiente da amostra;
g) Cápsulas e espátulas.

AMOSTRA

Da amostra obtida de acordo com o item 1.3 (ou 2.2) do método de "Preparação de
amostras de solos para ensaios de caracterização", tomam-se cerca de 60g (massa seca) no
caso de solos arenosos, ou cerca de 50g (massa seca) no caso de solos siltosos e argilosos.

ENSAIO

1. Solos siltosos e argilosos

a) Coloca-se a amostra em cápsula com água destilada em quantidade suficiente para se obter
pasta fluida;
b) Em seguida dispersa-se a pasta em aparelho adequado (para o dispersor referido neste
método, o tempo de dispersão será de cerca de 15 minutos);
c) Transfere-se a amostra para o picnômetro e junta-se água destilada até aproximadamente
metade de seu volume;
d) Faz-se vácuo no picnômetro durante 15 minutos, no mínimo, para extrair o ar contido na
amostra;
e) Com o objetivo de verificar se o ar aderente às partículas foi satisfatoriamente removido na
operação anterior, adiciona-se água destilada até ser atingida a base do gargalo e faz-se
vácuo novamente; se o ar foi realmente removido, o nível d'água permanecerá constante
ainda que apareçam bolhas à sua superfície; havendo, porém, variação no nível d'água, será
necessário tomar nova amostra e repetir as operações anteriores. A presença de matéria
orgânica em alguns casos pode exigir, para a remoção do ar aderente às partículas, processo
mais enérgico que o do vácuo. Deve-se então colocar o picnômetro em banho maria, durante
30 minutos, no mínimo, adicionando-se água destilada para compensar a evaporação;
f) Deixa-se em seguida o picnômetro em repouso, até que a temperatura do conteúdo se
equilibre com a do ambiente;
g) Enche-se o picnômetro com água destilada até próximo da marca de calibração e prossegue-
se adicionando água destilada até que a base do menisco coincida com a referida marca;
h) Enxuga-se a parte externa do picnômetro e a parte interna do gargalo acima do menisco;
pesa-se o picnômetro com a aproximação de 0,1g e anota-se como Pas;

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i) Determina-se logo a seguir, com aproximação de 0,5ºC, a temperatura do conteúdo do
picnômetro. Com esse valor obtém-se, na curva de calibração, o peso do picnômetro cheio
d'água, Pa;

j) Transfere-se, logo após, o conteúdo do picnômetro para uma cápsula de peso conhecido e
seca-se em estufa a 105º-110ºC até constância de peso; pesa-se, com aproximação de 0,1g e
obtém-se o peso do solo seco em estufa, P s (descontando-se o peso da cápsula desta última
pesagem).

2. Solos arenosos

a) Seca-se a amostra em estufa a 105º-110ºC até constância de peso, pesa-se com aproximação
de 0,1g e anota-se como peso do solo seco em estufa, Ps;
b) Efetuam-se as operações constantes do ítem anterior, com exceção das alíneas a, b e j.

CÁLCULO DO ENSAIO

A massa específica dos grãos de solo calcula-se pela fórmula:

em que:
 = massa específica dos grãos de solo, em g/cm3; 1
Ps = peso em g do solo seco em estufa a 105º-110ºC;
Pa = peso em g do picnômetro cheio d'água à temperatura do ensaio;
1
O peso específico dos grãos de solo é definido como sendo a relação do peso dos sólidos em um certo volume, pelo seu próprio volume.

sendo Ps o peso dos sólidos (solo seco em estufa) e Vs o volume correspondente.

O peso do solo seco é obtido por pesagem como descrito acima;


O volume ocupado pelos sólidos é determinado indiretamente como segue.

V'a
Va V
Vs
a) picnômetro+água b) picnômetro+solo+água

Os esquemas representam picnômetro mais água (a) e picnômetro mais solo mais água (b), ambos cheios de água até a marca existente no gargalo, e
todas as medidas feitas à mesma temperatura.

Na fig. (a) tem-se Pa=Pag+Pp Na fig. (b) tem-se Pas=P'ag+Pp+Pssendo:


Pag – peso da água contido no volume Va P'ag – peso da água contido no volume V'a
Pp – peso do picnômetro Ps – peso do solo seco.

O volume dos sólidos corresponde ao volume de água deslocado.


Fazendo-se: Pa – Pas = Pag + Pp – P'ag – Pp – Ps = Pa - Ps  Pa = Ps + Pa - Pas

Volume da água deslocada, ou volume de sólidos:

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Pas = peso em g do picnômetro mais solo, mais água;
a = massa específica da água (g/cm3) à temperatura do ensaio.
Nos ensaios correntes, poder-se-á considerar a = 1 g/cm3).

DETERMINAÇÃO DOS ÍNDICES FÍSICOS

Interessado:

Data de início: Data de término:


AMOSTRA Nº Origem:
Descrição:

DETERMINAÇÃO DA DETERMINAÇÃO DA
UMIDADE HIGROSCÓPICA MASSA UNITÁRIA
Cápsula Nº Corpo de prova nº
Peso bruto úmido (g) Altura do CP: H (cm)
Peso Bruto Seco (g) Diâmetro: D(cm)
Peso da cápsula (g) Área do CP: A(cm2)
Peso da água (g) Peso do CP: P(g)
Peso do Solo Seco (g) Volume: V(cm3)
Teor de Umidade (%) Massa Unitária:  (g/cm3)
Umidade Média (%) M. U. Média:  (g/cm3)

DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DOS GRÃOS DO SOLO


Número do Picnômetro
Peso do Picnômetro + água Pa (g)
Peso do Picnômetro + Solo + Água Pas (g)
Peso da cápsula + Solo seco (g)
Peso da cápsula (g)
Peso do Solo Seco Ps (g)
Volume de água deslocada = Ps+Pa-Pas Vs (cm3)
Temperatura de Ensaio: T(oC)
Massa Específica à temperatura de ensaio (g/cm3)
Massa Específica a 20ºC (g/cm3)
Massa Específica Média (g/cm3)

ÍNDICES FÍSICOS DO SOLO


Umidade do Corpo de Prova h (%)
Massa Unitária natural  (g/cm3)
Massa Unitária seca s (g/cm3)
Massa Específica dos grãos do solo  (g/cm3)
Índice de Vazios e -
Porosidade n (%)
Grau de saturação S (%)

Prof. Danúbia Teixeira: danubiatsilva@gmail.com


Operador:

Prof. Danúbia Teixeira: danubiatsilva@gmail.com

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