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CAPITULO IV: INVENTÁRIOS E BALANÇOS

4.1- O INVENTÁRIO

4.1.1- Noção

Para que se conheça o património de uma entidade económica é necessário fazer-se o


levantamento de todos os elementos, seus componentes pecuniários, por meio de registos feitos em
mapas, tabelas ou quadros, no qual figurarão todas as suas características, nomeadamente, as
qualidades, quantidades referenciais e o respectivo valor. Isto é obtido através de contagens, medição,
etc. ou, a avaliação física. O documento contabilístico que comporta tal relação chama-se Inventário.

 Inventário - é a relação escrita dos elementos patrimoniais concretos, com a indicação das suas
quantidades, preços unitários e valores.

O património e o inventário são noções completamente distintas: O Património é o conjunto de


valores, o Inventário é o documento em que esses valores estão arrolados ou alistados - ninguém poderá
confundir os alunos duma turma com a respectiva pauta ou a relação nominal, nem a roupa suja com a
relação ou o rol da lavadeira.
4.1.2- Classificação
a) Quanto ao momento da sua elaboração:
 Inicial - elaborado no início de cada exercício;
 Final - elaborado no final de cada exercício;
 Ordinário - elaborado no período de tempo definido por cada empresa;
 Extraordinário - elaborado em função de causas anormais ou por verificar ou comprovar certas
anomalias.
b) Quanto a sua extensão ou âmbito:
 Geral - quando abarca todos os valores que constituem um dado património;
 Parcial - quando abrange apenas uma classe de valores ou alguns elementos patrimoniais.
c) Quanto à descrição:
 Analítico - quando os elementos patrimoniais aparecem bem detalhados, especifica-se
minuciosamente todos os elementos das diferentes classes de valores;
 Sintético - quando os elementos patrimoniais aprecem resumidos.

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Aulas de Contabilidade Financeira I
Docente: Dr Francisco Moiane
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d) Quanto à disposição dos elementos patrimoniais:


 Simples, corrido ou empírico - são os elaborados sem nenhuma preocupação de ordená-los;
 Classificados, selectivo ou sistemático - os elementos patrimoniais aparecem agrupados,
segundo classes, natureza, ou função.
4.1.3- Fases de Inventariação
1- Arrolamento – é o alistamento dos bens patrimoniais;
2- Classificação – consiste na atribuição desses bens pelas diferentes contas ou
classes de valores;
3- Descrição – tem por fim dar indicação da sua natureza, qualidade e características.
4.1.4- Finalidade do Inventário
O Inventário é geralmente elaborado com a finalidade de apresentar a composição de
patrimónios de uma determinada empresa ficando-se a conhecer em dado momento do exercício
económico, o conjunto de bens, direitos e obrigações que são sua propriedade.
4.1.5- Dispositivos do Inventário
 Dispositivo vertical – quando primeiro indicamos o Activo e por baixo o Passivo;
ACTIVO

PASSIVO

 Dispositivo horizontal - quando o Activo aparece do lado esquerdo e o Passivo do outro


lado;
ACTIVO PASSIVO

EXEMPLO:

A Comerciante Melanie Albertina iniciou a sua actividade comercial em 10 de Janeiro de 2004


com os seguintes valores:
- 50 notas de 100 contos @;
- 35 moedas de 5.000,00MT @;
- Depósitos no BIM – 86.800 contos;
- Depósitos no BSTM – 100.000.000,00MT;
- Débitos de Marlene – 21.350 contos;
- Créditos de Mónica – 12.360 contos;
- Dívida a pagar ao fornecedor Magyd – 87.750.000,00MT;
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- Dívida a receber do cliente Fáuzio – 26.300.000,00MT;


- 1.800 metros de tecido a 42.350,00MT@;
- 2.300 kgs de açúcar a 15.000,00 @;
- Salários a pagar a trabalhadores – 12.360 contos;
- Uma viatura “Toyota” – 96.350 contos;
- Um balcão comercial – 22.750 contos;
- 2 pares de mobília a 12.380.750,00MT @;
- 2 máquinas de calcular a 4.750 contos @;
- Despesas de constituição – 10.000 contos.

O Inventário inicial, analítico, classificado e em dispositivo vertical, seria:

INVENTÁRIO INICIAL E CLASSIFICADO DE MELANIE ALBERTINA EM 10/01/04


ACTIVO
I MEIOS CIRCULANTES FINANCEIROS
1.1 CAIXA
50 notas de 100 contos @ 5.000.000,00
35 moedas de 5.000,00MT @ 175.000,00 . 5.175.000,00
1.2 BANCOS
Depósitos no BIM 86.800.000,00
Depósitos no BSTM 100.000.000,00 . 186.800.000,00
1.3CLIENTES
Débitos de Marlene 21.350.000,00
Dívidas s/ Fáuzio 26.300.000,00 . 47.650.000,00
239.625.000,00
II MEIOS CIRCULANTES MATERIAIS
2.2 MERCADORIAS
1.800m de tecido a 42.350,00MT @ 76.230.000,00
2.300kgs de açúcar a 15.000,00MT @ 34.500.000,00 . 110.730.000,00
110.730.000,00
III MEIOS IMOBILIZADOS
3.2 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
1 balcão comercial 22.750.000,00
2 pares de mobiliário a 12.380.750,00MT 24.761.500,00
2 máquinas de calcular a 4.750 ctos @ 9.500.000,00
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1 viatura “Toyota” 96.350.000,00 153.361.500,00


3.3 IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Despesas de constituição . 10.000.000,00
163.361.500,00
TOTAL DO ACTIVO 513.716.500,00
PASSIVO
IV CREDORES
4.1 FORNECEDORES
Créditos de Mónica 12.360.000,00
Dívidas a Magyd 87.750.000,00. 100.110.000,00
4.6 OUTROS CREDORES
Salários a pagar 12.360.000,00
TOTAL DO PASSIVO 112.470.000,00
Por outro lado, o mesmo Inventário pode ser apresentado por ordem decrescente de liquidez, ou de
Activo menos líquido para o mais líquido, de acordo com o Balanço que vem no novo PGC (Resolução
36/2006 de 25 de Julho):

INVENTÁRIO INICIAL E CLASSIFICADO DE MELANIE ALBERTINA EM 10/01/04


ACTIVO
III MEIOS IMOBILIZADOS
3.3 IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS
Despesas de constituição . 10.000.000,00
3.2 IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
1 balcão comercial 22.750.000,00
2 pares de mobiliário a 12.380.750,00MT 24.761.500,00
2 máquinas de calcular a 4.750 ctos @ 9.500.000,00
1 viatura “Toyota” 96.350.000,00
153.361.500,00
163.361.500,00
II MEIOS CIRCULANTES MATERIAIS
2.2 MERCADORIAS
1.800m de tecido a 42.350,00MT @ 76.230.000,00
2.300kgs de açúcar a 15.000,00MT @ 34.500.000,00 . 110.730.000,00
110.730.000,00
I MEIOS CIRCULANTES FINANCEIROS
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1.3 CLIENTES
Débitos de Marlene 21.350.000,00
Dívidas s/ Fáuzio 26.300.000,00 . 47.650.000,00
1.2 BANCOS
Depósitos no BIM 86.800.000,00
Depósitos no BSTM 100.000.000,00 . 186.800.000,00
1.1 CAIXA
50 notas de 100 contos @ 5.000.000,00
35 moedas de 5.000,00MT @ 175.000,00 . 5.175.000,00
239.625.000,00
TOTAL DO ACTIVO 513.716.500,00
PASSIVO
IV CREDORES
4.6 OUTROS CREDORES
Salários a pagar 12.360.000,00
4.1 FORNECEDORES
Créditos de Mónica 12.360.000,00
Dívidas a Magyd 87.750.000,00. 100.110.000,00 .
TOTAL DO PASSIVO 112.470.000,00
EXERCÍCIO N.º 1:

A empresa "ALFA, Lda" que se dedica ao comércio a retalho de diversos produtos, iniciou a sua
actividade em 02/01/07 com os seguintes elementos (valores em MT’s):

- 150 notas de 100 contos @ … … … 15.000;


- 2.000 moedas de 5 contos @ … … … 10.000;
- Depósitos a ordem no B.A. … … … 60.000;
- Depósitos a ordem no BIM … … … 65.000;
- Facturas ao João … … … … 35.000;
- Facturas de Maria … … … … 85.750,75;
- Facturas s/ Marcos … … … … 85.000;
- Facturas de Jamal … … … … 25.785;
- Empréstimos ao trabalhador Sitoe … … 17.750;
- 500 obrigações de tesouro a 100 contos @ … 50.000;
- 2.500kgs de arroz a 10 contos @ … … 25.000;
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- 3.000kgs de açúcar a 10.750,00MT @ … 32.250;


- 650 metros de tecido a 35 contos @ … … 22.750;
- Um edifício comercial … … … 95.000;
- 1 viatura "TOYOTA" … … … … 85.750;
- Crédito ao cliente Matias … … … 18.780;
- 1 viatura "MAZDA" … … … … 65.750;
- Diverso mobiliário de escritório e comercial … 67.500;
- 2 máquinas registadoras a 5.000 contos @ … 10.000;
- Quota no capital da sociedade MARLEZA, Lda 98.600;
- 2 máquinas de calcular a 6.080 contos @… 12.160;
- Despesas de constituição … … … 38.455,6
- Empréstimo no BIM de curto prazo ... ... 98.000;
- Aceites s/ Manuel … … … … 78.000;
- Aceites s/ Miguel … … … … 86.000;
- Facturas da EDM … … … … 45.600;
- Facturas de Águas de Maputo … … … 15.600;
Pretende-se:
1- Elaboração do Inventário Inicial e Classificado em 02/01/07 em dispositivo vertical;
2- Apresentação do valor do património em 02/01/07.
EXERCÍCIO N.º 2:
A sociedade "BETA, Lda" que se dedica a importação de equipamento e material informático,
possuía em 31/12/07 os seguintes elementos (valores em MT’s):

- Dinheiro em cofre … … … … … … 15.075,5;


- Depósitos no BCI … … … … … 110.000;
- Depósitos no BIM … … … … … … 185.754,64;
- Cheques de clientes … … … … … … 16.000;
- Adiantamentos a trabalhadores … … … … … 35.000
- Facturas s/ EMIL … … … … … … 135.000;
- Facturas da MICROPUT … … … … … … 185.750;
- Saques s/ EMIL … … … … … … … 235.640
- Facturas a COMPUTEC, Lda … … … … … 85.000;
- Facturas da Mcel … … … … … … 25.785;
- 1.000 obrigações de tesouro a 100 contos @;
- 1.500 acções na BVM (de curto prazo) a 80 contos @;
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- 3.000 acções do capital da "SOPESA, SARL" a 100 contos @;


- 15 computadores "Siemens" a 14.750 contos @;
- 25 computadores "ICL" a 12.000 contos @;
- 2 viatura "TOYOTA" … … … … … … 186.000;
- 1 viatura "MAZDA" … … … … … … 85.750;
- Terreno para a construção de um edifício1 12.380;
- Patentes de invenção … … … … … … 36.000;
- 800 caixas de disquetes a 100 contos @;
- 12 caixas de disquetes para uso a 100 contos @;
- Débito de Gildo pelo aluguer da nossa viatura … … … 22.600;
- Dividendos por entregar aos sócios … … … 336.500;
- Débito a Rassul … … … … … … 18.600;
- Um edifício comercial … … … … … … 295.000;
- Diverso mobiliário administrativo e social … … … 87.500;
- 4 máquinas de calcular … … … … … … 32.160;
- Despesas de constituição … … … … … … 58.600;
- Crédito do BCI liquidável em 4 anos … … … 300.000;
- Aceites s/ Manuel … … … … … … 178.000;
- Saques da COMPUTING, Lda … … … … … 186.500;
- Saques a MICROPUT … … … … … … 385.750;
- Impostos por pagar … … … … … … 86.880;
- Aceites de Miguel … … … … … … 86.000;
- Débitos a EDM pelo consumo de electricidade … … … 45.600;
- Crédito de Água de Maputo … … … … … 15.600;
- 5 computadores "Siemens" para uso a 14.750 contos @;
- Diverso mobiliário e equipamento de escritório … --- 22.760;
- 1 edifício em construção … … … … 186.885;
- 1 armazém em construção … … … … … 86.500;
- 120 caixas vazias para computadores a 10 contos @;
- 8 caixas metálicas (contentores) para computadores a 2.500 contos @;
- O imobilizado está amortizado em 20%.
Pretende-se:
1- Elaboração do Inventário Final e Classificado em 31/12/07;
2- Apresentação do valor do património em 31/12/07.

1
O seu tratamento é complexo por ser propriedade estatal em Moçambique.
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4.2- O BALANÇO

4.2.1.- Noção
O Inventário Geral, por si só não nos apresenta o valor do património, tornando-se necessário
comparar o Activo com o Passivo para se conhecer o valor e natureza da Situação Líquida. Esta
comparação constitui o Balanço.
Assim, enquanto o Inventário constitui apenas um arrolamento (listagem) dos valores Activos e
Passivos, o Balanço, por sua vez leva a cabo a comparação (balanceamento) entre aquelas classes de
valores. São estes aspectos que marcam a sua diferença.
Acrescentando à Situação Líquida ao quadro do Inventário, tem-se o Balanço que constitui o
mapa da situação patrimonial da empresa num determinado momento. Assim:
 Balanço – é a comparação entre o Activo e o Passivo dum património, evidenciando a
respectiva Situação Líquida.
É, pois, um mapa ou quadro que se destina a fazer uma comparação entre o Activo e o Passivo,
evidenciando-se a Situação Líquida.
4.2.2- Objectivos
1º) Mostrar a qualquer momento a situação patrimonial ou situação económica e financeira da
empresa – (Aspecto Estática);
2º) Determinar os resultados em dado período – (intervalo de tempo - Aspecto Dinâmico).
4.2.3- Classificação
1º) Quanto ao momento da elaboração:
 Inicial - o elaborado no início do exercício económico;
 De fundação - elaborado no momento em que a empresa é criada ou fundada (Certidão de
nascimento), também chamada inicial;
 Ordinário - são elaborados normalmente e no fim do exercício ;
 Extraordinário - os elaborados acidentalmente, em qualquer momento da vida da empresa e
por motivos diversos (cessão de quotas, roubo, incêndio, falecimento do sócio, etc.)
 Final - o elaborado no final do exercício económico;
 De liquidação - elabora no momento da sua extinção (Certidão de óbito), também designado
final;
2º) Quanto a descrição:
Analítico - quando apresenta o desenvolvimento de algumas contas;
Sintético - quando apresenta as massas parciais do Activo, Passivo e da
Situação Líquida;

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CAPITULO IV: INVENTÁRIOS E BALANÇOS

3º) Quanto a apresentação ou disposição dos elementos patrimoniais:


 Simples - são os elaborados sem nenhuma preocupação de ordená-los;
 Classificados - os elementos patrimoniais aparecem agrupados, segundo classes, natureza,
ou função.
4.2.4.- Dispositivos
 Dispositivo vertical – quando primeiro indicamos o Activo e por baixo o Passivo;
 Dispositivo horizontal - quando o Activo aparece do lado esquerdo e o Passivo do outro
lado;
4.2.5- Expressão ou Equação Geral do Balanço
A + SLp = P +SLa
Ou simplesmente:

A – P = SL
Sendo, portanto: A = P ± SL
3.2.6.- Géneros do Balanço
GÉNEROS CASOS SL EXPRESSÃO

1º A > P  SL > 0 SLa A = P + SLa


2º A = P SL = 0 SLo A=P
3º A < P  SL < 0 SLp A + SLp = P

A Situação Líquida pode ser:


- SI – Situação Líquida inicial;
- SF – Situação Líquida final;
- SR – Situação Líquida retida;
- SE – Situação Líquida do exercício ou adquirida.
3.2.7.- Requisitos do Balanço
Os requisitos essenciais do Balanço são:
 Clareza – O Balanço deve ser apresentado de forma clara, de modo a facilitar a sua
interpretação. A clareza do Balanço depende das contas utilizadas, dos seus títulos e da
respectiva seriação:
 Exactidão – Os valores das diversas contas correspondem ao valor real dos respectivos
elementos patrimoniais;

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CAPITULO IV: INVENTÁRIOS E BALANÇOS

 Integridade – Inclui todos os valores patrimoniais Activos e Passivos e, as rubricas do


capital próprio (Situação Líquida) respeitando o princípio da proibição das compensações,
isto é, as contas mistas não devem apresentar um único saldo.
 Consistência – Devem utilizar-se os mesmos critérios e normas.
 Uniformidade – Devem utilizar-se os mesmos critérios e normas ao nível nacional ou
sectorial.
 Sinceridade – A sinceridade do Balanço exige que os seus elementos patrimoniais sejam
avaliados correctamente, isto é, com base em factos objectivos. Contudo, deve minimizar-se
ao máximo a subjectividade de certas rubricas, comN*provisões, amortizações, existências,
etc.
EXEMPLO:
O Balanço inicial, classificado e em dispositivo horizontal elaborado com base no Inventário da
comerciante Melanie Albertina (pagina 68), seria:
BALANÇO INICIAL DE MELANIE ALBERTINA EM 10/ 01/04

ACTIVO PASSIVO
I- MEIOS CIRC. FINANC IV- CREDORES
1.1 CAIXA 5.175.000,00 4.1 FORNECEDORES 100.110.000,00
1.2 BANCOS 186.800.000,00 4.6 OUTR. CREDORES 12.360.000,00
112.470.000,00
1.3 CLIENTES 47.650.000,00 239.625.000,00 V- FUNDOS PRÓPRIOS
II- MEIOS CIRC. MATERI 5.1 CAPITAL
401.246.500,00
2.2 MERCADORIAS 110.730.000,00
III-MEIOS IMOBILIZADOS
3.2 IMOB. CORPÓREAS 153.361.500,00
3.3 IMOB. INCORPÓR. 10.000.000,00 163.361.500,00
TOTAL 513.716.500,00 TOTAL
513.716.500,00

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Por ordem decrescente de liquidez, ou de Activo menos líquido para o mais líquido, de acordo com o
Balanço que vem no novo PGC (Resolução 36/2006 de 25 de Julho), teríamos:

BALANÇO INICIAL DE MELANIE ALBERTINA EM 10/ 01/04

ACTIVO F. PRÓP. E PASSIVO


III-MEIOS IMOBILIZADOS V- FUNDOS PRÓPRIOS
3.3 IMOB. INCORPÓR. 10.000.000,00 5.1 CAPITAL
401.246.500,00
3.2 IMOB. CORPÓREAS 153.361.500,00 163.361.500,00 IV- CREDORES
II- MEIOS CIRC. MATERI 4.6 OUTR. CREDORES 12.360.000,00
2.2 MERCADORIAS 110.730.000,00 4.1 FORNECEDORES
100.110.000,00 112.470.000,00
I- MEIOS CIRC. FINANC
1.3 CLIENTES 47.650.000,00
1.2 BANCOS 186.800.000,00
1.1 CAIXA 5.175.000,00 239.625.000,00
TOTAL 513.716.500,00 TOTAL
. 513.716.500,00

Modelo do Balanço do novo PGC

Uma vez que a Contabilidade Financeira é obrigatória para todas as empresas, o modelo do balanço
encontra-se normalizado no PGC e as empresas devem seguir o modelo aí indicado. Mas tal não impede
que as empresas possam preparar outros modelos para além do consagrado no plano se as necessidades
de informação de gestão assim o exigirem, motivo pelo qual foi apresentado o anterior que é mais
simplificado. Na tabela seguinte está representado o modelo do balanço consagrado no PGC.

Modelo do Balanço Consagrado no PGC.

BALANÇO
Exercícios
Capital, Fundos Próprios e
Activo N N-1 Exercícios
Passivo
AB AP AL AL N N+1
3. Meios Imobilizado 5. Capital e Fundos Próprios
3.3 Imo bilizações incorpóreas 5.1 Capital

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.............................................. 5.2 Ações ou quotas próprias


3.4.3 Imobilizações em
5.3 Prestações suplementares
curso
5.4 Prémios de emiss. de acç. ou
3.2 Imobilizações corpóreas
quotas
.............................................. 5.5 Reservas
3.4.2 Imobilizações em
5.9 Resultados acumulados
curso
3.1 Imobilizações financeiras subtotal
.............................................. 8.8 resultado líquido do exercício
3.4.1 Imobilizações em
8.9 Dividendos antecipados
curso
Total de capital e fundos
2. Meios Circulantes Materiais
próprios
2.6 Mat. primas, auxiliares e
4. Passivo
materiais
4.8 Prov. para outros riscos e
...........................
encargos
2.2 Mercadorias Dívidas a médio e longo prazo
1. Meios Circulantes Financeiros Dívidas a curto prazo
1.3 Clientes 4.2 Empréstimos obtidos
............................................. 4.5 Credores – sócios, acc. ou
.... prop
4.1.9 Adiantamento a
4.1 Fornecedores
fornecedores
4.6.1.3 Forneced. De imobilizado- ...............................................
Ad .
1.4 Devedor - Estado   4.6 Outros Credores
.................................................   1.3.9 Adiantamento de clientes
1.7 Títulos negociáveis   4.4 Credor Estado
  4.9 Acrés. de custos e prov.
1.2 Bancos
diferidos
1.1 Caixa  Total do passivo

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 Total  Total XXX

Abreviaturas: AB – activo bruto; AP amortizações e provisões; AL – activo líquido


EXERCÍCIO N.º 1:
Sejam os exercícios nºs 1 e 2 das paginas 68 a 69, elabore os respectivos Balanços Sintéticos em
dispositivo horizontal e vertical.
EXERCÍCIO N.º 2:
A comerciante Fátima Nayara dedica-se a comercialização de diversos produtos, tendo iniciado
a sua actividade em 01/04/01 com os seguintes elementos (valores em contos):
- 1 viatura "MAZDA" 65.750;
- Quota na SOMOCOL, Lda 99.600;
- Diverso mobiliário de escritório e comercial 67.500;
- Trespasse do estabelecimento comercial 32.300;
- Despesas de constituição 38.455,6
- 150 notas de 100 contos @ 15.000;
- 2.000 moedas de 5 contos @ 10.000;
- Depósitos no B.A. 60.000;
- Depósitos no BIM 65.000;
- Empréstimos ao trabalhador Sitoe 17.750;
- 500 obrigações de tesouro a 100 contos @ 50.000;
- 2.500kgs de arroz a 10 contos @ 25.000;
- Vales de correio 3.375;
- 3.000kgs de açúcar a 10.750,00MT @ 32.250;
- IVA em divida 12.680;
- 650 metros de tecido a 35 contos @ 22.750;
- Um edifício comercial 95.000;
- 1 viatura "TOYOTA" 85.750;
- Empréstimo do BIM de longo prazo 98.000;
- Aceites s/ Manuel 78.000;
- Aceites s/ Miguel 86.000;
- Facturas da EDM por pagar 45.600;
- Facturas da Água de Maputo 15.600;
- Facturas s/ João 35.000;
- Crédito de Nini no B.A. pagável em 9 mesese 86.780;
- Facturas de Maria 85.750,75;

13 Ano Lectivo de 2007


Aulas de Contabilidade Financeira I
Docente: Dr Francisco Moiane
CAPITULO IV: INVENTÁRIOS E BALANÇOS

- Facturas por cobrar ao Marcos 85.000;


- Facturas de Jamal por pagar 25.785;
- 2 máquinas registadoras a 5.000 contos @ 10.000;
- Débito do empregado Martins 6.980;
- 2 máquinas de calcular a 6.080 contos @ 12.160;
Pretende-se: Balanço Inicial e Classificado, em dispositivo horizontal, em 01/04/02.
EXERCÍCIO N.º 3:
A sociedade "Comércios Gildo, Lda" que se dedica a importação de material informático,
possuía em 31/12/00 os seguintes elementos (valores em contos):
- 1.000 obrigações de tesouro a 100 contos @;
- 1.500 acções na BVM (de curto prazo) a 80 contos @;
- 3.000 acções do capital da "SOPESA, SARL" a 100 contos @;
- 15 computadores "Siemens" a 14.750 contos @;
- 25 computadores "ICL" a 12.000 contos @;
- 2 viatura "TOYOTA" para uso 186.000;
- 5 computadores "Siemens" para uso a 14.750 contos @;
- Diverso mobiliário e equipamento de escritório 22.760;
- 1 edifício em construção 186.885;
- 1 armazém em construção 86.500;
- 120 caixas vazias para computadores a 10 contos @;
- 8 caixas metálicas (contentores) para computadores a 2.500 contos @;
- Dinheiro em cofre 15.075,5;
- Depósitos com Pré aviso no BSTM 110.000;
- Depósitos a ordem no BIM 185.754,64;
- Cheques de clientes 16.000;
- Adiantamentos a trabalhadores 35.000
- Dívidas a receber da EMIL 135.000;
- Dívidas a pagar a MICROPUT 185.750;
- Saques s/ EMIL 235.640
- Dívidas a receber da COMPUTEC, Lda 85.000;
- Dívidas a pagar a Mcell 25.785;
- 1 viatura "MAZDA" 85.750;
- Depósitos a prazo no BIM 160.300;
- Patentes de invenção 36.000;
- 800 caixas de disquetes a 100 contos @;
14 Ano Lectivo de 2007
Aulas de Contabilidade Financeira I
Docente: Dr Francisco Moiane
CAPITULO IV: INVENTÁRIOS E BALANÇOS

- 12 caixas de disquetes para uso a 100 contos @;


- Débito de Gildo pelo aluguer da nossa viatura 22.600;
- Dividendos por entregar aos sócios 236.500;
- Débito a Rassul 18.600
- Um edifício comercial 295.000;
- 2 viaturas “MAZDA” para aluguer 195.600
- Diverso mobiliário administrativo e social 87.500;
- 4 máquinas de calcular 32.160;
- Despesas de constituição 58.600;
- Crédito do BSTM para importação de computadores (48 meses) 300.000;
- Divida à Matilde 12.360;
- Aceites s/ Manuel 178.000;
- Saques da COMPUTING, Lda 186.500;
- Saques a MICROPUT 385.750;
- IRPC por pagar 86.880;
- Aceites de Miguel 86.000;
- Débitos a EDM pelo consumo de electricidade 45.600;
- Crédito de Água de Maputo 15.600;
- Amortizações acumuladas: 10% para o imobilizado corpóreo e 7,5% para o incorpóreo.
Pretende-se:
1.- Elaboração do Balanço Final e Classificado, em dispositivo horizontal em 31/12/00, tendo
em conta que o capital inicial é de 900.000 contos e foram criadas reservas de 336.800 contos;
2- Apresentação do valor do património em 31/12/00.

15 Ano Lectivo de 2007


Aulas de Contabilidade Financeira I
Docente: Dr Francisco Moiane

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