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Introdução
1. VERTENTES DO G12
Depois são indicadas algumas qualidades para o candidato: devem ser líderes
reais ou potenciais, capazes de influenciar seus ambientes com suas decisões,
suas posturas, seu testemunho de vida; insatisfeitos com as circunstâncias em
cujo contexto estão vivendo(p.63). No contexto da grande MENSAGEM, esta é
uma mensagem de calor humano, de recepção fraterna e de acolhida
caridosa. Feita a recepção fraterna e as saudações iniciais, o coordenador faz
as comunicações de praxe. E já procura colocar os candidatos num clima de
reflexão anunciando que "o Reino de Deus está próximo", que é preciso abrir
os olhos e apurar os ouvidos para poder percebê-lo(p.102). Apresentação dos
que ali estão para auxiliar no bom andamento do encontro: pessoal da
cozinha, proclamadores da mensagem ou "mensageiros, encarregados de
zelar pelo bem estar de todos, etc. (p.103).
De Paul Yonggi Cho, pastor da Igreja Yoido do Evangelho Pleno, Coréia do Sul,
César Castellanos aproveitou a idéia dos pequenos grupos. Ele visitou a Coréia
em 1986 e, por sete anos trabalhou com o sistema de células de Cho. A partir
das experiências com os pequenos grupos de Cho, Castellanos incrementou
(em 1991) uma nova estratégia.
O próprio Castellanos conta como teve a visão dos 12 : "Em 1991, sentimos
que se aproximava um maior crescimento, mas algo impedia que o mesmo
ocorresse em todas as dimensões. Estando em um dos meus prolongados
períodos de oração, pedindo direção de Deus para algumas decisões,
clamando por uma estratégia que ajudasse a frutificação das setenta células
que tínhamos até então, recebi a extraordinária revelação do modelo dos
doze. Deus me tirou o véu. Foi então que tive a clareza do modelo que agora
revoluciona o mundo quanto ao conceito mais eficaz para a multiplicação da
igreja: os doze. Nesta ocasião, escutei ao Senhor dizendo-me: Vais reproduzir
a visão que tenho te dado em doze homens, e estes devem fazê-lo em outros
doze, e estes, por sua vez, em outros! Quando Deus me mostrou a projeção
de crescimento, maravilhei-me" (Sonha e Ganharás o Mundo São Paulo:
Palavra da Fé, 1999, p.59-60). No sistema de Catellanos, os encontros visam
o evangelismo e o discipulado dos novos convertidos e a preparação para a
vida em células. Entretanto, ao ser transplantado para o Brasil, parece que o
Movimento perdeu sua originalidade e os objetivos passaram a ser outros,
focalizando especialmente os crentes, independente de sua denominação.
O ensino tem sido uma lástima na maioria das Igrejas Evangélicas. Em muitos
casos o modelo da EBD está desatualizado e não consegue alcançar seus
objetivos originais de evangelização e crescimento cristão (Ver importante
debate sobre o tema na Revista Comunhão, ano 5, nº 47, Julho de 2001,
pgs28 a 31) Sobre discipulado fala-se muito mas faz-se pouco, faltando
muitas vezes definição de COMO discipular os crentes. Daí muitos apelam para
o mais fácil, para o imediatismo que como "balas" doces são muito atraentes e
proporcionam uma falsa sensação de satisfação, mas que não oferecem
consistência.
Temendo uma extinção, pastores há que procuram caminhos mais curtos para
alcançarem seus objetivos e o G12 aparece como uma alternativa atraente.
Outras vezes são crentes que estão insatisfeitos com suas próprias vidas e a
de sua Igreja e vão em busca de pastos mais verdes e águas mais frescas.
Acabam gostando do que vêem e experimentam, voltam e acabam levando
seus pastores para o mesmo caminho.
4. METODOLOGIA DO MOVIMENTO
NOSSAS CONVICÇÕES
Destacamos, a propósito:
7. OS ENCANTOS DO G12
Sendo tudo o que acima foi exposto uma realidade, como se justifica a
participação de crentes batistas e até mesmo pastores nos encontros com
inserção no Movimento? Além dos ítens já enumerados no ponto 2 deste
estudo, pode-se enumerar:
8. OS DESENCANTOS DO G12
Por não ter consistência nem base na Palavra de Deus, o fim do Movimento
G12 será marcado pelo desencanto. Muitos testemunhos de pessoas que
participaram dos "encontros" já demonstraram total fracasso naquilo que se
propuseram no ardor de suas emoções.
Diante de tudo isso é mister que estejamos atentos à postura do Modelo G12
em relação aos pastores. Procura afastar os rebanhos dos pastores e os coloca
sob cuidados de falsos pastores ou de incautos. Faz isto utilizando-se de duas
estratégias básicas : idéia distorcida do sacerdócio universal dos crentes,
dizendo que todo crente pode exercer o pastorado e a distorção a respeito do
que seja a função do pastor de uma Igreja de Cristo, fazendo com que o
pastor comporte-se como se fosse o dono do rebanho, traça normas o
objetivos próprios (ele é o dono da visão), agindo apenas como um líder
político, com super-poderes que não podem ser questionados, faz concessões
e conchavos para manter-se no poder.
Conclusão
Por outro lado, há questões que precisam ser levantadas para que se possa
continuar a reflexão sobre o assunto e outros correlatos. Para facilitar a
continuidade da reflexão, levantamos algumas questões que julgamos
pertinentes:
Como mobilizar o povo de Deus para que cumpra sua missão, evangelize
os perdidos e dê sua contribuição para o crescimento da Igreja?
Obras Consultadas:
LIMA, Delcyr de Souza. Modelo G12. Niterói : STBN, 2000. MCC, 1994.
REIS, Aníbal Pereira dos. Os Cursilhos de Cristandade por Dentro. São Paulo:
Caminhos de Damasco,