● O Estado do Bem-Estar Social permitiu a vivência de “anos dourados” no contexto do
capitalismo do pós-guerra. ● Tinha um compromisso entre capital e trabalho que favorecia os níveis de emprego, as condições de trabalho e o poder de barganha dos trabalhadores, sob condições econômicas, políticas e sociais específicas. ● Com a eclosão de duas crises mundiais do petróleo, na década de 1970, deu início à crise do Estado social. ● Essa crise é caracterizada por um processo de transformação radical da sociedade e pela transição para uma sociedade de massas e de consumo exacerbado. ● Já a economia capitalista teve seu equilíbrio abalado pelo crescimento da inflação e acabou por abalar a higidez do sistema econômico.Isso fez com que o acirramento da concorrência capitalista produziu altas taxas de desemprego e agravou o déficit fiscal do Estado colocando em xeque o papel de um Estado interventor e promotor de políticas públicas. ● Sob o aspecto econômico o que se pode perceber é a transição de uma sociedade do quase pleno emprego para outra de elevado número de desempregados. Vem ocorrendo uma tentativa de se institucionalizar a informalização do emprego. ● Sinteticamente, o novo modelo de gestão do Estado e da economia que se apresenta está inserido em um capitalismo modificado e tem instrumentos e consequências próprias. No plano jurídico a natureza e estrutura do direito, bem como as condições de sua validade, não se modificam tanto, apenas ganhando maior relevo o debate sobre a importância da efetivação da igualdade substancial e dos direitos fundamentais. ● Na filosofia não há duas linhas de pensamento visivelmente divergentes. Percebem-se duas linhas do pensamento filosófico, mas ambas de matrizes liberais. Uma delas com contornos nítidos de tentativa de retomada de um liberalismo adaptado e reinventado. De outro lado, um pensamento atenuador que busca a retomada do liberalismo, mas preza pela conservação e manutenção dos direitos garantidos formalmente pelo ordenamento jurídico.