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Aula 03- Sistema linfático

semiologia- Maria Fernanda da Hora


Aspecto anátomo-fisiológico
órgãos= linfonodos, baço, timo e tonsilas
vasos linfáticos, capilares linfáticos e linfa (o movimento da linfa precisa do próprio movimento do corpo)
Sangue-> fluido intersticial (rico em líquido e células)-> esse liquido que vai ser consequentemente a linfa, que
passa pelos capilares linfáticos;

Função do Sistema linfático


1- Drenar o excesso de líquido intersticial a fim de devolvê-lo ao sangue e assim manter o equilíbrio dos
fluidos no corpo;

2- Transportar vitaminas e os lipídeos, absorvidos durante o processo de digestão, até o sangue, para que
este leve os nutrientes para todo o corpo;

3- Respostas imunes, ele impede que a linfa lance microorganismos na corrente sanguínea através da
retenção e destruição destes dentro de seus linfonodos;

Características dos constituintes do sistema linfático


Linfa
Líquido que circula pelos vasos linfáticos; Composição semelhante ao plasma sanguíneo (proteínas,
glóbulos brancos, restos celulares e outros detritos, substâncias estranhas, microorganismos).

Fluxo da linfa é impulsionado por:

1- contração da musculatura lisa dos vasos linfáticos

2- contração dos músculos esqueléticos

3- pulsação arterial

4- na região cervical pela gravidade


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Capilares linfáticos
Tubos formados por células endoteliais, fenestrados; Recolhem a linfa do espaço intersticial; As células
endoteliais se sobrepõe uma sobre as outras, formando fenestrações que sempre se apresentam abertas
para o interior do capilar; Refluxo tende a fechá-las, impedindo o retorno da linfa para os espaços
intersticiais.

Vasos linfáticos
Originam-se dos capilares linfáticos; Possuem valvas no seu interior que impedem o retorno da linfa; São
fenestrados; Contraem e expandem periodicamente, produzindo assim pequenas sucções;

Trajeto:

Em vários pontos ao longo do seu trajeto, os vasos linfáticos atravessam os gânglios linfáticos; Os vasos
maiores seguem trajetos independentes; Os vasos menores acompanham vasos sanguíneos e nervos; Os
vasos se convergem, formando troncos maiores que desembocam em veias principais; Veia jugular externa
ou veia cava caudal.

Tronco coletores de linfa

Linfonodos
Localizam-se ao longo das vias linfáticas segundo a espécie; filtração de partículas;

Tonsilas
Agregados de tecido linfóide em superfícies mucosas; não são capsuladas; tonsilas faríngeas (adenóides),
tonsilas palatinas (amigdalas), tonsilas intestinais, prepuciais, vaginais e etc; São mais desenvolvidas em
animais jovens;

Função- primeira proteção aos orifícios de entrada do corpo

Baço
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Observa alterações nele em cães com babesia

Órgão linfóide presente na região cranial esquerda do abdômem próximo ao estômago

Funções: Grande capacidade fagocitária (microorganismos encapsulados por anticorpos); células do


sangue envelhecidas; reservatório para células sanguíneas; produção de linfócitos

Timo
Órgão linfóide cuja importância é maior no animal jovem

Regride na puberdade e quase desaparece no animal adulto

Função: matura linfócitos do tipo T

Animais com leucose atípica observa-se o aumento do timo em bezerros

Exame clínico
Dados de importância na anamnese= “animal apresenta febre?” “observou algum tipo de caroço?”
Semiotécnicas aplicadas nos linfonodos= inspeção, palpação, exames complementares
O que observar= tamanho, forma, consistência, dor à pressão, temperatura da pele, mobilidade;
Características clínicas
Importante saber como são os linfonodos normais, como eles são num processo inflamatório agudo (a
mobilidade pode ser mais difícil, porem permanece; temperatura aumentada, tamanho aumentado, dor à
pressão), nos processos crônicos (pode ou não estar aumentado de tamanho, consistência mais dura, sem
perder a mobilidade) e nos processos tumorais (mais consistentes, aumento de tamanho, pode ter uma
borda mais definida e ele perde a mobilidade por estar mais aderido)

Afecções do Sistema linfático


Linfagites (aumento dos vasos linfáticos), Adenites (aumento dos linfonodos) e Linfadenites.

Localização dos linfonodos superficiais


BOVINOS: submandibular, parotídeo, pré-escapular, retro-faríngeo, axilar, sub-ilíaco, retromamário em
fêmeas.

CÃES: ****************8

FELINOS:

EQUINOS:
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Algumas enfermidades nas diferentes espécies que envolve o SL


Mormo, leucemias, tuberculoses, paratuberculose, linfogranulomatose, leucose enzoótica, linfagite
epizoótica, linfadenite caseosa, febre catarral maligna;

Alterações encontradas: simétricas (se estiver o lado direito e esquerdo atingido por exemplo) e
assimétricas (atingido apenas de um lado); localizada (relacionadas com o órgão que está sendo atingido) e
generalizadas.

EX: linfadenite caseosa a alteração é generalizada, pode aparecer em qualquer lugas

Exame clínico do baço


SEMIOTÉCNICAS= palpação, percussão, endoscopia, ultrassonografia

QUANDO E COMO= toda vez que tiver suspeitas de alterações hematopoiéticas

O QUE OBSERVAR= tamanho, posição, aspecto e consistência

EXAMES COMPLEMENTARES= hematológicos, punção, biópsia, cultura e outros

QUANDO FAZ PUNÇÃO?= quando parece ter líquido ou consistência pastosa dentro, puxa esse conteúdo e
faz uma citologia e uma microbiologia

QUANDO FAZ BIÓPSIA?= quando observa alteração de consistência mais dura, sem muita mobilidade; o
resultado manda para a histopatologia e exames imunohistoquímicos

COMO PROCEDER PARA SOLICITAÇÃO DE EXAMES= saber se é punção ou biópsia, ver qual é o
procedimento para armazenamento da coleta, dizer o porque fez a coleta (exemplificar e descrever as
alterações); saber como enviar;

IMPORTÂNCIA DO LEUCOGRAMA= animal com leucose tem aumento dos leucócitos (principalmente dos
linfócitos); da para observar esse aumento nesse leucograma; com base nesse exame que você irá pedir
exames complementares para confirmar o seu diagnóstico.

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