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Sintomas da discalculia
Os sintomas da discalculia incluem dificuldades com números e quantidades, como:
conectar um número à quantidade que ele representa (o número 2 a duas maçãs, por
exemplo);
contar de trás para frente;
comparar dois valores;
dificuldades com subdivisão (reconhecer quantidades sem contar);
dificuldade para lembrar os fatos matemáticos básicos (como tabelas de multiplicação);
dificuldade em vincular números e símbolos a valores;
dificuldade com matemática mental e resolução de problemas;
dificuldade para entender o dinheiro e estimar quantidades;
dificuldade para ver as horas em um relógio analógico;
orientação visual e espacial deficiente;
dificuldade para classificar a direção (direita da esquerda);
dificuldade com o reconhecimento de padrões e números sequenciais.
Fazer contagem com os dedos pode estar associada à discalculia, mas não é um indicador
definitivo da condição. No entanto, caso essa ação seja persistente, especialmente para cálculos
fáceis e repetidos com frequência, pode indicar um problema.
Da mesma forma, os erros de cálculo por si só também não são indicativos de discalculia,
variedade, persistência e frequência são fundamentais para determinar se a discalculia está
presente.
Causas da discalculia
Muitas pessoas relacionam a discalculia a um problema no desenvolvimento que leva a
dificuldades para adquirir e realizar habilidades matemáticas básicas. No entanto, as causas
exatas são desconhecidas, embora a pesquisa aponte para possíveis problemas no
desenvolvimento cerebral e para a genética como possíveis causas.
Diagnóstico da discalculia
A discalculia aparece na seção “Perturbação da aprendizagem específica” no Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V). Para o diagnóstico, um indivíduo deve
aprender déficits na matemática, segundo estes quatro critérios:
1. Sentido numérico.
2. Memorização de fatos aritméticos.
3. Cálculo preciso ou fluente.
4. Raciocínio matemático preciso.
Para o diagnóstico de discalculia, as habilidades acadêmicas afetadas devem estar abaixo
do esperado para a idade, causando problemas na escola ou na vida diária. Além disso, outras
condições devem ser excluídas, como deficiência intelectual, distúrbio neurológico, adversidade
psicossocial e falta de instrução.
As avaliações diagnósticas para discalculia são realizadas por psicólogos e/ou
neuropsicólogos, embora psiquiatras infantis possam também realizar o diagnóstico,
Não existe um teste único para discalculia. Os profissionais avaliam o distúrbio analisando
os registros acadêmicos das crianças e seu desempenho em testes padronizados, além de fazer
perguntas sobre a história da família e como as dificuldades se manifestam na escola e na vida
cotidiana.
Em geral, realizam avaliações diagnósticas que testam os pontos fortes e fracos das
habilidades matemáticas fundamentais, podendo usar ferramentas como testes específicos para
o diagnóstico de discalculia.
Se não tratada, a discalculia persiste na idade adulta, o que pode dificultar a aprendizagem
no ensino superior e o desempenho no trabalho. Por isso, é fundamental que a discalculia seja
diagnosticada e tratada ainda na infância, já que as melhorias nas habilidades matemáticas têm
impactos duradouros na vida cotidiana.
Estratégia
A melhor estratégia para ensinar matemática para crianças com autismo é planejar as
aulas a partir de três princípios: concreto ao abstrato, familiaridade e generalização.
Do concreto ao abstrato
Assim como o nome sugere, isso significa começar o ensino de matemática a partir de
exemplos concretos e progredir lentamente para ideias mais abstratas.
Você pode oferecer às crianças a oportunidade de ver, sentir, tocar ou mesmo cheirar
objetos diferentes ao seu redor. Em seguida, ensina as crianças a brincar com os objetos
enquanto usa algumas operações matemáticas básicas, como adição.
A introdução de números nas brincadeiras com objetos concretos ajuda a criança a se
sentir confortável e a aprender intuitivamente algumas operações básicas de adição antes de
tentar resolver equações no papel.
Princípio da familiaridade
A matemática está ao nosso redor, por isso é possível incorporar conceitos matemáticos à
vida diária da criança. Isso ajuda na aprendizagem e evita sentimento de frustração.
Uma dica é fazer perguntas como: “Este prato não parece um círculo? E este edifício, um
retângulo?” Então peça aos alunos que encontrem objetos ao redor com as formas apresentadas.
Ao usar conceitos matemáticos na vida diária, as crianças têm mais chance de aprender a
reconhecê-los.
Generalização
Usar exemplos diferentes do mesmo conceito para ajudar as crianças a compreender que
ele se aplica a outros objetos.
As crianças com autismo podem ter dificuldades em generalizar habilidades e
conhecimentos. Ao ensinar matemática, trabalhe com objetos diferentes e mostre aos alunos que
três maçãs mais duas dão cinco maçãs, mas também três sapatos mais dois formam cinco
sapatos, e assim por diante.
Representação
Tornar as ideias matemáticas concretas usando palavras, imagens, símbolos e objetos
(como blocos).
Sentido espacial
Também conhecido como geometria, mas para as crianças na educação infantil, é a
introdução de ideias de forma, tamanho, espaço, posição, direção e movimento.
Medição
Tecnicamente, é possível encontrar o comprimento, a altura e o peso de um objeto usando
unidades de medida. A medição do tempo (em minutos, por exemplo) também é enquadrada
nesta área de habilidade.
Estimativa
É a capacidade de adivinhar a quantidade ou o tamanho de algo, o que é muito difícil para
as crianças pequenas. Você pode ajudá-las mostrando o significado de palavras como mais,
menos, maior e menor.
Padrões
Números, formas, imagens que se repetem de maneira lógica. Os padrões ajudam as
crianças a fazer previsões, entender o que vem a seguir, fazer conexões lógicas e usar
habilidades de raciocínio.
Solução de problemas
Capacidade de pensar sobre um problema, de reconhecer que há mais de um caminho
para a resposta. Significa usar o conhecimento anterior e as habilidades de raciocínio lógico para
encontrar uma solução.
4 a 5 anos
Nessa idade, as crianças começam a aprender os números e conceitos como forma e
medida. Também começam a desenvolver habilidades como a capacidade de resolver problemas
usando conceitos e estratégias matemáticas.
Brincadeiras com contagem oral, músicas e histórias que falam de números, são dicas de
atividades para essa fase.
Além disso, atividades que estimulam a percepção de noções como peso e medida
são indicadas. Brincadeiras como medir o tamanho dos alunos e culinária (quente/frio,
cheio/vazio) ajudam a desenvolver esses conceitos.
Para ajudar as crianças a identificar formas e contornos dos objetos, a dica é usar
diferentes materiais com formas e texturas variadas para fazer desenhos e brincar de modelar
com massinha ou argila.
Música
Cante músicas que rimam ou que fale sobre números. As músicas reforçam os padrões
(uma habilidade matemática) e é uma maneira divertida de desenvolver a linguagem e
habilidades sociais, como a cooperação.
Contar e classificar
Reúna uma cesta com pequenos brinquedos, conchas, pedrinhas ou botões, conte-os e os
classifique pelo tamanho, cor ou outra característica que tenham em comum.
Qual o tamanho?
Observem os tamanhos dos objetos ao seu redor: “aquele prédio branco é maior que o
amarelo, aquela árvore é a menor do jardim”, etc. Instigue seu filho a pensar sobre seu próprio
tamanho em relação a outros objetos, com perguntas: “Você cabe embaixo da mesa? E embaixo
da cadeira?”.
Culinária
As crianças pequenas podem ajudar a encher, mexer e despejar ingredientes quando você
estiver cozinhando. Por meio dessa atividade, elas aprendem a contar, medir, somar e fazer
estimativas.
Bingo
Na educação infantil, as crianças aprendem a reconhecer os números. Para reforçar essa
aprendizagem, crie uma cartela de bingo e numere cada quadrado aleatoriamente entre 1 e 20.
Escreva os números que serão sorteados em pequenos pedaços de papel, dobre-os e coloque
em uma caixa.
Agora é hora da brincadeira! Cada número sorteado, deve ser marcado na cartela que o
contém. Quem completar toda a cartela é o vencedor.