Você está na página 1de 14

ANALISE ROTEIRO DO FILME A CHEGADA

1. Primeira leitura do script. "Por que a histó ria me fez sentir do jeito que eu fiz?" 

Senti muitos arrepios, alguns friozinhos na barriga. Talvez pela questã o do mistério, a
histó ria lida com seres desconhecidos, os quais nã o sabemos como podem reagir ou o que
podem querer. Há a questã o dos flashbacks que se repetem mostrando que há algo
conectado à vida da Dr. Banks, mas nã o sabemos o que é. E o alívio e sensaçã o de
pertencimento a algo maior com o final do filme quando descobrimos que os “aliens” nos
deixaram uma ajuda, e nã o destruiçã o e vã o pedir a nossa um dia e um pequeno sentimento
de peso, de frustraçã o pela Dr. Banks, que sabe qual será seu futuro.

2. Aná lise cena por cena

3: Pontos de virada e sequencias

1º ATO
Pag 1 a 3 (9 cenas)

O céu visto de seu lugar pró prio e espelhado sobre o lago onde reside a Dr. Banks, a
protagonista. Uma casa que reflete sinais de alguém que usa a linguagem ou as linguagens
em sua vida. Um pedido íntimo de formar uma família. O bebê surge e vive uma pequena
vida normal, até os 12 anos de idade, quando falece. É um pequeno epílogo que vai fazer
sentido no final do filme. É como se tivéssemos conhecido a vida da Dr. Banks até aquele
dia, onde tudo começou, ou melhor, onde a histó ria começou.

Pag 4 a 7

Louise Banks chega ao estacionamento da universidade em um dia ensolarado onde caças


F21 adornam o belo céu. Algo está acontecendo pela multidã o que acompanha os jornais.
Na sala de aula quase vazia a turma descobre sobre as naves, estã o em 12 locais diferentes
do mundo. INCIDENTE INCITANTE E PREPARAÇÃO PARA O 2º ATO.

A abertura é o pequeno epílogo sobre a vida da Dr. Banks, que vai estar intimamente
entrelaçada com os acontecimentos que surgirã o, sendo as naves o I.I., ou P. V. que muda a
histó ria de toda a humanidade incluindo Louise. Conhecemos nossa protagonista e a
natureza do filme que vamos assistir. A questã o dramá tica que fica logo depois do I. I. é: o
que vai acontecer? O que essas naves querem? Essas sã o as questõ es que movem a histó ria
até o fim.

Na 2ª sequencia temos a preparaçã o para o 2º ato, onde nó s vemos o movimento das


autoridades em busca das respostas que o I.I. faz surgir.

Pag 7 a 10

A sirene toca e as aulas sã o suspensas. No estacionamento escuta as notícias, acidentes


ocorrem por causa do pâ nico. As autoridades nã o sabem de nada ao certo.
Em casa Louise acalma a mã e ao telefone. Olha o quarto da falecida filha. A noite bebe vinho
e assiste aos jornais, a política toma conta da situaçã o com a reivindicaçã o territorial de
algumas naves. Vai assistir no quarto. Dorme. Acorda abruptamente pela manhã .

Pag 10 a 16

Ela vai a universidade, mas ninguém aparece. Trabalha em seu escritó rio quando recebe a
visita do coronel Weber querendo que ela traduza a fala dos “aliens”, ela exige estar no local
para falar com eles pessoalmente. Weber nã o aceita, ela insiste e usa argumentos contra
seus colegas, ela é esperta.

Ela dorme em casa quando recebe a visita de Weber. Ela conseguiu o trabalho. Entramos no
2º ATO, META CLARA: LOUISE VAI PARA MONTANA FALAR COM OS ALIENS.

2º ATO 

Resumo da sequencia 3: como o protagonista reage aos acontecimentos? Ele está se transformando? Ou
está sendo descoberto? Quais as suas tentativas para resolver o problema?  

Pag 16 a 23

Banks conhece Ian no helicó ptero. Prioridade má xima: o que eles querem? De onde sã o?

Ambientaçã o do local onde a nave está estacionada e onde os trabalhos estã o sendo
conduzidos. O helicó ptero se aproxima para pouso, Weber dá mais informaçõ es
(exposiçã o), eles se comunicam a cada 13 horas.

Eles pousam. Entra o capitã o Marks com mais exposiçã o: os aliens sã o feitos de todos os
materiais existentes mais outros desconhecidos, ou seja, a humanidade está encarando algo
novo, totalmente novo. Alguém é levado amarrado em uma maca.

Ian e Louise sã o imunizados na tenda médica e entã o levados para a tenda de operaçõ es. As
12 naçõ es estã o conectadas em monitores e Halpern media as conversaçõ es entre os
cientistas, temos mais informaçõ es sobre a questã o do oxigeno, que acaba depois de 46
minutos na câ mara.

Nos é dada toda a informação necessária para continuar a história (exposição), feita pelos
diálogos entre Weber, Marks e a tenda de operações onde as nações estão conectadas.

Pag 24 a 31

Na tenda cientifica estã o as comunicaçõ es. Ali Ian e Louise tem o quarto de limpeza, onde
colocam os trajes anti-nucleares para visitar os aliens. Nã o há uma ameaça real de
radioatividade, é uma norma de segurança.

Eles sã o levados de camionete até a entrada da nave, que flutua seis metros acima da Terra.
Entram num elevador para subir e depois flutuam com a gravidade até o local onde os
aliens fazem o encontro.
Na câ mara de entrevistas há uma parede mais clara onde se conversam, se veem. Os
técnicos instalam tudo, até que as figuras aliens aparecem, momento de tensã o. Os vá rios
olá s nã o surtem efeito nenhum e a sessã o acaba sem respostas.

Um pequeno clímax porque é o momento em que os protagonistas e s espectadores veem de


fato, parcialmente, os aliens, o objeto de medo e de mudança que chegou sobre a Terra . É um
momento esperado, o de ver as figuras, de encarar o medo sobre os aliens que chegaram sobre
a Terra. Temos o fechamento de uma parte do 2º ato, onde estão estabelecidos todos os riscos
inicias, todas as informações iniciais e nós vimos o perigo que espreita para conversar a cada
13 horas.

Pag 31 a 35

Na sala de limpeza temos uma cena que demonstra a reaçã o dos personagens à situaçã o.
Ian vomita. Louise recebe a urgência de preparar alguma coisa até a pró xima visita.

Halpern conversa com os cientistas de outra base, nã o conseguiram nada.

Aqui nós temos a reação dos protagonistas a tudo o que lhes foi apresentado e a urgência de
conseguir novas formas de comunicação para com os aliens.

Na sala de limpeza, Ian e Weber estã o prontos, Louise ainda nem se vestiu, parece desistir,
quando tem uma ideia. Ela aparece no tú nel com uma lousa branca e pincel atô mico.

Na câ mara de entrevistas, Louise escreve a palavra humano e eles respondem com sua
escrita pró pria. É um avanço. A primeira comunicaçã o entre Aliens e humanos efetiva.

Embora inicialmente tenhamos a sensação de que Louise vai desisitir (ela não está
preparada) aqui temos uma virada, porque o avanço que ela promove garante que continua
no trabalho de falar com os aliens e move o filme para frente. Podemos dizer que há aqui um
pequeno PONTO DE VIRADA no sucesso de Louise, que move o filme para frente.

Resumo da sequência: que novas complicaçõ es aparecem? Como o personagem reage? Ponto de


virada?

Pag 36 a 38

No quarto de limpeza, Weber está furioso com Louise, nã o era para ensiná -los a ler, era
apenas para ela descobrir o que dizem. Louise conta uma historinha para justificar a
necessidade de estabelecer palavras comuns entre eles. Ian fica admirado.

Na tenda cientifica a equipe trabalha para descobrir o que o logograma dos aliens significa.

Na tenda de operaçõ es cientistas de outros países ainda nã o conseguiram estabelecer uma


comunicaçã o com os aliens.
Mais tarde, Louise estuda na tenda de operaçõ es, quando vê os japoneses tocarem violino
para os aliens. Ela divide o logograma em doze partes, faz anotaçõ es. O sino toca, ela tem o
1º flashback de Hannah com 4 anos de idade.

Pag 39 a 57

Louise volta de seu flashback sem entender o motivo daquilo.

Num dos quarteis um soldado vê as notícias: o repó rter acusa o governo de cooperar com
os aliens quando eles deveriam ser destruídos. Tumultos em outros lugares. O povo teme o
que nã o conhece. O soldado parece concordar com o repó rter.

Na sala de operaçõ es Ian critica o cientista britâ nico.

Halpern fala sobre a situaçã o no Oriente médio: Paquistã o e Índia brigam pela concha que
parou sobre a divisa.

Weber exige mais respostas de Louise. Ela mostra as palavras do dia, Weber quer mais, ela
prova seu ponto de vista novamente. Ian mostra o desenho que fez deles, chama-os de
Heptapod, pois tem sete membros. O sinal soa.

Eles colocam os trajes de limpeza, as mã os de Louise tremem.

Por causa do pequeno avanço todas as tendas tem o que fazer. Ampliando a situação, ou, o
antagonismo, temos as brigas entre nações por causa da concha que está na divisa. As nações
serão um problema maior mais a frente. Temos a introdução dos flahsback de Louise, que se
resolverão no 3º ato. Ela captura a atenção de Ian.

Pag 58 a 68

Na câ mara de entrevistas weber nã o está dessa vez. Ela toma uma atitude drá stica: tira o
traje e chega mais perto. Os heptapods se aproximam também, os vemos melhor. Os aliens
escrevem seus nomes na lousa deles. Louise se torna mais ousada, coloca a mã o sobre a
barreira, um deles faz o mesmo.

Na enfermaria, Weber quer saber se Ian e Louise estã o contaminados. O médico tenta
explicar que nã o há nada de anormal em seus exames.

Série de tomadas na câ mara de entrevistas que denotam passagem de tempo enquanto


ensinavam os aliens: a palavra andar, o outro aliens desenha algo diferente. Ian fala sobre
uma sessã o seis de aulas para aliens.

Na tenda cientifica Louise debate com sua equipe sobre a sessã o oito e os 12 fragmentos
que formam a escrita dos aliens.

Na câ mara de entrevistas Ian tenta ensinar geometria. Momentos depois ele desenham o
sistema solar com destaque no planeta Terra.
No escritó rio Louise treina a escrita dos Aliens. Sabemos que estã o na sessã o quinze. Eles
veem o efeito do medo sobre as pessoas, as notícias nos monitores sã o alarmantes.

A ousadia de Louise promove uma aproximação entre aliens e humanos que permite a história
seguir em frente. A série de tomadas nos mostra em tempo reduzido todo o trabalho entre
humanos e aliens e a passagem de tempo até o momento crítico seguinte.

Pag 69 a 71

Weber pede que Louise inclua mais uma palavra, ela se recusa, mas Ian diz que sim, depois
explica que há uma maneira correta de falar com militares. Na câ mara de entrevistas Louise
os ensina a palavra arma. Os aliens estã o partindo, Louise encosta no vidro gritando por
que estã o aqui?

Ela desenha o que quer saber no idioma alien, um deles volta e responde: oferecer arma.

PONTO DE VIRADA – MEIO PONTO DO FILME.

Incluir a palavra arma, que é temida, mais pela humanidade do que pelos aliens, já aumenta
os riscos da história. Os aliens partirem depois dessa palavra é um sinal negativo, mas eles
responderem “oferecer arma” traz o pânico e a divisão de opiniões que pode levar a uma
guerra. Até aqui o filme caminhou numa direção em que tudo corria bem entre a raça
humana e os aliens, mas esse P.V. estabelece um novo rumo, para outra direção.

Pag 71 a 75

Na Tenda de operaçõ es o caos se instala com a frase dos aliens. Louise e Ian tentam explicar
a natureza sensível do que está acontecendo. Halpern alerta sobre a decisã o das outras
naçõ es sobre a descoberta, especialmente do General Shang, que será seguido por pelo
menos mais 4 naçõ es. Halpern sugere que a descoberta nã o seja tornada pú blica até que se
saiba ao certo do que se trata.

Aqui o general Shang é apresentado como um possível antagonista, como de fato vem a se
tornar no 3º ato, pelo seu poder e força de sugestão. Agora vem a tona a questão da
cooperação entre as nações, temos mais um problema, não são só os aliens, mas as nações
cooperarem entre si, ou seja, mais riscos. [

Nisso, Uma explosã o, China e Rú ssia desligam as comunicaçõ es. Os EUA tem ordens para
fazer o mesmo. E eles fazem. Ian adverte que vai ser tarde até descobrirem o real
significado. Cinco países desligam as comunicaçõ es.

Na tenda científica Louise tenta compreender o idioma dos aliens e descobrir o que eles
querem. Ela tem um novo flashback dela com a filha em um piquenique. A menina desenhou
os pais salvando o mundo.
Ela volta do flashback e tem um vertigem, Ian a ajuda, Weber fica desconfiado e a manda ao
médico. Em seguida, deixa claro a Ian que se necessá rio ele vai ter de fazer as coisas
sozinho, se decidirem descartar Louise.

Na enfermaria Louise recebe uma ajudinha para dormir.

Pag 76 a 99

Uma nova ambientação se configura com a suposta ameaça de guerra, o ambiente fica repleto
de soldados e armas. A história caminha para um rumo diferente e com riscos maiores. Louise
encontra Ian escondido em uma das camionetes. Ela tem outro flashback, ela e a filha num
rancho, conversando com um cavalo.

Conhecemos um pouquinho do passado dos dois, sã o dois nerds, basicamente, mas nã o tã o


nerds assim. Ele joga um cobertor sobre ela, ela pede que os dois façam isso juntos, ele
concorda, apesar da conversa que teve com Weber.

Ian e Louise se preparam para mais uma entrevista, agora precisam usar má scaras de
oxigênio.

Na câ mara de entrevistas, os aliens já estã o esperando, é a primeira vez. Eles nã o tem


informaçõ es suficientes. A aula vai bem, até que Louise decide vê-los escrevendo. Ela
começa escrevendo no vidro. Os aliens escrevem em tempo real, Louise está muito
adiantada no idioma dos aliens.

No caminho para a enfermaria Louise quase vomita e tem outro flashback de Hannah com
quatro anos de idade. Depois segue adiante.

No refeitó rio Ian e Louise conversam sobre a charada sobre a linha do tempo da
humanidade. Os dois tem um momento até que Weber chama Ian.

Louise tem um flashback sobre o consultó rio médico e a filha, seus prêmios em casa, uma
doença.

Na TV a populaçã o quer que as naves sejam exterminadas.

Na casa pré-fabricada Louise dorme quando Weber e Ian vem lhe questionar sobre as
palavras nunca ensinadas e ela estar sonhando no idioma dos aliens. Weber a tira do
trabalho.

Aqui temos um P.V. pequenino, referente a Louise, pois há uma virada na história dela, ao ser
tirada do trabalho e uma decepção por parte de Ian, que prometera que os dois fariam isso
juntos, esse é um teste para ela.

Pag 99 a 114

Dois soldados posicionam caixas perto da nave. Na tenda cientifica Ian tenta decifrar a linha
do tempo dos aliens.
Weber busca Louise para decifrar algo em mandarim. Na sala de operaçõ es, monitores
mostram a violência tomando conta. É um clipe de espionagem sobre a China, que
descobriu que os aliens estã o oferecendo pacotes com algo para as 12 naçõ es, a China
parece estar se preparando para a guerra, posicionando suas armas.

Na tenda cientifica Louise ajuda Ian com a linha do tempo, descobrem que os aliens estã o
dando-lhes uma escolha. Ian leva Louise e os dois entram correndo na câ mara de
entrevistas, Louise sem ter autorizaçã o para isso.

Aqui há uma pequena virada, porque Ian, no fim das contas, acaba cumprindo a promessa de
que os dois fariam isso juntos, é uma pequena mudança por parte dele que os aproxima mais.

Abott está lá e pede que Louise solucione, ela tem que escrever no vidro, o alien a ajuda.
Louise tem um flashback com a filha recém nascida em sua casa. Os dados estã o sendo
baixados, eles recebem o pacote. Abott os avisa para sair, ouve-se um beep, alguém deixou
explosivos na câ mara. A explosã o, Louise tem outro flashback.

PONTO DE VIRADA – PREPARAÇÃO PARA O 3º ATO

A explosão leva a história a se encaminhar para um fim urgente.

Louise acorda na enfermaria. Os dois soldados que colocaram as bombas foram mortos, os
dados foram baixados.

3º ATO  
Pag 114 a 132

Todos se preparam para evacuar (META CLARA – ENTRADA NO 3º ATO) Na tenda


cientifica Ian observa os dados baixados, quando Louise entra e tenta convencer Weber a
ficar e conversar com os aliens.

A concha se movimenta pela primeira vez e fica mais acima da Terra.

Ian e Louise nã o entendem os dados. Ela tem outro flashback com a filha, triste pela
separaçã o dos pais.

Ian volta com a descoberta sobre os aliens, de que pensam de forma nã o linear e nã o
compreendem o tempo da mesma forma que nó s.

Na tenda de operaçõ es os dois tentam convencer Weber e Halpern que eles tem uma parte
de 12 do presente oferecido pelos aliens. É preciso restabelecer as comunicaçõ es. Ian pede
que se faça uma troca, os dados deles pelos dos outros, Louise tem outro flashback com a
menina em sua casa e se pergunta: será que acabei de mudar o meu passado?

Ela encontra uma parte da resposta nessa indagação, incluindo mais uma camada na história,
será que todos os flashbacks são o que vai acontecer ainda?
Weber e Halpern finalmente concordam, mas há outro problema, um apagã o que nã o
permite que as naçõ es conversem entre si (aumento dos riscos).

Louise tem uma visã o de estar em uma câ mara cilíndrica.

Halpern e Ian veem que Louise desapareceu. Ela está embaixo da concha. Um cilindro desce
e Louise entra e é levada.

Pag 132 a 173

Ela está no ambiente alienígena. Costello vem até ela. Abott está morto. Ela descobre o
proposito dos aliens, ajudar a humanidade hoje para que ela os ajude em alguns milhõ es de
anos a frente. Costello pede que ela resolva a charada da linha do tempo, Louise tem vá rios
flahsbakcs: Hannah com 8 anos em casa, a concha em Montana, Louise sozinha em casa. Ela
escreve algo, o cilindro a envolve, Costello escreve que ela escolheu a vida.

Louise é deixada no chã o, seis homens a pegam Weber recebe a ordem de evacuaçã o,
general Shang vai começar uma guerra.

Louise tem um flashback: ela sabia da doença da menina e contou ao pai, que nã o entendeu
e passou a olhar a menina de forma muito diferente. Ou seja, Louise sabia do seu futuro, os
aliens lhe revelaram.

Ela volta do flashback. Na tenda cientifica ela ainda tenta achar uma soluçã o. Ela tem um
flahsback, ela escreveu um livro sobre as 12 linguagens, a foto da menina onde o pai e a mã e
salvam o mundo.

Ela volta, sabe como decifrar! Nisso Weber os força a sair, a guerra está começando. Ian
deve coloca-la no helicó ptero, Weber volta para a tenda de operaçõ es. Louise tem um
flashback onde ela é a responsá vel pela unificaçã o, pois disse algo importante para o
general Shang naquele dia, algo que os heptapods lhe revelam para ela usar naquele
momento.

Ela volta e corre para a tenda de operaçõ es. Ian a segue quando percebe. Na tenda de
operaçõ es percebem que uma linha interna está ligando para a China. Todos começam a
vasculhar as tendas.

Louise se tranca na câ mara de limpeza falando com Shang, os homens estã o chegando perto
do sinal. Ian encontra Louise, tranca a câ mara, os homens os acham, sacam as armas. Ian
fica na frente de Louise.

CLÍMAX – A ousadia de Louise, característica já revelada anteriormente se torna aqui o


clímax da história, o momento auge da narrativa, onde ela usa a revelação dos aliens para
parar a guerra e unificar as nações. Ian fica entre as armas e ela demonstrando confiança no
julgamento de Louise.
Ela desliga. Shang baixa a guarda, a guerra é evitada, porque os aliens deram a Louise uma
visã o do futuro com as informaçõ es certas para mudar a decisã o de Shang naquele
momento.

Ian e Louise se beijam. Louise tem um flashback, Hannah com 4 anos de idade descobre a
origem de seu nome, o pai dela aparece, é Ian. O que Louise vê é agora seu futuro. Os aliens
e ela alteraram seu passado.

O filme poderia terminar aqui, pois o problema principal, o conflito da narrativa principal foi
resolvido, mas aí ficaríamos com várias pontas soltas, como a resolução emocional dos
protagonistas, o que acontece agora, que a guerra foi evitada e os aliens apenas deixaram um
presente e não a destruição?

Louise volta para casa. Vê o quarto vazio da filha. Um flash forward mostra ela ensinando os
logogramas com um anel de noivado na mã o. Temos a repetiçã o da cena dela entrando em
sua casa tomando vinho e alguém desenha no vidro “quer fazer um bebê?”, nos é revelado
que essa pessoa é Ian.

Flashbacks, (ou será que agora sã o flahs forwards?) de Hannah, que morre aos 12 anos de
idade vítima de uma doença rara. Voltamos ao flash forward da pergunta no vidro, ela diz
sim a pergunta de Ian, sabendo o que vem depois.

Lista de relacionamentos e que funçã o cada um desses relacionamentos orquestrou dentro da trama?

Louise: é a protagonista que em funçã o de sua ousadia mais de uma vez joga a trama para
frente. É o passado dela também que é alterado pela vinda dos aliens, por isso o V. O. inicial
sobre nã o acreditar mais em começos e fins. É ela que recebe dos aliens as visõ es e
flashbacks que permitem a trama ser resolvida.

Ian: a princípio Louise o conhece no helicó ptero indo para Montana. Ele é diferente dela,
mais falante, gosta de expor suas ideias. Os dois se tornam pró ximos, Ian passa a admirar
Louise, promete a ela que os dois farã o isso juntos, mas aí Weber afasta Louise e isso
machuca Ian. Ela o ajuda com a charada e Ian, quebrando o protocolo militar, cumpre a
promessa de levar ela junto para falar com os aliens novamente. Os dois se beijam,
descobrimos que o pai da filha falecida de Louise é Ian, mas se eles se conheceram ali?
Resta a pergunta que Louise fez a si mesma no 3º ato do filme, será que alterei meu
passado? Eles ficam juntos (de novo, se for ver pelo passado).

Ian dá uma pequena ajuda a Louise na trama sobre entender os aliens, mas é ela quem
resolve toda a questã o, a força do personagem dele reside no fato dele ser o marido dela,
que nã o nos é revelado no início do filme, ele cumpre principalmente a funçã o emocional do
passado e futuro de Louise.

Weber: é o encarregado das operaçõ es em Montana. Está sempre monitorando os dois e é o


intermediá rio entre toda a situaçã o ali, Halpern e as 12 naçõ es.

Halpern: é o relaçõ es pú blicas que tenta manter as outras naçõ es conectadas e juntas no
objetivo de descobrir o que os aliens querem.

5: Metamorfose

Portanto, outra lente através da qual podemos ler e analisar um roteiro é estudar o arco da
metamorfose do Protagonista. Há a jornada física que eles atravessam no Mundo Externo, mas
isso é acompanhado pela jornada psicoló gica no Mundo Interno. Podemos fazer essas
perguntas enquanto estudamos um roteiro:

* Onde o Protagonista começa sua jornada psicoló gica?

Louise começa a jornada como professora universitá ria separada que perdeu uma filha. Ela
assume ousadamente a incumbência de conseguir se comunicar com os aliens e suas atitudes
levam a histó ria adiante. Nã o vejo grande transformaçã o pessoal nela, a maior transformaçã o
está na questã o da humanidade x aliens (humanidade sempre em modo de ataque, aliens
sempre vistos como inimigos), algo interessante é que no final ela aceita ter um bebê mesmo
sabendo o final da vida dele, que seria breve.

* Onde o Protagonista termina sua jornada psicoló gica?

Outro ponto é que no V.O. de Louise se revela uma mudança de pensamento apó s conhecer os
aliens, nã o acreditar mais em começos e finais, o que faz sentido depois da experiência dela
com os aliens. Essa é a grande transformaçã o, aceitar uma coisa que ela já sabe como vai
terminar e, portanto, poderia rejeitar.

* Quais etapas de desenvolvimento eles passam do começo ao fim?


Fora essa mudança de opiniã o acerca do tempo e da memó ria nã o há grandes transformaçõ es
na jornada de Louise.

TEMAS

Para fins de aná lise de roteiros, eu penso em dois tipos de temas: O tema central [o significado
primordial da histó ria] e os subtemas [um aspecto ou variaçã o específica do tema central que exibe uma
luz distintiva sobre o significado da narrativa].

Tema central: Se você visse sua vida toda passando na sua frente, mudaria algo? Esse é o
grande exemplo de Louise, que escolheu ter a filha apesar de saber como terminaria.

Subtemas: o efeito da perda de um ente querido; a questã o das memó rias e seu impacto
sobre as pessoas; Existe vida além de nó s, mas ela pode nã o ser inimiga, pelo contrá rio,
pode estar nos oferecendo um presente e pedindo ajuda; o medo do ser humano ao que é
diferente.

GÊNEROS

Ficção científica: ... “podemos considerar ficçã o científica todo o relato que efabula ou
especula sobre mundos e acontecimentos possíveis a partir de hipó teses logicamente
verosímeis.”

“A ficçã o científica procura, entã o, projetar o futuro da humanidade nas suas mais diversas
dimensõ es: os cená rios (cibernéticos, metropolitanos, espaciais ou apocalípticos), os objectos
(podendo mesmo falar-se de um design futurista, indo dos transportes ao mobiliá rio ou à s
interfaces comunicacionais) e as personagens (aliens, robots, cyborgs e andró ides da mais
variada espécie) contam-se entre os elementos que maior atençã o criativa suscitam. Do mesmo
modo, as formas de organizaçã o social ou política sã o temas determinantes, retratadas muitas
vezes naquilo que comumente se designa por distopias, isto é, uma visã o pessimista e agressiva
daquilo que espera a humanidade, seja essa agressividade consequência da revolta de robots
ou andró ides, de entidades extraterrenas invasoras, da poluiçã o, do sobreaquecimento ou da
sobrepopulaçã o.”

Mistério: ...”o filme de mistério tende a partilhar com o thriller a incerteza e a angú stia que
caracterizam aquele, ainda que, de algum modo, assente precisamente em premissas opostas:
num caso, o do thriller, sabemos muito desde o início; no filme de mistério, descobrimos tudo
no final.”

ANÁLISE DE CENAS

Analisar uma sequencia de cenas de acordo com o manual de roteiro do PDF;


Começamos com um V.O. de Louise e cenas de um bebê e trilha sonora instrumental. Vemos
uma criança crescendo e morrendo e acreditamos se tratar do passado de Louise. É uma cena
simbó lica porque remete ao tema principal do filme e ao ponto de virada emocional da
personagem.

Pró xima cena caracteriza a protagonista enquanto profissã o e nos dá o P.V. que é o I.I. da
histó ria.

Cena de resultado da notícia sobre a humanidade: ainda no estacionamento da universidade, o


caos se instala.

Os noticiá rios que Louise assiste em casa nos dã o informaçõ es acerca do panorama geral da
situaçã o, para entendermos a ameaça global que o I.I. trouxe.

Da cena do helicó ptero até a entrada na concha temos vá rias cenas de preparaçã o para o
clímax dessa sequencia que é a apresentaçã o dos aliens. Nas vá rias cenas somos ambientados
nesse novo mundo, recebemos informaçõ es relevantes, percebemos o estado de espírito das
pessoas e gradualmente a tensã o aumenta até a chegada da equipe à sala de entrevistas, onde
somos apresentados aos aliens.

Cena de resultado da experiência anterior: Louise está aterrorizada e Ian vomita. Eles recebem
a informaçã o do tempo que resta para acharem uma forma de comunicaçã o entre humanos e
aliens.

ANÁLISE ROTEIRO X FILME

Se você realizou a aná lise do roteiro e posteriormente assistiu ao filme, é interessante


comparar as mudanças entre os dois e como elas afetaram a histó ria.

No primeiro ATO algumas cenas do roteiro sã o deletadas, como a da pergunta do bebê e uma
do estacionamento, o que nã o traz prejuízo à histó ria, pelo contrá rio, fica mais fluido nesse ato,
nó s entendemos perfeitamente, duas cenas do estacionamento parecia demais.

De um ponto de vista geral, o filme me pareceu mais claro que roteiro, pode haver aí também
uma questã o acerca do fato de que sou muito visual e posso ter certa dificuldade em assimilar a
escrita simples do script ao filme colorido. Mas nã o creio ser esse o ponto. É um tema
complexo, portanto, difícil de articular em palavras todos os processos que sã o necessá rios
para entender o processo de aprendizagem da nova língua, visualmente, com som e imagem,
fica mais fá cil desenvolver temas complexos.

Capitã o Marks interage com Ian e Louise, mas parte da exposiçã o que ele faria foi
redirecionada ao um V.O. de Ian, onde também é aprofundada a informaçã o acerca da língua
deles e das informaçõ es e avanços já obtidos entre as outras naçõ es. Enquanto ele fala
podemos nos deleitar em belas imagens acerca da concha, da câ mara, dos heptapods, do
acampamento e Ian demonstrando o verbo andar, entã o ele afirma: ...”e agora vamos expandir
o vocabulá rio”, demonstrando que as vá rias cenas de ensinamento descritas no roteiro para
demonstrar a passagem de tempo e a evoluçã o foram condensadas nesse trecho simbó lico que
dá um respiro e aprofunda a histó ria, a parte científica do negó cio. Ficou mais bela do que a
série de cenas descritas no roteiro, mais simbó lica apesar de ser uma exposiçã o. Condensou
toda a informaçã o em um belo respiro visual.

A pequena subtrama (se é que daria pra chamar disso) de Weber retirando Louise do trabalho
foi suprimida no filme, e, acredito, deixou-o mais claro, mais focado na questã o da linguagem
com os aliens. Sobre isso, temos apenas Louise sonhando com os heptapods, mas isso nã o se
torna um problema como o que havia sido descrito no filme. Por outro lado, isso diminui a
força do possível romance, que, no roteiro, é mais enfatizado com a promessa de Ian (nã o dita
no filme), a quebra dela (quando Weber a afasta) e a volta dela (quando Ian leva Louise sem a
permissã o de Weber), tudo isso é deixado de lado para focar no propó sito dos aliens e deixa o
filme mais claro.

O que acontece é que, ao invés dela ser impedida de entrar em uma entrevista e Ian a levar sem
autorizaçã o, eles saem dela quando a palavra arma entra em cena e entram novamente, sem
autorizaçã o, na mesma sessã o. E ao reentrar nessa sessã o, sã o atingidos pela bomba plantada
pelos soldados para acabar com os aliens.

No terceiro ato, quando Louise pergunta a Costello, mas quem é essa criança? E o alien
responde Louise vê futuro, fica muito mais claro para nó s: nã o era um flashback de Louise, e os
futuros dela, as imagens sã o do futuro, aí a questã o central, o tema central do filme. N roteiro
estava disposto de outra forma, a simples inserçã o dessas duas perguntas traz clareza sobre
como o tempo é tratado no filme.

E assim, com as imagens do futuro, Louise evita a guerra e traz a unificaçã o dos países. A cena
extra do coronel deixando Louise em casa também foi cortada, pois a saudaçã o de despedida
foi dada na cena em que ela e Ian deveriam entrar no helicó ptero. Ficou mais enxuto.

A cena do pedido “quer fazer um bebê?” aparece apenas no final, simbolizando o tema central,
ela aceita o pedido apesar de saber o que vem depois. Ela aceita um futuro que ela sabe que nã o
trará só alegria. Essas lembranças do futuro sã o intercaladas com as imagens dos dois
esperando no acampamento para ir embora.

Nos extras há uma informaçã o interessante: o roteiro foi enviado a uma linguista que foi a
consultora, ela deu vá rias dicas sobre como uma linguística falaria, o que ela diria ou nã o.
Dependendo do assunto é importante ter um profissional da á rea para consultar.

ANÁLISE ADAPTAÇÃO

Se for uma obra adaptada é interessante analisar a original para entender como funciona a
adaptaçã o aos cinemas. Nesse caso a obra é baseada em um conto.
ESTILO E LINGUAGEM

Ler as primeiras 10 pá ginas de vá rios scripts por diferentes escritores em diferentes gêneros. 

Gênero + Estilo = Voz Narrativa

Você também pode gostar