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Embora faça questão

de d e i x a r c l a r o q u e
não tem nada contra os
ufólogos, L u i z Carlos
Menezes, físico e pes
quisador da Universi
dade de São Paulo, n ã o
concorda com o com
p o r t a m e n t o "destes
possíveis e x t r a t e r r e s -
tres". Duvida: "Se estes ufos portam luzes
coloridas é porque realmente não querem
passar despercebidos e, se eles são real
mente ETs, devem v i r de muito longe. En-
tão, porque n ã o se achegam mais e n ã o des
cem para tomar um café?". Menezes n ã o
descarta a possibilidade de vida fora da
Terra, mas n ã o acredita em viagens inter-
planetárias.
— No nosso sistema solar é muito difícil
haver vida. Mas é possível que ela se tenha
desenvolvido em pontos distantes do uni
verso. Pelas leis da Física, estas viagens
não s ã o impossíveis, mas nem por isso
'podemos afirmar que qualquer obje-
to estranho seja de um visitante de
outras g a l á x i a s . Eu n ã o quero ca:
L
gar nenhum ceticismo, mas na verau
de nunca pesquisei nenhum fragmen
to de O V N I para dizer o contrário,
falta de provas concretas é, segundo
enezes, a maior dificuldade para
que a ufologia seja considerada uma-
ciência. "O que existem são e v i d ê n c i a s
isuais, h i p ó t e s e s que estimulam a fanta-
acentua. Na o p i n i ã o de Ernest
Hamburger, t a m b é m físico da USP, "se
houver vida em outros planetas, é possí-
vel que estes extrater restres possam ter-
'desenvolvido a i n t e l i g ê n c i a e uma tecno-
logia que permita viagens interestelares
longa d u r a ç ã o " . Mas considera que
'a Terra tem c a r a c t e r í s t i c a s p r ó p r i a s
e em outro planeta n ã o é provável que
haja um ser semelhante ao homem. "Se
existir vida", frisa o estudioso, "deve ser
c o m p l e t a m e n t e diferente. T ã o diferente
que n ã o d á nem para imaginar".
Conversando com os físicos da USP so-
bre as teorias das origens dos extraterres
tres t r a ç a d a s pelos ufólogos, tanto Ernest
Hamburger como Luiz Carlos Menezes mos-
T
traram-se surpresos. Menezes debate: "* ão
é possível que o homem se desenvoL i
vendo em h a b i t a ç õ e s s u b t e r r â n e a s ou sub
marinas, Que ser seria este? Um homem
tatu?". Quanto à s outras h i p ó t e s e s , limita-slé
a b a l a n ç a r a c a b e ç a e definir: "Bobagem.
Igualmente bobagem". T a m b é m H a m b u r
ger comenta: " A Terra foi tão vasculhada
que se houvesse ufonautas entre nós prova-
v e l m e n t e seriam descobertos". E quanto
aos viajantes do futuro opina: "Pelo que se
sabe das leis de Física hoje, o tempo só
pode caminhar para frente".
"Quer ouvir uma h i s t ó r i a curiosa?" —
pergunta Menezes. E relata:
— Quanto eu t i n h a 13 anos, costumava i r
passar as f é r i a s na casa de uma tia em
G u a r a t i n g u e t á . Uma noite, caminhando por
uma rua chamada Rangel Pestana, muito
diferente da que existe em São Paulo, sen-
tei para olhar o céu. De repente, v i passar
uma revoada de OVNIs com uma velocida
de incrível. F i q u e i t ã o fascinado que no dia
seguinte, logo que amanheceu, v o l t e i ao
mesmo lugar. Percebi que naquele ponto
no alto da minha c a b e ç a , haviam linhas de
alta t e n s ã o . Os OVNIs eram os faróis dos
carros refletidos nos fios. Mera ilusão...
Embora nunca tenha visto ou sonhado
com OVNIs, a m é d i c a - p s i q u i a t r a Ivette Ca-
tarina Jabour Kairalla, diretora da CETE-
PE — Clínica de E s t i m u l a ç ã o T e r a p ê u t i c o
P e d a g ó g i c a , admite a possibilidade de vida
extraterrestre. "Mas não podemos conside
rar tudo que a nossa visão não identifica
como sendo um O V N I . " E esclarece:
— Existe um mwanisrao Dsicológico CO-
a teoria e a paraterrestre, que acre»
i civilizações provenientes de dimen-
aralelas, de mundo interdimensio-
chamos que h á entre nós seres que 1973, Tóquio: uma aparição noturn».
em conosco, mas que os nossos senti-
o conseguem captar. E a terceira é a
rrestre, que supõe que existem co-
ades que habitam no i n t e r i o r de
Os que viram, foram feridos
Thiago Machado, 37 anos, bem que ten- do televisão quando c
tou segurar um extraterrestre pelo b r a ç o pletamente fora de si
T ú n e l do t a m p o para exibi-lo aos vizinhos e provar que n ã o tão, apagar as luzes e !
ul temático e a s t r ô n o m o Ademar Eu- estava mentindo. um c l a r ã o estranho. A
de Mello levanta outra teoria difícil — Lembro bem. Era 12 de fevereiro de parou com um objeto i
assimilada. Acha que é possível que 1969, por volta das sete e meia. Lá em Piras- de um fusca" pousado
destes OVNIs possam estar transpor- sununga, naquela época, as a p a r i ç õ e s de Do lado dele, havia un
a p r ó p r i a r a ç a humana terrestre do discos voadores eram comuns. Mas, neste c r i a n ç a de nove anos.
(talvez a do ano t r ê s ou quatro mil) dia, o OVNI pousou em um terreno na Vila
Pinheiros. Mais de 3 0 p e s s o a s u s a í r a m cor- — Eu fiquei tão as
ma viagem ao passado. Ele explica: segui ver direito. Só .
Pode ser que exista uma civilização rendo para ver. Eu fui o ú n i c o que tive
coragem de me aproximar. O objeto parecia disco levantou vôo e fo
inçada a ponto de ter uma tecnologia um hospital ao lado d
rmita criar unia e s p é c i e de fenômeno um prato com abas bem grandes, tinha sete
metros de d i â m e t r o . Quando cheguei perto, marido. A minha pelt
xa na estrutura e s p a ç o - t e m p o de um mo se tivesse tomado
C( lugar. Com isto quero dizer que eles dois seres de mais ou menos um metro e dez
P< neceriam no mesmo lugar, porem só de altura, com capacete, roupas colantes Além de casos con
' o 0 mudaria, podendo estar aqui e de metálicas, botas de cano e armas que pare- histórias de a p a r i ç õ e
e desaparecerem, como j á ocorreu ciam revólver, vieram em minha d i r e ç ã o . do tamanho de uma la
rc Eles flutuavam no ar. Percebi que havia
in ras vezes com as a p a r i ç õ e s de OVNIs. t r o , s ã o sondas que
' desta h i p ó t e s e , t a m b é m fica elimi- mais um como eles dentro da nave. dentro das casas ou se
D.
hi > problema de d i s t â n c i a s imensas no Thiago só se assustou quando viu o ros- —- segundo os ufólogi
. 11: so. Eles teriam, ainda, condições de to dos ufonautas: "O corpo era mais ou me- mações para as pesqu
io planeta que desejassem, desde que nos como o nosso, só que bem musculoso. delas, quando conseg
' f.
m um controle que permitisse não só Mas a cara era feia demais. Tinha um olho explodem no ar sem d
ti
:es saltos como t a m b é m saber para normal e o outro quase na testa. A pele menta t a m b é m conta'
|d; (simples avistamento,
i 01 r e como voltar. t a m b é m tinha uma cor diferente. Conversa-
rrr este " e x e r c í c i o de i m a g i n a ç ã o " , vam entre eles a t r a v é s de sons que pare- (efeitos e l e t r o m a g n é t
.M' explica o p o r q u ê de muitas visões de ciam rangidos". Para se acalmar, acendeu ceiro grau (visão de se
O' serem t ã o f a n t a s m a g ó r i c a s . Apare- um cigarro e começou a fumar. Os E.T.s pessoa chega a entrai
. Cf desaparecem de repente sem deixar recuaram. Thiago entendeu que eles acha- grau (viagens e diâlojj
'm . e v i d ê n c i a s e n ã o se c o m u n i c a m ram estranho seu comportamento. Jogou o co). O ufólogo Claude:
P< e n ã o e s t ã o presentes, s ã o apenas maço no chão, quase cheio. U m dos seres tes relatos, observa:
Ul pécie de energia. estendeu a m ã o e, como em um passe de — Todos os conta
OVNIs, de acordo com os depoimen- mágica, o maço flutuou no ar e sumiu dentro comum. Os seres ext
to otos, são d i s c ó i d e s , esféricos e trian- da roupa colante. quando são recebidos
•s ou retangulares. Os que parecem — Foi aí que tentei me aproximar. Mas cebem más intenções
aruto e medem de cem a m i l metros tenho certeza que eles leram meu pensa- um raio paralisador o
iprimento são as naves m ã e s usadas mento — eu estava com vontade de entrar ve o caso de um soldi
agens i n t e r p l a n e t á r i a s . Elas liberam na nave, ver o que tinha dentro. Mas de Sul, em 1975, que ao a
os voadores com 3 a 40 metros de repente, eles me atingiram com um jato de atingido na perna qu
ro que, por sua vez, emitem sondas luz parecido com raio laser na perna direi- tada.
.das do tamanho de uma laranja, ta. Caí para t r á s e o disco levantou vôo. Covo fala de um
rios estudiosos como Claudeir Covo e F i q u e i dois dias sem poder andar e tive que Estado de Goiás, um
r E u g ê n i o de Mello acreditam que fazer um tratamento durante dois anos para (prefere n ã o citar os
n pesquisas, secretas (nos E U A e a perna se movimentar normalmente. por volta das 16 hora
. com informações importantes sobre Hoje, Thiago trabalha como motorista estranho em sua faze
. que r e ú n e m a t é mesmo p e d a ç o s de em São Paulo. Tem c o n s c i ê n c i a que viveu vam três c r i a n ç a s . O
e c a d á v e r e s de extraterrestres. Em uma e x p e r i ê n c i a fantástica demais para ser de perto e correu e
: oram encontrados destroços de uma compreendido com naturalidade. Mas n ã o quando estava a 50
e de disco voador e perto dele um ser está preocupado se as pessoas acham ou não eram garotos. Así
•tamente estranho — tinha 90 centí- n á o a história verdadeira. O seu caso foi um dos ufonautas, sacoi
• de altura, corpo com membranas — dos mais estudados por ufólogos do Brasil e atingindo um deles
irreu pouco depois. Este fato aconte- de outros p a í s e s . solo. No mesmo insta
1 Socorro, divisa dos Estados Unidos Nem todos falam das a p a r i ç õ e s com a jato de luz verde pa
México, sendo divulgado por um se- mesma t r a n q ü i l i d a d e . Entre os que prefe- sobre seu ombro esq
io de Nova York. Tanto o h u m a n ó i d e rem esquecer que um dia viram um ufonau- m a n ó i d e ferido e os
• s restos do objeto foram levados pela ta está J.S., de 58 anos. Mora em Santo An- Inácio foi levado pari
Aérea Norte-Americana. d r é e em dezembro de 1975 estava assistin- 59 dias depois com le
nium que r reuu descreve como pryjeçau
1 1** -
no qual a pessoa coloca para fora de si os
conflitos que vive interiormente. Se eu te-
"vm. i. nos EUA. nho medo, inveja ou se sou egoísta, acabo
dizendo que uma outra pessoa é medrosa,

( § í era
invejosa ou egoísta. No caso da pessoa nor-
mal, que tem noção da realidade, ela sabe o
l i m i t e destas p r o j e ç õ e s . Mas no caso do psi-
li irelho u com- Entre os - casos mais estranhos, o dos cótico, os sentimentos e e m o ç õ e s se confun-
tf iia. R i eu, en- "chupa-chupa" ou "vampiros do e s p a ç o " , dem a tal ponto que ele e as outras pessoas
c •rmir, .do v i u contrariando atese de que os extraterrestes acabam tornando-se uma unidade só. Se o
r i a po se de- são pacíficos. É a ufóloga e jornalista Irace- psicótico imagina um UFO, externa a fanta-
•d ndo "< i rnanho ma Correa Pires quem explica este fenôme- sia e a transforma em algo concreto porque,
1C undo cintai. no, que vem ocorrendo desde 1980. em seu estado mental, o disco voador e s t á
que p i a uma — Eles t ê m acontecido na r e g i ã o Ama- projetado no mundo exterior.
z ô n i c a , em especial no P a r á . Através de Ainda segundo e x p l i c a ç õ e s da m é d i c a
1g ida qu m eon- uma luz, os "chupa-chupa", como são deno- p s i q u i a t r a é possível que um indivíduo,
i ue de ente o minados pela p o p u l a ç ã o da á r e a chegam a mesmo sem ser psicótico, transforme uma
e • Hora.; dei em t i r a r um l i t r o e meio de sangue das vítimas. a p a r i ç ã o de O V N I e ufonauta em realidade.
•í Hlh !o meu Mais de 90% s ã o mulheres encontradas, ge- — Uma pessoa que e s t á passando por
a» va ve ha co- ralmente, desmaiadas com uma marca cir- ansiedades ou por um momento de stress
dia ir ro.
cular no seio esquerdo, que induz os estu- pode acabar tornando real uma situação
diosos a c o n c l u í r e m que o sangue foi retira- que ela mesma criou. Além de garantir que
:^s, o< : reúne do por uma e s p é c i e de m á q u i n a . P r ó x i m a ao viu o disco voador, provoca em seu p r ó p r i o
nequ bolas local, as marcas de objetos estranhos no organismo d o e n ç a s p s i c o s s o m á t i c a s corno
i. Seg- i o cen- solo. e r u p ç õ e s na pele, d e s e q u i l í b r i o nervoso
ri ceri- uando
apatias, perda de apetite e outros sintomas
do pe s e que Contatos s e x u a i s que podem ser confundidos como resultado
-egis infor- t
a "os E. Muitas de contatos com OVNIs.
Antonio Carlos Ferreira, na madrugada
e- ser f radas,
'x j
vesti Docu-
do dia 28 de junho de 1979, quando tinha 21 Fantasia
anos, estava trabalhando na T r a s m ó v e i s Fa-
3 > priu > grau fá, uma empresa de Mirassol, São Paulo, Oficiais da A e r o n á u t i c a — alguns do al-
segv grau quando se deparou com um objeto estranho to comando da FAB — consideraram "fanta-
no so' de ter» no pátio da fábrica. F o i a t é lá. T r ê s homens siosas" as i n f o r m a ç õ e s de ufologistas que
e qui rau (a baixos vieram em sua d i r e ç ã o . E antes que afirmam e x i s t i r um i n t e r c â m b i o s e c r e ^ ^ n -
ne i ve) < quinto pudesse reagir, foi paralisado por um jato tre o Brasil e os Estados Unidos para d- <u-
inte lo dis- de luz e levado para o interior de uma nave. t i r assuntos ligados aos OVNIs".
o, Co: e nes- Após ser submetido a vários exames, foi Ao negarem a e x i s t ê n c i a desse acordo,
levado para junto de uma moça, t ã o feia esses mesmos oficiais negam t a m b é m que o
m UI nlo em quanto os outros": Ministério da A e r o n á u t i c a mantenha um ar<
ir 1 res tacam — A mulher era muito diferente. Tinha quivo secreto sobre OVNIs. Segundo um ofi
OI \ olêi >u per- orelha pontuda, cabelo encaracolado bem cial-general da A e r o n á u t i c a , o m i n i s t é r i o
íl :->m 1 ime nte vermelho, pelos p ú b i c o s vermelhos, pele não m a n t é m nenhum ó r g ã o ou a t é mesmo
U! •sto*c! z. Hou- amorenada, seios pequenos, dentes iguais seção com o f i m de analisar especificamen
Rio nde do aos nossos, boca grande com lábios estrei- te os casos de a p a r i ç õ e s de Objetos N ã o
m ur tve foi tos e hálito r u i m . Ela devia medir um metro Identificados. "Cada caso", garantiu esse
isou ampu- e meio e era mais alta do que os homens. mesmo oficial, " é analisado à luz das infor-
Veio se encostando em mim e o seu corpo m a ç õ e s recebidas, como o que ocorreu re-
' Era • ás, no tinha uma e s p é c i e de energia que dava cho- centemente, onde o m i n i s t é r i o colocou to-
ínáí Maria ques. dos os fatos à d i s p o s i ç ã o da imprenssa"
om vistou Os extraterrestres t i r a r a m a sua roupa, Outro ponto das a f i r m a ç õ e s dos ufologistas
:967 objeto deram uma injeção na veia do seu b r a ç o que os oficiais da A e r o n á u i t i c a consideram
intf e esta- direito, passaram uma e s p é c i e de óleo pelo "fantasioso" é o de que a F A B p r o í b e os
m qu rificar seu corpo e o obrigaram a uma r e l a ç ã o se- oficiais de prestarem qualquer depoimento
;ão iave e xual com a ufonauta. Antonio Carlos foi en- sobre a p a r i ç õ e s de OVNIs. Para esses ofi
s pci u que contrado, na fábrica, em estado de choque e ciais, isso n ã o é verdade j á que, recente^
'•* core eições com sinais de queimadura e manchas pelo mente, o m i n i s t é r i o chegou a convocar uma
OlV'. atirou corpo. entrevista coletiva, inclusive com a presen
.q aiu ao Depois de alguns anos, os extraterres- ça de jornalistas estrangeiros, para que to-
} disco Itiu um tres voltaram a procurar o vigia. Desta vez, dos pudessem ouvir os depoimentos de to-
corr, laser para mostrar o filho gerado naquela rela- dos os oficiais da A e r o n á u t i c a que, direta
reen li o hu- ção. Um moleque feio como a m ã e — segun- ou indiretamente, participaram da o n " % -
f nbora. do palavras do pai — orelha pontuda, a pele ção em busca de OVNIs detectados p ^ o s
'•pit- iorreu era parecida com a dele e os cabelos bem radares de controle de vôo de São Paulo e
vermelhos. Brasília.
aérea. QUINTA-FEIRA — 22 DE MAIO DE 1986

São os tais Ovnis


BRASÍLIA O brigadeiro Moreira L i m a a d m i -
AGENCIA ESTADO te a possibilidade de ter havido inter-
ferência no radar, como resultado de
O c é u de S ã o Paulo, S ã o J o s é dos u m a "guerra e l e t r ô n i c a " , mas consi-
Campos e R i o de Janeiro foi v i r t u a l - dera esse fator remoto porque os si-
mente invadido por mais de 20 obje- nais foram bastante claros e prejudi-
tos voadores n ã o identificados, na caram os controles de t r á f e g o a é r e o
noite de segunda-feira, provocando dos aeroportos nas regiões onde so-
u m estado de alerta geral nas bases brevoaram os objetos n ã o identifica-
de defesa do e s p a ç o a é r e o brasileiro dos — ou "Ovnis", como s ã o cha-
e a m o b i l i z a ç ã o de quatro a v i õ e s su- mados.
p e r s ô n i c o s — dois "Mirage" e dois
"F-5". O p r ó p r i o presidente da R e p ú - O f e n ô m e n o , disse ainda, ocorreu
rn. por volta das 20 horas e d u r o u v á r i o s i
blica, J o s é Sarney, foi alertado para
o fato. m i n u t o s , dando t e m p o inclusive a
acionar u m a verdadeira o p e r a ç ã o de
A i n f o r m a ç ã o , oficial, foi trans- guerra a é r e a . Apesar de serem vistas
m i t i d a ontem no P a l á c i o do Planalto apenas as luzes, as autoridades aero-
pelo m i n i s t r o da A e r o n á u t i c a , briga- n á u t i c a s acreditam na e x i s t ê n c i a de
deiro O c t á v i o Moreira L i m a , que es- algum artefato por t r á s . Isto porque
pera ainda hoje os r e l a t ó r i o s do Esta- os radares do Cindacta foram proga-
do-Maior da A e r o n á u t i c a , do Centro mados para detectar objetos m e t á l i -
Integrado de Defesa A é r e a e de Con- cos, superfícies s ó l i d a s e nuvens pe-
trole do T r á f e g o A é r e o (Cindacta) e sadas. Como o c é u estava l i m p o , a
dos pilotos que p a r t i c i p a r a m da i n - ú l t i m a h i p ó t e s e foi descartada.
t e r c e p t a ç ã o . Os c a ç a s brasileiros fo-
ram acionados em cinco minutos, lo- O ministro explicou ainda que
go a p ó s as telas dos radares ficarem h á registro de f e n ô m e n o s parecidos
completamente congestionadas pe- no Cindacta, "mas nada que se asse-
los objetos n ã o identificados. m e l h e e m m a g n i t u d e a este". Os
" O v n i s " desapareceram t ã o m i s t e -
Os aviões p a r t i r a m , simultanea- riosamente como surgiram nas telas
mente, das bases de A n á p o l i s , a 150 dos radares. Horas depois, enquanto
q u i l ô m e t r o s de B r a s í l i a , e de Santa p a r t i c i p a v a de u m j a n t a r oferecido
Cruz, no Rio, com ordens expressas ao presidente de E l Salvador, Napo-
para estabelecer contato e identifi- l e ó n Duarte, no I t a m a r a t y , o minis-
car os aparelhos misteriosos. No en- tro comunicou o ocorrido ao presi-
tanto, de acordo com relato do minis-. dente Sarney, que o u v i u "interessa-
t.ro da A e r o n á u t i c a , os pilotos apenas do e curioso".
viram no c é u objetos de luminosida-
de intensa, refletindo v á r i a s cores. E " V ã o acabar dizendo que o presi-
e m certo momento, a uma velocida- dente da P e t r o b r á s rasga dinheiro."
de s u p e r s ô n i c a , u m dos c a ç a s "P-5" F o i com essa frase e u m jeito meio
foi surpreendido sendo seguido por sem g r a ç a que o presidente da Petro-
seis objetos de u m lado e sete de b r á s , Osires Silva, reagiu à s pergun-
outro. O p r ó p r i o ministro admite que tas dos jornalistas que q u e r i a m sa-
as I n f o r m a ç õ e s dos pilotos e das ba- ber dele como era o Objeto Voador
ses em terra " s ã o f a n t á s t i c a s " , e que N ã o Identificado (Ovni) que teria si-
no « m o m e n t o n ã o h á como e x p l i c á - do visto pela t r i p u l a ç ã o do a v i ã o Xin-
las. Oficialmente, disse, trata-se de gu, que o levava a bordo de B r a s í l i a AG -27/2-83
"um f e n ó m e n o i n e x p l i c á v e l " . para S ã o J o s é dos Campos.
Octávio Moreira L i m a

4
Alerta e perseguição no
céu de São Paulo e Rio
No início d a noite, d i a n t e das X i n g u diziam estar visualizando l u - verde, vermelha e branca. No seu ra-
mais diversas v e r s õ e s que corriam zes, apareciam pontos que, contudo, dar de bordo essas t r ê s luzes t a m b é m
sobre os O b j e t o s V o a d o r e s N ã o n ã o t i n h a m registros como sendo eram p o s s í v e i s de serem vistas, como
Identificados (Ovni) que t e r i a m sido a v i õ e s voando naquela á r e a . Imedia- sendo u m a v i ã o , na mesma p o s i ç ã o .
perseguidos por a v i õ e s da F A B , o Co- t a m e n t e foi acionado o Centro de Esse mesmo piloto foi autorizado a ir
m a n d o de Defesa A é r e a (Conda) reu- Controlee Defesa A é r e a de B r a s í l i a , de encontro a essas luzes que, entre-
n i u os jornalistas no gabinete do m i - que passou a realizar u m a " a ç ã o de t a n t o , c o m e ç a r a m a se afastar em
nistro d a A e r o n á u t i c a para, por i n - i d e n t i f i c a ç ã o do o b j e t o e m m o v i - d i r e ç ã o ao mar. Nessa o p e r a ç ã o , o
t e r m é d i o do major-aviador Ney A n - mento". F o i colocada em alerta a Ba- p i l o t o do F-5 relatou ao centro de
t ô n i o Cerqueira, chefe do Centro de se A é r e a de Santa Cruz, no R i o , que controle que estava observando àl-
O p e r a ç õ e s de Defesa A é r e a , relatar possui u m e s q u a d r ã o de a v i õ e s su- gumas i n t e r f e r ê n c i a s nos seus instru-
os fatos verificados. p e r s ô n i c o s F-5. mentos de bordo, mas mesmo assim
De acordo com o major, por volta c o n t i n u o u voando e m d i r e ç ã o a elas.
Depois de esgotados todos os re- Ele voou para dentro do mar cerca de
das 21 horas de segunda-feira, a t r i - cursos p o s s í v e i s para tentar identifi-
p u l a ç ã o de u m a v i ã o X i n g u , que se 200 milhas quando as luzes desapare-
car o objeto, o Comando de Opera- ceram.
estava a p r o x i m a n d o de S ã o J o s é dos ç õ e s Militares de B r a s í l i a determi-
Campos, avistou algumas luzes dife- nou que t r ê s a v i õ e s F-5 se deslocas- Quase no mesmo h o r á r i o , na ci-
rentes no seu radar. Consultou a tor- sem a t é S ã o J o s é dos Campos e ten- dade de A n á p o l i s , distante 150 quilô-
re de controle do aeroporto local i n - tassem interceptar o O v n i . metros de Brasília, nos radares da
dagando se h a v i a a l g u m o u t r o a v i ã o base a é r e a local c o m e ç a r a m a apare-
voando n a mesma rota. Recebeu a A o p e r a ç ã o de busca c o m e ç o u cer pontos como sendo objetos voa-'
resposta negativa do operador, que, por v o l t a de 21h45. Dos t r ê s apare- dores, que, entretanto, n ã o t i n h a m
por sua vez, informou o fato ao cen- lhos, apenas u m deles conseguiu con- registro para voarem naquela á r e a .
tro de controle de S ã o Paulo. tos, visual e e l e t r ô n i c o com os objeti- A l i t a m b é m os controladores de v ô o
Mas esse centro c o n f i r m o u que vos, Segundo relatou o piloto do apa- e de defesa a é r e a t e n t a r a m por todos
nas suas telas de radares, na mesma relho, ele conseguiu ver t r ê s luzes no os meios manter contato com esse»
p o s i ç ã o e m que os tripulantes do horizonte que apresentavam as cores objetos.

-DISCO VOADOR, FOGUETE..

Caças decolam
Cinco minutos depois que os
pontos haviam sido detectados nos
radares, quatro caças supersônicos
brasileiros já estavam no ar, deco-
lando de Brasília e Rio para a in-
terceptação. Seus pilotos, contudo,
encontraram apenas pontos lumi-
nosos e pelo menos um deles, ao
invés de seguir os OVNIs, foi segui-
do por 13 deles — seis de um lado e
sete do outro, durante alguns se-
gundos.

A primeira visão "E fantástico!"


Tão logo a tripulação do avião Os relatórios do Cindacta e de.
X i n g u que v o a v a p a r a 8ão José dos dois dos pilotos que integraram a mis-
Campos avistou as luzes estranhas, são de interceptação, será entregue
comunicou-se com a torre de con- hoje ao Ministério da Aeronáutica,
trole. Ao mesmo tempo, os centros descrevendo pontos não identificadòji
operadores de radares de 8ão Pau- nas telas dos radares e focos de £us
lo c o n / i r m a v a m a d e t e c ç ã o de pon- intensa e de colorido variado nos céus
tos em suas telas, mas i m p o s s í v e i s de São Paulo, São José dos Campos e
de serem identificados. Imediata- Rio de Janeiro. Impressionado, o mu
mente, o Centro de Controle de De- nistro da Aeronáutica tem sú uma ex-
fesa Aérea entrou emoção. pressão: "É fantástico!"
Ozires chegou a seguir o disco voador
SÃO J O S É DOS CAM- vio Moreira L i m a . O piloto mentou Ozires Silva com o
POS, SP — Algumas horas da aeronove, A l c i r Pereira piloto A l c i r . Imediatamen-
depois de receber do Presi- da Silva, que trabalha na te, A l c i r cancelou o pouso e
dente da R e p ú b l i c a a mis- E m b r a e r há seis anos, es- comunicou ao controle do
são de cuidar dos interes- tava em contato com a tor- t r á f e g o a é r e o em São Paulo
ses da P e t r o b r á s na terra e re de controle do aeroporto que tentaria perseguir os
no m a r , o Coronel Ozires local e, quando iniciava a objetos. H a v i a pelo menos
Silva ainda se encarregou o p e r a ç ã o de pouso e já ha- dois deles no ar — disse Al-
de outra m i s s ã o quase i m - via descido do nível de seis cir Pereira ao GLOBO —
possível, que cumpriu com m i l para dois m i l metros de eram luzes vermelhadas,
r a z o á v e l desenvoltura e altura, foi avisado de que, muito fortes e muito dife-
a g u ç a d a curiosidade: a bem na sua rota, estavam, rentes de estrelas ou de
dois m i l metros de altura, em f o r m a ç ã o , t r ê s objetos a v i õ e s , que mudavam de
pilotando um avião Xingu, n ã o identificados. Quem lo- posição rapidamente.
perseguiu durante 30 minu- calizou os ovnis foi a Esta-
tos t r ê s objetos voadores ç ã o de Radar de Ferraz de Autorizados pelo contro-
não identificados. Vasconcelos, na grande le de S ã o Paulo, Ozires e
São Paulo, onde fica o ra- Alcir — tentaram por m i -
Ozires Silva estava che- dar p r i m á r i o de d e t e c ç ã o nutos — perseguir os obje-
gando a São J o s é dos Cam- dos a v i õ e s no e s p a ç o a é r e o tos, vistos p r i m e i r o na dire-
pos, às 21h de segunda- paulista, com alcance de ção Mogi das Cruzes, S ã o
feira, vindo de B r a s í l i a , on- 200 q u i l ô m e t r o s . Paulo, ao mesmo tempo
de teve audiência com o — Falam muito de discos que outros surgiam na dire-
Presidente J o s é Sarney e voadores, mas eu nunca v i ção Ubatuba — Caraguata-
cora o Ministro da Aero- e gostaria de conhecer um tuba, sempre sobre a Serra
n á u t i c a , Brigadeiro Octá- deles bem de perto — co- do M a r .
Major Cerqueira: 'Nunca, em toda a minha vida profissional, acompanhei um ovni como esse...'

FAB registra 3 objetos não


identificados no céu do País
B R A S I I I A - 0 Presi- O p r i m e i r o a ver os obje- contato com os objetos n ã o
dente J o s é Sarney foi infor- tos n ã o identificados foi o identificados a t r a v é s do ra-
mado na noite de segunda novo presidente da Petro- dar. No entanto, nada con-
para terça-feira pelo Cen- b r á s , Ozires Silva. Seu seguiram visualizar.
tro Integrado de Defesa Aé- avião Xingu fazia os proce- — H á seis anos que sirvo
rea do Controle do T r á f e g o dimentos finais de pouso neste setor — disse o chefe
Aéreo (Cindacta), sobre a em S ã o José dos Campos, de o p e r a ç õ e s do Centro de
passagem de objetos estra- quando se percebeu algu- Defesa A é r e a , Major Ney
nhos nos céus do Brasil. Co- mas luzes que poderiam in- Antunes Cerqueira — e
mo Comandante Supremo terferir no t r á f e g o a é r e o da nunca v i nada parecido. O
das F o r ç a s Armadas, cabe- região.' último contato-radar n ã o
ria a Sarney decidir se t r ê s O piloto do Xingu comu- identificado que tivemos
objetos voadores n ã o iden- nicou o fato à torre de São aqui foi em 1982.
tificados, localizados na J o s é dos Campos, que loca- O Ministro da A e r o n á u t i -
proximidade de S ã o J o s é lizou alguma coisa e acio- ca, Moreira L i m a , confir-
dos Campos, seriam derru- nou o C i n d a c t a , em mou o fato. Segundo ele,
bados pelos c a ç a s F-5E e B r a s í l i a . O Centro de Defe- "Dezenas de contatos fo-
Mirage I I I das Bases de sa deslocou t r ê s c a ç a s F-5E ram feitos na r e g i ã o entre
Santa Cruz e de Anápolis. de Santa Cruz e um deles, Rio, S ã o Paulo e S ã o J o s é
A d e c i s ã o ivão chegou a ás 21h4Sm, localizou t r ê s dos Campos. U m dos F-5E
ser tomada. Os objetos não objetos pelo radar. chegou a ser perseguido
identificados fugiram era Aproximou-se a t é uma dis- por 13 objetos, que forma-
d i r e ç ã o ao litoral paulista, t â n c i a de quatro milhas, e ram alas à direita e à es-
acompanhados por um F- viu t r ê s luzes, nas cores querda do c a ç a " .
5E, que interrompeu a per- verde, vermelha e branca, Moreira L i m a , que na
s e g u i ç ã o após o limite de que se retiravam em dire- v é s p e r a , em conversa in-
200 milhas do mar territo- ção ao mar. formal, referia-se explici-
r i a l . Indagado sobre o as- Os instrumentos de bordo tamente a "discos voado-
sunto, o Presidente Sarney sofreram i n t e r f e r ê n c i a a t é res", t a m b é m confirmou a
demonstrou que não levou as 22hl5m, quando a perse- v e r s ã o de que o novo presi-
muito a sério os tais ovnis: guição foi interrompida por dente da P e t r o b r á s , Ozires
— Isto parece coisa do falta de c o m b u s t í v e l . Silva, fora o p r i m e i r o a lo-
A n t ô n i o Carlos (Maga- Neste instante, outros calizar os objetos n ã o iden-
lhães) — comentou o Presi- contatos-radar n ã o identifi- tificados.
dente, ironicamente, com o cados foram verificados O Chefe de Gabinete do
Ministro da A e r o n á u t i c a , nas proximidades de Aná- Ministério da A e r o n á u t i c a ,
Octávio Júlio Moreira L i - polis. T r ê s c a ç a s Mirage Brigadeiro Murillo Santos,
ma, numa alusão ao Minis- I I I , armados com m í s s e i s t a m b é m confirmou o fato e
tro das C o m u n i c a ç õ e s , res- SideWinder e M a t r a 530, de- descreveu as cores dos "12
p o n s á v e l pelo envio de sa- colaram para a i n d i c a ç ã o objetos" como "as da ban-
télites. do alvo e chegaram a fazer deira da I t á l i a " .
Para os grupos de ufolo- i A p a r t i r d a i , o governo
P R I M E I R A VISÃO
A mentira que gia e s o t é r i c a o avistamento norte-americano passa a
e a p e r s e g u i ç ã o de OVNIs organizar uma s é r i e de co-
* A-sua p r i m e i r a visão de m i s s õ e s para tentar eluci-
um OVNI aconteceu ainda por cacas da F A B n ã o cau-
dar o f e n ô m e n o — comis-
virou verdade em Mossoró, Rio Grande sou nenhuma surpresa:
. a t r a v é s de c o m u n i c a ç õ e s sões que, diante da sua con-
do Norte, quando no final t u n d ê n c i a , foram "gentil-
da tarde olhou no horizonte p s í q u i c a s , esperava-se pa-
Desde l%8 que o compo- ra o dia 24 o inicio de uma mente" convidadas a dis-
sitor J o s é . Dantas vinha e v i u uma grande luminosi- torcerem os fatos, fiéis ao
dade. Hoje ele e s t á certo de grande onda OVNIs nos
amargando uma mentira céus do Brasil, de tal en- ensinamento de Maquia-
numa de suas h i s t ó r i a s , a que era mesmo um disco vel: " P a r a governar bem, o
voador. Mais certo ainda vergadura que as autorida-
de ter visto um disco voa- des mundiais dificilmente p r í n c i p e deve confundir e
dor. Naquele ano, ainda está sobre a visão da ma- d i v i d i r seus s ú d i t o s ,
drugada de domingo e afir- conseguiriam sufocá-la, e
menino, v i u um objeto voa- manter a atual politica de mantendo-os na ignorância
dor não identificado, e ma que faria um contato di- dos grandes problemas do
reto com seres extraterre- evitar o assunto e de distor-
apostou com os colegas, em cer os fatos para o grande Estado. E nunca em hipóte-
Mossoró, que era um disco nos caso tivesse oportuni- se alguma, admitir que
dade. público.
voador. N i n g u é m acredi- existe um poder maior que
tou. Ontem, depois da O fenômeno UFO c o m e ç a o seu p r ó p r i o " , dizia ele.
notícia confirmada pela ae- O tamanho da e s p a ç o n a - a ter registros na Antigüi- Essa politica de acoberta-
ronáutica brasileira, Dan- ve de domingo era maior dade, e há intensa r e l a ç ã o mento dos fatos virou mais
tas confirmou a sua segun- que quatro luas cheias. Jo- entre as culturas egípcia, um produto de e x p o r t a ç ã o
ç da visão, acontecida na sé Dantas teve tempo bas- prè-eolombiana, e princi- dos Estados Unidos, e no
madrugada do ú l t i m o do- tante para prestar a t e n ç ã o palmente as culturas orien- mundo inteiro os governos
mingo, no Setor P Sul, em no que via e comparar com tais antigas, como a cultu- preferiram adotar a mes-
Taguatinga, quando volta- aviões, f e n ô m e n o s celes- ra védica, com a p r e s e n ç a ma postura diante das evi-
• va de uma faxina que fize- tiais ou confusões com ilu- de objetos luminosos, de d ê n c i a s , já que as comis-
ra em seu e s c r i t ó r i o de in- m i n a ç ã o da terra. Os dois onde l e r i a m saido os gran- s õ e s de alto nivel chega-
vestigador particular, e viu pavimentos da bola amare- des civilizadores desses po- ram a c o n c l u s õ e s estarre-
um OVNI novamente. la, afirma ele, " n ã o pare- vos. A cultura v é d i c a è a cedoras sobre o significado
ciam com nada que conhe- que mais conhecimentos do f e n ô m e n o , seu alcance e
Dantas mora na Q N L 12, ço a t é hoje, foi uma visão parece ter sobre a origem sua i n a c r e d i t á v e l r e l a ç ã o
conjunto B, casa 11 em Ta- única e a t é mesmo incom- desses seres, que chama de com as origens d á Humani-
guatinga. e quando voltava p a r á v e l com a minha p r i - "espaciais", por habita- dade, nossas c r e n ç a s e
para casa em sua Kombi meira v i s ã o de um O V N I rem o e s p a ç o , e n ã o outros muitos de nossos hábitos e
avistou uma luz amarela, quando tinha 8 anos". mundos, j á que eles dizem costumes, desde a mais re-
em formato de um cogume- I que apenas civilizações p r i - mota A n t i g ü i d a d e .
lo gtgantv por cima das mitivas h a b i t a r i a m plane-
J o s é Dantas acredita que tas. Na cultura v é d i c a , os Essa d e c i s ã o de preferir
montanhas ao longe. A apa- existem outros seres em acobertar os fatos do que
rição durou t r ê s minutos, UFOS s ã o conhecidos como
outras g a l á x i a s e lembra o "vimaanas" — "carrua- torná-los públicos, e de
segundo calculou. O objeto ; fenômeno do T r i â n g u l o das discuti-los abertamente e
não fazia barulho, emitia, j Bermudas, onde se tem gens celestes" ou " c a r r u a -
gens dos deuses". sem preconceitos, levou o
apenas, uma "luz muito ' noticias de que navios de- estudo do fenômeno O V N I
linda e parecia pousar na saparecem e depois reapa- No Ocidente, o assunto para a clandestinidade e os
t e r r a " . Tinha a forma re- recem sem seus tripulan- c o m e ç o u a ser tratado sigi- c í r c u l o s e s o t é r i c o s , as so-
donda e a vontade que deu tes. Dantas n ã o chegou a losamente pouco antes do ciedades secretas e os gru-
foi de seguir a t é fazer con- completar o segundo grau, início da Segunda Guerra, pos paramilitares, que j a -
tato com estes seres, obser- mas se diz poeta, composi- e mais abertamente a par- mais pretenderam divul-
vou J o s é Dantas. tor e investigador particu- tir de 1949, quando um pilo- gar os resultados de suas
lar, a l é m de g a r ç o n . Até o to c i v i l americano leva á
m pesquisas. Houve, Inclusi-
momento ele n ã o teve ins- grande imprensa um dos ve, diversas v i t i m a s fatais
Ele voltou para casa ra- mais completos depoimen-
pidamente e acordou a mu- p i r a ç ã o para fazer alguma e p e r s e g u i ç õ e s , p r á t i c a s de
m ú s i c a , a exemplo do com- tos de avistamento de lavagem cerebral e desa-
lher L i u m a r Silva Pereira "pratos voadores" — ex-
W L i r a , que voltou com ele no positor baiano Raul Seixas, p r e s s ã o cunhada por ele,
parecimento de pessoas
carro para tentar ver o ob- que em uma de suas can- que tentaram romper essa
jeto. Levou consigo a m á - ções fala de discos, voado- j que viu nove voando a velo- barreira. Dentre outros,
res. Mas garante que no cidade inconcebíveis para astronautas no r t e -
quina fotográfica, mas- a época, nos Montes Ra-
quando chegou ao local, na- p r ó x i m o l i v r o que escre- americanos e soviéticos,
ver, vai contar esta histó- nier, estado de Washing- que foram das maiores v i t i -
da mais existia. Mas a sen- ton.
s a ç ã o de alegria e e m o ç ã o ria. mas.
ficou. Dantas aposta com
qualquer um que n ã o era
avião ou outra e s p a ç o n a v e RESGATE
conhecida e lembra a sua Em 1950, norte-
e x p e r i ê n c i a como piloto americanos conseguem
amador nas viagens á Ron- resgatar, num deserto do
dônia num monomotor.
" N ã o há d ú v i d a , frisa ele,
era uma e s p a ç o n a v e de ou-
tro planeta".

.0 3 nç.U
que os norte-americanos Do ponto de vista da ufo-
ixovu wexieo, onze t r i p u -
védlcas orientais e. mais impunham ao mundo, de ! logia e s o t é r i c a , as grandes
lantes semicarbonizados,
modernamente, nos conta- boicote total ao fenômeno, | religiões s ã o , na verdade,
recolhidos de ires objetos
tos paranormais investiga- e d e s m o r a l i z a ç ã o sistema- ] diluição dos ensinamentos
de idêntica forma e tama-
dos em todo o mundo, tam- tica das e x p e r i ê n c i a s v i v i - dos grandes mestres, que
nhos diferentes, acidenta-
bém secretamente. En- das por milhares de pes- i por sua vez beberam na
dos naquela r e g i ã o . Os se-
quanto a ufologia ocidental soas em todo o mundo. O fonte dos chamados seres
rem eram extremamente
queria encarar o fenômeno governo f r a n c ê s chegou a i n t e r p l a n e t á r i o s . Dai sua
semelhantes aos pequenos
dentro dos limites da ciên- criar um organismo espe- I
seres ( u m metro e lü resistência a t r a t a r do fe-
cia a c a d ê m i c a , procurando ciai para o monitoramento
c e n t í m e t r o s de a l t u r a i que
explicá-lo sem ferir o co- do fenômeno e o trato nômeno O V N I , da mesma
inspiraram Steve Spielberg
nhecimento universalmen- cientifico e p a r a c i e n t í f i c o forma que " c r u c i f i c a r i a m
para a definição dos perso- Cristo" se ele voltasse a
te aceito sobre a origem do. , dos relatos.
nagens do filme '"Contatos aparecer. U m exemplo: o
homem e as leis da nature- A p a r t i r de 1977, foi a vez I cardeal D. Ivo Lorscheider
I m e d i a t o s de T e r c e i r o
za, a "vimanosofia" e a !
dos soviéticos c r i a r e m um recusou-se a sair da poltro-
G r a u " . Eles continuam
chamada ufologia esotéri- organismo s e m e l h a n t e , na para ver o UFO que se-
guardados numa Base Aê»
ca, desenvolvida por sensi- rompendo t a m b é m com a guia o vôo 169 da Vasp na
rea do Novo México, num
tivos e "contactados", fa- politica norte-americana madrugada do dia 15 de fe-
galpão, à disposição de um
zia q u e s t ã o de evidenciar de acobertamento dos fatos vereiro de 1982, recusando-
público r e s t r i t í s s i m o , e a
essas ligações, bem como e d e s m o r a l i z a ç ã o dos rela- se a encarar o fenômeno de
partir desse incidente ne-
as verdadeiras leis que go- tos. Os soviéticos cons-
nhuma outra queda de
vernam a natureza e o cos- I t r u i r a m , e n t ã o , cerca de frente.
disco-voador foi tornada
mos. I dois m i l postos e e s t a ç õ e s No Brasil existem deze-
pública, embora haja evi-
dência de que esse n ú m e r o A p a r t i r de 1959, os OV- de monitoramento do fenô- nas de grupos oficiosos in-
é razoavelmente grande, NIs c o m e ç a m a se mostrar meno. E m 1981, vazaram teressados no assunto, in-
com uma boa percentagem em grandes ondas, princi- para o Ocidente 4r> minutos clusive dentro das F o r ç a s
de r e c u p e r a ç ã o de tripu- palmente sobre objetivos de " t a p e " do contato v i - Armadas. E m Brasília há
lantes, na sua grande maio- militares, em á r e a s de con- sual, a 30 metros de distân- uma grande c o n c e n t r a ç ã o
ria de forma totalmente hu- centração bélico-nuclear, cia, entre os tripulantes da i de estudiosos da ufologia
mana, predominando esta- sobre grandes h i d r e l é t r i - e s t a ç ã o orbital "Salyul — ! e s o t é r i c a , enquanto no eixo
turas pequenas, entre 90cm cas e, mais raramente, ti" e um O V N I de forma es- 1
Rlo-São Paulo concentram-
c 1 metro 30cm provocando interferência fèríca, com t r ê s seres n se os estudiosos da ufologia
nos vôos orbitais e na nave- bordo, de aspecto inteira- I c l á s s i c a . E há uma só pu-
gação a é r e a civil e militar, mente humano, 2 metros e b l i c a ç ã o especializada no
O PRIMEIRO "RACHA" como aconteceu com os 10cm de altura, aproxima- assunto: a revista "Ufolo-
aviões que tentaram c a ç a r d a m e n t e , cor m o r e n o - gia Nacional e Internacio-
E m 1952, h á o primeiro os OVNls, na noite da últi- jambo e grandes olhos nal", editada pelo Centro
grande " r a c h a " interna- ma segunda-feira, e que azuis oblíquos. Foi a p r i - de Pesquisas de Discos-
cional na ufologia causada acabaram sendo literal- meira vez que se noticiou Voadores de Mato Grosso
pelo encontro da ufologia mente c a ç a d o s por eles. no Ocidente que astronau- do Sul (Caixa Postai, 2182,
ocidental com a chamada tas, em ó r b i t a , t r o c a r a m Cep 79021 ). que d e t é m o
O p r i m e i r o governo a as- i n f o r m a ç õ e s com seres in- maior acervo privado de
"vimanosofia" — o conhe- sumir publicamente a o r i -
cimento que vem do espa- terplanetários. i n f o r m a ç õ e s sobre OVNls.
gem extraterrestre desses
ço. apoiado nas t r a d i ç õ e s objetos voadores foi o go- E m 1964, explodem as
verno f r a n c ê s , em 1961. A e v i d ê n c i a s de que a m a i o r
p a r t i r da grande quantida- parte das " f a m í l i a s H des-
de de relatos encaminha- se seres m a n t é m base re-
dos ao governo, partidos gular na T e r r a , provavel-
principalmente de aviado- mente em r e g i õ e s subter-
res militares, pilotos civis e r â n e a s , submarinas e e m
habitantes das r e g i õ e s r u - á r e a s geladas, e de que s ã o
rais, os franceses assumi- milhares os tipos e diversi-
ram uma p o s i ç ã o c o n t r á r i a ficadas as tecnologias das
à o r i e n t a ç ã o c à postura naves. E que todos os casos
de contatos de terceiro e
quarto graus, nos anos que
antecederam l % 4 , ocorre-
ram com seres que afirma-
ram estar presentes na
Terra muito antes de n ó s ,
numa é p o c a em que o mun-
do n ã o tinha nem oceanos,
como tem hoje. Nessa épo-
ca, ficou evidente t a m b é m
que a t r a d i ç ã o e s o t é r i c a
orientai e o conhecimento
de v á r i a s escolas iniciáti-
cas ocidentais, ligadas à
p r á t i c a de f e n ô m e n o s para-
normais i contato t e l e p á t i -
co etc.) tinham r a z ã o , fe-
chando o grande cicio de
debates iniciado com o
grande " r a c h a " de 1952. A
partir dai, a ufologia se re-
parte em dezenas de cor-
rentes, as autoridades pú-
blicas passam a n ã o ter
mais uma politica ú n i c a , e
as religiões passam a evi-
tar entrar no m é r i t o da
questão OVNI.
Em Brasília CENTRO D K t ü M u u u o
Sob a d i r e ç ã o do general
Uchóa funciona na Capital
é corriqueiro o Centro Nacional de Kstu-
(> fenômeno da p r e s e n ç a dos Ufológicos ( C e N E U ) .
extraterrestre entre nos que j á conta com mais de
vem desafiando a inteligên- 100 pessoas estudando o
cia no mundo lodo e a docu- m i s t é r i o dos discos voado-
m e n t a ç ã o sobre discos voa- res.
dores j á se tornou um fato Um dos grandes incenti-
mais ou menos corriqueiro, vadores desse estudo é o
desde a d é c a d a cie 50. K m deputado J o ã o Cunha
Brasília, estranhos objetos ( P M D B / S P ) que luta "pa-
voadores são vistos desde ra mergulharmos na K r a
os seus p r i m ó r d i o s C ó s m i c a " porque "eu mes-
K m 1959. no Núcleo Ban- mo j á vi um disco-voador lá
deirante, o padre Raimun- em R i b e i r ã o Preto".
do do Nascimento Teixeira Para os estudiosos locais
se juntou a uma m u l t i d ã o s o b r e o f e o n ô m en o .
na rua para observar um •ISrasilia e um campo de
estranho objeto dlscólde força m a g n é t i c a " , pois
que se deslocava em gran- aqui convivem duas for-
de velocidade. Ao comen- mas de conhecimento bem
tar depois o fato com o evidentes. De um lado, o
construtor da Capital. Is- científico — a c a d é m i c o re-
rael Pinheiro, teria ouvido presentado pela adminis-
dele: "Aquela nave lumino- t r a ç ã o p ú b l i c a e de outro a
sa que todos n ó s vimos es- i n q u i e t a ç ã o i n c o m u m , pou-
tava com seres de outro co vista em outras r e g i õ e s ,
planeta para observar a uma busca de Deus muito
c o n s t r u ç ã o de Brasília e sa- intensa. Devido a isto a ci-
ber se ela seria inaugurada dade abriga v á r i o s movi-
dentro do prazo previsto". mentos e s o l è r i c o s sendo os
mais importantes o Vale do
Depoimentos como este Amanhecer e a Cidade
s ã o a t é bastante comuns E c l é t i c a de Y o k a n a m .
entre parlamentares, pro-
fessores, militares. K m seu Na madrugada do dia 8
livro "Parapsicologia e os de fevereiro de 1982, u m ob-
Discos Voadores", o gene- jeto voador n â o-
ral Alfredo Moacyr de idenlificado acompanhou
Mendonca Uchóa, um dos durante Ires horas um
mais competentes estudio- boeing da Vasp de Fortale-
sos do assunto, relata com za ao Rio de Janeiro. Du-
m i n ú c i a s alguns desses fe- rante todo o vôo, piloto, tri-
n ó m e n o s observados por p u l a ç ã o e todos os passa-
gente da Capital Federal. geiros puderam observar
as evoluções de um disco
O general Uchôa è de opi- voador pelos c é u s do Bra-
nião que aos poucos se deve sll. Este foi um dos inume-
esclarecer a opinião públi- r á v e i s fatos sobre UFOs.
ca sobre os m i s t é r i o s do presenciado no Pais.
Universo e ao mesmo tem-
po sensibilizar os setores Segundo declarou o co-
governamentais para a Im- mandante do vôo 169 da
portância cientifica desses Vasp, a t r i p u l a ç ã o de um
estudos: "Porque é funda- a v i ã o da Aerolineas Argen-
mental que Brasília tenha tinas e do vôo 177 da Trans-
um centro a v a n ç a d o de es- brasil t a m b é m testemu-
tudos no setor". nharam aquela magnifica
a p a r i ç ã o . O comandante
Gerson Brito disse t a m b é m
que o Radar de B r a s í l i a —
Cindacta, registrou u m al-
vo a oito milhas do seu
avião.
6 . SNAL DA TARDE
P o d e ter a c o n t e c i d o
com você, com a l g u é m
que você c o n h e ç a . No
n ú m e r o 70 da rua Anto
nio Marcondes, no Ipi-

i ranga, onde fica a sede


do Centro de Estudos e
Pesquisas U r o l ó g i c a s
h á quase dois m i l de
poimentos que v ê m
semio estudados há onze anos, além do mais
:.;(.'to arquivo brasileiro de fotos de Ob-
c
et V o a d o r e s N ã o Identificados e de seus
ripilfintes. Í^H
b-s p r ó p r i o s ufólogos consideram que
das histórias que chegam a t é eles são
de fantasia ou simples brincadeiras,
•n.seando-se em suas pesquisas e expe
i:.s de especialistas de outros p a í s e s ,
: t ir Covo, presidente do Cepu, defende
; u-ncia de discos voadores e a tese de
•y.iraterrestres v ê m estudando minu-
: ü t c o planeta. E protesta con-,
r s õ e s sobre os cerca de 20ob-l
. m i n o sos que, no último 19 de
i r a m seguidos pelos Mirage e
1 : ' A B e registrados nos radares:
m sondas l a n ç a d a s por discos voa-
i*tsér\o:
F alou-se em chuva de meteo
;;i-o\ o i a d a pela passagem do Ha-|
meteoritos n ã o fazem movi
inteligentes. R e f e r ê n c i a s sobre'
.o a d ores são feitas h á m i l ê n i o s
na.-, primeiras c i t a ç õ e s e s t á na
—• Ezequiel, 60 A.C., à s margens
e o S

|c
Çhebar, avistou "uma roda dentro'
a r o d a , toda cheia de olhos, que
do c é u numa nuvem de fumaça". Na
' m de muitos teólogos, o profeta te
1 \t«adosna
i s t o Deus. mas entre ufólogos a visão!
: nave extraterrestre. Manuscri-'
: r a v a ç õ e s em pedra ou desenhos de
s aladas encontradas em cavernas e
:. )S registram visões de criaturas que
r.; io céu em m á q u i n a s voadoras.
,i. s i destas c o n s i d e r a ç õ e s t ã o remo-
Pereira, professor na Faculdade
• fsofia de Guarulhos, acredita que as
i ç ò e í tlt.-s OVNIs só podem ser interpje-
( o:ri seriedade, a p a r t i r da I I Guerra
.1. Diante das constantes visões, a
A é r e a Norte-Americana decidiu, em Reporta
l a l a r um grupo de pesquisas na
Leila Kiyom
.••(idade de Colorado destinado a re- especial ,
(io e qualquer fenômeno de TJFOs
i i i e d Fiytng Objecte, Milhares de
• . i o - foram pesquisados, mas os es-
• i i . l v ni n ã o apresentaram nenhuma
.":,.' sobre as visitas dos OVNIs.
As a p a r i ç õ e s dos discos voadores são
' i... Ocorrem toda vez que a Terra pas-
• ' u m grande desprendimento de ener-
; r i m a s i t u a ç ã o catastrófica como
terremotos, maremotos. Osufonau-
10 observadores sistemáticos, acom-
planeta nestas anomalias.
Os E.T.s
. i x . n h o , de 80 c e n t í m e t r o s a um me-
i itura, orelhas pontudas, olhos
os distantes um do o u t r o , c a b e ç a
d e s p i o p o r c i o n a l ao corpo, n ã o tem
v um risco..." — É assim que cerca
11 s pessoas que garantem ter visto
a!-:rrestres os descrevem. Estes seriam
. i r d o com as d e n o m i n a ç õ e s da Ufo-
- - os t i p o s alfa. H á ainda 20% que
s l i p o s beta, que são seres de um
roei o a t r ê s metros de altura, pare-
! i s humanos. Entre estes, h á al-
u e n£o têm corpo definido e são des-
> --o sendo somente uma luz ou uma

a Carlos Alberto Reis, presidente do


- Centro de Estudos de F e n ô m e n o s
—, há t r ê s h i p ó t e s e s b á s i c a s
'...it m dos extraterrestres:
\ icaçáo mais aceita é que os
m de outros sistemas p l a n e t á -
•• utrpj quadrantes cósmicos. A
Aviões da FAB caçam OVNI;
_ÇORREIO BRAZILIENSE Brasília, quinta-feira. 22 de maio de 1986 9

e acabam caçados
Numa atitude inédita na Segundo contou ao Presi- mento público, a fonte da
a? ^ história brasileira, o minis- dente, os radares de defesa i n f o r m a ç ã o è sempre um
tro da A e r o n á u t i c a , briga- a é r e a só conseguem detec- oficial inferior.
co i-i deiro Octávio Moreira L i - tar t r ê s tipos de "corpos":
Há apenas um preceden-
. , , co ma, informou ontem que
quatro cacas s u p e r s ô n i c o s
objetos m e t á l i c o s ,
perfícies sólidas e nuvens
su-
te: o Governo Getúlio Var-
IX) 0 da F A B tentaram intercep- pesadas. Esta ú l t i m a hipó- gas reconheceu em nota
tar, na noite da ú l t i m a tese j á foi descartada por oficial a autenticidade das
segunda-feira, mais de vin- Moreira L i m a : "Nas t r ê s fotos de um objeto de for-
CL £ te "objetos voadores n á o cidades, o c é u estava abso- ma discóide, tiradas a bor-
do do navio-escola da M a r i -
identificados", que sobre- lutamente l i m p o " , diz.
voavam as cidades de S á o nha, A l m i r a n t e Saldanha,
Paulo, S ã o J o s é dos Cam- Hoje, o ministro recebe- na altura da Ilha de Trinda-
0- pos e Rio de Janeiro. rá r e l a t ó r i o s dos quatros
pilotos que atuaram na
de, no Sul do Pais - objeto
avistado por toda a tripula-
Antes de fazer o comuni- segunda-feira. Após anali- ção.
o O cado oficiai aos jornalistas, sar os documentos, ele os
O Moreira Lima contou ao
presidente J o s é Sarney
e n c a m i n h a r á ao Estado-
Maior da A e r o n á u t i c a , que
Ontem, Moreira
não só confirmou a perse-
Lima

que, à s Hh da noite de fará estudos mais aprofun- guição aos OVNIS, como

Qg segunda-feira, ao detectar
na tela de seus radares a
p r e s e n ç a dos OVNIS, o —
dados. " N à o temos nada a
'esconder. Tudo s e r á divul-
gado à imprensa", prome-
reconheeu que h á nos ar-
quivos do seu Ministério re-
gistros de fatos semelhan-
Centro de Defesa A é r e a e teu o brigadeiro. tes: " A a p a r i ç ã o de objetos
de Controle do T r á f e g o Aé- voadores n ã o identificados
a o reo (Cindacta) — acionou o O presidente Sarney, se- j á ocorreu antes no Brasil,
seu alarme de ataque ge- gundo o relato de Moreira mas nunca com essa inten-
O 0. ral. Foi o bastante para que
a Forca Aérea Brasileira
Lima, n ã o ficou preocupa-
do. " A g i u como qualquer
sidade".

detornasse o seu esquema


Cu CL de e m e r g ê n c i a . ,
pessoa curiosa a g i r i a " ,
contou o ministro, que j á
Orgulhoso, o ministro fri-
sou que o sistema de defesa
havia conversado com o
>-* 0 Cinco minutos depois, de-
colaram das Bases A é r e a s
Presidente sobre este as-
a é r e a funcionou eficiente-
mente. " T e m o s pilotos
0 ; CO de Anápolis e Santa Cruz,
sunto t e r ç a - f e i r a à noite, prontos para decolar em
durante um j a n t a r em ho- cinco minutos, caso sejam
esta ú l t i m a no interior do menagem ao presidente de
Rio de Janeiro, os quatro identificadas aeronaves
El Salvador, no I t a m a r a t i . hostis no nosso e s p a ç o a é -
supersônicos: dois " M i r a -
ge" e dois "F-5". A m i s s ã o reo", disse, exemplifican-
iQ 0 dos pilotos era amesma: al- ATITUDE INÉDITA do em seguida: " E m PJ82.
c a n ç a r , identificar e inter- durante a guerra das Mal-
ceptar os objetos, identifi- Esta foi a p r i m e i r a vez vinas, dois c a ç a s " M i r a g e "
cados por Moreira L i m a no Brasil que uma autori- ( o r ç a r a m um a v i ã o cubano
como "pontos de luz m u l t i - dade de nivel ministerial a pousar cm B r a s í l i a " .
cor". admitiu oficialmente a Desta vez, è claro, a situa-
^ CL A esta altura, os OVNIS
identificação de OVNIS. ção foi bem diferente: os
c a ç a s foram acionados, f i -
Assuntos desta natureza,
já saturavam o "escopo" em geral controvertidos, zeram tudo que deveria ser
m 0 dos radares do Cindacta e
do Sistema de Defesa Aé-
são mantidos em sigilo e.
quando chegam ao conheci-
feito, mas de c a ç a d o r e s
acabaram virando caca.

• 3 reo de São Paulo. U m dos


cacas " F - 5 " foi. segundo o

<
ministro da A e r o n á u t i c a ,
cercado por treze "pontos
de luz bastante intensos".
Sete ficaram de um lado e
o seis do outro. O piloto con-
seguiu enquadrar um dos
OVNIS no radar do seu
O a v i ã o , mas n ã o p ô d e
identificá-lo.
3
PERSEGUIÇÃO
O "Durante v á r i o s minu-
co tos", contou Moreira L i m a .
"as coisas se i n v e r t e r a m .
Acionados para perseguir,
O os cacas da F A B passaram
a ser perseguidos pelos ob-
jetos voadores n ã o identifi-
cados". Da mesma forma
que apareceram, os OVNIS
sumiram. "Tecnicamente,
não há e x p l i c a ç ã o " , reco-
nhece o ministro. O ministro abriu o jogo numa atitude inédita
Uma estranha missão de Ozires
S ã o J o s é dos Campos Integrado de Defesa A é r e a nenhum reflexo".
(SP) - Algumas horas de- e Controle do T r á f e g o Aé- F o r a m quase 30 minutos
pois de receber do Presi- reo (Clndacta) no Rio e em de vôo entre S ã o J o s é dos
dente da R e p ú b l i c a a mis- Brasília e n ã o t r a n s m i t i a m Campos e a Grande São
são de cuidar dos interes- qualquer sinal de r á d i o pa- Paulo, sobre a Serra do
ses cia P e t r o b r á s na terra e ra a sua identificação. Mar, m á s n ã o foi possível
no mar, o coronel Ozires - Kalam tanto de discos chegar mais perto dos
Silva ainda foi encarregado voadores, mas eu nunca v i OVNIs. No fim da m i s s ã o ,
de outra m i s s ã o quase i m - e gostaria de conhecer um Ozires Silva e A l c i r Pereira
possível que c u m p r i u com deles bem de perto — co- comentavam que ainda n á o
razoável desenvoltura e mentou Ozires Silva com o foi desta vez a sua chance
a g u ç a d a curiosidade, a piloto A l c i r . de ver um disco voador.
dois m i l metros de altura, Imediatamente, Alcir Eles ficaram com a certeza
pilotando um Xingu, perse- cancelou o pouso e comuni- de que era algo estranho
guiu, durante 30 minutos, cou ao Controle do T r á f e g o porque t a m b é m encontra-
t r ê s Objetos Voadores Não- Aéreo em S ã o Paulo, que r a m , na p e r s e g u i ç ã o , dois
Identificados ( O V N I s ) , ten- tentaria perseguir o objeto. a v i õ e s que eles pediram
tou chegar perto deles mas — Havia pelo menos dois para sinalizar e v i r a m em
não conseguiu porque eles deles no ar — disse A l c i r seguida os faróis do trem
mudavam de posição rapi- Pereira. E r a m luzes aver- de pouso piscarem t r ê s ve-
damente. melhadas, muito fortes e zes, enquanto a luz do obje-
muito diferentes de estre- to n ã o identificado persis-
Ozires Silva estava che- tia intensa e firme.
gando a S ã o J o s é dos Cam- las ou de aviões que muda-
pos à s 21 h de segunda- vam de p o s i ç ã o rapida-
feira, voltando de B r a s í l i a , mente sem deixar qualquer Assim que pousaram no
onde teve a u d i ê n c i a com o rastro, simplesmente desa- p á t i o da E m b r a e r , 35 minu-
presidente J o s é Sarney e pareciam de um ponto e tos depois do previsto, à s
com o ministro da Aero- apareciam em outro lugar. 21h40, Ozires pediu a Alcir
n á u t i c a , brigadeiro Otávio E m momento algum eles que avisasse ao Centro de
Moreira L i m a . O piloto da conseguiram chegar perto Defesa A é r e a da F A B em
aeronave, Alcir Pereira da das fontes de luz e como a B r a s í l i a sobre os inciden-
Silva, que trabalha na E m - noite estava bastante cla- tes. Na empresa, no entan-
braer há seis anos. estava ra, não puderam ter uma to, só os ramais de PABX
em contato com a torre de noção aproximada da dis- funcionavam e lodos eles
controle do aeroporto local t â n c i a em que se encontra- s â o bloqueados para liga-
e, quando iniciava a opera- va o objeto. "O controle de ç õ e s interurbanas. Somen-
ç ã o de pouso e j á havia des- São Paulo, numa das vezes, te por volta das 22h30 è que
cido do nível de seis m i l pa- nos avisou que os objetos A l c i r , de sua casa, conse-
ra dois m i l metros de altu- estavam bem a t r á s de nos, guiu avisar a Defesa Aé-
ra, foi avisado de que bem fizemos uma curva de 180 rea. I m e d i a t a m e n t e foi
na sua rota estavam, em graus na d i r e ç ã o indicada e acionado o alarme: seis ca-
f o r m a ç ã o , t r ê s objetos não- náo vimos nada. mas eles ças supersônicos "F-5" e
idenlificados. f o r a m a p a r e c e r pouco " M i r a g e " s a í r a m das Ba-
Os t r ê s objetos apare- mais â frente, sobre a Ser- ses A é r e a s de Anápolis, em
ciam nitidos e clards nas ra do Mar, com uma luz t ã o Goiás, e Santa Cruz, no Rio
telas dos radares do Centro forte que n ã o poderia ser de Janeiro.
MILLA PETRILLO

Pilotos da FAB confirmaram perseguição aos sinais

Pilotos confirmam
ter visto OVNIs
T r ê s pilotos militares con- aproximar da luz, mas desis-
firmaram, em entrevista cole- t i u ao perceber que n â o teria
tiva ontem, ter realmente vis- combustível para retornar.
to sinais lunlmosos n â o - Antes, o radar de B r a s í l i a de-
identlflcados no c é u . N a tectou 13 "ecos" acompanhan-
segunda-feira passada, eles do o c a ç a a uma d i s t â n c i a de
participaram de uma verda- 35 quilômetros. J o r d ã o , contu-
deira cacada para Identificar do, n â o visualizou os mesmos
registros anormais verifica- em seu radar de bordo.
dos nos radares da A e r o n á u t i - J á o piloto do M i r a g e que
ca em S â o Paulo e B r a s í l i a . saiu da base de Anápolis, capi-
Além desses sinais luminosos, tão Armindo Souza V i r i a t o ,
estranhos ecos nos radares confirmou ter detectado no ra-
impressionaram o M i n i s t é r i o dar do M i r a g e "ecos" que se
da Aeronáutica, que nomeou deslocavam em zlgue-zague,
uma c o m i s s ã o para investigar entre Anápolis e G o i â n i a .
ocaso. Aproximou-se cerca de 10 qui-
Alertado pelo Centro de Con- lômetros do local do "eco",
trole Aéreo de Sâo J o s é dos mas nâo conseguiu avistar na-
Campos (SP), o piloto da E m - da, embora a noite fosse c l a r a .
braer, A l c i r Pereira da Silva Os outros dois pilotos que
— que vinha de B r a s í l i a , foi o participaram da o p e r a ç ã o —
prlmeiroa ver o "ponto" l u m i - c a p i t ã e s Rodolfo da Silva Sou-
noso, na d i r e ç ã o da cidade de za e Júlio Cezar Rozemberg —
Sâo Paulo. E l e tentou se apro- disseram n â o ter nenhum con-
ximar mas o ponto logo desa- tato no r a d a r de bordo, nem
pareceu. visual.
O tenente da F o r ç a A é r e a O tenente Francisco Hugo
Brasileira ( F A B ) . Kleber Cal- Freitas, chefe de controle do
das Marinho, pilotando um F-5 Centro de O p e r a ç õ e s de
que decolou da base a é r e a de Brasília, que praticamente
Santa Cruz ( R J ) disse ter vis- orientou todos os pilotos da
to um "ponto de luz de cor F A B na c a ç a , afirmou que e m
branca", que se deslocava em 14 anos de trabalho j u n t o aos
sentido horizontal. A f i r m o u radares "nunca v i u nada pa-
que o mesmo em certo mo- recido se manifestar na tela".
mento, mudava para as cores N â o afastou, contudo, a possi-
verde e vermelha. Kleber con- bilidade dos "ecos" serem fe-
seguiu se a p r o x i m a r 24 quilô- n ô m e n o s m e t e o r o l ó g i c o s , ou
metros do ponto, que rumou mesmo a eventualidade de se-
em direção ao mar, quando o rem OVNIs.
piloto retornou á sua base. P a r t i c i p a r a m t a m b é m da
O capitão M á r c i o Brlsolla coletiva o coronel Sldney
Jordão, que pilotava outro F - Azambuja, chefe do Comando
5. saído da mesma base 15 m i - de Defesa Aeroespacial Brasi-
nutos depois, v i u u m "ponto f i - leiro e major Ney Antunes
xo de cor vermelha, que n ã o se Cerqueira, chefe do Comando
m o v i m e n t a v a " . Tentou se da Defesa A é r e a .

O
r


Alencar Monteiro
Os pilotos não chegaram a nenhuma conclusão 'l

Oficiais contam como


observaram os OVNIs
dão, de 29 anos, que decolou de S a n -
BRASÍLIA ta Cruz, sua aeronave esteve a 50 k m ,
A G Ê N C I A ESTADO do ponto luminoso por ele visto, mas
Durante mais de duas horas, dez depois de ter voado uma hora e 20
oficiais da F A B relataram os episó- minutos, e n ã o tê-lo a l c a n ç a d o , pre-
dios por eles vividos no ú l t i m o dia 19 feriu voltar para a base, com receio
quando os radares do Centro Inte- de ficar sem c o m b u s t í v e l . Seu a v i ã o
grado de Defesa Aérea detectaram carregava m í s s e i s e c a n h õ e s , mas a
objetos voadores não-identiíicados ordem que tinha e r a apenas identifi-
nos c é u s de Goiás e na rota aérea car o alvo, o que, finalmente, n ã o
Rio-São Paulo. Os cinco pilotos dos p ô d e ser feito por nenhum dos envol-
F-S de Santa Cruz e dos Mirage de vidos.
A n á p o l i s revelaram o que viram, mas OUTROS
n ã o chegaram a nenhuma c o n c l u s ã o
sobre o que poderiam ser os pontos U m a v i ã o da Votec, com 27 pas-
luminosos vistos nos céus. sageiros, foi seguido quarta-feira por
u m objeto voador n â o - i d e n t i í i c a d o
A c o n v o c a ç ã o da entrevista cole- durante 15 minutos quando fazia à.
tiva com os pilotos, com os chefes da rota Belo Horizonte—Uberlândia-'
operação e do Centro de Defesa A é - S ã o Paulo. N ã o s ó os t r i p u l a n t e s ,
rea e com os controladores dos rada- mas todos os passageiros viram o ob-
res encheu o auditório do Ministério jeto — redondo, de intensa luminosi-
da Aeronáutica de repórteres brasi- dade branca, verde e vermelha. »
leiros e estrangeiros.
Ao final, apenas uma conclusão: No c é u de Maringá, Paraná, v á -
os radares de terra do Centro Inte- rias pessoas afirmaram ter visto u m
grado de Defesa Aérea pilotaram ob- objeto na quarta-feira à noite, que foi
jetos no céu, que perseguidos por ae- a t é filmado por u m clnegrafista da
ronaves F-S e Mirage n ã o chegaram TV Cultura. O objeto emitia alterna-
nem sequer a ser identificados. Se- damente luzes coloridas — azuis, ver-'
gundo o c a p i t ã o Márcio Brisolla Jor- melhas, verdes e à s vezes prata. < •-

ós P/joio
AU.â5>,

Jornal "CORREIO BRASILIENSE"


de 01 Jun 86

Americanos
querem saber
mais de O V N I
Nova Iorque — Os cien-
tistas c o m e ç a m , a
interessar-se pelos OVNIs ,
nos Estados Unidos e 600,
deles assistiram a uma
conferência do a s t r ô n o m o
James Allen Hynek sobre p ,
controvertido tema dos or>.
jetos voadores n ã o identifi-
cados. Hynek, considerado,,,
uma autoridade mundial.' ..
em ovnilogia, pronunciou,, •
sua conferência — à qual s e - „
seguiu um debate — na se-,, >•
de da American Associa-
tion for the Advencement
of Science ( A s s o c i a ç ã o
Americana para o Progres-
so da Ciência) " A A A S " ,
em Nova Iorque,
A revista especializada.
"International UFO Repor-'
ter" publica uma s í n t e s e
da exposição do a s t r ô n o m o •
americano. Nessa o c a s i ã o
participou James Olberg .
como "advogado do diabo"»
1
versus Hynek. Olberg, es- '.
pecialista em i n f o r m á t i c a e ' '
técnico da NASA, é u m c é - •
tico em r e l a ç ã o ao proble*-'";
ma dos OVNIs.
O conferencista partiu da
base de que devia e n í r e n - "
tar um auditório muito c é '
tico e a t é mesmo hostil à
questão. Por isso, disse: "
"Decidi mudar a argumen-'.'
taçáo que emprego em ge- "'
ral. E m vez de apresentar '
dois ou t r ê s casos significa'- '
tivos, para demonstrar que "
os OVNIs s ã o um fato real, ;
apresentarei 400casos". , .'!
Como se sabe, para a "
maioria dos cientistas, os :
OVNIs s ã o fenômenos ná*- '.)'•
turais ou aparelhos coris-,
tímidos pelo homem. To-
mando como modelos esses
400 casos, cujos dados fo-
ram estudados com compu-
tadores, o a s t r ô n o m o anali-
sou e n t ã o as peculiaridades
que o fenômeno apresenta.

Entre elas: aceleração-"


anormal de velocidade e
bruscas guinadas sem dlr
mlnulr a marcha; efeitos,*, '
que causam nos animais;
efeitos e l e t r o m a g n é t i c o s ;
segmento de veículos e
acompanhamento dos mes-
mos à baixa altura; parada
no ar; sinais físicos no solo;
inversão de movimento; i n - , >
visibilidade ao radar; velor ...
cidade assombrosa; deslo-' ;
camento lento no cume das *
árvores; entre outros.
ionização é o desdobramento de moléculas

^ Os Ovnis de 19 de Maio em dois ou mais átomos eletricamente car-


regados, por exemplo, na ionosfera, pela
colisão provocada por bombardeamento
por altas energias. Quando os elétrons estão
menagem ao suíço que o originou) de man- das em boletins através de suas estações misturados com os íons positivos em núme-
IWAN THOMAS HALASZ chas solares de 12. W W V , W W V H , W W V B e W W V L , e grava- ros aproximadamente iguais entre si, eles
Embora este número seja baixo, devido das em São Paulo, o número Zurich de formam um plasma altamente condutivo
~ C õ m a repercussão dos objetos voado-
ao fato de nos encontrarmos atualmente manchas solares aumentou entre os dias 15 capaz de refletir até ondas decimétricas co-
res não identificados que apareceram nos
entre o Ciclo 21 e Ciclo 22 de manchas e 20 de maio p.p. de sete para 21 (este mo se fossem objetos metálicos. Estes volu-
céus paulistas na noite de 19 de maio, sur-
solares (com periodicidade entre 9 e 13 número não é contagem direta, mas é pro- mes de plasma podem ser detectados nas
giu a necessidade óbvia de esclarecimentos:
anos, com média de 11), o que importa, não porcional à soma do número de manchas telas dos radares.
A primeira suspeita recaiu, muito ob-
viamente, sobre artefatos espaciais. Os saté- é aparentemente o valor médio, mas a sua com dez vezes o número de grupos de man- Quanto à possibilidade de deslocamen-
lites e os ônibus espaciais que giram em variação a curto prazo que provoca pertur- chas). to rápido da ionização da massa, posso dar
órbitas inferiores a 400 km, não somente bações magnéricas, da mesma forma que a No sábado, 17/05, danificou-se o com- um exemplo de experiência própria, ocorri-
podèjfj ser observados nas telas de radar, variação do fluxo de elétrons em um condu- putador a bordo do sarélite amador OS- da durante o já citado auge solar 21, em
mas t a m b é m podem ser vistos a olho nu tor varia o campo magnético em seu redor, C A R - 1 0 , que desde então não mais obedece V H F , na faixa de 50 M H z onde o fenômeno
quaTjdó iluminados pelo sol contra um céu e induz tensões elétricas em outros condu- aos comandos enviados pelas estações ras- mais pode ser observado. Utilizando baixís-
escurar Assim sendo, suspeitou-se se tratar tores. treadoras situadas na Nova Zelândia, no sima potência, falei como se fosse local, no
da reentrada na atmosfera, e subseqüente Já aconteceu no auge do Ciclo solar C a n a d á e na Alemanha Ocidental. Nos dia 20 de novembro de 1980, às 0000 U T C
desintegração, de um corpo espacial, even- 21, em novembro de 1979, que a contagem quase três anos que decorreram desde seu com estação E L 2 F Y de Monrovia, África,
tualmente de um foguete portador que devi- de manchas solares caiu num período de 18 lançamento em 16 de junho de 1983, o às 0005 U T C com a estação VS6BE, de
do ao-arrasto das partículas nas proximida- dias de 383 para 154. As perturbações mag- satélite O S C A R - 1 0 percorreu, até sua dani- Hongcong, às 0019 U T C com a estação
d e s ' ^ Terra, perdeu a velocidade necessá- néticas e ionizações resultaram, também da- ficação, exatamente 2.202 órbitas, e passou L U 9 A E A da Argentina e às 0023 U T C com
ria para contrabalançar a atração gravita- quela vez, em boatos sobre discos voadores todas as vezes pelo seu perigeu localizado a estação C E 3 D Z do Chile, tudo isto em
cionaE 1
e outros objetos voadores não identificados. no cinturão Van Allen sem que tivesse sofri- menos de 25 minutos. N a noite seguinte, às
do qualquer avaria em seu computador de 2347 U T C com a L U 9 M A da Argentina, às
"Acontece que o Goddard Space Flight Neste ano de 1986, o primeiro sinal de
bordo. Os cientistas norte-americanos têm 2358 U T C com a V P 2 V G R das Ilhas Lee-
CenVerY cujos imensos computadores sub- irregularidades de fluxo solar foi observado
como certo que, no dia 17 de maio, as ward & Windward, no Caribe, à 0002 U T C
terrâneos acompanham o movimento de to- no dia 8 de fevereiro, quando perturbações
bruscas variações do fluxo solar, através da com a PJ2DEW de Curaçao e às 0020 U T C
dos"bS' corpos lançados no espaço, não di- na camada ionosférica E causaram efeitos com W H 6 A D A do Haway, tudo em menos
ionização, tempestades magnéticas e espe-
vulgo» informação sobre nenhuma reentra- aurora em quase todos os Estados Unidos, de 35 minutos. Quando a ionização se des-
cialmente forte radiação cósmica no cintu-
da, cffjue significa que ou não houve reen- dando, simultaneamente, condições anor- locou, abriu-se a propagação para uma área
rão Van Allen fizeram ultrapasar o limite de
trada" tju foi encoberta pelo sigilo militar. mais de propagação em freqüências de V H F e fechou-se para todas as outras.
resistência do computador a bordo do saté-
ttfa ausência de pronunciamento da e U H F aos radioamadores experimenta-
lite.
Goddard Space Flight Center, os radioama- dores. Simultaneamente com a reflexão de
dores-avançados em São Paulo, agregados As perturbações continuaram ao me- Na segunda-feira, 19/05, rompeu-se a ondas radioelétricas, as massas ionizadas
na B R A M S A T , secção brasileira da The nos até o dia 12 de fevereiro, quando chega- camada ionizada que encobre a Terra em podem emitir luz pelo efeito conhecido co-
Radio Amateur Satellite Corporation A M - ram a interromper a recepção, pela Nasa, forma de esfera, fazendo com que os sinais mo efeito aurora, podendo ter dado aos
SAT, compilaram os fatos que podiam re- dos sinais da sonda interplanetária Voya- de telemetria da estação orbital soviética' pilotos, na noite clara de segunda-feira,
sultar em uma explicação plausível não re- ger-2 e, pela Amsat, do satélite amador Salyut-7, nas freqüências de 19953 e 19954 19/05, a impressão de objetos verdadeiros.
lacionada com artefatos espaciais lançados OSCAR-10. Khz chegassem a São Paulo com intensida- Para terminar, alguns esclarecimentos
pelo homem. O resumo destes fatos é como Agora, em maio, a perturbação foi de extremamente forte, devido à falta de sobre a Bramsat. Trata-se de uma agremia-
segue: mais intensa, com conseqüências mais visí- atenuação pela camada ionizada e, ao mes- ção avançada de radioamadores brasileiros,
veis e até danos físicos em ao menos um mo tempo, interromperam-se as comunica- com sede em São Paulo, presidida pelo ra-
Durante o mês de maio de 1986 a
1
satélite. O que houve foi um aumento de ção terrenas entre radiaomadores nas ban- dioamador PY2BJO Eng° Júnior Torres de
média de fluxo solar em 2,8 Gigahertz,
três vezes no número de manchas solares das de 10, 15 e 20 metros, a distâncias que Castro. Ela goza de elevado prestígio entre
medido diariamente às 17 horas U T C em
dependem de reflexão pela camada ionosfé- os cientistas ligados à Nasa, por ter presta-
O t t í w a - C a n a d á , era apenas de 72,4, cor- num período de cinco dias. Conforme infor-
rica. do relevantes serviços à comunidade espa-
respondente a um número Zurich (Conheci- mações fornecidas pelo National Bureau of
do também como número de Wolf em ho- Standards, dos Estados Unidos, transmiti- O que é ionização? Por definição, a cial, como ficou evidente durante a visita, a
São Paulo, do cientista da N a s a e ex-
presidente da Amsat, Thomas A. Clark,
radioamador W3IWI, que, além de ser PhD,
é uma das maiores autoridades mundiais
em radioastronomia.
É interessante mencionar que a Bram-
JOBNAL: O E S T A D O -DÊ". S A O P A U L O , 19 • J U K 36 sat que procura manter-se junto à ponta da
tecnologia espacial através de suas relações
com a Nasa e com a Amsat, e que mantém
uma estação terrena de baixo ruído a 30
Km de São Paulo, também proporciona,
gratuitamente, assessoramento espacial à
indústria nacional de receptores de satélites,
tendo já colaborado com a Zirok, durante o
/W^nvnlvimento da antena parabólica e do

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