1,20€ (IVA 6% incluído) // Diretor Francisco Rebelo dos Santos // Diretora-adjunta Patrícia Duarte // Ano LXXXVIII // Edição N.

º 4490 6 de abril de 2023 // Quinta-feira // Semanário

Entrevista
a Carlos Rabadão
“Politécnico tem 30%
de falsos estudantes
estrangeiros”
O presidente do Politécnico
de Leiria revela os prazos para as
novas residências e fala dos alunos
estrangeiros que apenas querem
autorização de residência em
Portugal. Conheça os desafios e os
www.regiaodeleiria.pt projetos da nova liderança Pág.8
Vitória Moleirinho

Armas ilegais, droga e excesso de álcool

na noite de Leiria
REGIÃO DE LEIRIA acompanhou operação da PSP Pág.10

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Marinha Grande RL +65

Câmara lança Apoio domiciliário
novo concurso para faz a diferença
construir creche junto de quem mais
na IVIMA Pág.15 precisa Pág.31

Desporto Cultura
União de Leiria Piano itinerante
ganha a primeira Habitação chega a escolas
final. Faltam cinco Em Leiria arrendam-se casas a preços de Leiria
Pág.19 das grandes cidades da Europa Pág.20 Pág.26
 Voz da Região
Figura da semana
A pergunta da semana
O Papa Francisco deve receber as
Editorial vítimas de abuso sexual na Jornada
Apanhar Mundial da Juventude?
o comboio
Sendo o Papa Francisco uma
Sim 61% Não 39% das poucas (talvez mesmo a úni-

A
ligação entre as cidades
de Leiria e Marinha
Grande acaba de ser
contemplada com um
projeto de criação de um
metroBus, com autocarros a hidro-
génio verde. Estamos perante uma
aposta da Comunidade Intermuni-
cipal da Região de Leiria (CIMRL),
em resposta aos problemas da
mobilidade.
Melhorar os transportes públicos
e desincentivar os meios individuais
constitui um enorme desafio, mas
é também uma oportunidade para
alterar os números preocupantes
que colocam o distrito de Leiria
na liderança da dependência do
automóvel. Saúda-se a preocupação
dos autarcas e regista-se a forma
integrada como encaram o proble-
ma, com medidas à escala regional
em vez de iniciativas fechadas nas
fronteiras de cada município.
Em todo o caso, importa ter pre-
sente que uma linha de metroBus,
sem recorrer a autoestrada, exige
um corredor Bus para uso exclusi-
vo dos autocarros. A criação desse
corredor obrigará a redimensionar
as estradas, o que além de exigir
avultado investimento parece difícil
em muitos locais. A alternativa
será um corredor partilhado o que
significará marcar passo nos engar-
rafamentos existentes, por exemplo,
nas filas contínuas de automóveis
que pela manhã e final da tarde
entopem a ligação Leiria- Marinha
Grande.
A distância entre estas cidades
pode ser percorrida com uma
alternativa mais rápida e ecológica,
através dos comboios da linha do
Oeste, que ligam diariamente Leiria
à Marinha Grande em menos de
10 minutos. Depois de concluída a
eletrificação /beneficiação da linha
este tempo será ainda menor.
O único entrave da solução
defendida pelos adeptos da ferrovia
é o percurso entre as estações das
duas cidades e os respetivos centros
urbanos e pólos de atração, mas
Gláucia Martins doou a Leiria o com-
panheiro de quase 50 anos: um pia-
no acústico vertical que o pai lhe deu
e que com ela viajou pelo país, nos
diferentes sítios onde viveu (Leiria
incluída). Na semana passada teve a
recompensa: alunos da Escola Secun-
dária Afonso Lopes Vieira tocaram o
instrumento e mais de uma centena
deles aplaudiu a atuação dos colegas
e o gesto da benemérita.
Cartas dos Leitores
Hospital de Santo André diz sim à morte de utentes
No dia 15 de fevereiro, acompanhei um
familiar, com 69 anos, às urgências do
Hospital de Santo André, em Leiria, após
a médica de família, nas consultas de ur-
gência no UCSP Sicó, ter referido que o
paciente precisava de tratamentos hospi-
talares imediatos.
Após ter mostrado na triagem a car-
ta passada pela médica, o paciente foi
encaminhado para a área de Medicina
onde, após mais de três horas de espera,
foi atendido por uma médica que pediu
alguns exames (RX e TAC). Na madrugada
do dia seguinte, o doente foi enviado para
internamento no hospital de Pombal. Lá,
o pessoal médico referiu que, naquele
hospital, pouco havia a fazer para tratar
a situação cardíaca e pneumológica, uma
vez que não havia equipamentos, nem
equipa médica para fazer as intervenções
cirúrgicas necessárias. Acrescento que
ouvi o seguinte desabafo de pessoal mé-
dico: “O hospital de Pombal é o caixote do
lixo dos doentes do CHLeiria. Para aqui
são enviados os pacientes que o hospital
de Santo André não quer tratar”.
Fundador:
José Baptista dos Santos
Diretor:
ca) personalidades reconhe-
cidas como referência ética, à
escala global, irradiando o seu
magistério muito para além do
mundo católico, não deixará de
ter gestos, palavras e encontros
que, significativamente, assina-
lem o seu impulso, humanista e
evangélico, de a todos acolher,
Nota: Os resultados apurados não têm qualquer valor científico, não em especial os mais frágeis.
correspondendo a qualquer sondagem ou estudo de opinião, ilustrando
apenas a preferência de quem respondeu à nossa questão no site do REGIÃO
DE LEIRIA na internet: Graça Poças Santos
www.regiaodeleiria.pt. Resultados até às 18 horas de terça-feira passada. Especialista em turismo religioso
O doente regressou ao domicílio, após de fazer operações urgentes, pois não há
lhe terem dito que teria de esperar por dinheiro para lhes pagar, e muito menos
uma consulta externa, possivelmente em a administração do Hospital quer gastar
Leiria, posteriores exames e, eventual- dinheiro a tratar os doentes que aí se
mente, os necessários tratamentos. A con- deslocam. O dinheiro é para pagar aos inú-
sulta externa terá lugar daqui a três ou meros seguranças que majestaticamente
quatro meses. Ser-lhe-ão prescritos alguns se passeiam pelos corredores.
exames . Talvez tenha vaga para iniciar Enquanto aguardava que o meu fami-
tratamentos daqui a um ano. liar fosse chamado, tive a sensação de
Como este doente estava num sofri- me encontrar num daqueles países onde
mento atroz, (...) os familiares que se en- há incontáveis seguranças com a missão
contravam em França, sabendo do estado de desarmar e imobilizar perigosos ter-
de saúde crítico, deslocaram-se a Portugal roristas.
e levaram-no para Paris onde, de ime- Termino com um pouco de ironia. Caro
diato, foi internado num hospital e lhe leitor, quando pensar em morrer não hesi-
diagnosticaram um problema cardíaco, te em procurar os serviços do hospital de
que necessitava de urgente operação. A Leiria. Andam os políticos e outros inúteis
intervenção já foi realizada e com sucesso. nacionais a discorrer sobre eutanásia
O que teria acontecido a este paciente se para quê?
ele não tivesse sido socorrido em França?
A minha carta, para este jornal, vem no P. J. Marques
sentido de alertar todos os leitores que ti- utente do Centro Hospitalar de Leiria
verem a paciência de ler estas lamentações
até ao fim, que nós, no distrito de Leiria,
somos deixados a morrer, uma vez que os
médicos não estão para se dar ao trabalho
Manuel Leiria (C.P. nº 2856 A) Impressão: Unipress Centro Gráfico, Lda. Propriedade:
e Martine Rainho (C.P. nº 1741 A) Travessa Anselmo Braancamp 220 Empresa Jornalística Região de Leiria, Lda.
Fotografia: Joaquim Dâmaso (C.P. nº 3781 A)
4410-359 Arcozelo Vila Nova de Gaia Contribuinte 500 096 805
Depósito Legal 44 731 - 91. ERC nº 100 512
Distribuição: Vasp Capital Social 250.000 euros
Colaboradores:
Carlos Ferreira, Lucília Oliveira, Quinta do Grajal - Venda Seca, Agualva Cacém Detentores de Capital
Lurdes Trindade e Sara Vieira
Tiragem: 16361 exemplares por edição em
Parjo, S.A. 100%

esse obstáculo, segundo dizem,
pode ser ultrapassado com uma
rede de minibus, também movidos
a hidrogénio verde, que faça uma
distribuição dos passageiros.
A discussão do tema é um
convite ao exercício da cidadania.
Participe.
Francisco Rebelo dos Santos
Diretor
Francisco Rebelo dos Santos (C.P. TE-21 A)
francisco.santos@regiaodeleiria.pt
Diretora-adjunta:
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patricia.a.duarte@regiaodeleiria.pt
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Carlos S. Almeida (C.P. nº 1896 A),
Carolina Santos (C.P. nº 8256),
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2 Região de Leiria — 6 abril, 2023


Neste momento acho que não. Se-
ria apenas mais um caso a alimen-
tar este mediatismo exagerado,
expondo ainda mais as vítimas. O
Papa reza por todas as vítimas de
abusos, mesmo pelas que foram
abusadas fora da Igreja. Se alguém
tem de pedir desculpa somos to-
dos nós e não só o Papa, pois a Igre-
ja somos todos nós, todos temos
deveres e responsabilidades.
José Carlos Prazeres, Membro
da Equipa de Acolhimento Local de
Fátima das Jornadas Mundiais da
Juventude
Máquina do Tempo
1973 Imagem: Coleção de Fernando Rodrigues
2023 Foto: Fernando Rodrigues
Acho que sim, seria bastante
oportuno. Não só obviamen-
te pela traumática experiência
que viveram e por isso têm di-
reito a ser ouvidas e acolhidas
na sua dor, mas também porque
Francisco representa a vontade
firme e inquestionável de erra-
dicar da Igreja este gravíssimo
problema. Não tenho dúvidas
de que Jesus faria o mesmo e o
Papa fá-lo-á se houver a propos-
ta...
Fábio Bernardino
Pároco de Leiria
Todos conhecemos a sensibilida- Pergunta
de do Papa Francisco e a sua indig- da próxima
nação por qualquer tipo de abuso
sexual. Eventos como este são im-
semana
portantes para “refletir” e “definir”
caminhos de resolução e preven- A linha do oeste
ção. Pode o Papa aproveitar o mo- deve ser a via para o
mento para partilhar preocupa-
ções e sensibilizar os mais novos. metro de superfície
Na minha opinião, pode reunir entre Leiria e
com vítimas, no entanto, este mo- Marinha Grande?
mento, de maior emoção, deve ser
distinto da Festa da JMJ!
Catarina Silva
vereadora na Câmara de Pombal
Leiria
O bilhete postal, foi edita-
do pouco tempo depois
da inauguração da fonte
luminosa, que ocorreu a
22 de maio de 1973. Apro-
xima-se o 50º aniversário
da sua inauguração. Nas
traseiras, encontrava-se
ainda o antigo edifício da
Caixa Geral de Depósitos.
Ao lado existia um par-
que de estacionamento.
Com o tempo, o circuito
das águas avariou, bem
como o sistema de luz,
que iluminava a fonte
com diversas cores.
Atualmente, o jogo de
águas é diferente, mas
também parte dele já está
avariado. Deixou de ter
luzes coloridas e passou a
ter iluminação branca. E
o estacionamento agora é
subterrâneo.
Quem conheceu a fonte
há 50 anos... já nem pare-
ce a mesma.
Fernando Rodrigues
6 abril, 2023 — Região de Leiria
regiaodeleiria.pt
Comentários na net
“Muitos parabéns a toda a cor-
poração. Que tenham muita saú-
de e sorte tanto na vida pessoal
como profissional”
Carlos Alves, via Facebook, em
comentário a uma fotografia que
assinala o aniversário dos Bombeiros
Sapadores de Leiria
“Ambiente fantástico no nosso
bonito estádio! Amor pela nossa
cidade, paixão pela nossa União!
UDL sempre!!!”
Teresa Ferreira, via Facebook, em
reação à notícia “União de Leiria entra
a ganhar na fase de subida à Liga 2”
“De Leiria a Pombal? Só? Eu diria
que a necessidade é de Leiria a
Coimbra.”
Neya Amado, via Facebook, em
reação à notícia “Obras no IC2
arrancam este mês entre Leiria e
Pombal”
Os 7 artigos mais lidos
01 Seis pessoas detidas, esta
madrugada, em operação
da PSP numa discoteca de
Leiria
02 1.600 kg de cocaína apreen-
didos em dois locais no sul
do distrito de Leiria
03 Emanuel e Nena atuam esta
tarde na apresentação da
Feira de Leiria
04 Bárbara Tinoco, Calema,
Quatro e Meia e Paus na Fei-
ra de Leiria 2023
05 Colisão vitima condutor de
motociclo em Outeiro da
Cruz
06 Obras no IC2 arrancam este
mês entre Leiria e Pombal
07 Diocese avança com ação
de despejo contra colégio na
Marinha Grande que diz ser
alvo de “aquisição hostil”
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3
Região
4 Região de Leiria — 6 abril, 2023
Visto 02.04.2023
Leiria Os Sapadores de Leiria celebraram no domingo, 2 de abril, o 130º aniversário numa cerimónia oficial no Largo do Papa Paulo
VI. Como prenda, foi anunciado o reforço dos meios para os bombeiros, com mais duas ambulâncias e uma viatura de combate
a incêndios florestais. A celebração serviu também para expor alguns veículos - históricos e atuais - e demonstrar valências da
corporação, relembrando a história e a importância da instituição na sociedade. O comandante da corporação, José Rito, revelou
que, em 2022, os Sapadores de Leiria responderam a 3.992 ocorrências Fotos: Fernando Rodrigues

6 abril, 2023 — Região de Leiria 5

Panorama
Descobrir a região de Leiria
ao volante de uma autocaravana
Autocaravanismo E que tal fazer umas férias diferentes
e plenas de aventura? Viajar com a casa às costas pode
ser uma forma diferente de conhecer a região, viver a
cultura local e explorar um modo de vida aventureiro
Leonor Noronha
Com a chegada da primavera,
do sol e do calor começa a ape-
tecer fazer umas férias e des-
cansar. Porque não alugar uma
autocaravana e conhecer a re-
gião de uma forma mais explo-
ratória e próxima da natureza?
Estes são apenas dois exemplos
dos benefícios de fazer turismo
itinerante, aquele que permi-
te ficar num local durante um
determinado tempo e alterar
a estadia subitamente, pois o
meio de transporte não depende
de marcações e única e exclusi-
vamente dos participantes na
viagem.
Esta é, seguramente, uma
das grandes vantagens deste
tipo de turismo. Poder alterar
o itinerário inicialmente esco-
lhido de acordo com o evoluir
da viagem, pois a estadia está
sempre garantida.
São já muitos os adeptos de
autocaravanismo e este tipo de
férias ganhou novos aficionados
após a pandemia.
Regras de estadia
Mas, como em todas as ativi-
dades, existem regras para que
tudo corra, literalmente, sobre
rodas. Uma das principais preo-
cupações dos autocaravanistas
centra-se no estacionamento,
aparcamento e pernoita. Mas
afinal o que distingue umas das
outras?
Fernando Marques, presi-
dente da Federação Portugue-
sa de Autocaravanismo (FPA),
esclarece: “Considera-se esta-
cionamento a imobilização de
um veículo, com ou sem ocu-
pantes, que não constitua pa-
ragem e que não seja motivada
por circunstâncias próprias da
circulação. Aparcamento é o
estacionamento do veículo com
ocupação de espaço superior ao
seu perímetro. Pernoita trata-se
6 Região de Leiria — 6 abril, 2023
da permanência de autocarava-
na ou similar, com ocupantes,
entre as 22 horas e as 7 horas”.
É proibido o estacionamento
nas áreas da Rede Natura 2000,
zonas protegidas e abrangidas
pelos Planos de Ordenamento
da Orla Costeira, exceto nos lo-
cais expressamente autorizados
para o efeito; as coimas variam
entre os 60 e os 600 euros.
O autocaravanismo rege-se
por um código de conduta que
todos os turistas itinerantes de-
vem respeitar e que Fernando
Marques faz questão de referir:
“respeitar as regras, os outros
autocaravanistas, os habitantes
locais e a natureza, preservan-
do-a no seu estado original. Dar
sempre uma imagem positiva do
seu comportamento” e, obvia-
mente, deixar sempre os locais
como foram encontrados, man-
tendo a limpeza e recolhendo nando Marques, já visitou toda podemos analisá-los em várias
todos os detritos. a região de Leiria de “casa às vertentes, tentando formar uma
A oferta é vasta e o tipo de costas”. O dirigente tem memó- ideia o mais global, completa e
viagem que pretende fazer dita- rias felizes e destaca o passeio circundante possível”.
rá o local de paragem. As auto- que fez ao longo da “estrada Deixa, contudo, uma chama-
caravanas têm especificidades Atlântica, que é de uma beleza da de atenção, no sentido de
próprias daí que seja preferível indescritível, tal como as praias dar ao autocaravanismo a im-
ficar em locais que aportem que atravessa”. Acrescenta que portância que merece e que lhe
mais-valias para quem está de “o distrito tem zonas de monta- é digna: “É necessário que os
férias, e com as condições per- nha que são uma delícia para autarcas reconheçam o poten-
feitas para o descanso e passeio. visitar; há as aldeias, algumas cial turístico, económico e so-
Fernando Marques refere típicas; o turismo religioso; e cial do autocaravanismo, que se
que “para aparcar/pernoitar praias magníficas. A gastrono- faz durante todo o ano, e criem
há vários locais, na região de mia é de qualidade. Monumen- condições para permanecer na
Leiria e no concelho de Ourém, tos como o Mosteiro da Batalha, região”.
para passar uns dias ou umas castelos de Leiria e de Óbidos, É necessário que os autar-
férias” e “o mais emblemático e as grutas, que são incontorná- Sensação de liberdade cas reconheçam o poten-
mais frequentado: a ASA (Área veis, são muito do que a região Para Salete Alexandre, “o auto-
de Serviço para Autocaravanas) tem para oferecer”, diz. caravanismo é uma sensação cial turístico, económico
da Foz do Arelho, onde se en- Fernando Marques sublinha de liberdade única que só quem e social do autocarava-
contram diariamente entre 100 que “muitas vezes, não são aque- passa ou já passou por esta for-
a 200 autocaravanas”. les que drenam o grande tu- ma de escape sabe do que fala. nismo, que se faz durante
Na era do digital, nada como rismo de massas que têm mais “São quilómetros e quilóme- todo o ano, e criem condi-
recorrer a sites e/ou app, para valor. No entanto, com o tempo tros de descobertas: de pessoas,
encontrar o local perfeito em de que dispomos e a possibili- locais, saberes e sabores”. A au- ções para permanecer na
Portugal e no mundo (ver cai- dade de deslocação, acabamos tocaravanista lembra que “há região”
xa). sempre por visitar e apreciar locais por onde passamos que
tudo”. É da opinião que “a apre- nos ficam no coração e deixam Fernando Marques
Potencial turístico ciação dos locais visitados pode boas recordações”. Tem presen- presidente da Federação Portuguesa
Autocaravanista convicto, Fer- fazer-se em várias perspetivas e te vários exemplos de viagens de Autocaravanismo

felizes, mas lembra, com espe-
cial carinho, “um local ao qual
voltamos sempre que a vida nos
permite: a Praia da Vieira. É um
lugar de paragem obrigatória e
de estadia por uns dias. Uma
zona sossegada, mesmo durante
a época alta, com muita gente
como nós e que fica fora das
enchentes de turistas estrangei-
ros. Tem uma zona pedonal ao
longo da praia, onde sabe bem
apreciar o fresco da manhã e
saborear o cheiro a mar que se
mistura com cheiro do pãozi-
Foi a aventura aliada à nho acabado de chegar. Tudo
liberdade que me era fresquinho!”
Natural de Mafra, enaltece a
oferecida na descoberta vista de que se pode desfrutar,
de locais novos, gastro- as “inúmeras esplanadas que
oferecem uma visão de paz e
nomia e afins, que me de calmaria, ao som do mar” e
levou a optar por esta acrescenta que “tanto nos cafés,
como nos restaurantes, os pre-
forma de viajar” ços são muito acessíveis”. “Fica
junto à linha do mar e propor-
André Carvalho ciona um dia espetacular em
autocaravanista família ou com amigos. E tudo
ali tão perto: Leiria, Marinha
Grande...”.
01
Lua de mel em
autocaravana
André Carvalho, da Batalha, co-
meçou a fazer autocaravanismo
em setembro de 2017. Conta que
esta aventura começou na lua
de mel: “Perguntei à minha mu-
lher: ‘vamos fazer um cruzeiro
ou vamos buscar uma autocara-
vana e passear pela Europa uns
dias?” E, sem qualquer tipo de
experiência e com um bebé de
um ano, entraram no mundo do
turismo itinerante.
“Foi a aventura aliada à li-
berdade que me era oferecida
na descoberta de locais novos,
gastronomia e afins, que me
levou a optar por esta forma de
viajar” confessa.
André Carvalho reconhece
como vantagens “a deslocação,
com todo o conforto e todos os
nossos pertences”, e refere que
a possibilidade de poder mu-
dar de lugar consoante a sua
vontade é outro ponto positivo.
Contudo, nem tudo são rosas
e aponta algumas críticas aos
municípios: “Permanecendo
01 Salete Alexandre escolhe
a região de Leiria para pas-
sar férias de autocaravana
e tem um “carinho especial”
pela Praia da Vieira, “lugar
de paragem obrigatória”.
02 Em 2017, André Carvalho
lançou o desafio: lua de mel
num cruzeiro ou em autoca-
ravana? Ganhou a segunda
opção e conheceu a sensa-
ção de liberdade.
02
ou de passagem, deixamos di-
nheiro nos locais por onde pas-
samos, mas muitos não criam
condições e criam proibições
de passagem e pernoita para os
autocaravanistas”.
Revela ainda o lado pedagógi-
co das viagens “Podemos ser au-
tónomos, mas temos que poupar
a eletricidade que o sol nos dá.
Assim como a água. Se temos
100 litros de água e somos 4 ou
6 pessoas e vamos ficar apar-
cados um ou dois dias, então
temos que racionar a água”.
Apesar de ser da região, já
ficou em muitos locais próximo
de casa: Batalha, num dia de fes-
ta, Alcobaça, São Martinho do
Porto e até Praia da Vieira. “O
melhor mesmo é fazer uma pes-
quisa pelas aplicações, conferir
as possibilidades de pernoita e
correr o distrito todo. Acredi-
to que ainda tenha locais mais
bonitos para ficar e muitas ASA
gratuitas”, salienta.
6 abril, 2023 — Região de Leiria
Região // Panorama
O local certo
para pernoitar
Não é complicado encontrar lo-
cais onde ficar quando se faz uma
viagem de autocaravana. Prepa-
rar uma roadtrip com pernoita in-
cluída está, literalmente, à distân-
cia de um clique.
Existem várias páginas e app
onde pode descobrir o local ideal
para ficar. Ficam aqui algumas su-
gestões:
- park4night.com
- campingcarportugal.com/areas-
Servico
- www.visitportugal.com
- portugaleasycamp.com
Quanto custa alugar uma
autocaravana?
O aluguer de uma autocaravana
pode variar entre 100 a 160 euros/
dia, conforme a tipologia e o pe-
ríodo do ano.
Fernando Marques, presidente da
FPA, aconselha a compra de um
veículo, caso seja para uma “utili-
zação frequente”, contudo ressal-
va que “para ter uma ideia do que
é o autocaravanismo é preferível
começar pela locação e, em qual-
quer caso, ir sempre bem infor-
mado do manuseamento do veí-
culo e das regras a respeitar”.
Mais uma vez e à distância de um
clique está a possibilidade de alu-
gar um veículo que corresponda
às necessidades:
- www.yescapa.pt/
pode escolher entre autocara-
vanas, furgões transformados e
campervans em toda a Europa.
- indiecampers.pt/
entre caravanas e campervans
há um mundo de veículos e
países para escolher e iniciar a
aventura.
Ao elaborar o orçamento há que
ter em consideração os consumos
de combustível. Fazer uma esti-
mativa não é tarefa fácil nos dias
que correm, devido às flutuações
que os preços sofrem semanal-
mente. Contudo, tendo em con-
sideração o número de quilóme-
tros a percorrer, podem fazer-se
cálculos aproximados para an-
tecipar e prever os gastos com as
deslocações.
Não se esqueça do valor das por-
tagens, pois as autocaravanas
pertencem à classe 2 (veículos
com dois eixos com altura supe-
rior a 1,1 metro), que equivale à
categoria dos ligeiros de passagei-
ros, mas este fator depende da di-
mensão do veículo em que se cir-
cula. Se for superior, então o valor
irá aumentar. É sempre aconse-
lhável consultar os preços em vi-
gor, antes de iniciar a marcha.
Bons passeios!
7
Entrevista
Carlos Rabadão
“Politécnico já só precisa de
cursos de doutoramento
para se tornar uma
universidade completa”
Balanço A cumprir seis meses de presidência, o novo líder do Politécnico de Leiria
anuncia a criação meio milhar de novas camas para estudantes, aposta na digitaliza-
ção de processos e em ter cursos de doutoramento em 2024. ESECS vai para obras no
Natal e o combate aos “falsos estudantes” vai ser reforçado
Francisco Rebelo dos Santos
e Carlos S. Almeida
Ao fim destes seis meses
de presidência, encontrou
alguma surpresa agradável ou
desagradável?
Não fiquei surpreendido com
nada, devido às minhas funções
anteriores, mas notei a necessida-
de de mais recursos humanos e
de modernizar os nossos proce-
dimentos. Precisamos aligeirar as
tarefas administrativas para liber-
tar as pessoas para funções mais
nobres e melhorar a qualidade do
serviço. Há uma grande carga ad-
ministrativa sobre os professores
e funcionários técnicos e adminis-
trativos que precisamos de mudar.
Chegou à presidência e tem
a possibilidade de adotar a
designação de Polytechnic
University e atribuir
doutoramentos: como ficam os
planos para a Universidade de
Leiria, de que sempre falou?
Continuam.
Este é um passo acertado nesse
sentido ou complica o processo?
Não complica. Sempre defendi
que a iniciativa que estava em
marcha era importante. Mas eu
não queria ficar por aí. É impor-
tante porque permite que os po-
litécnicos - com condições para
isso - possam vir a ministrar o
grau de doutor. E isso é hoje uma
realidade. Sobre a questão da de-
signação, sempre entendi que
todos os institutos politécnicos
passarem a designar-se de uni-
versidades politécnicas, não teria
um grande impacto.
E no contexto internacional?
8 Região de Leiria — 6 abril, 2023
A designação internacional é im-
portante. É importante o nome
“Universidade”. Não tenho dúvida
que nos ajuda na América Latina,
em África também. E a designa-
ção anglo-saxónica também é im-
portante porque ninguém sabe o
que é um “instituto”, ainda que o
termo “politécnico” tenha grande
relevância e impacto na Europa.
Está satisfeito com o que tem ou
quer mais?
Quero mais. Acredito que o Poli-
técnico de Leiria já só precisa de
oferecer cursos de doutoramen-
to para se tornar uma universida-
de completa. Estamos a trabalhar
nisso. Para termos programas
doutorais próprios, precisamos
de ter unidades de investigação
avaliadas com “muito bom” ou
“excelente”.
Têm unidades nessa condição...
Temos o CDRSP - Centro para o
Desenvolvimento Rápido e Sus-
tentado de Produto, na Marinha
Grande com avaliação de “exce-
lente” e depois somos delegação
do Instituto de Telecomunica-
ções, também com “excelente”. E
há outras estruturas, nomeada-
mente o MARE - Centro de Ciên-
cias do Mar e do Ambiente, que
também tem avaliação “excelen-
te”. E mais duas ou três áreas...
Fomos à Agência de Avaliação e
Acreditação do Ensino Superior
(A3ES) tentar esclarecer a tipolo-
gia de unidades de investigação
que conta. É que há critérios de-
masiadamente rígidos.
Tem um prazo definido para um
primeiro doutoramento?
O registo de novas ofertas forma-
Joaquim Dâmaso
tivas na A3ES é, tipicamente, em
outubro. Depois vêm as comissões
de avaliação e sai a aprovação. Os
nossos doutoramentos próprios,
na melhor das hipóteses, surgirão
no ano letivo de 24-25.
Em outubro vão entregar
quantas candidaturas?
O nosso objetivo é que se apre-
sentem, pelo menos, três. Trans-
mitimos às escolas que devem
dar suporte, independentemen-
te de terem unidades de investi-
gação próprias ou não. Podemos
estabelecer parcerias com outras
universidades, como já fizemos
com a Universidade de Aveiro
e a Universidade do Minho. Em
2024, a Fundação para a Ciência
e Tecnologia irá avaliar as unida-
des de investigação. Esperamos
ter mais unidades próprias ava-
liadas como “muito boas” no ano
seguinte para, assim, podermos
avançar com mais cursos de dou-
toramento.
Será sempre na área das
engenharias e das tecnologias?
A curto prazo, temos centros nas
áreas de tecnologia, engenharia
mecânica, ciências do mar, bio-
logia e ambiente que reúnem as
condições necessárias. Na área
da saúde, o centro está muito pró-
ximo de obter a avaliação “mui-
to bom” e acreditamos que, em
breve, poderá oferecer cursos de
doutoramento. Também temos
unidades de investigação nas
áreas de tecnologia digital, infor-
mática, ciências empresariais e
ciências sociais. Assim, espera-
mos poder avançar, posterior-
mente, com outras ofertas de dou-
toramento.

PERFIL
Há cinco anos, foi concorren-
te solitário a disputar a pre-
sidência do Politécnico de
Leiria, perdendo frente a Rui
Pedrosa. O duelo repetiu-se
nas eleições do ano passado,
mas o resultado foi o opos-
to e Carlos Rabadão foi elei-
to presidente, pela diferença
mínima de um voto. Natural
de Quiaios, Figueira da Foz,
há seis meses assumiu for-
malmente a presidência do
instituto. Com currículo en-
quanto autarca e empresá-
rio, é professor coordenador
com agregação no Politécni-
co de Leiria, foi presidente do
Conselho Técnico-Científico e
provedor do estudante.
Olhando para o edificado,
a remoção do amianto da
Escola Superior de Educação
e Ciências Sociais (ESECS) foi
muitas vezes anunciada. Há
uma data para a obra?
O financiamento inicial foi insu-
ficiente, havendo uma promessa
de reforço que ainda não está for-
malizada. A remoção do amianto
terá de ser feita durante a interrup-
ção letiva, o que demorará cerca
de duas ou três semanas. As res-
tantes obras de engenharia civil
permitirão a atividade letiva sem
perigo. Prevê-se que as obras ocor-
ram durante as férias de Natal, em
vez do verão, devido a questões de
homologação do financiamento,
que ainda têm de passar por vá-
rias etapas.
E quanto à nova escola?
Encontrámos um pré-projeto com
previsão de custos inviável. Va-
mos então fasear a obra, com uma
primeira fase de construção ligei-
ramente maior que a ESECS atual.
O IEFP permitirá que permane-
çamos no espaço atual até a nova
escola estar pronta, que deverá le-
var de 18 meses a dois anos e meio.
Pretendemos avançar com o con-
curso da construção ainda este
ano, com o dinheiro em PRR.
A ESECS tem currículo na área
do desporto: não é estranho
que uma nova escola não
tenha pavilhão para a prática
desportiva? Na segunda fase
das obras, haverá um pavilhão
para o desporto universitário?
Na nova ESECS não há um pavi-
lhão autónomo para o desporto
universitário. Vão existir campos
integrados no edifício. Sempre
existiram vontades de construir
um pavilhão gimnodesportivo no
campus 2, mas isso não está nas
nossas prioridades. Para já iremos
garantir as infraestruturas míni-
mas de suporte ao curso de Des-
porto e Bem-Estar, mas pavilhão
gimnodesportivo, para já, não.
Quanto vai custar a primeira
fase da nova ESECS?
Estimamos que possa custar entre
12 e 14 milhões de euros.
Do bolo do PRR há mais
alguma obra significativa no
Politécnico de Leiria?
As residências de estudantes.
O que é que se prevê
concretizar nesta área?
Temos aprovado financiamento e
já temos alguns projetos termina-
dos e outros a serem elaborados.
Durante este ano, o objetivo é lan-
çar as empreitadas. Temos pre-
vista uma nova residência junto à
Escola Básica 2,3 D. Dinis. Já está
formalizada a propriedade do ter-
reno em nome do Politécnico de
Leiria, o projeto está a ser desen-
volvido, são cerca de 150 novas
camas. Também vamos interven-
cionar todas as camas atuais, no
sentido de as melhorar: em Leiria,
nas Caldas da Rainha e Peniche.
Temos ainda o projeto para 104
camas no Convento de Santo Es-
tevão.
Que empreitadas acredita
poder lançar este ano?
Este ano tenho de lançar estas em-
preitadas todas.
Esses planos representam
quantas novas camas?
São mais 80% do que temos atual-
mente: são 457 novas camas,
atualmente temos cerca de 740. A
somar a tudo isto, temos iniciati-
vas da Câmara da Batalha, da Ma-
rinha Grande e Torres Vedras, que
somam mais 116.
Terão de ser lançadas este ano?
O planeamento da remodelação
ou de construção das novas [re-
sidências] aponta para que co-
mecem ao mesmo tempo. É um
desafio complexo. Se tivesse de
planear, construiria primeiro as
novas residências e mudaria para
lá os estudantes e depois interven-
cionava as existentes.
Não pode fazer isso?
A candidatura ao PRR previa que
se iniciavam todas ao mesmo tem-
po. Vou tentar mostrar à entidade
gestora do PRR que não há capaci-
dade em Leiria de acomodar 500
ou 600 estudantes que nós temos
alojados nas nossas residências.
Falemos de mobilidade: Há
problemas de manutenção e de
oferta nas bicicletas elétricas?
O projeto da U-Bike vai terminar
em outubro. Tínhamos um contra-
to com uma empresa canadiana e
acabei de assinar o ofício a pedir-
-lhes contas porque eles não estão
a fazer a manutenção das bicicle-
tas. Das cerca de 220 bicicletas, no
máximo, 60 estão operacionais. A
empresa está a dizer que vai dei-
xar de cumprir o contrato e temos
N.ºs
30% dos estudantes
internacionais são falsos alunos
Das cerca de 220 bicicletas, no
máximo 60 estão operacionais
As novas residências de
estudantes vão aumentar a
oferta de alojamento em mais
457 camas. Construção deve
começar ainda este ano
de acionar os mecanismos legais.
Temos de ir à procura de soluções
de financiamento, eventualmente
explorar o espaço publicitário das
bicicletas que nunca foi explora-
do e tentar com isso construir um
programa para reparar as bicicle-
tas.
A presença de estudantes
internacionais é importante.
Todavia, existem preocupações
sobre a eventual existência de
alunos que se matriculam para
poderem ter residência em
Portugal, mas que não vão às
aulas, querem apenas ingressar
no mercado de trabalho...
É uma preocupação. E constata-
-se pela análise das propinas em
atraso - que são substanciais - que
há um número significativo de es-
tudantes que não pagam as pro-
pinas. Mesmo estudantes que in-
gressaram este ano, notamos que
nunca pagaram. A ideia que temos
é que são, efetivamente, ‘falsos es-
tudantes’, ou seja, são estudantes
com outros objetivos: não querem
vir fazer uma formação, querem
arranjar um visto, querem ape-
nas migrar. É uma preocupação
porque não queremos esses estu-
dantes, queremos estudantes que
queiram fazer formação connos-
co, pois é para isso nós existimos.
Não é para facilitar a obtenção de
vistos. Acresce que desta forma
estão a ocupar vagas que outros
poderiam utilizar.
Qual a percentagem desses
‘falsos estudantes’?
Diria 30% de todos os estudantes
estrangeiros. Este ano, da última
vez que fomos verificar, tínhamos
meio milhão de euros de propinas,
deste ano, em atraso.
O que podem fazer para
combater este fenómeno?
Já atuámos este ano e não somos
só nós a fazê-lo. A forma que [estes
estudantes] tinham para ingressar
passava por pagar o seguro esco-
6 abril, 2023 — Região de Leiria
Região // Entrevista
lar, a taxa de matrícula e depois en-
trar na lógica de pagamento men-
sal das propinas. Parámos para
refletir e para perceber o que se faz
à nossa volta e percebemos que há
instituições que cobram a propina
toda ao estudante internacional,
quando este vem. A fragmentação
da propina visa ajudar as famílias
dos estudantes no pagamento da
propina ao longo do ano. Este ano
já mudámos as regras: no ato da
matrícula pedimos que o estu-
dante pague 40% da propina. Não
queremos ir de um extremo para o
outro porque sabemos que há pes-
soas que querem verdadeiramen-
te vir fazer um curso e também
têm algumas dificuldades. E foi en-
tendido que se existirem pessoas
com dificuldades, temos mecanis-
mos que permitem a isenção de
taxas de matrícula e redução da
propina até metade de valor. Mas
quem não precisa de apoio tem de
vir e pagar. As candidaturas estão
agora a decorrer, vamos analisar e
perceber se a medida é viável.
Esses ‘falsos estudantes’ são
sobretudo de que geografias?
São de diversas nacionalidades.
Temos muitos brasileiros, algu-
mas pessoas da Ásia - Paquistão,
Índia, Irão - e dos PALOP também.
Há um grande desafio que é a
Guiné-Bissau. Ficamos com ideia
de que no país terá aparecido uma
rede organizada com este fim. De
há dois anos para cá houve um
boom de candidaturas de estu-
dantes da Guiné-Bissau. As esco-
las têm vindo a ser mais rigorosas,
prevendo a realização de entre-
vistas para perceber a verdadeira
motivação dos estudantes.
Foi eleito presidente por uma
margem mínima. Notou a
instituição dividida entre a
atual liderança e a anterior?
Sempre houve mais do que uma
tendência e isso é saudável. Mas
não acho que haja uma grande
divisão no Conselho Geral. Hou-
ve efetivamente uma grande di-
visão - a votação da presidência
foi de 17/16, mesmo à conta como
costuma dizer-se - mas não noto
qualquer hostilidade no Conselho
Geral.
Está reconciliado com a quase
metade que não votou em si?
Sim. Isto não é nenhuma guerra:
foram dois projetos que foram a
eleição e as pessoas escolheram.
A transição de dossiês foi
pacífica?
Foi feito um memorando, nota-
-se que faltou alguma informação,
mas isso acho que isso é normal.
Não me preocupo com isso e ao
longo do tempo vamos apanhan-
do os pormenores todos e a equi-
pa é experiente.
9
Aqui perto
Leiria
Autoridades revistaram e identificaram cerca de 500 pessoas que estavam no interior da discoteca Foto: Vitória Moleirinho
Armas ilegais e excesso de álcool na origem
de seis detenções em discoteca de Leiria
Marina Guerra
Posse de arma proibida, agressões
a agente da autoridade e condução
sob efeito de álcool são os motivos
que levaram a PSP de Leiria a
deter seis pessoas, na madrugada
de domingo, em Leiria.
As detenções aconteceram du-
rante uma Operação Especial de
Prevenção Criminal, ao abrigo da
lei das armas, realizada pela Es-
quadra de Investigação Criminal
(EIC) de Leiria, entre as 2 e as 6
horas da madrugada, e teve como
principal objetivo a fiscalização
da discoteca Mandarim, no centro
da cidade de Leiria, e imediações.
“Têm vindo a ser sucessivas
as ocorrências junto ao estabele-
cimento, quer de agressões, quer
de posse ilegal de arma e tráfico
de estupefacientes e foi, com base
nesse registo que, foi desenca-
deada essa operação”, em sinto-
nia com outras autoridades, num
total de 55 elementos, explicou
André Antunes, comissário da
EIC da PSP de Leiria.
À chegada da polícia ao local,
foram muitos os clientes no exte-
10 Região de Leiria — 6 abril, 2023
rior do estabelecimento que fo-
ram surpreendidos pelo aparato.
O trânsito foi cortado, durante
largos minutos, na rua Machado
dos Santos, e todos os cidadãos
que se encontravam no exterior
do estabelecimento foram revis-
tados e identificados.
O mesmo aconteceu com as
várias centenas de pessoas que
estavam no interior da discoteca,
que acabou por encerrar após
a chegada dos agentes ao local.
Estima-se que estivessem cerca
de 500 pessoas no interior da dis-
coteca, número bem acima da
lotação máxima do espaço.
Durante a operação, foram
identificados e detidos dois indi-
víduos, funcionários do estabele-
cimento, por posse ilegal de arma
– bastão extensível e gás pimenta.
Um outro indivíduo foi também
detido por resistência e coação
sob um agente da autoridade, o
que levou à sua detenção.
Outras três pessoas foram
detidas por condução sob efeito
do álcool e foi apreendida uma
pequena quantidade de estupefa-
ciente. Foram ainda instaurados
55
A operação foi levada a cabo pela
PSP de Leiria, com as valências
de investigação criminal, inter-
venção rápida, Núcleo de Armas
e Explosivos, NSP e Corpo de In-
tervenção/Unidade Especial de
Polícia, a que se juntou uma pro-
curadora da República do DIAP
de Leiria, inspetores da ASAE, da
Autoridade Tributária e do SEF,
num total de 55 elementos
autos de contra-ordenação por
posse de gás pimenta; outro auto,
no valor de 1.500 euros, levantado
à empresa de segurança 3XL, por
falta de comunicação de vigilante
ao Departamento de Segurança
Privada da PSP; e várias contra-
-ordenações por infrações rodo-
viárias.
“Na essência, o que está em
causa é demonstrar à população
que a Polícia está atenta e pre-
sente. As armas de fogo, brancas,
elétricas, os bastões extensíveis,
são tudo equipamentos que estão
vedados ao comum do cidadão e,
quem pode ter esse tipo de obje-
tos, tem que estar devidamente
legalizado, o que não acontece
na maioria dos casos”, afirmou o
comissário.
“Também porque tem de haver
uma resposta e uma reposição
do sentimento de segurança na
noite, que é um ambiente muito
particular nas cidades. Foram
revistadas centenas de pessoas,
estava muita gente no estabeleci-
mento, e, é claro que, as pessoas
não estão habituadas a este tipo
de intervenção, mais musculada,
por parte da polícia, com o Corpo
de Intervenção, mas neste tipo de
operações não há outra forma de
o fazer”, reforçou o comissário.
Ainda assim, justificou que os
casos de agressões e perturba-
ções na noite de Leiria “não têm
sido regra” e operações como a
que decorreu na madrugada de
domingo pretendem demonstrar
que “a PSP está atenta e próxima
das populações”.
Mau estado das
estradas motivam
queixas em
Bidoeira de Cima
O elevado estado de degradação
no IC2, entre a Boa Vista e o limite
do concelho com Pombal, e da
estrada municipal 1038/ estrada
da Guia levou vários cidadãos a
manifestar o seu desagrado junto
do executivo municipal de Leiria,
na terça-feira, dia 4, na reunião de
Câmara realizada em Bidoeira de
Cima. “Parece uma manta de re-
talhos”, “carece de uma profunda
intervenção”, “o risco de insegu-
rança é elevado”, enumeraram.
O vereador independente Ál-
varo Madureira partilhou da opi-
nião, salientando que “deve ser
feita uma intervenção profunda”
em ambas as vias. “Queremos que
aquela estrada [EM1038] seja alvo
de uma intervenção profunda. (...)
Esta é uma obra que se exige para
esta população”, disse.
Gonçalo Lopes justificou que o
IC2 é “uma estrada estruturante”
para o concelho e a intervenção
é necessária para “facilitar os
acessos e reduzir a sinistralida-
de rodoviária”. A requalificação
da via é um objetivo, assim como
na EM1038. MG
Alberto Costa é o
convidado para a sessão
solene no 25 de Abril
O antigo ministro da Adminis-
tração Interna e da Justiça, Al-
berto Costa, é o convidado do
município de Leiria para a ses-
são solene do 49.º aniversário
do 25 de Abril, que vai decorrer
no Teatro Miguel Franco, a par-
tir das 11 horas. O político é na-
tural de Alcobaça e estudou no
liceu de Leiria.
Pedido para prospeção
de inertes na Bidoeira
vai a consulta pública
Depois da Barosa, no dia 17 será
colocado em consulta pública
um pedido de prospeção e ex-
ploração de inertes, desta vez na
freguesia de Bidoeira de Cima. A
Junta de Freguesia, que reuniu
ontem com a empresa responsá-
vel pelo pedido, deu um parecer
não favorável ao processo, consi-
derando que a atividade não irá
trazer proveitos para a população.

Leiria
Cerca de 60 alunos de Leiria participaram na iniciativa Foto: Tomás Cardoso
Jovens deputados juntos
contra bullying e ciberbullying
Joana Magalhães
A violência entre jovens – bullying
e ciberbullying – e a ocupação
do tempo livre e lazer foram os
temas levados à edição deste
ano da Assembleia dos Jovens
Deputados. Na sexta-feira, 31 de
março, foram apresentadas no
Teatro Miguel Franco 15 medidas
de “círculos eleitorais” formados
por alunos, vindos de oito escolas
do concelho de Leiria.
Desde a recolha de testemu-
HENRIQUE & GAMEIRO
CONSTRUÇÃO CIVIL | PROMOÇÃO IMOBILIÁRIA
A construir em Leiria desde 1986
244 823 321
(chamada para rede fixa nacional)
912 267 887
(chamada para rede móvel nacional)
nhos de vítimas e ex-bullies, a
utilização de jogos de computa-
dor educativos (serious games)
ou a criação de um gabinete de
apoio psicológico para acompa-
nhamento exclusivo de estudan-
tes, foi evidente a vontade dos
alunos em diminuir a violência
no ambiente escolar, e não só. Do
total de medidas apresentadas,
sete diziam respeito a questões
de bullying e ciberbullying.
Sobre tempo livre e lazer, os
jovens “deputados” propuseram
Rua D. João Pereira Venâncio (junto ao Seminário) Leiria
a criação de mais clubes de cul-
tura escolares e a diversificação
dos temas abordados, incluindo
questões como “impostos a pagar
na vida adulta”, “como falar em
público eficazmente” ou “como
gerir o nosso tempo livre”.
Foi também proposta a cria-
ção de um aplicação móvel –
“Vive Leiria” – que congregue
atividades de carácter desporti-
vo, cultural, ambiental e social.
Uma das sugestões mais sur-
preendentes foi a organização de
VENDA DE APARTAMENTOS
um fim de semana de convívio,
em que seria proibida a utilização
de telemóveis.
Ao longo da manhã foram
muitas outras propostas dos es-
tudantes que deixaram a desco-
berto a urgência na resolução de
problemas de violência. Também
a necessidade de abordagem de
temas fora dos manuais escola-
res do fim de hábitos enraizados
ficou visível.
Na iniciativa participaram os
seguintes estabelecimentos de
ensino: Colégio Dr. Luís Pereira
da Costa, Escola Básica e Secun-
dária Henrique Sommer, Escola
Básica e Secundária Rainha San-
ta Isabel, Escola Monsenhor José
Galamba de Oliveira, Escola Pro-
fissional de Leiria, Escola Secun-
dária Afonso Lopes Vieira, Escola
Secundária Domingos Sequeira
e Escola Secundária Francisco
Rodrigues Lobo. O hemiciclo foi
composto por 33 “jovens deputa-
dos” efetivos e 33 suplentes.
A presidir a reunião esteve
José Alves, atual deputado da
Assembleia Municipal (AM) de
Leiria, em substituição de Antó-
nio Lacerda Sales, presidente da
AM, que não pôde estar presente.
Antes do arranque da sessão, o
presidente da Câmara de Leiria,
Gonçalo Lopes, deixou palavras
de incentivo aos estudantes, re-
forçando a importância da ini-
ciativa na sua formação cívica:
“Deixar este desafio aos jovens é
também pensar naquilo que será
a democracia do futuro, que terá
de ser participada e esclarecida”,
disse o autarca.
joana.i.magalhaes
@regiaodeleiria.pt
6 abril, 2023 — Região de Leiria
Região // Aqui perto
Distrito
de Leiria assinala
Semana da
Interculturalidade
Até 16 de abril, a interculturalida-
de é celebrada com a exibição de
documentários, caminhadas, re-
sidências artísticas, entre outras
atividades, no distrito de Leiria.
Esta semana assinala-se a Sema-
na da Interculturalidade, desen-
volvida desde 2014 pela EAPN
(Rede Europeia Anti-Pobreza)
Portugal, com o objetivo de sen-
sibilizar a comunidade para o
combate à pobreza e exclusão
social e incentivar à criação de
sinergias locais.
Entre as mais de dez atividades
agendadas está a apresentação, no
dia 11, do documentário “Portugal
é que me escolheu”, às 9h30, no
âmbito do Plano Local de Cinema.
O local está ainda por confirmar.
No mesmo dia, a InPulsar exibe
na sede do projeto Redes na Quin-
t@-E8G, em Leiria, o documen-
tário do projeto “Aqui Mundos”
sobre jovens estrangeiros não
acompanhados.
A Biblioteca Municipal da Na-
zaré é palco da hora do conto até
14 de abril. Vai ser apresentado
o livro “Café com leite” de Isabel
Magalhães, destinado às crian-
ças do pré-escolar das IPSS do
concelho da Nazaré. A atividade
acontece às 10h30.
O programa completo está dis-
ponível na página https://www.
eapn.pt/eventos/semana-da-
interculturalidade/.
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Urbanização Serrada do Pinhal
Marinheiros . Leiria
11
Região // Aqui perto
Joaquim Paulo Conceição
Gestor de empresas e professor do
ensino superior
SER Simples
Elogiar
António
Gonçalves: O
exportador de
amor
E
u amo a minha cidade.
Os leirienses têm mui-
tos e bons motivos de
orgulho. Desde o clima,
à comida, aos monu-
mentos e atratividade turística,
ao empreendedorismo, produção
de riqueza e contributo para as
exportações nacionais, à qua-
lidade das infraestruturas, dos
serviços de saúde e do ensino,
entre muitas coisas. Se olharmos
com realismo positivo, temos
um dos melhores sítios, do país
e do mundo, para morar. Mas
as cidades são as pessoas e não
se limitam ao espaço físico que
as apresenta no mapa. Leiria
melhorou com todos aqueles
que atraiu e a engrandeceram. O
meu elogio vai para um leirien-
se, importado da Guarda, que
tem projetado a generosidade e
o dinamismo característicos da
nossa região.
1. Compaixão maior que o medo
António Joaquim Ramos
Gonçalves, nascido em Panóias
de Cima, Guarda, em 1957,
filho de um barbeiro e de uma
empregada doméstica, também
trabalhadora agrícola, cedo
percebeu que o amor ao próxi-
mo seria a bússola para a sua
vida. É mestre em teologia, mas,
logo após o bacharelato, decidiu
ser missionário na África do
Sul de 1984 a 1990. Foi membro
da direção do Xhurani Baptist
Center, em Gazanculo, junto ao
Kruguer Park e ali recebeu e
apoiou, na logística, na saúde e
na alimentação os refugiados
da guerra civil de Moçambique.
O Tó, como carinhosamente
gostamos de tratar, confessa que
este foi o maior desafio da sua
vida, implicava viagens de carro,
12 Região de Leiria — 6 abril, 2023
em plena guerra civil, e o risco
de emboscada era enorme. O
carinho por Moçambique nasceu
ali, a compaixão era maior que o
medo, e aquelas pessoas valiam o
risco. Em 1990 regressa a Portu-
gal e vem parar a Leiria.
2. Amor global, mobilização
geral
António Gonçalves lidera, há
mais de 30 anos, a mais antiga
Igreja Evangélica em Leiria. Com
107 anos de história na cidade,
a Igreja Evangélica Batista de
Leiria e António Gonçalves,
constituíram, em 2001, a IPSS
Centro Social Batista. Hoje faz
apoio domiciliário a mais de 60
idosos da nossa cidade. Mas o
carinho antes referido levou o
Tó à dinamização de campanha
para exportar amor e voltar a
Moçambique. O Projeto começou
em 1992 e visava a construção
de um orfanato, em Quelimane,
na Província da Zambézia. A
esperança de vida abaixo dos 40
anos, as doenças tropicais, HIV e
fraca assistência médica, produ-
ziram milhares de órfãos. Este
projeto mobilizou, não apenas os
membros da Igreja, mas também
empresas e cidadãos anónimos
de Leiria, Igrejas de Cantanhede,
Coimbra, São Mamede de Infesta,
Santarém, mas também comu-
nidades do Brasil e dos EUA.
A verdade é que um projeto de
Leiria foi apadrinhado por várias
pessoas e entidades nacionais e
internacionais. Com cerca de 400
mil euros investidos na constru-
ção do Orfanato que já integra
35 crianças, mas com capacidade
para 80, o furacão Freddy, fez
questão de passar por lá, na
véspera da inauguração oficial.
Vários telhados voaram, várias
árvores caíram e destruíram,
mas todas as crianças estão bem.
O Tó e o braço direito, Carlos
Conceição, estavam lá, não ga-
nharam para o susto, no entan-
to, quem constrói, com amor,
reconstrói com amor maior.
3. Moral da história
Sabe bem ouvir o nome da nossa
cidade, por motivos de excelên-
cia, no Brasil, nos EUA e, sobre-
tudo, em Moçambique. António
Gonçalves mobilizou Leiria, para
servir Leiria, promovendo servi-
ço social a mais de 60 seniores,
mas mobilizou Leiria, e o resto
do mundo, para exportar e levar
amor a Moçambique. Mesmo
sem instalação direta no exterior,
como é o caso, existem muitas
iniciativas, na nossa terra, para
suprir, internamente e no exte-
rior, carências várias; na pessoa
do António Gonçalves, saúdo e
elogio todos os leirienses, nados
ou importados, exportadores de
amor.
Leiria
Projetos educativos de Santa Eufémia
e Carreira querem levar alunos
para fora das salas de aula
Alunos realizam atividades na natureza Foto: AERSI
Carolina Santos
Um pouco por todo o país, há
cada vez mais escolas e entidades
a adotarem modelos de ensino
alternativos ao convencional. No
concelho de Leiria, foram tam-
bém já dados alguns passos no
sentido de uma aprendizagem
centrada na felicidade do aluno,
proporcionando um maior con-
tacto com a natureza. É o caso do
Agrupamento de Escolas Rainha
Santa Isabel (AERSI), na Carrei-
ra, que tem, em funcionamento,
este ano letivo, um projeto pe-
dagógico inspirado no método
“Escola Ponte”, desenvolvido pelo
pedagogo José Pacheco.
Vár ios meses volv idos do
início deste projeto nas escolas
básicas de Lameira, Ortigosa e
Moita da Roda, com alunos do 3º
e 4º ano de escolaridade, o Agru-
pamento pretende expandir o
projeto a todo o 1º ciclo nesses
estabelecimentos, no próximo
ano letivo. Para isso, está a ser
feita uma candidatura ao “Pla-
no de Inovação” do Ministério
da Educação. Esta candidatura
pressupõe algumas alterações
ao plano curricular dos alunos,
que passam pela substituição do
conceito “turma” por “grupos
dinâmicos de aprendizagem”, e
a criação da disciplina “Rede de
Saberes Integrados”, adianta a
diretora do agrupamento.
Queremos muito que a
escola seja para os alunos
um lugar onde se sentem
bem, onde querem estar,
onde têm um conjunto
de oportunidades para se
descobrirem, para desco-
brirem o outro”
Adélia Lopes
diretora do Agrupamento de Escolas
Rainha Santa Isabel
Nesta disciplina, explica Adé-
lia Lopes, os alunos são incenti-
vados a desenvolver projetos do
seu interesse”. O principal obje-
tivo destas mudanças, indica, é
“facilitar o acesso ao currículo”,
na medida em que, com grupos
dinâmicos, passam a ser traba-
lhadas as especificidades e inte-
resses de cada aluno.
A intenção é que este modelo
continue em funcionamento na-
quelas três escolas, mas existe
também a possibilidade de alar-
gar a outros estabelecimentos de
ensino do Agrupamento, como
a Escola Básica de Carvide. No
entanto, evidencia, é preciso que
para isso haja matrículas paraa
quela escola. É que a Escola Bá-
sica de Carvide já esteve várias
vezes em risco de fechar, devido
à ausência de alunos.
Paula Jorge, presidente da
União de Freguesias de Monte
Real e Carvide, frisa que “a esco-
la está a fechar porque não tem
investimento”. É por isso que já
foi elaborado um projeto de re-
qualificação, que identifica como
prioritária a execução de obras
nas instalações sanitárias, que
deverão ser as mesmas “desde a
abertura da escola”, e ao nível da
estrutura do edifício. Será ainda
criada uma sala polivalente na
parte de trás da escola.
O projeto vai ainda a reunião
de executivo e de Assembleia de
Freguesia, mas Paula Jorge prevê
que as obras arranquem no início
do verão.
Irmãs criam associação
para “educar lá fora”
As irmãs Filipa e Rute Bento
também estão a colocar mãos
à obra para implementar uma
abordagem diferente da conven-
cional. Inspirado no modelo “Fo-
rest School”, originário dos paí-
ses nórdicos, o projeto das duas
leirienses é destinado a crianças
dos 3 aos 6 anos e pauta-se por
atividades em contexto com a
natureza.
Apesar de sempre terem tra-
balhado essencialmente com
população sénior, enquanto ani-
madora e assistente social, respe-
tivamente, Filipa e Rute adoram
crianças e há muito que ideali-
zavam implementar um projeto
educativo diferente. Foi por isso
que se inscreveram na pós-gra-
duação em “Ensino Outdoor”, em
Lisboa, onde têm vindo a apro-
fundar conhecimentos sobre a
temática.
As leirienses pretendem abrir
em julho a associação “Crescer
com Alma” numa escola inativa
na União de Freguesias de Santa
Eufémia e Boa Vista, “como res-
posta para as férias escolares,
para aniversários e resposta de
atividades extracurriculares”,
adianta Filipa.

Leiria
Agente da PSP
esfaqueado nos
Marrazes já teve
alta hospitalar
Um agente da PSP de Leiria foi
submetido a uma cirurgia, na se-
quência de um esfaqueamento
sofrido no dia 31 de março, na
zona da Estação, Marrazes.
O caso teve origem num alerta
de violência doméstica. A PSP en-
trou do domicílio, deu voz de de-
tenção ao indivíduo, que não aca-
tou. Quando o tentaram manietar,
“ele, que estava completamente
fora de si e alcoolizado, virou-se
contra um dos polícias e espetou-
-lhe uma faca na perna, pondo em
risco a artéria femural”, descreveu
o comandante José Figueira.
O agressor, com cerca de 40
anos, ficou em prisão preventiva,
acusado de homicídio qualificado
na forma tentada e violência do-
méstica. O polícia teve alta hospi-
talar na segunda-feira. ML
Alcobaça
Cencal inicia processo Munícipes convidados a
de modernização de escolher localização de
instalações em Alcobaça estátua dedicada à mulher
O Centro de Formação Profissio-
nal para a Indústria Cerâmica
(Cencal) está a iniciar um proces-
so de modernização das instala-
ções na cidade de Alcobaça, no
âmbito do Plano de Recuperação
e Resiliência (PRR).
A intervenção inclui a aquisi-
ção de equipamentos, de forma
“a poder dar resposta às neces-
sidades emergentes de formação
das empresas da região”, refere a
coordenação local da instituição,
sediada em Caldas da Rainha.
A funcionar em Alcobaça des-
de 2009, o Cencal tem apostado
na formação nas mais diversas
áreas para ativos da indústria da
cerâmica, sector de atividade com
forte expressão no concelho de
Alcobaça. No ano de 2022, a ins-
tituição realizou mais de 95 ações
Região // Aqui perto
Nazaré
de formação, abrangendo cerca de Será instalada num dos pontos de estará disponível nas Relações
1.400 formandos. Para este ano, a entrada da freguesia da Nazaré Públicas da Câmara, entre 1 e 15
expectativa dos responsáveis do uma escultura da mulher naza- de abril, das 8:30 às 16 horas, de
Cencal é ultrapassar as 100 ações rena, com cerca de 6 metros de segunda a sexta-feira.
de formação e atingir cerca de altura, da autoria do artista Bu- O monumento pretende “per-
1.700 formandos. galho Ferros, feita em aço corten. petuar a memória de uma figura
Com formação todos os dias Caberá aos munícipes e a todos inigualável que é a mulher naza-
da semana das 9 às 23 horas, e os interessados a escolha da me- rena e o seu inconfundível traje
também aos sábados, a institui- lhor localização para a estátua típico com o seu chapéu-de-borla,
ção “aumentou fortemente ainda dedicada à mulher. o lenço, o avental e as suas, mun-
a sua atividade na realização e Os interessados poderão es- dialmente famosas, sete saias”,
formação nas instalações das em- colher entre a rotunda Variante refere o autor, para quem “a mu-
presas de forma a estas poderem Nazaré (junto ao antigo Vale Pa- lher nazarena tem mostrado ao
mais facilmente proporcionar raíso Natur Park), a rotunda do longo dos tempos ser possuidora
formação aos colaboradores e Sítio; a rotunda da Cerâmica; o de acrescidas qualidades”.
evitando a deslocação ao Cencal”. Jardim da Cerâmica e a rotunda Além da estátua à mulher Na-
As remodelações e moderniza- do Matadouro e Meia Laranja. zarena, serão instaladas outras
ções nas instalações da delegação A consulta decorrerá até ao duas obras de arte, produzidas
em Alcobaça vão, assim, permitir próximo dia 15 de abril, podendo pelo mesmo artista, nas entradas
formar mais e melhor, responden- todos os interessados manifestar pelo concelho por via de Valado
do às exigências do mercado e a sua escolha presencialmente, dos Frades e Famalicão, cujas
robustecendo as empresas. através do preenchimento que datas serão anunciadas em breve.
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6 abril, 2023 — Região de Leiria 13
Região // Aqui perto
João B. Serra
Professor Jubilado do IPLeiria
Que se passa?
Um homem
extraordinário
C
om os sinais de alarme
cada vez mais insisten-
tes ao longo do tercei-
ro trimestre de 2011,
propus ao Conselho
de Administração de Guimarães
2012 um Plano de Emergência:
procurar alternativas consis-
tentes de financiamento da
actividade cultural, num quadro
nacional. Eram os tempos da
Troika, lembram-se?
Incluí, como não podia deixar
de ser, nesse Plano os “Cafés
Delta”. Telefonei ao Comendador
Rui Nabeiro a pedir-lhe uma
entrevista. Resposta afável: - não
precisa de se deslocar a Campo
Maior, eu visito regularmente
os nossos armazéns no norte e,
nessa altura, fazemos a reunião
no Porto. Dias mais tarde, agen-
dámo-la. Fortunato Frederico, o
empresário do calçada, da Kyaia,
membro do Conselho de Guima-
rães, pediu-me para o levar com
ele. Era um dos admiradores
de Nabeiro, que não conhecia
pessoalmente.
O Comendador recebeu-nos
nos escritórios fabris da Delta
Porto, numa manhã dominical
bem invernosa. Eu estava prepa-
rado para responder à pergunta,
“por quê a Delta”, mas a conver-
sa seguiu um outro rumo.
- Não sei qual é a sua propos-
ta para aplicar o nosso patro-
cínio, mas eu não gostaria de
ficar associado àqueles aconte-
cimentos efémeros, de que não
fica grande rasto. O meu neto
convenceu-me a patrocinar
um festival musical em Lisboa,
mas em Guimarães eu preferia
outra coisa. Talvez ficar ligado
ao pensamento, à reflexão, à
edição de livros - confidenciou
o meu interlocutor. Não me foi
evidentemente difícil concordar
com ele.
Seguiu-se uma conversa
pausada entre os dois empresá-
rios. A certa altura, o homem de
Campo Maior revelou que tinha
14 Região de Leiria — 6 abril, 2023
aberto recentemente uma loja
em Paris. - Fiquei muito orgulho-
so - disse, sorrindo. Duvido que
traga grande interesse comercial,
mas ter o nome da Delta em
Paris é uma grande honra.
A determinada altura, a
conversa dos dois homens recaiu
sobre o tema do “até onde con-
seguiremos manter as nossas
empresas a funcionar”. - Aguento
até 30% de quebras, acima disso,
não sei.
E acrescentou: - Mas quero
contar-lhe que uma multina-
cional marcou uma reunião
comigo, aqui há umas semanas.
Vinha apresentar uma proposta
de compra da Delta. Fazia-se
acompanhar de uma camioneta
de dinheiro. Respondi que não
vendia. Cheguei a casa e contei à
minha mulher e ela comentou: -
Se era para dizeres não, para que
aceitaste reunir com eles?
Então, Rui Nabeiro estendeu e
levantou o braço até à altura do
ombro, os dedos esticados. man-
teve-o erguido durante alguns
segundos. - É só para provar que
nem tremo, apesar dos meus
oitenta anos.
Esta cena trouxe-me à memó-
ria uma visita por ele guiada à
fábrica nos anos noventa. A certa
altura passou por uma velha má-
quina, muito bem estimada: - é a
menina dos meus olhos. Hoje, há
máquinas muito mais modernas,
muito mais eficientes, poupam
imenso trabalho, dizem. Imagi-
nem agora quantas centenas de
trabalhadores é que esta máqui-
na já poupou ao desemprego.
Este capitalista feliz desen-
volveu uma singular cultura
de empresa e uma particular
relação com a sua comunidade e
o mundo. Quando morreu, foi o
reconhecimento expontâneo des-
ses valores raros que sobressaiu
nas homenagens de despedida.
Grau zero
Os moradores já não debatem os
problemas comuns. Os bairros já
não tomam iniciativas cidadãs.
Os técnicos já não associam os
destinatários aos projectos. Os
eleitos não discutem com quem
os elegeu. Os partidos discutem
apenas entre si e dentro de si.
As escolas não debatem com os
jovens os modelos de formação
que melhor futuro garantam. Os
serviços não discutem os seus
mínimos com os seus utentes.
Os debates essenciais com os
interlocutores fundamentais não
acontecem. Perdemos todos por
falta de ambição. A nossa demo-
cracia está gasta. Não propõe,
não convoca, não estimula o
debate. Não ouve a rua.
Não há nenhuma paixão que
nos sacuda deste torpor sem fim?
Escrito de acordo com a antiga ortografia
Ourém
Quase 473 mil euros
para apoios às
associações
O Município de Ourém vai
apoiar as associações com mais
10% do valor que em 2022. Irá
atribuir 472 637€ pelos 63 candi-
datos, mais 79 mil euros que no
ano transato, para despesas cor-
rentes. A autarquia apoia ainda
as diversas entidades associati-
vas com apoios ao investimen-
to e isenções, num montante
de mais cem mil euros que em
2022, garante Luís Albuquer-
que. O autarca já fez as contas e,
os apoios “estão muito perto dos
700 mil euros”, faz notar. “Não
deixa de ser um bom reforço”,
afirma o presidente da Câmara.
Imóveis devolutos no concelho
“não estão em condições de ser
habitados, de imediato”
O presidente da Câ ma ra de
Ourém discorda da leitura efe-
tuada dos números dos imó-
veis devolutos no concelho e
adianta que “não foi ouvido”
neste processo. Ourém aparece
em segundo lugar na lista de
municípios com maior número
de casas devolutas, a seguir a
Lisboa, com 6444 e antes do
Porto, com 415.
“Nestes 1027, estão lá zero
apartamentos. Não está lá ne-
nhum identificado”, adianta.
As casas identificadas estão
degradadas, “em mau estado
ou precisam efetivamente de
ser recuperadas”, disse aos jor-
nalistas à margem da reunião
pública de Câmara, a 3 de abril.
“Muitos delas representam pe-
rigo para a via pública”, acres-
centa. “Nenhum edifício estará
em condições de ser habitado
de imediato, sem ter obras de
requalificação”, assinala.
Além disso, faz notar o presi-
dente da Câmara, “cerca de 500
estão situados em freguesias
de baixa densidade, onde não
se aplica o arrendamento coer-
civo”. É o caso dos imóveis na
freguesia de Espite e nas Uniões
de Freguesias de Matas e Cer-
cal; Rio de Couros e Casal dos
Bernardos; Freixianda, Ribeira
do Fárrio e Formigais.
O número divulgado deriva
da identificação dos “imóveis
Bombeiros de Caxarias
têm novo presidente da
direção
Sérgio Fernandes é o novo pre-
sidente da direção da Associa-
ção Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Caxarias. Filipe
da Graça, anterior presidente da
direção, é agora presidente da
Assembleia Geral da instituição
que completa 40 anos.
“Vamos ter 3 anos de muito tra-
balho e luta”, assume o respon-
sável que garante empenha-
mento para conseguir que os
bombeiros tenham as melhores
condições para o exercício das
suas funções. O presidente da
Câmara, Luís Albuquerque pro-
meteu equipamento individual
urbano.
1027
Há mais de um milhar de
imóveis devolutos detetados
no concelho de Ourém. Cerca
de 500 estão situados nas
freguesias de Espite; Matas e
Cercal; Rio de Couros e Casal dos
Bernardos; Freixianda, Ribeira
do Fárrio, Formigais
devolutos que necessitam de
reparação” num “trabalho que
nós estamos a fazer e que outros
não estão”, salienta. Isto é, “os
municípios são obrigados a co-
municar às Finanças os imóveis
devolutos, para aplicar a taxa a
triplicar no valor do IMI”.
Falta de habitação
“Qual é a estratégia para a falta
de casas em Fátima?”, questio-
nou Cília Seixo (PS) na reunião
c a m a r á r ia . A vere a dor a d a
oposição referiu que “não há
habitação e não há devolutos”,
acrescentando que a o problema
reside nos licenciamentos. “Há
construção parada por falta de
licenciamento”, acusou.
Na resposta, o presidente da
Detido por posse de
quatro plantas e 250
sementes de canábis
Um homem foi detido, pela GNR,
por tráfico de estupefacientes,
no concelho de Ourém, a 30 de
março. A detenção, “no âmbito
de um processo por posse ilegal
de arma”, aconteceu após a reali-
zação de buscas, duas em veícu-
lo e uma domiciliária.
Na residência do homem de 29
anos, os militares da Guarda
apuraram que “o suspeito pro-
cedia ao cultivo de estupefa-
cientes” tendo sido apreendidas
“quatro plantas e 250 sementes
de canábis, uma balança de pre-
cisão” e outro material. O deti-
do tem antecedentes criminais
pelo mesmo tipo de crime.
Câmara afirmou que “há falta
de habitação em Fátima, Ou-
rém, Caxarias, Freixianda, Vilar
dos Prazeres”. Na freguesia de
Fátima, “identificámos 1 ou 2
prédios devolutos” e “dever ser
a iniciativa privada a avançar”
para a reabilitação, argumenta
Luís Albuquerque. O edil re-
cusou ainda que a demora do
licenciamento resida na autar-
quia, apontando a responsabili-
dade para os promotores e para
processos mal instruídos.
Estratégia
Foi homologado em Março, re-
velou o presidente da Câmara,
o contrato de financiamento
com o IFFRU – Instrumento
Financeiro para Reabilitação
e Revitalização Urbanas, que
permite aceder a fundos para
reabilitação de habitações pri-
vadas e públicas que estejam
em condições de insegurança,
insalubridade, sobrelotação ou
precariedade.
A Estratégia Local de Habi-
tação identificou, em 2021, 53
habitações, entre as quais cinco
apartamentos propriedade do
município, nestas condições.
No total, prevê-se investir
cerca de 7,6 milhões de euros.
O município adquiriu para rea-
bilitar 23 casas, para colocá-las,
posteriormente, no mercado de
arrendamento.

Marinha Grande
Novo serviço na antiga fábrica foi anunciado há 12 anos Foto de arquivo: Joaquim Dâmaso
Novo concurso relança creche
na IVIMA. Será desta?
Praticamente uma dúzia de anos
depois de inicialmente anuncia-
da, a criação de uma creche nas
antigas instalações da IVIMA vai
avançar para concurso. Não é a
primeira vez que isso acontece
e desde que foi anunciada até à
atualidade, a intenção municipal
de concretizar o novo serviço de
cariz social enfrentou muitas vi-
cissitudes.
Na última segunda-feira, foi
aberto um novo concurso para
avançar com a obra. Será desta
Município reclama mais saúde e quer
“recuperar” médico colocado nos Açores
O reforço das condições de aces-
so aos serviços de saúde no con-
celho da Marinha Grande foi o
apelo deixado na reunião que, dia
30, debateu o estado da saúde no
concelho. “Precisamos de cuidar
dos utentes da Marinha Gran-
de, de sermos melhor tratados
e de termos melhores cuidados
de saúde primários”, adiantou
o presidente da Câmara da Ma-
rinha Grande, em comunicado.
Na reunião promovida pela
Comissão de Utentes em Defesa
do SAP 24 Horas, participaram
que a creche é construída?
Foi Álvaro Pereira, então pre-
sidente da Câmara eleito pelo
PS quem, em outubro de 2011,
anunciou o projeto. Sucederam-
-lhe na cadeira de presidente da
Câmara, Paulo Vicente e Cidália
Ferreira, mas a creche, na prá-
tica, pouco ou nada avançou. A
obra chegou a ser anunciada mas
faltaram condições técnicas para
a sua concretização. O atual exe-
cutivo, liderado pelo +MpM, ne-
gociou com a empresa a rescisão
vários responsáveis pelo sector
da saúde. Aurélio Ferreira, adian-
ta nota da autarquia, salientou a
importância da criação de estru-
turas, seja através de uma Unida-
de Local de Saúde, seja de outra
forma de prestação dos cuidados
de saúde.
Diretor executivo do ACES do
Pinhal Litoral, Marco Neves, re-
gistou “a carência de médicos em
todo o país”, devido à aposentação
de muitos profissionais e da falta
de novos especialistas recém-for-
mados em número que possa ga-
do contrato adjudicado em 2018.
A solução foi o pagamento de uma
indemnização pouco mais do que
simbólica, inferior a 3 mil euros.
Aurélio Ferreira, atual presidente
da Câmara, confia que é desta
que a obra avança: “agora é mais
do que esperança é a certeza de
que vamos fazer a creche na IVI-
MA, vamos entrar no processo
de contratação”, adianta ao RE-
GIÃO DE LEIRIA. “Esperamos
que haja empresas a responder e
vamos fazê-la”, reforça. O líder do
rantir recursos humanos para as
necessidades das populações. O
diretor admitiu que, no concelho
da Marinha Grande, a partir do
dia 1 de abril irão existir cerca
de 7.000 utentes sem médico de
família, avança nota municipal.
Entretanto, de acordo com os
responsáveis municipais, existe
um médico natural da Marinha
Grande disponível para reforçar
o serviço do SAP da cidade vidrei-
ra mas a contratação foi travada
pelo Ministério das Finanças. O
clínico está colocado nos Açores
município recorda que em 2018
foi contratada a construção da
creche mas “a obra não estava
de acordo com o caderno de en-
cargos”. “Desde então não tinha
havido acordo com o empreiteiro
sobre a revogação do contrato”,
lamenta. O autarca elogia a atitu-
de negocial da empresa que tinha
sido contratada pela autarquia,
em 2018, antes de chegar ao car-
go de presidente. “Nada tivemos
a ver com esta situação”, frisa,
referindo, no entanto, que tentará
fechar o máximo dos processos
que herdou do anterior executivo.
A decisão de avançar com um
novo concurso público foi tomada
pelo executivo camarário na últi-
ma segunda-feira, depois de for-
malmente encerrado o processo
relativo ao anterior concurso. Na
altura da votação da revogação do
contrato, a CDU manifestou a sua
oposição ao facto de “os erros de
gestão” serem resolvidos “pagan-
do com dinheiros públicos”. “Se há
erros não são do atual executivo”,
contrapôs a vice-presidente de
Câmara, Ana Monteiro.
No novo concurso, subsiste
o objetivo de criar uma creche
com 84 lugares, na antiga unida-
de fabril. A obra vai a concurso
por 1,064 milhões de euros e terá
um prazo de 14 meses para ser
concretizada. Aurélio Ferreira
gostaria de ver a obra concluída
no próximo ano, mas admite que
tudo depende da duração do pro-
cesso de concurso público, um
prazo difícil de antecipar. Se não
for no próximo ano, o autarca diz
que será de esperar que a nova
creche seja realidade em 2025.
CSA
e a sua contratação para o SAP
contou com “luz-verde” das estru-
turas regionais de saúde, mas o
ministério liderado por Fernan-
do Medina não viabilizou essa
mudança, explicou Ana Laura
Baridó, vereadora da Saúde, na
reunião do executivo da última
segunda-feira, confessando difi-
culdade em compreender a deci-
são. Os responsáveis camarários
deram ainda conta da intenção
de reunir com os responsáveis
das Finanças para tentar desblo-
quear a situação.
6 abril, 2023 — Região de Leiria
Região // Aqui perto
CDU alerta para sinais
de degradação em nova
estátua do Vidreiro
A nova estátua de homenagem
ao Vidreiro, inaugurada em
janeiro nas imediações da ro-
tunda do Vidreiro, já está a dar
mostras de desgaste. Lara Lino,
vereadora da CDU, alertou para
o facto de ser necessário que os
serviços do município averi-
guem a razão do problema. “A
nova estátua está a desfolhar e
da parte de fora e já se veem ves-
tígios de ferrugem na base”, aler-
tou na reunião do executivo da
última segunda-feira. “Não sei
se isto seria suposto acontecer.
Certamente que a estátua está
na garantia”, comentou a verea-
dora.
Junta quer crianças a
aprender sobre legumes
e sopa
Chama-se “Sopa: da horta ao
prato!”. E, em breve, arranca a
segunda fase. Criado e dinami-
zado pelo serviço de nutrição
da Junta da Marinha Grande, o
projeto aposta em sensibilizar
as crianças para a importância
da “alimentação equilibrada e
rica em hortícolas” e “estimular
o seu interesse pelo processo
de plantação e crescimento dos
alimentos”, anuncia a autarquia.
A primeira fase da atividade ter-
minou dia 30. “Daqui a algumas
semanas”, adianta a Junta, ar-
ranca a segunda fase do projeto,
que desafia os mais novos a con-
fecionar uma sopa de legumes”.
São Pedro recebe
Páscoa em movimento
Um espaço zen, uma zona de
terapias, jogos tradicionais, fei-
ra de artesãos, pinturas faciais
e balões. Estas são apenas algu-
mas das atividades que, em São
Pedro de Moel, marcam o pro-
grama “Páscoa em movimen-
to”. São cerca de seis dezenas de
iniciativas que arrancam esta
sexta-feira e se prolongam até
domingo de Páscoa. À exceção
do concerto “Tertúlias dos anos
d’ouro e amigos”, sexta à noite,
na igreja de São Pedro de Moel,
as atividades previstas nesta ini-
ciativa decorrem no Jardim do
Bambi: arrancam pelas 14 horas
desta sexta-feira e prolongam-se
até ao final da tarde de domingo.
15
Região // Aqui perto

Batalha Porto de Mós

“Não estamos livres

de ter outra vez ditaduras,
mesmo em Portugal”
Meia centena de pessoas encheu
a sala da Central das Artes de
Porto de Mós para ouvir a histo-
riadora Irene Pimentel lembrar a
motivação, a origem, a função, a
atuação e também o fim da PIDE,
na primeira sessão do ciclo de
conferências intitulado “Ditadura
e Democracia”.
O preâmbulo com que a inves-
tigadora começou a noite de sex-
ta-feira, 31 de março, marcou o
tom de toda a sessão. “Hoje em dia
não estamos livres de ter outra
Um dos três balneários do salão dos bombeiros foi reconvertido Foto: Joaquim Dâmaso vez ditaduras na Europa, a nível
mundial e mesmo em Portugal. Não tenham dúvidas: o

Bombeiros constroem ginásio Eu pensaria que, chegando ao

‘outono’ ou quase ‘inverno’ da mi-
nha vida, não viveria esse perigo
Trump, o Bolsonaro, o
Netanyahu estão lá por

com a “prata da casa” de haver novamente ditaduras e,

Os bombeiros da Batalha coloca-
ram as mãos à obra e construíram
o seu próprio ginásio no quartel.
Um dos três balneários do salão
da corporação foi convertido num
espaço para exercitar o corpo e
assegurar a boa forma dos solda-
dos da paz.
Quando os bombeiros dinami-
zam eventos - como é o caso da
participação nas “Tasquinhas” ou
nas festas concelhias - as verbas
angariadas são canalizadas para
projetos que os próprios bombei-
ros escolhem. “Fazemos questão
que os lucros sejam usados em
benefício dos bombeiros, no que
quiserem. E este ano decidiram
que era o ginásio”, adianta Jorge
Novo, presidente dos Bombeiros
Voluntários da Batalha. “Com a
realização de eventos e a articu-
Aluna
da Batalha
recebe prémio
de tradução
em Bruxelas
lação com a direção, foi possível
juntar um bolo já com um valor
substancial”, acrescenta Hugo
Borges, comandante da corpo-
ração.
O projeto para criar o ginásio
arrancou em meados do ano pas-
sado. O corpo ativo, com especial
enfoque nos elementos do corpo
de intervenção permanente, dei-
tou mãos à obra. Com ajuda de
empresas que asseguraram um
novo piso, o espaço foi preparado
e ampliado. O ginásio é utilizado
“diariamente por voluntários e
profissionais”, adianta Hugo Bor-
ges que elenca os benefícios do
novo espaço: “um bombeiro tem
grandes vantagens em estar em
boa condição física, pois melho-
ra a sua qualidade de vida, a sua
qualidade operacional, o que, por
Foi na Comissão Europeia, em
Bruxelas, no edifício Charlesmag-
ne, no último dia de março, que
Ana Amado, aluna do Agrupa-
mento de Escolas da Batalha, par-
ticipou na cerimónia de entrega
dos prémios do concurso “Juvenes
Translatores”, promovido pela
Direção Geral de Tradução da
Comissão Europeia.
A aluna da Batalha foi a ven-
cedora em Portugal da iniciativa
que premeia a melhor tradução de
um texto e representou o país na
iniciativa que contou com os ven-
sua vez, melhora a qualidade do
socorro prestado”.
A realização das obras de ins-
talação do ginásio demoraram
cerca de seis meses e culmina-
ram com a sua disponibilização
no início do ano. A “fatura” do
projeto ultrapassará a dezena de
milhares de euros, uma vez que
foram gastos mais de sete mil eu-
ros em máquinas e aparelhos de
exercício, a que se somam a mão
de obra e os donativos, difíceis
de calcular. É bem provável que,
no próximo ano, um novo projeto
pretenda melhorar as condições
dos 113 bombeiros desta corpora-
ção que, dia 16, celebra mais um
aniversário, o 45º. “Projeto já há,
mas ainda não existem as verbas”,
confessa entre risos, Jorge Novo.
CSA
Ana Amado
cedores dos 27 estados-membros.
Cada representante foi recebido
na Direção Geral de Tradução pe-
los respetivos responsáveis pelas
traduções oficiais na UE.
também, uma guerra em pleno
espaço europeu”, lançou, a abrir,
Irene Pimentel, recordando que
“as ditaduras não nascem repen-
tinamente de um momento para
o outro”. O momento que vive-
mos é de “grande perigo” e, para
o perceber, “basta analisarmos o
que se está a passar a nível inter-
nacional e nacional”. “Muito mais
problemático é a forma como den-
tro da democracia, e utilizando
os mecanismos da democracia,
determinadas pessoas e deter-
minados movimentos populistas
de extrema-direita, xenófobos,
racistas, estão a tentar chegar ao
poder”, avisou. Especialista na
história das polícias políticas do
Estado Novo, Irene Pimentel fez
uma cronologia do aparecimen-
to e desaparecimento das várias
polícias políticas: desde a Polícia
Internacional Portuguesa à Po-
lícia de Defesa Política e Social
mas, sobretudo, a PVDE, PIDE e
PIDE/DGS. No nosso país há um
conhecimento privilegiado sobre
o que foram as polícias políticas
porque, no 25 de Abril, foi possível
salvaguardar a maior parte dos
documentos que se encontravam
tanto na sede da PIDE, como no
reduto sul da prisão de Caxias.
“Graças a isso, hoje temos os me-
lhores arquivos da polícia política
de toda a Europa”, considerou.
Essas informações permitem
hoje saber, por exemplo, que os
Serviços de Informação da PIDE
“dirigiam-se às grandes empre-
sas privadas e públicas, como a
Sacor, Metro, RTP, Siderurgia”,
meios democráticos, mas
querem destruir a demo-
cracia. Podem fazê-lo?
Por enquanto parece que
não, mas nada está garan-
tido. É uma luta diária”
Irene Pimentel
historiadora
para fornecer os seus serviços. “O
dinheiro que essas empresas pa-
gavam, ia todo para o que se hoje
se chama ‘saco azul’, clandestino
e ilegal” e “servia para pagar os
informadores”. A partir da infor-
mação que hoje existe, é possível
traçar um retrato bastante fiel
do que foi e como operou a PIDE,
mas também das suas vítimas. E é
isso que o investigador Kevin Soa-
res está a procurar nos arquivos
da Torre do Tombo. No próximo
ano, Porto de Mós vai publicar
uma obra para assinalar o cin-
quentenário do 25 de Abril e um
capítulo será dedicado aos presos
da PIDE no distrito. “Devo já ter
visto cerca de dois mil [ficheiros],
muito pouco ainda”, disse o in-
vestigador, recebendo aprovação
de Irene Pimentel: “Esperava há
muito que as pessoas, no país,
fossem à procura dos seus presos.
Porque isso está tudo por fazer,
de certa forma”. A conferência
permitiu ainda ouvir, na primei-
ra pessoa, testemunhos de quem
viveu a ação da PIDE e também
o Processo Revolucionário em
Curso (PREC) à flor da pele. ML

16 Região de Leiria — 6 abril, 2023


Pombal
Município integra consórcios
para melhorar ambiente urbano
O Município de Pombal candi-
datou-se, pela primeira vez, ao
Programa Europeu de Coope-
ração Territorial (URBACT IV),
que tem como objetivo fomentar
o desenvolvimento urbano sus-
tentável integrado nas cidades
europeias.
Um dos três consórcios em que
o concelho está envolvido, coorde-
nado por Copenhaga (Dinamar-
ca), pretende implementar ações
de apoio aos cidadãos na transi-
ção verde. O outro, liderado por
Liepaja (Letónia), quer promover
o desenvolvimento de um plano
integrado de mobilidade susten-
tável. O terceiro, coordenado por
Agen (França), tem como objetivo
atuar sobre o isolamento social.
A participação nestas candi-
daturas partiu de uma proposta
da Equipa Multidisciplinar para
a Felicidade e Bem-Estar Comu-
nitário, aceite pela Divisão de
Urbanismo, Planeamento e Rea-
bilitação Urbana e pela Divisão
de Desenvolvimento Social e Saú-
de que, “caso sejam aprovadas,
irão coordenar os projetos a nível
local a partir de junho de 2023”,
explicou esta semana o Municí-
pio de Pombal.
O URBACT é um programa
europeu que fomenta a coopera-
ção entre cidades, que integradas
em redes temáticas desenvolvem
planos de ação a partir da troca
de experiências e da partilha de
conhecimento entre elas.
“Este programa está associa-
do a um método de cocriação
– baseado na integração, na par-
ticipação cidadã e na aprendiza-
gem através da ação – que visa
capacitar os agentes urbanos e
contribuir para a conceção e a
implementação de políticas parti-
cipativas e integradas, envolven-
do diferentes níveis governativos
e diversos sectores”, explica a
autarquia.
Em qualquer os três proje-
tos está prevista a participação
dos cidadãos, por residirem na
Área de Reabilitação Urbana
da Zona Central da Cidade de
Pombal (tema transição verde)
ou se estiverem interessados na
mobilidade integrando o grupo
local. A constituição de brigadas
comunitárias também está pre-
vista e nelas podem participar,
principalmente, as pessoas com
mais de 65 anos e famílias mo-
noparentais (isolamento social).
Autismo:
inauguradas
instalações
da associação
A Associação PARA - Projeto de
Apoio e Recursos para o Autismo
inaugurou no domingo, dia 2, as
suas instalações, num momento
que pretendeu, também, assina-
lar o Dia Mundial para a Cons-
ciencialização do Autismo.
O projeto teve origem num “es-
forço coletivo em trabalhar em
prol das pessoas” e constitui um
exemplo de “cidadania e igualda-
de”, referiu o presidente do muni-
cípio, Pedro Pimpão, destacando o
“grupo de pais que decidiu desper-
tar a comunidade para o espectro
do autismo e para a necessidade
de uma resposta diferenciadora”.
Para o autarca, “a forma como
os pombalenses se envolveram”
no projeto, através do Orçamento
Participativo, “é um bom exemplo
de cidadania”.
6 abril, 2023 — Região de Leiria
Região // Aqui perto
Pombal no
Caminho do
Centenário a
concluir este ano
A Associação Caminhos de Fáti-
ma, dirigida pelo presidente da
Câmara de Pombal, Pedro Pim-
pão, anunciou esta semana como
prioridade para o atual mandato
– depois de uma reunião com o
bispo de Leiria-Fátima e o reitor
do Santuário de Fátima - “a con-
clusão, já em 2023, do projeto que
cria, intervém, sinaliza e promo-
ve o trajeto principal das pere-
grinações a Fátima, o Caminho
do Centenário (Gaia – Fátima)”.
O objetivo é tornar o itinerá-
rio “cada vez mais seguro para
peregrinos e caminhantes, so-
bretudo na época das principais
peregrinações, bem como o de-
senvolvimento e lançamento dos
meios, produtos e suportes de
comunicação e divulgação dos
percursos e do projeto”, refere.
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17
Desporto
Futebol
Davi recebeu
a carta que o
deixa entrar em
campo e jogar
com os amigos
Transferência Começou a treinar em outubro, mas só
em março entrou oficialmente em campo. Já alinhou
em dois jogos e promete dar o máximo pelo clube, ao
fim de um processo de inscrição que demorou seis
meses
Marina Guerra
Ao longo dos últimos seis meses
Davi Gouvea compareceu no cam-
po Estrelas do Lis, na Ortigosa,
para todos os treinos, mas só ago-
ra, no final de março, teve autori-
zação para jogar. Foi convocado e
alinhou nos dois últimos jogos dos
iniciados, pelo Grupo Desportivo
Santo Amaro.
O jogador, de 14 anos, tem na-
cionalidade brasileira e apesar de
já estar há vários meses em Por-
tugal, e até frequentar o ensino
português, estava impedido de ali-
nhar em jogos oficiais, enquanto o
(longo) processo de transferência
não estivesse concluído.
A notícia foi recebida com mui-
ta emoção por parte do atleta,
mas também dos companheiros
de equipa, dos técnicos e direto-
res do clube, mas também dos
pais que acompanharam todo o
processo. “O Davi já era um deles.
Esteve sempre lá, ao frio, à chuva,
demonstrou interesse, ia ao jogos
e incentivava os colegas. Ele já
fazia parte do grupo, só não po-
dia participar nos jogos. Quando
tivemos a resposta positiva da
FIFA, ficámos muito contentes”,
conta André Roleiro, coordenador
da formação do GD Santo Amaro.
A alegria foi tal que, dias de-
pois, o extremo alinhou a titular
no primeiro jogo da 2ª fase da I
18 Região de Leiria — 6 abril, 2023
divisão distrital de iniciados, da
Associação de Futebol de Leiria.
O caso do Davi é (mais) um en-
tre os muitos casos de jogadores
internacionais que chegam a Por-
tugal e enfrentam uma extensa
burocracia para conseguir fazer
o que mais gostam, jogar à bola.
São precisos cerca de 20 do-
cumentos, que depois têm que
ser traduzidos, entre documen-
tos de identificação, atestados,
certidões,... Neste caso, foi uma
primeira inscrição e aconteceu
assim que o processo foi validado.
Mas se já tivesse jogado no es-
trangeiro, só poderia ser inscrito
quando o mercado de transferên-
cias estivesse aberto, tal como
acontece com os jogadores pro-
fissionais.
“O esforço é grande, sobretudo
em clubes onde o voluntariado
é a norma, mas partimos sem-
pre do princípio que vale a pena.
O nosso objetivo é que os jovens
pratiquem desporto, é isso que
fazemos, no dia a dia, para todos.
Aqui a diferença é quando eles
demonstram que querem conti-
nuar connosco. E o Davi esteve
lá”, acrescenta o técnico.
Números disparam
No ano de 2022, Portugal foi o
país, a nível mundial, que recebeu
o maior número de transferências
de entrada de jogadores prove-
O jogador Davi Gouvea, de 14 anos, conseguiu concluir o processo de
transferência ao fim de seis meses Foto: GDSA
901
Em 2022, Portugal tornou-se,
pela primeira vez, no país com
mais entradas de jogadores es-
trangeiros no campeonato: 901.
Segundo o relatório da FIFA,
Brasil (857), Espanha (633), In-
glaterra (607) e França (504)
completam o top5 de destinos
de transferência
nientes de outras federações: 901,
das quais 338 do Brasil. Os dados
fazem parte do Relatório Global
de Transferências 2022 da FIFA,
divulgado no início deste ano, e
dão conta da crescente mobilida-
de de jogadores.
Se em 2021, à escala mundial,
se registaram 18.104 transferên-
cias profissionais de jogadores
masculinos e 1.303 em femininos,
no ano passado os números ul-
trapassaram, pela primeira vez,
os 20 mil registos (20.209) em
masculinos, e chegaram aos 1.555
em femininos. Os números são
mais impressionantes se olhar-
mos para os amadores: 49.238
atletas (dos quais 3.792 femininos)
trocaram de clube, em processo
internacional, em 2022. Foram
35.367 em 2021.
Manuel Nunes, presidente da
AFLeiria, vê com satisfação a ins-
crição de Davi Gouvea e alerta
que é preciso simplificar o proces-
so. “Esta é uma imposição da FIFA
e da UEFA, por causa do tráfico
de menores. Sabemos que é muito
importante controlar isso, é com-
preensível e são etapas que não
podem ser ultrapassadas, mas
se, por um lado, estamos perma-
nentemente a defender políticas
públicas de imigração, por outro
lado há bloqueios que dificultam
muito a inscrição de jovens jo-
gadores. Há transferências que
demoram muitos meses, porque
é necessário reunir toda a docu-
mentação, traduzir e enviar para
a FIFA”, explica.
O dirigente elogia a carolice
dos clubes e a vontade dos atletas
que, apesar de todas as barreiras
burocráticas, conseguem fazer
um “trabalho de mérito”, com
uma única finalidade: “deixar os
miúdos jogar à bola”.
Que o diga Davi. “Muito obriga-
do por tudo o que vocês fizeram
por mim. Vou dar o meu máximo
nos próximos jogos”, disse o jo-
vem jogador quando soube que
estava inscrito.
marina.guerra@regiaodeleiria.pt
Marinhense Joel Colaço
sagra-se campeão
da Europa de muaythai
O atleta marinhense Joel Cola-
ço venceu a medalha de ouro
no Campeonato da Europa de
muaythai, na Turquia, no pas-
sado dia 28 de março, ao vencer
o atleta turco Ferhat Özmen, na
categoria -57 kg. Este foi o único
ouro de Portugal e que se juntou
a outras duas medalhas de prata
e três de bronze.
ACD “O Sótão” deixa
fugir Supertaça, mas
nazarenos festejam
O Sp. Braga venceu, no domingo, a
ACD “O Sótão” por 7-1, na Superta-
ça de futebol de praia. Apesar da
vitória minhota, vários atletas da
região celebraram a conquista. Rú-
ben Brilhante e Jordan Santos, elei-
to o melhor em campo, foram os
autores de três dos golos do triun-
fo, com Alexandre Batista e André
Lourenço também na equipa.
Ginastas do GCAL
apuradas para
campeonato nacional
As ginastas Francisca Costa e Maí-
sa Alves, iniciadas do Ginásio Club
Acrotumb de Leiria, alcançaram
o 1º lugar no campeonato distrital
de ginástica acrobática, realizado
sábado, em Ansião. O par está apu-
rado para o campeonato nacional,
em maio, em Cascais, bem como o
par Mariana Lopes e Maria Violan-
te, que ficou em 2º lugar.
Equipas do N.A.D.A.
vencem títulos coletivos
de orientação em btt
O N.A.D.A. - Núcleo de Aventura e
Desporto de Albergaria dos Doze
venceu quatro títulos nacionais
coletivos de orientação em btt, de
distância longa e sprint, no fim de
semana, em Esposende. Mário
Guterres, Luís Barreiro e João Ga-
meiro, em seniores, e Hélder Silva,
Pedro Ferreira e Jorge Gaspar, em
veteranos I, foram os vencedores.
Seleção feminina sub23
joga na Marinha Grande
e em Leiria
A seleção nacional feminina
sub23 está, desde segunda-feira,
em estágio na região, para prepa-
rar os jogos particulares com In-
glaterra e Suécia. A equipa das qui-
nas defronta a congénere inglesa
hoje, dia 6, no municipal da Mari-
nha Grande, e recebe a Suécia, no
dia 10, no Dr. Magalhães Pessoa,
em Leiria. Ambos os jogos têm iní-
cio às 16 horas e entrada livre.
 Região // Desporto

Classificações
Futebol e modalidades
Futebol I divisão nacional - juvenis masc. - Manut.
Liga 3 - fase subida - série 1
10ª jornada
1ª jornada Cova da Piedade 4 União de Leiria 0
União de Leiria 3 FC Alverca 1 AD Oeiras 1 CD Fátima 5
FC Felgueiras 2 - Sp. Braga 0 GS Loures 1 - CF Os Belenenses 2; Sacavenense
4 - Sintrense 3; Real SC 3 - Vitória FC 3
Líder: União de Leiria, 3 pts; FC Felgueiras, 2º, 3
pts; FC Alverca, 3º, 0 pts Líder: CF Os Belenenses, 26 pts; Vitória FC, 2º,
21 pts; CD Fátima, 7º, 9 pts; União de Leiria, 9º,
2ª jornada (09.04.23) 8 pts
FC Felgueiras - FC Alverca; Sp. Braga - União de
Leiria (18 horas) 11ª jornada (08.04.23, 11 horas)
CF Os Belenenses - Cova da Piedade; União de
Campeonato de Portugal - Série C Leiria - Real SC; CD Fátima - GS Loures; Vitória
FC - Sacavenense
24ª jornada
Un. Serra 2 GD Coruchense 1 Futebol de praia
At. Marinhense 1 Benfica C. Branco 2
CD Alcains 2 - GS Loures 5; Mortágua FC 2 - Elite - seniores masculinos
Sintrense 1; 1º Dezembro 0 - Un. Santarém 0;
Sertanense FC 1 - Pêro Pinheiro 1 1ª jornada (08.04.23, campo da Charneca, União de Leiria arrecadou três pontos na primeira de seis finais da fase de subida da Liga 3 Foto: UDL
Pousos)

União de Leiria Novo campo de

Líder: Un. Santarém, 45 pts; Pêro Pinheiro, 2º, Leixões SC - ACD “O Sótão” (13 horas); CD
45 pts; At. Marinhense, 4º, 41 pts; Un. Serra, nacional - GD Chaves; Varzim SC - GRAP/Pousos
10º, 27 pts (15h30); AFD Torre - Sp. Braga

treinos ajuda na primeira vitória

25ª jornada (08.04.23, 16 horas, penúltima) Futsal
Un. Santarém - At. Marinhense; GD Coruchen-
se - Mortágua FC; GS Loures - Sertanense FC; Honra distrital - seniores masculinos
Sintrense - 1º Dezembro; Pêro Pinheiro - Un.
Serra; CD Alcains - Arronches Benfica 21ª jornada
União da Serra 2 AR Amarense B 6
Taça distrital de Leiria - seniores masculinos GD Martingança 2 GDR São Bento 5
Santiago Guarda 2 ADF Alvorninha 2 As setas estão direcionadas para Centro de Estágios e de Alto cional, atrás do FC Porto-Por-
Meias-finais (07.04.23, 16 horas) URD Juncalense 1 Évora Alcobaça 0 Fão, no próximo domingo, dia Rendimento” que irá surgir. Em timonense (35.802), Sporting
Casal Velho 11 CCR Telheiro 1
Sp. Pombal - ID Vieirense; GD Peniche - At.
SCR Gaeirense 4 CR Chãs 0
9, para defrontar o Sp. Braga B, 21 dias foi construído um campo - Santa Clara (31.603) e Vitória
Marinhense B
CRP Ribafria 5 CPR Pocariça 5 mas por cá ainda se recordam de relva natural, com sistema de SC - Paços Ferreira, (14.784) - a
Honra distrital - seniores masculinos os momentos que marcaram a rega, vedação, muros de suporte União de Leiria entrou melhor
Líder: SCR Gaeirense, 50 pts; Casal Velho, 2º, 49 última semana dos leirienses e de terras e acessos internos. e venceu o FC Alverca por 3-1,
23ª jornada pts; Santiago da Guarda, 3º, 44 pts
a festa da vitória no arranque da Em breve surgirá um parque com bis de Gonçalo Gregório,
GD Peniche 6 At. Marinhense B 0
Alq. Serra 0 ID Vieirense 0 22ª jornada (14 e 15.04.23) fase de subida da Liga 3. de estacionamento e áreas de auto-golo de Jorge Bernardo e,
GD Alvaiázere 1 Bombarralense 0 AR Amarense B - CRP Ribafria (dia 14, 21h30); CPR Logo a começar pelo novo estágio. em desvantagem numérica, golo
Pocariça - SCR Gaeirense (dia 14, 21h30); CR Chãs
UR Mirense 0 A Beneditense CD 2
- URD Juncalense (dia 14, 21h30); ADF Alvorninha
relvado natural que está a ser- “Será uma obra de referên- de Marcos Silva, num remate de
SCL Marrazes 2 AD Portomosense 1
Gin. Alcobaça 2 AC Avelarense 0 - União da Serra; Casal Velho - GD Martingança; vir de preparação para a equipa cia que em muito engrandecerá primeira, ao cair do pano.
Sp. Pombal 4 Caldas SC B 0 Évora Alcobaça - GDR São Bento; CCR Telheiro - sénior e teve a sua estreia no dia Leiria e deixará orgulhosos os O técnico Vasco Botelho da
GD Os Nazarenos 3 GD Guiense 0 Santiago Guarda 30 de março. O Complexo Des- leirienses. Havendo boa vontade Costa saiu satisfeito do encontro
II divisão nacional - sen. femininos - manut. portivo Bidoeirense é (mais) um de todos os quadrantes essa obra e, apesar de um primeiro tempo
Líder: GD Peniche, 62 pts; Sp. Pombal, 2º, 51 pts;
Alqueidão da Serra, 3º, 47 pts ponto de treino para o plantel, será uma realidade num futuro mais equilibrado, a União de Lei-
6ª jornada (08.04.23) a juntar ao Pilado, à academia próximo”, refere a SAD leiriense ria fez “uma segunda parte de
Casa Povo Freixo - CR Golpilheira (18h); União
I divisão distrital - Seniores masc. - série A
1919 - Un. Parchalense
de Santa Eufémia e ao estádio ao REGIÃO DE LEIRIA. grande nível”, “com um jogo de
23ª jornada
de Leiria. O projeto faz parte No últ i mo dom i ngo, com sentido único”. “Soubemos cres-
AR Meirinhas 1 Figueiró dos Vinhos 3 Taça nacional - sen. femininos do acordo estabelecido entre o 12.347 pessoas nas bancadas - cer dentro do jogo, soubemos
CC Ansião 2 Moita do Boi 0 GDR Bidoeirense e a União de o quarto jogo da jornada com adaptar-nos ao que jogo pedia e
3ª jornada (08.04.23) - Série E
ACDR Almagreira 0 GD Ilha 6
Juv. Ouriense - Núcleo SCP Pombal (18h30)
Leiria SAD, até 2040, e pretende maior assistência dos três pri- fomos justos vencedores”, disse
Chão de Couce 10 Castanheira Pera 2
3ª jornada (07.04.23) - Série F “construir” ali a “antecâmara meiros escalões do futebol na- no final do encontro. MG
GD Pelariga 0 GAU/Bajouca 1
CF Os Avisenses - CPR Pocariça (18h)
Rec. Pedroguense 2 Matamourisquense 0
Arcuda 3 AC Carnide 1
Motor Clube 3 ACD Caseirinhos 1
Líder Série E: Núcleo SCP Pombal, 3 pts; Juv.
Ouriense, 2º, 3 pts; GD Valverde, 3º, 0 pts
Comitiva de Leiria leva Estafeta do Naútico de Clubes da AFLeiria
Líder: GD Ilha, 53 pts; GAU/Bajouca, 2º, 49 pts;
Líder Série F: Juv. Castanheira, 6 pts; CPR Poca- 60 pessoas à Festa do Leiria vence nos 100 e apoiados com cerca
AD Figueiró dos Vinhos, 3º, 47 pts
riça, 2º, 0 pts; CF Os Avisenses, 3º, 0 pts
Basquetebol Juvenil 200 metros livres de 400 mil euros
I divisão distrital - Seniores masc. - série B
Andebol A Associação de Basquetebol A estafeta juvenil do Clube Naú- Treze clubes da Associação
II divisão nacional - sen. femininos de Leiria (ABLeiria) volta a mar- tico de Leiria (Afonso Roque, de Futebol de Leiria viram as
23ª jornada
Valeo Nazaré 2 Un. Serra B 1
car presença, entre 11 e 16 de Gonçalo Colaço, João Francisco suas candidaturas ao programa
10ª jornada (última jornada)
GD Santo Amaro 2 GDRC Unidos 2 Cister SA 23 Juve Lis 24
abril, na Festa do Basquetebol e Francisco Simões) venceu o tí- “Crescer 2024”, lançado pela Fe-
CD Pataiense 0 GD Peso 2 CD Feirense 24 - SIM Porto Salvo 27; Ass. Assoma- Juvenil, em Albufeira. Entre atle- tulo nacional de 4x100 e 4x200 deração Portuguesa de Futebol,
CD Caranguejeira 2 GD Monte Real 1 da 42 - ACD Monte 36 tas, treinadores, direção e outros metros livres, no passado fim de para melhoria das infraestrutu-
SL Marinha 2 ACR Maceirinha 0
GDR Boavista 3 GDR Bidoeirense 1 elementos, a comitiva, que parte semana durante o nacional de ras desportivas aprovadas, be-
Líder: Juve Lis, 29 pts; Cister SA, 2º, 24 pts; Ass.
Assomada, 3º, 20 pts na próxima terça-feira de Pom- natação, na Madeira. Individual- neficiando de apoios no valor de
Líder: SL Marinha, 48 pts; Valeo Nazaré, 2º, 48 bal, tem mais de 60 elementos. mente, João Francisco sagrou-se 391.741,56 euros.
pts; CD Caranguejeira, 3º, 41 pts II divisão nacional - sen. masculinos A ABLeiria é uma das 18 asso- campeão nacional em 100 me- AR Amarense, UR Mirense e GD
I Divisão nacionai - iniciados masc. - Manuten. 21ª jornada
ciações distritais participantes e tros mariposa. O CNL conquis- Guiense foram as entidades a re-
Juve Lis 30São Paio Oleiros 16 leva ao encontro no sul do país tou mais cinco medalhas, uma ceber as maiores quantias, com
7ª jornada Nazaré D. Fuas AC 33 ADC Benavente 18 os melhores atletas do distrito, de prata e quatro de bronze. valores superiores a 50 mil eu-
Un. Leiria 2 CADE 1 CD Feirense 27 - AD Albicastrense 30; CD S.
CD Fátima 0 SCL Marrazes 1 integrados em quatro equipas Já a nadadora juvenil Luana ros. Foram ainda beneficiados:
Bernardo 33 - Académica 23; AD Sanjoanense
30 - AC Lamego 22; Sp. Horta 25 - Estarreja AC 26; - duas sub14 e duas sub16, mas- Ferreira Craveiro, do Desporti- ACR Maceirinha, ARCD Mendi-
Líder: União de Leiria, 13 pts; At. Marinhense, AD Academia 21 - Alavarium 22 culinos e femininos. No ano pas- vo Náutico da Marinha Grande, ga, GD Ilha, GRAP/Pousos, Motor
2º, 11 pts; CADE, 3º, 10 pts; SCL Marrazes, 4º, 4
pts; CD Fátima, 5º, 1 pts
sado, a seleção sub14 feminina sagrou-se campeã em 1.500 me- Clube, PAC - Peniche Amigos Clu-
Líder: Nazaré D. Fuas AC, 59 pts; CD São Bernar-
do, 2º, 58 pts; Juve Lis, 8º, 39 pts
subiu à divisão A. As restantes tros livres e foi terceira em 800 be, SCL Marrazes, SL Marinha,
mantêm-se na B. metros livres. União de Leiria e Un. Turquel.

6 abril, 2023 — Região de Leiria 19

Mercado
Rendas de casa em Leiria já fazem lembrar
os preços de muitas cidades europeias
Imobiliário O valor dos arrendamentos não pára de
subir. São cada vez mais frequentes as rendas acima
dos mil euros e os barómetros de imobiliárias e dados
do INE apontam para aumentos inéditos
Carlos Ferreira
As análises apresentam diferentes
conclusões, mas não restam du-
vidas: o preço da renda das casas
no concelho de Leiria não pára
de crescer. É já surgem nas imo-
biliárias valores superiores a mil
euros por mês, comparáveis à mé-
dia praticada nalgumas capitais
europeias, a começar por Lisboa,
considerada uma das mais caras.
No início desta semana era
possível encontrar, nos princi-
pais portais de imobiliário na-
cionais, mais de uma dezena de
apartamentos para arrendamento
na zona urbana de Leiria com
valores entre mil e 3.600 euros
mensais. Esta ordem de grandeza
corresponde à média descrita pelo
“Housing Anywhere International
Rental Index” em 24 cidades eu-
ropeias no final do ano passado.
Os preços apurados em Turim
(mil euros, 55m2), Madrid (1.300
euros, 62m2), Berlim (1.680 euros,
55m2), Paris (1.750 euros 42m2),
Lisboa (1.910 euros, 81m2) ou
Amesterdão (2.250 euros, 69m2),
correspondem a médias de mer-
cado. No caso de Leiria, os exem-
plos são pontuais e as áreas dos
imóveis muito superiores, mas,
ainda assim, permitem perceber
a que ponto estão a chegar os pre-
ços na cidade.
Na pesquisa efetuada pelo RE-
GIÃO DE LEIRIA, na segunda-fei-
ra, dia 3, surgiu um apartamento
no Edifício Comendador (278m2)
para arrendar por 3.600 euros.
Na Cruz da Areia, um imóvel
renovado (130m2) apresentava
É muito raro encontrar uma casa para a arrendar por menos de 500 euros no concelho de Leiria uma renda de dois mil euros. Na
Os mais caros
Localização Edifício Comendador Localização Cruz da Areia Localização Olhalvas Localização Capuchos Residence
Preço 3.600 euros Preço 2.000 euros Preço 1.900 euros Preço 1.750 euros
Área 278m2 (útil, tem outros) Área 130m2 (útil) Área 150m2 (útil) Área 120m2 (útil)
20 Região de Leiria — 6 abril, 2023
rua D. João Pereira Venâncio, um
anúncio destacava os 1.100 euros
de renda por um T2 (83m2) con-
cluído este ano.
A comprovar a tendência de
subida do mercado estão os baró-
metros dos portais nacionais de
imobiliário. Segundo o Imovir-
tual, o distrito de Leiria apresen-
tou em março o maior aumento
da renda média do país, subindo
de 573 para 882 euros (+53,9%).
No caso do Idealista, a média de-
tetada foi de oito euros/m2 em
março (+22,7) em “Leiria, Pousos,
Barreira e Cortes” e de 8,50 euros/
m2 no distrito (+30,1%).
Os dados do Instituto Nacional
de Estatística para a renda mensal
de um alojamento familiar com
100m2 no distrito de Leiria apre-
sentam igual tendência de subida:
31,4% no quinquénio 2018-2022 e
12% no ano passado em compara-
ção com igual período anterior.
Neste caso, a Batalha consegue o
maior acréscimo (25,5%) e Porto
de Mós o menor (5,9%). Os valo-
res absolutos – por exemplo, 550
euros no município da Nazaré,
536 euros em Leiria ou 451 na
Marinha Grande - são inferiores
porque estabelecem o resultado
mediano de concelhos, freguesias
e imóveis muito diferentes.
Faltam casas e quem faça
O problema da habitação, seja
para arrendamento, seja para
venda, está na ordem do dia e foi
debatido na sexta-feira, dia 31,
numa iniciativa intitulada “Sus-
tentabilidade da habitação e mão
de obra: desafios e oportunida-
des”, promovida pelo Município
Localização Leiria
(próximo do hospital)
Preço 1.400 euros
Área 134m2 (útil)

de Leiria, BNI Centro de Portugal
e Global Diáspora - Associação de
Imigrantes Empreendedores em
Portugal, na Quinta do Paúl, na
Ortigosa.
O presidente da Federação
Nacional de Cooperativas de Ha-
bitação Económica (FENACHE),
Manuel Tereso, considerou a “si-
tuação muito complicada” e “dra-
mática”, destacando que “falta
mão de obra para fazer as casas
precisas e faltam casas para a mão
de obra necessária para a constru-
ção civil e outras atividades”.
Por outro lado, Manuel Tereso
considerou que o Estado, antes
de quaisquer medidas, “tem de
pôr ao serviço da comunidade os
imóveis do seu universo” e apenas
depois de esgotar esses recursos
“pode pensar numa situação mais
drástica”.
Na sua perspetiva, as coope-
rativas de habitação económica
“são uma forma dos cidadãos e da
comunidade se auto-organizarem
para resolver o seu próprio proble-
ma”. “Os cidadãos que tenham o
mínimo de capacidade financeira
e de organização conseguem criar
uma cooperativa de habitação, en-
volvendo os municípios e o Estado
central em parcerias para serem
parte da solução e não estarem
permanentemente à espera que
alguém venha resolver o proble-
ma”, explicou.
O presidente da FENACHE re-
feriu que os empresários de Leiria
também podem criar cooperativas
de habitação acessível destinada
aos trabalhadores, com o apoio
da autarquia e do Estado. “A FE-
NACHE tem todo interesse em
participar na criação de um pro-
jeto piloto que sirva quem vive
em Leiria e necessita de casa, e
aqueles que vão chegar para tra-
balhar”, adiantou.
O presidente do Município de
Leiria, Gonçalo Lopes, referiu que
“o crescimento económico pro-
vocou pressão na habitação para
a mão de obra estrangeira” e re-
velou “muita preocupação com a
temática da habitação e a criação
de condições para que os jovens
possam ter casa”. O autarca recor-
dou as medidas do município para
enfrentar este problema, desde a
agilização dos processos de licen-
ciamento à construção de casas
em diversos locais do concelho.
Localização Leiria
(prox. seminário)
Preço 1.200 euros
Área 120m2 (bruta)
Percebes: aprovada
resolução que pede
financiamento
O Parlamento português apro-
vou na sexta-feira, dia 31, o pro-
jeto de resolução do Partido
Socialista que recomenda ao Go-
verno que o Comité de Cogestão
para a Apanha de Percebes na
Reserva Natural das Berlengas
seja dotado de recursos finan-
ceiros. Este comité foi criado no
final de 2021 e a cogestão consis-
te num “regime de gestão parti-
lhada dos recursos vivos e dos
meios necessários à sua captu-
ra e aproveitamento económico,
o qual visa a gestão sustentável
dos recursos e a concretização
do princípio da máxima colabo-
ração mútua”.
Nerlei continua
a integrar direção
da confederação
A Associação Empresarial da
Região de Leiria (Nerlei), repre-
sentada pelo seu presidente, An-
tónio Poças, continua a integrar
a direção da Confederação Em-
presarial de Portugal (CIP), pre-
sidida desde quinta-feira, dia 30,
por Armindo Monteiro. Em 2021,
a Nerlei foi das primeiras asso-
ciações a receber da CIP “o esta-
tuto de Associação Empresarial
Reconhecida, um selo conferi-
do apenas a associadas que reú-
nam um conjunto de requisitos
e sejam plenamente idóneas
e credíveis no movimento as-
sociativo regional”, refere uma
nota da Nerlei.
McDonald’s tem
cem vagas no
distrito de Leiria
A McDonald’s anunciou que está
a recrutar e tem 100 vagas para
os seus restaurantes no distrito
de Leiria. O salário de entrada
é de 800 euros/mês. As candi-
daturas podem ser feitas atra-
vés do formulário no website da
marca. Em 2023 os salários no
McDonald’s em Portugal aumen-
taram em média 7%.
“À descoberta do
Turismo Industrial”
na Marinha Grande
A Marinha Grande recebe de se-
gunda-feira, dia 10, a domingo
a 2ª edição de “À descoberta do
Turismo Industrial”. O progra-
ma prevê visitas ao Estúdio de
Vidro Poeiras Glass, Crisal, Pla-
nimolde e à exposição “Esculpir
o Aço”, oficinas de artesanato
em vidro trabalhado ao vivo e
ateliês infantis de pintura sobre
vidro.
A Gasplast recicla para as outras duas empresas
Tecfil adquire empresa
de reciclagem de plástico
A Tecfil, especialista em soluções
de fios e cordas, acaba de adqui-
rir a empresa de reciclagem de
plástico Gasplast, com sede no
concelho da Chamusca, com o
objetivo de criar um “ambiente
de sinergias” que envolve tam-
bém a Plasgal.
A aquisição, concretizada na
sexta-feira, dia 31, “é o culminar
de uma estratégia de criação
de sinergias, com o objetivo de
conseguir que o somatório das
três seja superior ao resultado
da soma de cada uma”, explica
o diretor-geral da Tecfil, Paulo
Valinha.
A entrada da Gasplast no “trio
de empresas” detidas pela mesma
família, “tem mais a ver com a
Plasgal, mas envolve igualmente
a Tecfil, que também consome
muito reciclado”. O material é
proveniente dos pontos de reco-
lha, tratado e depois integrado
na produção das outras duas fá-
bricas.
“A necessidade estratégica de
reforçar a produção já foi iden-
tificada há algum tempo, mas o
negócio desenvolveu-se muito ra-
pidamente”, refere Paulo Valinha.
Agora, “a postura vai ser mais
de consolidação, até porque a
empresa maior, a Tecfil, vem
de um período de investimento
fortíssimo”. Um dos objetivos “é
aproveitar as sinergias para que a
consolidação seja mais rápida”, já
que as três unidades funcionarão
como “se fossem uma”.
A Tecfil, com sede na Marinha
Grande, comportou-se no ano
passado “no seguimento do cres-
cimento que tem tido nos últimos
anos, muito devido à qualidade
do produto distinto que apresen-
ta em relação à concorrência a
nível mundial, que se coloca e
opera em todo o mundo”, refere
Paulo Valinha.
Quanto à Plasgal, que trans-
forma plásticos, está instalada
em Leiria e foi adquirida em
agosto de 2022, “já tem um incre-
mento muito significativo na taxa
de ocupação dos equipamentos e
a equipa está muito focada, a cor-
responder na plenitude”, conclui
o empresário.
A entrada da Gasplast no
“trio de empresas” deti-
das pela mesma família,
“tem mais a ver com a
Plasgal, mas envolve
igualmente a Tecfil, que
também consome muito
reciclado”. O material é
proveniente dos pontos
de recolha
6 abril, 2023 — Região de Leiria
Região // Mercado
Opinião
Retalhos
O
distrito de Lei-
ria, localizado na
região centro de
Portugal, apresenta
uma diversidade
cultural, social e geográfica
significativa e, também, apre-
senta disparidades sócio-eco-
nómicas significativas, com
algumas áreas mais afetadas
pelo desemprego e pela pobre-
za do que outras e enfrenta
desafios em áreas como a mo-
bilidade e a sustentabilidade
ambiental.
Em termos sociais, o
distrito de Leiria apresenta
uma mistura de comunidades
rurais e urbanas, com uma
forte presença de pequenas e
médias empresas em diversas
áreas, como o comércio, a
indústria e o turismo; a diver-
sidade económica tem contri-
buído para o desenvolvimento
da região, com um aumento do
investimento em infraestrutu-
ras e serviços nos anos mais
recentes.
Sendo o desenvolvimento
social um processo complexo
e multifacetado, como maxi-
mizar o impacto das acções a
implementar, nomeadamen-
te na educação e formação,
emprego e empreendedorismo,
habitação social/acessível,
acesso aos cuidados de saúde
e serviços sociais, transportes
públicos, turismo sustentado/
sustentável?
Entendemos que tal passa
pela exigência da estreita co-
laboração entre as diferentes
partes, nomeadamente as or-
ganizações governamentais e a
sociedade civil: para lidar com
os desafios, é importante que
os centros de decisão, locais e
nacional, trabalhem em con-
junto com o sector privado e a
sociedade civil para desenvol-
ver políticas e programas que
visem estimular o crescimento
económico e reduzir as desi-
gualdades sociais na região.
Amândio Antunes
Parceria REGIÃO DE LEIRIA/Sedes -
Associação para o Desenvolvimento
Económico e Social
21
 Saúde
Receitas de medicamentos Castelo de Leiria
ficou azul
Bem-estar e saúde
mental dos jovens
e exames médicos passam a ter para sensibilizar são tema para
validade de um ano para o autismo conferência

É com o objetivo de simplificar e
facilitar a ligação dos utentes ao
sistema de saúde que o Governo
adota a validade automática de 12
meses para as receitas de medica-
mentos e exames médicos.
A portaria que introduz o novo
prazo de validade, assinada pelo
Secretário de Estado da Saúde,
Ricardo Mestre, foi publicada sex-
ta-feira, vigorando a partir do
dia 1 de abril. Será aplicada nas
prescrições no Serviço Nacional
de Saúde (SNS) e nos restantes
prestadores do sector privado e
social, estando previsto um prazo
de adaptação de 90 dias.
Com esta medida, o Ministério
da Saúde pretende evitar desloca-
ções desnecessárias ao médico.
Ao mesmo tempo, permite re-
duzir a carga administrativa do
trabalho dos médicos, desburo-
cratizando o atendimento.
A implementação será pro-
gressiva e a expectativa é que a
adaptação dos sistemas informá-
ticos fique operacionalizada, no
SNS, nos próximos dias.
O prolongamento dos pra-
zos de validade aplica-se a todo
o tipo de receitas e credenciais,
em papel ou digitais. Até agora,
o prazo máximo das receitas de
medicamentos e prescrições de
exames e análises era de seis me-
ses, obrigando as pessoas com
doenças crónicas a ter de pedir
a sua renovação pelo menos de
meio em meio ano.
Esta alteração resulta de uma
proposta da Direção Executiva do
SNS, em articulação com a Admi-
nistração Central do Sistema de
12
Desde o dia 1 de abril que as re-
ceitas e exames prescritos no
SNS, mas também no sector pri-
vado e social, passam a ter uma
validade de 12 meses, com o ob-
jetivo de reduzir o número de
deslocalizações ao médico e
simplificar o atendimento
Saúde, o INFARMED - Autorida-
de Nacional do Medicamento e
Produtos de Saúde, visando uma
melhor utilização dos recursos,
nomeadamente nos cuidados de
saúde primários.
Os sintomas tendem a surgir nos
primeiros anos de vida e tem uma
maior incidência nos rapazes. Os
sinais de alerta para o autismo,
por norma, estão presentes no
desenvolvimento das crianças,
mas só são valorizados, muitas
vezes, quando algumas capaci-
dades, como a linguagem, não se
desenvolvem de forma expectável.
No último domingo, comemo-
rou-se o Dia Mundial da Conscien-
cialização do Autismo e para o
assinalar o Castelo de Leiria ficou
iluminado em tons de azul. A ini-
ciativa da Associação Portuguesa
para as Perturbações do Desen-
volvimento e Autismo de Leiria
serviu para “alertar a sociedade”
e “lutar pelos direitos, dignidade
e inclusão numa sociedade cada
vez mais justa e tolerante”.
A conferência Políticas e Progra-
mas de Promoção de Bem-estar
e Saúde Mental nos Jovens vai
decorrer online no próximo dia
8 de maio, entre as 16 e as 19 ho-
ras, no seguimento da apresen-
tação dos resultados nacionais
do Estudo Health Behaviour in
School-aged Children / Organi-
zação Mundial de Saúde (HBSC/
OMS). O documento realiza-se
de quatro em quatro anos e ana-
lisa os estilos de vida dos jovens
portugueses nos seus contextos
de vida.
A participação na conferência,
da qual a Direção-Geral de Saúde
(DGS) é parceira, é gratuita, mas
a inscrição é obrigatória e pode
ser formalizada através da pági-
na da DGS, em www.dgs.pt.

Dulce Castanheira MANUEL RICARDO CRUZ

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22 Região de Leiria — 6 abril, 2023

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6 abril, 2023 — Região de Leiria 23

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Artur Manuel Pereira Manuel Custódio Mendes Abílio Pereira Jorge

26.09.1947 - 02.03.2023 87 anos 09.01.1930 - 25.03.2023
Tojal – Porto de Mós 09.06.1935 - 26.03.2023 Caxieira – Santa Eufémia
Leiria
AGRADECIMENTO
AGRADECIMENTO
AGRADECIMENTO Seus filhos, genros, nora, netos e bisnetos na
impossibilidade de o fazerem pessoalmente
Sua família na impossibilidade de o fazer pessoalmente como como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as
era seu desejo, vem por este meio agradecer a todas as pessoas Sua família vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se pessoas que o acompanharam à sua última morada, bem como a
que o acompanharam à sua última morada, bem como a todos incorporaram no seu funeral ou que de algum modo manifestaram todos aqueles que de qualquer forma manifestaram o seu pesar, e
aqueles que de qualquer forma manifestaram o seu pesar, e um o seu pesar. um especial agradecimento a todos que neste momento tão difícil
especial agradecimento a todos que neste momento tão difícil se se mantiveram ao seu lado.
mantiveram ao seu lado.
Tratou: Agência Funerária Seco Tratou Agência Funerária Bombeiro Filhos, Lda.

José Rosa de Oliveira Carvalheiro Clarinda de Jesus dos Santos Maria Alcina
06.11.1939 - 29.03.2023 21.10.1948 - 27.03.2023 Carvalheira Monteiro
Casal da Ladeira – Santa Eufémia Vale Sepal - Leiria 97 anos
04.03.1926 - 03.04.2023
Casal Mil Homens – Golpilheira
AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO
AGRADECIMENTO

Sua esposa, filhos, genros, nora e netos na impossibilidade de o
fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio
agradecer a todas as pessoas que o acompanharam à sua última
morada, bem como a todos aqueles que de qualquer forma
manifestaram o seu pesar, e um especial agradecimento a todos
que neste momento tão difícil se mantiveram ao seu lado.
Tratou Agência Funerária Bombeiro Filhos, Lda.
Seu marido, filhas e genros, na impossibilidade de o fazerem
pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a
todas as pessoas que a acompanharam à sua última morada, bem
como a todos aqueles que de qualquer forma manifestaram o seu
pesar, e um especial agradecimento a todos que neste momento
tão difícil se mantiveram ao seu lado.
Tratou Agência Funerária Bombeiro Filhos, Lda.
Seus filhos, netos e restante família, na impossibilidade de o
fazerem pessoalmente, vêm desta forma agradecer todas as
manifestações de carinho e pesar, bem como àqueles que
acompanharam a sua querida familiar até à última morada. Um
agradecimento sentido à Instituição “Casa” – Azoia, pelo cuidado e
dedicação que tiveram com a D. Alcinda.
A todos, obrigado. Descanse em paz.
Tratou: Funerária Santos & Matias

Álvaro Gouveia Vieira Artur Pedro Manuel da Silva Júnior

82 anos 86 anos 19.10.1931 - 21.03.2023
22.02.1941 - 28.03.2023 18.11.1936 - 25.03.2023 Texugueira - Bidoeira de Cima
Campo Amarelo - Pousos Pocariça
AGRADECIMENTO

AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO Sua companheira, filhos e restante família na

Sua esposa, filhos, netos e restante família na impossibilidade de
o fazerem pessoalmente como era seu desejo vêm por este meio
agradecer a todas as pessoas de suas relações e amizade que
neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar e o seu
carinho. A todos, o nosso muito obrigado.
“A sua lembrança nunca se apagará da nossa memória, o seu nome
será repetido com saudade”.
Tratou Funerária Cardoso Unipessoal, Lda.
Sua esposa, filhas, netos e restante família na impossibilidade de
o fazerem pessoalmente como era seu desejo vêm por este meio
agradecer a todas as pessoas de suas relações e amizade que
neste momento de dor e tristeza manifestaram o seu pesar e o seu
carinho. A todos, o nosso muito obrigado
“A sua lembrança nunca se apagará da nossa memória, o seu nome
será repetido com saudade”.
Tratou Funerária Cardoso Unipessoal, Lda.
impossibilidade de o fazerem pessoalmente
como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as
pessoas que o acompanharam à sua última morada, bem como a
todos aqueles que de qualquer forma manifestaram o seu pesar, e
um especial agradecimento a todos que neste momento tão difícil
se mantiveram ao seu lado.
A família agradece a CASBI na Bidoeira de Cima pelos cuidados e
carinhos prestado ao longo destes últimos anos.
Tratou Agência Funerária Bombeiro Filhos

Alice Gaspar Jorge José Manuel Moura e Silva Vítor Manuel Antunes Violante
62 anos 67 anos 51 anos
18.01.1961 - 28.03.2023 03.03.1956 - 28.03.2023 27.12.1971 - 23.03.2023
Amor - Leiria Quinta da Alçada - Leiria Ribeira - Maceira

AGRADECIMENTO
AGRADECIMENTO AGRADECIMENTO

Suas filhas, companheira, enteado e restante família, na

Seus irmãos e restante família na impossibilidade de o fazerem
pessoalmente vêm por este meio agradecer a quantos de alguma
forma manifestaram o seu pesar.
Tratou Agência Funerária Jaime
Sua esposa, filha e demais família na impossibilidade de o fazerem
pessoalmente vêm por este meio agradecer a quantos de alguma
forma manifestaram o seu pesar.
Tratou Agência Funerária Jaime
impossibilidade de o fazerem pessoalmente como era seu
desejo, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que os
acarinharam neste momento de dor e tristeza, ou que, de outra
forma manifestaram o seu pesar.
A família reconhecida agradece todas as demonstrações de
solidariedade, pela perda do seu ente querido.
Tratou Funerária Nacional – Cerfuni, Lda.

24 Região de Leiria — 6 abril, 2023

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AGRADECIMENTO

Sua esposa, filhos e restante família na impossibilidade de o fazer

pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a
todos os que de alguma forma manifestaram o seu apoio e carinho
neste momento difícil.

Tratou Funerária Domingues, Stº da Carpalhosa e Leiria

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pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a
910 816 347 José Carlos Carreira
todos os que de alguma forma manifestaram o seu apoio e carinho
neste momento difícil. 913 466 325 Paulo Carreira
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Tratou Funerária Domingues, Stº da Carpalhosa e Leiria Boa Vista. Leiria l Gândara dos Olivais. Leiria l Feteira. Ilha

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Sua esposa, filhos e restante família, na impossibilidade de o Agende a higienização

fazerem pessoalmente como era seu desejo, vêm por este meio
agradecer a todos os que de alguma forma manifestaram o seu
e desinfeção da sua viatura
apoio e carinho neste momento difícil.
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Tratou Funerária Domingues, Stº da Carpalhosa e Leiria automóvel merece cuidados redobrados.

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Sua esposa e restante família na 72 - R/C - Loja 2
impossibilidade de o fazerem pessoalmente
como era seu desejo, vêm por este meio agradecer a todas as
pessoas que o acompanharam à sua última morada, bem como a
todos aqueles que de qualquer forma manifestaram o seu pesar, e Nova Leiria • LEIRIA
um especial agradecimento a todos que neste momento tão difícil
se mantiveram ao seu lado. A esposa agradece ao Solar de Cister 916 612 654 • 244 812 072
em Vestiaria, Alcobaça, por toda atenção e carinho enquanto a sua
permanência.
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6 abril, 2023 — Região de Leiria 25

Cultura
Agenda Cultural
Teatro “À mesa” de
da Vinci em Leiria
Espetáculo criado e interpretado
por Nelson Monforte a partir dos
cadernos de Leonardo da Vinci
sobre o impacto do povo hebreu
na história da humanidade.
“À mesa (Last Supper)” 6 de
março, 15h e 21h30 Teatro José
Lúcio da Silva, Leiria (entrada: 7,5
euros; M14)
Música
Há um piano
“matriculado” em
cinco escolas de
Leiria até 2024
Projeto Gláucia Martins doou um piano acústico que
vai conviver com 4.800 alunos. A Escola Secundária
Afonso Lopes Vieira, na Gândara dos Olivais, acolhe a
estreia de “O som do teu nome - O piano vai às escolas”
Manuel Leiria
Sapatilhas para a bola, meias pelo
joelho, calções, casaco de treino
do Benfica e a pauta de “Sonata
ao luar” de Beethoven à frente, no
telemóvel. Na Sala Polivalente da
Escola Secundária Afonso Lopes
Vieira (ESALV), Rafael Carvalho,
13 anos, concentradíssimo, tocava
indiferente à ruidosa multidão. O
cenário foi o primeiro episódio
dos vários - desconcertantes - que
o projeto “O som do teu nome -
O piano vai às escolas” promete
proporcionar até 2024.
Durante este e o próximo ano,
um piano acústico “aterra”, qual
OVNI musical, na ESALV (até ao
fim de junho), seguindo para a
Escola Domingos Sequeira, Agru-
pamento de Escolas Henrique
Sommer (Maceira), Agrupamen-
to de Escolas Rainha Stª Isabel
(Carreira) e Escola Francisco Ro-
drigues Lobo.
Este Dia Mundial do Piano ca-
lhou a 29 de março e foi escolhido
para lançar o projeto da Leiria Ci-
dade Criativa da Música (LCCM)
da Unesco: a partir de um piano
26 Região de Leiria — 6 abril, 2023
Música Sopros na
Marinha Grande
Os participantes do Estágio de
Orquestra de Sopros 2023 mos-
tram o resultado da aprendiza-
gem num concerto final, com
direção do maestro convidado,
Alberto Roque.
Concerto do Estágio de Or-
questra de Sopros 6 de abril, 21h
Edifício da Resinagem, Marinha
Grande (entrada livre)
vertical oferecido ao município de
Leiria, proporciona-se a alunos
- aquelas escolas reúnem cerca
de 4.800 - a experiência rara de
tocar num instrumento especial.
“Esse primeiro contacto já é uma
vitória”, notou o diretor da LCCM,
o pianista e compositor Daniel
Bernardes. Na ESALV houve logo
surpresas: pianistas “instantâ-
neos” encheram de música e sen-
sibilidade a agitada Sala Poliva-
lente. Perante uns cem colegas,
Rafael (7º D) tocou Beethoven;
Duarte Abreu (11º E) recordou a
obra-prima de Yann Tiersen para
“O fabuloso destino de Amélie”; e
Rita Sebastião (12º A), encantou
com “Nuvole Bianche”, de Ludo-
vico Einaudi.
“O dia já está ganho”, declarou
a vereadora da Cultura. “Espero
que os que nunca tenham tocado
piano, experimentem. Isto não é
só para quem anda em aulas de
música”, avisou Anabela Graça.
E Daniel Bernardes explicou que
“este é um grande jogo para nos
entretermos e divertirmos”: con-
vidou-os a “descobrirem o som”,
tocando as letras do nome nas
Música Sara McCoy
em Pombal
A extravagante cantora e com-
positora americana Sarah Mc-
Coy, senhora de voz poderosa,
está em digressão por Portugal
e este sábado apresenta o novo
disco “High Priestess” em Pom-
bal.
Sarah MacCoy 8 de abril, 21h30
Teatro-Cine de Pombal (entrada:
5 euros; M6)
teclas onde foi colado o abecedá-
rio. “Façam vídeos, ‘taggem-nos’,
partilhem, para darmos essa mú-
sica a compositores profissionais
e eles escreverem para orquestra,
para coro, para um instrumento”.
A subdiretora da ESALV, Lígia
Almeida, acredita que “os alunos
vão alinhar”: “É um projeto que
torna mais democrático o uso do
piano. Vai ser muito interessante
para eles!”.
No fim, Rafael Carvalho esta-
va quase em transe com a opor-
tunidade: aprendeu a tocar na
internet e, na quarta-feira, sen-
tou-se num piano “a sério” pela
primeira vez. “Estava muito ner-
voso, tremendo, nem consegui
tocar a peça toda. Mas foi uma
boa experiência, vou voltar para
tocar tudo!”, disse o aluno brasi-
leiro, que também sabe Mozart
e Debussy e quer aprender Cho-
pin. Já Rita Sebastião, 18 anos,
tem aulas particulares de piano.
“Para quem não tem acesso a
instrumentos, é superimportante
permitir este acesso a todos”.
De Setúbal veio Gláucia Mar-
tins. A doadora quis assistir à es-
Música Miguel
Araújo em Leiria
“Casca de noz” está de volta aos
palcos. O espetáculo coloca Mi-
guel Araújo sozinho em palco,
“amparado” pelas suas músicas
e instrumentos. Uma noite re-
cheada de êxitos e outras novi-
dades ao vivo.
Miguel Araújo 7 de abril, 21h30
Teatro José Lúcio da Silva, Leiria
(entrada: 17,5 e 20 euros; M6)
treia da nova vida do piano que o
pai lhe ofereceu em 1974. “Nunca
toquei grande coisa, mas custou-
-me muito a separação. Foram
quase 50 anos”. Queria dar-lhe
um destino que “aproveitasse a
várias pessoas”. Na Gândara dos
Olivais ficou encantada com o
resultado de “O piano vai às es-
colas”. “Acho genial. O que vi aqui
hoje foi muito, muito gratifican-
te”. E para o experiente pianista
Daniel Bernardes? “Foi o melhor
Dia Mundial do Piano que tive!”.
manuel.leiria@regiaodeleiria.pt
Música Sfistikated
e iolanda em Leiria
Novo capítulo de Clap Your
Hands, que junta na mesma noite
o projeto de eletrónica glitch de
João Marques (First Breath After
Coma) e Roberto Oliveira (Wha-
les) e a cantora e compositora io-
landa, que funde R&B e nuances
eletrónicas com toque ibérico.
Sfistikated + iolanda 8 de abril,
21h30 Teatro Miguel Franco, Lei-
ria (entrada: 7,5 euros; M6)
Rafael Carvalho, concentradís-
simo ao piano, recebe os últimos
conselhos do pianista e diretor
da Leiria Cidade Criativa da Mú-
sica (LCCM), Daniel Bernardes.
Em baixo, o piano preparado
para o desafio da LCCM: alunos,
professores e funcionários das
escolas são convidados a tocar
os seus próprios nomes, filman-
do a performance para a Cidade
Criativa. A ideia é entregar esses
registos para germinarem nas
mãos de compositores profissio-
nais Fotos: Joaquim Dâmaso

Música Seventh Storm Expo Dinossauros
na Stereogun em Pombal
Os Seventh Storm, banda metal
liderada por Mike Gaspar, mem-
bro fundador dos Moonspell,
apresentam em Leiria o álbum
de estreia. “Maledictus” conse-
guiu a proeza de entrar direta-
mente para o 2º lugar do top na-
cional de venda de discos.
Seventh Storm 7 de abril, 23h
Stereogun, Leiria (entrada: 10
euros)
Feira de Leiria
Calema,
Quatro e Meia,
Emanuel e
Wet Bed Gang
na festa
para 650 mil
Há um palco cheio de artistas à
espera do público da Feira de Lei-
ria entre 29 de abril e 28 de maio.
O programa apresentado na se-
mana passada inclui um conjunto
de concertos - todos com entrada
livre - com nomes como Calema,
Quatro e Meia, Bárbara Tinoco,
Paus e Wet Bed Gang.
Em 2023, o município de Lei-
ria pretende atrair mais de 650
mil visitantes, sendo a música
um trunfo importante. No pri-
meiro dia (29 de abril) cabe aos
Calema tocar na Feira de Leiria,
seguindo-se João Miguel (30 de
abril), Paus (5 de maio), Bárbara
Tinoco (6 de maio), Bagunçada
(12 de maio), Nena (13 de maio),
Elsa Gomes (14 de maio), Wet Bed
Gang (19 de maio), Emanuel (20
de maio), Quatro e Meia (21 de
maio), Francisca e Inês Apenas
(22 de maio), e Banda Kroll (26 de
maio). O programa inclui ainda
5º Festival de Folclore de Leiria e
concertos sob a égide do Inatel e
da Associação das Filarmónicas
do Concelho de Leiria.
O município quer que o even-
to seja “uma das maiores feiras
francas de Portugal” e escolheu a
sustentabilidade para tema desta
edição. No recinto, haverá mais de
30 equipamentos de diversão, 230
expositores, acima de meia cen-
tena de espaços de restauração.
Espera-se um impacto económico
superior a 6 milhões de euros.
Dezoito exemplares de dinos-
sauros à escala real são o desta-
que de “O mundo fantástico dos
dinossauros”, que em Pombal
apresenta ainda insufláveis, es-
cavações e projeções.
“O mundo fantástico dos di-
nossauros” 7, 8 e 9 de abril Ex-
pocentro, Pombal (entrada: 8
euros, crianças entre 12-17 anos:
5 euros)
Te-Ato
Dos jovens valores do trombone
a João Lázaro tatuado ao vivo,
há muitas revelações em Arquipélago
Carolina Santos
Sempre que está a tatuar, Cata-
rina Cerejo, 24 anos, precisa de
ouvir música. Por isso, a com-
binação escolhida pelo Te-Ato
para a segunda sessão do pro-
jeto Arquipélago não podia ter
sido mais certeira. No dia 30
de março, a Sala Jaime Salazar
Sampaio, em Leiria, acolheu a
tatuadora da Batalha e dois jo-
vens trombonistas de Leiria, em
mais um serão de partilha de
pensamentos e ideias sobre arte.
Enquanto Catarina tatuava
ao vivo João Lázaro, diretor ar-
tístico do grupo de teatro res-
ponsável pelo desenvolvimento
de Arquipélago -, Maria Novais,
19 anos, e Pedro Santos, 18 anos,
ergueram os trombones e mos-
traram as infinitas valências do
instrumento. Primeiro socorri-
dos da pauta, depois numa ses-
são de improviso, partilharam
um pouco da sua paixão com o
público.
Apesar das áreas distintas,
as artes sempre estiveram pre-
sentes na vida dos três jovens.
Catarina desenha desde que se
lembra e foi quando regressou à
terra natal, a Batalha, que redes-
cobriu a paixão pelas tatuagens.
Está no ramo há cerca de três
anos e encara a profissão como
“uma completa terapia”. “Esque-
ço tudo enquanto tatuo”, contou.
O mesmo acontece com a mú-
sica que, no entender de San-
drine Cordeiro - artista plástica
convidada para comentar a ses-
são - “é uma arte que faz parte
da vida de toda a gente, sem ex-
ceção”. Mais: permite “unir as
pessoas de uma maneira que
consultar o guia de
feiras e festas da região
Música Ray e Rodrigo Música Aires
Cavalheiro no Texas Pinheiro em Alcobaça
Luís Raimundo (The Poppers,
Keep Razors Sharp) traz ao Texas
RAY, novo projeto com um disco
gravado na Riviera Francesa. Na
mesma noite, Rodrigo Cavalhei-
ro estreia Bluesnoisesoundma-
chine.
Ray + Rodrigo Cavalheiro 8 de
abril, 22 horas Texas Club, Bar-
reiros, Amor, Leiria (entrada: 8
euros)
não se consegue noutras áreas
artísticas”.
Sandrine Cordeiro, que gos-
ta de “uma vida mais discre-
ta”, encontrou na música e na
dança forma de se libertar. Mas
reconhece que aprecia muito o
silêncio - aquilo que diz sentir
mais falta atualmente. “O ruído
não se encontra só na música ou
no som, mas também nas artes
visuais. Sinto que atualmente es-
tamos a ser demasiado bombar-
deados com informação visual”.
“Há muito ruído, lixo visual e
sonoro”, acrescentou.
Para Carlos Matos, presiden-
te da Fade In, que esteve na se-
gunda sessão de Arquipélago
também com o “estatuto” de
comentador, a “arte precisa de
espaço para respirar”. E cada
forma de arte adquire diferentes
Catarina Cerejo tatuou João Lázaro durante a sessão
Use o QR para
O guitarrista Aires Pinheiro dá
um concerto em Alcobaça no
âmbito da 12ª Masterclasse de
Guitarra, promovido pela Aca-
demia de Música de Alcobaça.
No dia seguinte, dia 11, há con-
certo final da formação, no mes-
mo espaço e à mesma hora.
Aires Pinheiro 10 de abril, 18h30
Biblioteca Municipal de Alcobaça
(entrada: 3 euros)
perceções e leituras, consoante
quem a ouve, sente, toca... Pedro
Santos, por exemplo, gosta de
tocar o trombone de forma mais
calma, transmitindo serenidade.
Unir “ilhas”
Iniciado em fevereiro, o projeto
do Te-Ato pretende juntar “ilhas”
anónimas - concretamente, artis-
tas - num único espaço, mostran-
do o seu trabalho à comunidade.
Catarina Cerejo considera “muito
importante” que haja iniciati-
vas como a do Te-Ato, porque
são “bastante enriquecedoras”.
E mostram que “tudo se conse-
gue interligar”, completou Maria
Novais.
A próxima sessão de Arquipé-
lago acontece no dia 27 de abril,
no mesmo local, a casa do Te-A-
to, às 21h30. A entrada é livre.
6 abril, 2023 — Região de Leiria
Região // Cultura
A mexer
01 02
03 04
05 06
01 Helena Rocha, atriz, da
Marinha Grande, foi ho-
menageada por. Filipe La
Féria e pelo Teatro Poli-
teama no passado dia 1
de abril, na sessão “Revis-
ta é sempre revista” no
âmbito do Dia Mundial do
Teatro.
02 Carlos Calika, de Pom-
bal, é o autor e realizador
de “Monstro”, curta-me-
tragem de suspense que
junta os elencos do Tea-
tro Amador de Pombal e
do Ajidanha. Ainda sem
data para estreia.
03 Jorge Louraço Figueira,
da Nazaré, deixou a dire-
ção artística do 23 Milhas,
em Ílhavo, para assumir
a direção do Teatro Cons-
tantino Nery, em Matosi-
nhos.
04 João Ferreira, de Leiria,
mostra até ao final de
abril o projeto fotográfico
“O paraíso segundo José
Maria”, no Teatro Munici-
pal de Vila do Conde.
05 Júlio Machado Vaz e o
pianista Júlio Resende
apresentam o espetácu-
lo “Poesia homónima” na
abertura da Festa do Li-
vro de Ourém, no dia 15
de abril.
06 Ruy de Carvalho volta a
pisar o palco do Teatro
José Lúcio da Silva no dia
13 de abril, na peça “Ruy,
a história devida”, com
encenação de Paulo Sou-
sa Costa. Um espetáculo
que inclui um momento
em que o público pode fa-
zer perguntas ao ator.
27
 Região // Cultura
Leirena abre inscrições
para criação artística
na Rosários 4
A empresa de fios e lãs Rosários
4, de Mira de Aire, vai receber a
primeira criação do projeto “Ma-
nufactura”, com que o Leirena
Teatro pretende cruzar artes e
o universo empresarial. O curso
para a bolsa de criação é destina-
do a artistas nacionais e interna-
cionais e está aberto até 30 de
abril.
Projecto Community a
caminho dos Estados
Unidos da América
A equipa Community, do Projeto
Community, de Leiria, venceu o
escalão Adulto (+18 anos) no Portu-
gal Hip Hop Dance Championship,
na Maia, e qualificou-se para a
final mundial, em Phoenix, Esta-
dos Unidos da América, entre 30
de julho e 6 de agosto. As equipas
nas divisões Varsity (13 a 17 anos) e
Megacrew (até 40 elementos) tam-
bém garantiram o apuramento.
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28 Região de Leiria — 6 abril, 2023
Guia
Exposições
Novas
Tipo Passe. As 538 fotografias
produzidas por oito fotógrafos
no centro histórico de Leiria
durante a primeira edição do
projecto Tipo Passe vão estar
expostas na livraria Arquivo. A
inauguração é sábado, dia 8 (18
horas). Patente até 30 de abril.
Um escritor de inquietações.
A vida e obra de José Sarama-
go está em destaque nesta ex-
posição que é inaugurada no
Edifíco da Resinagem, na Mari-
nha Grande, este sábado, 8 de
abril (17 horas). Até 17 de maio.
‘Whose Masks’ New Edition.
Desenhos e pinturas de Run
Jiang, Rodrigo Canhão e Luís
Almeida na galeria novaOgi-
va, em Óbidos, onde os três
artistas apresentem aborda-
gens distintas sobre o tema das
máscaras. Até 4 de junho.
Com.fim.na.mente. Coleção
de pinturas de Conceição Men-
des que retratam experiências
vividas em tempo de pande-
mia. Na Galeria da Vila Medie-
val de Ourém, até 4 de maio.
Fátima - 25 anos de cidade. O
Mecatrónica Automóvel
Metalomecânica CNC
Eletrónica, Automação
e Comando
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Consolata Museu, em Fátima,
acolhe a exposição de fotogra-
fia que recorda desde as pri-
meiras construções da Cova
da Iria ao do Santuário, in-
cluindo casas religiosas, esco-
las, estabelecimentos comer-
ciais, hoteleiros e industriais.
Organizada pela Junta de Fre-
guesia de Fátima, fica patente
até 14 de maio.
Continuam
Naturarte. Ana Carpinteiro
usa cabaças e telhas decoradas
com diversos elementos natu-
ralistas nesta exposição no Ce-
leiro do Marquês de Pombal.
Viagens. André Malheiro ex-
põe fotografia de viagem no
Centro Cultural de Ansião.
Nova Iorque, Paris, Amsterdão
e Praga estão representadas.
Até 7 de abril.
Majestosa imperfeição II. Lu-
zia Lage apresenta pintura na
galeria da Biblioteca Municipal
Afonso Lopes Vieira, em Lei-
ria. “Majestosa Imperfeição II”
é “uma ode à vida”, afirma Lu-
zia Lage. Até 8 de abril.
Design
Gestão
“Poesia da idade do rock”, do projeto Estro/Watts, abre o festival
Poesia
Ronda Poética convoca
Leiria para seis dias de
vibração e sensibilidade
em tempo de guerra
Que papel cabe à poesia face à
guerra que nos dilacera os dias?
De 20 a 25 de abril, a sexta edi-
ção de Ronda Poética procura
respostas num conjunto vasto e
criterioso de propostas pensadas
para Leiria, sob o tema “Poesia
em tempo de guerra”. Um verso
de Sophia de Mello Breyner, “A
paz sem vencedor e sem venci-
dos”, serve de mote a conversas,
música, declamação, apresenta-
ção de livros, artes visuais, rotei-
ros literários e muitas iniciativas
comunitárias em escolas, lares,
juntas de freguesia, hospitais e
até na prisão.
“A poesia pode pouco [face à
guerra], mas pode dar uma res-
posta humana, uma resposta sen-
sível e vibrante, ao mesmo tempo,
às grandes questões e àquilo que
nos dilacera no nosso tempo”, ex-
plica o curador de Ronda Poética,
Luís Filipe Castro Mendes.
Daí que o tema “Poesia em
tempo de guerra” promova a poe-
sia enquanto “forma de nos fazer
pensar”. É esse desiderato que
têm, particularmente, as mesas
de reflexão que serão lançadas,
cruzando a poesia com múltiplos
contextos de guerra.
A vereadora da Cultura da
Câmara de Leiria considera a
poesia “uma ferramenta fun-
damental para a construção da
paz e também para a reconci-
liação dos povos”. “Precisamos
da poesia para viver com mais
qualidade vida. A poesia tem uma
força muito intensa para mudar
os comportamentos”, sublinhou
Anabela Graça. Além do muni-
cípio, Ronda Poética tem organi-
zação da Leiria Cidade Criativa
da Música e livraria Arquivo. ML
147
Do rock com poesia (a abrir esta
edição, no projeto Estro/Watts, a
20 de abril) à estreia de José Luís
Tinoco na edição de poesia, do
concerto do pianista Artur Pi-
zarro só com a mão esquerda a
Pedro Lamares a dizer-nos que
“A poesia é uma arma de futuro”,
há muitas razões para rondar
pelo festival. Que inclui até uma
conversa entre Mário Centeno,
Governador do Banco de Portu-
gal, e Gonçalo Lopes, presidente
da Câmara de Leiria - a organi-
zação promete que, algures, ha-
verá poesia. Ao todo são 147 pro-
postas, entre 32 da programação
geral e 115 que levam a poesia
à comunidade. “Poesia e guer-
ras coloniais”, “Poesia e guerras
civis e interétnicas”, “Poesia e
guerras de religião” e “Poesia e
guerra na Europa” são as mesas-
-redondas lançadas e que envol-
vem vários poetas convidados,
como António Carlos Cortez, Rui
Lage, José Gardeazabal, João
Melo, Zetho Cunha Gonçalves,
António Tavares, Regina Guima-
rães ou Nuno Júdice. Na música,
destaque para de Sérgio Godi-
nho, João Paulo Esteves da Sil-
va (com a filha Nazaré da Silva),
Artur Pizarro, Ana Deus e Luca
Argel – em “Ruído Vário” – Estro
/ Watts, de Paulo Furtado. Lis-
bon Poetry Orchestra fará uma
homenagem a “Os Surrealistas”.
Programação está disponível
online em rondapoetica.cm-lei-
ria.pt.
 Guia Parceria:

Cantinho dos bichos

Passatempos
Palavras cruzadas
PALAVRAS CRUZADAS N. 81
8-O m. q. Azaroleira
(árvore). Flanco. 9-Grande
quantidade. Cobre
com iodo. Érbio (s.q.).
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 10-Macarrão delgado.
11-Charrua. Esmurrai, sovai.
1
 VERTICAIS
2 1-Puras, simples. Chapa
lisa de ferro, para
arredondar o vidro, nas
fábricas. 2-Utilizemos.
3
  Fazer zoada. 3-Relações
públicas (abrev.).
4
 Recebedor dos direitos
5 sobre o gado que vinha
da Arábia para o Egito

6 (Ant.). 4-Que te pertence.
Encolerizar. Anno Domini,
7
  
ano do Senhor (Abrev.).
 5-Sítio onde se atracam
8 embarcações. 6-Queimei.
 Impulso. 7-Postos de
prevenção, prevenidos.
8-Ruténio (s.q.). Desarranjo
9
  mental (Fig.). Espaço de
tempo correspondente
10
à revolução da Terra em
torno do Sol. 9-Modificada,
11 SUDOKU N.80
mudada. Era-Cristã
 © PUZ 2017
HORIZONTAIS Possuir. 4-Mulher que (abrev.). 10-Vassoirar o
1-Género de plantas, tipo cria uma criança alheia. forno depois de aquecido.
Mala pequena. O pintassilgo (Carduelis carduelis) foi uma das 38 espécies observadas Foto: Samuel Conceição
das mirtáceas. Ave de bico Parte do órgão reprodutor : DIFÍCIL11-Planta
HORIZONTAIS
muito curvo e forte. 2-Que das fêmeas. 5-Pedir. poácea
ito nascultivada nos
Nível de Dificuldade

Observadores de aves descobrem a

dá muito nas vistas (Pop.). 6-Cura, sana. Estiveram. terrenos húmidos e
Género de plantas, tipo das mirtáceas. Ave de bico muito curvo e forte. 2-Que dá mu
tas (Pop.). 3-Criminosa. Dá urros. Possuir. 4-Mulher que cria uma criança alheia.quentes.
Parte do Curei. ©
3-Criminosa. Dá urros. 7-Pancadas do badalo.
gão reprodutor das fêmeas. 5-Pedir. 6-Cura, sana. Estiveram. 7-Pancadas do badalo. 8-O

natureza que renasce com a primavera

q. Azaroleira (árvore). Flanco. 9-Grande quantidade. Cobre com iodo. Érbio (s.q.). 10-Ma-

Sudoku
rrão delgado. 11-Charrua. Esmurrai, sovai.

VERTICAIS
GRAU DE
DIFICULDADE
Puras, sim ples. Chapa lisa de ferro, para arredondar o vidro, nas fábricas. 2-Utilizemos.

HHH Batalha “Conhecer para proteger” é o lema do grupo o grupo registou também a pas-
zer zoada. 3-Relações públicas (abrev.). Recebedor dos direitos sobre o gado que vinha

sagem de uma cegonha-branca

Arábia para o Egito (Ant.). 4-Que te pertence. Encolerizar. Anno Domini, ano do Senhor
HH
brev.). 5-Sítio onde se atracam embarcações. 6-Queimei. Impulso. 7-Postos de preven-
que levou 20 amantes da natureza a descobrir o Vale
H
o, prevenidos. 8-Ruténio (s.q.). Desarranjo mental (Fig.). Espaço de tempo corresponden- e de um milhafre-preto.
à revolução da Terra em torno do Sol. 9-Modificada, mudada. Era-Cristã (abrev.). 10-Vas-
do Lena. O resultado? Mais de três dezenas de espécies O sucesso da atividade já se
fazia prever, dada a rapidez com
observadas e escutadas
rar o forno depois de aquecido. Mala pequena. 11-Planta poácea cultivada nos terrenos

que as inscrições esgotaram,

midos e quentes. Curei. ©

ainda uns dias antes da data.

O grupo Aves da Batalha nas-
SOPA DE LETRAS N.74 Joana Magalhães -peito-ruivo, chamarizes, verdi- ceu em 2018, a partir de uma
lhões, tordos, perdizes e muitos página do Facebook. Com o lema
AFINADOR CORARES PASSARÃO Com a chegada da primavera, outros cantos típicos da prima- “Conhecer para proteger”, or-
a natureza desperta: as flores vera”, conta Samuel Conceição, ganizam regularmente saídas
© PUZ 2017

ASTÚCIA FULANO RATICE

brotam e enchem-se de cor e um dos elementos do grupo. de campo, abertas à população,
Sopa de Letras
AVISTA IMAGEM SACIÁVEL

começam a ouvir-se os diferen- Pelo caminho ouviram tam- com o objetivo de conhecer a
BOTAR INIBIÇÃO TINGI

tes cantares dos pássaros. No bém um guarda-rios, que se fauna e flora do concelho da Ba-
CAPTURADO LÁPARO TREVA

AFINADOR
I I Ã O F A C B E R S S C T R C S C R T P concelho da Batalha, a estação manteve escondido, e houve talha, com especial incidência
I I A A A D I A I P O O F I S T E A S E R ASTÚCIA despertou também a curiosidade ainda tempo para observar “um para as espécies de aves.
F A R S I I B A L A R C L T U V C A L I Ã AVISTA dos observadores de aves. fotogénico esquilo-vermelho que Em simultâneo, participam
A O E T T A N M B A Ç T B T A V I S T A O
BOTAR Domingo, 2 de abril, decor- se estava a deliciar com uma em atividades nacionais e inter-
I C A M P U C D R P V C O O C A T S R E A
reu mais uma saída de campo nêspera acabada de colher”. A nacionais de mapeamento de
CAPTURADO
organizada pelo grupo Aves da imagem fez disparar as máqui- espécies e desafiam os cidadãos
R I I O V T C E G R S R O T E T A A A S A
CORARES Batalha. Às 8h30, 20 amantes nas fotográficas e os telemóveis a participar, descobrindo os se-
D Ã S F A S S I A O L E C T O A R S U A L

da natureza caminharam “sob dos participantes, que se esfor- res que os rodeiam e reforçando
C A A A M A D O A T A A A A T E A F O M I
S T I A A O A A S S I R Ã A R E R R I F I FULANO
I A Ç N V R O U A A A T N C C O A O R C A IMAGEM um nevoeiro forte” para desco- çaram por registar o momento. a sua ligação com a natureza. A
O S OR E S . . E . . . . . . . . . . . . brirem a biodiverisdade do Vale Já no final da atividade, em página do grupo conta, atual-
INIBIÇÃO
L F T F B I I O C A N R P A I R R D I T O
do Lena, sempre com um olhar jeito de despedida, os observado- mente, com 1.528 membros. É
. . . . . . . T . . . . . . L . . . . . .
S U A O A S O C I R S I G N I T I A I Ã U . . . . . . AR . . . . AE . . . . . . .
. . . . . E . E . . . . NM . . . . . . .
N L T O V D Ã I A T A O A I A Ã I N Ç I R LÁPARO . . . .R. . S . . S I . .A. . . . . .
atento às espécies caracteriza- res de aves viram um bando de a partir dessa plataforma que
. . . . . A . E . . FO . . . C . . . . .

PASSARÃO das pela presença de penas. ibis-pretas em direção a norte, divulgam os seus eventos.
R A V A S T E I V I A D R R O O I I M N A . . . . .D.R. IT .D. . . I . . . .
. . . . . O . VC . . E . A . . . A . . .

“Começámos logo a escutar “formando um “V” no céu. Num

G. . . .C.A. . . . L . L . . .R. .
joana.i.magalhaes
R N O A I Ç R O E O O A E S D Ã B F E T O
RATICE
R . . . . EMD . . . . . E . O . . . E .
I . . O . I . O . . . . . . F . CE . . I

os bonitos cantos de piscos-de- total de 38 espécies observadas, @regiaodeleiria.pt

R O M E T A P S L O C C V I C I R A G T O F . . .Ã. . . . . . . . . .O. T . . .
P O A A B Ã O F R A A V G S N I S A A R R SACIÁVELA . . . . D . . . . . . . . . . NN . . .
R . . . . . O . BANDO . . . . A . . .
. . . . . . . P . . . . . . . . . TR . .
TINGI
G C A P T U R A D O I O S I C A I V M C R . . . . . . . . . . . . . . . . . S . . .
à A à O G T P A R G O C V A O I A E I R O . . . . . . . . . . . . . . . . .B. . .

Caminhada solidária PUBLICIDADE

. . . . . . . . . . . . . . TUTOR I A
S R E M A A A O S L A T P A S S A R Ã O L TREVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . C A T I V AM . . . . . . . . . . . .

apoia associação
T N M C L A N A P O T E A A I A Ã T C O I . S ODA L OG E D . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nota: são possíveis todos os
sentidos para as palavras de Ansião
I P A U A A B D A E A A A T A A R A A A Ã
© PUZ 2017
SOLUÇÃO SOPA DE LETRAS N. 75

SOLUÇÕES: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . L . . . . . . . . . . . . T . . . Um grupo de jovens de Ansião
S O C A I D O A
R A . . . . . A . . . . . . P A S S ARÃO .
. . . . . . P . . . . . . . . . . EI . . organiza, no dia 16, uma cami-
. C A P T U R A D O . . . I . . . VM . .
nhada solidária, com início às 9
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associação de proteção de ani-
 AT E R
. . . . . . S I . . . . . . . .R. . . .
U R R R E
mais do concelho. O restante va-
. . . . . . CE . . . . . . . . A . . . .
. . . . .U. .R. . . . . . . T . . . .
 CA UR AL RA RA
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M U R
. . . . T . . . . A . . . . AV I S T A .
. . . S . . . . . .R. . . . .C. . . .
. .A. . . . . . . .O. . . . E . . . . lor será utilizado em eventos fu-
. . . . . . . . . . . .C. . . . . . . .
turos. Inscrição através da página
Palavras cruzadas LetrasDE LETRAS N. 74 Sudoku
Sopa deSOPA
SOLUÇÃO
SOLUÇÃO SUDOKU N. 80 de Instagram cao_caminhada.
SOLUÇÃO PALAVRAS CRUZAD
6 abril, 2023 — Região de Leiria 29
 Guia
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Cinemas
Leiria
Teatro Miguel Franco 244 839 680
Patas em Fúria Realizado por Chris Bailey, Mark Koet-
sier M/6 anos. Quarta 12: 14h30. Versão Portuguesa.
Toda a Beleza e a Carnificina Realizado por Laura Poi-
tras. M/12 anos. Quarta 12: 18h30 e 21h30. Documentário.
Cinema City (Shopping NorteSul) 244 845 071
Astérix & Obélix: O Império do Meio Realizado por
Guillaume Canet, com Guillaume Canet, Gilles Lellouche,
Vincent Cassel. M/ anos. Quinta 6 a Quarta 12: 11h30,
15h30 e 17h55. Versão Portuguesa.
Astérix & Obélix: O Império do Meio M/ anos. Quinta 6
a Quarta 12: 21h30. Versão Original.
Super Mario Bros - O Filme Realizado por Aaron Hor-
vath e Michael Jelenic. 3D. M/6 anos. Quinta 6 a Quarta
12: 11h50, 13h50 e 18h20. Versão Portuguesa.
Super Mario Bros - O Filme M/6 anos. Quinta 6 a Quarta
12: 16h00. Versão Portuguesa.
Gritos 6 Realizado por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gil-
lett, com Courteney Cox, Melissa Barrera, Jenna Ortega.
M/16 anos. Quinta 6 a Quarta 12: 21h35.
Super Mario Bros - O Filme M/6 anos. Quinta 6 a Quarta
12: 11h40, 13h40, 15h40, 19h40 e 21h40. Versão Original.
Super Mario Bros - O Filme M/6 anos. Quinta 6 a Quarta
12: 11h20, 13h20, 15h20, 17h20, 19h20 e 21h20. Versão
Portuguesa.
Múmias Realizado por Juan Jesús García Galocha.
M/6 anos. Quinta 6 a Quarta 12: 11h35 e 13h35. Versão
Portuguesa.
Gato das Botas: O Último Desejo Realizado por Joel
Crawfor, Januel Mercado. M/6 anos. Quinta 6 a Quarta
12: 15h35. Versão Portuguesa.
John Wick: Capítulo 4 Realizado por Chad Stahelski,
com Keanu Reeves, Laurence Fishburne, George Geor-
giou. M/16 anos. Quinta 6 a Terça 11: 17h50 (1) .
A Baleia Realizado por Darren Aronofsky, com Brendan
Fraser, Sadie Sink, Ty Simpkins. M/16 anos. Quinta 6 a
Terça 11: 21h10 (1) .
Beautiful Disaster: Um Desastre Maravilhoso Full
Ticket Price Realizado por Roger Kumble, com Virginia
Gardner, Dylan Sprouse, Libe Barer. M/14 anos. Quarta
12: 19h45 (2) e 21h50 (2) .
Terra Que Marca Realizado por Raul Domingues, Ma-
nuel Carpalhoso, Manual Jesus Duro, Luís Mil Homens.
M/12 anos. Quinta 6 a Quarta 12: 13h45.
Dungeons & Dragons: Honra Entre Ladrões M/12 anos.
Quinta 6 a Quarta 12: 15h50, 18h40 e 21h25.
Astérix & Obélix: O Império do Meio M/ anos. Quinta 6
a Quarta 12: 11h20, 13h30 e 19h00. Versão Original.
John Wick: Capitulo 4 M/16 anos. Quinta 6 a Quarta 12:
15h40 e 21h15.
Nazaré
Cine-Teatro 937 340 023
Shazam: Fúria dos Deuses M/12 anos. Quinta 6 e Sexta
7: 18h30 e 21h30.
Alcobaça
Cine-Teatro João D’Oliva Monteiro 262 580 890
Great Yarmouth - Provisional Figures Realizado por
Marco Martins, com Beatriz Batarda, Nuno Lopes, Kris
Hitchen. M/14 anos. Quarta 12: 20h30.
Ourém
Teatro Municipal - Sala Estúdio 916 591 231
Raiva - Ciclo de Cinema: Cinema e Literatura. Realizado
por Sérgio Tréfaut com Hugo Bentes, Sergi López, Cata-
rina Wallenstein, Rogério Samora, Adriano Luz, Leonor
Silveira, Lia Gama, Isabel Ruth, Diogo Dória e Luís Miguel
Cintra. M/12 anos. Quarta 12: 21h30.
(1) Não exibe Quarta 12. (2) Exibe Quarta 12.
30 Região de Leiria — 6 abril, 2023
Guia
Astrológico
Carneiro (21/3 a 20/4) // Não disperse sentimentos. Tem tendên-
cia a confundir sentimentos e pensar que está apaixonado quando
na verdade é uma mera ilusão. Numa relação deve existir diálogo e
respeito. Tenha em conta que as modificações devem ser lentas e
progressivas para terem solidez.
Touro (21/4 a 21/5) // É notória alguma instabilidade e inseguran-
ça, até porque tende a colocar as fasquias muito altas. A harmonia
é possível desde que se disponha a ser realista. Esta semana, seja
acima de tudo prático e faça as alterações necessárias no sentido
de uma maior funcionalidade.
Gémeos (22/5 a 21/6) // O plano afetivo é o menos favorecido
numa altura em que os relacionamentos que se encontram desgas-
tados podem agora acabar em definitivo. O ambiente profissional
apresenta alguma tensão, pelo que dificilmente conseguirá reagir
fria e calmamente a críticas ou mudanças.
Caranguejo (22/6 a 22/7) // Terá de colocar mais entusiasmo e
combatividade ao serviço da realização de projetos de trabalho, ou
arrisca-se a algumas surpresas. Pense bem antes de assinar docu-
mentos. Aproveite as influências positivas para conferir maior esta-
bilidade ao quotidiano sentimental.
Leão (23/7 a 23/8) // Tente encontrar ou construir uma relação
completa em que nenhum aspeto tenha mais peso que outro, no-
meadamente o fator sexualidade. O plano profissional é o melhor
da semana, pelo que deve tomar iniciativas, ainda que sejam de en-
vergadura considerável.
Virgem (24/8 a 23/9) // Sector amoroso caracterizado por breves
conquistas, devidas à sua agradável presença. Riscos de proble-
mas familiares. Pondere nos conselhos de amigos que receber, re-
ferentes à vida sentimental. Finanças em fase de equilíbrio. Plano
profissional sem problemas.
Balança (24/9 a 23/10) // A vida sentimental tende a correr bem,
mas não deixe que assuntos profissionais o privem do tempo ne-
cessário para amar ou exijam grandes sacrifícios aos que consigo
se relacionam. A tendência é para bons resultados já que consegui-
rá fazer passar as suas mensagens.
Escorpião (24/10 a 22/11) // Muita sensibilidade e um forte jogo de
emoções pautam a semana. Não receie viver momentos de roman-
tismo mas não perca a noção de realidade. Não adie tomadas de
posições nem deixe de revelar as suas ideias, mesmo que lhe cha-
mem utópico. Corre riscos de alguns erros.
Sagitário (23/11 a 20/12) // Esta é uma semana positiva no sector
amoroso. Apesar de já estar tudo bem, as coisas podem melhorar
ainda mais. É possível que surja um novo amor na sua vida que a
poderá levar a sentir-se dividida. O sector profissional deve ser ge-
rido com mais cuidado.
Capricórnio (21/12 a 20/1) // Não se mostre desinteressado nem
enterre a cabeça na areia. Olhe com determinação para a sua vida
sentimental e para as suas reais necessidades. Obterá algumas
compensações se não se colocar em situações cómodas ou de
apatia. Procure soluções a médio prazo.
Aquário (21/1 a 19/2) // Pode viver momentos interessantes e en-
tusiasmantes, sobretudo se está livre de compromissos. Se não é
esse o caso, aconselha-se moderação. Empenhe-se em resolver as
questões que o preocupam de forma definitiva para não ter proble-
mas agravados no futuro próximo.
Peixes (20/2 a 20/3) // Dificuldades inesperadas no campo afetivo
que tenderá a agravar já que se sente um pouco cansado e desilu-
dido. Não tome a parte pelo todo e tenha em conta que a vida so-
cial, esta semana, é portadora de momentos ilusórios. As suas opi-
niões não serão muito atendidas.
Jogos de sorte
Euromilhões Totobola
Sorteio nº 26/2022 - Sexta-Feira Sorteio nº 14/2022 - Domingo
16-18-28-34-47 + 5-10 1. Rio Ave - SL Benfica 2
M1lhão 2. FC Porto - Portimonense 1
Sorteio nº 13/2022 - Sexta-Feira 3. Sporting CP - Santa Clara
1
DVX 09664 4. Desp. Chaves - Sp. Braga 2
Totoloto 5. Marítimo - Boavista 1
Sorteio nº 26/2022 - Sábado 6. FC Vizela - Casa Pia AC 1
6-11-17-28-33 + 2 7. V. Guimarães - P. Ferreira X
Euromilhões 8. Leixões - Ac. Viseu 2
Sorteio nº 27/2022 - Terça-Feira 9. Oliveirense - Tondela X
10-16-31-33-50 + 3-8 10. Atl. Madrid - Real Bétis 1
O resultado do Totoloto da última quar-
ta-feira não é publicado, uma vez que o 11. Villarreal - Real Sociedad 1
sorteio acontece depois da hora de fe-
cho desta edição.
12. Nott. Forest - Wolverhampton X
Estes resultados não dispensam a con- 13. Nápoles - AC Milan 2
sulta da lista oficial do Departamento
de Jogos da Santa Casa da Misericórdia Super
de Lisboa. 14. Newcastle - Manchester Utd. 1

Apoio
domiciliário:
marmitas para o
dia e dois dedos
de conversa
Leiria Nas freguesias de Colmeias e de Boa Vista,
fomos conhecer associações que levam refeições
quentes a quem, devido a agruras da vida, deixou de
as poder cozinhar. As entregas são momentos que
combatem a solidão
Joana Magalhães
Maria Noivo, de 91 anos, quei-
xa-se das dores de cabeça e
nos ossos e dos “muitos ner-
vos”, mas o que a entristece
é não ter com quem conver-
sar. “Antigamente estava toda
a gente na rua e no campo,
agora não se vê ninguém, está
tudo metido dentro de casa”,
afirma, no momento em que
recebe na sua morada uma
equipa do apoio domiciliário
(SAD) da Associação Humani-
tária “Os Amigos de Colmeias”
acompanhado pelo REGIÃO
DE LEIRIA. Um dos filhos faz
companhia à idosa.
Perto das 13 horas, são seis
os carros da Instituição Parti-
cular de Solidariedade Social
(IPSS) que percorrem as ruas
da freguesia do concelho de
Leiria para entregar almoço
e jantar aos utentes. À casa
da dona Maria, na localidade
de Bouça, as refeições chegam
de segunda a sexta-feira. “É o
único amparo”, aponta a idosa,
explicando que com o avançar
da idade, veio a dificuldade
em efetuar algumas tarefas
domésticas. Mas nem por isso
deixa de dizer o que pensa:
entre todos os pratos prepara-
dos, a sopa de canja de galinha
é o que lhe deixa água na boca.
À saída das visitas, Maria
Noivo deseja sucesso e saúde a
todos, visivelmente emociona-
da. Ao longo de nove décadas
de vida, criou dois filhos - hoje
com 58 e 53 anos -, tem dois
netos na casa dos vintes e em
breve terá um bisneto.
Apesar das conquistas, é
com alguma amargura que a
dona Maria se vê sozinha na
maioria dos dias. O serviço de
apoio domiciliário acaba por
ser um momento em que, du-
rante a semana, recebe visitas.
Segundo o diretor de serviços
dos “Os Amigos de Colmeias”,
Pedro Sousa, o SAD “tem por
vantagem a prestação de cui-
dados individualizados e per-
sonalizados no domicílio” e
“surge como complemento à
atividade da família”. O traba-
lho da instituição em conjunto
com os familiares “acaba por
retardar um possível ingresso
do utente na resposta de lar”.
“Estou a 100%”
À chegada da equipa do nosso
jornal, nota-se o orgulho de
José Macedo em receber-nos
em sua casa. Tem 70 anos, fei-
tos em maio, mas garante que
“ninguém lhe faz tanta idade”.
“Sou rijo a 100%, não sofro de
nada”, começa por dizer, enu-
merando as mais diversas si-
tuações que superou ao longo
da vida. Desde acidentes a um
trabalho de grande exigência
física, há algumas mazelas,
mas assegura que continua a
realizar todas as tarefas.
Não há ninguém com
quem se possa falar.
Antigamente estava
toda a gente na rua e
no campo, agora não se
vê ninguém, está tudo
metido dentro de casa”
Maria Noivo
utente da Associação
Humanitária “Os Amigos de
Colmeias”
Há cinco semanas que é
utente do SAD da Associação
de Solidariedade da Boa Vista,
no concelho de Leiria. À hora
Página dedicada aos mais velhos, com informações úteis,
conselhos, alertas e histórias que merecem ser contadas.
01
do almoço, de segunda a sex-
ta-feira, recebe as refeições
do dia, mas não só: “As senho-
ras também fazem a limpeza
à casa e a cama de lavado”,
afirma. No entanto, o senhor
José, ou “Zé”, mantém a casa
sempre arrumada e, muitas
vezes, até deixa tudo prepara-
do para a limpeza. Tratar do
quintal é tarefa que também
lhe dá gosto.
“Felizmente posso fa zer
tudo, não sofro de nada, nun-
ca parti, nem estalei osso ne-
nhum na vida”, acrescenta.
Para o presidente da asso-
ciação, Eduardo Silva, o SAD
“contribui para que o utente
mantenha as suas relações
afetivas e sociais, retardando
o processo de institucionali-
zação”. Além disso, é “fator
fundamental no combate ao
isolamento desta população”.
joana.i.magalhaes
@regiaodeleiria.pt
6 abril, 2023 — Região de Leiria
01 José Macedo tem 70 anos e
gosta de manter a casa e o
quintal bem tratados
02 As dores de cabeça e nos
ossos são queixas de Maria
Noivo que, com 91 anos, nota
a dificuldade em realizar
algumas tarefas domésticas
Fotos: Joaquim Dâmaso
02
Dados
das associações
Associação Humanitária
“Os Amigos de Colmeias”
Data da fundação
19 de abril de 1991
Serviços disponíveis
Centro de Dia, Apoio
Domiciliário e Estrutura
Residencial para Pessoas
Idosas
Número de utentes
107
Associação de Solidariedade
da BoaVista
Data da fundação
15 de novembro de 2022
Serviços disponíveis
Centro de Dia e Apoio
Domiciliário
Número de utentes
54
31

06.04.2023
Jornalista de Leiria assina texto
em edição da National Geographic
dedicada aos Caminhos de Santiago
O jornalista Carlos Ferreira, colabora-
dor do REGIÃO DE LEIRIA, é um dos
convidados da revista National Geo-
graphic – Edição Especial Viagens que
chegou às bancas, na última semana, e
é dedicada aos caminhos portugueses
de Santiago.
Coordenada pelo historiador Pau-
lo Almeida Fernandes, esta edição da
revista descreve e interpreta os vários
percursos, explicando a sua génese e
tradição através do contributo de diver-
sos autores.
REGIÃO DE LEIRIA premiado com Prémio
de Imprensa Desporto com Ética 2022
“Escolheram uma profissão nas forças
de segurança e nas Forças Armadas mas
não deixaram o desporto de lado. Pelo
contrário, alimentam o vício de treinar
de manhã, à tarde e à noite, são escolhi-
dos para provas e campeonatos e par-
tilham o momento de competição com
amigos”. A história de Rúben, Cátia, Fá-
tima e Orlando foi contada pelo REGIÃO
Tempo
domingo
Máxima 26º
Mínima 8º
Carlos Ferreira assina o artigo sobre
o Caminho da Geira e dos Arrieiros
(CGA), o único dos novos itinerários a
partir de Portugal que está a renascer
e a crescer apenas por iniciativa dos
peregrinos. O jornalista fez o CGA, pela
primeira vez, em maio de 2017, tendo
sido o quarto peregrino a concluí-lo e o
primeiro a concretizá-lo sozinho.
Escrito na primeira pessoa, sob o
estilo de crónica, o texto descreve este
percurso de 240 quilómetros e o que o
destaca em relação aos restantes. O CGA
DE LEIRIA, a 9 de setembro de 2022, e
mereceu agora a distinção do Prémio de
Imprensa Desporto com Ética 2022, na
categoria regional, pelo IPDJ, através
do PNED (Plano Nacional de Ética no
Desporto), e pelo CNID-Clube Nacional
de Imprensa Desportiva/Associação dos
Jornalistas de Desporto.
O trabalho, da autoria da jornalista
quinta-feira sexta-feira
Máxima 27º Máxima 28º
Mínima 7º Mínima 8º
segunda-feira terça-feira
Máxima 26º Máxima 27º
Mínima 9º Mínima 9º
começa na Sé de Braga e passa pelos
municípios de Amares, Terras de Bouro
e Melgaço, entrando na Galiza pela Por-
tela Homem. Inclui patrimónios únicos
no mundo como a Geira Romana, a via
mais bem conservada do antigo Império
Romano do Ocidente, e a Reserva da
Biosfera Transfronteiriça Gerês-Xurés.
Tem ainda a particularidade de ser um
dos escassos cinco caminhos que ligam
diretamente à Catedral de Santiago de
Compostela.
Carlos Ferreira foi um dos autores
convidados desta edição da National
Geographic pelo amplo conhecimento e
experiência que tem dos vários percursos
que já fez 11 vezes desde 2012. Mas foi-o
também pelo envolvimento afetivo com
o Caminho de Santiago. Confrade da
Arquiconfraria Universal do Apóstolo
Santiago, é membro da Comissão Insta-
ladora da Associação Transfronteiriça
do Caminho da Geira e dos Arrieiros e
administrador da página de Facebook
Caminho da Geira e dos Arrieiros. Par-
ticipa regularmente em encontros de pe-
regrinos, debates e outras iniciativas com
vista à divulgação do percurso, uma vez
que, por enquanto, a gestão do CGA é feita
apenas pelas associações de peregrinos.
Marina Guerra, mereceu o 3º lugar da
categoria imprensa regional, cujo vence-
dor foi Emanuel Pereira (As Beiras), com
o artigo “Jovens afegãs encontraram na
Académica um mundo mais feliz”. Em 2.º
lugar ficou o artigo de opinião de Vitor
Santos (Magazine Serrano), “Carta de um
jovem a seu pai”. Houve ainda menções
honrosas a Ana Ribeiro Rodrigues (Notí-
cias da Covilhã), Hugo Filipe Santos (Diá-
rio de Aveiro) e Carlos Pinto (Sudoeste).
Ana Tulha (Notícias Magazine) venceu
a categoria nacional com “Campeões do
mundo de andebol (as cadeiras de rodas
são um parêntese)”. O júri foi constituído
pelos jornalistas Murillo Lopes, António
Santos Neves e Fernando Guerra.
Esta é a sétima edição em que o RE-
GIÃO DE LEIRIA é distinguido neste
concurso com trabalhos dedicados aos
temas do fair-play, do espírito desportivo
e da ética. A jornalista Marina Guerra
venceu nas edições de 2014, 2015 e 2018,
tendo obtido a 3.ª posição em 2020 e
2021. Em 2017, o prémio foi arrebatado
por Patrícia Duarte.
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sábado
Máxima 28º
Mínima 7º
quarta-feira
Máxima 25º
Mínima 9º
Helena Vasconcelos
Médica
hml.vasconcelos@gmail.com
O meu diário
Parvalhão
A
propósito de um parvalhão que
andou aí a falar da tendência para
engordar de uma apresentadora
de televisão e dos braços fláci-
dos de outra, tenho a dizer que
o mundo está louco e perdido. Um senhor,
que se intitula de jornalista, escreveu numa
coluna de opinião de um jornal qualquer que
uma tal de uma Maria Moniz da TV tinha
tendência para aumentar de peso e que a
Cristina Ferreira tinha os braços tomados
pela flacidez. Acusava-as de desleixo e enal-
tecia outras duas que se cuidavam mais e
não sofriam desses defeitos imperdoáveis.
Quando se luta todos os dias pela igualda-
de de género vem um energúmeno qualquer
reduzir todo o trabalho a uma mera apre-
ciação do aspeto físico das ditas senhoras.
Diga-se de passagem que ambas são muito
engraçadas e não me importaria nada estar
dentro daqueles parâmetros. Ainda se esses
comentários tivessem tido lugar numa espla-
nada qualquer, a comer caracóis e a beber
cerveja com os amigos machos, a coçar as
partes íntimas e a cuspir para o chão a casca
do tremoço, ainda se percebia, mas numa
coluna pública de um jornal (ainda que seja
aquele) valha-me Deus!
É minha convicção que a culpa disto tudo
é de gerações inteiras de mulheres que não
foram implacáveis com os homens, perdoan-
do-lhes o aspeto, valorizando mais o charme,
a inteligência, o dinheiro, a ternura ou sei lá
mais o quê. Se fossemos todas exigentes eles
nem se atreveriam a ter ideias de apreciação
física sob pena de serem trucidados.
Neste ponto do texto tenho dois caminhos:
ou puxo para a menina bem comportada
apelando aos valores de uma sociedade que
não se pretende fútil e que não pode estar
refém destes considerandos de algibeira ou
desço ao nível do autor da opinião e ofere-
ço-lhe um espelho para que possa aferir a
assimetria dos seus pavilhões auriculares, a
calvície total e sobretudo o seu vazio cere-
bral que não lhe permite ter uma ideia mais
elevada do que aquelas que ele expõe na sua
coluna. Termino com este caminho até por-
que há tantas ofertas de espelhos a preços
reduzidos.