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Faculdade do Instituto Brasil Ciência & Tecnologia

Curso de Farmácia
Cosmetologia

DESODORANTE E
ANTITRANSPIRANTE

Profa. Dra. Leandra de Almeida R. Oliveira


SISTEMA
TEGUMENTAR
O tegumento comum é composto por pele, pelos,
glândulas sebáceas e sudoríferas (sudoríparas),
unhas e receptores sensitivos.

FUNÇÕES DO TEGUMENTO COMUM


1. Regula a temperatura corporal.
2. Armazena sangue.
3. Protege o corpo do ambiente externo.
4. Detecta sensações cutâneas.
5. Excreta e absorve substâncias.
6. Sintetiza a vitamina D.
GLÂNDULAS
CUTÂNEAS

GLÂNDULAS SEBÁCEAS

GLÂNDULAS SUDORÍFERAS:
(ÉCRINAS E APÓCRINAS)
Distribuição: Principalmente nos lábios, em certas
regiões dos órgãos genitais; são pequenas no tronco e
nos membros e ausentes nas palmas das mãos e nas
plantas dos pés.
Localização da porção secretória: Derme.
Término do ducto excretor: Conectado principalmente
ao folículo piloso.
Secreção: Sebo (mistura de triglicerídios, colesterol,
proteínas e sais inorgânicos).
Funções: Evita que os pelos ressequem, evita perda de
água pela pele, mantém a pele macia e inibe o
crescimento de algumas bactérias.

GLÂNDULAS SEBÁCEAS
Distribuição: Pele da maior parte das regiões do corpo,
especialmente na fronte, nas palmas das mãos e nas
plantas dos pés. Mais comuns que as glândulas apócrinas.
Localização da porção secretória: Principalmente na
derme profunda.
Término do ducto excretor: Superfície da epiderme.
Secreção: Transpiração, que é formada por água, íons
(Na+, Cl–), ureia, ácido úrico, amônia, aminoácidos,
glicose e ácido láctico.
Funções: Regulação da temperatura corporal, remoção
de resíduos, é estimulada durante o estresse emocional.

GLÂNDULAS SUDORÍFERAS ÉCRINAS


Distribuição: Pele das axilas, da região inguinal, aréolas,
regiões da face com barba e certas regiões dos órgãos
genitais femininos.
Localização da porção secretória: Principalmente na
derme profunda e na camada superior da tela
subcutânea.
Término do ducto excretor: Folículos pilosos.
Secreção: mesmos componentes do suor écrino, além de
lipídios e proteínas.
Funções: Estimulada durante o estresse emocional e
excitação sexual.

GLÂNDULAS SUDORÍFERAS
APÓCRINAS
ODOR CORPORAL

Quando o suor apócrino interage com as bactérias


na superfície da pele, as bactérias metabolizam seus
componentes, fazendo com que o suor apócrino
tenha um odor característico que é chamado
frequentemente de odor corporal.
ODOR CORPORAL

BACTÉRIAS
Nutrientes, temperatura e
umidade.

Secreção das glândulas apócrinas e


écrinas

Biotransformação

Mau cheiro
FORMAS DE REDUÇÃO E CONTROLE
DO ODOR DAS AXILAS

 Reduzir ou eliminar as secreções das


glândulas écrinas e apócrinas;

 Impedir o crescimento bacteriano;

 Adsorver os odores corporais.


DESODORANTES

 Produtos aplicados topicamente, que atuam,


inibindo o crescimento microbiano na
região de aplicação, ou mascarando as
substâncias odoríferas presentes no suor.
Ex.: triclosan.
ANTITRANSPIRANTES

 Produtos aplicados topicamente que


restringem a quantidade de secreção das
glândulas sudoríparas na zona tratada,
evitando os efeitos desagradáveis do suor. Ex.:
cloreto de alumínio.
ANTITRANSPIRANTES
 Antiperspirantes agem bloqueando a expulsão do
suor, formando oclusivos temporários que
interrompem ou reduzem seu fluxo para a
superfície da glândula écrina. Para serem eficazes,
os ativos antiperspirantes devem reduzir a
umidade nas axilas em no mínimo 20%.
ANTITRANSPIRANTES
 O mecanismo de redução da sudorese não se
baseia em nenhuma alteração fisiológica do
organismo. É um mecanismo físico tipicamente
descrito como uma precipitação oclusiva de proteína
que forma um ‘tampão’ de natureza ácida devido ao
ingrediente antiperspirante, baseado em hidróxido de
alumínio ou em zircônio. É um bloqueio superficial
facilmente reversível após 7 a 28 dias sem uso.
ANTITRANSPIRANTES

 Cloreto de zinco;
 Cloreto de alumínio;
 Cloridrato de alumínio e zircônio;
 Cloridróxido de alumínio;
 Sulfato de alumínio tamponado;
 Sulfato de alumínio e zinco;
 Cloridróxido de alantoinato de alumínio.
ANTITRANSPIRANTES
CARACTERÍSTICAS
DAS FORMULAÇÕES
Aerossol – consiste em um sistema anidro de suspensão de pó,
com sensorial seco e sem pegajosidade. Tem como vantagens a
fácil aplicação, a higiene e a secagem rápida. No entanto, esse é
um tipo de formulação com pontos críticos no que diz respeito ao
entupimento da válvula spray e à compactação do sedimento – o
“caking”. Esse tipo de composição é basicamente constituída por
gás propelente, ativo antiperspirante, silicone, éster, agente de
suspensão e fragrância.
CARACTERÍSTICAS
DAS FORMULAÇÕES
Roll-on/creme – são formulações mais econômicas, devido ao
alto teor de água, e de fácil fabricação. Esse tipo de aplicação
tem algumas desvantagens: pode apresentar pegajosidade,
secagem mais lenta, ser menos higiênico e o produto pode secar
na esfera da embalagem roll-on. O formulador tem como desafios
o equilíbrio ideal entre os emolientes e a estabilização da
emulsão.
CARACTERÍSTICAS
DAS FORMULAÇÕES

Stick – esse tipo de apresentação tem como


benefícios a aplicação seca e não pegajosa, além de
maior diversidade na escolha de ativos. Em
contrapartida, é uma formulação de custo elevado e
com maior residual ceroso, o que pode interferir na
eficácia antiperspirante.
LEGISLAÇÃO

Desodorante axilar (exceto com ação


antitranspirante): Produto Grau 1.

Desodorante Antitranspirante Axilar: Produto Grau


2.
LEGISLAÇÃO

 Para a FDA, os antiperspirantes são


considerados medicamentos porque podem
afetar o funcionamento do organismo ao
reduzir a quantidade de suor que chega à
superfície da pele.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

Dossiê Técnico. Fabricação de produtos de higiene pessoal.


Disponível em:
http://www.cdt.unb.br/telecentros/files/dossie_higiene.pdf. Acesso
em 10 de jun. 2014.

NASCIMENTO; RAFFIN; GUTERRES. Aspectos atuais sobre a


segurança no uso de produtos antiperspirantes contendo derivados
de alumínio. Infarma, v.16, 2004. Disponível em:
http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/79/20-
aspectos.pdf. Acesso em 17 de jun. 2014.

FERRARI, Márcio. Desenvolvimento de desodorantes e


antiperspirantes. Especialização “Latu Sensu” em farmácia Magistral,
2006.

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