Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Capítulo: 30 – Conduta
Item: 01 – Lavagem de Dinheiro (LD) e Financiamento do Terrorismo (FT)
Subitem: 02 – Gestão do Risco de LD e FT
2 Objetivos da avaliação
2.1 Avaliar o grau de adequação da gestão do risco de LD/FT da ES em relação aos deveres
impostos pelas normas vigentes e às melhores práticas de PLD/FT.
Elementos de controle
Itens a avaliar
Política de PLD/FT
De acordo regulamentação vigente, a ES deve implementar e manter política de PLD/FT,
tendo em conta o conceito de abordagem baseada em riscos. Nesse sentido, a política deve
ser compatível com os perfis de risco (i) dos clientes, (ii) da ES, (iii) das operações,
transações, produtos e serviços, e (iv) das atividades exercidas pelos funcionários,
parceiros de negócios e prestadores de serviços terceirizados da ES.
A política de PLD/FT deve contemplar um conjunto de diretrizes para nortear o
cumprimento das normas vigentes sobre o tema, incluindo, entre outros aspectos, a
realização de avaliação interna de risco de modo a identificar e mensurar o risco de
utilização dos produtos e serviços da ES na prática de LD/FT, bem como de avaliação de
efetividade do cumprimento da política, dos procedimentos e dos controles internos e da
identificação e correção das deficiências verificadas.
Também devem ser observadas na política de PLD/FT, diretrizes para implementação de
procedimentos para conhecer os clientes, os funcionários, os parceiros de negócio e os
prestadores de serviços terceirizados; registro de operações e de serviços financeiros e;
monitoramento, seleção, análise e comunicação de operações suspeitas ao Conselho de
Controle de Atividades Financeiras - Coaf.
O comprometimento da alta administração com a efetividade e melhoria contínua da
política, dos procedimentos e dos controles internos relacionados à PLD/FT, são
elementos essenciais para mitigar os riscos a que a ES está exposta.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A compatibilidade da política com os perfis de risco definidos pela ES em atendimento
ao parágrafo único do art. 2º da Circular nº 3.978, de 23 de janeiro de 2020;
Se a política contempla as diretrizes dispostas no inciso I do art. 3º da Circular nº
3.978, de 2020;
Título: 7 – Guias de Prática da Supervisão – GPS
Capítulo: 30 – Conduta
Item: 01 – Lavagem de Dinheiro (LD) e Financiamento do Terrorismo (FT)
Subitem: 02 – Gestão do Risco de LD e FT
Itens a avaliar
Escopo da metodologia
A AIR deve permitir a ES identificar, mensurar e categorizar seus riscos.
Para identificar o risco, a ES deve considerar, no mínimo, os perfis de risco (i) dos clientes,
(ii) da ES, incluindo o seu modelo de negócio e a área geográfica de atuação, (iii) das
operações, transações, produtos e serviços, abrangendo todos os canais de distribuição e a
utilização de novas tecnologias e (iv) das atividades exercidas pelos funcionários, parceiros
de negócio e prestadores de serviço terceirizados.
Para mensurar o risco, deve-se avaliar a probabilidade de ocorrência e a magnitude de seus
impactos financeiro, jurídico, reputacional e socioambiental.
A categorização de riscos permite à ES adotar controles de gerenciamento e de mitigação
reforçados para as situações de maior risco e simplificados para as situações de menor
risco, tornando a alocação de esforços mais eficiente.
Como subsídio à AIR, a ES deve utilizar, quando disponíveis, avaliações realizadas por
entidades públicas do País relativas ao tema como, por exemplo, a Avaliação Setorial de
Riscos e a Avaliação Nacional de Riscos. A ES pode também utilizar subsídios oriundos da
Título: 7 – Guias de Prática da Supervisão – GPS
Capítulo: 30 – Conduta
Item: 01 – Lavagem de Dinheiro (LD) e Financiamento do Terrorismo (FT)
Subitem: 02 – Gestão do Risco de LD e FT
Itens a avaliar
Identificação
A ES deve adotar procedimentos de identificação que permitam verificar e validar a
identidade do cliente. Tais procedimentos devem incluir a obtenção, a verificação e a
validação da autenticidade de informações de identificação do cliente, inclusive, se
necessário, mediante confrontação dessas informações com as disponíveis em bancos de
Título: 7 – Guias de Prática da Supervisão – GPS
Capítulo: 30 – Conduta
Item: 01 – Lavagem de Dinheiro (LD) e Financiamento do Terrorismo (FT)
Subitem: 02 – Gestão do Risco de LD e FT
Itens a avaliar
dados de caráter público e privado, bem como a manutenção dessas informações atualizadas.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A adequação dos procedimentos de coleta, verificação, validação e guarda de evidências.
Qualificação
A ES deve adotar procedimentos que permitam qualificar seus clientes por meio da coleta,
verificação e validação de informações.
Os procedimentos de qualificação dos clientes devem incluir a coleta de informações que
permitam avaliar a capacidade financeira do cliente e a necessidade de sua verificação e
validação de acordo com o perfil de risco do cliente e com a natureza da relação de negócio.
Os procedimentos de qualificação devem também incluir a coleta de informações adicionais
compatíveis com o risco de utilização de produtos e serviços da ES na prática da LD/FT e a
verificação da condição de cliente como PEP, bem como verificação da condição de
representante, familiar ou estreito colaborador dessas pessoas conforme disposto na Circular
nº 3.978, de 2020.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A adequação dos procedimentos de coleta, validação, verificação e análise de dados sobre
a capacidade financeira dos clientes, bem como sobre os demais elementos de
qualificação e de guarda de evidências;
A adequação dos procedimentos que permitam qualificar os clientes como PEP e como
pessoas relacionadas a PEP;
A adequação dos procedimentos de qualificação do beneficiário final.
Classificação
A ES deve classificar seus clientes nas categorias de risco definidas na AIR, com base nas
informações obtidas nos procedimentos de qualificação do cliente. A referida classificação
deve ser realizada com base no perfil de risco do cliente e na natureza da relação de negócio.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A adequação dos procedimentos de classificação dos clientes nas categorias de risco
definidas na AIR, com base nas informações obtidas nos procedimentos de qualificação
do cliente.
Compatibilidade com o perfil de risco dos clientes
A ES deve avaliar se os procedimentos destinados a conhecer os clientes aplicados estão
compatíveis com aqueles estabelecidos para a categoria de risco definida na AIR no qual o
cliente foi classificado, não apenas como forma de testar seus procedimentos.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A compatibilidade dos procedimentos destinados a conhecer os clientes aplicados com
aqueles definidos para a categoria de risco no qual o cliente foi classificado.
Título: 7 – Guias de Prática da Supervisão – GPS
Capítulo: 30 – Conduta
Item: 01 – Lavagem de Dinheiro (LD) e Financiamento do Terrorismo (FT)
Subitem: 02 – Gestão do Risco de LD e FT
Itens a avaliar
Procedimentos - Conheça seus funcionários
A ES deve adotar procedimentos para a identificação e a qualificação de seus funcionários,
bem como para a classificação deles na categoria de risco compatível com a atividade
exercida.
Os critérios para a classificação em categorias de risco e os referidos procedimentos devem
ser compatíveis com a política de PLD/FT e a AIR de LD/FT, bem como formalizados em
documento específico aprovado pela diretoria da ES.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A adequação dos procedimentos de identificação;
A adequação dos procedimentos de qualificação;
A adequação dos procedimentos de classificação.
Procedimentos - Conheça seu parceiro de negócios, com destaque aos correspondentes
A ES deve adotar procedimentos para a identificação e a qualificação de seus parceiros, bem
como para a classificação deles na categoria de risco compatível com a atividade exercida.
Os critérios para a classificação em categorias de risco e os referidos procedimentos devem
Título: 7 – Guias de Prática da Supervisão – GPS
Capítulo: 30 – Conduta
Item: 01 – Lavagem de Dinheiro (LD) e Financiamento do Terrorismo (FT)
Subitem: 02 – Gestão do Risco de LD e FT
ser compatíveis com a política de PLD/FT e a AIR, bem como formalizados em documento
específico aprovado pela diretoria da ES.
No processo de contratação de correspondentes no País, os procedimentos devem contemplar
os requerimentos exigidos pela Resolução CMN nº 3.954, de 24 de fevereiro de 2011, e pela
Circular nº 3.978, de 2020, com destaque para o conhecimento dos controles de PLD/FT
adotados pelo correspondente.
Quanto às instituições financeiras sediadas no exterior, incluindo bancos correspondentes, e
terceiros não sujeitos a autorização para funcionar do BCB, participante de arranjo de
pagamento do qual a ES participa e em relação de negócio que envolva interoperabilidade de
arranjo de pagamento não sujeito à autorização do BCB do qual a ES não participe, a
Circular nº 3.978, de 2020, estabelece dispositivos adicionais.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A adequação dos procedimentos de identificação;
A adequação dos procedimentos de qualificação;
A adequação dos procedimentos de classificação.
Procedimentos - Conheça seus prestadores de serviços terceirizados
A ES deve adotar procedimentos para a identificação e a qualificação de seus prestadores de
serviços terceirizados, que prestem serviço de atendimento em seu nome, bem como para a
classificação deles na categoria de risco compatível com a atividade exercida.
Os critérios para a classificação em categorias de risco e os referidos procedimentos devem
ser compatíveis com a política de PLD/FT e a AIR, bem como formalizados em documento
específico aprovado pela diretoria da ES.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A adequação dos procedimentos de identificação;
A adequação dos procedimentos de qualificação;
A adequação dos procedimentos de classificação.
Título: 7 – Guias de Prática da Supervisão – GPS
Capítulo: 30 – Conduta
Item: 01 – Lavagem de Dinheiro (LD) e Financiamento do Terrorismo (FT)
Subitem: 02 – Gestão do Risco de LD e FT
Itens a avaliar
Monitoramento e seleção de operações e situações suspeitas
A ES deve implementar procedimentos de monitoramento e seleção que permitam identificar
operações e situações que possam indicar suspeitas de LD/FT.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A compatibilidade dos procedimentos de monitoramento e seleção com a Política de
PLD/FT e com a AIR;
A adequação dos cenários e das regras de geração de alertas;
A abrangência dos procedimentos, tendo por base, no mínimo, o disposto no art. 39 da
Circular nº 3.978, de 2020, e na Carta-Circular nº 4.001, de 29 de janeiro de 2020;
A compatibilidade das ferramentas de monitoramento e seleção com o porte, o volume e
a complexidade das operações da ES.
Título: 7 – Guias de Prática da Supervisão – GPS
Capítulo: 30 – Conduta
Item: 01 – Lavagem de Dinheiro (LD) e Financiamento do Terrorismo (FT)
Subitem: 02 – Gestão do Risco de LD e FT
9 Gestão e controles
9.1 A ES deve instituir mecanismos de acompanhamento e de controle de modo a assegurar
a implementação e a adequação da política, dos procedimentos e dos controles internos
de PLD/FT. Esses mecanismos devem ser submetidos a testes periódicos pela auditoria
interna, quando aplicáveis, ser compatíveis com os controles internos e envolver as
demais linhas de defesa da ES.
9.2 A ES deve manter procedimentos que busquem o aperfeiçoamento contínuo de seus
processos de PLD/FT. Para tanto, a ES deve possuir conhecimento abrangente de seus
processos de PLD/FT e ter mecanismos de acompanhamento e de controle adequados e
alinhados às disposições contidas na Resolução CMN nº 2.554, de 1998, e à política de
conformidade (compliance) requerida pela Resolução CMN nº 4.595, de 28 de agosto
de 2017, e pela Circular nº 3.865, de 7 de dezembro de 2017, para administradoras de
consórcio e instituições de pagamento.
9.3 Faz parte da gestão da ES, identificar conflitos de interesse, que podem ocorrer nas
relações com clientes, sócios e acionistas, funcionários, parceiros de negócio e
prestadores de serviço terceirizados. Nesse sentido, destaca-se que, dependendo da
natureza, do porte, do volume e da complexidade das operações da ES, pode-se aceitar
que o diretor responsável pelo cumprimento da Circular nº 3.978, de 2020, seja também
responsável pelos controles internos e compliance, mas não pela área de negócios nem
pela auditoria interna, salvo em casos excepcionais.
9.4 A atividade de PLD/FT possui processos próprios, que devem estar em um contexto de
melhores práticas, sujeitos à atuação da segunda e terceira linhas de defesa da ES,
respectivamente controles internos e compliance e auditoria interna.
Itens a avaliar
Gestão do processo de PLD/FT
A ES deve ter mecanismos de acompanhamento e de controle para assegurar a
implementação e a adequação da política, dos procedimentos e dos controles referentes à
PLD/FT, bem como para buscar o aperfeiçoamento contínuo de seus processos, identificando
e corrigindo deficiências.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A existência e adequação de indicadores e de relatórios de gestão.
Conformidade e controles internos
Relativas à segunda linha de defesa da ES, as funções de conformidade e de controles
internos devem ser implementadas para garantir que os controles e os processos de
gerenciamento de riscos executados pela primeira linha de defesa (gerências operacionais e
área de PLD/FT) estão funcionando de acordo com o estabelecido, bem como possibilitar a
Título: 7 – Guias de Prática da Supervisão – GPS
Capítulo: 30 – Conduta
Item: 01 – Lavagem de Dinheiro (LD) e Financiamento do Terrorismo (FT)
Subitem: 02 – Gestão do Risco de LD e FT
10 Avaliação de Efetividade
10.1 A ES deve avaliar, anualmente, a efetividade da política, dos procedimentos e dos
controles internos relativos à PLD/FT. Essa avaliação deve ser documentada em
relatório específico e, por ser parte integrante da atividade de PLD/FT, é realizada sob a
responsabilidade do diretor responsável pelo cumprimento da Circular nº 3.978, de
2020.
10.2 Espera-se que a avaliação de efetividade seja conduzida pela área de PLD/FT ou por
uma área vinculada à segunda linha de defesa da ES. Essa avaliação não pode ser
conduzida pela auditoria interna, que deve preservar sua independência para a avaliação
de todo o processo.
10.3 O referido relatório deve ser encaminhado, para ciência, até 31 de março do ano
seguinte ao da data-base (31 de dezembro), ao comitê de auditoria, quando houver e ao
conselho de administração ou, se inexistente, à diretoria da ES.
10.4 Com relação às deficiências identificadas por meio da citada avaliação, a ES deve
elaborar plano de ação destinado a solucioná-las e relatório específico de
acompanhamento de sua implementação. Tanto o plano de ação como o relatório de
acompanhamento de sua implementação devem ser encaminhados para ciência e
avaliação, até 30 de junho do ano seguinte ao da data-base do relatório de avaliação de
efetividade, para o comitê de auditoria, quando houver, para a diretoria da ES e para o
conselho de administração, quando existente.
10.5 No que diz respeito ao relatório da avaliação de efetividade, ele deve conter
informações sobre a metodologia adotada, os testes aplicados, as deficiências
identificadas e a qualificação dos avaliadores. O relatório deve também conter a
avaliação dos procedimentos de conhecimento (clientes, funcionários, parceiros de
negócio e prestadores de serviços terceirizados), e de monitoramento, seleção, análise e
comunicação ao Coaf, bem como da governança da política de PLD/FT; das ações de
regularização dos apontados oriundos da auditoria interna e da supervisão do BCB; das
medidas de desenvolvimento da cultura organizacional voltada à PLD/FT; e dos
programas de capacitação periódica do pessoal.
Itens a avaliar
Metodologia
Trata-se de apresentação das ações desenvolvidas para realizar a avaliação de efetividade.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
Os instrumentos utilizados na avaliação da efetividade;
Os testes aplicados na avaliação da efetividade;
A adequação da qualificação dos avaliadores.
Relatório
A ES deve elaborar relatório específico da avaliação de efetividade, cujo conteúdo descreva a
forma como foi realizada, os testes aplicados e os resultados obtidos. Esse relatório deve
servir de base para elaboração de um plano de ação destinado a solucionar as deficiências
identificadas por meio da avaliação de efetividade.
Título: 7 – Guias de Prática da Supervisão – GPS
Capítulo: 30 – Conduta
Item: 01 – Lavagem de Dinheiro (LD) e Financiamento do Terrorismo (FT)
Subitem: 02 – Gestão do Risco de LD e FT
Itens a avaliar
Metodologia
Trata-se de apresentação das ações desenvolvidas para realizar a avaliação de efetividade.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
Os instrumentos utilizados na avaliação da efetividade;
Os testes aplicados na avaliação da efetividade;
A adequação da qualificação dos avaliadores.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A qualidade do relatório de avaliação de efetividade;
A adequação da forma de encaminhamento da avaliação de efetividade, quando houver,
ao comitê de auditoria e ao conselho de administração ou, se inexistente, a diretoria da
ES.
Plano de ação
A ES deve elaborar plano de ação destinado a solucionar as deficiências identificadas por
meio da avaliação de efetividade de modo a buscar o constante aperfeiçoamento das práticas
relativas à PLD/FT. O acompanhamento da implementação do plano de ação deve ser
documentado por meio de relatório de acompanhamento.
11 Bloqueio administrativo
11.1 A ES deve cumprir imediatamente medidas estabelecidas nas resoluções do Conselho
de Segurança das Nações Unidas - CSNU ou de designações de seus comitês de
sanções, que determinem a indisponibilidade de ativos, nos termos da Lei nº 13.810, de
8 de março de 2019.
Itens a avaliar
Mecanismos de bloqueio administrativo
A ES deve possuir mecanismos para cumprir as sanções impostas por resoluções do CSNU,
incluída a indisponibilidade de ativos de pessoas naturais e jurídicas e de entidades, bem
como a designação nacional de pessoas investigadas ou acusadas de terrorismo, seu
financiamento ou atos correlacionados conforme dispõe a Circular nº 3.942, de 21 de maio de
2019.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A adequação dos procedimentos definidos para monitorar as determinações de
indisponibilidade de ativos decorrentes de resoluções do CSNU ou de designações de
seus comitês de sanções, bem como informações a serem observadas para o seu
atendimento, inclusive aquelas divulgadas no sítio do CSNU
(http://www.un.org/securityconcil/);
A adequação dos procedimentos para monitoramento da existência ou do surgimento de
ativos de clientes alcançados pelas referidas determinações para, tão logo detectados,
sejam postos sob o regime de indisponibilidade conforme art. 2º da Carta-Circular nº
3.977, de 30 de setembro de 2019.
Comunicação a autoridades
A ES deve possuir mecanismos adequados para a comunicação de bloqueios às autoridades
dispostas na Carta-Circular nº 3.977, de 2019.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A adequação dos procedimentos definidos para comunicação de bloqueios às autoridades
conforme disposto nos arts. 3º (BCB); 4º (Ministério da Justiça e Segurança Pública –
MJSP) e 5º (Coaf) da Carta-Circular nº 3.977, de 2019.
12 Registro de operações
12.1 A ES deve manter registros de todas as operações realizadas, produtos e serviços
contratados, inclusive saques, depósitos, aportes, pagamentos, recebimentos e
transferências de recursos, conforme estabelecido na legislação e regulamentação
vigentes.
12.2 Um dos propósitos desses registros é permitir o rastreamento das transações feitas de
modo a identificar atos ilícitos e a fornecer provas para eventuais processos de
persecução penal.
Título: 7 – Guias de Prática da Supervisão – GPS
Capítulo: 30 – Conduta
Item: 01 – Lavagem de Dinheiro (LD) e Financiamento do Terrorismo (FT)
Subitem: 02 – Gestão do Risco de LD e FT
Itens a avaliar
Infraestrutura para registro de operações
A ES deve possuir infraestrutura e procedimentos adequados para manter registros de todas
as operações realizadas, bem como os produtos e serviços contratados.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
A capacidade da infraestrutura existente na ES para registrar e manter todas as operações
realizadas, produtos e serviços contratados, inclusive saques, depósitos, aportes,
pagamentos, recebimentos e transferências de recursos.
Acesso a informações
A ES deve ter acesso a informações sobre os destinatários finais de recursos em transações
efetuadas por terceiros com as quais mantenha relação de negócio, que não estejam sujeitas a
autorização para funcionar pelo BCB e que sejam participantes de arranjos de pagamento do
qual a ES também participe, conforme art. 31 da Circular nº 3.978, de 2020.
Além disso, quando instituição destinatária de boleto de pagamento, deve obter as
informações previstas no art. 3º-A, § 1º da Circular nº 3.598, de 2012.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
O acesso da ES a informações dos remetentes e destinatários finais dos recursos nos
casos de contratos firmados com terceiros não sujeitos a autorização para funcionar do
BCB.
A utilização dessas informações para o processo de monitoramento, seleção e análise de
transações suspeitas de LD/FT.
Procedimentos para registro de operações
A ES deve possuir procedimentos para realizar e manter os registros determinados na
Circular nº 3.978, de 2020.
Exemplos de aspectos passíveis de avaliação:
Se os registros contêm as informações mínimas sobre as operações previstas no art. 28
da Circular nº 3.978, de 2020;
Com relação ao registro de operações de pagamento, recebimento e transferência de
recursos, se contém, além das informações previstas no art. 28 da Circular nº 3.978, de
2020, a identificação da origem e do destino dos recursos determinados no art. 30 da
mesma Circular;
No que diz respeito ao registro de operações em espécie, se contém, além das
informações previstas nos arts. 28 e 30 da Circular nº 3.978, de 2020, as demais
informações previstas nos arts. 33, 34 e 35 da referida norma;
A adequação dos procedimentos de provisionamento previstos no art. 36, da Circular nº
3.978, de 2020;
Relativamente a boletos de pagamento pagos em espécie, se a ES mantem registro
específico conforme previsto no art. 37, da Circular nº 3.978, de 2020.