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CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO.

AGAMENON SANTANA
Somos Todos Educadores
“Escola Significativa: Acolhimento - Reconhecimento - Pertencimento”
Aluno (a): ______________________________________
Nº:____

Série: 7ª Turma: ____ Data:____ / 07 / 2014 Valor: 6,0 pontos

Profª: ________________ Disciplina: Língua Portuguesa Nota: ____ Média: ___

AVALIAÇÃO FINAL DE LÍNGUA PORTUGUESA II UNIDADE


Instruções:

 A interpretação das questões é muito importante. Leia cada uma delas com muita atenção antes de
respondê-las.
 Saiba usar o tempo disponível para esta avaliação.
 Use caneta de tinta azul ou preta.
 Evite rasuras. Questões rasuradas serão anuladas.
Boa Sorte!

Leia o texto abaixo e responda as questões de 1 a 4:

Que saudade da professorinha

A primeira presença em meu aprendizado escolar que me causou impacto, e causa até hoje, foi uma
jovem professorinha. É claro que eu uso esse termo, professorinha, com muito afeto. Chamava-se Eunice
Vasconcelos, e foi com ela que eu aprendi a fazer o que ela chamava de "sentenças". 
Eu já sabia ler e escrever quando cheguei à escolinha particular de Eunice, aos 6 anos. Era, portanto, a
década de 20. Eu havia sido alfabetizado em casa por minha mãe e meu pai, durante uma infância marcada por
dificuldades financeiras, mas também por muita harmonia familiar. Minha alfabetização não me foi nada
enfadonha, porque partiu de palavras e frases ligadas a minha experiência, escritas com gravetos no chão de terra
do quintal.
Não houve ruptura alguma entre o novo mundo que era a escolinha de Eunice e o mundo das minhas
primeiras experiências – o de minha velha casa do Recife, onde nasci com suas salas, seu terraço, seu quintal
cheio de árvores frondosas. A minha alegria de viver, que me marca até hoje, se transferia de casa para a escola,
ainda que cada uma tivesse suas características especiais. Isso porque a escola de Eunice não me amedrontava,
não tolhia minha curiosidade.
Quando Eunice me ensinou era uma meninota, uma jovenzinha de seus 16, 17 anos. Sem que eu ainda
percebesse, ela me fez o primeiro chamamento com relação a uma indiscutível amorosidade que eu tenho hoje, e
desde há muito tempo, pelos problemas da linguagem e particularmente os da linguagem brasileira, a chamada
língua portuguesa no Brasil. Ela com certeza não me disse, mas é como se tivesse dito a mim, ainda criança
pequena: "Paulo, repara bem como é bonita a maneira que a gente tem de falar!..." É como se ela me tivesse
chamado.
Eu me entregava com prazer à tarefa de "formar sentenças". Era assim que ela costumava dizer. Eunice
me pedia que colocasse numa folha de papel tantas palavras quantas eu conhecesse. Eu ia dando forma às
sentenças com essas palavras que eu escolhia e escrevia. Então, Eunice debatia comigo o sentido, a significação
de cada uma.
Fui criando naturalmente uma intimidade e um gosto com as ocorrências da língua - os verbos, seus
modos, seus tempos... A professorinha só intervinha quando eu me via em dificuldade, mas nunca teve a
preocupação de me fazer decorar regras gramaticais.
Mais tarde ficamos amigos. Mantive um contato próximo com ela, sua família, sua irmã Débora, até o
golpe de 1964. Eu fui para o exílio e, de lá, me correspondia com Eunice. Tenho impressão de que durante dois
anos ou três mandei cartas para ela. Eunice ficava muito contente.
Não se casou. Talvez isso tenha alguma relação com a abnegação, a amorosidade que a gente tem pela
docência. E talvez ela tenha agido um pouco como eu: ao fazer a docência o meio da minha vida, eu termino
transformando a docência no fim da minha vida.
Eunice foi professora do Estado, se aposentou, levou uma vida bem normal. Depois morreu, em 1977, eu
ainda no exílio. Hoje, a presença dela são saudades, são lembranças vivas. Me faz até lembrar daquela música
antiga, do Ataulfo Alves: "Ai que saudade da professorinha, que me ensinou o bê-a-bá".
( Paulo Freire. Nova Escola, nº 81)

1. No texto lido, o autor, Paulo Freire, relata um episódio marcante de sua vida. Qual foi esse episódio?
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2. Um momento difícil para muitas crianças é a passagem da casa para a escola.
a) Como foi esse momento para o menino Paulo Freire?
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b) Por que esse processo aconteceu desse modo?
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3. Quando Paulo Freire entrou na escola, com 6 anos , já sabia ler e escrever . Apesar disso, nunca se esqueceu
das lições que teve com sua primeira professora.
a) O que ele aprendeu com ela? Como era feito esse trabalho?
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b) Que curiosidade a professora despertou no menino?
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c) Como ela agia em relação a conteúdos gramaticais?

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4. Ao relatarmos fatos passados, é natural que aflorem alguns sentimentos. Que sentimentos afloram no relato de
Paulo Freire? Comprove sua resposta com um trecho do texto.
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Leia, a seguir, um trecho do livro Transplante de menina de Tatiana Belinky:

[...] Na Avenida Rio Branco, reta, larga e imponente, embicando no cais do porto [...] tivemos nossa
primeira impressão – e que impressão! – do carnaval brasileiro. [...] O que nós vimos, no Rio de Janeiro, não se
parecia com nada que eu pudesse sequer imaginar nos meus sonhos mais desvairados.
Aquelas multidões enchendo toda a avenida, aquele “corso” - desfile interminável e lento de carros, para-
choque com para-choque, capotas arriadas, apinhados de gente fantasiada e animadíssima. Todo aquele
mundaréu de homens, mulheres, crianças, de todos os tipos, de todas as cores, de todos os trajes – todos
dançando e cantando, pulando e saracoteando, jogando confetes e serpentinas que chegavam literalmente a
entupir a rua e se enroscar nas rodas dos carros... E os lança-perfumes, que que é isso, minha gente! E os
“cordões”, os “ranchos”, os “blocos de sujos” – e todo o mundo se comunicando, como se fossem velhos
conhecidos, se tocando, brincando, flertando – era assim que se chamavam os namoricos fortuitos, a paquera da
época –, tudo numa liberdade e descontração incríveis, especialmente para aqueles tempos tão recatados e
comportados...
[...] Vi muitos carnavais depois daquele, participei mesmo de vários, e curti-os muito. Mas nada, nunca
mais, se comparou com aquele primeiro carnaval no Rio de Janeiro, um banho de Brasil, inesquecível...
Tatiana Belinky. Transplante de menina. São Paulo: Moderna, 2003.
5. Agora responda:
a) Quais acontecimentos que a autora rememora e por que ela o considera marcante?
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b) Ao contar o que viu, Tatiana usa e abusa da descrição. Identifique e copie trechos em que ela descreve o que
viu.
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c) Além de descrever, ela também conta o que sentiu. Copie do texto trechos em que Tatiana conta seus
sentimentos e impressões.
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6. Na escrita, são os sinais de pontuação que organizam o pensamento e facilitam a compreensão do que lê;
Marca a diferença de entonação e contribui para dar significado ao texto. Observe os sinais de pontuação usados
no texto:
a) Com que objetivo foram usadas os travessões?
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b) Com que intenção Tatiana usa os pontos de exclamação?
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7. O autor de memórias usa verbos no passado para marcar um tempo do qual se lembra e já se foi. Copie do
fragmento Transplante de Menina verbos nos tempos essenciais no gênero memórias:
a) no pretérito perfeito
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b) no pretérito imperfeito
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Memórias versus memória...


Segundo Gabriel Garcia Marquez em Viver para contar, “ a vida não é a que a gente viveu, e
sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la”. Em linhas gerais é exatamente essa
função de um texto do gênero de memórias literárias. Mostre o que você aprendeu sobre
esse gênero escolhendo apenas uma resposta correta.
8.Um texto de memórias tem como objetivo resgatar o passado, com base em lembranças e depoimentos de
alguém mais velho da comunidade. No momento da produção textual, o autor deve se colocar na posição do
entrevistado, escrevendo em primeira pessoa. Isso significa que o texto deve...

a) Detalhar todas as informações ouvidas durante a entrevista.


b) Fazer uma reinterpretação das informações coletadas que resulte em um texto de natureza literária.
c) Transportar o leitor para determinado período histórico, fazendo uma comparação minuciosa ente passado e
presente.
d) Apresentar um relato pessoal do entrevistado, abordando fatos que envolvam as diversas fases de sua vida.

9. A entrevista é um gênero da modalidade oral da língua. O escritor de memórias deve retextualizar–


transformar o discurso oral – toda a dinâmica da conversa informal, dos depoimentos coletados na entrevista
em discurso escrito. Na produção escrita, é preciso...

a) Descrever lugares e costumes de antigamente, contando a história verdadeira do lugar.


b) Documentar os pontos marcantes da história de vida do entrevistado.
c) considerar as reações do interlocutor, avaliando a necessidade de repetir a informação, mudar o tom,
reformular a explicação.
d) Eliminar as marcas de interação e incluir a pontuação; apagar as repetições e redundâncias; organizar turnos
de fala em parágrafos, seguindo um percurso do menos para o mais formal.

10. O gênero memórias literárias...

a) Explora o ambiente em que o aluno vive.


b) Traz uma abordagem nostálgica da cidade.
c) Ajuda o indivíduo a planejar mudanças na cidade onde vive.
d) É um meio de articular o passado ao presente – a história de cada indivíduo traz em si a memória do grupo
social a que pertence.

11. Resgatar as lembranças das pessoas mais velhas relacionadas ao lugar onde vivem é muito importante para:
a) Conhecer suas opiniões.
b) Constituir o sentimento de pertencer ao lugar onde vive.
c) Saber com exatidão os acontecimentos ocorridos no lugar.
d) Respeitar todas as informações dos mais velhos.

12. No trabalho com memórias literárias, o aluno será colocado no lugar do pesquisador que busca recuperar a
memória coletiva de sua cidade por meio de:

a) Entrevista.
b) Pesquisa de livros.
c) Observação de objetos contemporâneos.
d) Visita aos pontos turísticos da cidade.

13. Para marcar um “tempo de relembrar”, que é o tempo das memórias, o autor usa:
a) Os verbos no futuro.
b) Os verbos no pretérito perfeito, imperfeito e algumas palavras e expressões.
c) A descrição do espaço.
d) A evocação dos sentimentos e impressões.

14. Os autores evocam emoções, sentimentos, sensações quando discorrem sobre o tempo passado. Esse
recurso é utilizado para:
a) Convencer o leitor de sua opinião.
b) Fazer uma reportagem sobre a cidade.
c) Mobilizar, enredar e atrair o leitor.
d) Revelar os costumes da época.
15. Ao escreverem memórias literárias, os autores recorrem...

a) Aos recursos de linguagem poética: rimas, aliterações e metáforas.


b) À ordenação de fatos ao longo do tempo.
c) À descrição de um acontecimento que presenciaram.
d) À comparação entre o tempo antigo e o atual, evidenciando as diferenças e mudanças ocorridas.

16. O autor de memórias literárias usa os verbos para marcar um tempo do passado. Localize as formas verbais
presentes nos trechos abaixo e dê o que se pede:

Trecho 1:
Cheguei a Nova Granada de manhãzinha, quase escuro, quase claro,a
noite indo embora sem pressa e o dia, menos apressado ainda, dando as
caras. Passei a alça da mochila pelo ombro, e comecei a caminhar em direção
da casa de meus pais, localizada no centro da cidade, para uma visita de
carinho e saudade.
Edson Gabriel Garcia. Nas ondas do rádio. Cenpec, 2004.

Trecho 2:
Naquela grande casa de pedra em que vovô Vincenzo e vovó Catarina
moravam [...] havia uma escadinha misteriosa que subia de uma das grandes
salas e que parava numa porta sempre trancada.
Ilka Brunhilde Laurito. “As almas do Amém”,
In: A menina que fez a América.

Trecho 3:
E foi assim que acabei descobrindo que, quando vovô Vincenzo
acabava o terço e erguia as mãos para o teto, talvez estivesse pedindo às
almas do AMÉM que velassem pela fartura dos campos da Calábria e que
nunca deixassem faltar o pão e o vinho sobre as mesas a fim de que nenhum
calabrês, nunca mais, precisasse emigrar para terras alheias.
Ilka Brunhilde Laurito. “As almas do Amém”,
in: A menina que fez a América.

a) Identifique o tempo em que os fatos ocorreram:

 no trecho 1: ______________________________________________________________________
 no trecho 2: _____________________________________________________________________
 no trecho 3: _____________________________________________________________________

b) Destaque expressões que marcam o momento exato em que as ações ocorreram:


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c) Em qual trecho predomina as formas verbais no modo subjuntivo:

( ) trecho 1 ( ) trecho 2 ( ) trecho 3


16- Alguns jovens costumam escrever sobre suas experiências amorosas. Leia a carta a seguir.

Quero esquecer

Durante um ano tive um namoro


com um garoto. Estávamos numa boa,
quando, na maior “cara de pau”, ele me
disse que tinha ficado com outra. Chorei,
terminamos. Eu, abobalhada, ainda corri
atrás dele. Insensível, ele não me dava a
mínima bola.
Graças a Deus “acordei”. Agora, só
quero esquecer. O que eu faço?

Paula B.
15 anos

Observe que no texto há duas orações em destaque.

a) É possível afirmar, dessas orações, que a autora:

( ) declara o que aconteceu; ( ) informa como se sente;


( ) apresenta dias informações ao leitor; ( ) declara que o namorado não prestava.

b) Como pode ser classificado o predicado dessas orações?


( ) Verbal ( ) Nominal ( ) Verbo-nominal

c) Com base no predicado da primeira oração. O termo que funciona como predicativo do sujeito é:
( ) abobalhada ( ) atrás ( ) dele

17- Retire da carta:

a) Um período com duas orações em que só há predicado verbal.


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b) Uma oração com predicado nominal.


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18- Na oração “ Os olhos estavam bem irritados”, apresenta predicado nominal pois:
( ) o seu núcleo é um nome . ( ) seu núcleo é um verbo. ( ) seu núcleo é um verbo de ligação.

19- “Flores me são os teus lábios”. Qual é o tipo de predicado dessa oração?
( ) Verbal ( ) Nominal ( ) Verbo- nominal ( ) Não há predicado nessa oração

20- “A adolescente comprou uma blusa bonita.” A palavra em destaque exerce a função de:
( ) predicativo de sujeito ( ) predicativo do objeto ( ) sujeito ( ) predicado verbal

“Aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoísmo, nem orgulho. É amor


próprio.” Charles Chaplin

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