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ESTADO DO MARANHÃO

Secretaria de Estado de Infraestrutura – SINFRA


Secretaria Adjunta de Gestão de Manutenção Rodoviária - SEAGER

CADERNO DE ENCARGOS

SUMÁRIO
1. NORMAS TÉCNICAS ........................................................................................................ 8
2- ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇOS ................................................................................ 11
TERRAPLENAGEM ............................................................................................................. 11
A. SERVIÇOS PRELIMINARES - DNIT 104/2009 - ES ................................................... 11
A.1 DEFINIÇÕES ....................................................................................................................... 11
A.2 CONDIÇÕES GERAIS ....................................................................................................... 12
A.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................ 14
A.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS .................................................................................. 16
A.5 INSPEÇÕES ........................................................................................................................ 18
A.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ............................................................................................... 19
B. CAMINHOS DE SERVIÇO - DNER-ES 279/97-ES ..................................................... 21
B.1 DEFINIÇÕES ....................................................................................................................... 21
B.2 CONDIÇÕES GERAIS ....................................................................................................... 21
B.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................ 22
B.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS .................................................................................. 24
B.5 INSPEÇÕES ........................................................................................................................ 25
B.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ............................................................................................... 26
C. CORTES - DNIT 106/2009-ES.................................................................................... 28
C.1 DEFINIÇÕES ....................................................................................................................... 28
C.2 CONDIÇÕES GERAIS ....................................................................................................... 30
C.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................ 31
C.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS .................................................................................. 35
C.5 INSPEÇÕES ........................................................................................................................ 36
C.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ............................................................................................... 38
D. EMPRÉSTIMOS - DNIT 107/2009-ES ........................................................................ 41
D.1 DEFINIÇÕES ....................................................................................................................... 41
D.2 CONDIÇÕES GERAIS ....................................................................................................... 42
D.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................ 43
D.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS .................................................................................. 45
D.5 INSPEÇÕES ........................................................................................................................ 46
D.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ............................................................................................... 47
E. ATERROS / DNIT 108/2009-ES.................................................................................. 50
E.1 GENERALIDADES .............................................................................................................. 50
E.2 MATERIAIS .......................................................................................................................... 51
E.3 EQUIPAMENTOS................................................................................................................ 51

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CADERNO DE ENCARGOS

E.4 EXECUÇÃO ......................................................................................................................... 51


E.5 CONTROLE.......................................................................................................................... 52
E.6 MEDIÇÃO ............................................................................................................................. 53
E.7 PAGAMENTO ...................................................................................................................... 53
PAVIMENTAÇÃO ................................................................................................................ 53
F. REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO / DNIT 137/2010-ES ............................................ 53
F.1 DEFINIÇÕES........................................................................................................................ 53
F.2 CONDIÇÕES GERAIS........................................................................................................ 53
F.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................ 54
F.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS................................................................................... 55
F.5 INSPEÇÕES......................................................................................................................... 55
F.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ................................................................................................ 58
G. BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE / DNIT 141/2010-ES ................ 58
G.1 GENERALIDADES ............................................................................................................. 58
G.2 MATERIAL .......................................................................................................................... 59
G.3 EQUIPAMENTOS ............................................................................................................... 61
G.4 EXECUÇÃO ......................................................................................................................... 61
G.5 CONTROLE TECNOLÓGICO .......................................................................................... 62
G.6 MEDIÇÃO............................................................................................................................. 62
G.7 PAGAMENTO ...................................................................................................................... 63
H. BASE DE SOLO MELHORADO COM CIMENTO / DNIT 142/2022-ES ...................... 63
H.1 DEFINIÇÕES ....................................................................................................................... 63
H.2 CONDIÇÕES GERAIS ....................................................................................................... 63
H.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................ 64
H.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS .................................................................................. 69
H.5 INSPEÇÕES ........................................................................................................................ 69
H.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ............................................................................................... 73
I. FRESAGEM A FRIO / DNIT 159/2011-ES.................................................................... 74
I.1 DEFINIÇÃO ........................................................................................................................... 74
I.2 CONDIÇÕES GERAIS ......................................................................................................... 74
I.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS.............................................................................................. 74
I.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS .................................................................................... 77
I.5 INSPEÇÕES .......................................................................................................................... 77
I.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ................................................................................................. 78
J. MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO / DNIT 035/2018-ES..................................... 78
J.1 DEFINIÇÃO........................................................................................................................... 78
J.2 CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................................ 79
J.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................. 79

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J.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS ................................................................................... 82


J.5 INSPEÇÕES ......................................................................................................................... 84
J.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ................................................................................................ 86
K. IMPRIMAÇÃO COM LIGANTE ASFÁLTICO / DNIT 144/2014-ES .............................. 87
K.1 DEFINIÇÃO .......................................................................................................................... 87
K.2 CONDIÇÕES GERAIS ....................................................................................................... 87
K.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................ 87
K.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS .................................................................................. 89
K.5 INSPEÇÕES ........................................................................................................................ 89
K.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO................................................................................................ 92
L. PINTURA DE LIGAÇÃO / DNIT 145/2012-ES ............................................................. 92
L.1 CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................................ 92
L.2 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................ 92
L.3 EXECUÇÃO .......................................................................................................................... 93
L.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS ................................................................................... 94
L.5 INSPEÇÕES ......................................................................................................................... 94
L.6 CONTROLE DA EXECUÇÃO ............................................................................................ 94
L.7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ................................................................................................ 96
REVESTIMENTOS.......................................................................................................... 97
M. AREIA ASFÁLTO USINADA À QUENTE - AAUQ / DNIT 032/2005-ES ...................... 97
M.1 DEFINIÇÕES....................................................................................................................... 97
M.2 CONDIÇÕES GERAIS ....................................................................................................... 97
M.3 CONDIÇÕES ESPECIFICAS ........................................................................................... 98
M.4 MANEJO AMBIENTAL ..................................................................................................... 102
M.5 INSPEÇÃO ........................................................................................................................ 105
L.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO .............................................................................................. 109
N. TRATAMENTO SUPERFICIALSIMPLES / DNIT 146/2012-ES ................................. 109
N.1 DEFINIÇÃO........................................................................................................................ 109
N.2 CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 110
N.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS .......................................................................................... 110
N.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS ................................................................................ 113
N.5 INSPEÇÕES ...................................................................................................................... 113
N.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO.............................................................................................. 117
O. TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO / DNER 147/2012-ES ................................. 117
O.1 DEFINIÇÃO........................................................................................................................ 117
O.2 CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 118
O.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS.......................................................................................... 118
O.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS ................................................................................ 121

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O.5 INSPEÇÕES ...................................................................................................................... 121


O.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ............................................................................................. 125
P. CONCRETO ASFÁLTICO / DNIT 031/2006-ES ........................................................ 126
P.1 DEFINIÇÃO ........................................................................................................................ 126
P.2 CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 126
P.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS .......................................................................................... 126
P.4 MANEJO AMBIENTAL ..................................................................................................... 132
P.5 INSPEÇÃO ......................................................................................................................... 135
P.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO.............................................................................................. 140
Q. MEIO-FIOS E GUIAS DE CONCRETO / DNIT 020/2023-ES.................................... 141
Q.1 DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 141
Q.2 CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 141
Q.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS.......................................................................................... 141
Q.4 MANEJO AMBIENTAL ..................................................................................................... 143
Q.5 INSPEÇÃO......................................................................................................................... 144
Q.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ............................................................................................. 145
R. ENTRADAS E DESCIDAS D’ÁGUA / DNIT 021/2006-ES......................................... 145
R.1 DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 145
R.2 CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 146
R.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS .......................................................................................... 146
R.4 MANEJO AMBIENTAL ..................................................................................................... 147
R.5 INSPEÇÃO ......................................................................................................................... 147
R.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO.............................................................................................. 149
S. BUEIROS TUBULARES DE CONCRETO / DNIT 023/2006-ES................................ 149
S.1 DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 149
S.2 SÍMBOLOS E ABREVIATURAS ..................................................................................... 149
S.3 CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 149
S.4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS .......................................................................................... 150
S.5 MANEJO AMBIENTAL ..................................................................................................... 154
S.6 INSPEÇÃO ......................................................................................................................... 154
S.7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO.............................................................................................. 156
T. SARJETAS E VALETAS / DNIT 018/2023-ES .......................................................... 156
T.1 DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 156
T.2 CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 156
T.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS .......................................................................................... 157
T.4 MANEJO AMBIENTAL ..................................................................................................... 160
T.5 INSPEÇÃO ......................................................................................................................... 160
T.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ............................................................................................. 162

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U. BUEIROS CELULARES DE CONCRETO / DNIT 025/2004-ES................................ 162


U.1 DEFINIÇÃO........................................................................................................................ 162
U.2 CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 162
U.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS .......................................................................................... 163
U.4 MANEJO AMBIENTAL ..................................................................................................... 166
U.5 INSPEÇÃO ......................................................................................................................... 167
U.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO ............................................................................................. 168
V. TUBOS DE POLIÉSTER REFORÇADO COM FIBRA DE VIDRO (PRFV) E
POLIOLEFÍNICOS (PE E PP) PARA DRENAGEM EM RODOVIA / DNIT 094/2014-ES 169
V.1 DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 169
V.2 CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 170
V.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS .......................................................................................... 174
V.4 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO .................................................................................... 180
V.5 CONDIÇÕES DE CONFORMIDADE E NÃO CONFORMIDADE .............................. 183
X. DRENOS SUBTERRÂNEOS / DNIT 015/2006-ES ................................................... 183
X.1 DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 183
X.2 CONDIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 185
X.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS .......................................................................................... 185
X.4 MANEJO AMBIENTAL ..................................................................................................... 191
X.5 INSPEÇÃO ......................................................................................................................... 191
X.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO.............................................................................................. 193
Z. LIMPEZA E DESOBSTRUÇÃO DE DISPOSITIVOS DE DRENAGEM ...................... 194
Z.1 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS........................................................................................... 194
Z.1 EXECUÇÃO........................................................................................................................ 194
Z.2 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO .............................................................................................. 194
Y. LIMPEZA DE VEGETAÇÃO...................................................................................... 195
Y.1 PODA MANUAL E/OU MECANIZADA........................................................................... 195
Y.2 ROÇADA............................................................................................................................. 195
Y.3 CAPINA MANUAL ............................................................................................................. 195
Y.4 RECOMPOSIÇÃO DE COBERTURA VEGETAL ........................................................ 195
Y.5 LIMPEZA GERAL DA FAIXA DE DOMÍNIO ................................................................. 196
W. SUB-BASE OU BASE DE SOLO BRITA / ET-DE-P00/006 SP ................................ 196
W.1 DEFINIÇÃO ....................................................................................................................... 196
W.2 MATERIAIS ....................................................................................................................... 197
W.3 EQUIPAMENTOS ............................................................................................................ 198
W.4 EXECUÇÃO ...................................................................................................................... 199
W.5 CONTROLE ...................................................................................................................... 201
W.6 ACEITAÇÃO...................................................................................................................... 203

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W.7 CONTROLE AMBIENTAL ............................................................................................... 204


W.8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO .............................................................. 206
DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................................... 207
1. MOBILIZAÇÃO, INSTALAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO. ................................................ 207
2. MATERIAIS ........................................................................................................................... 208
OBRIGAÇÕES DIVERSAS ........................................................................................... 208
1 SINALIZAÇÃO PREVENTIVA ............................................................................................. 208
2 SEGURANÇA DO TRABALHO .......................................................................................... 208
3 INSTALAÇÕES DE TERCEIROS NA FAIXA DE DOMÍNIO .......................................... 209
4 RESÍDUOS PRODUZIDOS POR ACIDENTES ............................................................... 209
5 COLOCAÇÃO DE PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO DA OBRA E OUTRAS ................. 209
6 OUTRAS OBRAS A EXECUTAR NO TRECHO .............................................................. 209
7 MEIO AMBIENTE .................................................................................................................. 210
SERVIÇOS DE SINALIZAÇÃO .......................................................................................... 210
1 SINALIZAÇÃO HORIZONTAL ........................................................................................ 210
1.1 MARCAÇÃO DE FAIXA .......................................................................................... 210
Tipos de marcas viárias ........................................................................................................... 210
1.2 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE SINALIZAÇÃO HORIZONTAL ......................... 211
Marcação Longitudinal............................................................................................................. 212
Marcação Transversal ............................................................................................................. 213
Marcação de Canalização ....................................................................................................... 214
Inscrições no Pavimento ......................................................................................................... 214
1.3 MATERIAIS EMPREGADOS NA PINTURA DE SINALIZAÇÃO .............................. 215
Tintas 215
Equipes de Serviço .................................................................................................................. 220
Controle de Qualidade ............................................................................................................. 220
Verificação do produto ............................................................................................................. 220
Medição dos Serviços: ............................................................................................................. 221
Pagamento dos Serviços: ....................................................................................................... 221
2 SINALIZAÇÃO VERTICAL .............................................................................................. 221
2.1 PELÍCULAS ............................................................................................................ 222
2.2 SUPORTES PARA PLACA DE SINALIZAÇÃO VERTICAL ..................................... 222
2.3 SINALIZAÇÃO VERTICAL DE REGULAMENTAÇÃO ............................................. 223
2.4 SINALIZAÇÃO VERTICAL DE ADVERTÊNCIA ...................................................... 223
Materiais..................................................................................................................................... 223
Controle de Qualidade ............................................................................................................. 225
Reforços e União de Módulos das Placas............................................................................ 225
Placas tipo “A” e “B” ................................................................................................................. 225

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Suportes para fixação de placas de sinalização ................................................................. 225


Instrução para Implantação das Placas ................................................................................ 226
2.5 PAGAMENTO PLACAS .......................................................................................... 226
2.6 IMPLANTAÇÃO DA SINALIZAÇÃO VERTICAL DE SOLO (ES – 340/97) ............... 227
Remoção de Sinalização Vertical .......................................................................................... 227
Implantação de suportes de sinalização ............................................................................... 227
Remoção de sinalização vertical............................................................................................ 227
Equipe de trabalho ................................................................................................................... 228
2.7 INSPEÇÃO.............................................................................................................. 229
2.8 MEDIÇÃO E PAGAMENTO..................................................................................... 229
3 DISPOSITIVOS AUXILIARES ......................................................................................... 229
3.1 ONDULAÇÕES TRANSVERSAIS ........................................................................... 229
Colocação .................................................................................................................................. 232
Relação com outros sinais ou dispositivos ........................................................................... 232
Sistema semirrígido.................................................................................................................. 236

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1. NORMAS TÉCNICAS

A execução dos serviços de pavimentação de vias urbanas deverá obedecer às normas


técnicas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT, e da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, nos casos omissos. Dentre as normas discrimina-se
abaixo especificações relacionadas à execução dos serviços, tais como:

1.1 Especificações do DNIT:

ORDEM N° NORMA DISCRIMINAÇÃO

A DNIT 104/2009 – ES Terraplenagem – Serviços preliminares


B DNIT 105/2009 - ES Terraplenagem – caminhos de serviço
C DNIT 106/2009 – ES Terraplenagem – Cortes
D DNIT 107/2009 – ES Terraplenagem – Empréstimos
E DNIT 108/2009 – ES Terraplenagem – Aterros
F DNIT 137/2010 – ES Pavimentação – Regularização do subleito
G DNIT 141/2010 – ES Pavimentação – Base estabilizada granulometricamente
H DNIT 142/2022 –ES Pavimentação – Base de solo melhorado com cimento
I DNIT 159/2011-ES Pavimentos asfálticos – Fresagem a frio
J DNIT 035/2018-ES Pavimentação asfáltica – Microrrevestimento
asfáltico
K DNIT 144/2014 – ES Pavimentação asfáltica – Imprimação com ligante
asfáltico
L DNIT 145/2012 – ES Pavimentação – Pintura de ligação com ligante asfáltico
convencional
M DNIT 032/2005 – ES Pavimentos flexíveis – Areia Asfalto à Quente
N DNIT 146/2012 - ES Pavimentação asfáltica - Tratamento SuperficialSimples
O DNER 147/2012 – ES Revestimento – Tratamento Superficial Duplo
P DNER 031/2006 - ES Pavimentos flexíveis - Concreto Asfáltico
Q DNIT 020/2023 – ES Drenagem – Meios-fios e guias
R DNIT 021/2006 – ES Entradas e Descidas d’água
S DNIT 023/2006 - ES Drenagem – Bueiros tubulares de concreto
T DNIT 018/2023–ES Drenagem – Sarjetas e valetas
U DNIT 025/2004 - ES Drenagem – Bueiros celulares de concreto
V DNIT 094/2014 - EM Tubos de poliéster reforçado com fibra de vidro
(PRFV) e poliolefínicos (PE e PP) para drenagem em
rodovia
X DNIT 015/2006 - ES Drenagem - Drenos subterrâneos
Z ET-DE-P00/006-SP Sub-Base ou Base de Solo Brita

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SINALIZAÇÃO - NORMAS DO DNER – Convalidadas pelo DNIT.

EM-368/00 – Tinta para sinalização horizontal rodoviária a base de resinas acrílicas ou B


vinílicas;
EM-372/00 – Material termoplástico para Sinalização horizontal rodoviária;
EM-373/00 – Microesferas de vidro retrorefletivas para sinalização horizontal rodoviária;
PRO-231/94 – Inspeção visual de recipientes com tinta para demarcação viária;

MANUAL DE CUSTOS DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES - VOLUME 10


MANUAIS TÉCNICOS - CONTEÚDO 03, SINALIZAÇÃO RODOVIÁRIA - Edição 2017.
MANUAIS DO CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO – CONTRAN

MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO:


Vol I – Sinalização Vertical de Regulamentação;
Vol II – Sinalização Vertical de Advertência;
Vol III – Sinalização Vertical de Indicação;
Vol IV – Sinalização Horizontal;
Vol VI – Dispositivos Auxiliares;

Norma DNIT 100/2009-ES – Segurança no tráfego rodoviário – Sinalização Horizontal –


Especificação de Serviço;
Norma DNIT 101/2009-ES – Segurança no tráfego rodoviário – Sinalização Vertical –
Especificação de Serviço;

ESPECIFICAÇÕES ABNT

NBR 6123/1988 – Forças devidas ao vento em edificações;


NBR-6650/86 - Chapas finas a quente de aço-carbono para uso estrutural;
NBR 6831/01 - Microesferas de vidro retrorrefletivas – Requisitos;
NBR-7823 - Chapas de alumínio e suas ligas - Propriedades mecânicas;
NBR-8855 - Propriedades mecânicas de elementos de fixação – parafusos e prisioneiros;
NBR-10062 - Porcas com valores de cargas específicas – Características mecânicas dos
elementos de fixação;
NBR-11904/92 - Chapas planas de aço zincadas para confecção de sinalização viária;
NBR-13087/94 - Abreviatura e siglas para placas identificadoras;
NBR 14281/99 - Sinalização horizontal viária – Esferas de vidro – Requisitos;
NBR-14636/00 - Sinalização horizontal viária – tachas refletivas viárias – requisitos;
NBR-14644/07 - Sinalização vertical viária - Películas refletivas – requisitos;
NBR-14723/01 - Sinalização horizontal viária – Avaliação da retrorefletividade;
NBR-14891/02 - Sinalização viária – placas;

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NBR -15402/06 – Sinalização horizontal viária – Termoplásticos – procedimentos para


execução da demarcação e avaliação;
NBR – 15405/06 – Sinalização horizontal viária – tintas – procedimentos para execução da
demarcação e avaliação;
NBR 15199/05 - Microesferas de vidro – Métodos de ensaios;
NBR – 15576/08 – Sinalização horizontal viária – tachoes refletivos viárias – requisitos e
métodos de ensaios;

ESPECIFICAÇÕES COMPLEMENTARES – MATERIAIS E SERVIÇOS

ESC – 01 – Sinalização vertical;


ESC – 02 – Sinalização horizontal;
RESOLUÇÃO N° 039/1998 (ondulações transversais) – CONTRAN;

CADERNOS TÉCNICOS/DNIT – out. 2022.

Caderno Técnico de Drenagem; vol. 20;


Caderno Técnico de Pavimentação; vol. 40;
Caderno Técnico de Sinalização Rodoviária; vol. 52.

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2- ESPECIFICAÇÕES DE SERVIÇOS

TERRAPLENAGEM

A. SERVIÇOS PRELIMINARES - DNIT 104/2009 - ES

A.1 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma, são adotadas as seguintes definições:

A.1.1 Serviços preliminares de terraplenagem propriamente ditam


Todas as operações de preparação das áreas destinadas à implantação do corpo estradal,
áreas de empréstimo e ocorrências de material, pela remoção de material vegetal e outros,
tais como: árvores, arbustos, tocos, raízes, entulhos, matacões, além de qualquer outro
considerado como elemento de obstrução.

A.1.2 Desmatamento
Corte e remoção de toda vegetação de qualquer densidade e posterior limpeza das áreas
destinadas à implantação da plataforma a ser construída.

A.1.3 Destocamento e limpeza


Operações de escavação e remoção total dos tocos e raízes e da camada de solo orgânico,
na profundidade necessária até o nível do terreno considerado apto para terraplenagem das
áreas destinadas à implantação da plataforma a ser construída.

A.1.4 Empréstimo
Área indicada no projeto, ou selecionada, onde serão escavados materiais a serem utilizados
na execução da plataforma da rodovia e nos segmentos em aterro.

A.1.5 Ocorrência de material ou jazida


Área indicada para a obtenção de solos ou rocha a empregar na execução das camadas do
pavimento e/ou das obras-de-arte especiais, das obras de drenagem e das obras
complementares.

A.1.6 "Off sets"


Linhas de estacas demarcadoras da área de execução dos serviços.

A.1.7 Cota vermelha


Denominação usualmente adota da para as alturas de corte e de aterro.

A.1.8 Equipamentos em geral


Máquinas, veículos, equipamentos outros e todas as unidades móveis utilizadas na execução
dos serviços e obras.

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A.1.9 Canteiro de obras


Instalações específicas, contendo, no caso geral, os seguintes compartimentos: guarita,
recrutamento, segurança, transportes, ambulatório, escritório, laboratório, almoxarifado,
oficina mecânica, abastecimento de combustíveis, borracheiro, lavagem, lubrificação,
alojamento de pessoal e recreação.

A.2 CONDIÇÕES GERAIS

Os serviços preliminares de terraplenagem, dentro de um enfoque abrangente, assumem


vasta diversificação e podem ser agrupados segundo três vertentes, conforme se expõe nas
subseções A.2.1 a A.2.3.

A.2.1 Exame do Projeto de Engenharia


Compreende a análise interpretativa e atenta do Projeto e documentos afins, com vistas a
uma tomada de conhecimento devidamente precisa e detalhada de todas as suas indicações
e soluções, devendo merecer atenção, entre outros, os seguintes componentes: Projeto
Geométrico, Projeto de Terraplenagem, Projeto de Drenagem, Especificações, Plano de
Obras, Quantificação e respectiva distribuição temporal e espacial dos serviços, Cronograma
Físico de Execução das Obras, Cronograma de Utilização de Equipamentos e de Mão-de-
obra, Canteiro de Obras e Instalações em geral.

Com base na análise então procedida e de forma conjugada com inspeções de campo, deve
ser efetivada uma avaliação de ordem prática da propriedade das soluções propostas – bem
como da adequabilidade e suficiência dos fatores de produção a serem acionados na
execução dos serviços, detendo-se, em especial, nos tópicos que apresentem maior
vinculação com as atividades de terraplenagem.

Na eventualidade da ocorrência de indefinições, imprecisões e não-conformidades ou


restrições, devem ser propostas e adotadas as prontas e devidas providências, objetivando-
se competentes complementações ou correções.

A.2.2 Execução de Estudos Técnicos e de Serviços Topográficos


Compreende o desenvolvimento das seguintes tarefas:

A.2.2.1 Verificação da compatibilidade do levantamento das seções transversais, para fins


de elaboração da “Nota de serviço de terraplanagem” e da cubação dos volumes de materiais
a serem movimentados. Em especial, devem ser verificadas as condições nos segmentos de
cortes e de aterros, cujos respectivos alargamentos estão previstos para atenderem a
empréstimos e a bota-foras, de conformidade com o definido no Projeto de Terraplenagem
(distribuição das massas).

A.2.2.2 Verificação e checagem do apoio topográfico instituído no Projeto de Engenharia –


bem como das condições de materialização e de conservação dos pontos de amarração dos
elementos de planimetria e de altimetria do Projeto Geométrico e também, das referências de
nível (RN).

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A.2.2.3 Verificação e checagem das condições do apoio topográfico concebido para a


delimitação e exploração de cada uma das áreas de empréstimo previstas, bem como das
respectivas condições de materialização. Cumpre observar que o modelo recomendado
consiste na locação de uma rede ortogonal, tal que divida a área em retângulos de dimensões
constantes, apoiada em uma ou mais linhas de referência. Todos os nodos devem ser objeto
de nivelamento preciso. Caso ocorra a necessidade de expansão do serviço, devem ser
efetuados a locação e o nivelamento de novos nodos, obedecidas as condições da rede geral.

A.2.2.4 Elaboração, na forma devida, das eventuais complementações e/ou correções que
se evidenciarem como necessárias na documentação analisada e/ou em elementos /
componentes, inclusive no campo.

A.2.2.5 Locação do Eixo da Rodovia – procedendo-se ao piqueteamento e estaqueamento


(afastamento entre as estacas, ordinariamente de 20 m nas tangentes e de 10 m nos trechos
em curvas).

A.2.2.6 Marcação de “Nota de Serviço de Terraplenagem”, envolvendo a materialização dos


“Off-sets” e das bordas da plataforma com as respectivas alturas a serem alcançadas.

A.2.2.7 Segmentação do Diagrama de Bruckner, do “Quadro do cálculo de ordenadas do


Diagrama” e do “Quadro de localização e distribuição dos materiais para terraplenagem“.
Consiste no registro, em separado e devidamente checado e otimizado, de todos os
parâmetros e atributos integrantes dos referidos instrumentos e referentes ao segmento cuja
execução das obras de terraplenagem está programada para os três primeiros meses, a partir
do início das obras de terraplenagem, de conformidade com o respectivo Plano de obras e
Diagrama “espaço x tempo”.

Devem, outrossim, ser apresentados, dentro de elevado/rigoroso nível de precisão, entre


outros, os seguintes elementos referentes ao segmento a ser implantado neste primeiro
período (3 meses):
a) Volumes compactados relativos à camada final do aterro (60 cm) e volumes
compactados relativos às camadas do corpo de aterro.
b) Volumes “in natura” dos materiais escavados, referidos às várias unidades / fontes
de escavação (cortes e caixas de empréstimos).
c) Relação dos pares “Volume escavado x Distância de transporte” relativos a cada uma
das três categorias de materiais referentes a cada uma das unidades / fontes de escavação
(cortes e caixas de empréstimos) e respectivos destinos dos materiais.
d) Massas específicas aparentes secas relativas aos diversos maciços a serem objeto
de escavação (cortes e caixas de empréstimo).
e) Massas específicas aparentes secas esperadas, conforme o Projeto de Engenharia,
para o corpo de aterro e as respectivas camadas finais, a serem executados no segmento
programado para a implantação no trimestre.
f) Fatores de conversão pertinentes (volume compactado/volume in natura), vinculados
ao exposto nas alíneas anteriores, inclusive no que se refere aos materiais de 2ª e 3ª
categorias.

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NOTAS:
 A cada medição mensal e, em especial, a medição correspondente ao final do
trimestre, com a conclusão das obras programadas para este período, deve ser apresentada
a Análise Comparativa dos valores finais medidos e respectivos valores representados no
Diagrama de Brückner segmentado, bem como competentes considerações.
 Na hipótese de que o processo de distribuição dos materiais de terraplenagem tenha
sido efetivado mediante a aplicação de procedimento outro que não a metodologia de
Bruckner, o modelo então adotado deve, da mesma maneira, ser alvo da mencionada
segmentação - sempre com a finalidade de disponibilizar o registro de todos os parâmetros e
atributos pertinentes à programação trimestral, conforme exposto anteriormente.
 O procedimento de tal segmentação deve ter sequência de forma sistemática e
contínua a cada três meses, considerando sempre a separata correspondente à programação
que deve ser efetivamente cumprida relativamente a cada um dos trimestres que se
sucederem – bem como os valores acumulados pretéritos.
 Os detalhes pertinentes a tais procedimentos constam no Manual de Implantação
Básica, do DNIT.

A.2.3 Execução dos serviços preliminares de terraplenagem propriamente dita


Compreende as tarefas de desmatamento, destocamento e limpeza no terreno natural,
objetivando a eliminação de camada nociva à estrutura do subleito, bem como dotar a
superfície de adequadas condições operacionais para o trânsito do equipamento – seja na
plataforma em implantação ou nas caixas de empréstimo.

A.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

As condições específicas pertinentes à execução dos serviços preliminares de terraplenagem


propriamente ditam estão enunciadas na forma das subseções A.3.1 a A.3.3.

A.3.1 Materiais
O processo de preparo das áreas destinadas à implantação do corpo estradal, áreas de apoio
e áreas de empréstimos e ocorrências de materiais envolve a eventual remoção dos seguintes
elementos / materiais:

A.3.1.1 Espécies vegetais, as quais constituem conjuntos de maior ou menor porte,


demandando ou conduzindo a um desmatamento que pode ser leve ou pesado, conforme a
altura e a quantidade de árvores (densidade).

A.3.1.2 Blocos de rocha, pedras isoladas, matacões, etc.

A.3.1.3 Linhas de transmissão de energia, de telefone ou outra.

A.3.1.4 Cercas, construções e outras benfeitorias, inclusive plantações e açudes.

A.3.2 Equipamentos
A.3.2.1 As operações devem ser executadas utilizando-se equipamentos adequados,

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complementados com o emprego de serviço manual. A escolha do equipamento deve ser em


função da densidade e do tipo de vegetação local e dos prazos exigidos para a execução da
obra.

A.3.2.2 A seleção do equipamento deve considerar o seguinte:


a) Preferencialmente, devem ser utilizados tratores de esteiras, com lâminas ou com
implementos especiais apropriados às tarefas, e motosserras.
b) O equipamento empregado deve dispor de estruturas metálicas de proteção à cabine
do operador e à própria máquina, para protegê-los de eventual queda de galhos e ramos
secos ou mesmo de árvores que venham a ser derrubadas.
Deve ser especialmente protegido a cabine, o motor e acessórios (filtros de ar), os
componentes hidráulicos e o guincho traseiro. O radiador e a parte inferior do bloco do motor
(carter) devem ser protegidos por chapas de aço ou telas reforçadas, pois ficam expostos a
choques com espécies derrubadas.
c) Adicionalmente, são também com freqüência utilizados, para finalidades específicas,
os seguintes implementos: o “empurrador de árvore”, o “destocador” e o “ancinho”.

A.3.3 Execução
Os serviços de limpeza dos elementos / áreas relacionados nas subseções A.3.1.1 e A.3.1.2
compreendem três itens principais, a saber: a) derrubada, remoção da vegetação e
destocamento; b) retirada da camada de terra vegetal; c) remoção de blocos de rocha, pedras
isoladas, matacões, etc.

Na execução dos serviços deve ser observado o disposto nas subseções A.3.3.1 a A.3.3.10.

A.3.3.1 Os serviços devem ser desenvolvidos conforme as indicações de projeto,


especialmente no que se refere à destinação do material removido e no atendimento aos
condicionamentos ambientais, enfocados na seção 6 desta Norma.

A.3.3.2 As operações pertinentes, no caso da faixa referente à plataforma da futura via,


devem restringir-se aos limites dos “off-set” acrescidos de uma faixa adicional mínima de
operação, acompanhando a linha de “off-set”. No caso dos empréstimos e áreas de apoio em
geral, a área deve ser a mínima indispensável à sua utilização.

A.3.3.3 Nas áreas destinadas a cortes, a exigência é de que a camada de 60 cm abaixo do


greide projetado fique totalmente isenta de tocos ou raízes.

A.3.3.4 Nas áreas destinadas a aterros de cota vermelha abaixo de 2,00 m, a camada
superficial do terreno natural contendo raízes e restos vegetais deve ser devidamente
removida. No caso de aterro com cota vermelha superior a 2,00 m, o desmatamento deve ser
executado de modo que o corte das árvores fique, no máximo, nivelado ao terreno natural,
não havendo necessidade do destocamento.

A.3.3.5 Quando da ocorrência de vegetação de porte reduzido ou médio (até 15 cm de


diâmetro, medido a uma altura de 1,00 m do solo) a limpeza, em termos práticos, deve

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compreender apenas o desmatamento – que pode ser qualificado como leve ou pesado,
conforme a altura e/ou a quantidade de árvores. Para estas tarefas podem ser usados,
exclusivamente, os tratores de esteiras.

A.3.3.6 No caso da vegetação de maior porte (diâmetro maior que 15 cm) o processo de
derrubada e redução dos troncos das árvores demanda o uso adicional de motosserras –
devendo, outrossim, em seqüência ser procedido o destocamento, o qual consiste em se
remover os tocos remanescentes.

A.3.3.7 A fiscalização deve assinalar, mediante caiação, as árvores que devem ser
preservadas e as toras que pretende reservar – as quais devem ser, então, transportadas
para local determinado, visando posterior aproveitamento.

A limpeza deve ser sempre iniciada pelo corte das árvores e arbustos de maior porte,
tomando-se os cuidados necessários para evitar danos às árvores a serem preservadas,
linhas físicas aéreas ou construções nas vizinhanças.

Para a maior garantia / segurança as árvores a serem cortadas devem ser amarradas e, se
necessário, o corte deve ser efetuado em pedaços, a partir do topo.

A.3.3.8 Na operação de limpeza, quando o terreno for inclinado, o trator deve trabalhar
sempre de cima para baixo.

A.3.3.9 No caso da ocorrência de outros elementos – que não as espécies vegetais, na forma
do disposto na subseção A.3.1, o tema, devidamente tratado no projeto de engenharia, deve
ser contemplado em Especificação Complementar, cumprindo registrar o seguinte:
• Quando se tratar de linhas, sejam elétricas, telegráficas ou telefônicas, as respectivas
remoções dependem das competentes autorizações (prévias), por parte dos proprietários,
atos que, com freqüência, demandam tempo considerável. Releva observar, outrossim, que
as linhas de transmissão apresentam perigo de vida quando estão ligadas.
• Quando se tratar da remoção de construções ou outras benfeitorias (pequenos
açudes, cercas, plantações), há que se averiguar quanto ao estágio dos processos
expropriatórios.

A.3.3.10 No caso de remoção de cercas, deve-se sempre construir primeiro a nova cerca,
antes de remover a antiga, visando evitar estragos em plantações ou pastagens ou, ainda,
saída de animais para a faixa de trabalho, trazendo perigo ao trânsito de equipamentos.

A.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Nas operações destinadas à execução dos serviços preliminares, objetivando a preservação


ambiental, devem ser devidamente observadas e adotadas as soluções e os respectivos
procedimentos específicos atinentes ao tema ambiental, definidos e/ou instituídos no
instrumental técnico-normativo pertinente vigente no DNIT e na documentação técnica
vinculada à execução das obras, documentação esta que compreende o Projeto de

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Engenharia – PE, os Programas Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental e as


recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

O conjunto de soluções e procedimentos acima reportados constitui elenco bastante


diversificado de medidas condicionantes que, à luz do instrumental técnico-normativo
pertinente e referenciado à Norma DNIT 070/2006 PRO, comporta o desdobramento
apresentado na forma das subseções A.4.1 a A.4.3, que se seguem:

A.4.1 Medidas condicionantes de cunho genérico, focalizadas na subseção A.2.2


da mencionada Norma, e que contemplam, entre outros, os seguintes tópicos:
• O atendimento à plena regularidade ambiental;
• A observância rigorosa da legislação referente ao uso e à ocupação do solo, vigente
no município envolvido;
• O estabelecimento de horário de trabalho compatível com a lei do silêncio (regional ou
local);
• O atendimento à segurança e ao conforto dos usuários da rodovia e dos moradores
das faixas lindeiras;
• A segurança operacional dos trabalhadores da obra;
• O planejamento e a programação das obras;
• O disciplinamento do fluxo de tráfego e do estacionamento dos veículos e
equipamentos;
• A devida recuperação ambiental das áreas afetadas pelas obras, após o encerramento
das atividades.

A.4.2 Medidas condicionantes de cunho específico, focalizadas na subseção A.3.1 da


mencionada Norma, e que contemplam os tópicos “canteiro de obras”, “instalações industriais”
e “equipamentos em geral”, em suas etapas de instalação / mobilização, de operação e de
desmobilização.

A.4.3 Medidas condicionantes de cunho específico, focalizadas na subseção A.3.2 da


mencionada Norma, e que, contemplando as atividades e ocorrências relacionadas com o
desmatamento e a limpeza do terreno, se detêm, entre outros tópicos, nos seguintes:
• Manutenção de adequados contatos prévios com os órgãos federais ou regionais com
jurisdição nas áreas correspondentes, onde serão desenvolvidas as atividades de
desmatamento;
• Preservação dos sistemas naturais e das espécies de faunas raras, ou em extinção, e
de interesse científico e econômico;
• Preservação das áreas situadas em reservas florestais, ecológicas e/ou de valor
cultural, protegidas em lei;
• Preservação dos cursos d’água e da vegetação ciliar;
• Planejamento prévio da execução dos serviços;
• Técnicas e procedimentos específicos, referentes ao processo executivo e à utilização
dos materiais removidos.

NOTA: Em função de necessidades e particularidades específicas, detectadas ao longo do

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desenvolvimento dos serviços, a Fiscalização deve acatar, acrescentar, complementar ou


suprimir itens integrantes do elenco de condicionantes, instituídos na documentação técnica
reportada.

A.5 INSPEÇÕES

Objetivando o atendimento ao preconizado nas Normas DNIT 011/2004-PRO e DNIT


013/2004-PRO, a Fiscalização deve elaborar e cumprir competente Programa de Inspeções,
de sorte a exercer o controle externo da obra.

Neste sentido e, de conformidade com o instituído no “Planejamento Geral da Obra ou Plano


da Qualidade (PGQ)”, relativamente aos serviços de desmatamento, destocamento e limpeza,
referidas inspeções, de forma sistemática e contínua devem atender ao disposto nas
subseções A.5.1 a A.5.3, que se seguem:

A.5.1 Controle da execução


Deve ser verificado se:
• A execução foi, na forma devida, formalmente autorizada pela Fiscalização;
• O avanço do desenvolvimento dos serviços de desmatamento e limpeza apresenta
defasagem adequada com as tarefas de terraplenagem e se guarda conformidade com a
programação estabelecida;
• O disposto nas seções A.2 e A.3 desta Norma está sendo devidamente atendido.

A.5.2 Verificação do produto

A.5.2.1 Quanto ao controle geométrico


O controle geométrico de execução dos serviços deve ser feito por meio de levantamento
topográfico, orientado pelos elementos geométricos estabelecidos nas Notas de Serviço –
com as quais deve ser feito o acompanhamento dos serviços.

É admitida, como tolerância, uma variação na largura da faixa a ser trabalhada de + 0,15 m
para cada lado do eixo, não sendo admitida variação negativa.

A.5.2.2 Quanto ao acabamento


Deve ser feito o controle qualitativo de forma visual, avaliando-se se a área superficial tratada
se encontra efetivamente isenta da camada vegetal e/ou de outros elementos suscetíveis de
impedir ou prejudicar o pleno desenvolvimento e a qualidade dos serviços de terraplenagem.

A.5.2.3 Quanto ao atendimento ambiental


Deve ser verificada quanto à devida observância e atendimento ao disposto na seção 6 desta
Norma, bem como procedida a análise dos resultados, então alcançados, em termos de
preservação ambiental

A.5.3 Condições de conformidade e não- conformidade


Tais condições devem ser inferidas a partir do resultado das verificações, controles e análises

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reportados nas subseções A.5.1 e A.5.2 anteriores.

Admitidas como atendidas as prescrições das subseções em foco, os serviços devem ser
aceitos.

Todo componente ou detalhe incorreto deve ser corrigido.

Qualquer serviço, então corrigido, só deve ser aceito se as correções executadas o colocarem
em conformidade com o disposto nesta Norma, caso contrário o serviço deve ser rejeitado.

A.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Considerando que a medição dos serviços tem como uma de suas finalidades básicas a
determinação, de forma racional e precisa, do respectivo custo de execução, a abordagem
desta seção comporta dois tópicos específicos, a saber: A “medição propriamente dita dos
serviços executados” e a “apropriação do custo da respectiva execução.”

A.6.1 Processo de medição


Os serviços aceitos de conformidade com a subseção A.5.3 devem ser medidos de acordo
com os critérios de A.6.1.1 a a.6.1.4.

A.6.1.1 Os serviços de desmatamento e de destocamento de árvores de diâmetro inferior a


0,15 m e de limpeza devem ser medidos em m², em função da área efetivamente trabalhada.

A.6.1.2 As árvores de diâmetro igual ou superior a 0,15 m devem ser medidas isoladamente,
em função das unidades efetivamente destocadas e consideradas em dois conjuntos, a saber:
a) Árvores com diâmetro compreendido entre 0,15 m e 0,30 m;
b) Árvores com diâmetro superior a 0,30 m.

A.6.1.3 Para efeito da aplicação do disposto em A.6.1.1 e A.6.1.2, o diâmetro das árvores
deve ser apreciado a um metro de altura do nível do terreno.

A.6.1.4 Devem ser considerados como integrantes ordinárias dos processos executivos
pertinentes aos serviços focalizados nas subseções, A.6.1.1 e A.6.1.2, as seguintes
operações:
a) As operações referentes à remoção/transporte/deposição e respectivo preparo e
distribuição, no local de bota-fora, do material proveniente do desmatamento, do
destocamento e da limpeza.
b) As operações referentes à preservação ambiental, focalizadas na seção 6 desta
Norma.

A.6.1.5 Na Memória de Cálculo dos Quantitativos pertinentes à execução dos serviços em


foco, cada um dos três respectivos componentes tratados nas subseções A.6.1.1 e A.6.1.2
acima deve ser desdobrado e devidamente explicitado. Neste sentido, os demonstrativos dos
quantitativos de serviços executados relativamente a cada um dos componentes, devem estar

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referidos ao estaqueamento do eixo e/ou à designação das caixas de empréstimo da via em


construção e desdobrados em dois conjuntos, na forma que se segue:
a) Serviços executados dentro da faixa definida pelas “linhas de off-sets”, que delimitará
a plataforma da via em construção.
b) Serviços executados para o preparo das caixas de empréstimo a serem utilizadas na
implantação da plataforma da via em construção;

NOTAS:
• Os serviços em foco, quando pertinentes à abertura dos caminhos de serviço que se
situam dentro da faixa definida pelas linhas de “off-sets” devem ter seu demonstrativo de
cálculo também inserido no item Caminhos de Serviço, mas o respectivo quantitativo de
serviço estabelecido deve ser agregado ao conjunto referente à alínea a definida na subseção
A.6.1.5 desta Norma.
• O disposto no tópico anterior deve estar devidamente registrado nas Memórias de
Cálculo pertinentes às Especificações em foco.
• O Modelo correspondente da Folha de Memória de Cálculo, com respectiva instrução
para elaboração, consta no Manual de Implantação Básica, do DNIT.

A.6.2 Apropriação do custo de execução dos serviços


Para efeito de determinação do custo unitário dos serviços deve ser observado o disposto nas
subseções A.6.2.1a A.6.2.3, a seguir:

A.6.2.1 Relativamente aos serviços mencionados em A.6.1.1, a unidade deve ser referida ao
“m²” efetivamente trabalhado, atendido sempre ao disposto na subseção A.6.1.3 e a
respectiva apropriação deve englobar todas as etapas do processo construtivo, inclusive as
operações pertinentes ao definido na subseção A.6.1.4.

A.6.2.2 Relativamente aos serviços mencionados em A.6.1.2, a referência deve ser a


unidade efetivamente destocada, atendido sempre o disposto nas alíneas “a” e “b” dessa
subseção A.6.1.2 e ao disposto na subseção A.6.1.3, englobando, inclusive, todas as
operações pertinentes ao definido na subseção A.6.1.4.

A.6.2.3 A linha metodológica a ser ordinariamente adotada, bem como o elenco de valores
de parâmetros e de fatores interferentes devem ser estabelecidos no Manual de Composição
de Custos Rodoviários do DNIT, editado no ano de 2003 ou eventuais atualizações
supervenientes.

Ante particularidades ou especificidades evidenciadas quando da elaboração do Projeto de


Engenharia e relativamente aos parâmetros e fatores interferentes cabe a adoção de valores
diferentes do preconizado no referido Manual de Composição de Custos Rodoviários, sem
prejuízo da aplicação da linha metodológica mencionada.

A.6.2.4 A apropriação do custo de execução correspondente deve ser obtida de


conformidade com os quantitativos de serviços estabelecidos na subseção 8.1.5, e mediante
a aplicação dos respectivos custos unitários estabelecidos nas subseções 8.2.1 a 8.2.3.

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B. CAMINHOS DE SERVIÇO - DNER-ES 279/97-ES

B.1 DEFINIÇÕES

Para efeito desta Norma são adotadas as seguintes definições:

B.1.1 Caminhos de serviço


Vias implantadas e/ou utilizadas, em caráter provisório, para propiciar o deslocamento de
equipamentos e veículos a serem acionados para atendimento às várias finalidades inerentes
à execução das obras.

B.1.2 Equipamentos em geral


Máquinas, veículos, equipamentos outros e todas as unidades móveis utilizadas na execução
propriamente dita dos serviços e obras.

B.1.3 Revestimento primário


Camada de solo selecionado de boa qualidade, estabilizado, superposta ao leito natural de
uma rodovia, para permitir uma superfície de rolamento com características superiores às do
solo natural, garantindo melhores condições de trânsito.

B.2 CONDIÇÕES GERAIS

A implantação e/ou utilização de caminhos de serviço se condiciona à prévia e formal


autorização da fiscalização e deve atender ao disposto nas subseções B.2.1 a B.2.6.

B.2.1 Consistir, alternativamente:


a) No eventual aproveitamento de vias existentes, de uso público ou privado. Neste
caso, quando da necessidade do estabelecimento de démarches com terceiros, deve haver a
interveniência do DNIT.
b) Na abertura de via situada no exterior da faixa definida pelas linhas de “off-set” com
a finalidade estrita de atender, provisoriamente, a tráfego específico da obra.
c) Na abertura de via situada no interior da faixa das linhas de “off-set” – faixa
delimitadora da plataforma da via a ser implantada.

B.2.2 No caso da alínea “b” da subseção B.2.1 as vias devem apresentar


características operacionais estritamente indispensáveis às suas finalidades e ante uma
expectativa de prazo bastante reduzida, vinculada ao cronograma de implantação do
segmento viário que lhe corresponde.

B.2.3 No caso da alínea “c” da subseção B.2.1 a implantação dos caminhos de


serviço deve ser considerada como a execução de uma etapa da implantação da rodovia,
podendo, assim, assumir características melhores e de conformidade com o definido no
projeto de engenharia.

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B.2.4 As vias devem estar submetidas a serviço de manutenção atento e permanente,


em função da magnitude do tráfego.

B.2.5 Deve ser exercido um controle operacional adequado dos veículos /


equipamentos, em termos de velocidade e ações de carga e descarga, objetivando a
segurança operacional, bem como a minimização dos efeitos poluidores suscetíveis de afetar
as comunidades lindeiras ou terceiros, em geral.

B.2.6 No caso da alternativa “b” da subseção B.2.1, e quando caracterizado ou definido


o encerramento da utilização do caminho de serviço, deve ser promovida a recuperação da
respectiva área ocupada, restituindo-lhe as condições primitivas.

B.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

B.3.1 Materiais
A abertura dos caminhos de serviço, ordinariamente compreende o aproveitamento da
camada do solo superficial ocorrente na respectiva faixa a ser trabalhada
– cumprindo observar que, por se tratar de via provisória e a ser submetida a tráfego de
pequena magnitude, os requisitos geotécnicos exigidos para os solos são relativamente
brandos, conforme as normas da espécie.

Na medida em que ocorram deficiências, de cunho geotécnico ou de altimetria, em especial


quando associada a volumes mais significativos de tráfego, tornar-se-á necessária a
incorporação ao leito natural de materiais outros, preferencialmente, um pouco mais nobres.

As exigências podem evoluir, a juízo da Fiscalização, para a execução de revestimento


primário, envolvendo, então, a utilização de material adequado, a ser especificado pelo DNIT.

B.3.2 Equipamento
Os serviços devem ser executados utilizando-se equipamentos adequados, complementados
com o emprego de serviço manual.

A seleção de equipamento deve considerar o seguinte:


a) Para as tarefas de implantação dos caminhos do serviço é mais indicada a utilização
de tratores de esteira com lâmina angulável.
b) Para efeito de manutenção dos caminhos de serviço, é ordinariamente utilizada
moto- niveladora.
c) No caso da incorporação de materiais outros, devem ser utilizados, conforme o caso:
tratores de esteira, carregadeiras frontais ou escavadeiras, caminhões basculantes,
motoniveladoras, caminhão- pipa e rolos compactadores.

B.3.3 Execução
A fim de permitir o adequado acesso a todas as frentes de trabalho do trecho a ser implantado,
dando condições para que os equipamentos pesados atinjam as áreas de apoio e as frentes
de serviços, devem ser implantados caminhos de serviços, expressamente autorizados pela

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Fiscalização do DNIT, observando-se o seguinte:

B.3.3.1 Tais vias se constituem em obras de baixo custo, com movimentos de terra mínimos,
considerando o disposto na subseção B.3.1 e abrangendo plataforma com largura de 4 m a 5
m.

B.3.3.2 Quando evidenciada a necessidade, a juízo da Fiscalização, deve se buscar uma


melhoria relativa do “greide”, eliminando-se ou suavizando- se as rampas de inclinação mais
forte.

B.3.3.3 Nas baixadas, ante a ocorrência de solos de má qualidade ou a possibilidade de


inundações, pode caber, a juízo da Fiscalização, a execução de pequenos aterros, com os
respectivos dispositivos de drenagem, inclusive bueiros.

B.3.3.4 As pistas devem ser dotadas de adequadas condições de escoamento das águas
pluviais. Se necessário, a plataforma deve dispor de caimentos transversais de 1% a 2%,
evitando-se a formação de poças d’água ou o umedecimento do solo, que diminuem sua
capacidade de suporte.

B.3.3.5 As curvas horizontais de pequeno raio com visibilidades reduzidas devem ser
evitadas. Se, por qualquer razão, não puderem ser eliminadas, é necessário organizar o
tráfego nesses locais, a fim de evitar abalroamentos ou drástica diminuição de velocidade.

B.3.3.6 Os serviços de manutenção devem estar sempre presentes, com a mobilização


periódica de motoniveladora, para promover a regularização da pista e de sorte a garantir,
para o equipamento, desenvolvimento de velocidade adequada e com a devida segurança.
Da mesma maneira, a fim de combater a formação de poeira deve-se umedecer as pistas com
caminhões pipa ou adicionar-se substâncias estabilizantes que retêm a umidade natural.

B.3.3.7 Excepcionalmente, ante condições adversas da geometria altimétrica e da geotecnia


do caminho de serviço e, também, um volume significativo do tráfego e sem possibilidade de
outra alternativa viária, deve ser executado o revestimento primário do caminho de serviço.
Neste caso, a Fiscalização do DNIT deve autorizar expressamente tal execução, definindo
todos os parâmetros e elementos necessários, considerando, para tanto, as normas vigentes
do DNIT e o constante em item específico do Manual de Implantação Básica do DNIT.

B.3.3.8 No caso da implantação de caminhos de serviço dentro da faixa das linhas de “off-
set”, os respectivos processos construtivos e de controle e aceitação devem obedecer,
rigorosamente, ao preconizado nas respectivas Especificações de Serviço.

B.3.3.9 A utilização de empréstimos, no caso da abertura de vias fora da faixa entre as linhas
de “off-set”, atendidos os preceitos de otimização técnico- econômica, não deve recair em
empréstimos definidos para a implantação propriamente dita da via e nem em áreas que
possam vir a interferir ou se sobrepor à plataforma a ser implantada.

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B.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Nas operações destinadas à implantação dos caminhos de serviço, objetivando a preservação


ambiental, devem ser devidamente observadas e adotadas as soluções e os respectivos
procedimentos específicos atinentes ao tema ambiental, definidos e/ou instituídos no
instrumental técnico-normativo pertinente vigente no DNIT e na documentação técnica
vinculada à execução das obras, documentação esta que compreende o Projeto de
Engenharia – PE, os Programas Ambientais pertinentes

do Plano Básico Ambiental – PBA e as recomendações e exigências dos órgãos ambientais.


O conjunto de soluções e procedimentos acima reportados constitui elenco bastante
diversificado de medidas condicionantes que, à luz do instrumental técnico-normativo
pertinente e referenciado à Norma DNIT 070/2006-PRO, comporta o desdobramento
apresentado na forma das subseções B.4.1 a B.4.3.

B.4.1 Medidas condicionantes de cunho genérico, focalizadas na subseção B.2.2 da


mencionada Norma DNIT 070/2006-PRO, e que contemplam, entre outros, os seguintes
tópicos:
• O atendimento à plena regularidade ambiental;
• A observância rigorosa da legislação referente ao uso e à ocupação do solo, vigente
no município envolvido;
• O estabelecimento de horário de trabalho compatível com a lei do silêncio (regional ou
local);
• O atendimento à segurança e ao conforto dos usuários da rodovia e dos moradores
das faixas lindeiras;
• A segurança operacional dos trabalhadores da obra;
• O planejamento e a programação das obras;
• O disciplinamento do fluxo de tráfego e do estacionamento dos veículos e
equipamentos;
• A devida recuperação ambiental das áreas afetadas pelas obras, após o encerramento
das atividades.

B.4.2 Medidas condicionantes de cunho específico, focalizadas na subseção B.3.1 da


mencionada Norma, e que contemplam os tópicos “canteiro de obras”, “instalações industriais”
e “equipamentos em geral”, em suas etapas de instalação / mobilização, de operação e de
desmobilização.

B.4.3 Medidas condicionantes de cunho específico, focalizadas na subseção B.3.3 da


mencionada Norma, e que, contemplando as atividades pertinentes à abertura e utilização de
caminhos de serviço, se detêm, entre outros tópicos, nos seguintes:
• A manutenção de adequados contatos prévios com os órgãos federais ou regionais
com jurisdição nas áreas correspondentes à abertura de trilhas, caminhos de serviços e
estradas de acesso. Na oportunidade devem ser disponibilizados dados referentes às
situações de interferências das rotas a serem desenvolvidas e às naturezas e intensidade do
tráfego, então gerado;

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• Atendimento aos preceitos vigentes ou instituídos pelos competentes órgãos regionais;


• Preservação dos cursos d’água, dos centros urbanos e das unidades habitacionais;
• Preservação das áreas situadas em reservas florestais, ecológicas ou de valor cultural,
protegidas pela legislação;
• Preservação de sistemas naturais e das espécies de fauna rara ou em extinção e de
interesse científico e econômico;
• Adoção de medidas objetivando evitar a ocorrência ou aceleração de processos
erosivos ou a formação de processos de instabilidade física, assim como, instalar sistema de
drenagem específica.
• Recuperação das áreas utilizadas, na forma do disposto na subseção B.2.6 desta
Norma.

NOTA: Em função de necessidades e particularidades específicas, detectadas ao longo do


desenvolvimento dos serviços, a Fiscalização deve acatar, acrescentar, complementar ou
suprimir itens integrantes do elenco de condicionantes, instituído na documentação técnica
reportada.

B.5 INSPEÇÕES

Objetivando o atendimento ao preconizado nas Normas DNIT 011/2004-PRO e DNIT


013/2004-PRO, a Fiscalização deve elaborar e cumprir competente Programa de Inspeções,
de sorte a exercer o controle externo da obra.

Neste sentido, e de conformidade com o instituído no “Planejamento Geral da Obra ou Plano


da Qualidade (PGQ)”, referidas inspeções, de forma sistemática e contínua, devem atender
ao disposto nas subseções B.5.1 a B.5.3, que se seguem.

B.5.1 Controle da execução


Deve ser verificado, para cada caminho de serviço utilizado, se:
• A sua execução e/ou utilização foi, na forma devida, formalmente autorizada pela
Fiscalização;
• O mesmo vem atendendo devidamente às suas finalidades, inclusive em termos de
pontos de origem e destino;
• O disposto nas seções B.2 e B.3 desta Norma está sendo devidamente atendido.

B.5.2 Verificação do produto

B.5.2.1 Quanto ao controle geométrico


O controle geométrico da execução deve ser feito através de levantamento topográfico ou de
forma visual, estabelecendo-se para a largura da pista uma tolerância de ± 0,20 m, em relação
à definida pela Fiscalização.

B.5.2.2 Quanto às condições de tráfego


Devem ser verificadas as condições de segurança, considerando os tópicos abordados na
subseção B.3.3 desta Norma.

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B.5.2.3 Quanto ao atendimento ambiental


Deve ser verificada quanto à devida observância e atendimento ao disposto na seção 6 desta
Norma, bem como procedida a análise dos resultados então alcançados, em termos de
preservação ambiental.

B.5.3 Condições de conformidade e não- conformidade


Tais condições devem ser inferidas a partir do resultado das verificações, controles e análises
reportados nas subseções B.5.1 e B.5.2 anteriores.

Admitidas como atendidas as prescrições das subseções em foco, os serviços devem ser
aceitos.

Todo componente ou detalhe incorreto deve ser corrigido.


Qualquer serviço, então corrigido, só deve ser aceito se as correções executadas o colocarem
em conformidade com o disposto nesta Norma, caso contrário o serviço deve ser rejeitado.

B.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Considerando que a medição dos serviços tem como uma de suas finalidades básicas a
determinação, de forma racional e precisa, do respectivo custo de execução, a abordagem
desta seção comporta dois tópicos específicos, a saber: a “medição propriamente dita dos
serviços executados” e a “apropriação do custo da respectiva execução”.

B.6.1 Processo de medição


A implantação de caminhos de serviço compreendendo, no caso geral, a execução de
segmentos situados no interior da faixa de “off-sets” e de segmentos situados fora de tal faixa,
envolve a execução das seguintes modalidades do serviço: desmatamento, destocamento e
limpeza, escavações de cortes e de empréstimos, execução de aterros e de serviços de
drenagem e obras- de-arte correntes e, eventualmente, de revestimento primário -
modalidades estas que, com exceção do revestimento primário, se constituem no conjunto de
operações pertinentes à implantação da rodovia.

Neste sentido, os serviços aceitos de conformidade com a subseção B.5.3 devem serão
medidos de acordo com os critérios instituídos nas subseções B.6.1.1 a B.6.1.3.

B.6.1.1 Nos segmentos de caminho de serviço situados no interior da faixa de “off-sets”, a


respectiva implantação não deve ser objeto de medição específica, porquanto os serviços
pertinentes devem ser devidamente considerados nas medições referentes à implantação da
plataforma, considerando as diferentes modalidades e as respectivas Especificações de
Serviços vigentes no DNIT, relativas à execução de Cortes, de Empréstimos e de Aterros.

B.6.1.2 Nos segmentos de caminhos de serviço situados fora da faixa de domínio, as


modalidades de serviços, então executados para sua implantação, devem ser devidamente
consideradas, adotando- se, para tanto, da mesma maneira, o disposto nas respectivas
Especificações de Serviços, reportadas na subseção B.6.1.1.

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No caso de execução do revestimento primário, para fins de medição, deve ser assumido
como uma camada ordinária de corpo de aterro.

B.6.1.3 Devem ser considerados como integrantes ordinárias dos processos construtivos
pertinentes aos serviços focalizados nesta Norma, as seguintes operações:
a) As operações referentes à manutenção dos caminhos de serviço.
b) As operações referentes à preservação ambiental, focalizadas na seção B.4 desta
Norma.

B.6.1.4 Na Memória de Cálculo dos Quantitativos pertinentes à execução dos serviços em


foco, devem ser consideradas as diferentes modalidades de serviços enumeradas na
subseção B.6.1 devendo estas ser apresentadas e explicitadas em separado, em função da
natureza e localização dos ditos serviços. Neste sentido, os demonstrativos dos quantitativos
de serviços executados e atributos pertinentes devem estar referidos ao estaqueamento do
eixo e/ou às caixas de empréstimo da via em construção e desdobrados em três conjuntos,
na forma que se segue:
a) Os serviços executados, devidamente discriminados por natureza ou modalidade, no
interior da faixa definida pelas “linhas de off-set” e, assim, referente à implantação da
plataforma.
b) Os serviços executados, devidamente discriminados por natureza ou modalidade,
referentes ao preparo ou exploração das caixas de empréstimos definidas no Projeto de
Engenharia para a implantação de plataforma e utilizadas na implantação dos caminhos de
serviço localizados no interior da faixa das linhas de “off-set”.
c) Os serviços executados, devidamente discriminados por natureza ou modalidade, no
exterior da faixa definida pelas “linhas de off-set”, serviços estes referentes à implantação dos
caminhos de serviço e ao preparo das caixas de empréstimo utilizadas, exclusivamente, na
implantação destes caminhos de serviço.

NOTAS:
• Os serviços referentes às alíneas “a” e “b” devem ser enquadrados/agregados aos
serviços referentes à implantação da via propriamente dita, não sendo assim, objeto de
apropriação específica no custo de caminho de serviço.
• Assim sendo, tais serviços, embora tenham seu demonstrativo de cálculo tratado
nesta Norma, devem ser incorporados aos conjuntos correspondentes, tratados e inseridos
na Memória de Cálculo dos Quantitativos pertinentes às respectivas planilhas de execução
de cortes, de empréstimos e de aterros, integrantes da implantação da plataforma.
• O disposto no tópico anterior deve estar devidamente registrado nas Memórias de
Cálculo pertinentes às Especificações em foco.
• O Modelo correspondente da Folha de Memória de Cálculo, com a respectiva
instrução para sua elaboração, consta no Manual de Implantação Básica do DNIT.

B.6.2 Apropriação do custo de execução dos serviços


Para efeito de determinação do custo unitário dos serviços, deve ser observado o disposto
nas subseções B.6.2.1 a B.6.2.4 a seguir:

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B.6.2.1 Os serviços compreendem as modalidades definidas na subseção B.6.1 e a respectiva


apropriação deve englobar todas as etapas do processo construtivo, inclusive as operações
pertinentes ao definido na subseção B.6.1.3.

B.6.2.2 Os serviços referentes ao desmatamento, e destocamento e limpeza devem observar


ao disposto na subseção B.6.2 da Norma DNIT 104/2009-ES - Serviços Preliminares.

B.6.2.3 Os serviços de escavação de cortes, de escavação de empréstimos e execução de


aterros, inclusive revestimento primário, observado o constante na subseção B.6.1.2 desta
Norma, devem atender, respectivamente, ao disposto na subseção B.6.2 das Normas DNIT
106/2009-ES Cortes, DNIT 107/2009 - ES - Empréstimos e DNIT 108/2009 - ES - Aterros.

B.6.2.4 A linha metodológica a ser ordinariamente adotada, bem como o elenco de valores
de parâmetros e de fatores interferentes, são os estabelecidos no Manual de Composição de
Custos Rodoviários do DNIT.

Ante particularidades ou especificidades evidenciadas, quando da elaboração do Projeto de


Engenharia e relativamente aos parâmetros e fatores interferentes, cabe a adoção de valores
diferentes do preconizado no referido Manual de Composição de Custos Rodoviários, sem
prejuízo da aplicação da linha metodológica mencionada.

B.6.2.5 A apropriação do custo de execução correspondente deve ser obtida de


conformidade com os quantitativos de serviços estabelecidos na alínea “c” da subseção
B.6.1.4 e mediante a aplicação dos respectivos custos unitários estabelecidos na forma das
subseções B.6.2.1 a B.6.2.4.

C. CORTES - DNIT 106/2009-ES

C.1 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma são adotadas as seguintes definições:

C.1.1 Cortes
Segmentos de rodovia, em que a implantação requer a escavação do terreno natural, ao
longo do eixo e no interior dos limites das seções do projeto (“Off sets”) que definem o corpo
estradal, o qual corresponde à faixa terraplenada.

C.1.2 Corte a céu aberto


Escavação praticada na superfície do solo.

C.1.3 Corte a meia encosta


Escavação para passagem de uma rodovia, que atinge apenas parte de sua seção
transversal.

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C.1.4 Corte em caixão


Escavação em que os taludes estão praticamente na vertical.

C.1.5 Plataforma da estrada


Superfície do terreno ou do terrapleno, compreendido entre os dois pés dos cortes, no caso
da seção em corte; de crista a crista do aterro, no caso de seção em aterro; e do pé do corte
a crista do aterro, no caso de seção mista. No caso dos cortes, a plataforma compreende
também a sarjeta.

C.1.6 Talude
Superfície inclinada do terreno natural, de um corte ou de um aterro, conforme as figuras
abaixo:

C.1.7 Talude escalonado


Talude em geral alto, em que se praticam banquetas, com vistas à redução da velocidade das
águas pluviais superficiais, para facilitar a drenagem e aumentar a estabilidade do maciço.

C.1.8 Faixa terraplenada


Faixa correspondente à largura que vai de crista a crista do corte, no caso de seção plena em
corte; do pé do aterro ao pé do aterro, no caso de seção plena em aterro; e da crista do corte
ao pé do aterro, no caso da seção mista. É a área compreendida entre as linhas “Off sets”.

C.1.9 Material de 1ª categoria


Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou não, com
diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de umidade apresentado. O
processo de extração é compatível com a utilização de “Dozer” ou “Scraper” rebocado ou
motorizado.

C.1.10 Material de 2ª categoria


Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha não alterada,

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cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização do maior
equipamento de escarificação exigido contratualmente; a extração eventualmente pode
envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria
os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio
compreendido entre 0,15 m e 1,00 m.

C.1.11 Material de 3ª categoria


Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não
alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00 m, ou de volume igual ou
superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem
com o emprego contínuo de explosivos.

C.1.12 Bota-fora
Material de escavação dos cortes, não aproveitado nos aterros, devido à sua má qualidade,
ao seu volume, ou à excessiva distância de transporte, e que é depositado fora da plataforma
da rodovia, de preferência nos limites da faixa de domínio, quando possível.

Local do bota-fora é o lugar estabelecido para depósito de materiais inservíveis.

C.1.13 Corta-rio
Escavação destinada à alteração do percurso dos cursos d’água, com o objetivo de eliminá-
los ou fazer com que se desenvolvam em local mais conveniente, de maneira a eliminar ou
minimizar a sua interferência com a rodovia.

C.1.14 Equipamentos em geral


Máquinas, veículos, equipamentos outros e todas as unidades móveis utilizadas na execução
dos serviços e obras.

C.2 CONDIÇÕES GERAIS

O início e desenvolvimento dos serviços de escavação de materiais, objetivando a


implantação de segmento viário em corte, se condiciona à prévia e rigorosa observância do
disposto nas subseções C.2.1 a C.2.8, que se seguem:

C.2.1 As áreas a ser objeto de escavação, para efeito da implantação do segmento de


corte reportado, devem se apresentar convenientemente desmatadas e destocadas e estando
o respectivo entulho removido, na forma do disposto na Norma DNIT 104/2009 - ES -
Terraplenagem – Serviços Preliminares – Especificação de Serviço.

C.2.2 Os segmentos em aterro, em cuja execução serão utilizados, de forma parcial


ou total, os materiais escavados do segmento do corte a ser implantado, devem estar
devidamente tratados em termos de desmatamento, destocamento e remoção do entulho e
obstruções outras e, assim, em condições de receber as correspondentes deposições dos
materiais provenientes do corte em foco.

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C.2.3 As caixas de empréstimos que, de forma conjugada com os cortes focalizados


na subseção C.2.1, serão utilizados na execução dos aterros reportados em C.2.2 deverão
estar devidamente tratadas em termos de desmatamento, destocamento e remoção dos
entulhos e, assim, em condições de serem exploradas.

C.2.4 As obras-de-arte correntes, previstas para execução nos segmentos em aterro


de que trata a subseção C.2.2, devem estar devidamente construídas e concluídas.

C.2.5 As marcações do eixo e dos “Off sets”, bem como as referências de nível (RN)
relacionadas com os segmentos reportados nas subseções C.2.1 e C.2.2, já devidamente
atendido o disposto nas subseções 4.2.1, 4.2.2 e 4.2.4 da Norma DNIT104/2009 - ES –
Terraplenagem - Serviços Preliminares, devem, após as operações de desmatamento e
destocamento, ser devidamente checadas e, se for o caso, revistas, de sorte a guardarem
consonância com a nova configuração da superfície do terreno e com o projeto geométrico.

Neste sentido, e em conseqüência, deve ser procedido novo levantamento de seções


transversais de forma solidária com os RN instituídos no Projeto de Engenharia.

Tais seções transversais constituir-se-ão, então, nas “seções primitivas” a serem efetivamente
consideradas, para efeito de elaboração e de marcação da “Nota de Serviço de
Terraplanagem” (respeitadas as cotas do projeto geométrico), do controle geométrico dos
serviços e da medição dos serviços executados.

C.2.6 As correspondentes fontes ou tomadas d’água, indicadas no Projeto de


Engenharia, devem estar, na forma devida, preparadas e equipadas, e em condições de
municiarem, regularmente, as operações de compactação dos aterros reportados na
subseção C.2.2.

C.2.7 Os locais definidos em projeto para “bota-fora” e/ou “praças para depósitos
provisórios” de materiais oriundos do corte em foco devem estar convenientemente
preparados e aptos a receberem os respectivos materiais de deposição e as operações
conseqüentes.

C.2.8 Os caminhos de serviço, concernentes aos vários trajetos, então definidos em


função do disposto nas subseções C.2.1, C.2.2, C.2.3, C.2.6 e C.2.7, devem estar
devidamente concluídos e atendendo ao estabelecido na Norma DNIT105/2009 - ES -
Terraplenagem - Caminhos de serviço.

C.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

C.3.1 Materiais
O processo de execução dos cortes compreende a escavação do terreno natural, cuja
constituição envolve formações de solos, de alteração de rocha, rocha ou associações destes
tipos.

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A caracterização precisa do terreno natural, configurado através do perfil geotécnico do


subleito, estabelecido no projeto de engenharia, se distribuirá, para efeito de escavação, nas
três categorias, a saber: 1ª categoria, 2ª categoria e 3ª categoria, definidas na seção C.1.

C.3.2 Equipamentos

C.3.2.1 A escavação do corte deve ser executada mediante a utilização racional de


equipamento adequado, que possibilite a execução dos serviços sob as condições
especificadas e produtividade requerida.

C.3.2.2 A seleção do equipamento deve obedecer às indicações seguintes:


a) Corte em solo - utilizam-se, em geral, tratores equipados com lâminas, escavo-
transportadores, ou escavadores conjugados com transportadores diversos. A operação deve
incluir, complementarmente, a utilização de tratores e moto-niveladoras para escarificação,
manutenção de caminhos de serviço e áreas de trabalho, além de tratores empurradores
(“pushers”).
b) Corte em rocha – empregam-se perfuratrizes pneumáticas ou elétricas para o
preparo das minas, tratores equipados com lâmina para a operação de limpeza da praça de
trabalho, e carregadores conjugados com transportadores para a carga e transporte do
material extraído. Nesta operação, utilizam-se explosivos e detonadores adequados à
natureza da rocha e às condições do canteiro de serviço.
c) Remoção de solos orgânicos, turfa ou similares, inclusive execução de corta-rios,
utilizam-se retroescavadeiras e escavadeiras com implementos adequados, e
complementados por outros equipamentos citados nas alíneas anteriores.

C.3.3 Execução
O início e o desenvolvimento dos serviços de escavação dos cortes devem obedecer
rigorosamente à programação de obras estabelecida e consignada na “Segmentação do
Diagrama de Bruckner”, enfocada na subseção 4.2.7 da Norma DNIT 104/2009 - ES - Serviços
preliminares.

Uma vez atendida esta condição, as operações de cortes devem ser executadas, após devida
autorização da Fiscalização, mediante a utilização dos equipamentos focalizados na
subseção C.3.2 e compreendendo e/ou atendendo ao contido nas subseções C.3.3.1 a
C.3.3.17.

C.3.3.1 A escavação dos cortes deve subordinar-se aos elementos técnicos fornecidos ao
executante e constantes das Notas de Serviço elaboradas em conformidade com o projeto de
engenharia e considerando, ainda, o disposto na seção C.2 desta Norma.

C.3.3.2 O transporte e deposição adequada dos materiais escavados para aterros, bota-foras
ou “praças de depósito provisório”, conforme definido no Projeto de Engenharia.

Cumpre observar que apenas devem ser transportados, para constituição dos aterros, os
materiais que, pela classificação e caracterização efetuadas nos cortes, sejam compatíveis

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com as especificações da execução dos aterros, em conformidade com o projeto.

C.3.3.3 A retirada das camadas de má qualidade, visando o preparo do subleito, de acordo


com o projeto de engenharia.

Tais materiais removidos devem ser transportados para locais previamente indicados, de
modo a não causar transtorno à obra em caráter temporário ou definitivo.

C.3.3.4 Quando alcançado o nível da plataforma dos cortes


a) Se for verificada a ocorrência de rocha sã ou em decomposição, deve-se promover
o rebaixamento do greide, da ordem de 0,40 m, e o preenchimento do rebaixo com material
inerte, indicando no projeto de engenharia ou em sua revisão;
b) Se for verificada a ocorrência de solos de expansão maior que 2% e baixa
capacidade de suporte, deve-se promover sua remoção, com rebaixamento de 0,60 m, em se
tratando de solos orgânicos, o projeto ou sua revisão fixarão a espessura a ser removida. Em
todos os casos, deve- se proceder à execução de novas camadas, constituídas de materiais
selecionados, os quais devem ser objeto de fixação no projeto de engenharia ou em sua
revisão;
c) No dos cortes em solo, considerando o preconizado no projeto de engenharia, devem
ser verificadas as condições do solo “in natura” nas camadas superficiais (0,60 m superiores,
equivalente à camada final do aterro), em termos de grau de compactação. Os segmentos
que não atingirem as condições mínimas de compactação devem ser escarificados,
homogeneizados, levados à umidade adequada e, então, devidamente compactados, de sorte
a alcançar a energia estabelecida no Projeto de Engenharia.

C.3.3.5 Os taludes dos cortes devem apresentar, após a operação de terraplenagem, a


inclinação indicada no projeto de engenharia, para cuja definição foram consideradas as
indicações provenientes das investigações geológicas e geotécnicas. Qualquer alteração
posterior da inclinação só deve ser efetivada, caso o controle tecnológico, durante a execução,
a fundamentar. Os taludes devem se apresentar com a superfície devidamente desempenada,
obtida pela normal utilização do equipamento de escavação.

C.3.3.6 Durante as operações de escavação devem ser tomados os cuidados especiais, no


sentido de que a medida que os cortes venham sendo executados, os taludes se apresentem
sempre com a devida inclinação.

À medida que o corte for sendo rebaixado, a inclinação do talude deve ser acompanhada e
verificada, mediante a utilização de gabarito apropriado e procedendo-se as eventuais
correções.

C.3.3.7 Não deve ser permitida a presença de blocos de rocha nos taludes que possam
colocar em risco a segurança do trânsito.

C.3.3.8 Constatada a conveniência técnica e econômica de reserva de materiais escavados


nos cortes, para a confecção das camadas superficiais da plataforma, deve ser procedido o

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depósito dos referidos materiais, para sua oportuna utilização.

C.3.3.9 Atendido o projeto e, desde que técnica e economicamente aconselhável, a juízo da


Fiscalização, as massas em excesso, que resultariam em bota-foras, podem ser integradas
aos aterros, constituindo alargamentos da plataforma, adoçamento dos taludes ou bermas de
equilíbrio. Referida operação deve ser efetuada desde a etapa inicial da construção do aterro,
observada a respectiva Nota de Serviço e submetido ao mesmo processo de compactação
preconizado na subseção 5.3.5 da Norma DNIT- 108/2009 - ES – Terraplenagem - Aterros.

C.3.3.10 As massas excedentes que não se destinarem ao fim indicado na subseção anterior
devem ser, , então, objeto de deposição em bota-foras e de modo a não se constituírem em
ameaça à estabilidade da rodovia e nem prejudicarem o aspecto paisagístico da região,
atendendo ao preconizado no projeto de engenharia.

C.3.3.11 Na execução dos cortes em rochas devem ser tomados os seguintes cuidados,
objetivando a segurança do pessoal e dos equipamentos:
a) Estabelecer um horário rígido de detonação, com horas certas de fogo, e cumpri-lo à
risca.
b) Não trabalhar com explosivos à noite.
c) Abrigar bem o equipamento e fazer com que o pessoal se proteja, de modo que as
pedras da explosão não o atinjam.
d) Avisar a comunidade local e ao tráfego usuário, eventualmente existente, e colocar
vigias para evitar a aproximação de pessoal estranho nas vizinhanças do corte na hora da
explosão.
e) Não permitir a permanência de pessoas estranhas ao serviço durante qualquer fase
do ciclo, pois todas elas são perigosas.
f) Somente permitir o manuseio de explosivo por pessoa habilitada e usar sempre as
mesmas pessoas nesse serviço, e num número o mais reduzido possível (somente o
estritamente necessário).
g) Somente trazer do depósito a quantidade de explosivo necessária à detonação, não
permitindo sobras. No caso de haver qualquer excesso, por erro de cálculo na quantidade,
esse material, inclusive os acessórios (espoleta, estopim, etc.), deve ser levado de volta ao
paiol, antes da detonação.

C.3.3.12 Nos cortes de altura elevada, em função do definido no projeto de engenharia, deve
ser procedida a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima de 3 m, valetas
revestidas e proteção vegetal.

C.3.3.13 Nos pontos de passagem de corte para aterro, a Fiscalização deve exigir,
precedendo a execução deste último, a escavação transversal ao eixo, até a profundidade
necessária para evitar recalques diferenciais.

C.3.3.14 Os dispositivos de drenagem superficial e de drenagem profunda devem ser


executados, obrigatoriamente, de conformidade com o preconizado no projeto de engenharia.

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C.3.3.15 Nos cortes em que, eventualmente, vierem a ocorrer deslizamentos, devem ser
executados o terraceamento e respectivas obras de drenagem dos patamares, bem como o
revestimento das saias dos taludes, para proteção contra a erosão. Quando necessário, antes
da aplicação do revestimento de proteção, a saia do talude deve ser compactada.

C.3.3.16 As escavações destinadas à alteração de curso d’água, objetivando eliminar


travessias ou fazer com que as mesmas se processem em locais mais convenientes (corta-
rio) devem ser executadas em conformidade com o projeto de engenharia. A Fiscalização
deve analisar e verificar quanto à conveniência de se pesquisar a existência de lençol
subterrâneo remanescente, segundo o percurso original do curso d’água.

C.3.3.17 No caso de acentuada interferência com o tráfego usuário, e desde que este acuse
significativa magnitude, o transporte dos materiais dos cortes para os locais de deposição
deve ser efetivado, obrigatoriamente, por caminhões basculantes.

C.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Nas operações destinadas à execução de cortes, objetivando a preservação ambiental,


devem ser devidamente observadas e adotadas as soluções e os respectivos procedimentos
específicos atinentes ao tema ambiental, definidos no instrumental técnico-normativo
pertinente vigente no DNIT e na documentação técnica vinculada à execução das obras,
documentação esta que compreende o Projeto de Engenharia, os Programas Ambientais
pertinentes do Plano Básico Ambiental e as recomendações e exigências dos órgãos
ambientais.

O conjunto de soluções e procedimentos acima reportados constitui elenco bastante


diversificado de medidas condicionantes que, à luz do instrumental técnico-normativo
pertinente e referenciado à Norma DNIT 070/2006 PRO, comporta o desdobramento
apresentado na forma das subseções C.4.1 a C.4.3, que se seguem.

C.4.1 Medidas condicionantes de cunho genérico, focalizadas na subseção 4.2 da


Norma DNIT 070/2006-PRO, e que contemplam, entre outros, os seguintes tópicos:
• O atendimento à plena regularidade ambiental;
• A observância rigorosa da legislação referente ao uso e à ocupação do solo, vigente
no município envolvido;
• O estabelecimento de horário de trabalho compatível com a lei do silêncio (regional
ou local);
• O atendimento à segurança e ao conforto dos usuários da rodovia e dos moradores
das faixas lindeiras;
• A segurança operacional dos trabalhadores da obra;
• O planejamento e a programação das obras;
• O disciplinamento do fluxo de tráfego e do estacionamento dos veículos e
equipamentos;
• A devida recuperação ambiental das áreas afetadas pelas obras, após o
encerramento das atividades.

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C.4.2 Medidas condicionantes de cunho específico, focalizadas na subseção 5.1 da


Norma DNIT 070/2006-PRO, e que contemplam os tópicos “canteiro de obras”, “instalações
industriais” e “equipamentos em geral”, em suas etapas de instalação / mobilização, de
operação e de desmobilização.

C.4.3 Medidas condicionantes de cunho específico, focalizadas na subseção 5.5 da


Norma DNIT 070/2006-PRO, e que, contemplando as atividades e ocorrências relacionadas
com a execução dos cortes, se detêm, entre outros tópicos, nos seguintes:
• Ocorrências e/ou aceleração de processos erosivos;
• Problemas de instabilidade física dos maciços;
• Implantação de sistema de drenagem específico;
• Execução de obras e serviços de proteção;
• Operações de terraplenagem em rocha;
• Execução de corta-rios e execução de bota- fora.

NOTA: Em função de necessidades e particularidades específicas, detectadas ao longo do


desenvolvimento dos serviços, a Fiscalização deve acatar, acrescentar, complementar ou
suprimir itens integrantes do elenco de condicionantes, instituído na documentação técnica
reportada.

C.5 INSPEÇÕES

Objetivando o atendimento ao preconizado nas Normas DNIT 011/2004-PRO e DNIT


013/2004-PRO, a Fiscalização deve elaborar e cumprir competente Programa de Inspeções,
de sorte a exercer o controle externo da obra.

Neste sentido, e de conformidade com o instituído no “Planejamento Geral da Obra ou Plano


da Qualidade (PGQ), referidas inspeções, de forma sistemática e contínua, devem atender ao
disposto nas subseções C.5.1 a C.5.4 que se seguem:

C.5.1 Controle dos insumos


O controle tecnológico dos materiais utilizados para a eventual substituição e/ou tratamento
das camadas superficiais dos cortes, conforme preconizado na subseção C.3.3.4 desta
Norma, deve ser procedido na forma da subseção 7.1 – Controle dos insumos, da Norma
DNIT 108/2009-ES – Aterros – Especificação de serviço.

C.5.2 Controle da execução


Deve ser verificado, para cada corte escavado, se:
• A sua execução foi, na forma devida, formalmente autorizada pela Fiscalização;
• O avanço longitudinal dos serviços de execução dos cortes se processa sem prejuízo
no desenvolvimento adequado dos serviços de acabamento dos cortes já atacados;
• O estágio e o ritmo desenvolvido nos serviços de escavação são compatíveis com o
desenvolvimento das atividades pertinentes, nas unidades/componentes interferentes com o
respectivo plano de utilização/distribuição dos materiais;
• O disposto nas seções C.2 e C.3 desta Norma está sendo devidamente atendido.

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• Relativamente à substituição e/ou tratamento das camadas superficiais dos cortes


deve ser procedido o seguinte:
Quanto aos atributos genéricos, deve ser observado o disposto na subseção 7.2.1
da Norma DNIT 108/2009-ES – Aterros – Especificação de serviço.
Quanto à compactação, deve ser observado o disposto na subseção 7.2.3 da Norma
DNIT 108/2009-ES – Aterros – Especificação de serviço.

C.5.3 Verificação do produto

C.5.3.1 Quanto ao controle geométrico


O controle geométrico da execução dos serviços deve ser feito por levantamento topográfico
e com gabarito apropriado, e considerando os elementos geométricos estabelecidos nas
“Notas de Serviço”, com as quais deve ser feito o acompanhamento da execução dos serviços.
Através do nivelamento do eixo e das bordas e de medidas da largura, deve ser verificado se
foi alcançada a conformação da seção transversal do projeto de engenharia, admitidas as
seguintes tolerâncias:
a) Variação de altura máxima, para eixo e bordas:
• Cortes em solo: 0,05 m;
• Cortes em rocha: 0,10 m.

b) Variação máxima de largura de + 0,20 m para cada semi-plataforma, não se


admitindo variação negativa.

C.5.3.2 Quanto à configuração dos taludes


O controle deve ser visual, considerando-se o definido no projeto de engenharia e o constante
nas subseções C.3.3.5, C.3.3.6, C.3.3.7, C.3.3.12 e C.3.3.15 desta Norma.

C.5.3.3 Quanto a outros atributos


O controle deve ser visual, considerando-se o definido no projeto de engenharia e o constante
em várias subseções da seção C.3 desta Norma, e que abordam os seguintes tópicos:
• Ocorrência de solos inadequados e respectivas remoções;
• Dispositivos de drenagem superficial e profunda;
• Ocorrências ou riscos de instabilidade;
• Escavações de corta-rios.

C.5.3.4 Quanto ao atendimento ambiental


Deve ser verificada a devida observância e atendimento ao disposto na seção 6 desta Norma,
bem como procedida a análise dos resultados, então alcançados, em termos de preservação
ambiental.

C.5.4 Condições de conformidade e não- conformidade


Tais condições devem ser inferidas a partir do resultado das verificações, controles e análises
reportados nas subseções C.5.1 e C.5.2 desta Norma.

Admitidas como atendidas as prescrições das subseções em foco, os serviços devem ser

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aceitos.

Todo componente ou detalhe incorreto deve ser corrigido.


Qualquer serviço, então corrigido, só deve ser aceito se as correções executadas o colocarem
em conformidade com o disposto nesta Norma, caso contrário o serviço deve ser rejeitado.

C.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Considerando que a medição dos serviços tem como uma de suas finalidades básicas a
determinação, de forma racional e precisa, do respectivo custo de execução, a abordagem
desta seção comportar dois tópicos específicos, a saber: a “medição propriamente dita dos
serviços executados” e a “apropriação do custo da respectiva execução”.

C.6.1 Processo de medição


A medição dos serviços deve levar em consideração o volume de material extraído e a
respectiva dificuldade de extração, medido e avaliado no corte (volume “in natura”) e a
distância de transporte percorrida, entre o corte e o local de deposição Neste sentido, os
serviços aceitos de conformidade com a subseção C.5.3, devem ser medidos de acordo com
os critérios instituídos nas subseções C.6.1.1 a C.6.1.4.

C.6.1.1 A cubação dos materiais escavados deve ser efetivada com base no apoio
topográfico e referências de nível (RN) integrantes do Projeto de Engenharia, devendo as
seções primitivas ser objeto de checagens e dos devidos tratamentos focalizados nas
subseções 4.2.1, 4.2.2 e 4.2.4 da Norma DNIT 104/2009 - ES – Terraplenagem - Serviços
preliminares, e na subseção C.2.5 desta Norma.

Assim, para efeito de cálculo dos volumes deve ser aplicado o método da “média das áreas”,
devendo as seções transversais finais a terem lugar após a conclusão do corte, ser levantadas
dentro de adequado grau de precisão e de forma solidária com os RN que referenciaram as
seções primitivas, bem como aquelas seções transversais levantadas em seqüência ao
desmatamento, na forma da subseção C.2.5 desta Norma, seções transversais estas que
passam a ser consideradas como as seções primitivas a serem efetivamente adotadas, para
efeito de controle e de medição dos serviços.

Os valores, então obtidos, devem ser cotejados e considerados em função do disposto no


projeto de engenharia, em especial as seções transversais definidas, o Diagrama de Bruckner
e sua segmentação, na forma da subseção 4.2.7 da Norma DNIT 104/2009 - ES, bem como
as tolerâncias assumidas, conforme preconizado na seção 7 desta Norma.

C.6.1.2 No que respeita à caracterização dos materiais escavados – estes, devidamente


classificados conforme mencionado na subseção C.3.1 desta Norma, comportarão, para cada
corte apreciado isoladamente, a sua distribuição em três grupos ou categorias, a saber: 1ª
categoria, 2ª categoria e 3ª categoria – observando-se o seguinte:
a) Nos cortes em que o material de 3ª categoria estiver perfeitamente caracterizado
deve ser procedida a medição específica. Para tanto, considerando os resultados das

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sondagens existentes, deve ser levantado, cuidadosamente, o contorno da configuração


rochosa e aplicando-se, em sequência, o disposto na subseção C.6.1.1 anterior.
b) Os cortes que apresentarem mistura de material de 3ª categoria com as demais
categorias, de limites pouco definidos, devem ser objeto de “classificação”, de conformidade
com as competentes sistemáticas e normas vigentes no DNIT.
c) Com o objetivo de subsidiar o processo de classificação, para cada corte suscetível
de tal procedimento de classificação, com base no acompanhamento da execução dos
respectivos serviços de escavação, para cada estaca/seção (com eventuais interpolações)
deve ser desenhada a seção estratificada, apresentando a caracterização e o contorno de
cada horizonte delimitador de cada modificação de natureza de materiais em termos de
respectiva classificação, contendo, ainda, a indicação e os resultados das sondagens
existentes.
d) Em função da respectiva magnitude, deve ser promovida a anexação de fotografias
do corte, efetuadas imediatamente antes da extração da rocha e em sequência à detonação
do explosivo, procedendo-se, ainda, devidas anotações no “Diário de Obras”.

C.6.1.3 No que respeita ao transporte do material escavado, a distância correspondente deve


ser determinada em termos de extensão axial entre o centro de gravidade de cada corte e o
centro de gravidade do segmento de aterro em construção, onde deve ser depositado o
material. No caso de se tratar de deposição provisória ou de bota-fora, deve ser devidamente
considerada a distância adicional decorrente do afastamento lateral. Para tanto, deve ser
observado o preconizado no Manual de Implantação Básica do DNIT e procedidas medidas
de campo.

Em sequência, deve ser observado o seguinte:


a) As distâncias obtidas na forma anterior devem ser, então, referidas ou enquadradas
nas correspondentes “faixas de distâncias de transporte” instituídas no Projeto de Engenharia
e considerando o “Quadro de Distribuição de Materiais para Terraplenagem” elaborado e
vinculado à segmentação do “Diagrama de Brückner, tratada na subseção 4.2.7 da Norma
DNIT 104/2009 - ES - Serviços preliminares.
b) Assim, para cada corte e respectivo grupo de categoria de materiais classificados,
deve ser definido o respectivo atributo de “Distância de Transporte”.
c) Os pares “Volume Escavado x Distância de Transporte”, relativos a cada uma das 3
categorias de materiais e referentes a cada corte devem, então, ser distribuídos, em função
da utilização / destino do material.

C.6.1.4 Devem ser consideradas como integrantes ordinárias dos processos executivos
pertinentes aos serviços focalizados nas subseções C.6.1.1 a C.6.1.3, as seguintes
operações:
a) As operações referentes à regularização e acabamento final dos taludes dos cortes,
inclusive as referentes ao escalonamento dos taludes, quando ocorrentes.
b) As operações referentes à preservação ambiental, focalizada na seção 6 desta
Norma.

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C.6.1.5 Na Memória de Cálculo dos Quantitativos pertinentes à execução dos serviços em


foco, os pares “Volume Escavado x Distância de Transporte”, relativo a cada uma das 3
categorias de materiais e referentes a cada corte, atendida a subseção C.6.1.3, devem ser
objeto de quantificação e apresentação explícita em separado, em função da utilização /
destino de material. Neste sentido, os demonstrativos dos quantitativos de serviços
executados devem estar referidos ao estaqueamento do eixo da via em construção e
desdobrados em seis conjuntos, na forma que se segue:
a) Os volumes de materiais transportados do corte para o segmento de aterro a ser
executado, conforme a seção básica definida no Projeto de Engenharia e de conformidade
com a Nota de Serviço de Terraplenagem.
b) Os volumes de materiais transportados do corte para bota-fora, por se tratar de
material de má qualidade, na forma da subseção C.3.3.3 desta Norma.
c) Os volumes de materiais transportados do corte para praça de depósito
provisório/reserva, para utilização a posteriori, conforme subseção C.3.3.8 desta Norma.
d) Os volumes de materiais excedentes transportado dos cortes, na forma da subseção
C.3.3.1 desta Norma, para o segmento ou sub-segmento de aterro a ser executado.
e) Os volumes de materiais transportados do corte para bota-fora, por se tratar de
material excedente e na forma da subseção C.3.3.10 desta Norma.
f) Os volumes de materiais transportados da praça de depósito provisório/reserva, para
a plataforma em construção.

NOTAS:
Os serviços pertinentes à abertura dos caminhos de serviço que se situam dentro da faixa de
“off-sets” devem ter seu demonstrativo de cálculo inserido na planilha referente aos caminhos
de serviço, mas o respectivo quantitativo de serviço estabelecido deve ser agregado ao
conjunto referente à alínea que lhe corresponde, definida na subseção C.6.1.5 desta Norma.

O disposto no tópico anterior deve estar devidamente registrado nas Memórias de Cálculo
dos serviços pertinentes, relativos às Especificações em foco.

O Modelo correspondente da Folha de Memória de Cálculo, com respectiva instrução para


elaboração, consta no Manual de Implantação Básica, do DNIT.

C.6.2 Apropriação do custo de execução dos serviços


Para efeito de determinação do custo unitário dos serviços deve ser observado o disposto nas
subseções C.6.2.1 a C.6.2.4 a seguir:

C.6.2.1 O serviço de execução dos cortes deve ter sua unidade referida ao “m³“,
considerando os atributos focalizados em C.6.1.1, C.6.1.2 e C.6.1.3 e a respectiva
apropriação engloba, inclusive, todas as operações pertinentes ao definido na subseção
C.6.1.4.

C.6.2.2 No tocante aos serviços enquadrados nas alíneas “a, “b”, “c”, “d” e “e” da subseção
C.6.1.5, os respectivos custos devem agregar as fases de escavação, de carga e de
transporte do material, desde o corte até o local de deposição, conforme expresso nas alíneas

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em foco.

C.6.2.3 No tocante aos serviços enquadrados na alínea “f” da subseção C.6.1.5, o custo
pertinente deve compreender as etapas de carga e transporte do material e a respectiva
apropriação deve ocorrer após a efetiva execução dos serviços.

C.6.2.4 A linha metodológica, a ser ordinariamente adotada, bem como o elenco de valores
de parâmetros e de fatores interferentes, devem ser os estabelecidos no Manual de
Composição de Custos Rodoviários do DNIT.

Ante particularidades ou especificidades, evidenciadas quando da elaboração do Projeto de


Engenharia, e relativamente aos parâmetros e fatores interferentes, cabe a adoção de valores
diferentes do preconizado no referido Manual de Composição de Custos Rodoviários, sem
prejuízo da aplicação da linha metodológica mencionada.

C.6.2.5 A apropriação do custo de execução correspondente deve ser obtida de


conformidade com os quantitativos de serviços estabelecidos, conforme C.6.1.5 e mediante a
aplicação dos respectivos custos unitários estabelecidos na forma das subseções C.6.2.1 a
C.6.2.4.

D. EMPRÉSTIMOS - DNIT 107/2009-ES

D.1 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma são adotadas as seguintes definições:

D.1.1 Equipamento em geral


Máquinas, veículos, equipamentos outros e todas as unidades móveis utilizadas na execução
dos serviços e obras.

D.1.2 Empréstimos
Áreas indicadas no projeto, ou selecionadas, onde devem ser escavados materiais a utilizar
na execução da plataforma da rodovia, nos segmentos em aterro. Tais áreas são utilizadas
para suprir a deficiência ou insuficiência de materiais extraídos dos cortes.

D.1.3 Aterros
Segmentos de rodovia cuja implantação requer depósito de materiais provenientes de cortes
e/ou de empréstimos no interior dos limites das seções de projeto (Off sets) que definem o
corpo estradal, o qual corresponde à faixa terraplenada.

D.1.4 Faixa terraplenada


Faixa correspondente à largura que vai de crista a crista do corte, no caso de seção plena em
corte; do pé do aterro ao pé do aterro, no caso de seção plena em aterro; e da crista do corte
ao pé do aterro, no caso da seção mista. E a área compreendida entre as linhas “Off sets”.

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D.1.5 Corpo de aterro


Parte do aterro situada sobre o terreno natural e sob a camada final.

D.1.6 Camada final


Parte do aterro constituída de material selecionado, como base em preceitos técnico-
econômicos, com 60,0 cm de espessura, situada sobre o corpo do aterro ou sobre o terreno
remanescente de um corte e cuja superfície é definida pelo greide de terraplenagem.

D.2 CONDIÇÕES GERAIS

O processo de seleção e/ou utilização de “empréstimos”, a par de atender aos preceitos do


Projeto de Terraplenagem, deve também beneficiar as condições da estrada, seja melhorando
as condições topográficas ou de visibilidade, seja garantindo uma melhor drenagem.
Neste sentido, os posicionamentos e a exploração dos empréstimos devem, alternativamente,
obedecer ao disposto nas subseções D.2.1 a D.2.7.

D.2.1 Nos cortes, de uma maneira geral, deve ser adotado, alternativamente, o
seguinte:
a) Adoção de uma maior inclinação dos taludes, de modo a suavizá-los e melhorar sua
estabilidade.
b) Rebaixamento do fundo do corte, com modificação do greide, para melhorá-lo.

D.2.2 No caso dos cortes em tangente devem ser adotados os seguintes


procedimentos:
a) No caso de cortes de pequena altura, alargando-os em toda a altura, para melhorar
as condições de drenagem e de visibilidade;
b) No caso de corte de altura significativa, promover o alargamento até determinada
altura, criando-se banquetas e melhorando a estabilidade dos taludes.

D.2.3 Nos cortes em segmento em curva, deve ser feito no lado interno da curva, em
toda altura ou não, melhorando as condições de visibilidade.

D.2.4 No caso dos aterros (empréstimos laterais), deve ser feito lateralmente, com o
intuito de diminuir a distância de transporte do equipamento, melhorando as condições de
drenagem (elevação de greide).
D.2.5 Os procedimentos definidos nas subseções D.2.1 a D.2.4 não devem recair
sobre cortes e áreas que apresentem, no todo ou em parte, ocorrências de materiais de 3ª
categoria (rochas).

D.2.6 Antes do início da exploração do empréstimo, os elementos/componentes do


processo construtivo da terraplenagem, que de forma conjugada com cada empréstimo em
foco serão utilizados para implantação da via, devem estar em condições adequadas,
condições estas retratadas pelo atendimento ao disposto nas subseções 4.1 a 4.8 da Norma
DNIT 106/2009 - ES.

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D.2.7 O apoio topográfico pertinente a cada uma das caixas de empréstimos a ser
explorada, já devidamente atendido o disposto nas subseções 4.2.3 e 4.2.4 da Norma DNIT
104/2009 - ES - Serviços Preliminares, deve, após as operações de desmatamento e
destocamento, ser devidamente checado e, ser for o caso, revisto, de sorte a retratar a nova
configuração da superfície.

Neste sentido, e em conseqüência, deve ser locada nova rede ortogonal, de forma solidária
com os RN’s instituídos no projeto geométrico. Tal nova rede deve-se constituir no apoio
topográfico a ser efetivamente considerado, para efeito do controle geométrico dos serviços
e da medição do material escavado.

D.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

D.3.1 Materiais
Os empréstimos definidos e selecionados no projeto de engenharia para utilização na
execução ou na complementação da execução dos aterros, devem ser constituídos de
materiais de 1ª e/ou 2ª categoria e atender a vários requisitos, em termos de características
mecânicas e físicas.

Neste sentido, os materiais em foco, conforme definido no projeto de engenharia, devem,


ordinariamente, atender ao seguinte:
a) Ser preferencialmente utilizados, atendendo à qualidade e à destinação prévia
indicadas no projeto de engenharia.
b) Ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Não devem ser
constituídos de turfas ou argilas orgânicas.
c) Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de suporte
compatível (ISC ≥ 2%) e expansão menor ou igual a 4%, determinados por intermédio dos
seguintes ensaios:
• Ensaio de Compactação – Norma DNER-ME 129/94 (Método A).
• Ensaio de Índice Suporte Califórnia - ISC Norma DNER ME 49/94, com a energia do
Ensaio de Compactação (Método A).
d) Para efeito de execução da camada final de aterros e/ou substituição da camada
superficial de cortes, apresentar, dentro das disponibilidades e em consonância com os
preceitos de ordem técnico-econômica, a melhor capacidade de suporte e expansão menor
ou igual a 2%, cabendo a determinação dos valores de CBR e de expansão pertinentes, por
intermédio dos seguintes ensaios.
• Ensaio de Compactação – Norma DNER-ME 129/94 (Método B).
• Ensaio de Índice Suporte Califórnia - ISC Norma DNER-ME 49/94, com a energia do
Ensaio compactação (Método B).

NOTA: O atendimento aos mencionados preceitos deve ser efetivado através de análise
técnico-econômica, considerando várias alternativas de disponibilidades de materiais
ocorrentes e incluindo-se, pelo menos, 01 (uma) alternativa com a utilização de material com
CBR ≥ 6%.

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D.3.2 Equipamentos
A escavação em empréstimos deve prever a utilização racional de equipamento apropriado,
atendendo à produtividade requerida. Utilizam-se, em geral, tratores equipados com lâminas,
escavo-transportadores ou escavadores conjugados com transportadores diversos, além de
tratores empurradores (pushers). Complementarmente, podem ser também utilizados tratores
e moto-niveladoras para escarificação, manutenção de caminhos de serviço e áreas de
trabalho.

D.3.3 Execução
O início e o desenvolvimento dos serviços de exploração de empréstimos devem obedecer,
rigorosamente, à programação de obras estabelecida e consignada na “Segmentação do
Diagrama de Bruckner”, enfocada na subseção 4.2.7 da Norma DNIT 104/2009 - ES - Serviços
Preliminares.

Uma vez atendida esta condição, as explorações dos empréstimos devem ser executadas,
após devida autorização da Fiscalização, mediante a utilização dos equipamentos focalizados
em D.3.2 e compreendendo e atendendo ao contido nas subseções D.3.3.1 a D.3.3.11.

D.3.3.1 Os serviços a serem executados, atendendo ao projeto de engenharia, devem


considerar o disposto na seção D.2 desta Norma e se condicionar à efetiva ocorrência de
materiais adequados e respectiva exploração em condições econômicas.

D.3.3.2 A escavação deve ser precedida da execução dos serviços de desmatamento,


destocamento e limpeza da área de empréstimo.

D.3.3.3 Somente após a completa remoção desta camada estéril e com a devida autorização
por parte da Fiscalização pode ser efetivada a escavação e respectiva utilização.

D.3.3.4 Os empréstimos em alargamento de corte devem, preferencialmente, atingir a cota


do greide, não sendo permitida, em qualquer fase da execução, a condução de águas pluviais
para a plataforma da rodovia.

D.3.3.5 No caso de caixas de empréstimos laterais destinados a trechos construídos em


greide elevado, as bordas internas das caixas de empréstimos devem localizar-se à distância
mínima de 5,00 m do pé do aterro, bem como executados com declividade longitudinal,
permitindo a drenagem das águas pluviais.

D.3.3.6 Ainda em referência aos empréstimos laterais, entre a borda externa das caixas de
empréstimos e o limite da faixa de domínio, deve ser mantida sem exploração uma faixa de
2,00 m de largura, a fim de permitir a implantação da vedação delimitadora.

D.3.3.7 No caso de empréstimos definidos como alargamento de cortes, a faixa mencionada


na subseção D.3.3.6 deve ter largura mínima de 3,00 m, com a finalidade de permitir, também,
a implantação da valeta de proteção.

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D.3.3.8 Constatada a conveniência técnica e econômica da reserva de materiais escavados


nos empréstimos, para confecção das camadas superficiais da plataforma, deve ser procedido
o depósito dos referidos materiais, para sua oportuna utilização.

D.3.3.9 O acabamento das bordas das caixas de empréstimo deve ser executado sobre
taludes estáveis.

D.3.3.10 Durante as operações de escavação dos empréstimos devem ser tomados os


cuidados especiais, no sentido de que os taludes dos cortes e/ou das caixas de empréstimos
se apresentem sempre com a devida inclinação.

À medida que o empréstimo for sendo rebaixado, a inclinação dos taludes deve ser
acompanhada e verificada, mediante a utilização de gabarito apropriado, e procedendo-se as
eventuais correções.

D.3.3.11 No caso de acentuada interferência com o tráfego usuário, e desde que este acuse
significativa magnitude, o transporte dos materiais dos empréstimos para os locais de
deposição deve ser efetivado, obrigatoriamente, por caminhões basculantes.

D.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Nas operações destinadas à exploração de caixas de empréstimo, objetivando a preservação


ambiental, devem ser devidamente observadas e adotadas as soluções e os respectivos
procedimentos específicos atinentes ao tema ambiental, definidos e/ou instituídos no
instrumental técnico-normativo pertinente vigente no DNIT e na documentação técnica
vinculada à execução das obras, documentação esta que compreende o Projeto de
Engenharia, os Programas Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental e as
recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

O conjunto de soluções e procedimentos, acima reportados, constitui elenco bastante


diversificado de medidas condicionantes que, à luz do instrumental técnico-normativo
pertinente e referenciado à Norma DNIT 070/2006-PRO, comporta o desdobramento
apresentado na forma das subseções D.4.1 a D.4.3, que se seguem.

D.4.1 Medidas condicionantes de cunho genérico, focalizadas na subseção D.2.2


da Norma DNIT 070/2006-PRO, e que contemplam, entre outros, os seguintes tópicos:
• O atendimento à plena regularidade ambiental;
• A observância rigorosa da legislação referente ao uso e à ocupação do solo, vigente
no município envolvido;
• O estabelecimento de horário de trabalho compatível com a lei do silêncio (regional ou
local);
•O atendimento à segurança e ao conforto dos usuários da rodovia e dos moradores
das faixas lindeiras;
• A segurança operacional dos trabalhadores da obra;
• O planejamento e a programação das obras;

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• O disciplinamento do fluxo de tráfego e do estacionamento dos veículos e


equipamentos;
• A devida recuperação ambiental das áreas afetadas pelas obras, após o encerramento
das atividades.

D.4.2 Medidas condicionantes de cunho específico, focalizadas na subseção 5.1 da


Norma DNIT 070/2006-PRO, e que contemplam os tópicos “canteiro de obras”, “instalações
industriais” e “equipamentos em geral”, em suas etapas de instalação/mobilização, de
operação e de desmobilização.

D.4.3 Medidas condicionantes de cunho específico, focalizadas na subseção 5.4 da


Norma DNIT 070/2006-PRO e que, contemplando as atividades pertinentes à exploração das
caixas de empréstimo, se detêm, entre outros tópicos, nos seguintes:
• Atendimento aos preceitos vigentes e os instituídos pelos competentes órgãos
regionais;
• Execução do PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas aprovado,
elaborado em conformidade com o respectivo Programa Ambiental;
• Preservação dos cursos d’água, dos centros urbanos e das unidades habitacionais;
• Preservação das áreas situadas em reservas florestais, ecológicas ou de valor cultural,
protegidas pela legislação;
• Preservação de sistemas naturais e das espécies de fauna rara, ou em extinção, e de
interesse científico ou econômico;
• Adoção de medidas, objetivando evitar a ocorrência ou aceleração de processos
erosivos e a formação de processos de instabilidade física;
• Instalação de sistema de drenagem específico;
• Realização de inspeções ambientais, de conformidade com a periodicidade
estabelecida, e a ter lugar durante a fase de operação das caixas de empréstimo.

NOTA: Em função de necessidades e particularidades específicas, detectadas ao longo do


desenvolvimento dos serviços, a Fiscalização deve acatar, acrescentar, complementar ou
suprimir itens integrantes do elenco de condicionantes, instituído na documentação técnica
reportada.

D.5 INSPEÇÕES

Objetivando o atendimento ao preconizado nas Normas DNIT 011/2004-PRO e DNIT


013/2004-PRO, a Fiscalização deve elaborar e cumprir competente Programa de Inspeções,
de sorte a exercer o controle externo da obra.

Neste sentido e de conformidade com o instituído no “Planejamento Geral da Obra ou Plano


da Qualidade (PGQ)”, referidas inspeções, de forma sistemática e contínua, devem atender
ao disposto nas subseções D.5.1 a D.5.4 que se seguem.

D.5.1 Controle dos insumos


Deve ser procedido o controle tecnológico dos materiais, na forma das normas específicas

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vigentes no DNIT, objetivando verificar quanto aos atendimentos aos vários requisitos em
termos de características físicas e mecânicas, de conformidade com o definido no projeto de
engenharia e nas alíneas “a” a “d” da subseção D.3.1 desta Norma.

D.5.2 Controle da execução


Deve ser verificado, para a utilização de cada empréstimo, se:
• A sua exploração foi, na forma devida, formalmente autorizada pela Fiscalização;
• A destinação do material extraído está em conformidade com a distribuição definida
no projeto de engenharia;
• O disposto nas seções D.2 e D.3 desta Norma está sendo devidamente atendido.

D.5.3 Verificação do produto

D.5.3.1 Quanto ao Controle Geométrico


O controle geométrico deve ser feito por meio de levantamento topográfico e de forma visual,
devendo ser verificado se:
• As demarcações pertinentes às definições das áreas e respectivos horizontes
utilizáveis dos empréstimos atendem ao estabelecido no projeto de engenharia;
• O disposto nas subseções D.3.3.5, D.3.3.6 e D.3.3.7 da seção D.3 desta Norma foi
devidamente atendido.

D.5.3.2 Quanto ao acabamento e configuração dos taludes


Deve ser verificada a efetiva observância ao disposto nas subseções D.3.3.9 e D.3.3.10 da
seção D.3 desta Norma.

D.5.3.3 Quanto ao atendimento ambiental


Deve ser verificado quanto à devida observância e atendimento ao disposto na seção 6 desta
Norma, bem como procedida a análise dos resultados então alcançado, em termos de
preservação ambiental.

D.5.4 Condições de conformidade e não- conformidade


Tais condições devem ser inferidas a partir do resultado das verificações, controles e análises
reportados nas subseções D.5.1, D.5.2, e D.5.3 desta Norma.

Admitidas como atendidas as prescrições das subseções em foco, os serviços devem ser
aceitos.

Todo componente ou detalhe incorreto deve ser corrigido.


Qualquer serviço, então corrigido, só deve ser aceito se as correções executadas o colocarem
em conformidade com o disposto nesta Norma, caso contrário o serviço deve ser rejeitado.

D.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Considerando que a medição dos serviços tem como uma de suas finalidades básicas a
determinação, de forma racional e precisa, do respectivo custo de execução, a abordagem

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desta seção comporta dois tópicos específicos, a saber: A “medição propriamente dita dos
serviços executados” e a “apropriação do custo da respectiva execução”.

É de se observar que, no caso dos empréstimos que consistiram em


alargamentos/rebaixamentos de cortes, os respectivos processos de medição foram
devidamente abordados na Norma DNIT 106/2009 – ES - Cortes. Assim sendo, na presente
seção são enfocados os procedimentos concernentes às intituladas “Caixas de Empréstimos”
(empréstimos laterais).

D.6.1 Processo de medição


A medição dos serviços deve levar em consideração o volume de material extraído e
respectiva dificuldade de extração, conforme o constante no Projeto de Engenharia e
considerado e avaliado na caixa de empréstimo (volume in natura). Deve agregar, ainda, a
distância de transporte a ser percorrida, entre a caixa de empréstimo e o local de deposição
na pista ou na praça de depósito / reserva.

Neste sentido, os serviços aceitos de conformidade com a subseção D.5.4 devem ser medidos
de acordo com os critérios instituídos nas subseções D.6.1.1 a D.6.1.4.

D.6.1.1 A cubacão dos materiais escavados deve ser efetivada com base no apoio
topográfico e referências de nível (RN) integrantes do Projeto de Engenharia. O referido apoio
topográfico, consubstanciado na apresentação da “Rede de Malhas Cotadas”, deve ser objeto
de checagens e dos devidos tratamentos focalizados nas subseções 4.2.1, 4.2.3 e 4.2.4 da
Norma DNIT 104/2009 - ES - Serviços Preliminares e na subseção D.2.7 desta Norma.

Assim é que, após o desmatamento e limpeza da caixa de empréstimo, deve ser procedido
novo levantamento e nivelamento de toda a base topográfica, constituindo-se, então, na
“Rede Primitiva” a ser efetivamente adotada para efeito de controle geométrico e de medição
dos materiais escavados. O levantamento final, após a utilização da caixa de empréstimo,
deve ser procedido, dentro de adequado nível de precisão e de forma solidária com os RN
que referenciaram o nivelamento anterior (primitivo).

NOTAS:
• Os valores então obtidos, medidos nas caixas de empréstimos, devem ser cotejados
e considerados em função do disposto no projeto de engenharia, em especial as indicações
constantes no Diagrama de Bruckner e sua segmentação na forma da subseção 4.2.7 na
Norma DNIT 104/2009 - ES – Serviços Preliminares, bem como as tolerâncias assumidas
conforme preconizado na seção D.5 desta Norma.
• No caso de se tratar de caixas de empréstimo de difícil cubação e/ou da utilização
de ocorrência comercial, os volumes escavados devem ser obtidos indiretamente,
considerando o correspondente fator de conversão (volume compactado/volume “in natura”).

D.6.1.2 No que respeita à caracterização do material a ser escavado, este deverá ser
classificado, para cada caixa de empréstimo isoladamente, considerando o constante no
Projeto de Engenharia e o disposto na subseção D.3.1 desta Norma.

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D.6.1.3 No que respeita ao transporte do material escavado, a distância correspondente deve


ser determinada em termos de extensão axial entre o centro de gravidade de cada empréstimo
e o centro de gravidade do segmento de aterro em construção, onde será depositado o
material. No caso de se tratar de deposição provisória, deve ser devidamente considerada a
distância adicional decorrente do afastamento lateral. Para tanto, deve ser observado o
preconizado no Manual de Implantação Básica do DNIT e procedidas medidas de campo.

Em sequência, deve ser observado o seguinte:


a) As distâncias obtidas na forma anterior devem ser, então, referidas ou enquadradas
nas correspondentes “faixas de distâncias de transporte” instituídas no Projeto de Engenharia
e considerando o “Quadro de Distribuição de Materiais para Terraplenagem”, elaborado e
vinculado à segmentação do “Diagrama de Brückner, tratada na subseção 4.2.7 da Norma
DNIT 104/2009 - ES - Serviços Preliminares.
b) Assim, para cada empréstimo e respectivo grupo de categoria de materiais
classificados, deve ser definido o respectivo atributo de “Distância de Transporte”.
c) Os pares “Volume Escavado x Distância de Transporte”, relativos a cada uma das 2
categorias de materiais e referentes a cada empréstimo devem, então, ser distribuídos, em
função da utilização / destino do material.

D.6.1.4 Devem ser consideradas como integrantes ordinárias dos processos executivos
pertinentes aos serviços focalizados nas subseções D.6.1.1 e D.6.1.2, as seguintes
operações:
a) As operações referentes à regularização e acabamento final dos taludes dos
empréstimos, inclusive as referentes ao escalonamento dos taludes, quando ocorrente.
b) As operações referentes à preservação ambiental, focalizada na seção D.4 desta
Norma.

D.6.1.5 Na Memória de Cálculo dos Quantitativos pertinentes à execução dos serviços em


foco, os pares “Volume Escavado x Distância de Transporte”, relativos a cada uma das duas
categorias de materiais e referentes a cada empréstimo, atendida a subseção D.6.1.3, devem
ser objeto de quantificação e apresentação explícita em separado, em função da
utilização/destino do material. Neste sentido, os demonstrativos dos quantitativos de serviços
executados, relativamente a cada caixa de empréstimo, devem estar referidos ao
estaqueamento do eixo da via em construção e desdobrados em três conjuntos, na forma que
se segue:
a) Os volumes de materiais transportados do empréstimo para a plataforma em
construção.
b) Os volumes de materiais transportados do empréstimo para a praça de depósito
provisório / reserva.
c) Os volumes de materiais transportados da praça de depósito provisório / reserva para
a plataforma em construção.

NOTAS:
• Os serviços pertinentes à abertura dos caminhos de serviço que se situam dentro da
faixa de “off-sets” devem ter seu demonstrativo de cálculo inserido na planilha correspondente

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a Caminhos de Serviço, mas o respectivo quantitativo de serviço estabelecido deve ser


agregado ao conjunto referente à alínea “a”, definida nesta subseção D.6.1.5 desta Norma.
• O disposto no tópico anterior deve estar devidamente registrado nas Memórias de
Cálculo pertinentes às Especificações em foco.
• O Modelo correspondente da Folha de Memória de Cálculo, com respectivas
instruções para elaboração, consta no Manual de Implantação Básica, do DNIT.

D.6.2 Apropriação do custo de execução dos serviços


Para efeito de determinação do custo unitário dos serviços deve ser observado o disposto nas
subseções D.6.2.1 a D.6.2.5 a seguir.

D.6.2.1 Os serviços de escavação dos empréstimos devem ter sua unidade referida ao “m³”,
medida na caixa de empréstimo (in natura), considerando os atributos focalizados nas
subseções D.6.1.1, D.6.1.2 e D.6.1.3, e a respectiva apropriação engloba, inclusive, todas as
operações pertinentes ao definido na subseção D.6.1.4.

D.6.2.2 Relativamente aos serviços enquadrados nas alíneas “a” e “b”, da subseção D.6.1.5
o custo pertinente deve compreender as etapas de escavação, carga e transporte do material.

D.6.2.3 Relativamente aos serviços enquadrados na alínea “c” da subseção D.6.1.5, o custo
pertinente deve compreender as etapas de carga e transporte do material.

D.6.2.4 A linha metodológica a ser ordinariamente adotada, bem como o elenco de valores
de parâmetros e de fatores interferentes, são os estabelecidos no Manual de Composição de
Custos Rodoviários do DNIT.

D.6.2.5 Ante particularidades ou especificidades, evidenciadas quando da elaboração do


Projeto de Engenharia, e relativamente aos parâmetros e fatores interferentes, cabe a adoção
de valores diferentes do preconizado no referido Manual de Composição de Custos
Rodoviários, sem prejuízo da aplicação da linha metodológica mencionada,

D.6.2.6 A apropriação do custo de execução correspondente deve ser obtida de


conformidade com os quantitativos de serviços estabelecidos na subseção D.6.1.5 e mediante
a aplicação dos respectivos custos unitários estabelecidos na forma das subseções D.6.2.1 a
D.6.2.5.

E. ATERROS / DNIT 108/2009-ES

E.1 GENERALIDADES

Esta especificação tem por objetivo fixar as condições gerais e o método construtivo para a
execução de aterro compactado na pista com solo local.

As operações de aterro compreendem:

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a) Descarga, espalhamento, conveniente umedecimento ou aeração, e compactação


dos materiais oriundos de cortes ou empréstimos, para a construção do corpo de aterro, até
o greide de terraplenagem. As condições a serem obedecidas para a compactação serão
objeto do item Execução;
b) Descarga, espalhamento, homogeneização, conveniente umedecimento ou aeração
e compactação de materiais selecionados oriundos de cortes ou empréstimos, para a
construção da camada final do aterro até a cota correspondente ao greide de terraplenagem.
As condições a serem obedecidas para a compactação serão objeto do item Execução.
c) Descarga, espalhamento, conveniente umedecimento ou aeração, e compactação
dos materiais oriundos de cortes ou empréstimos, destinados a substituir eventualmente os
materiais a fim de melhorar as fundações dos aterros.

E.2 MATERIAIS

Os materiais deverão ser selecionados para atender à qualidade e à destinação prevista no


projeto.

Os solos para os aterros provirão de empréstimos ou de cortes existentes, devidamente


selecionados no projeto. A substituição desses materiais selecionados por outros de
qualidade nunca inferior, quer seja por necessidade de serviço ou interesse do Executante,
somente poderá ser processada após prévia autorização da fiscalização.

Os solos para os aterros deverão ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas.
Turfas e argilas orgânicas não devem ser empregadas.

Na execução do corpo de aterro só será permitido o uso de solos que tenham índice de
suporte compatível com a estrutura do pavimento e expansão menor do que 4%.

A camada final dos aterros deverá ser constituída de solos selecionados na fase de projeto,
dentre os melhores disponíveis, não sendo permitido o uso de solos com expansão maior do
que 2%.

E.3 EQUIPAMENTOS

A execução dos aterros deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida.

Na construção dos aterros poderão ser empregados tratores de lâminas, caminhões


basculantes, motoniveladoras, rolos lisos de pneus, pés de carneiro, estáticos ou vibratórios.

E.4 EXECUÇÃO

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a) A execução dos aterros subordinar-se-á aos elementos técnicos fornecidos ao


executante e constantes das notas de serviços elaboradas em conformidade com o projeto.
b) A operação será precedida da execução dos serviços de desmatamento e limpeza.
c) Preliminarmente à execução dos aterros, deverão estar concluídas as obras-de-arte
correntes necessárias à drenagem da bacia hidrográfica interceptada pelos mesmos.
d) O lançamento do material para a construção dos aterros deve ser feito em camadas
sucessivas, em toda a largura da seção transversal, e em extensões tais que permitam seu
umedecimento e compactação de acordo com o previsto nestas especificações gerais.

Para o corpo dos aterros e para as camadas finais a espessura da camada compactada não
deverá ultrapassar de 0,20m.

e) Todas as camadas do aterro deverão ser convenientemente compactadas. Esta


compactação deverá ser na umidade ótima, mais ou menos 2%, até se obter a densidade
aparente seca correspondente a 95% da massa aparente máxima seca, do ensaio Normal de
compactação.

Os trechos que não atingirem as condições mínimas de compactação e máxima de espessura


deverão ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e novamente
compactados, de acordo com a densidade aparente seca exigida.

f) no caso de alargamento de aterros, sua execução obrigatoriamente será precedida


de baixo para cima, acompanhada de degraus nos seus taludes. Desde que justificado em
projeto, poderá a execução ser feita por meio de arrasamento parcial de aterro existente, até
que o material escavado preencha a nova seção transversal, completando-se após, com
material importado, toda a largura da referida seção transversal. No caso de aterros em meia
encosta, o terreno natural deverá ser também escavado em degraus.
g) A inclinação dos taludes de aterro será de 1: 1,5 (V:H)

E.5 CONTROLE

B.5.1 Controle Tecnológico


a) Um ensaio de compactação, segundo o ensaio Normal de compactação, para cada
250 m³ de um mesmo material do corpo do aterro.
b) Um ensaio para determinação na densidade aparente seca " in situ " para cada 250
m³ de material compactado do corpo do aterro, correspondente ao ensaio de compactação
referido na alínea “a” e, no mínimo, duas determinações, por camada, por dia.
c) Um ensaio de granulometria, do limite de liquidez e do limite de plasticidade para o
corpo do aterro, para todo grupo de dez amostras submetidas ao ensaio de compactação,
segundo a alínea "a".
d) Um ensaio do índice de Suporte Califórnia, com a energia do ensaio Normal de
compactação, para as camadas finais para cada grupo de quatro amostras submetidas ao
ensaio de compactação, segundo alínea "a".

B.5.2 Controle Geométrico

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O acabamento da plataforma de aterro será procedido mecanicamente, de forma a alcançar-


se a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as seguintes tolerâncias:
a) Variação da altura máxima de ± 0,05 m para o eixo e bordos, desde que não ocorram
cotas obrigatórias em relação ao greide final.
b) Variação máxima de largura de + 0.30m para a plataforma, não se admitindo menos;
O controle será efetuado por nivelamento de eixo e bordos.

O acabamento, quanto à declividade transversal e à inclinação dos taludes, será verificado


pela fiscalização, de acordo com o projeto.

E.6 MEDIÇÃO

O volume de aterro será medido e pago por m3 compactado, determinado pela seção
transversal após sua execução.

E.7 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade com a medição
referida no item anterior e que representem a integral indenização pelos serviços, mão-de-
obra, equipamentos, despesas e encargos indiretos, bonificação, eventuais, lucro, etc.

A carga, transporte e descarga serão pagos à parte.

PAVIMENTAÇÃO

F. REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO / DNIT 137/2010-ES

F.1 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

F.1.1 Regularização do subleito


Operação destinada a conformar o leito estradal, transversal e longitudinalmente, obedecendo
às larguras e cotas constantes das notas de serviço de regularização de terraplenagem do
projeto, compreendendo cortes ou aterros até 20 cm de espessura.

F.1.2 Nota de serviço de regularização


Documento de projeto que contém o conjunto de dados numéricos relativos às larguras e
cotas a serem obedecidas na execução da camada final de regularização do subleito.
F.2 CONDIÇÕES GERAIS

a) A regularização deve ser executada prévia e isoladamente da construção de outra


camada do pavimento.

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CADERNO DE ENCARGOS

b) Cortes e aterros com espessuras superiores a 20 cm devem ser executados


previamente à execução da regularização do subleito, de acordo com as especificações de
terraplenagem DNIT 105/2009- ES, DNIT 106/2009-ES, DNIT 107/2009-ES e DNIT 108/2009-
ES.
c) Não deve ser permitida a execução dos serviços objeto desta Norma em dias de
chuva.
d) É responsabilidade da executante a proteção dos serviços e materiais contra a ação
destrutiva das águas pluviais, do tráfego e de outros agentes que possam danificá-los.

F.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

F.3.1 Material
Os materiais empregados na regularização do subleito devem ser preferencialmente os do
próprio. Em caso de substituição ou adição de material, estes devem ser provenientes de
ocorrências de materiais indicadas no projeto e apresentar as características estabelecidas
na alínea “d” da subseção 5.1-Materiais, da Norma DNIT 108/2009-ES: Terraplenagem –
Aterros – Especificação de Serviço, quais sejam, a melhor capacidade de suporte e expansão
≤ 2%, cabendo a determinação da compactação de CBR e de expansão pertinentes, por
intermédio dos seguintes ensaios:

Ensaio de Compactação – Norma DNER-ME 129/94, na energia definida no projeto; Ensaio


de índice de Suporte Califórnia – ISC – Norma DNER-ME 49/94, com a energia do Ensaio de
Compactação.

Quando submetidos aos ensaios de caracterização DNER-ME 080/94, DNER-ME 082/94 e


DNER-ME 122/94, devem atender ao que se segue:

Não possuir partículas com diâmetro máximo acima de 76 mm (3 polegadas); O Índice de


Grupo (IG) deve ser no máximo igual ao do subleito indicado no projeto.

F.3.2 Equipamento
São indicados os seguintes tipos de equipamento para a execução de regularização:
a) Motoniveladora pesada, com escarificador;
b) Carro tanque distribuidor de água;
c) Rolos compactadores autopropulsados tipos pé-de-carneiro, liso-vibratórios e
pneumáticos;
d) Grades de discos, arados de discos e tratores de pneus;
e) Pulvi-misturador.

Os equipamentos de compactação e mistura devem ser escolhidos de acordo com o tipo de


material empregado.

F.3.3 Execução
a) Toda a vegetação e material orgânico porventura existentes no leito da rodovia devem
ser removidos.

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CADERNO DE ENCARGOS

b) Após a execução de cortes, aterros e adição do material necessário para atingir o


greide de projeto, deve-se proceder à escarificação geral na profundidade de 20 cm, seguida
de pulverização, umedecimento ou secagem, compactação e acabamento.
c) No caso de cortes em rocha a regularização deve ser executada de acordo com o
projeto específico de cada caso.

F.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e adotadas as


soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao tema ambiental definidos
e/ou instituídos no instrumental técnico-normativo pertinente vigente no DNIT, especialmente
a Norma DNIT 070/2006-PRO, e na documentação técnica vinculada à execução das obras,
documentação esta que compreende o Projeto de Engenharia – PE, o Estudo Ambiental (EIA
ou outro), os Programas Ambientais do Plano Básico Ambiental – PBA pertinentes e as
recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

F.5 INSPEÇÕES

F.5.1 Controle dos Insumos


Os materiais utilizados na execução da regularização do subleito devem ser rotineiramente
examinados mediante a execução dos seguintes procedimentos:
a) Ensaios de caracterização do material espalhado na pista, em locais escolhidos
aleatoriamente. Deve ser coletada uma amostra, para cada 200 m de pista ou por jornada
diária de trabalho. A frequência destes ensaios pode ser reduzida, a critério da Fiscalização,
para uma amostra por segmento de 400 m de extensão, no caso de materiais homogêneos.
b) Ensaios de compactação pelo método DNER-ME 129/94, para o material coletado na
pista, em locais escolhidos aleatoriamente. Deve ser coletada uma amostra para cada 200 m
de pista ou jornada diária de trabalho. A frequência destes ensaios pode ser reduzida a critério
da Fiscalização, para uma amostra por segmento de 400 m de extensão, no caso de materiais
homogêneos.
c) Ensaios de Índice de Suporte Califórnia (ISC) e Expansão, pelo método DNER-ME
049/94, com energia de compactação, para o material coletado na pista, a cada 400 m em
locais escolhidos aleatoriamente, onde foram retiradas amostras para o ensaio de
compactação. A frequência destes ensaios pode ser reduzida, a critério da Fiscalização, para
uma amostra a cada 800 m de extensão, no caso de materiais homogêneos.
d) A frequência indicada para a execução de ensaios é a mínima aceitável.

Para pistas de extensão limitada, com área de até 4.000 m2, devem ser coletadas pelo menos
5 amostras, para execução do controle dos insumos.

F.5.2 Controle da execução


O controle da execução da regularização do subleito deve ser exercido mediante a coleta de
amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória, de acordo com o Plano de

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Amostragem Variável (vide subseção F.5.4). Devem ser efetuados as seguintes


determinações e ensaios:
a) Ensaio de umidade higroscópica do material, imediatamente antes da compactação,
para cada 100 m de pista a ser compactada, em locais escolhidos aleatoriamente (método
DNER-ME 052/94 ou DNER-ME 088/94). A tolerância admitida para a umidade higroscópica
deve ser de ± 2% em relação à umidade ótima.
b) Ensaio de massa específica aparente seca “in situ”, determinada pelos métodos
DNER-ME 092/94 ou DNER-ME 036/94, em locais escolhidos aleatoriamente. Para pistas de
extensão limitada, com volumes de, no máximo, 1.250 m3 de material, devem ser feitas, pelo
menos, cinco determinações para o cálculo de grau de compactação (GC).
c) Os cálculos de grau de compactação devem ser realizados utilizando-se os valores
da massa específica aparente seca máxima obtida no laboratório e da massa específica
aparente seca “in situ” obtida na pista. Não devem ser aceitos valores de grau de compactação
inferiores a 100% em relação à massa específica aparente seca máxima, obtida no
laboratório.

F.5.3 Verificação do produto


A verificação final da qualidade da camada de regularização do subleito (Produto) deve ser
exercida através das determinações executadas de acordo com o Plano de Amostragem
Variável (vide subseção F.5.4).

Após a execução da regularização do subleito, deve-se proceder ao controle geométrico,


mediante a relocação e o nivelamento do eixo e das bordas, permitindo-se as seguintes
tolerâncias:
a) ± 10 cm, quanto à largura da plataforma;
b) até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando falta;
c) ± 3 cm em relação às cotas do greide do projeto.

F.5.4 Plano de amostragem – Controle tecnológico


O número e a frequência de determinações correspondentes aos diversos ensaios para o
controle tecnológico da execução e do produto devem ser estabelecidos segundo um Plano
de Amostragem aprovado pela Fiscalização, elaborado de acordo com os preceitos da Norma
DNER-PRO 277/97.

O tamanho das amostras deve ser documentado e previamente informado à Fiscalização.

F.5.5 Condições de conformidade e não-conformidade


Todos os ensaios de controle e determinações relativos à execução e ao produto, realizados
de acordo com o Plano de Amostragem citado na subseção F.5.4, devem cumprir as
condições gerais e específicas desta Norma, e estar de acordo com os seguintes critérios:

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Quando especificado valor ou limite mínimo e/ou máximo a ser(em) atingido(s), devem ser
verificadas as seguintes condições:

a) Condições de conformidade:

b) Condições de não-conformidade:

Sendo:

Onde:

Quando especificado um valor máximo a ser atingido, devem ser verificadas as seguintes
condições:

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Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios periódicos de


acompanhamento, de acordo com a norma DNIT 011-PRO, a qual estabelece que sejam
tomadas providências para tratamento das “Não-conformidades” da execução e do produto.

Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta Norma.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

Qualquer serviço corrigido só deve ser aceito se as correções executadas o colocarem em


conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário deve ser rejeitado.

F.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços considerados conformes devem ser medidos de acordo com os critérios


estabelecidos no Edital de Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com
as seguintes disposições gerais:
a) a regularização do subleito deve ser medida em metros quadrados, considerando a
área efetivamente executada. Não devem ser motivos de medição em separado: mão-de-
obra, materiais, transporte, equipamentos e encargos, devendo os mesmos ser incluídos na
composição do preço unitário;
b) no cálculo da área de regularização devem ser consideradas as larguras médias da
plataforma obtidas no controle geométrico;
c) não devem ser considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados no
projeto;
d) nenhuma medição deve ser processada se a ela não estiver anexado um relatório de
controle da qualidade, contendo os resultados dos ensaios e determinações devidamente
interpretados, caracterizando a qualidade do serviço executado.

G. BASE ESTABILIZADA GRANULOMETRICAMENTE / DNIT 141/2010-ES

G.1 GENERALIDADES

Esta especificação tem por objetivo fixar as condições gerais e o método construtivo para a
execução das camadas de Sub-base e Base estabilizadas granulometricamente com
utilização de solo laterítico.

Para efeito desta especificação são adotadas as seguintes definições:


 Sub-base de solo laterítico – camada granular de pavimentação, complementar à base
e com as mesmas funções desta, utilizando solo laterítico. Será executada sobre o subleito
ou reforço do subleito, devidamente compactado e regularizado.
 Base de solo laterítico - camada granular de pavimentação, utilizando solo laterítico,
executada sobre a sub-base, devidamente compactada e regularizada.
 Estabilização granulométrica – processo de melhoria da capacidade resistente de
materiais “in natura” ou mistura de materiais, mediante emprego de energia de compactação

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adequada, de forma a se obter um produto final com propriedades adequadas de estabilidade


e durabilidade.
 Solos lateríticos – solos cuja relação molecular entre sílica e sesquióxidos de ferro e
alumínio, determinada pelo método DNER-ME 030/94 for menor que 2 e apresentarem
expansão inferior a 0,2% medida no ensaio DNER-ME 049/94 (determinação de ISC) com 26
ou 56 golpes por camada.

Admite-se o valor da expansão até 0,5% no ensaio de ISC desde que, no ensaio de
expansibilidade DNER-ME 029/94, o valor seja menor que 10,0%.

G.2 MATERIAL

Os materiais constituintes são solos lateríticos de graduação graúda, conforme definição


acima, proveniente de jazidas, podendo ser beneficiados por um ou mais dos seguintes
processos:
a) Britagem;
b) Mistura com outros solos arenosos;
c) Desagregação na pista;
d) Peneiramento com ou sem lavagem.

Estes materiais lateríticos de graduação graúda "in natura" ou beneficiados, destinados à


construção de sub-base ou base, quando submetidos aos ensaios de caracterização (DNER-
ME 054/97, DNER-ME 080/94, DNER-ME 082/94 e DNER-ME 122/94), devem apresentar as
características descritas a seguir.

G.2.1 Camada de Sub-base


a) Índice de Grupo (IG) igual a zero; se diferente de zero e expansão > 1,0%, deve
apresentar um valor menor que 10,0% no ensaio de expansibilidade (DNER-ME 029/94);
b) Índice de suporte Califórnia (ISC) ≥ 20% e Expansão ≤ 1,0%, determinados através
dos ensaios DNER-ME 129/94 e DNER-ME 049/94.

G.2.2 Camada de Base


a) O índice de Suporte Califórnia (ISC) deverá obedecer aos seguintes valores
relacionados ao número N de operações do eixo padrão de 8,2t, para o período de projeto:
 ISC ≥ 60% para N ≤ 5 X 106
 ISC ≥ 80% para N > 5 x 106

b) O material será compactado no laboratório, conforme a norma DNER-ME 49/94,


com 26 ou 56 golpes por camada, para atender aos valores mínimos de ISC especificados no
item a. Os valores mínimos do ISC devem ser verificados dentro de uma faixa de variação de
umidade, a qual será fixada pelo Projeto.
A fração que passa na peneira Nº 40 deverá apresentar limite de liquidez inferior ou igual a
40% e índice de plasticidade inferior ou igual a 15%.
c) Os solos lateríticos com IP > 15% poderão ser usados em misturas como outros

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materiais de IP ≤ 6%, satisfazendo a mistura resultante aos seguintes requisitos:


 LL ≤ 40% e lP ≤ 15%;
 A relação S/R e a expansão e/ou expansibilidade definidas nesta especificação;
 Ausência de argilas das famílias das nontronitas e/ou montmorilonitas, constatadas
em análise mineralógicas.
 E todos os demais requisitos desta especificação.

d) O agregado retido na peneira de 2 mm deve ser constituído de partículas duras e


duráveis, isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, isento de matéria vegetal ou
outra substância prejudicial e apresentando valores de abrasão "Los Angeles" menores ou
iguais a 65%.
e) Possuir composição granulométrica satisfazendo uma das faixas do Quadro a
seguir:

COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA
Peneira Abertura Faixas Granulométricas
(% em Peso Passando)

Faixa A Faixa B
2” 50,8 100 – 100 -
1” 25,4 100 – 75 100 – 100
3/8” 9,5 85 – 40 95 – 60
Nº 4 4,8 75 – 20 85 – 30
Nº 10 2,09 60 – 15 60 – 15
Nº 40 0,42 45 – 10 45 – 10
Nº 200 0,075 30 – 5 30 – 5

Peneiras mm % em Peso
Passando
3/8” – 1” 9,5 – 25,4 ±7

Nº 40 – Nº 4 0,42 – 4,8 ±5

Nº 200 0,075 ±2

A curva granulométrica, indicada no projeto, poderá apresentar as seguintes tolerâncias


máximas:
f) O equivalente em areia deverá ser maior que 30%.
g) A percentagem do material que passa na peneira N° 200 não deve ultrapassar 2/3
da percentagem que passa na peneira N° 40.
h) Quando submetido aos Ensaios DNER-ME 049/94 e DNER-ME 129/94 (Método C):

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 O agregado retido na peneira Nº 10 deverá ser constituído de partículas duras e


resistentes, isentas de fragmentos moles, alongados ou achatados, e isentas de matéria
vegetal ou outra substância prejudicial. Quando submetido ao ensaio Los Angeles
(DNER-ME 035/94), não deve apresentar desgaste superior a 65%, admitindo-se a não
realização desse ensaio nos casos em que utilização anterior do material tenha
apresentado desempenho satisfatório.

G.3 EQUIPAMENTOS

a) Motoniveladora;
b) Escarificador;
c) Carro-tanque distribuidor de água;
d) Rolos compactadores tipos pé-de-caneiro, liso, vibratório e pneumático;
e) Grade de disco;
f) Pulvimisturador;
g) Central de mistura;
h) Veículos transportadores.

Além destes poderão ser usados outros equipamentos aceitos pela Fiscalização.

G.4 EXECUÇÃO

Compreende as operações de mistura e pulverização, umedecimento ou secagem dos


materiais (realizados na pista ou em central de mistura), bem como espalhamento,
compactação e acabamento na pista, devidamente preparada na largura desejada com
as quantidades de material que permitam, após compactação, atingir a espessura
projetada.

A compactação será executada com o teor de umidade dentro dos limites para os quais
se verifica o valor mínimo do ISC especificado pelo projeto.

A espessura mínima das camadas de sub-base e base será de 10 cm, após a


compactação.

Quando o projeto fixar a camada de base com espessura final superior a 20 cm, esta será
subdividida em camadas parciais, nenhuma delas excedentes a espessura de 20 cm.

O grau de compactação deverá ser, no mínimo, 100%, em relação a massa específica


aparente, seca, máxima, obtida segundo o método adotado.

Não será permitida a execução destes serviços em dias de chuva.


É de responsabilidade da executante a proteção dos serviços e materiais contra a ação
destrutiva das águas pluviais, do tráfego e de outros agentes que possam danificá-los.

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G.5 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para o controle da execução devem ser adotados os procedimentos a seguir, de forma


independente para as camadas de sub-base e base:
a) Ensaio de caracterização do material espalhado na pista usando os métodos DNER-
ME 054/97 (Equivalente de Areia), DNER-ME 080/94 (Análise Granulométrica), DNER-ME
082/94 (Limite de Plasticidade) e DNER-ME 122/94 (Limite de Liquidez) em locais escolhidos
aleatoriamente. Deve-se coletar uma amostra por camada, no mínimo para cada quadra ou
por jornada de 8 horas de trabalho.
b) Ensaios de compactação pelo método DNER-ME 129/94 com energia do Método B
ou maior que esta, com materiais coletados na pista, em locais escolhidos aleatoriamente. No
mínimo deve ser coletada uma amostra por camada em cada quadra ou por jornada de 8
horas de trabalho.
c) Ensaios de índice Suporte Califórnia (ISC) e expansão através do método DNER-ME
049/94, para material coletado na pista em locais escolhidos aleatoriamente, na energia de
compactação. No mínimo deve ser coletada uma amostra a cada 400m³ de camada
executada.
d) Ensaio de umidade higroscópica do material a ser feito imediatamente antes da
compactação, por camada, para cada 100m³ de sub-base ou base a ser compactada, em
locais escolhidos aleatoriamente. Usar os métodos DNER-ME 052/94 ou DNER-ME 088/94.
As tolerâncias admitidas para a umidade higroscópica serão de ±2% em torno da umidade
ótima.
e) Ensaio de massa específica aparente seca “in situ” a ser feito em locais escolhidos
aleatoriamente, por camada, para cada 100m³ de sub-base ou base, pelos métodos DNER-
ME 036/94 e DNER-ME 092/94.
f) Os cálculos de grau de compactação devem ser realizados utilizando-se os valores
da massa específica aparente seca máxima obtida no laboratório e da massa específica
aparente seca “in situ” obtida na pista. Não devem ser aceitos valores de grau de compactação
inferiores a 100% em relação à massa específica aparente seca máxima obtida no laboratório.
g) Após a execução das camadas de sub-base e base, proceder à relocação e o
nivelamento do eixo e dos bordos, sendo permitidas as seguintes tolerâncias:
 Para a largura da plataforma: ± 10cm;
 Para a flecha do abaulamento: até 20% em excesso, não se admitindo por falta;
 Para a espessura da camada de projeto: ± 10%.

G.6 MEDIÇÃO

Os serviços aceitos serão medidos de acordo com as disposições abaixo:


 As camadas de sub-base e base serão medidas em metros cúbicos de material
espalhado e compactado na pista, conforme a seção transversal do projeto, incluindo mão-
de-obra, materiais, equipamentos e encargos, além das operações de limpeza e expurgo de
ocorrência de materiais, escavação, transporte, espalhamento, mistura e pulverização,
umedecimento ou secagem, compactação ou acabamento na pista.
 O transporte do material de jazida para base e/ou sub-base será pago à parte

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 No cálculo dos valores dos volumes serão consideradas as larguras e espessuras


médias obtidas no controle geométrico.

Não serão considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados no projeto.

G.7 PAGAMENTO

O pagamento será feito com base no preço unitário apresentado para este serviço, incluindo
mão-de-obra, equipamentos e encargos, além das operações de espalhamento, mistura e
pulverização, umedecimento ou secagem, compactação ou acabamento na pista.

H. BASE DE SOLO MELHORADO COM CIMENTO / DNIT 142/2022-ES

H.1 DEFINIÇÕES

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições:

H.1.1 Base
Camada de um pavimento, sobre a qual será construído o revestimento, destinada a resistir
aos esforços verticais oriundos dos veículos, distribuindo-os adequadamente às camadas
subjacentes, executada sobre a sub-base, subleito ou reforço do subleito devidamente
regularizado e compactado.

H.1.2 Solo melhorado com cimento


Material proveniente da mistura de solo (com ou sem adição de material granular), cimento e
água, em proporções previamente determinadas por processo próprio de dosagem, de forma
que o teor selecionado promova a melhoria das caraterísticas do material, tais como
granulometria, redução da expansão, etc., propiciando seu emprego como material de
pavimentação e o atendimento às exigências de projeto. Os teores de cimento para a mistura
de solo melhorado usualmente estão situados na faixa de 2% a 4%, em massa, em relação à
massa total seca da mistura. Pode haver variações neste teor a depender do tipo de solo e
de acordo com a definição de projeto. Sugere-se a utilização da norma DNIT 414 – ME para
definição do teor de cimento a partir do qual ocorrerá a estabilização do material. Para
misturas de solo melhorado com cimento devem ser utilizados teores menores que aqueles
que promovam a estabilização do material.
H.2 CONDIÇÕES GERAIS

a) Não deve ser permitida a execução dos serviços, objeto desta norma, em dias de
chuva.
b) Todo o carregamento de cimento que chegar à obra deve vir acompanhado de
certificado do fabricante/distribuidor com informações dos resultados de análise dos ensaios
de caracterização exigidos na norma DNER – EM 036/95, a data de fabricação, a indicação
clara de sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo. O tipo de cimento deve ser
o mesmo utilizado na dosagem.

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c) É responsabilidade do executante a proteção dos serviços e materiais contra a


ação destrutiva das águas pluviais, do tráfego e de outros agentes que possam danificá-los.
d) Para correta execução da camada e adequado acompanhamento dos serviços,
deverá ser previamente executado um segmento experimental para avaliar a dosagem da
mistura e o atendimento às definições de projeto. Se aprovado pela fiscalização, os
procedimentos adotados deverão ser replicados em toda a execução do segmento.
e) Na hipótese de rejeição dos serviços executados no segmento experimental, este
deverá ser refeito, ajustando-se os procedimentos adotados, até que os parâmetros em
análise estejam adequados.
f) Antes da execução dos serviços, deve ser implantada a sinalização adequada da
obra, visando à segurança do tráfego, devendo ser efetuada sua manutenção permanente
durante a execução dos serviços. Atenção especial deve ser dada para a segurança do
tráfego na operação do sistema siga/pare.

NOTA 1:
O DNIT dispõe de um Manual de Sinalização de Obras e Emergências em Rodovias
(Publicação IPR – 738), o qual pode ser consultado, se necessário.

H.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

H.3.1 Materiais

H.3.1.1 Cimento Portland


Deve obedecer às exigências das normas DNER – EM 036/95.

H.3.1.2 Água
É satisfatório o uso de água potável, devendo ser isenta de materiais nocivos, como sais
solúveis, ácidos, álcalis ou matéria orgânica e outras substâncias prejudiciais.

H.3.1.3 Solo
Os solos, com ou sem adição de material granular, empregados na execução de base de solo
melhorado com cimento, devem ser provenientes de ocorrências de materiais, devendo
apresentar as características definidas na fase de projeto. Os agregados eventualmente
retidos na peneira n° 10 devem ser constituídos de partículas duras e duráveis, isento de
fragmentos moles, alongados ou achatados, de matéria vegetal ou outra substância
prejudicial.

Para a seleção inicial de um solo e/ou material granular para compor a mistura, podem ser
utilizadas, como referência, as faixas granulométricas indicadas na Tabela A1.

NOTA 2:
As faixas apresentadas na Tabela A1 tem caráter exemplificativo, não havendo a
obrigatoriedade de serem seguidas, desde que atendidos os parâmetros definidos em projeto.

H.3.2 Mistura de solo melhorado com cimento

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A combinação do solo ou material selecionado na fase de projeto e os teores de cimento e de


água, definidos na dosagem, devem proporcionar melhoria substancial nas características do
solo puro que justifique seu emprego, tendo ainda que atender aos seguintes requisitos:
– Expansão máxima de 0,5% (DNIT 172 – ME);
– Módulo de Resiliência (MR), de acordo com o especificado em projeto, se realizada
análise mecanicista (DNIT 134 – ME);
– Deformação Permanente (DP), de acordo com o especificado em projeto, se realizada
análise mecanista (DNIT 179 – IE).
Os parâmetros a seguir devem ser atendidos, caso o projeto tenha sido dimensionado
pelo método empírico:
– Índice de Suporte Califórnia ISC 80% (DNIT 172 – ME);
– Limite de liquidez 25% (DNER – ME 122/94);
– Índice de plasticidade 6% (DNER – ME 082/94).

H.3.3 Equipamentos

H.3.3.1 Execução de base de solo melhorado com cimento


São indicados os equipamentos seguintes:
a) Motoniveladora com escarificador;
b) Pulvimisturador;
c) Trator de esteiras ou pneumático;
d) Caminhão-tanque distribuidor de água;
e) Rolos compactadores autopropulsados dos tipos pé-de-carneiro, corrugados, liso,
liso-vibratório e pneumático;
f) Central de mistura de capacidade adequada à obra;
g) Rolo vibratório portátil ou sapo mecânico;
h) Recicladora;
i) Caminhão distribuidor de cimento.

H.3.3.2 Central de mistura


Deve ser constituída essencialmente de:
a) Silos – geralmente para cimento e solo, providos de bocas de descarga e equipados
com dispositivos que permitam a produção contínua da mistura;
b) Transportadores de esteira, que transportam o solo e o cimento na proporção
conveniente, até o equipamento misturador;
c) Equipamento misturador “pug-mill”, constituído, normalmente, de uma caixa
metálica, contendo em seu interior, como elementos misturadores, dois eixos que rodam em
sentido contrário, providos de chapa em espiral ou de pequenas chapas fixadas em hastes
que, devido aos seus movimentos, forçam a mistura íntima dos materiais, ao mesmo tempo
em que os faz avançar até a saída do equipamento;
d) Reservatório de água e canalizações que permitam depositar e pulverizar a água
sobre o solo, no processo de mistura;
e) Equipamento de carga de caminhões, constituído de um silo com transportadores
de correias ou elevadores de canecas, colocado de modo que o caminhão transportador
possa receber a mistura por gravidade.

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H.3.4 Execução

H.3.4.1 Mistura em central


a) A mistura de solo melhorado com cimento deve ser preparada em centrais de
mistura, empregando materiais de ocorrências, objetivando as vantagens técnicas e
econômicas na dosagem e homogeneização da mistura;
b) O solo, ou a mistura de solo e material granular, deve sofrer um processo de
pulverização eficiente que garanta a ausência de grumos. Ao final deste processo, exige-se
que no mínimo 50% do material seja reduzido a partículas de diâmetro inferior a 4,8 mm;
c) Todas as operações necessárias ao preparo da mistura final devem ser realizadas
na central, restando apenas o transporte da mistura já pronta para a pista, onde deve ser
espalhada, umedecida, se necessário, e homogeneizada com as devidas precauções, e de
modo que, após a compactação, apresente espessura, greide longitudinal e seção transversal
indicados no projeto;
d) A faixa para receber a mistura de solo melhorado com cimento deve estar
preparada no que se refere à drenagem, nivelamento e seção transversal, conforme fixados
no projeto.

H.3.4.2 Mistura na pista


No caso de utilização do solo do próprio subleito ou de solos selecionados com mistura na
pista, devem ser obedecidas as seguintes fases de execução:
a) Preparo da faixa;
b) Pulverização e homogeneização do solo local ou de empréstimo;
c) Distribuição de cimento, preferencialmente através de processos mecânicos;
d) Preparo da mistura de solo e cimento utilizando o equipamento de pulverização e
homogeneização;
e) Umedecimento e homogeneização.

NOTA 3:
Recomenda-se o uso de distribuidor de cimento com controlador de dosagem eletrônico, para
garantir que o teor de cimento, especificado em projeto, seja adicionado à mistura.

H.3.4.3 Espalhamento
O material deve ser distribuído e homogeneizado mediante ação combinada de grade de
discos e motoniveladora, em quantidade suficiente para obtenção da espessura da camada
compactada definida em projeto. No decorrer desta etapa, devem ser removidos materiais
estranhos ou fragmentos de tamanho excessivo.

H.3.4.4 Correção e homogeneização da umidade


A variação do teor de umidade admitido para o material no início da compactação é de +/- 1%
da umidade ótima de compactação. Caso o teor de umidade esteja abaixo do limite mínimo
especificado, deve ser procedido o umedecimento da camada com caminhão-tanque
distribuidor de água, seguindo da homogeneização pela atuação de grade de discos e
motoniveladora. Se o teor de umidade de campo exceder ao limite superior especificado,

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deve-se aerar o material mediante ação conjunta da grade de discos e da motoniveladora,


para que o material atinja o intervalo da umidade especificada.

Concluída a correção e homogeneização da umidade, o material deve ser conformado de


maneira a se obter a espessura especificada após a compactação.

H.3.4.5 Compactação
Encerrada a fase de mistura, é realizada a compactação da camada de base de acordo com
a seção especificada em projeto.

No segmento experimental realizado na fase inicial da obra, devem ser verificadas diferentes
formas de compactação de modo a definir os procedimentos a serem obedecidos no decorrer
da obra.

Nesta fase, deve-se estabelecer o número de passadas necessárias dos rolos compactadores
para atingir o grau de compactação especificado e, sempre que houver variação no material
ou equipamento empregado, deve ser realizada nova determinação.

O tempo decorrido entre a adição da água na mistura de solo melhorado com cimento e o
início do espalhamento não deve ser superior a 1 hora, a menos que, a critério da fiscalização,
e devidamente comprovado por ensaios, constate-se a possibilidade de aumentar este tempo.
Em qualquer hipótese, o limite máximo de tempo entre a adição da água e o final da
compactação deve ser de 3 horas.

A compactação deve evoluir longitudinalmente, iniciando pelas bordas. Nos trechos em


tangente, a compactação deve prosseguir das duas bordas para o centro, em percursos
equidistantes do eixo. Os percursos ou passadas do equipamento utilizado devem distar entre
si de forma tal que, em cada percurso, seja recoberta metade da faixa coberta no percurso
anterior. Nos trechos em curva, havendo superelevação, a compactação deve progredir da
borda mais baixa para a mais alta, com percursos análogos aos descritos para os trechos em
tangente.

Nas partes adjacentes ao início e ao fim da base em construção, a compactação deve ser
executada transversalmente ao eixo. Nas partes inacessíveis aos rolos compactadores, assim
como nas partes em que seu uso não for recomendável, tais como cabeceira de pontes e
viadutos, a compactação deve ser executada com rolos vibratórios portáteis ou sapos
mecânicos.

Durante a compactação, se necessário, pode ser promovido o umedecimento da superfície


da camada, mediante emprego de caminhão-tanque distribuidor de água. Esta operação é
exigida sempre que o teor de umidade estiver abaixo do limite inferior do intervalo de umidade
admitido para a compactação.
H.3.4.6 Espessura da camada compactada
A camada compactada deve ter espessura no intervalo entre 10 cm e 20 cm. Quando houver
necessidade de se executar camadas de base com espessura final superior a 20 cm, estas

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devem ser subdivididas em camadas parciais, sendo 10 cm a espessura mínima permitida


após compactação, para as camadas subdivididas. Nesta fase, devem ser tomados os
cuidados necessários para evitar a adição de material na fase de acabamento.

H.3.4.7 Acabamento
O acabamento deve ser executado pela ação conjunta de motoniveladora e de rolos
compactadores. A motoniveladora deve atuar, quando necessário, exclusivamente em
operação de corte, sendo vetada a correção de depressões por adição de material.

H.3.4.8 Juntas de construção


As juntas transversais de construção devem ser executadas para assegurar a eficiência e o
bom acabamento da camada, quando for necessário interromper a execução da base de solo
melhorado com cimento, para posterior retomada do serviço.

As juntas longitudinais de construção devem ser evitadas. A camada de base de solo


melhorado com cimento deve ser executada em etapa única, abrangendo toda a largura da
pista.

H.3.4.9 Cura
Logo após a execução da camada, a base de solo melhorado com cimento deve ser
submetida a um processo de cura, devendo ser protegida da perda rápida de umidade, por
pelo menos sete dias, antes da execução da camada de revestimento.

A cura deve ser realizada com Emulsão Asfáltica RR-2C ou Emulsão Asfáltica para
Imprimação – EAI, as quais devem estar em conformidade com a norma DNIT 165 – EM,
seguindo as técnicas previstas na norma DNIT 144 – ES: Pavimentação – Imprimação com
ligante asfáltico.

Para a pintura de cura, sugere-se uma taxa de aplicação à razão de 0,6 l/m² quando utilizada
emulsão RR-2C, e para o uso de EAI, recomenda-se uma razão entre 0,9 l/m² e 1,7 l/m². Em
ambos os casos, a taxa deve ser confirmada no segmento experimental, ou pode ser alterada,
desde que também adequadamente avaliada no segmento e autorizada pela Fiscalização.

A emulsão asfáltica deve ser aplicada com caminhão aespargidor, devendo ser executada
sobre a superfície limpa com jatos de ar comprimido e suficientemente umedecida. O material
deve ser aspergido na temperatura adequada e em uma única aplicação.

Antes da execução do revestimento, deve ser feita a pintura de ligação, de acordo com os
procedimentos descritos na norma DNIT 145 – ES.

H.3.4.10 Abertura ao tráfego


A base de solo melhorado com cimento não deve ser submetida à ação do tráfego até ser
liberada pelo controle de deflexão, sendo garantidas as condições de cura sem perda de
umidade.

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H.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e adotadas as


soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao tema ambiental, definidos
e/ou instituídos no instrumental técnico-normativo pertinente vigente no DNIT, especialmente
a norma DNIT 070 – PRO, e na documentação técnica vinculada à execução das obras,
documentação esta que compreende o Projeto de Engenharia – PE, o Estudo de Impacto
Ambiental (EIA ou outro), os Programas Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental –
PBA e as recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

H.5 INSPEÇÕES

H.5.1 Controle dos insumos


Os materiais utilizados na execução da base devem ser rotineiramente examinados, mediante
a execução dos seguintes procedimentos:
a) Todo cimento empregado na obra deve estar em conformidade com o disposto na
norma DNER – EM 036/95, de acordo com certificado do fabricante.
b) O cimento a ser utilizado na obra deve ser obrigatoriamente do mesmo tipo utilizado
na dosagem do solo melhorado com cimento.
c) Antes de utilizado, tanto na central de mistura quanto no espalhamento na pista,
devem ser executados, na obra, ensaios de determinação de finura (ABNT NBR 16372:2015),
a fim de verificar se o cimento não está empedrado. A frequência destes ensaios é de, no
mínimo, um ensaio por dia de trabalho, ou sempre que houver dúvidas sobre a sanidade do
cimento.
d) O resíduo retido na peneira n° 200 (malha de 0,075 mm) não deve exceder a:
– cimento Portland de alto forno – 10%;
– cimento Portland comum – 15%.

H.5.2 Controle da mistura


Para garantir que o material a ser aplicado em campo atenda aos parâmetros definidos em
projetos com análise mecanicista, antes do início da obra ou se houver mudança significativa
dos materiais, devem ser realizados os ensaios seguintes na mistura:
– um ensaio de módulo de resiliência, em triplicata (DNIT 134 – ME);
– um ensaio de deformação permanente (DNIT 179 – IE).

Os valores obtidos nestes ensaios não devem variar de forma significativa daqueles obtidos
na fase de projeto.

NOTA 4:
Caso o resultado do ensaio do módulo de resiliência apresente valor significativamente
superior ao previsto em projeto, demonstrando rigidez excessiva, deverá ser solicitada
avaliação da Supervisora e/ou Projetista principalmente com relação ao potencial de
ocorrência de danos por fadiga na mistura cimentada. Neste caso, poderá ser necessária a
realização de ensaios de resistência à tração e de fadiga na mistura.

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NOTA 5:
Deverá ser avaliada a sensibilidade do módulo de resiliência em relação à variação de
umidade. Na hipótese de redução significativa no parâmetro de rigidez, deverá ser solicitada
avaliação da Supervisora e/ou Projetista.

H.5.3 Controle da execução


O controle da execução da camada de base de solo melhorado com cimento deve ser exercido
mediante a coleta de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória, e
controle deflectométrico, de acordo com o Plano de Amostragem Variável (vide subseção
H.5.5). Devem ser efetuadas as seguintes determinações e ensaios:

H.5.3.1 Preparo da mistura de solo melhorado com cimento


Tanto na mistura em central quanto na mistura na pista, devem ser verificadas aleatoriamente:
a) Antes da aplicação do cimento:
– determinação do grau de pulverização do solo, através de peneiramento na peneira
n° 4;
– determinações do teor de umidade do solo (DNER – ME 052/94 e DNER – ME 088/94).

b) Depois da adição do cimento:


– verificação da quantidade do cimento incorporada (por peso ou volume).

H.5.3.2 Compactação da mistura de solo melhorado com cimento


Tanto para a mistura fabricada e transportada da central quanto para a mistura realizada na
pista e manipulada nas mesmas condições, devem ser verificadas de maneira aleatória:
a) Imediatamente antes da compactação:
– determinações do teor de umidade da mistura (DNER – ME 052/94 e DNER – ME
088/94) e, se necessário, executar leve correção de umidade durante o processo executivo,
para atendimento do teor de umidade do projeto;
– ensaio de compactação com energia modificada (Método C – DNIT 164 – ME);
– ensaio de Índice de Suporte Califórnia (DNIT 172 – ME), se especificado em projeto;
– ensaio de expansão (DNIT 172 – ME);
– ensaio de módulo de resiliência, em triplicata (DNIT 134 – ME), a cada segmento de
1500 m de pista e/ou a confirmação de módulo de resiliência com equipamentos de campo
devidamente calibrados (nesse caso a avaliação deve ser realizada após a compactação em
campo e ser aceita pela fiscalização).

b) Após a compactação:
– determinação da massa específica aparente “in situ” na pista compactada, para o
cálculo do Grau de Compactação (DNER – ME 092/94, DNER – ME 036/94 ou DNIT 417 –
ME), que deve ser ≥ 100%.

NOTA 6:
Quando utilizado densímetro eletromagnético, deverá ser realizada sua calibração, conforme
indicado na norma DNIT 417 – ME, a fim de obter resultado adequado na análise da camada
de solo melhorado com cimento.

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H.5.3.3 Controle construtivo por deflexão.


Deve ser realizado o controle construtivo por deflexão, após, no mínimo, sete dias de cura,
antes da construção da próxima camada, para verificar o atendimento ao valor previsto no
projeto de dimensionamento. A deflexão característica de cada subtrecho ou segmento, para
um número mínimo de 15 determinações, deve ser comparada com aquela estabelecida em
projeto. As deflexões podem ser medidas com a Viga Benkelman (DNER – ME 024/94) ou
com FWD (DNER – PRO 273/96), a cada 20 m por faixa alternada e a cada 40 m na mesma
faixa para determinar a deflexão máxima (𝐷0). O Controle Unilateral deve ser aplicado:

𝐷𝑐=𝐷0𝑚é𝑑𝑖𝑜+𝑘𝑆≤𝐿𝑆𝐸

Onde:

𝐷𝑐 é deflexão característica do segmento, expressa em 10-2 mm;

𝐷0𝑚é𝑑𝑖𝑜 é a deflexão recuperável média dos valores individuais Di levantados, expressa em


10-2 mm;

𝑘 é o coeficiente em função do número de determinações, conforme a Tabela B1 –


Amostragem Variável;

𝑆 é o desvio padrão;

𝐿𝑆𝐸 é o limite superior de deflexão especificado no projeto, expresso em 10-2 mm.

H.5.4 Verificação do produto


A verificação final da qualidade da camada de base de solo melhorado com cimento deve ser
exercida através das determinações executadas de acordo com o Plano de Amostragem
Variável (vide subseção H.5.5) e a norma DNIT 013 – PRO.

Após a execução da camada de base deve ser realizado o controle geométrico, mediante a
relocação e nivelamento do eixo e bordas, permitindo-se as seguintes tolerâncias:
a) até 10 cm, em excesso, quanto à largura da plataforma, não sendo permitida largura
inferior à indicada no projeto geométrico;
b) até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, ou até 0,5% em excesso para
a declividade transversal de caimento simples, não se tolerando falta nos 2 casos;
c) ± 10%, quanto à espessura da camada indicada no projeto.

H.5.5 Plano de amostragem – Controle tecnológico


O número e a frequência de determinações correspondentes aos diversos ensaios para o
controle tecnológico da execução e do produto devem ser estabelecidos segundo um Plano
de Amostragem, previamente apresentado pela executante e aprovado pela Fiscalização,

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elaborado de acordo com os preceitos da norma DNER – PRO 277/97. O tamanho das
amostras deve ser documentado e previamente informado à Fiscalização.

H.5.6 Condições de conformidade e não conformidade


Todos os ensaios de controle e determinações relativos aos insumos, à execução e ao
produto, realizados de acordo com o Plano de Amostragem citado na subseção H.5.5, devem
cumprir as Condições Gerais e Específicas desta norma, e estar de acordo com os critérios
seguintes, sendo que os insumos devem atender a estas. Quando especificado um valor
mínimo e/ou máximo a ser(em) atingido(s), devem ser verificadas as seguintes condições:

a) Condições de conformidade:

c) Condições de não conformidade:

Sendo:

Onde:

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Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios periódicos de


acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011 – PRO, a qual estabelece que sejam
tomadas providências para tratamento das “Não conformidades”.

Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta norma.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

Qualquer serviço corrigido só deve ser aceito se as correções executadas o colocarem em


conformidade com o disposto nesta norma, caso contrário deverá ser rejeitado.

H.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços considerados conformes devem ser medidos de acordo com os critérios


estabelecidos no Edital de Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com
as seguintes disposições gerais:
a) A camada de base de solo melhorado com cimento deve ser medida em metros
cúbicos, considerando o volume de material compactado na pista. Não devem ser motivos de
medição em separado: mão de obra, materiais (inclusive o cimento), transporte, equipamentos
e encargos, devendo estes serem incluídos na composição do preço unitário;
b) No cálculo dos volumes da base, devem ser consideradas as larguras e as
espessuras médias da camada obtidas no controle geométrico;
d) Não devem ser considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados no
projeto.

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I. FRESAGEM A FRIO / DNIT 159/2011-ES

I.1 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, aplica-se a seguinte definição:


Fresagem a frio Operação em que é realizado o corte ou desbaste de uma ou mais
camada(s) do pavimento asfáltico, por processo mecânico a frio.

I.2 CONDIÇÕES GERAIS

a) O serviço de fresagem deve ser iniciado somente após a prévia marcação das áreas
a serem fresadas e observadas as profundidades de corte e rugosidade indicadas no projeto
de engenharia.
b) Deve ser implantada sinalização provisória de regulamentação e advertência para a
execução da obra.
Durante a execução dos serviços, no caso de haver degraus, se inevitáveis, deve ser
implantada sinalização específica, para advertir a sua existência aos usuários, principalmente
aos condutores de motocicletas. O DNIT dispõe de um Manual de Sinalização de Obras e
Emergências em Rodovias.
c) A fresagem pode ser a etapa preliminar para a reciclagem de pavimentos asfálticos.
Neste caso a área fresada não deve permanecer por mais de 3 (três) dias sem o devido
recobrimento.
d) Aplica-se também a fresagem em revestimentos asfálticos sobre o tabuleiro de obras-
de-arte especiais, em áreas deterioradas, na regularização de pavimento de encontros e como
melhoria do coeficiente de atrito, em locais de alto índice de derrapagem.
e) Esta Norma abrange os serviços de corte, desbaste, carga, transporte, descarga e
estocagem dos materiais da operação de fresagem.
f) A pista fresada só deve ser liberada ao tráfego se não oferecer perigo aos usuários,
isto é, a rodovia deve estar livre de materiais soltos ou de problemas decorrentes da fresagem,
tais como degraus, ocorrência de buracos e descolamento de placas.

I.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

I.3.1 Equipamentos

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Os equipamentos de fresagem devem ser os mais adequados para a realização do serviço,


de acordo com o tipo de fresagem.
a) Máquina fresadora, com as seguintes características:
- sistema autopropulsionado, que permita a execução da fresagem, de modo uniforme,
da(s) camada(s) do pavimento, na espessura de corte ou desbaste determinada pelo projeto;
- dispositivo que permita graduar corretamente a profundidade de corte, fornecendo uma
superfície uniforme;
- capacidade de nivelamento automático e precisão de corte que permitam o controle
da conformação da inclinação transversal, para atender ao projeto geométrico;
- cilindro fresador, do tipo específico para a fresagem, construído em aço especial, para
girar em alta rotação, onde são fixados os dentes de corte;
- dentes de corte do cilindro fresador, constituídos por corpo forjado em aço, com ponta
de material mais duro que proporcione rugosidade perfeita, cambiáveis, facilmente extraídos
e montados por procedimentos simples e práticos. A rugosidade resultante na pista é definida
para cada tipo de fresagem:
 fresagem padrão – espaçamento de 15 mm, aproximadamente, entre os dentes de
corte;
 fresagem fina – espaçamento de 8 mm, aproximadamente, entre os dentes de corte;
 microfresagem – espaçamento de 2 a 3 mm entre os dentes de corte.

- dispositivo tipo esteira, que permita a elevação do material fresado do pavimento para
a caçamba do caminhão simultaneamente com a execução da fresagem;
- dispositivo que permita a aspersão de água, para controlar a emissão de poeira na
operação de fresagem.

b) Vassoura mecânica autopropulsionada e que disponha de caixa para recebimento do


material, para promover a limpeza da superfície fresada;
c) Caminhão (ões) basculante(s), provido (s) de lona;
d) Caminhão tanque, para abastecimento do depósito de água da fresadora;
e) Compressor de ar;
f) Detector de metais;
g) Serra de disco e rompedor pneumático, que permitam execução de arremates e
cortes perpendiculares;
h) Carreta equipada com prancha apropriada para transporte do equipamento de
fresagem.
I.3.2 Modalidades de aplicação da fresagem
Em função da área a ser fresada, do objetivo da fresagem e do modus faciendi, podem ser
empregadas, em conformidade com o projeto, as seguintes modalidades:
a) Fresagem contínua – consiste na execução da fresagem na largura total da pista com
a utilização predominante de equipamento de grande porte, podendo ser empregados
equipamentos de pequeno e médio porte para acabamentos, em áreas limitadas por
canteiros, dispositivos de drenagem e outros.
b) Fresagem descontínua – constitui fresagem descontínua aquela aplicada em áreas
descontínuas, de comprimentos e larguras variáveis, podendo atingir a largura total de uma

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ou mais faixas de tráfego. Nas intervenções em remendos menores são indicados


equipamentos de pequeno e médio porte.
c) Fresagem em cunha ou fresagem de garra – designação da fresagem executada na
borda da pista, junto à sarjeta, inclinando-se o cilindro fresador, com o objetivo de promover
a ancoragem da nova camada de revestimento. Deve ser observado o abaulamento ou
declividade transversal do pavimento existente antes da sua execução, a fim de evitar
inclinações que podem causar desconforto ou risco ao usuário.
d) Fresagem para correção da inclinação do pavimento – fresagem aplicada para
correção ou alteração das inclinações transversal e longitudinal do pavimento existente, sendo
freqüente em obras de duplicação de rodovia.
e) Fresagem de arremate – é a fresagem do pavimento aplicada no entorno de
interferências (boca-de-lobo, tampão de caixa de visita etc.), geralmente executada com
equipamento de pequeno porte, em complementação à fresagem executada com
equipamento de grande porte. Sua aplicação é mais freqüente em segmentos de travessias
urbanas.

I.3.3 Execução
a) As áreas a serem fresadas devem ser delimitadas com eventuais ajustes, definidos
no campo, pelo DNIT.
b) Quando o material da fresagem for destinado à reciclagem, anteriormente à fresagem
deve ser retirado o excesso de sujeira e resíduos da superfície do pavimento, por meio de
varrição mecânica.
c) A fresagem do revestimento, na espessura recomendada pelo projeto, deve ser
iniciada na borda mais baixa da faixa de tráfego, com a velocidade de corte e avanço
regulados a fim de produzir granulometrias adequadas, se necessário, de agregados que
deverão ser utilizados na reciclagem.
d) No decorrer da fresagem deve ser observado o jateamento contínuo de água, para
resfriamento dos dentes da fresadora e controle da emissão de poeira.
e) Durante a operação de fresagem, o material fresado deve ser elevado pelo dispositivo
tipo esteira, que faz parte da fresadora, para a caçamba do caminhão e transportado para o
local para seu reaproveitamento ou para o bota-fora. Os locais de bota-fora devem ser
previstos no projeto ou indicados pela construtora, devidamente aprovados pela Fiscalização,
e em conformidade com a Resolução CONAMA nº 307/2002.
f) Os locais que sofreram intervenção da fresagem devem ser limpos, preferencialmente
por vassouras mecânicas, podendo ser usados, também, processos manuais. Recomenda-
se que em seguida seja aplicado jato de ar comprimido ou água, para finalizar a limpeza.
g) Deve ser realizado tratamento da superfície fresada onde permaneçam buracos ou
desagregações. Nestas ocorrências, devem ser executados os serviços de reparos
necessários, em conformidade com a respectiva Norma de Especificação de Serviço do DNIT.

O material solto deve ser removido por fresagem ou qualquer outro processo apropriado.
Posteriormente, deve ser executada a recomposição, se necessária, da camada granular
subjacente e/ou execução de camada adicional de concreto asfáltico, após a necessária
limpeza da superfície e aplicação da pintura de ligação.

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I.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

I.4.1 Condicionantes ambientais gerais


Objetivando evitar a degradação ambiental, devem ser devidamente observados e adotados
os procedimentos prescritos nos instrumentos normativos pertinentes vigentes no DNIT,
especialmente na Norma DNIT 070/2006-PRO e na legislação vigente, em particular a
Resolução CONAMA n° 307/2002, e atendidas às recomendações e exigências dos órgãos
ambientais.

I.4.2 Condicionantes ambientais específicos


Devem ser observados os seguintes procedimentos na execução dos serviços:
a) Evitar o tráfego desnecessário de equipamentos além dos acostamentos;
b) Controlar a emissão de poeira, ruído e vibração, principalmente em áreas urbanas;
c) As operações de manuseio e transporte do material fresado devem ser efetuadas em
condições adequadas, assim como sua estocagem nas áreas estabelecidas no projeto, ou em
áreas previamente aprovadas pelo DNIT, niveladas e com drenagem conveniente, e de forma
a não intervir com o processo natural de escoamento de águas superficiais e com os
dispositivos instalados de drenagem.

I.5 INSPEÇÕES

I.5.1 Controle da execução


Deve ser verificado o seguinte:
- textura rugosa e uniforme da superfície fresada;
- ausência de desníveis entre uma passada e outra do equipamento;
- desempeno da superfície (controle da declividade transversal de projeto).
A superfície fresada não deve apresentar falhas no corte decorrentes de defeitos no(s)
dente(s) e depressões;

Deve ser verificado também se o disposto nas seções I.2 e I.3 desta Norma está sendo
devidamente atendido.

I.5.2 Verificação do produto

I.5.2.1 Quanto ao controle geométrico


O controle geométrico deve ser realizado por meio das seguintes medidas:
profundidade de corte verificada nas bordas com auxilio de uma régua ou de uma trena rígida;
no centro, por levantamento topográfico; nas faixas exclusivas, através de uma linha ou de
uma régua;

a espessura de fresagem é determinada pela média aritmética de, no mínimo, 3 (três) medidas
para cada 100 m² fresados.

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I.5.2.2 Quanto às condições de tráfego


Devem ser verificadas as condições de segurança, considerando os tópicos abordados na
seção I.2 desta Norma.

I.5.2.3 Quanto ao atendimento ambiental


Deve ser verificado o atendimento ao disposto na seção I.4 desta Norma, bem como procedida
a análise dos resultados alcançados, em termos de preservação ambiental.

I.5.3 Condições de conformidade e não- conformidade


Os serviços executados em cada área tratada, considerando-se as profundidades de corte,
devem atender às seguintes condições:
- Para espessuras de corte superiores a 5 cm a média aritmética da espessura obtida
deve situar-se no intervalo de ±5%, em relação à espessura prevista no projeto;
- Para espessuras de corte inferiores a 5 cm, a média aritmética da espessura obtida
deve situar-se no intervalo de ± 10%, em relação à espessura prevista no projeto;
- A declividade transversal, em pontos isolados, pode diferir em até 20% da inclinação
estabelecida no projeto, não se admitindo depressões que propiciem o acúmulo de água.
Caso o material resultante da fresagem seja depositado em local inadequado para o seu
posterior reaproveitamento e/ou que possa causar danos ambientais, os serviços devem ser
considerados não- conformes até que sejam atendidas as condições adequadas de deposição
e proteção ambiental.

A fresagem só deve ser considerada conforme se atender às exigências desta Norma; caso
contrário deve ser considerada não - conforme. Qualquer exigência desta Norma não
cumprida ou detalhe incorreto deve ser corrigido. Qualquer serviço, então corrigido, só deve
ser aceito se as correções executadas o colocarem em conformidade com o disposto nesta
Norma; caso contrário o serviço deve ser considerado não-conforme.

I.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

I.6.1 A medição do serviço considerado conforme deve ser efetuada em metros cúbicos,
multiplicando-se a área fresada pela sua espessura de corte ou desbaste.

I.6.2 Exclusivamente os serviços descritos na alínea “g” da subseção I.3.3 devem ser objeto
de medição à parte, em conformidade com a correspondente Norma de Especificação de
Serviço do DNIT.

J. MICRORREVESTIMENTO ASFÁLTICO / DNIT 035/2018-ES

J.1 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta norma é adotada a definição seguinte:


Microrrevestimento asfáltico consiste na associação de agregados, material de enchimento
(filler), emulsão asfáltica de ruptura controlada modificada por polímero elastomérico, água e

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aditivos, com consistência fluida, uniformemente espalhada sobre uma superfície previamente
preparada.

J.2 CONDIÇÕES GERAIS

J.2.1 Não é permitida a execução dos serviços, objeto desta norma:


a) Sem o preparo prévio da plataforma de trabalho, caracterizado por sua limpeza e
remoção de obstáculos, se necessário;
b) Sem a aprovação prévia pelo DNIT do projeto de dosagem e da metodologia de
trabalho;
c) Em dias de chuva e também quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10°C
ou a umidade do ar superior a 80%. Precauções adicionais devem ser tomadas quando a
temperatura ambiente estiver acima de 40oC ou a temperatura do pavimento acima de 60°C.

J.2.2 Antes da execução dos serviços deve ser implantada a adequada sinalização de
obra, visando à segurança do tráfego no segmento rodoviário, e efetuada sua manutenção
permanente durante a execução dos serviços.

J.3.3 Todo o carregamento de emulsão asfáltica de ruptura controlada modificada por


polímero elastomérico que chegar à obra deve apresentar certificado de resultados de análise
dos ensaios de caracterização exigidos nesta norma, correspondente à data de fabricação ou
ao dia de carregamento e transporte para o canteiro de serviço, se o período entre os dois
eventos ultrapassar de 10 dias. Deve trazer, também, indicação clara da sua procedência, do
tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a fábrica e o canteiro de
obra (ver subseção K.5.1).

J.2.4 O microrrevestimento asfáltico pode ser empregado como camada selante,


impermeabilizante, regularizadora e rejuvenescedora ou como camada antiderrapante de
pavimentos.

J.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

J.3.1 Insumos
Os constituintes do microrrevestimento asfáltico são: agregado miúdo, material de enchimento
(filler), emulsão asfáltica de ruptura controlada modificada por polímero elastomérico, aditivos
e água, os quais devem satisfazer especificações vigentes.

J.3.1.1 Emulsão asfáltica modificada por polímero elastomérico


Para execução do Microrrevestimento asfáltico deve ser utilizada a emulsão asfáltica
modificada por polímero elastomérico, de ruptura controlada, catiônica do tipo RC1C-E, em
conformidade com a norma DNIT 128/2010-EM.

J.3.1.2 Aditivos
Podem ser empregados aditivos para acelerar ou retardar a ruptura da emulsão na execução

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do microrrevestimento asfáltico. O tipo, bem como as quantidades, deve ser definido


previamente, quando do projeto da mistura.

J.3.1.3 Água
Deve ser limpa, isenta de matéria orgânica, óleos e outras substâncias prejudiciais à ruptura
da emulsão asfáltica. Deve ser empregada na quantidade necessária para promover
consistência adequada.

J.3.1.4 Agregados
Devem ser provenientes da britagem de rochas. Suas partículas individuais devem ser limpas,
resistentes, livres de torrões de argila e substâncias nocivas e apresentar as seguintes
características:
a) Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 30% (DNER -ME 035/98). Entretanto, podem
ser admitidos valores de desgaste maiores, no caso de desempenho satisfatório, comprovado
em utilização anterior;
b) durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 089/94);
c) equivalente de areia igual ou superior a 65% (DNER-ME 054/97);
d) adsorção no azul de metileno, máximo 10 ml (NBR 14949:2017);
e) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086/94).

J.3.1.5 Material de enchimento (filler).


Quando necessário, deve ser constituído por materiais finamente divididos, não plásticos,
secos e isentos de grumos, tais como pó de pedra, cimento Portland, cal hidratada do tipo
CH-I, pós-calcários, de acordo com a norma DNER–EM 367/97.

NOTA: Pode ser admitida a utilização de fibras de vidro, acrílica, poliéster, polipropileno etc.,
caso seja definida pelo projeto de dosagem.

J.3.2 Composição da mistura


A composição granulométrica da mistura de agregados deve satisfazer aos requisitos do
Quadro 1, com as respectivas tolerâncias, quando ensaiadas pelo método de ensaio
estabelecido pela norma DNER-ME 083/98.

Outras informações gerais sobre o asfalto residual da mistura, taxas de aplicação, espessuras
e utilização, também são apresentados no Quadro 1.

A dosagem adequada do microrrevestimento asfáltico deve ser obtida com base nos ensaios
recomendados pela ISSA - International Slurry Surfacing Association. Um ajuste de dosagem
dos componentes do microrrevestimento asfáltico pode ser feito nas condições de campo,
antes do início do serviço. Os métodos e condições de dosagem são apresentados no Quadro
2.

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J.3.3 Equipamentos

J.3.3.1 Equipamento de limpeza


Para limpeza da superfície utilizam-se vassouras mecânicas, jatos de ar comprimido, ou
outros.

J.3.3.2 Usina Móvel


O microrrevestimento asfáltico com emulsão modificada por polímero elastomérico deve ser
executado com equipamento apropriado que apresente as características mínimas seguintes:
a) silo para agregado miúdo;
b) depósitos separados para água, emulsão asfáltica elastomérica e aditivos;
c) depósito para material de enchimento (filler), com alimentador automático;
d) sistema de circulação e alimentação do ligante asfáltico, interligado por acoplagem
direta ou não, com sistema de alimentação do agregado miúdo, de modo a assegurar perfeito
controle de traço;
e) sistema misturador capaz de processar uma mistura uniforme e de despejar a massa
diretamente sobre a pista, em operação contínua, sem processo de segregação;
f) chassi - todo o conjunto descrito nas alíneas anteriores deve ser montado sobre um

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chassi móvel autopropulsado, ou atrelado a um cavalo mecânico, ou trator de pneus;


g) caixa distribuidora - esta peça se apoia diretamente sobre o pavimento atrelada ao
chassi. Deve ser montada sobre borracha, ter largura regulável para 3,50 m (meia pista) e ser
suficientemente pesada, para garantir uniformidade de distribuição e bom acabamento.

J.3.4 Execução

J.3.4.1 Aplicação
A aplicação do microrrevestimento asfáltico com emulsão modificada por polímero
elastomérico deve ser realizada à velocidade uniforme, a mais reduzida possível. Em
condições normais, a operação se processa com bastante simplicidade. A maior preocupação
requerida consiste em observar a consistência da massa, abrindo ou fechando a alimentação
d’água, de modo a obter uma consistência uniforme e manter a caixa distribuidora
uniformemente carregada de massa.

J.3.4.2 Correção de falhas


As possíveis falhas de execução, tais como escassez ou excesso de massa e a irregularidade
na emenda de faixas, devem ser corrigidas imediatamente após a execução. A escassez deve
ser corrigida com adição de massa e os excessos com a retirada, por meio de rodos de
madeira ou de borracha. Após estas correções, a superfície áspera deixada deve ser alisada
com a passagem suave de qualquer tecido espesso, umedecido com a própria massa, ou com
emulsão.

J.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

J.4.1 Condicionantes ambientais gerais


Devem ser devidamente observados a legislação ambiental vigente e os procedimentos
prescritos no instrumental técnico normativo pertinente do DNIT, especialmente a Norma
DNIT 070/2006 – PRO, e cumprido o estabelecido na documentação vinculada à execução
da obra (projeto de engenharia, estudos ambientais e licenciamento ambiental).

J.4.2 Condicionantes ambientais específicos

J.4.2.1 Agregados
Os cuidados a serem observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a
produção, a estocagem e a aplicação de agregados, assim como a operação da usina.
No decorrer do processo de obtenção de agregados devem ser considerados os seguintes
cuidados principais:
• A brita e a areia somente devem ser aceitas após apresentação da licença ambiental
da pedreira/areal, cuja cópia da licença deve ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências da
obra;
• Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de preservação
ambiental;
• Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a minimizar os danos
durante a exploração e possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os

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materiais e equipamentos;
• Construir, junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do
pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita, evitando seu
carreamento para cursos d’água;
• Os silos de estocagem de agregados devem ser dotados de proteções laterais e
cobertura, para evitar a dispersão das emissões fugitivas (emissões lançadas ao ambiente)
durante a operação de carregamento;
• Deve ser exigida a documentação atestando a regularidade das instalações
(pedreira/areal/usina), assim como para suas operações, junto ao órgão ambiental
competente, caso estes materiais sejam fornecidos por terceiros.

J.4.2.2 Emulsão asfáltica de ruptura controlada modificada por polímero elastomérico


Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.
Vedar o refugo de materiais usados à beira da estrada e em outros locais onde possam causar
prejuízos ambientais.

Recuperar a área afetada pelas operações de execução, mediante a remoção da usina e dos
depósitos e a limpeza do canteiro de obras.

As operações em usinas misturadoras a frio englobam:


a) estocagem, dosagem, peneiramento e transporte dos agregados frios;
b) transporte e estocagem do filler (os silos devem ser dotados de sistema de filtragem
a seco);
c) transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e emulsão asfáltica
modificada por polímero elastomérico.

NOTA:
É responsabilidade do construtor o estabelecimento de práticas de segurança e saúde para a
execução das operações com os materiais e equipamentos especificados nesta norma.

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J.5 INSPEÇÕES

J.5.1 Controle dos Insumos


Todos os materiais devem ser examinados em laboratório, obedecendo à metodologia
indicada pelo DNIT e aceitos de acordo com as especificações em vigor.

J.5.1.1 Emulsão asfáltica de ruptura controlada modificada por polímero elastomérico


O controle da qualidade da emulsão asfáltica de ruptura controlada modificada por polímero
elastomérico consta do seguinte:
Para todo carregamento que chegar à obra:
– 01 ensaio de viscosidade Saybolt Furol a 50 oC, (NBR 14491:2007);
– 01 ensaio de resíduo (NBR 14896:2012);
– 01 ensaio de peneiramento (NBR 14393:2012);
– 01 ensaio da carga da partícula (DNIT 156/2011-ME);
- 01 ensaio de recuperação elástica a 25 ºC, (DNIT 130/2010-ME), no resíduo da
emulsão.

J.5.1.2 Agregados
O controle de qualidade dos agregados consta da realização dos ensaios a seguir, por jornada
de 8 horas de trabalho:
a) 2 ensaios de granulometria do agregado (DNER-ME 083/1998);
b) 1 ensaio de equivalente de areia (DNER-ME 054/1997).

J.5.2 Verificação da execução


A verificação da execução deve ser realizada por meio de coleta aleatória de amostras para
realização de ensaios e determinações previstas nesta Norma.

J.5.2.1 Verificação do equipamento


Cada equipamento empregado na aplicação do microrrevestimento asfáltico deve ser
calibrado por meio das verificações constantes das alíneas a, b e c a seguir, a serem
realizadas antes do início dos serviços, em segmentos experimentais:
a) Consistência da mistura espalhada;
b) Atendimento ao projeto da mistura e de acordo com as subseções J.5.2.2 e J.5.2.3
desta norma;
c) Taxa de aplicação: A quantidade, espessura e velocidade de aplicação adequadas
para proporcionar o acabamento desejado são obtidas mediante o controle das taxas de
aplicação por pesagem de amostras de microrrevestimento asfáltico coletadas em bandejas,
ou outro dispositivo com área conhecida.

Se ao final destas três verificações em segmentos experimentais os resultados esperados não


forem alcançados, deve-se rever todo o processo de calibração do equipamento.

J.5.2.2 Verificação da quantidade do ligante asfáltico modificado por polímero


elastomérico
A quantidade de ligante asfáltico deve ser determinada por meio da extração de betume com

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o aparelho Soxhlet (DNIT 158/2011-ME), proveniente da retirada de amostras aleatórias em


cada segmento de aplicação. A percentagem de ligante residual pode variar no máximo ±
0,2% da percentagem fixada no projeto.

J.5.2.3 Verificação da graduação da mistura de agregados


A verificação da graduação da mistura de agregados deve ser realizada por meio da análise
granulométrica da mistura de agregados provenientes do ensaio de extração prescrito na
subseção anterior. As tolerâncias em cada peneira são fixadas a partir da faixa de projeto.

J.5.3 Verificação do Produto

J.5.3.1 Acabamento da superfície


A superfície acabada é verificada visualmente devendo se apresentar desempenada e com o
mesmo aspecto e textura obtida nos segmentos experimentais.

J.5.3.2 Alinhamentos
Devem ser verificados os alinhamentos do eixo e bordas nas diversas seções
correspondentes às estacas da locação e os desvios não devem exceder ± 5 cm.

J.5.3.3 Condições de segurança


As condições de segurança da camada de microrrevestimento devem ser determinadas por
meio de métodos para avaliação da resistência à derrapagem. O microrrevestimento acabado
deve apresentar Valor de Resistência à Derrapagem – VDR ≥ 50, quando medido com o
Pêndulo Britânico (ASTM-E 303–2013), e o valor da Altura da Mancha de Areia (HS) pelo
método ASTM E965-15 deve ser: 0,3 mm ≤ HS ≤ 1,2 mm.

J.5.4 Controle da qualidade

J.5.4.1 Plano de amostragem


O número e a frequência de determinações correspondentes aos diversos ensaios e
verificações para o controle tecnológico da execução e do produto devem ser estabelecidos
segundo um Plano de Amostragem elaborado pelo executante de acordo com os preceitos da
norma DNER – PRO 277/97 e previamente aprovado pela Fiscalização do DNIT.

J.5.4.2 Condições de conformidade e não conformidade


Todos os ensaios de controle e determinações realizados de acordo com o Plano de
Amostragem citado na subseção J.5.4.1 devem cumprir as Condições Gerais e Específicas
estabelecidas, respectivamente, nas seções J.2 e J.3 desta Norma e observados os critérios
e disposições seguintes:
a) Quando especificado valor(es) mínimo(s) e/ou máximo(s) a ser atingido(s) devem
ser verificadas as seguintes condições:

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Onde:

Xi - valores individuais.
X - média da amostra.
s - desvio padrão da amostra.
k - coeficiente tabelado em função do número de determinações, de acordo com a
Tabela 1 da norma DNER – PRO 277/97.
n - número de determinações (tamanho da amostra).

b) Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios periódicos,


na frequência previamente definida, de acordo com a Norma DNIT 011/2004-PRO, a qual
prescreve que o executante da obra deve estabelecer e manter procedimentos documentados
para implementar as ações corretivas e preventivas na execução da obra, com o objetivo de
detectar e eliminar as causas das não conformidades.
c) Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta norma.
d) Qualquer serviço corrigido só deve ser aceito se as correções efetuadas o colocarem
em conformidade com o disposto nesta norma; caso contrário, deve ser rejeitado.

J.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços considerados conformes devem ser medidos de acordo com os critérios


estabelecidos no Edital de Licitação ou, na falta desses critérios, de acordo com as

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disposições a seguir:
a) O microrrevestimento asfáltico a frio deve ser medido na pista, em metros quadrados
de área executada, incluídas todas as operações e encargos para a execução dos serviços,
inclusive o armazenamento e transporte de agregados.
b) A quantidade de emulsão efetivamente aplicada deve ser obtida através da média
aritmética dos valores medidos na pista, em toneladas.
c) Deve ser medido o transporte da emulsão asfáltica efetivamente aplicada entre a
refinaria ou fábrica e o canteiro de serviço.
d) Volumes superiores aos indicados no projeto para os segmentos só devem ser
medidos se previamente justificados pela Fiscalização do DNIT e após a competente
aprovação e autorização.

K. IMPRIMAÇÃO COM LIGANTE ASFÁLTICO / DNIT 144/2014-ES

K.1 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, aplica-se a seguinte definição:

Imprimação consiste na aplicação de material asfáltico sobre a superfície da base concluída,


antes da execução do revestimento asfáltico, objetivando conferir coesão superficial,
impermeabilização e permitir condições de aderência entre esta e o revestimento a ser
executado.

K.2 CONDIÇÕES GERAIS

a) O ligante asfáltico não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente for inferior
a 10 ºC, ou em dias de chuva, ou quando a superfície a ser imprimada apresentar qualquer
sinal de excesso de umidade.
b) Todo carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deve apresentar, por parte
do fabricante/distribuidor, certificado contendo os resultados dos ensaios de caracterização
exigidos nesta Norma, correspondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento para
transporte com destino ao canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar
10 dias. Deve trazer, também, indicação clara de sua procedência, do tipo e quantidade do
seu conteúdo e a distância de transporte entre o fornecedor e o canteiro de obra.
c) É responsabilidade da executante a proteção dos serviços e materiais contra a ação
destrutiva das águas pluviais, do tráfego e de outros agentes que possam danificá-los.

K.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

K.3.1 Material
a) O ligante asfáltico empregado na imprimação pode ser o asfalto diluído CM-30, em
conformidade com a norma DNER – EM 363/97, ou a emulsão asfáltica do tipo EAI, em
conformidade com a norma DNIT 165/2013 – EM.
b) A taxa de aplicação “T” é aquela que pode ser absorvida pela base em 24 horas,

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devendo ser determinada experimentalmente na obra. As taxas de aplicação do asfalto diluído


usuais são da ordem de 0,8 a 1,6 l/m² e da emulsão asfáltica da ordem de 0,9 a 1,7 l/m²,
conforme o tipo e a textura da base.

K.3.2 Equipamentos
a) Para a varredura da superfície da base usam-se vassouras mecânicas rotativas,
podendo, entretanto, a operação ser executada manualmente. O jato de ar comprimido
também pode ser usado.
b) A distribuição do ligante deve ser feita por carros equipados com bomba reguladora
de pressão e sistema completo de aquecimento que permitam a aplicação do ligante asfáltico
em quantidade uniforme.
c) Os carros distribuidores de ligante asfáltico, especialmente construídos para esse fim,
devem ser providos de dispositivos de aquecimento, dispondo de tacômetro, calibradores e
termômetros com precisão de 1 °C, instalados em locais de fácil observação e, ainda, possuir
espargidor manual, para tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. As
barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo de ajustamento
vertical e larguras variáveis de espalhamento uniforme do ligante asfáltico.
d) O depósito de material asfáltico, quando necessário, deve ser equipado com
dispositivo que permita o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O
depósito deve ter capacidade para armazenar a quantidade de ligante asfáltico a ser aplicada
em, pelo menos, um dia de trabalho.

K.3.3 Execução
a) Antes da execução dos serviços, deve ser implantada a adequada sinalização,
visando à segurança do tráfego no segmento rodoviário, e efetuada sua manutenção
permanente durante a execução dos serviços.
b) Após a perfeita conformação geométrica da base, proceder à varredura da superfície,
de modo a eliminar todo e qualquer material solto.
c) Antes da aplicação do ligante asfáltico a pista pode ser levemente umedecida.
d) Aplica-se, a seguir, o ligante asfáltico, na temperatura adequada, na quantidade
recomendada e de maneira uniforme. A temperatura de aplicação do ligante asfáltico deve
ser fixada para o tipo de ligante, em função da relação temperatura x viscosidade, escolhendo-
se a temperatura que proporcione a melhor viscosidade para seu espalhamento. A faixa de
viscosidade recomendada para espalhamento dos asfaltos diluídos é de 20 a 60 segundos
Saybolt Furol (NBR 14.491:2007). No caso de utilização da EAI a viscosidade de
espalhamento é de 20 a 100 segundos Saybolt Furol.
e) A tolerância admitida para a taxa de aplicação do ligante asfáltico definida pelo projeto
e ajustada experimentalmente no campo é de ± 0,2 l/m2.
f) Deve-se imprimar a largura total da pista em um mesmo turno de trabalho e deixá-la,
sempre que possível, fechada ao tráfego. Quando isto não for possível, trabalha-se em uma
faixa de tráfego e executa-se a imprimação da faixa de tráfego adjacente assim que a primeira
for liberada ao tráfego. O tempo de exposição da base imprimada ao tráfego, depois da efetiva
cura, deve ser condicionado ao comportamento da mesma, não devendo ultrapassar 30 dias.
h) A fim de evitar a superposição ou excesso nos pontos iniciais e finais das aplicações
devem ser colocadas faixas de papel transversalmente na pista, de modo que o início e o

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término da aplicação do ligante asfáltico situem-se sobre essas faixas, as quais devem ser, a
seguir, retiradas. Qualquer falha na aplicação do ligante asfáltico deve ser imediatamente
corrigida.

K.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e adotadas as


soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao tema ambiental definidos
e/ou instituídos no instrumental técnico-normativo pertinente vigente no DNIT, especialmente
a Norma DNIT 070/2006-PRO, e na documentação técnica vinculada à execução das obras,
compreendendo o Projeto de Engenharia, o Estudo Ambiental (EIA ou outro), os Programas
Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental – PBA e as recomendações e exigências
dos órgãos ambientais.

K.5 INSPEÇÕES

K.5.1 Controle do insumo


Os materiais utilizados na execução da imprimação devem ser rotineiramente examinados em
laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNIT e satisfazer às especificações em
vigor, mediante a execução dos seguintes procedimentos:

K.5.1.1 Asfalto diluído


a) Para todo carregamento que chegar à obra:
1 (um) ensaio de viscosidade cinemática a 60 °C (NBR 14.756:2001);
1 (um) ensaio do ponto de fulgor e combustão (vaso aberto TAG) (NBR 5.765:2012).

b) Para cada 100 t:


1 (um) ensaio de viscosidade Saybolt Furol (NBR 14.491:2007), no mínimo em 3 (três)
temperaturas, para o estabelecimento da relação viscosidade x temperatura;
1 (um) ensaio de destilação para os asfaltos diluídos (NBR 14.856:2002), para
verificação da quantidade de resíduo.

K.5.1.2 Emulsão asfáltica do tipo EAI:


a) Para todo carregamento que chegar à obra:
1 (um) ensaio de viscosidade Saybolt Furol (NBR 14.491:2007) a 25ºC;
1 (um) ensaio de resíduo por evaporação (NBR 14.376:2007);
1 (um) ensaio de peneiração (NBR 14.393:2012);
1 (uma) determinação da carga da partícula (DNIT 156/2011-ME).

b) Para cada 100 t:


1 (um) ensaio de sedimentação para emulsões (NBR 6.570:2010);
1 (um) ensaio de viscosidade Saybolt Furol (NBR 14.491:2007), no mínimo em 3 (três)
temperaturas, para o estabelecimento da relação viscosidade x temperatura.

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K.5.2 Controle da execução

K.5.2.1 Temperatura
A temperatura do ligante asfáltico deve ser medida no caminhão distribuidor imediatamente
antes de qualquer aplicação, a fim de verificar se satisfaz ao intervalo de temperatura definido
pela relação viscosidade x temperatura.

K.5.2.2 Taxa de Aplicação (T)


a) O controle da quantidade do ligante asfáltico aplicado deve ser efetuado
aleatoriamente, mediante a colocação de bandejas, de massa (P1) e área (A) conhecidas, na
pista onde está sendo feita a aplicação. O ligante asfáltico é coletado na bandeja na passagem
do carro distribuidor.

Com a pesagem da bandeja depois da cura total (até massa constante) do ligante
asfáltico coletado (P2) se obtém a taxa de aplicação do resíduo (TR) da seguinte forma:

A partir da taxa de aplicação do resíduo (TR) se obtém a Taxa de Aplicação (T) do


material asfáltico, em função da porcentagem de resíduo verificada no ensaio de laboratório,
quando do recebimento do correspondente carregamento do ligante asfáltico.
b) Para trechos de imprimação de extensão limitada ou com necessidade de liberação
imediata, com área de no máximo 4.000 m2, devem ser feitas 5 determinações de T, no
mínimo, para controle.
c) Nos demais casos, para segmentos com área superior a 4.000 m² e inferior a 20.000
m², o controle da execução da imprimação deve ser exercido mediante a coleta de amostras
para determinação da taxa de aplicação, feita de maneira aleatória, de acordo com o Plano
de Amostragem Variável (vide subseção K.5.4).

K.5.3 Verificação do produto


Devem ser verificadas visualmente a homogeneidade da aplicação, a penetração do ligante
na camada da base e sua efetiva cura.

K.5.4 Plano de amostragem – Controle tecnológico


O número e a frequência de determinações da taxa de aplicação (T) do ligante devem ser
estabelecidos segundo um Plano de Amostragem previamente aprovado pela Fiscalização e
elaborado de acordo com os preceitos da Norma DNER-PRO 277/97.

O tamanho das amostras deve ser documentado e informado previamente à Fiscalização.

K.5.5 Condições de conformidade e de não conformidade


a) As condições de conformidade e de não conformidade da taxa de aplicação (T)
devem ser analisadas de acordo com os seguintes critérios:

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Nos casos de:

X - ks < valor mínimo especificado ou


X + ks > valor máximo especificado - Não Conformidade

Nos casos de:

X - ks ≥ valor mínimo especificado ou


X + ks ≤ valor máximo especificado - Conformidade

Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios periódicos de


acompanhamento, de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece que sejam
tomadas providências para o tratamento das não conformidades.
b) Os serviços só devem ser considerados conformes se atenderem às prescrições
desta Norma.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

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Qualquer serviço corrigido só deve ser aceito se as correções executadas o colocarem em


conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário deve ser considerado não
conforme.

K.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços considerados conformes devem ser medidos de acordo com os critérios


estabelecidos no Edital de Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com
as seguintes disposições gerais:
a) a imprimação deve ser medida em metros quadrados, considerando a área
efetivamente executada. Não devem ser motivo de medição em separado: mão-de-obra,
materiais (exceto asfalto diluído ou emulsão asfáltica), transporte do ligante dos tanques de
estocagem até a pista, armazenamento e encargos, devendo os mesmos estar incluídos na
composição do preço unitário;
b) a quantidade de ligante asfáltico aplicada é obtida pela média aritmética dos valores
medidos na pista, em toneladas;
c) não devem ser considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados no
projeto;
d) o transporte da emulsão asfáltica ou do asfalto diluído efetivamente aplicado deve
ser medido com base na distância entre o fornecedor e o canteiro de serviço.

L. PINTURA DE LIGAÇÃO / DNIT 145/2012-ES

A Pintura de ligação consiste na aplicação de ligante asfáltico sobre superfície de base ou


revestimento asfáltico anteriormente à execução de uma camada asfáltica qualquer,
objetivando promover condições de aderência entre esta e o revestimento a ser executado.

L.1 CONDIÇÕES GERAIS

a) O ligante asfáltico não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente for inferior
a 10 ºC, ou em dias de chuva, ou quando a superfície a ser pintada apresentar qualquer sinal
de excesso de umidade.
b) Todo carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deve apresentar, por parte
do fabricante/distribuidor, certificado de resultados de análise dos ensaios de caracterização
exigidos nesta Norma, correspondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento para
transporte com destino ao canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar
de 10 dias. Deve trazer também indicação clara de sua procedência, do tipo, quantidade do
seu conteúdo e distância de transporte entre o fornecedor e o canteiro de obra.
c) É responsabilidade da executante a proteção dos serviços e materiais contra a ação
destrutiva das águas pluviais, do tráfego e de outros agentes que possam danificá-los.

L.2 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

L.2.1 Material

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a) O ligante asfáltico empregado na pintura de ligação deve ser do tipo RR-1C, em


conformidade com a Norma DNER-EM 369/97.
b) A taxa recomendada de ligante asfáltico residual é de 0,3 l/m2 a 0,4 l/m2. Antes da
aplicação, a emulsão deve ser diluída na proporção de 1:1 com água a fim de garantir
uniformidade na distribuição desta taxa residual. A taxa de aplicação de emulsão diluída é da
ordem de 0,8 l/m² a 1,0 l/m².
c) A água deve ser isenta de teores nocivos de sais ácidos, álcalis, ou matéria orgânica
e outras substâncias nocivas.

L.2.2 Equipamentos
a) Para a varredura da superfície a ser pintada usam-se vassouras mecânicas rotativas,
podendo, entretanto, a operação ser executada manualmente. O jato de ar comprimido pode
também ser usado.
b) A distribuição do ligante deve ser feita por carros equipados com bomba reguladora
de pressão e sistema completo de aquecimento que permitam a aplicação do ligante asfáltico
em quantidade uniforme.
c) Os carros distribuidores do ligante asfáltico, especialmente construídos para este fim,
devem ser providos de dispositivos de aquecimento, dispondo de velocímetro, calibradores e
termômetros com precisão de 1 °C, instalados em locais de fácil observação e, ainda, possuir
espargidor manual para tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. As
barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo de ajustamento
vertical e larguras variáveis de espalhamento uniforme do ligante.
d) depósito de ligante asfáltico, quando necessário, deve ser equipado com dispositivo
que permita o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O depósito deve
ter uma capacidade tal que possa armazenar a quantidade de ligante asfáltico a ser aplicado
em, pelo menos, um dia de trabalho.

L.3 EXECUÇÃO

a) Antes da execução dos serviços deve ser implantada a adequada sinalização,


visando à segurança do tráfego no segmento rodoviário, e efetuada sua manutenção
permanente durante a execução dos serviços.
b) A superfície a ser pintada deve ser varrida, a fim de ser eliminado o pó e todo e
qualquer material solto.
c) Antes da aplicação do ligante asfáltico, no caso de bases de solo-cimento ou de
concreto magro, a superfície da base deve ser umedecida.
d) Aplica-se, a seguir, o ligante asfáltico na temperatura compatível, na quantidade
recomendada e de maneira uniforme. A temperatura da aplicação do ligante asfáltico deve
ser fixada em função da relação temperatura x viscosidade, escolhendo-se a temperatura que
proporcione a melhor viscosidade para espalhamento. A viscosidade recomendada para o
espalhamento da emulsão deve estar entre 20 e 100 segundos “Saybolt-Furol” (DNER-ME
004/94).
e) Após aplicação do ligante deve-se aguardar o escoamento da água e a evaporação
em decorrência da ruptura.
f) A tolerância admitida para a taxa de aplicação “T” da emulsão diluída é de ± 0,2 l/m2.

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g) Deve ser executada a pintura de ligação na pista inteira em um mesmo turno de


trabalho e deve ser deixada, sempre que possível, fechada ao tráfego. Quando isto não for
possível, trabalhar em meia pista, executando a pintura de ligação da adjacente, assim que a
primeira for permitida ao tráfego.
h) A fim de evitar a superposição ou excesso, nos pontos inicial e final das aplicações,
devem ser colocadas faixas de papel transversalmente na pista, de modo que o início e o
término da aplicação do ligante asfáltico estejam sobre essas faixas, as quais devem ser, a
seguir, retiradas. Qualquer falha na aplicação do ligante asfáltico deve ser imediatamente
corrigida.

L.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e adotadas as


soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao tema ambiental definidos
e/ou instituídos no instrumental técnico-normativo pertinente vigente no DNIT, especialmente
a Norma DNIT 070/2006-PRO, e na documentação técnica vinculada à execução das obras,
documentação esta que compreende o Projeto de Engenharia – PE, o Estudo Ambiental (EIA
ou outro), os Programas Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental – PBA e as
recomendações e exigências dos órgãos ambientais.
L.5 INSPEÇÕES

L.5.1 Controle do insumo


O material utilizado na execução da pintura de ligação deve ser rotineiramente examinado,
mediante a execução dos seguintes procedimentos:
a) O ligante asfáltico deve ser examinado em laboratório, obedecendo à metodologia
indicada pelo DNIT e satisfazer às especificações em vigor. Para todo carregamento que
chegar à obra devem ser executados os seguintes ensaios na emulsão asfáltica:
- Ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004/94) a 50ºC;
- Ensaio de resíduo por evaporação (ABNT NBR14376/2007);
- Ensaio de peneiramento (DNER-ME 005/95);
- Determinação da carga da partícula (DNIT 156/2011-ME).

b) Para cada 100 t devem ser executados os seguintes ensaios:


- Ensaio de sedimentação para emulsões (DNER- ME 006/00);
- Ensaio de Viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004/94) a várias temperaturas, para
o estabelecimento da relação viscosidade x temperatura.

L.6 CONTROLE DA EXECUÇÃO

L.6.1 Temperatura
A temperatura do ligante asfáltico deve ser medida no caminhão distribuidor imediatamente
antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz ao intervalo de temperatura definido pela
relação viscosidade x temperatura.

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L.6.2 Taxa de Aplicação (T)


a) O controle da quantidade do ligante asfáltico aplicado deve ser efetuado
aleatoriamente, mediante a colocação de bandejas de massa (P1) e área (A) conhecidas, na
pista onde está sendo feita a aplicação.

O ligante asfáltico é coletado na bandeja na passagem do carro distribuidor.

Com a pesagem da bandeja depois da ruptura total (até massa constante) do ligante asfáltico
coletado (P2) se obtém a taxa de aplicação do resíduo (TR), da seguinte forma:

A partir da taxa de aplicação do resíduo (TR) se obtém a Taxa de Aplicação (T) da emulsão
RR - 1C, em função da porcentagem de resíduo verificada no ensaio de laboratório, quando
do recebimento do correspondente carregamento do ligante asfáltico.

b) Para trechos de pintura de ligação de extensão limitada ou com necessidade de


liberação imediata, com área de no máximo 4.000 m2, devem ser feitas cinco determinações
de T, no mínimo, para controle.
c) Nos demais casos, para segmentos com área superior a 4.000 m² e inferior a 20.000
m², o controle da execução da pintura de ligação deve ser exercido por meio de coleta de
amostras para determinação da taxa de aplicação, feita de maneira aleatória, de acordo com
o Plano de Amostragem Variável (vide subseção L.6.4).

L.6.3 Verificação do produto


Devem ser verificadas visualmente a homogeneidade da aplicação e a ruptura do ligante.

L.6.4 Plano de amostragem – Controle tecnológico


O número e a frequência de determinações da taxa de aplicação (T) do ligante devem ser
estabelecidos segundo um Plano de Amostragem previamente aprovado pela Fiscalização,
elaborado de acordo com os preceitos da Norma DNER-PRO 277/97.

O tamanho das amostras deve ser documentado e informado previamente à Fiscalização.

L.6.5 Condições de conformidade e não conformidade


As condições de conformidade e não-conformidade da taxa de aplicação (T) devem ser
analisadas de acordo com os seguintes critérios:

a) X - ks < valor mínimo especificado ou

X + ks > valor máximo de projeto → Não conformidade;

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b) X - ks ≥ valor mínimo especificado


ou X + ks ≤ valor máximo de projeto → Conformidade.

Sendo:

Onde:

Xi - valores individuais.
X - média da amostra.
s - desvio padrão da amostra.
k - coeficiente tabelado em função do número de determinações.
n - número de determinações (tamanho da amostra).
Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios periódicos de
acompanhamento, de acordo com a Norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece que
sejam tomadas providências para o tratamento das “não conformidades”.

Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta Norma.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

Qualquer serviço corrigido só deve ser aceito se as correções executadas o colocarem em


conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário deve ser rejeitado.

L.7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços Conformes serão medidos de acordo com os critérios estabelecidos no Edital de


Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com as seguintes disposições
gerais:

Os serviços considerados conformes devem ser medidos de acordo com os critérios


estabelecidos no Edital de Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com
as seguintes disposições gerais:
a) a pintura de ligação deve ser medida em metros quadrados, considerando a área
efetivamente executada. Não devem ser motivos de medição em separado: mão-de-obra,
materiais (exceto emulsão asfáltica), transporte da emulsão dos tanques de estocagem até a
pista, armazenamento e encargos, devendo os mesmos ser incluídos na composição do preço
unitário;
b) a quantidade de emulsão asfáltica aplicada é obtida pela média aritmética dos valores
medidos na pista, em toneladas;

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c) não devem ser considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados no


projeto;
d) o transporte da emulsão asfáltica efetivamente aplicada deve ser medido com base
na distância entre o fornecedor e o canteiro de serviço;
e) deve ser descontada a água adicionada à emulsão asfáltica na medição do material;
f) nenhuma medição deve ser processada se a ela não estiver anexado um relatório de
controle da qualidade, contendo os resultados dos ensaios e determinações devidamente
interpretados, caracterizando a qualidade do serviço executado.

REVESTIMENTOS

Os revestimentos definidos para o serviço de pavimentação deverão seguir as especificações


de serviços, métodos de ensaios e procedimentos estabelecidos pelo DNIT.

1) Areia Asfalto Usinada a Quente – DNER - ES 032/2005


2) Concreto Asfáltico – DNER - ES 031/2006.
3) Tratamento Superficial Duplo – DNER – ES 147/2012

M. AREIA ASFÁLTO USINADA À QUENTE - AAUQ / DNIT 032/2005-ES

M.1 DEFINIÇÕES

Areia-Asfalto a quente é a mistura executada a quente em usina apropriada, com


características específicas, composta de areia (agregado miúdo), material de enchimento
(filer) se necessário, e cimento asfáltico espalhado e compactado a quente.

M.2 CONDIÇÕES GERAIS

A Areia-Asfalto a quente pode ser empregada como revestimento, base, regularização ou


reforço do pavimento.

Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta Norma, em dias de chuva.

A Areia-Asfalto a quente somente deverá ser fabricada, transportada e aplicada quando a


temperatura ambiente for superior a 10ºC.

Todo o carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deverá apresentar certificado de
resultados de análise dos ensaios de caracterização exigidos pela especificação,
correspondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento e transporte para o canteiro
de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar de 10 dias. Deverá trazer também
indicação clara da sua procedência, do tipo e quantidade do seu conteúdo e distância de
transporte entre a refinaria e o canteiro de obra.

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M.3 CONDIÇÕES ESPECIFICAS

M.3.1 Material
Os materiais constituintes são os agregados miúdos, material de enchimento (filer) e cimento
asfáltico, os quais devem satisfazer estas Especificações, item 2 – Referências, e às
Especificações aprovadas pelo DNIT.

M.3.1.1 Ligante Asfaltico


Podem ser empregados os seguintes ligantes asfálticos:
– cimento asfáltico de petróleo, CAP-30/45, CAP-50/60, CAP-85/100, (classificação por
penetração), CAP-20 e CAP-40 (classificação por viscosidade);

M.3.1.2 Agregados

M.3.1.2.1 Areia - agregado miúdo


O agregado é a areia. Suas partículas individuais devem ser resistentes, em seus grãos,
estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deve apresentar equivalente de
areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 054).

M.3.1.2.2 Material de enchimento (filer)


Deve ser constituído por materiais minerais finamente divididos, tais como cimento Portland,
cal extinta, pós - calcários, cinza volante, etc; e que atendam à Norma DNER-ME 367.
Quando da aplicação deve estar seco, e/ou isento de grumos.

NOTA:
Denomina-se filer nesta norma a porção de qualquer um destes materiais acima, que passa
na peneira n° 200.

M.3.1.2.3 Melhorador de adesividade


Não havendo boa adesividade entre o ligante asfáltico a areia – agregado miúdo (DNER-ME
079), poderá ser empregado melhorador de adesividade na quantidade fixada no projeto.

A determinação da adesividade é definida pelos seguintes ensaios:


a) Método DNER 079/95, após submeter o ligante asfáltico contendo o dope no ensaio
RTFOT (ASTM – D 2872);
b) Método de ensaio para determinar a resistência de misturas asfálticas compactadas
à degradação produzidas pela umidade (AASHTO 283/89). Neste caso a razão da resistência
à tração por compressão diametral estática deverá ser superior a 0,7 (DNER-ME 138/94).

M.3.2 Composição da mistura


A composição da mistura Areia-Asfalto a quente deve satisfazer aos requisitos do quadro
seguinte com as respectivas tolerâncias no que diz respeito a granulométrica (DNER-ME
083/94) e aos percentuais do ligante asfáltico.

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Quando a camada de Areia-Asfalto for destinada a ser uma camada de revestimento deve ser
projetada com uma faixa granulométrica próxima aos limites inferiores da especificação.

No projeto da curva granulométrica para camada de revestimento, deve ser considerada a


segurança do usuário, especificada no item 7.3.4 – Condições de Segurança.

As porcentagens de betume referem -se à mistura de Areia e filer, considerada como 100%.

a) devem ser adotados o Método Ensaio Marshall para Misturas Asfálticas para
verificações de condições de vazios, estabilidade e fluência da mistura.

b) as Especificações Complementares podem fixar outra energia de compactação;

M.3.3 Equipamento
Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deve ser examinando, devendo estar
apto para realizar os trabalhos constantes desta Norma. Os equipamentos requeridos são os
seguintes:

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M.3.3.1 Depósito para ligante asfáltico


Os depósitos para o ligante asfáltico devem ser capazes de aquecer o material, às
temperaturas fixadas nas Especificações. O aquecimento deve ser feito por meio de
serpentinas a vapor, eletricidade ou outros meios, de modo não haver contatos de chamas
com interior do depósito. Deve ser instalado um sistema de circulação para o asfalto, de modo
a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, do depósito ao misturador, durante todo
o período de operação. Todas as tubulações devem ser dotadas de isolamento, a fim de evitar
perdas de calor. A capacidade dos depósitos deve ser suficiente para, no mínimo, três dias
de serviço.

M.3.3.2 Depósito para agregados (Areia)


Os silos devem ter capacidade total adequada e serem divididos em compartimentos,
dispostos de modo a separar e estocar, as frações apropriadas do agregado. Cada
compartimento deve possuir dispositivos de descarga. Haverá um silo para o filer, conjugado
com dispositivos para a sua dosagem.

M.3.3.3 Usina para misturas asfálticas (Areia-Asfalto)


A usina deve estar equipada com uma unidade classificadora de agregados, após o secador,
dispor de misturador tipo Pugmill, com duplo eixo conjugado, provido de palhetas reversíveis
e removíveis, ou outro tipo de produzir uma mistura uniforme. Deve, ainda, o misturador
possuir dispositivo de descarga, de função ajustável e dispositivo completo para controlar o
ciclo completo de mistura. Um termômetro, com proteção metálica e escala de 90° a 210°C,
deve ser fixado na linha de alimentação do asfalto, em local adequado próximo a descarga do
misturador. A usina deve ser equipada, além disso, com um termômetro de mercúrio, com
escala em “dial”, pirômetro elétrico, ou outros instrumentos termométricos aprovados,
colocados na descarga do secador, para registrar a temperatura dos agregados.

M.3.3.4 Caminhões para transporte da mistura


Os caminhões, tipos basculantes, para o transporte da Areia-Asfalto, devem ter caçambas
metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e sabão, óleo cru fino,
óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da mistura às chapas. A
utilização de produtos susceptíveis de dissolver o ligante asfáltico (óleo diesel, gasolina, etc.)
não são permitidos.

M.3.3.5 Equipamento para espalhamento


O equipamento para espalhamento e acabamento deve ser constituído de pavimentadoras
automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e
abaulamento requeridos. As acabadoras devem ser equipadas com parafusos sem fim, para
colocar cãs misturas nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção, além
de marchas para frente e para trás, As acabadoras devem ser equipadas com alisadores e
dispositivos para aquecimento dos mesmos, à temperatura requerida, para a colocação da
mistura sem irregularidades.

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M.3.3.6 Equipamento para compressão


O equipamento para compressão deve ser constituído por rolo pneumático e rolo metálico
liso, tipo tandem ou rolo vibratório. Os rolos pneumáticos, autopropulsionados, devem ser
dotados de dispositivos que permitam a calibragem de variação de pressão dos pneus de 2,5
Kgf/cm2 a 8,4 Kgf/cm2 (35 a 120 psi).

O equipamento em operação deve ser suficiente para comprimir a mistura à densidade


requerida, enquanto esta se encontrar em condições de operacionalidade.

M.3.4 Execução

M.3.4.1 Pintura de ligação


Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do revestimento, ou
no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda ter sido a imprimação
recoberta com areia, deve ser feita uma pintura de ligação.

M.3.4.2 Temperatura do cimento asfáltico


A temperatura do cimento asfáltico empregado na mistura deve ser determinada para cada
tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é
aquela na qual o asfalto apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75 e 95
segundos, “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004), indicando-se preferencialmente, a viscosidade de
85 a 95 segundos. Entretanto, a temperatura do ligante não deve ser inferior a 107ºC e nem
exceder a 177°C.

M.3.4.3 Temperatura dos agregados (Areia)


Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10ºC a 15ºC, acima da temperatura
do ligante asfáltico, sem ultrapassar 177°C.

M.3.4.4 Produção de Areia-Asfalto


A produção de Areia-Asfalto é efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente
especificado.

M.3.4.5 Transporte de Areia-Asfalto a quente


A Areia-Asfalto a quente produzida pode ser transportada, da usina ao ponto de aplicação,
nos veículos basculantes para que a mistura seja colocada na pista à temperatura
especificada. Cada carregamento deve ser coberto com lona ou outro material aceitável, com
tamanho suficiente para proteger a mistura.

M.3.4.6 Distribuição e compressão da mistura


A distribuição da Areia-Asfalto deve ser feita por máquinas acabadoras, conforme
especificado no item M.3.3.6; e não deve ser aplicado a temperatura ambiente inferior a 10°C.

Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas devem ser sanadas pela adição
manual da Areia- Asfalto, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e rodos
metálicos.

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Imediatamente após a distribuição da Areia-Asfalto, tem início a rolagem. Como norma geral,
a temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura betuminosa possa suportar,
temperatura essa fixada, experimentalmente, para cada caso.

Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa
pressão, a qual é aumentada à medida que a mistura vai sendo compactada, e,
consequentemente, suportando pressões mais elevadas.

A compactação será iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao eixo


da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão deve começar sempre
do ponto mais baixo para o ponto mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta, pelo
menos, metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdura até o
momento em que seja atingida a compactação especificada.

Durante a rolagem não são permitidas mudanças de direção e inversões bruscas de marcha
nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém – rolado. As rodas do rolo
devem ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.

M.3.4.7 Abertura ao tráfego


Os revestimentos recém – acabados devem ser mantidos sem tráfego, até o seu completo
resfriamento.

M.4 MANEJO AMBIENTAL

Para execução de revestimento asfáltico do tipo Areia- Asfalto usinado a quente são
necessários trabalhos envolvendo a utilização de asfalto e agregados, além da instalação de
usina misturadora.

Os cuidados a serem observados para fins de preservação do meio ambiente, envolvem a


produção e aplicação de agregados, o estoque e operação da usina.

NOTA: Devem ser observadas as prescrições estabelecidas nos Programas Ambientais que
integram o Projeto Básico Ambiental – PBA.

M.4.1 Agregados
No decorrer do processo de obtenção de agregados de areais devem ser considerados os
seguintes cuidados principais:

Caso utilizado areal comercial, a areia somente é aceita após apresentação da licença
ambiental de operação do areal, cuja cópia deve ser arquivada junto ao Livro de Ocorrências
da Obra.

Não é permitida a exploração de areal em área de preservação ambiental.

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CADERNO DE ENCARGOS

Planejar adequadamente a exploração do areal, de modo a minimizar os impactos


decorrentes da exploração e facilitar a recuperação ambiental após o término das atividades
exploratórias.

Impedir queimadas como forma de desmatamento.

Seguir as recomendações constantes da DNER-ES 279/97.

M.4.2 Ligante asfáltico


Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.
Vedar o descarte do refugo de materiais usados na faixa de domínio onde possam causar
prejuízos ambientais.

Recuperar a área afetada pelas operações de construção/execução, imediatamente após a


remoção da usina e dos depósitos, e limpeza do canteiro de obras.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:


a) estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;
b) transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;
c) transporte e estocagem de filer;
d) transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e cimento asfáltico.

Os agentes e fontes poluidoras, compreendem:

NOTA: Emissões Fugitivas - São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro
por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar seu fluxo.

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CADERNO DE ENCARGOS

Em função destes agentes devem ser obedecidos os itens L.4.3 e L.4.4.

M.4.3 Quanto à instalação


Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distância inferior a 200 m (duzentos
metros), medidos a partir da base da chaminé, de residências, de hospitais, clínicas, centros
de reabilitação, escolas asilos, orfanatos, creches, clubes esportivos, parques de diversões e
outras construções comunitárias.

Definir no projeto executivo áreas para as instalações industriais, de maneira tal que se
consiga o mínimo de agressão ao meio ambiente.

Atribuir à Executante responsabilidade pela obtenção da licença de instalação/operação,


assim como manter a usina em condições de funcionamento dentro do prescrito nestas
especificações.

M.4.4 Operação
Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclone e filtro de mangas ou
de equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos nas legislações vigentes.

Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, resultados de medições das
chaminés que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto, para atender
aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental.

Dotar os silos de estocagem de agregado frio de proteções laterais e de cobertura, para evitar
dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento.

Enclausurar a correia transportadora de agregado frio. Adotar procedimentos de forma que a


alimentação do secador seja feita sem emissão visível para a atmosfera.

Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em operação, para
evitar emissões de partículas na entrada e saída do mesmo.

Conectar o misturador, os silos de agregado quente e as peneiras classificatórias do sistema


de exaustão ao sistema de controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e
partículas para a atmosfera.

Fechar os silos de estocagem de massa asfáltica.

Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões
provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

Dotar os silos de estocagem de filer de sistema próprio de filtragem a seco.


Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos
sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó, retidos nas mangas.

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CADERNO DE ENCARGOS

Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipamentos de processo.

Manter em boas condições todos os equipamentos de processo e de controle.

Dotar as chaminés de instalações adequadas para realização de medições.

Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou eletricidade).

M.5 INSPEÇÃO

M.5.1 Controle dos insumos


Todos os materiais utilizados na fabricação de Areia- Asfalto a quente (Insumos) devem ser
examinados em laboratório, obedecendo à metodologia indicada pelo DNIT, e satisfazer as
especificações em vigor.

M.5.1.1 Ligante asfáltico


O controle de qualidade do ligante asfáltico consta do seguinte:
– 01 ensaio de penetração a 25ºC (DNER-ME 003) para todo carregamento que chegar
à obra;
– 01 ensaio do ponto de fulgor, para todo carregamento que chegar à obra (DNERME
148);
– 01 índice de susceptibilidade térmica para cada 100t determinado pelos ensaios
(DNER-ME 003 e ABNT NBR 6560);
– 01 ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar à obra;
– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004) em várias temperaturas
para a verificação da viscosidade especificada e o estabelecimento da curva viscosidade X
temperatura para cada 100t;

M.5.1.2 Agregados
O controle de qualidade dos agregados consta do seguinte:
a) ensaios de granulometria do agregado (areia), de cada silo por jornada de trabalho
(DNER-ME 083);
b) ensaios de equivalente de areia, (DNERME 054);
c) ensaio de granulometria do material de enchimento (filer), (DNER-ME 083).

NOTA: A quantidade de ensaios dos agregados obedecerá ao Plano de Amostragem


estabelecido e aprovado pela Fiscalização.

M.5.2 Controle da produção


O controle da produção (Execução) Areia-Asfalto a quente deve ser exercido através de coleta
de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória.

M.5.2.1 Controle da usinagem da Areia-Asfalto a quente


a) Controle da quantidade de ligante na mistura

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CADERNO DE ENCARGOS

– Devem ser efetuadas extrações de asfalto, de amostras da mistura coletada na pista


(DNER-ME 053). A porcentagem de ligante pode variar, no máximo ± 0,3%, da fixada no
projeto.
b) Controle da graduação da mistura de agregados (areia)
– Deve ser procedido o ensaio de granulometria (DNER-ME 083) da mistura dos
agregados resultantes das extrações citadas no item anterior. A curva granulométrica deve
manter-se contínua, enquadrando-se dentro das tolerâncias, especificadas no projeto.
c) Controle de temperatura Devem ser efetuadas medidas de temperatura, durante a
jornada de 8 horas de trabalho, em cada um dos itens abaixo discriminados:
– do ligante, na usina;
– da mistura, no momento, da saída do misturador.
– da mistura no momento do espalhamento no início de rolagem, na pista.
As temperaturas devem apresentar valores de ± 5ºC das temperaturas especificadas.
d) Controle das características da mistura
– Devem ser realizados ensaios Marshall em três corpos -de-prova de cada mistura por
cada jornada de oito horas de trabalho (DNER-ME 043).
– O valor de estabilidade deve satisfazer ao especificado no item proposto. As amostras
devem ser coletadas na pista.

M.5.2.2 Espalhamento e compressão na pista


Devem ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da massa
imediatamente, antes de iniciada a compressão. Estas temperaturas devem ser as indicadas
para compressão, com uma tolerância de ± 5°C.

O controle do grau de compressão - GC da areia-asfalto deve ser feito, preferencialmente,


medindo-se a densidade aparente de corpos -de-prova extraídos da mistura espalhada e
comprimida na pista, por meio de brocas rotativas, comparando-as com os resultados da
densidade aparente de projeto.

Podem ser empregados outros métodos para determinação da densidade aparente na pista,
desde que indicada no projeto.
Devem ser realizados determinações em locais escolhidos aleatoriamente durante a jornada
de trabalho, não sendo permitidos - GC inferiores a 97% ou superiores a 101%, em relação à
massa específica aparente do projeto.

As medidas do grau de compactação devem ser efetuadas a cada 700m 2 de pista.

M.5.3 Verificação do produto


A verificação final da qualidade do revestimento de Areia-Asfalto (Produto) deve ser exercida
através das seguintes determinações:
a) Espessura da camada
– Deve ser medida a espessura por ocasião da extração dos corpos -de prova na pista,
ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos, antes e depois do espalhamento e compressão
da mistura. Admite-se a variação de ± 5% em relação às espessuras de projeto, em 10(dez)
medidas sucessivas.

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b) Alinhamentos
– A verificação do eixo e bordos é feita durante os trabalhos de locação e nivelamento
nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. Poderá também ser a trena.
Os desvios verificados não deverão exceder ± 5cm.
c) Acabamento da superfície
– Durante a execução deve ser feito em cada estaca da locação o controle de
acabamento da superfície do revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3,00m e
outra de 1,20m, colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada,
respectivamente. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve
exceder a 0,5cm, quando verificada com qualquer das réguas.
– O acabamento longitudinal da superfície deve ser verificado por "aparelhos medidores
de irregularidade tipo resposta" devidamente calibrados (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182)
ou outro dispositivo equivalente para esta finalidade. Neste caso o Quociente de
Irregularidade - QI deverá apresentar valor inferior a 35 contagens/km.
d) Condições de segurança
– O revestimento de Areia-Asfalto a quente acabado deve apresentar valores de
Resistência à Derrapagem
- VDR = 45 quando medido com o Pêndulo Britânico (ASTM-E 303/93) e Altura de Areia
- HS na faixa de 0,6 > HS > 1,2mm (NF P-38).
– Pode, também, ser empregado outro processo para avaliação da resistência à
derrapagem, quando indicado no projeto. Os ensaios de controle da execução devem ser
realizados em segmentos homogêneos escolhidos de maneira aleatória.

M.5.4 Plano de Amostragem - Controle tecnológico


O número e a freqüência de verificação e de determinações correspondentes aos diversos
ensaios para o controle tecnológico dos insumos, da produção e do produto devem ser
estabelecidos pelo Executante segundo um Plano de Amostragem Aleatória definido de
acordo com a seguinte tabela de controle estatístico de resultados (DNER-PRO 277):

L.5.5 Condições de Conformidade e Não Conformidade


Todos os ensaios de controle e verificações para os Insumos a produção e o Produto
realizados de acordo com o Plano de Amostragem, devem cumprir as Condições Gerais e
Condições Específicas do Capítulo M.2 e Capítulo M.3 desta Norma, e atenderem às
condições de Conformidade e Não Conformidade de acordo com os seguintes critérios
(DNER-PRO 277):

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a) Nos ensaios ou verificações em que é especificada uma faixa de valores mínimos e


máximos devem ser verificadas as seguintes condições para atender às exigências de
Conformidade e Não Conformidade:

b) Nos ensaios e verificações em que é especificado um valor mínimo a ser atingido deve-se
verificar a seguinte condição para atender às exigências de Conformidade e não
Conformidade:

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Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios periódicos de


acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO a qual estabelece que sejam
tomadas providências para tratamento das “Não-Conformidades” da Produção e do Produto.
Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta Norma.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

Qualquer serviço só deve ser aceito se as correções executadas colocarem-no em


conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário será rejeitado.

L.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços Conformes serão medidos de acordo com os critérios estabelecidos no Edital de


Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com as seguintes disposições
gerais:
a) A Areia-Asfalto deve der medida em toneladas de mistura efetivamente aplicada na
pista. Não devem ser motivos de medição: mão-de-obra, materiais (exceto cimento asfáltico),
transporte da mistura da usina à pista e encargos quando estiverem incluídos na composição
do preço unitário;
b) A quantidade de cimento asfáltico aplicada é obtida pela média aritmética dos valores
medidos na usina, em toneladas;
c) O transporte do cimento asfáltico efetivamente aplicado deve ser medido com base
na distância entre a refinaria e o canteiro de serviço.
d) Nenhuma medição deve ser processada se à ela não estiver anexado um relatório de
controle da qualidade contendo os resultados dos ensaios e determinações devidamente
interpretados, caracterizando a qualidade do serviço executado

N. TRATAMENTO SUPERFICIALSIMPLES / DNIT 146/2012-ES

N.1 DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta Norma, é adotada a definição seguinte:


Tratamento superficial simples – TSS é a camada de revestimento do pavimento constituída
de uma aplicação de ligante asfáltico coberta por uma camada de agregado mineral
submetida à compressão.

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N.2 CONDIÇÕES GERAIS

a) O ligante asfáltico não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente for inferior
a 10 ºC, ou em dias de chuva, ou quando a superfície que irá recebê-lo apresentar qualquer
sinal de excesso de umidade.
b) Todo carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deve apresentar, por parte
do fabricante/distribuidor, certificado de resultados de análise dos ensaios de caracterização
exigidos nesta Norma, correspondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento para
transporte com destino ao canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar
de 10 dias. Deve trazer, também, indicação clara de sua procedência, do tipo e quantidade
do seu conteúdo e distância de transporte entre o fornecedor e o canteiro de obra.
c) É responsabilidade da executante a proteção dos serviços e materiais contra a ação
destrutiva das águas pluviais, do tráfego e de outros agentes que possam danificá-los.

N.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

N.3.1 Materiais
Os materiais constituintes do Tratamento Superficial Simples são o ligante asfáltico e o
agregado mineral, os quais devem satisfazer ao contido nas normas do DNIT.

N.3.1.1 Ligante asfáltico


Podem ser empregados os seguintes ligantes, dependendo da indicação do projeto:
a) Cimentos asfálticos CAP-150/200;
b) Emulsão asfáltica, tipo RR-2C.

Os ligantes devem obedecer às exigências das Normas DNIT 095/2006-EM e DNER-EM


369/97.

N.3.1.2 Melhorador de adesividade


Não havendo boa adesividade entre o agregado e o ligante asfáltico deve ser empregado um
melhorador de adesividade, na quantidade fixada no projeto da mistura asfáltica.

A determinação da adesividade do ligante com o melhorador de adesividade deve ser definida


pelos seguintes ensaios:
 Método para determinação expedita da adesividade - NBR 14329:1999;
 Método para determinação da adesividade a ligante (agregado graúdo) - DNER-ME
078/94;
 Método para determinação da adesividade a ligante (agregado) - DNER-ME 079/94.

N.3.1.3 Agregados
Os agregados podem ser pedra, cascalho ou seixo rolado, britados. Devem consistir de
partículas limpas, duras, resistentes, isentas de torrões de argila e substâncias nocivas, e
apresentar as características seguintes:

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a) Desgaste “Los Angeles” igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035/98), admitindo-se


agregados com valores maiores, no caso de em utilização anterior terem apresentado
comprovadamente, desempenho satisfatório;
b) Índice de Forma superior a 0,5 (DNER-ME 086/94);
c) Durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 089/94);
d) Granulometria do agregado (DNER-ME 083/98), obedecendo a uma das faixas
constantes da Tabela 1 – Granulometria dos agregados.

N.3.1.4 Taxas de aplicação e de espalhamento


a) As quantidades, ou taxas de aplicação de ligante asfáltico e de espalhamento de
agregados devem ser fixadas no projeto e ajustadas no campo, por ocasião do início dos
serviços.
b) Quando for empregado agregado poroso, deve ser considerada a sua porosidade na
fixação da taxa de aplicação do ligante asfáltico.
c) Recomendam-se, de uma maneira geral, as seguintes taxas de aplicação de
agregado e de ligante asfáltico:

N.3.2 Equipamentos
Todo equipamento, antes do início da execução do serviço, deve atender ao recomendado
nesta Norma, fator que deve condicionar a emissão da ordem de serviço. Os equipamentos
requeridos são os seguintes:
a) Carros distribuidores de material asfáltico, providos de dispositivos de aquecimento,
tacômetro, calibradores, termômetros com precisão de 1 °C, em locais de fácil acesso, e
espargidor manual para o tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. As
barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo que possibilite
ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante, e que permitam uma
aplicação homogênea;

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b) Distribuidores de agregados rebocáveis ou automotrizes, possuindo dispositivos que


permitam um espalhamento homogêneo da quantidade de agregados fixada no projeto;
c) Rolos compressores do tipo “tandem” ou, de preferência, pneumáticos,
autopropulsores. Os rolos compressores tipo “tandem” devem ter uma carga superior a 25 kg
e inferior a 45 kg por centímetro de largura de roda. Seu peso total não deve ser superior a
10 toneladas. Os rolos pneumáticos autopropulsores devem ser dotados de pneus que
permitam a calibragem de 0,25 a 0,84 MPa (35 a 120 psi).

N.3.3 Execução
As operações para execução das camadas do TSS são discriminadas a seguir:
a) Inicialmente, realizar uma varredura da pista imprimada ou pintada, para eliminar
todas as partículas de pó.
b) A temperatura para aplicação do ligante asfáltico deve ser determinada em função
da relação temperatura x viscosidade e deve ser escolhida a que proporcionar a melhor
viscosidade para o espalhamento. São recomendadas as seguintes faixas de viscosidades:
 Cimento asfáltico: 20 a 60 segundos Saybolt- Furol (DNER-ME 004/94);
 Emulsão asfáltica: 20 a 100 segundos Saybolt-Furol (DNER-ME 004/94).

c) No caso de utilização de melhorador de adesividade, o aditivo deve ser adicionado


ao ligante asfáltico no canteiro de obra, obrigando-se sempre a recirculação da mistura ligante
asfáltico- aditivo.
d) O ligante asfáltico deve ser aplicado de uma só vez em toda a largura da faixa a ser
tratada. Excedentes ou escassez de ligante asfáltico na pista durante as operações de
aplicação devem ser evitados ou corrigidos prontamente.
e) Cuidados especiais devem ser observados na execução das juntas transversais
(início e fim de cada aplicação de ligante asfáltico) e das juntas longitudinais (junção de faixas
quando o revestimento é executado em duas ou mais faixas) para se evitar excesso ou
escassez de ligante asfáltico aplicado nestes locais.
 No primeiro caso, geralmente é utilizado no início ou a cada parada do equipamento
de aplicação de ligante um recobrimento transversal da pista com papel ou outro material
impermeável;
 No segundo caso, deve ser realizado pelo equipamento de aplicação de ligante um
recobrimento adicional longitudinal da faixa adjacente, determinado na obra, em função das
características do equipamento utilizado.

f) Imediatamente após a aplicação do ligante deve ser executado o espalhamento da


camada do agregado, na quantidade indicada no projeto. Excessos ou escassez devem ser
corrigidos antes do início da compressão.
g) Iniciar a compressão do agregado imediatamente após o seu lançamento na pista. A
compressão deve começar pelas bordas e progredir para o eixo nos trechos em tangente; nas
curvas deve progredir sempre da borda mais baixa para a borda mais alta, sendo cada
passagem do rolo recoberta na passada subsequente de, pelo menos, metade da largura
deste.
h) Após a compressão da camada, obtida a fixação do agregado, faz-se uma varredura
leve do material solto.

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i) Não deve ser permitido o tráfego quando da aplicação do ligante asfáltico ou do


agregado. Liberar o tráfego somente após o término da compressão e de maneira controlada.

N.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e adotadas as


soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao tema ambiental definidos
e/ou instituídos no instrumental técnico-normativo pertinente vigente no DNIT, especialmente
a Norma DNIT 070/2006-PRO, e na documentação técnica vinculada à execução do
empreendimento, documentação esta que compreende o Projeto de Engenharia, o Estudo
Ambiental (EIA ou outro), os Programas Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental –
PBA e as recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

N.5 INSPEÇÕES

N.5.1 Controle dos insumos


Os materiais utilizados na execução do Tratamento Superficial Simples devem ser
rotineiramente examinados de acordo com as metodologias indicadas, e aceitos em
conformidade com as normas em vigor:

N.5.1.1 Ligante asfáltico


a) Cimentos asfálticos
Todo carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deve ser submetido aos seguintes
ensaios:
 01 ensaio de penetração a 25 °C (DNIT 155/2011-ME);
 01 ensaio de viscosidade a 135 °C Saybolt- Furol (DNER-ME 004/94);
 01 ensaio de ponto de fulgor (DNER-ME 148/94);
 01 ensaio de espuma;
 01 índice de susceptibilidade térmica determinado pelo ensaio de penetração (DNIT
155/2011-ME) e de ponto de amolecimento (DNIT 131/2010-ME);

Para cada 100 t de carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra:


 01 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol (DNER-ME 004/94) a diferentes
temperaturas para o estabelecimento da relação viscosidade x temperatura.

b) Emulsões asfálticas
Todo carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deve ser submetido aos
seguintes ensaios:
 01 ensaio de determinação do resíduo de destilação de emulsões asfálticas
(ABNT NBR-6568:2005);
 01 ensaio de peneiramento (DNER-ME 005/94);
 01 ensaio de desemulsibilidade (DNIT 157/2011-ME);
 01 ensaio de carga da partícula (DNIT 156/2011-ME).

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Para cada 100 t de carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra:


 01 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol (DNER-ME 004/94), a diferentes
temperaturas, para o estabelecimento da relação temperatura x viscosidade.

N.5.1.2 Agregado
Realizar os seguintes ensaios:
 análises granulométricas, para cada jornada de trabalho (DNER-ME 083/98), com
amostras coletadas de maneira aleatória;
 ensaio de índice de forma, para cada 900 m³ (DNER-ME 086/94);
 ensaio de adesividade, para todo carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra
e sempre que houver variação da natureza do material (DNER-ME 078/94).

N.5.1.3 Melhorador de Adesividade


Realizar o seguinte ensaio nos cimentos asfálticos que não apresentarem boa adesividade:
 01 ensaio de adesividade, toda vez que o aditivo for incorporado ao ligante asfáltico
(NBR 14329:1999).

N.5.2 Controle da execução


O controle da execução do Tratamento Superficial Simples deve ser exercido mediante as
determinações a seguir indicadas, feitas de maneira aleatória, de acordo com o Plano de
Amostragem Variável (vide subseção N.5.4).

N.5.2.1 Temperatura
A temperatura de aplicação do ligante asfáltico deve ser medida no caminhão distribuidor,
imediatamente antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz ao intervalo definido pela
relação viscosidade x temperatura.

N.5.2.2 Taxas de aplicação e de espalhamento


a) No caso de utilização de cimento asfáltico
O controle da quantidade de cimento asfáltico aplicado deve ser efetuado aleatoriamente,
mediante a colocação de bandejas, de massa (P1) e área (A) conhecidas, na pista onde está
sendo aplicado.

O cimento asfáltico é coletado na bandeja na passagem do carro distribuidor.


Com a pesagem de bandeja com o cimento asfáltico coletado (P2), se obtém a taxa de
aplicação (T) da seguinte forma:

A tolerância admitida na taxa de aplicação é de ± 0,2 l/m2.

b) No caso de utilização do ligante asfáltico RR-2C

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O controle da quantidade do ligante asfáltico aplicado deve ser efetuado aleatoriamente,


mediante a colocação de bandejas, de massa (P1) e área (A) conhecidas, na pista onde está
sendo feita a aplicação.

O ligante asfáltico é coletado na bandeja na passagem do carro distribuidor.

Com a pesagem da bandeja depois da ruptura total (até massa constante) do ligante asfáltico
coletado (P2) se obtém a taxa de aplicação do resíduo TR da seguinte forma:

A partir da taxa de aplicação do resíduo (TR) se obtém a Taxa de Aplicação (T) da emulsão
RR-2C, em função da porcentagem de resíduo verificada no ensaio de laboratório, quando
do recebimento do correspondente carregamento do ligante asfáltico.
a) Agregados
O controle da quantidade de agregados espalhados longitudinal e transversalmente deve ser
feito mediante a colocação de bandejas, de massa e área conhecidas, na pista onde estiver
sendo feito o espalhamento. Por intermédio de pesagens, após a passagem do dispositivo
espalhador, tem-se a quantidade de agregado espalhada. A tolerância admitida na taxa de
aplicação é de ±1,5 kg/m2.
b) O número mínimo de determinações por segmento (área inferior a 3.000
m2) é de cinco.

A frequência indicada para a execução dessas determinações é a mínima aceitável, devendo


ser compatibilizada com o Plano de Amostragem Variável (vide subseção N.5.4).

N.5.3 Verificação do produto


A verificação final da qualidade do Tratamento Superficial Simples (Produto) deve ser exercida
mediante as determinações seguintes, executadas de acordo com o Plano de Amostragem
Variável (vide subseção N.5.4):

N.5.3.1 Acabamento da superfície


O acabamento da superfície dos diversos segmentos concluídos é verificado com duas
réguas, uma de 1,20 m e outra de 3,00 m de comprimento, colocadas em ângulo reto, sendo
uma delas paralela ao eixo da estrada, nas diversas seções correspondentes às estacas de
locação. A variação da superfície entre dois pontos quaisquer de contato não deve exceder
0,5 cm, quando verificada com qualquer das réguas.

N.5.3.2 Alinhamentos
A verificação do eixo e das bordas nas diversas seções correspondentes às estacas de
locação é feita à trena. Os desvios verificados não devem exceder ± 5 cm.

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N.5.4 Plano de amostragem – Controle tecnológico


O número e a frequência de determinações correspondentes aos diversos ensaios para o
controle tecnológico da execução e do produto devem ser estabelecidos segundo um Plano
de Amostragem aprovado pela Fiscalização, elaborado de acordo com os preceitos da Norma
DNER-PRO 277/97.

O tamanho das amostras deve ser documentado e previamente informado à Fiscalização.

N.5.5 Condições de conformidade e não-conformidade


Todos os ensaios de controle e determinações relativos à produção e ao produto, realizados
de acordo com o Plano de Amostragem citado em N.5.4, devem cumprir as Condições Gerais
e Específicas desta Norma e estar de acordo com os seguintes critérios:

Quando especificado valor ou limite mínimo e/ou máximo a ser(em) atingido(s), devem ser
verificadas as seguintes condições:
a) Condições de conformidade:

b) Condições de não-conformidade:

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Onde:

xi – valores individuais
X – média da amostra
s - desvio padrão da amostra
k - coeficiente tabelado em função do número de determinações
n - número de determinações (tamanho da amostra).

Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios periódicos de


acompanhamento, de acordo com a Norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece que
sejam tomadas providências para tratamento das “Não-conformidades”.

Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta Norma.


Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

Qualquer serviço corrigido só deve ser aceito se as correções executadas o colocarem em


conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário deve ser rejeitado.

N.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços considerados conformes devem ser medidos de acordo com os critérios


estabelecidos no Edital de Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com
as seguintes disposições gerais:
a) A execução do serviço de Tratamento Superficial Simples deve ser medido em
metros quadrados, considerando a área efetivamente executada. Não devem ser motivos
de medição em separado: mão- de-obra, materiais (exceto ligante asfáltico), transporte do
ligante dos tanques de estocagem até a pista, armazenamento e encargos, devendo os
mesmos serem incluídos na composição do preço unitário;
b) a quantidade de ligante asfáltico aplicada é obtida pela média aritmética dos valores
medidos na pista, em toneladas;
c) não devem ser considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados no
projeto;
d) o transporte do ligante asfáltico efetivamente aplicado deve ser medido com base
na distância entre o fornecedor e o canteiro de serviço;
e) nenhuma medição deve ser processada se a ela não estiver anexado um relatório
de controle da qualidade, contendo os resultados dos ensaios e determinações devidamente
interpretados, caracterizando a qualidade do serviço executado.

O. TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO / DNER 147/2012-ES

O.1 DEFINIÇÃO

É adotada a seguinte definição:

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Tratamento superficial duplo – TSD é a camada de revestimento do pavimento constituída


por duas aplicações de ligante asfáltico, cada uma coberta por camada de agregado mineral
e submetida à compressão. O Tratamento superficial duplo com asfalto polímero define-se
em uma camada de revestimento do pavimento constituída por duas aplicações sucessivas
de ligante asfáltico modificado por polímero do tipo SBS, cobertas cada uma por camada
de agregado mineral.

O.2 CONDIÇÕES GERAIS

a) O ligante asfáltico não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente for inferior
a 10 ºC, ou em dias de chuva, ou quando a superfície que irá recebê-lo apresentar qualquer
sinal de excesso de umidade.
b) Todo carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deve apresentar, por parte
do fabricante/distribuidor, certificado de resultados de análise dos ensaios de caracterização
exigidos nesta Norma, correspondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento para
transporte com destino ao canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos ultrapassar
de 10 dias. Deve trazer também indicação clara de sua procedência, do tipo e quantidade do
seu conteúdo e distância de transporte entre o fornecedor e o canteiro de obra.
c) É responsabilidade da executante a proteção dos serviços e materiais contra a ação
destrutiva das águas pluviais, do tráfego e de outros agentes que possam danificá-los.

O.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

O.3.1 Material
Os materiais constituintes do Tratamento Superficial Duplo são o ligante asfáltico e o agregado
mineral, os quais devem satisfazer ao contido nas normas do DNIT.

O.3.1.1 Ligante asfáltico


Podem ser empregados os seguintes ligantes, dependendo da indicação do projeto:
a) Cimentos asfálticos CAP-150/200;
b) Emulsões asfálticas, tipo RR-2C.

Os ligantes devem obedecer às exigências das Normas DNIT 095/2006-EM e DNER-EM


369/97.

O uso da emulsão asfáltica somente deve ser permitido quando for empregada em todas as
camadas do revestimento.

O.3.1.2 Melhorador de Adesividade


Não havendo boa adesividade entre o agregado e o ligante asfáltico deve ser empregado um
melhorador de adesividade, na quantidade fixada no projeto da mistura.

A determinação da adesividade do ligante com o melhorador de adesividade deve ser definida


pelos seguintes ensaios:

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- Método para determinação expedita da adesividade - NBR 14329:1999.


- Método para determinação da adesividade a ligante (agregado graúdo) - DNER-ME
078/94.
- Método para determinação da adesividade a ligante (agregado) - DNER-ME 079/94.

O.3.1.3 Agregados
Os agregados podem ser pedra, cascalho ou seixo rolado, britados. Devem constituir-se de
partículas limpas, duras, resistentes, isentas de torrões de argila e substâncias nocivas, e
apresentar as características seguintes:
a) Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035/98), admitindo-se
agregados com valores maiores, no caso de em utilização anterior terem apresentado,
comprovadamente, desempenho satisfatório;
b) Índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086/94);
c) Durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 89/94);
d) Granulometria do agregado (DNER-ME 083/98), obedecendo às faixas da Tabela 1:

O.3.1.4 Taxas de aplicação e de espalhamento


a) As quantidades ou taxas de aplicação de ligante asfáltico e de espalhamento de
agregados devem ser fixadas no projeto e ajustadas no campo, por ocasião do início dos
serviços.
b) As quantidades de ligante asfáltico a serem empregadas na 1ª e na 2ª aplicação
devem ser definidas no projeto.
c) Quando for empregado agregado poroso deve ser considerada a sua porosidade na
fixação da taxa de aplicação do ligante asfáltico.
d) Recomendam-se, de uma maneira geral, as seguintes taxas de aplicação de
agregados convencionais e de ligantes asfálticos:

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O.3.2 Equipamento
Todo equipamento, antes do início da execução do serviço, deve atender ao recomendado
nesta Norma, fator que deve condicionar a emissão da Ordem de Serviço. Os equipamentos
requeridos são os seguintes:
a) Carros distribuidores de ligante asfáltico, providos de dispositivos de aquecimento,
tacômetro, calibradores, termômetros com precisão de 1 °C, em locais de fácil acesso, e
espargidor manual para o tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas. As
barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo que possibilite
ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante e que permitam uma
aplicação homogênea;
b) Distribuidores de agregados rebocáveis ou automotrizes, possuindo dispositivos que
permitam um espalhamento homogêneo da quantidade de agregados fixada no projeto;
c) Rolos compressores do tipo tandem ou, de preferência, pneumáticos,
autopropulsores. Os rolos compressores tipo tandem devem ter uma carga superior a 25 kg e
inferior a 45 kg por centímetro de largura de roda. Seu peso total não deve ser superior a 10
toneladas. Os rolos pneumáticos, autopropulsores, devem ser dotados de pneus que
permitam a calibragem de 0,25 a 0,84 MPa (35 a 120 psi).

O.3.3 Execução
As operações para execução das camadas do TSD são discriminadas a seguir:

a) Inicialmente, deve-se realizar uma varredura da pista imprimada ou pintada, para


eliminar todas as partículas de pó.
b) A temperatura de aplicação do ligante asfáltico deve ser determinada em função da
relação temperatura x viscosidade. Deve ser escolhida a que proporcionar a melhor
viscosidade para o espalhamento. As faixas de viscosidade recomendadas são:
- Cimento asfáltico, 20 a 60 segundos Saybolt- Furol (DNER-ME 004/94);
- Emulsão asfáltica, 20 a 100 segundos Saybolt-Furol (DNER-ME 004/94).

c) No caso de utilização de melhorador de adesividade deve-se exigir que o aditivo seja


adicionado ao ligante asfáltico no canteiro de obra, obrigando-se sempre a recirculação da
mistura ligante asfáltico-aditivo.
d) O ligante asfáltico deve ser aplicado de uma só vez em toda a largura da faixa a ser
tratada. Excedentes, falta ou escassez de ligante asfáltico na pista durante as operações de
aplicação devem ser evitados ou corrigidos prontamente.
e) Cuidados especiais devem ser observados na execução das juntas transversais
(início e fim de cada aplicação de ligante asfáltico) e das juntas longitudinais (junção de faixas

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quando o revestimento é executado em duas ou mais faixas), para se evitar excesso,


escassez ou falta de ligante asfáltico aplicado nestes locais.
- No primeiro caso, geralmente deve ser utilizado, no início ou a cada parada do
equipamento de aplicação de ligante, um recobrimento transversal da pista com papel ou
outro material impermeável;
- No segundo caso, deve ser realizado pelo equipamento de aplicação de ligante um
recobrimento adicional longitudinal da faixa adjacente, determinado na obra, em função das
características do equipamento utilizado.

f) Imediatamente após a aplicação do ligante deve- se realizar o espalhamento da 1ª


camada do agregado, na quantidade indicada no projeto. Excessos ou escassez devem ser
corrigidos antes do início da compressão.
g) Deve-se iniciar a compressão do agregado imediatamente após o seu lançamento na
pista. A compressão deve começar pelas bordas e progredir para o eixo nos trechos em
tangente e nas curvas deve progredir sempre da borda mais baixa para a borda mais alta,
sendo cada passagem do rolo recoberta, na passada subsequente, de pelo menos metade
da largura deste.
h) Após a compressão da camada, obtida a fixação do agregado, faz-se uma varredura
leve do material solto.
i) Deve-se executar a segunda camada de modo idêntico à primeira.
j) Não deve ser permitido o tráfego quando da aplicação do ligante asfáltico ou do
agregado. Deve-se liberar o tráfego somente após o término da compressão e de maneira
controlada.

O.4 CONDICIONANTES AMBIENTAIS

Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e adotadas as


soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao tema ambiental definidos
no instrumental técnico- normativo pertinente vigente no DNIT, especialmente a Norma DNIT
070/2006-PRO, e na documentação técnica vinculada à execução do empreendimento,
documentação esta que compreende o Projeto de Engenharia, o Estudo Ambiental (EIA ou
outro), os Programas Ambientais pertinentes do Plano Básico Ambiental – PBA e as
recomendações e exigências dos órgãos ambientais.

O.5 INSPEÇÕES

O.5.1 Controle dos insumos


Os materiais utilizados na execução do Tratamento Superficial Duplo devem ser
rotineiramente examinados, de acordo com as metodologias indicadas, e aceitos em
conformidade com as normas em vigor.

O.5.1.1 Ligante asfáltico


a) Cimentos asfálticos

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Todo carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deve ser submetido aos seguintes
ensaios:
 01 ensaio de penetração a 25 °C (DNIT 155/2011-ME);
 01 ensaio de viscosidade a 135 °C Saybolt- Furol (DNER-ME 004/94);
 01 ensaio de ponto de fulgor (DNER-ME 148/94);
 01 ensaio de espuma;
 01 índice de susceptibilidade térmica determinado pelo ensaio de penetração (DNIT
155/2011-ME) e de ponto de amolecimento (DNIT-131/2010-ME);

Para cada 100 t de carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra:


 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004/94) à diferentes
temperaturas, para o estabelecimento da relação viscosidade x temperatura.

b) Emulsões asfálticas
Todo carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra deve ser submetido aos seguintes
ensaios:
 01 ensaio de determinação do resíduo de destilação de emulsões asfálticas
(ABNT NBR 6568:2005);
 01 ensaio de peneiramento (DNER-ME 005/94);
 01 ensaio de desemulsibilidade (DNIT 157/2011-ME);
 01 ensaio de carga da partícula (DNIT 156/2011-ME);

Para cada 100 t de carregamento de ligante asfáltico que chegar à obra:


 01 ensaio de viscosidade Saybolt-Furol (DNER-ME 004/94), à diferentes
temperaturas, para o estabelecimento da relação temperatura x viscosidade.

O.5.1.2 Agregado
Realizar os seguintes ensaios:
 análises granulométricas para cada jornada de trabalho (DNER-ME 083/98), com
amostras coletadas de maneira aleatória;
 ensaio de índice de forma, para cada 900 m³ (DNER-ME 086/94);
 ensaio de adesividade, para todo carregamento de ligante asfáltico que chegar à
obra, e sempre que houver variação da natureza do material (DNER- ME 078/94)

O.5.1.3 Melhorador de Adesividade


Realizar o seguinte ensaio nos cimentos asfálticos que não apresentarem boa adesividade:
 01 ensaio de adesividade, toda vez que o aditivo for incorporado ao ligante asfáltico
(NBR 14329:1999).

O.5.2 Controle da execução


O controle da execução do Tratamento Superficial Duplo deve ser exercido mediante as
determinações a seguir indicadas, feitas de maneira aleatória e de acordo com o Plano de
Amostragem Variável (vide subseção O.5.4).

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O.5.2.1 Temperatura
A temperatura de aplicação do ligante asfáltico deve ser medida no caminhão distribuidor
imediatamente antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz ao intervalo definido pela
relação viscosidade x temperatura.

O.5.2.2 Taxas de aplicação e de espalhamento

a) No caso de utilização de cimento asfáltico


O controle da quantidade de cimento asfáltico aplicado deve ser efetuado aleatoriamente,
mediante a colocação de bandejas, de massa (P1) e área (A) conhecidas, na pista onde está
sendo aplicado.

O cimento asfáltico é coletado na bandeja na passagem do carro distribuidor.


Com a pesagem de bandeja com o cimento asfáltico coletado (P2) se obtém a taxa de
aplicação (T) da seguinte forma:

A tolerância admitida na taxa de aplicação é de ± 0,2 l/m2.

b) No caso de utilização do ligante asfáltico RR-2C


O controle da quantidade do ligante asfáltico aplicado deve ser efetuado aleatoriamente,
mediante a colocação de bandejas, de massa (P1) e área (A) conhecidas, na pista onde está
sendo feita a aplicação.

O ligante asfáltico é coletado na bandeja na passagem do carro distribuidor.


Com a pesagem da bandeja depois da ruptura total (até massa constante) do ligante asfáltico
coletado (P2) se obtém a taxa de aplicação do resíduo TR da seguinte forma:

A partir da taxa de aplicação do resíduo (TR) se obtém a Taxa de Aplicação (T) da emulsão
RR-2C, em função da porcentagem de resíduo verificada no ensaio de laboratório, quando do
recebimento do correspondente carregamento do ligante asfáltico.

c) Agregados
O controle da quantidade de agregados espalhados longitudinal e transversalmente deve ser
feito mediante a colocação de bandejas, de massa e área conhecidas na pista onde estiver
sendo feito o espalhamento. Por intermédio de pesagens, após a passagem do dispositivo
espalhador, tem-se a quantidade de agregado espalhada. A tolerância admitida na taxa de
aplicação é de ± 1,5 kg/m2.

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d) O número mínimo de determinações por segmento (área inferior a 3.000 m2) é de


cinco. A frequência indicada para a execução dessas determinações é a mínima aceitável,
devendo ser compatibilizada com o Plano de Amostragem Variável (vide subseção O.5.4).

O.5.3 Verificação do produto


A verificação final da qualidade do Tratamento Superficial Duplo (Produto) deve ser exercida
mediante as determinações descritas a seguir, executadas de acordo com o Plano de
Amostragem Variável (vide subseção O.5.4).

O.5.3.1 Acabamento da superfície


O acabamento da superfície dos diversos segmentos concluídos é verificado com duas
réguas, uma de 1,20 m e outra de 3,00 m de comprimento, colocadas em ângulo reto, sendo
uma delas paralela ao eixo da estrada, nas diversas seções correspondentes às estacas de
locação. A variação da superfície entre dois pontos quaisquer de contato não deve exceder
0,5 cm, quando verificada com qualquer das réguas.

O.5.3.2 Alinhamentos
A verificação do eixo e das bordas nas diversas seções correspondentes às estacas de
locação é feita à trena. Os desvios verificados não devem exceder ± 5 cm.

O.5.4 Plano de amostragem – Controle tecnológico


O número e a frequência de determinações correspondentes aos diversos ensaios para o
controle tecnológico dos insumos, da execução e do produto devem ser estabelecidos
segundo um Plano de Amostragem aprovado pela Fiscalização, elaborado de acordo com os
preceitos da Norma DNER-PRO 277/97.

O tamanho das amostras deve ser documentado e previamente informado à Fiscalização

O.5.5 Condições de conformidade e não- conformidade


Todos os ensaios de controle e determinações relativos aos insumos, à produção e ao
produto, realizados de acordo com o Plano de Amostragem citado em O.5.4, devem cumprir
as Condições Gerais e Específicas desta Norma e estar de acordo com os seguintes critérios:
Quando especificado um valor mínimo e/ou máximo a ser(em) atingido(s), devem ser
verificadas as seguintes condições:

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Os resultados do controle estatístico devem ser registrados em relatórios periódicos de


acompanhamento, de acordo com a Norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece que
sejam tomadas providências para tratamento das “Não- conformidades”.

Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta Norma.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

Qualquer serviço corrigido só deve ser aceito se as correções executadas o colocarem em


conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário, deve ser rejeitado.

O.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços considerados conformes devem ser medidos de acordo com os critérios


estabelecidos no Edital de Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com
as seguintes disposições gerais:
a) O Tratamento Superficial Duplo deve ser medido em metros quadrados,
considerando a área efetivamente executada. Não devem ser motivos de medição em
separado: mão-de-obra, materiais (exceto ligante asfáltico), transporte do ligante dos tanques
de estocagem até a pista, armazenamento e encargos, devendo os mesmos serem incluídos
na composição do preço unitário;

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b) A quantidade de ligante asfáltico aplicada é obtida a partir da média aritmética dos


valores medidos na pista, em toneladas;
c) Não devem ser considerados quantitativos de serviço superiores aos indicados no
projeto;
d) O transporte do ligante asfáltico efetivamente aplicado deve ser medido com base na
distância entre o fornecedor e o canteiro de serviço;
e) Nenhuma medição deve ser processada se a ela não estiver anexado um relatório
de controle da qualidade, contendo os resultados dos ensaios e determinações devidamente
interpretados, caracterizando a qualidade do serviço executado.

P. CONCRETO ASFÁLTICO / DNIT 031/2006-ES

P.1 DEFINIÇÃO

Concreto Asfáltico - Mistura executada a quente, em usina apropriada, com características


específicas, composta de agregado graduado, material de enchimento (filer) se necessário e
cimento asfáltico, espalhada e compactada a quente.

P.2 CONDIÇÕES GERAIS

O concreto asfáltico pode ser empregado como revestimento, camada de ligação (binder),
base, regularização ou reforço do pavimento.

Não é permitida a execução dos serviços, objeto desta Especificação, em dias de chuva.
O concreto asfáltico somente deve ser fabricado, transportado e aplicado quando a
temperatura ambiente for superior a 10ºC.

Todo o carregamento de cimento asfáltico que chegar à obra deve apresentar por parte do
fabricante/distribuidor certificado de resultados de análise dos ensaios de caracterização
exigidos pela especificação, correspondente à data de fabricação ou ao dia de carregamento
para transporte com destino ao canteiro de serviço, se o período entre os dois eventos
ultrapassar de 10 dias. Deve trazer também indicação clara da sua procedência, do tipo e
quantidade do seu conteúdo e distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de obra.

P.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

P.3.1 Materiais
Os materiais constituintes do concreto asfáltico são agregados graúdo, agregado miúdo,
material de enchimento filer e ligante asfáltico, os quais devem satisfazer às Normas
pertinentes, e às Especificações aprovadas pelo DNIT.

P.3.1.1 Cimento asfáltico


Podem ser empregados os seguintes tipos de cimento asfáltico de petróleo:
– CAP-30/45

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– CAP-50/70
– CAP-85/100

P.3.1.2 Agregados

P.3.1.2.1 Agregado graúdo


O agregado graúdo pode ser pedra britada, escória, seixo rolado preferencialmente britado
ou outro material indicado nas Especificações Complementares
a) desgaste Los Angeles igual ou inferior a 50% (DNER-ME 035); admitindo-se
excepcionalmente agregados com valores maiores, no caso de terem apresentado
comprovadamente desempenho satisfatório em utilização anterior;

NOTA: Caso o agregado graúdo a ser usado apresente um índice de desgaste Los Angeles
superior a 50%, poderá ser usado o Método DNER-ME 401 – Agregados – determinação de
degradação de rochas após compactação Marshall, com ligante IDml, e sem ligante IDm,
cujos valores tentativas de degradação para julgamento da qualidade de rochas destinadas
ao uso do Concreto Asfáltico Usinado a Quente são: IDml 5% e IDm 8%.

b) índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086);


c) durabilidade, perda inferior a 12% (DNERME 089).

P.3.1.2.2 Agregado miúdo


O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra ou mistura de ambos ou outro material
indicado nas Especificações Complementares. Suas partículas individuais devem ser
resistentes, estando livres de torrões de argila e de substâncias nocivas. Deve apresentar
equivalente de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 054).

P.3.1.2.3 Material de enchimento (filer)


Quando da aplicação deve estar seco e isento de grumos, e deve ser constituído por materiais
minerais finamente divididos, tais como cimento Portland, cal extinta, pós-calcários, cinza
volante, etc; de acordo com a Norma DNER-EM 367.

P.3.1.2.4 Melhorador de adesividade


Não havendo boa adesividade entre o ligante asfáltico e os agregados graúdos ou miúdos
(DNER-ME 078 e DNER-ME 079), pode ser empregado melhorador de adesividade na
quantidade fixada no projeto.

A determinação da adesividade do ligante com o melhorador de adesividade é definida pelos


seguintes ensaios:
a) Métodos DNER-ME 078 e DNER 079, após submeter o ligante asfáltico contendo o
dope ao ensaio RTFOT (ASTM – D 2872) ou ao ensaio ECA (ASTM D-1754);
b) Método de ensaio para determinar a resistência de misturas asfálticas compactadas
à degradação produzida pela umidade (AASHTO 283). Neste caso a razão da resistência à
tração por compressão diametral estática antes e após a imersão deve ser superior a 0,7
(DNER-ME 138).

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P.3.2 Composição da mistura


A composição do concreto asfáltico deve satisfazer aos requisitos do quadro seguinte com as
respectivas tolerâncias no que diz respeito à granulometria (DNERME 083) e aos percentuais
do ligante asfáltico determinados pelo projeto da mistura.

A faixa usada deve ser aquela, cujo diâmetro máximo é inferior a 2/3 da espessura da camada.

No projeto da curva granulométrica, para camada de revestimento, deve ser considerada a


segurança do usuário, especificada no item P.5.3 – Condições de Segurança.

As porcentagens de ligante se referem à mistura de agregados, considerada como 100%.


Para todos os tipos a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deve ser inferior a
4% do total.
a) devem ser observados os valores limites para as características especificadas no
quadro a seguir:

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b) as Especificações Complementares podem fixar outra energia de compactação;


c) as misturas devem atender às especificações da relação betume/vazios ou aos
mínimos de vazios do agregado mineral, dados pela seguinte tabela:

P.3.3 Equipamentos
Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos locais de
instalação das obras, atendendo ao que dispõem as especificações para os serviços.

Devem ser utilizados, no mínimo, os seguintes equipamentos:


a) Depósito para ligante asfáltico;
Os depósitos para o ligante asfáltico devem possuir dispositivos capazes de aquecer o
ligante nas temperaturas fixadas nesta Norma. Estes dispositivos também devem evitar
qualquer superaquecimento localizado. Deve ser instalado um sistema de recirculação para o
ligante asfáltico, de modo a garantir a circulação, desembaraçada e contínua, do depósito ao
misturador, durante todo o período de operação. A capacidade dos depósitos deve ser
suficiente para, no mínimo, três dias de serviço.

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b) Silos para agregados;


Os silos devem ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do misturador e
ser divididos em compartimentos, dispostos de modo a separar e estocar, adequadamente,
as frações apropriadas do agregado. Cada compartimento deve possuir dispositivos
adequados de descarga. Deve haver um silo adequado para o filer, conjugado com
dispositivos para a sua dosagem.

c) Usina para misturas asfálticas;


A usina deve estar equipada com uma unidade classificadora de agregados, após o secador,
dispor de misturador capaz de produzir uma mistura uniforme. Um termômetro, com proteção
metálica e escala de 90° a 210 °C (precisão ± 1 °C), deve ser fixado no dosador de ligante ou
na linha de alimentação do asfalto, em local adequado, próximo à descarga do misturador. A
usina deve ser equipada além disto, com pirômetro elétrico, ou outros instrumentos
termométricos aprovados, colocados na descarga do secador, com dispositivos para registrar
a temperatura dos agregados, com precisão de ± 5 °C. A usina deve possuir termômetros nos
silos quentes.

Pode, também, ser utilizada uma usina do tipo tambor/secador/misturador, de duas zonas
(convecção e radiação), provida de: coletor de pó, alimentador de “filler”, sistema de descarga
da mistura asfáltica, por intermédio de transportador de correia com comporta do tipo “clam-
shell” ou alternativamente, em silos de estocagem.

A usina deve possuir silos de agregados múltiplos, com pesagem dinâmica e deve ser
assegurada a homogeneidade das granulometrias dos diferentes agregados.

A usina deve possuir ainda uma cabine de comando e quadros de força. Tais partes devem
estar instaladas em recinto fechado, com os cabos de força e comandos ligados em tomadas
externas especiais para esta aplicação. A operação de pesagem de agregados e do ligante
asfáltico deve ser semi-automática com leitura instantânea e acumuladora, por meio de
registros digitais em “display” de cristal líquido. Devem existir potenciômetros para
compensação das massas específicas dos diferentes tipos de ligantes asfálticos e para
seleção de velocidade dos alimentadores dos agregados frios.

d) Caminhões basculantes para transporte da mistura;


Os caminhões, tipo basculante, para o transporte do concreto asfáltico usinado a quente,
devem ter caçambas metálicas robustas, limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas com água e
sabão, óleo cru fino, óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar a aderência da
mistura à chapa. A utilização de produtos susceptíveis de dissolver o ligante asfáltico (óleo
diesel, gasolina etc.) não é permitida.

e) Equipamento para espalhamento e acabamento;


O equipamento para espalhamento e acabamento deve ser constituído de pavimentadoras
automotrizes, capazes de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e
abaulamento definidos no projeto. As acabadoras devem ser equipadas com parafusos sem
fim, para colocar a mistura exatamente nas faixas, e possuir dispositivos rápidos e eficientes

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de direção, além de marchas para a frente e para trás. As acabadoras devem ser equipadas
com alisadores e dispositivos para aquecimento, à temperatura requerida, para a colocação
da mistura sem irregularidade.

f) Equipamento para compactação;


O equipamento para a compactação deve ser constituído por rolo pneumático e rolo metálico
liso, tipo tandem ou rolo vibratório.

Os rolos pneumáticos, autopropulsionados, devem ser dotados de dispositivos que permitam


a calibragem de variação da pressão dos pneus de 2,5 kgf/cm² a 8,4 kgf/cm².

O equipamento em operação deve ser suficiente para compactar a mistura na


densidade de projeto, enquanto esta se encontrar em condições de trabalhabilidade.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deve ser vistoriado antes do início da execução do
serviço de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que, não será
autorizada a sua utilização.

P.3.4 Execução

P.3.4.1 Pintura de ligação


Sendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação e a do revestimento, ou
no caso de ter havido trânsito sobre a superfície imprimada, ou, ainda ter sido a imprimação
recoberta com areia, pó-de-pedra, etc., deve ser feita uma pintura de ligação.

P.3.4.2 Temperatura do ligante


A temperatura do cimento asfáltico empregado na mistura deve ser determinada para cada
tipo de ligante, em função da relação temperatura-viscosidade. A temperatura conveniente é
aquela na qual o cimento asfáltico apresenta uma viscosidade situada dentro da faixa de 75
a 150 SSF, “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004), indicando-se, preferencialmente, a viscosidade
de 75 a 95 SSF. A temperatura do ligante não deve ser inferior a 107°C nem exceder a 177°C.

P.3.4.3 Aquecimento dos agregados


Os agregados devem ser aquecidos a temperaturas de 10°C a 15°C acima da temperatura do
ligante asfáltico, sem ultrapassar 177°C.

P.3.4.4 Produção do concreto asfáltico


A produção do concreto asfáltico é efetuada em usinas apropriadas, conforme anteriormente
especificado.

P.3.4.5 Transporte do concreto asfáltico


O concreto asfáltico produzido deve ser transportado, da usina ao ponto de aplicação, nos
veículos especificados no item P.3.3 quando necessário, para que a mistura seja colocada na
pista à temperatura especificada. Cada carregamento deve ser coberto com lona ou outro
material aceitável, com tamanho suficiente para proteger a mistura.

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P.3.4.6 Distribuição e compactação da mistura


A distribuição do concreto asfáltico deve ser feita por equipamentos adequados, conforme
especificado no item P.3.3.

Caso ocorram irregularidades na superfície da camada, estas devem ser sanadas pela adição
manual de concreto asfáltico, sendo esse espalhamento efetuado por meio de ancinhos e
rodos metálicos.

Após a distribuição do concreto asfáltico, tem início a rolagem. Como norma geral, a
temperatura de rolagem é a mais elevada que a mistura asfáltica possa suportar, temperatura
essa fixada, experimentalmente, para cada caso.

Caso sejam empregados rolos de pneus, de pressão variável, inicia-se a rolagem com baixa
pressão, a qual deve ser aumentada à medida que a mistura seja compactada, e,
conseqüentemente, suportando pressões mais elevadas.

A compactação deve ser iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em direção ao


eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compactação deve começar
sempre do ponto mais baixo para o ponto mais alto. Cada passada do rolo deve ser recoberta
na seguinte de, pelo menos, metade da largura rolada. Em qualquer caso, a operação de
rolagem perdurará até o momento em que seja atingida a compactação especificada.

Durante a rolagem não são permitidas mudanças de direção e inversões bruscas da marcha,
nem estacionamento do equipamento sobre o revestimento recém – rolado. As rodas do rolo
devem ser umedecidas adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura.

P.3.4.7 Abertura ao tráfego


Os revestimentos recém–acabados devem ser mantidos sem tráfego, até o seu completo
resfriamento.

P.4 MANEJO AMBIENTAL

Para execução do concreto asfáltico são necessários trabalhos envolvendo a utilização de


asfalto e agregados, além da instalação de usina misturadora.

Os cuidados observados para fins de preservação do meio ambiente envolvem a produção, a


estocagem e a aplicação de agregados, assim como a operação da usina.

NOTA: Devem ser observadas as prescrições estabelecidas nos Programas Ambientais que
integram o Projeto Básico Ambiental – PBA.

P.4.1 Agregados
No decorrer do processo de obtenção de agregados de pedreiras e areias devem ser
considerados os seguintes cuidados principais:

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a) caso utilizadas instalações comerciais, a brita e a areia somente são aceitas após
apresentação da licença ambiental de operação da pedreira/areal, cuja cópia deve ser
arquivada junto ao Livro de Ocorrências da Obra;
b) não é permitida a localização da pedreira e das instalações de britagem em área de
preservação ambiental;
c) planejar adequadamente a exploração da pedreira e do areal, de modo a minimizar
os impactos decorrentes da exploração e a possibilitar a recuperação ambiental após o
término das atividades exploratórias;
d) impedir as queimadas;
e) seguir as recomendações constantes da Norma DNER-ES 279 para os caminhos de
serviço;
f) construir, junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para retenção do
pó de pedra eventualmente produzido em excesso;
g) além destas, devem ser atendidas, no que couber, as recomendações da DNER ISA-
07 – Instrução de Serviço Ambiental: impactos da fase de obras rodoviárias – causas/
mitigação/ eliminação.

P.4.2 Cimento asfáltico


Instalar os depósitos em locais afastados de cursos d’água.

Vedar o descarte do refugo de materiais usados na faixa de domínio e em áreas onde possam
causar prejuízos ambientais.

Recuperar a área afetada pelas operações de construção / execução, imediatamente após a


remoção da usina e dos depósitos e a limpeza do canteiro de obras.

As operações em usinas asfálticas a quente englobam:


a) estocagem, dosagem, peneiramento e transporte de agregados frios;
b) transporte, peneiramento, estocagem e pesagem de agregados quentes;
c) transporte e estocagem de filer;
d) transporte, estocagem e aquecimento de óleo combustível e do cimento asfáltico.

Os agentes e fontes poluidoras compreendem:

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NOTA: Emissões Fugitivas - São quaisquer lançamentos ao ambiente, sem passar primeiro
por alguma chaminé ou duto projetados para corrigir ou controlar seu fluxo.

Em função destes agentes devem ser obedecidos os itens P.4.3 e P.4.4.

P.4.3 Instalação
Impedir a instalação de usinas de asfalto a quente a uma distancia inferior a 200 m (duzentos
metros), medidos a partir da base da chaminé, de residências, de hospitais, clínicas, centros
de reabilitação, escolas asilos, orfanatos creches, clubes esportivos, parques de diversões e
outras construções comunitárias.

Definir no projeto executivo, áreas para as instalações industriais, de maneira tal que se
consiga o mínimo de agressão ao meio ambiente.

O Executante será responsável pela obtenção da licença de instalação/operação, assim como


pela manutenção e condições de funcionamento da usina dentro do prescrito nesta Norma.

P.4.4 Operação
Instalar sistemas de controle de poluição do ar constituídos por ciclones e filtro de mangas ou
por equipamentos que atendam aos padrões estabelecidos na legislação.

Apresentar junto com o projeto para obtenção de licença, os resultados de medições em


chaminés que comprovem a capacidade do equipamento de controle proposto, para atender
aos padrões estabelecidos pelo órgão ambiental.

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Dotar os silos de estocagem de agregado frio de proteções lateral e cobertura, para evitar
dispersão das emissões fugitivas durante a operação de carregamento.
Enclausurar a correia transportadora de agregado frio.

Adotar procedimentos de forma que a alimentação do secador seja feita sem emissão visível
para a atmosfera.

Manter pressão negativa no secador rotativo, enquanto a usina estiver em operação, para
evitar emissões de partículas na entrada e na saída.

Dotar o misturador, os silos de agregado quente e as peneiras classificatórias do sistema de


controle de poluição do ar, para evitar emissões de vapores e partículas para a atmosfera.

Fechar os silos de estocagem de mistura asfáltica.

Pavimentar e manter limpas as vias de acesso internas, de tal modo que as emissões
provenientes do tráfego de veículos não ultrapassem 20% de opacidade.

Dotar os silos de estocagem de filer de sistema próprio de filtragem a seco.

Adotar procedimentos operacionais que evitem a emissão de partículas provenientes dos


sistemas de limpeza dos filtros de mangas e de reciclagem do pó retido nas mangas.

Acionar os sistemas de controle de poluição do ar antes dos equipamentos de processo.


Manter em boas condições todos os equipamentos de processo e de controle.

Dotar as chaminés de instalações adequadas para realização de medições.

Substituir o óleo combustível por outra fonte de energia menos poluidora (gás ou eletricidade)
e estabelecer barreiras vegetais no local, sempre que possível.

P.5 INSPEÇÃO

P.5.1 Controle dos insumos


Todos os materiais utilizados na fabricação de Concreto Asfáltico (Insumos) devem ser
examinados em laboratório, obedecendo a metodologia indicada pelo DNIT, e satisfazer às
especificações em vigor.

P.5.1.1 Cimento asfáltico


O controle da qualidade do cimento asfáltico consta do seguinte:
– 01 ensaio de penetração a 25ºC (DNER-ME 003), para todo carregamento que
chegar à obra;
– 01 ensaio do ponto de fulgor, para todo carregamento que chegar à obra (DNERME
148);

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– 01 índice de susceptibilidade térmica para cada 100t, determinado pelos ensaios


DNER-ME 003 e NBR 6560;
– 01 ensaio de espuma, para todo carregamento que chegar à obra;
– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004), para todo carregamento
que chegar à obra;
– 01 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (DNER-ME 004) a diferentes temperaturas,
para o estabelecimento da curva viscosidade x temperatura, para cada 100t.

P.5.1.2 Agregados
O controle da qualidade dos agregados consta do seguinte:
a) Ensaios eventuais Somente quando houver dúvidas ou variações quanto à origem
e natureza dos materiais.
– ensaio de desgaste Los Angeles (DNER-ME 035);
– ensaio de adesividade (DNER-ME 078 e DNER-ME 079). Se o concreto asfáltico
contiver dope também devem ser executados os ensaios de RTFOT (ASTM D-2872) ou ECA
(ASTM-D- 1754) e de degradação produzida pela umidade (AASHTO-283/89 e DNERME
138);
– ensaio de índice de forma do agregado graúdo (DNER-ME 086);
b) Ensaios de rotina
– 02 ensaios de granulometria do agregado, de cada silo quente, por jornada de 8
horas de trabalho (DNER-ME 083);
– 01 ensaio de equivalente de areia do agregado miúdo, por jornada de 8 horas de
trabalho (DNER-ME 054);
– 01 ensaio de granulometria do material de enchimento (filer), por jornada de 8 horas
de trabalho (DNER-ME 083).

P.5.2 Controle da produção


O controle da produção (Execução) do Concreto Asfáltico deve ser exercido através de coleta
de amostras, ensaios e determinações feitas de maneira aleatória de acordo com o Plano de
Amostragem Aleatória (vide item P.5.4).

P.5.2.1 Controle da usinagem do concreto asfáltico


a) Controles da quantidade de ligante na mistura
Devem ser efetuadas extrações de asfalto, de amostras coletadas na pista, logo após
a passagem da acabadora (DNER-ME 053).

A porcentagem de ligante na mistura deve respeitar os limites estabelecidos no projeto


da mistura, devendo-se observar a tolerância máxima de ± 0,3.

Deve ser executada uma determinação, no mínimo a cada 700m2 de pista.

b) Controle da graduação da mistura de agregados


Deve ser procedido o ensaio de granulometria (DNER-ME 083) da mistura dos
agregados resultantes das extrações citadas na alínea "a". A curva granulométrica deve

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manter-se contínua, enquadrando-se dentro das tolerâncias especificadas no projeto da


mistura.

c) Controle de temperatura
São efetuadas medidas de temperatura, durante a jornada de 8 horas de trabalho, em
cada um dos itens abaixo discriminados:
– do agregado, no silo quente da usina;
– do ligante, na usina;
– da mistura, no momento da saída do misturador.
As temperaturas podem apresentar variações de ± 5ºC das especificadas no projeto
da mistura.

d) Controle das características da mistura


Devem ser realizados ensaios Marshall em três corpos-de-prova de cada mistura por jornada
de oito horas de trabalho (DNERME 043) e também o ensaio de tração por compressão
diametral a 25°C (DNER-ME 138), em material coletado após a passagem da acabadora. Os
corpos-de prova devem ser moldados in loco, imediatamente antes do início da compactação
da massa.

Os valores de estabilidade, e da resistência à tração por compressão diametral devem


satisfazer ao especificado.

P.5.2.2 Espalhamento e compactação na pista


Devem ser efetuadas medidas de temperatura durante o espalhamento da massa
imediatamente antes de iniciada a compactação. Estas temperaturas devem ser as indicadas,
com uma tolerância de ± 5°C.

O controle do grau de compactação - GC da mistura asfáltica deve ser feito, medindo-se a


densidade aparente de corpos-de-prova extraídos da mistura espalhada e compactada na
pista, por meio de brocas rotativas e comparando-se os valores obtidos com os resultados da
densidade aparente de projeto da mistura.

Devem ser realizadas determinações em locais escolhidos, aleatoriamente, durante a jornada


de trabalho, não sendo permitidos GC inferiores a 97% ou superiores a 101%, em relação à
massa específica aparente do projeto da mistura (conforme item P.5.5, alínea "a").

P.5.3 Verificação do produto


A verificação final da qualidade do revestimento de Concreto Asfáltico (Produto) deve ser
exercida através das seguintes determinações, executadas de acordo com o Plano de
Amostragem Aleatório (vide item P.5.4):
a) Espessura da camada Deve ser medida por ocasião da extração dos corpos-de-
prova na pista, ou pelo nivelamento, do eixo e dos bordos; antes e depois do espalhamento e
compactação da mistura. Admite-se a variação de ± 5% em relação às espessuras de projeto.
b) Alinhamentos

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A verificação do eixo e dos bordos deve ser feita durante os trabalhos de locação e
nivelamento nas diversas seções correspondentes às estacas da locação.

Os desvios verificados não devem exceder ± 5cm.


c) Acabamento da superfície
Durante a execução deve ser feito em cada estaca da locação o controle de acabamento da
superfície do revestimento, com o auxílio de duas réguas, uma de 3,00m e outra de 1,20m,
colocadas em ângulo reto e paralelamente ao eixo da estrada, respectivamente. A variação
da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm, quando
verificada com qualquer das réguas.

O acabamento longitudinal da superfície deve ser verificado por aparelhos medidores de


irregularidade tipo resposta devidamente calibrados (DNER-PRO 164 e DNER-PRO 182) ou
outro dispositivo equivalente para esta finalidade. Neste caso o Quociente de Irregularidade –
QI deve apresentar valor inferior ou igual a 35 contagens/km (IRI 2,7).

d) Condições de segurança
O revestimento de concreto asfáltico acabado deve apresentar Valores de Resistência à
Derrapagem - VDR 45 quando medido com o Pêndulo Britânico (ASTM-E 303) e Altura de
Areia – 1,20mm HS 0,60mm (NF P-98-216-7).

Os ensaios de controle são realizados em segmentos escolhidos de maneira aleatória, na


forma definida pelo Plano da Qualidade.

P.5.4 Plano de Amostragem - Controle Tecnológico


O número e a freqüência de determinações correspondentes aos diversos ensaios para o
controle tecnológico da produção e do produto são estabelecidos segundo um Plano de
Amostragem aprovado pela Fiscalização, de acordo com a seguinte tabela de controle
estatístico de resultados (DNER-PRO 277):

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P.5.5 Condições de conformidade e não conformidade


Todos os ensaios de controle e determinações relativos à produção e ao produto, realizados
de acordo com o Plano de Amostragem citado em P.5.4, deverão cumprir as Condições Gerais
e Específicas desta Norma, e estar de acordo com os seguintes critérios:

a) Quando especificada uma faixa de valores mínimos e máximos devem ser verificadas as
seguintes condições:

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b) Quando especificado um valor mínimo a ser atingido devem ser verificadas as seguintes
condições:

Os resultados do controle estatístico serão registrados em relatórios periódicos de


acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO a qual estabelece que sejam
tomadas providências para tratamento das “Não-Conformidades” da Produção e do Produto.

Os serviços só devem ser aceitos se atenderem às prescrições desta Norma.

Todo detalhe incorreto ou mal executado deve ser corrigido.

Qualquer serviço só deve ser aceito se as correções executadas o colocarem em


conformidade com o disposto nesta Norma; caso contrário será rejeitado.

P.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os critérios estabelecidos no Edital de


Licitação dos serviços ou, na falta destes critérios, de acordo com as seguintes disposições
gerais:
a) o concreto asfáltico será medido em toneladas de mistura efetivamente aplicada na
pista. Não serão motivos de medição:
mão-de-obra, materiais (exceto cimento asfáltico), transporte da mistura da usina à pista
e encargos quando estiverem incluídos na composição do preço unitário;
b) a quantidade de cimento asfáltico aplicada é obtida pela média aritmética dos valores
medidos na usina, em toneladas;
c) a transporte do cimento asfáltico efetivamente aplicado será medido com base na
distância entre a refinaria e o canteiro de serviço;
d) nenhuma medição será processada se a ela não estiver anexado um relatório de
controle da qualidade contendo os resultados dos ensaios e determinações devidamente
interpretados, caracterizando a qualidade do serviço executado.

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Q. MEIO-FIOS E GUIAS DE CONCRETO / DNIT 020/2023-ES

Q.1 DEFINIÇÕES

Q.1.1 Meios-fios
Limitadores físicos da plataforma rodoviária, com diversas finalidades, entre as quais,
destaca-se a função de proteger o bordo da pista dos efeitos da erosão causada pelo
escoamento das águas precipitadas sobre a plataforma que, decorrentes da declividade
transversal, tendem a verter sobre os taludes dos aterros. Desta forma, os meios-fios têm a
função de interceptar este fluxo, conduzindo os deflúvios para os pontos previamente
escolhidos para lançamento.

Q.1.2 Guias
Dispositivos com a função de limitar a área da plataforma dos terrenos marginais,
principalmente em segmentos onde se torna necessária a orientação do tráfego como:
canteiro central, interseções, obras-de arte e outros pontos singulares, cumprindo desta forma
importante função de segurança, além de orientar a drenagem superficial.

Q.2 CONDIÇÕES GERAIS

Os dispositivos abrangidos por esta Especificação serão executados de acordo com as


indicações do projeto. Na ausência de projetos específicos deverão ser utilizados os
dispositivos padronizados pelo DNER, que constam do Álbum de Projetos-Tipo de dispositivos
de Drenagem.

Q.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

Basicamente os dispositivos de drenagem abrangidos por esta Norma serão executados em


concreto de cimento, moldados “in loco” ou pré-moldados, devendo satisfazer as prescrições:

Q.3.1 Materiais
Todo material utilizado na execução deverá satisfazer aos requisitos impostos pelas normas
vigentes da ABNT e do DNIT.

Q.3.1.1 Concreto de cimento


O concreto, quando utilizado nos dispositivos em que se especifica este tipo de material,
deverá ser dosado racional e experimentalmente para uma resistência característica à
compressão mínima (fck) min., aos 28 dias de 15Mpa. O concreto utilizado deverá ser
preparado de acordo com o prescrito na norma NBR 6118/03, além de atender ao que dispõe
a norma DNER-ES 330/97.

Q.3.1.2 Concreto asfáltico


As guias e os meios-fios também poderão ser feitos com concreto asfáltico, utilizando-se,
neste caso, equipamento adequado para aplicação do material por extrusão e com a forma

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previamente definida, de acordo com a seção transversal conveniente. O processo executivo


para implantação deste dispositivo é similar ao utilizado para os dispositivos de concreto de
cimento, quando forem empregadas as fôrmas deslizantes e betoneira automotriz ou quando
o abastecimento da betoneira for realizado com caminhão betoneira.

Q.3.2 Equipamentos
Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos locais de
instalação das obras, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços
similares.

Recomendam-se, como mínimo, os seguintes equipamentos:


a) caminhão basculante;
b) caminhão de carroceria fixa;
c) betoneira ou caminhão betoneira;
d) motoniveladora;
e) pá-carregadeira;
f) rolo compactador metálico;
g) retroescavadeira ou valetadeira;
h) máquina automotriz para execução de perfis pré-moldados de concreto de cimento
ou asfáltico por extrusão.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado antes do início da execução
do serviço de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não poderá ser
autorizada sua utilização.

Q.3.3 Execução de meios-fios ou guias de concreto

Q.3.3.1 Processo executivo


Poderão ser moldados “in loco” ou pré-moldados, conforme disposto no projeto. O processo
executivo mais utilizado refere-se ao emprego de dispositivos moldados “in loco” com
emprego de fôrmas convencionais, desenvolvendo-se as seguintes etapas:
a) escavação da porção anexa ao bordo do pavimento, obedecendo aos alinhamentos,
cotas e dimensões indicadas no projeto;
b) execução de base de brita para regularização do terreno e apoio dos meios-fios;
c) instalação de formas de madeira segundo a seção transversal do meio-fio, espaçadas
de 3m. Nas extensões de curvas esse espaçamento será reduzido para permitir melhor
concordância, adotando-se uma junta a cada 1,00m. A concretagem envolverá um Plano
Executivo, prevendo o lançamento do concreto em lances alternados;
d) instalação das fôrmas laterais e das partes anterior e posterior do dispositivo;
e) lançamento e vibração do concreto. Para as faces dos dispositivos próximas a
horizontal ou trabalháveis sem uso de forma, será feito o espalhamento e acabamento do
concreto mediante o emprego de ferramentas manuais, em especial de uma régua que
apoiada nas duas formas-guias adjacentes permitirá a conformação da face à seção
pretendida;

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f) constatação do início do processo de cura do concreto e retirada das guias e formas


dos segmentos concretados;
g) execução dos segmentos intermediários. Nestes segmentos o processo é o mesmo.
O apoio da régua de desempenho ocorrerá no próprio concreto;
h) execução de juntas de dilatação, a intervalos de 12,0m, preenchidas com argamassa
asfáltica.

Q.3.3.2 Processo executivo alternativo


Opcionalmente, poderão ser adotados outros procedimentos executivos, tais como:

Q.3.3.2.1 Meios-fios ou guias pré-moldados de concreto


a) escavação da porção anexa ao bordo do
pavimento, obedecendo aos alinhamentos, cotas e dimensões indicado no projeto;
b) execução de base de brita para regularização do terreno e apoio dos meios-fios;
c) instalação e assentamento dos meios-fios pré-moldados, de forma compatível com o
projeto-tipo considerado;
d) rejuntamento com argamassa cimento areia, traço 1:3, em massa.
e) os meios-fios ou guias deverão ser pré-moldados em fôrmas metálicas ou de madeira
revestida que conduza a igual acabamento, sendo submetidos a adensamento por vibração.
As peças deverão ter no máximo 1,0m, devendo esta dimensão ser reduzida para segmentos
em curva.

Q.3.3.2.2 Meios-fios ou guias moldados “in loco” com formas deslizantes


Esta alternativa refere-se ao emprego de fôrmas metálicas deslizantes, acopladas a máquinas
automotrizes, adequadas à execução de concreto por extrusão, compreendendo as etapas
de construção relacionadas a seguir:
a) escavação da porção anexa ao bordo do pavimento, obedecendo aos alinhamentos,
cotas e dimensões indicados no projeto;
b) execução da base de brita para regularização do terreno e apoio dos meios-fios;
c) lançamento do concreto e moldagem, por extrusão;
d) interrupção da concretagem dos dispositivos; e execução de juntas de dilatação a
intervalos de 12,0m, preenchidas com asfalto.

Q.3.4 Recomendações gerais


Para garantir maior resistência dos meios-fios a impactos laterais, quando estes não forem
contidos por canteiros ou passeios, serão aplicadas escoras de concreto magro, em forma de
“bolas” espaçadas de 3,0m. Em qualquer dos casos o processo alternativo, eventualmente
utilizado, será adequado às particularidades de cada obra.

Q.4 MANEJO AMBIENTAL

Durante a execução dos dispositivos de drenagem deverão ser preservadas as condições


ambientais, exigindo-se, entre outros os seguintes procedimentos:
a) todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser removido das
proximidades dos dispositivos;

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b) o material excedente removido será transportado para local pré-definido em conjunto


com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido para os
cursos d'água de modo a não causar assoreamento;
c) nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas obras de proteção
de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água;
d) durante o desenvolvimento das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário de
equipamentos ou veículos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração;
e) além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomendações da DNER-
ISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à captação, condução e despejo das águas
superficiais ou sub-superficiais.

Q.5 INSPEÇÃO

Q.5.1 Controle dos insumos


O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acordo com as normas NBR
12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97. O ensaio de consistência dos concreto será
feito de acordo com a NBR NM 67/98 ou a NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no
teor de umidade dos agregados, na execução da primeira amassada do dia, após o reinicio
dos trabalhos desde que tenha ocorrido interrupção por mais de duas horas, em cada vez que
forem moldados corpos-de-prova, e na troca de operadores.

Q.5.2 Controle da produção (execução)


Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto,
das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às
especificações respectivas.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao controle fixado pelos
procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

Q.5.3 Verificação do produto

Q.5.3.1 Controle geométrico


O controle geométrico da execução das obras será feito através de levantamentos
topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em Notas de Serviço com as


quais será feito o acompanhamento da execução. As dimensões das seções transversais
avaliadas não devem diferir das indicadas no projeto de mais de 1%, em pontos isolados.
Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no intervalo de ± 10% em relação
à espessura de projeto.

Q.5.3.2 Controle de acabamento


Será feito o controle qualitativo dos dispositivos, de forma visual, avaliando-se as
características de acabamento das obras executadas, acrescentando-se outros processos de
controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

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Da mesma forma será feito o acompanhamento das camadas de embasamento dos


dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.

Q.5.4 Condições de conformidade e não conformidade


Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão
realizados de acordo com o Plano da Qualidade, devendo atender às condições gerais e
específicas dos capítulos Q.2 e Q.3 desta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias,


adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;


fck, est ≥ fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.


fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos


de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os
procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do
produto.

Q.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes critérios:


a) os meios-fios e as guias serão medidos pelo comprimento, determinado em metros,
acompanhando as declividades executadas, incluindo fornecimento e colocação de materiais,
mão-de-obra e encargos, equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à execução;
b) no caso de utilização de dispositivos pontuais acessórios, como caixas coletoras ou
de passagem, as obras serão medidas por unidade, de acordo com as especificações
respectivas.

R. ENTRADAS E DESCIDAS D’ÁGUA / DNIT 021/2006-ES

R.1 DEFINIÇÕES

R.1.1 Descidas D´Água


Dispositivos que possibilitam o escoamento das águas que se concentram em talvegues
interceptados pela terraplanagem, e que vertem sobre os taludes de cortes ou aterros.
Nestas condições, para evitar os danos da erosão, torna-se necessária à sua canalização e
condução através de dispositivos, adequadamente construídos, de forma a promover a

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dissipação das velocidades e com isto, desenvolver o escoamento em condições favoráveis


até os pontos de deságüe, previamente escolhidos.

R.1.2 Entradas D´Água


Dispositivos destinados à transferência das águas captadas para canalizações ou outros
dispositivos, possibilitando o escoamento de forma segura e eficiente.

R.2 CONDIÇÕES GERAIS

Os dispositivos de transposições abrangidos por esta Norma serão executados de acordo


com as indicações do projeto. Na ausência de projetos específicos deverão ser utilizados os
dispositivos padronizados pelo DNER que constam do Álbum de projetos–tipo de
dispositivos de drenagem.

R.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

R.3.1 Materiais
Todo material utilizado na execução deverá satisfazer aos requisitos impostos pelas normas
vigentes da ABNT e do DNIT.

O concreto de cimento, quando utilizado nos dispositivos, conforme especificação, deverá


ser dosado racional e experimentalmente para uma resistência característica à compressão
mínima (fck) min., aos 28 dias, de 15 MPa. O concreto utilizado deverá ser preparado de
acordo com o prescrito na norma NBR 6118/80, além de atender ao que dispõe a norma
DNER-ES 330/97.

R.3.2 Equipamentos
Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos locais de
instalação das obras, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os
serviços similares.

Recomendam-se, como mínimo, os seguintes equipamentos:


a) Caminhão basculante;
b) Caminhão de carroceria fixa;
c) Betoneira ou caminhão betoneira;
d) Motoniveladora;
e) Pá-carregadeira;
f) Rolo compactador metálico;
g) Retroescavadeira ou valetadeira;

R.3.3 Execução

R.3.3.1 Processo executivo

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As entradas e descidas d´água de concreto deverá ser moldadas “in loco” atendendo ao
disposto nos projetos específicos e desenvolvidas de acordo com as seguintes etapas:
a) Escavação, obedecendo aos alinhamentos, cotas e dimensões indicadas no projeto;
b) Para uniformização da base para apoio do dispositivo recomenda-se a execução de
base de brita para regularização;
c) Instalação das formas e cimbramento;
d) Lançamento, vibração e cura do concreto;
e) Retirada das guias e das fôrmas laterais;
f) Preenchimento das juntas com argamassa cimento-areia, traço 1:3, em massa.

R.3.3.2 Processo executivo alternativo


Opcionalmente, poderão ser adotados outros procedimentos executivos, através de
elementos pré-moldados, envolvendo as seguintes etapas:
a) Escavação do material situado nas adjacências do bordo do pavimento, obedecendo
aos alinhamentos, cotas e dimensões indicadas no projeto;
b) Execução de base de brita para regularização e apoio;
c) Instalação e assentamento dos pré-moldados, de forma compatível com o projeto-
tipo considerado;
d) Rejuntamento com argamassa cimento- areia, traço 1:3, em massa;

R.4 MANEJO AMBIENTAL

Durante a construção dos dispositivos de drenagem deverão ser preservadas as condições


ambientais, exigindo-se, entre outros, os seguintes procedimentos:
a) Todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser removido das
proximidades dos dispositivos.
b) O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido
para os cursos d'água, de modo a não causar assoreamento.
c) Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de proteção
de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água.
d) Durante o desenvolvimento das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário
de equipamentos ou veículos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração,
e) Além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomendações da DNER-
ISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à captação, condução e despejo das
águas superficiais ou sub-superficiais.

R.5 INSPEÇÃO

R.5.1 Controle dos insumos


O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acordo com as normas
NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97.

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O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com a NBR NM 67/98 ou a NBR
NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor da umidade dos agregados, na execução
da primeira amassada do dia, após o reinicio dos trabalhos desde que tenha ocorrido
interrupção por mais de duas horas, cada vez que forem moldados corpos-de-prova e na
troca de operadores.

R.5.2 Controle da produção (execução)


Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto,
das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às
especificações respectivas.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao controle fixado pelos
procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

R.5.3 Verificação do produto

R.5.3.1 Controle geométrico


O controle geométrico da execução das obras será feito através de levantamentos
topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios. Os
elementos geométricos característicos serão estabelecidos em Notas de Serviço, com as
quais será feito o acompanhamento da execução.

As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indicadas no projeto
de mais de 1%, em pontos isolados. Todas as medidas de espessuras efetuadas devem se
situar no intervalo de ± 10% em relação à espessura do projeto.

R.5.3.2 Controle de acabamento


Será feito o controle qualitativo dos dispositivos, de forma visual, avaliando-se as
características de acabamento das obras executadas, acrescentando-se outros processos de
controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização. Da
mesma forma será feito o acompanhamento das camadas de embasamento dos dispositivos,
acabamento das obras e enchimento das valas.

R.5.4 Condições de conformidade e não- conformidade


Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão
realizados de acordo com o Plano da Qualidade, devendo atender às condições gerais e
específicas dos capítulos R.2 e R.3 desta Norma, respectivamente.
Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias,
adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;


fck, est ≥ fck – conformidade.

Onde:

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fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.


fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos


de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os
procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do
produto.

R.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes critérios:


a) As entradas d’água serão medidas por unidade de dispositivo construído e as
descidas d’água serão medidas por comprimento linear de dispositivo executado, medidos
em metros, estabelecendo-se custos unitários de execução com a quantificação de volumes
e áreas das unidades executivas, de acordo com os tipos indicados no projeto,
acompanhando as espessuras e formas executadas, incluindo o fornecimento e colocação
de materiais, bem como a mão- de-obra e respectivos encargos, equipamentos, ferramentas
e eventuais necessários à sua execução.
b) As escavações de valas serão medidas pela determinação do volume de material
escavado, classificando-se o tipo de material, e expresso em metros cúbicos.

S. BUEIROS TUBULARES DE CONCRETO / DNIT 023/2006-ES

S.1 DEFINIÇÕES

S.1.1 Bueiros de grota


Obras-de-arte correntes que se instalam no fundo dos talvegues. No caso de obras mais
significativas correspondem a cursos d’água permanentes e, consequentemente, obras de
maior porte. Por se instalarem no fundo das grotas, estas obras deverão dispor de bocas e
alas.

S.1.2 Bueiros de greide


Obras de transposição de talvegues naturais ou ravinas que são interceptadas pela rodovia
e que por condições altimétricas, necessitam dispositivos especiais de captação e deságüe,
em geral caixas coletoras e saídas d’água.

S.2 SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

S.2.1 PVC - Cloreto de polivinila


S.2.2 PEAD - Polietileno de alta densidade

S.3 CONDIÇÕES GERAIS

Os bueiros tubulares de concreto deverão ser locados de acordo com os elementos

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especificados no projeto.

Para melhor orientação das profundidades e declividade da canalização recomenda-se a


utilização de gabaritos para execução dos berços e assentamento através de cruzetas.

Os bueiros deverão dispor de seção de escoamento seguro dos deflúvios, o que representa
atender às descargas de projeto calculadas para períodos de recorrência preestabelecidos.

Para o escoamento seguro e satisfatório o dimensionamento hidráulico deverá considerar o


desempenho do bueiro com velocidade de escoamento adequada, cuidando ainda, evitar a
ocorrência de velocidades erosivas, tanto no corpo estradal, como na própria tubulação e
dispositivos acessórios.

No caso de obras próximas à plataforma de terraplenagem, a fim de diminuir os riscos de


degradação precoce do pavimento e, principalmente, favorecer a segurança do tráfego, os
bueiros deverão ser construídos de modo a impedir, também, a formação de película de
água na superfície das pistas, favorecendo a ocorrência de acidentes.

Os dispositivos abrangidos por esta Especificação serão executados de acordo com as


indicações do projeto e especificações particulares. Na ausência de projetos específicos
deverão sem utilizados os dispositivos padronizados pelo DNER que constam do Álbum de
projetos–tipo de dispositivos de drenagem, ressaltando se ainda que, estando localizados
no perímetro urbano, deverão satisfazer à padronização do sistema municipal.

S.4 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

S.4.1 Materiais

S.4.1.1 Tubos de concreto


Os tubos de concreto para bueiros de grota e greide deverão ser do tipo e dimensões
indicadas no projeto e ter encaixe tipo ponta e bolsa, obedecendo às exigências da ABNT
NBR 8890/03, tanto para os tubos de concreto armado quanto para os tubos de concreto
simples.

Particular importância será dada à qualificação da tubulação, com relação à resistência


quanto à compressão diametral, adotando-se tubos e tipos de berço e reaterro das valas
como o recomendado.

O concreto usado para a fabricação dos tubos será confeccionado de acordo com as normas
NBR 6118/03, NBR 12655/96, NBR 7187/03 e DNER-ES 330/97 e dosado
experimentalmente para a resistência à compressão (fck min) aos 28 dias de 15 MPa.

S.4.1.2 Tubos de PVC


Em condições excepcionais, atendendo às especificações de projeto, poderão ser adotados
tubos de outros materiais como tubos de PVC ou PAD para cuja execução deverão ser

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obedecidas as prescrições normativas de outros países ou instrução dos fabricantes.

S.4.1.3 Tubos metálicos


No caso da adoção de tubos de chapa metálica corrugada deverão ser obedecidas as
exigências e prescrições próprias às canalizações e às recomendações dos fabricantes.

S.4.2 Material de rejuntamento


O rejuntamento da tubulação dos bueiros será feito de acordo com o estabelecido nos
projetos específicos e na falta de outra indicação deverá atender ao traço mínimo de 1:4, em
massa, executado e aplicado de acordo com o que dispõe a DNER-ES 330/97.

O rejuntamento será feito de modo a atingir toda a circunferência da tubulação a fim de


garantir a sua estanqueidade.

S.4.3 Material para construção de calçadas, berços, bocas, alas e demais


dispositivos
Os materiais a serem empregados na construção das caixas, berços, bocas e demais
dispositivos de captação e transferências de deflúvios deverão atender às recomendações
de projeto e satisfazer às indicações e exigências previstas pelas normas da ABNT e do
DNIT.

Os materiais a serem empregados poderão ser:


concreto ciclópico, concreto simples, concreto armado ou alvenaria e deverão atender às
indicações do projeto.

Para as bocas, alas, testas e berços o concreto deverá ser preparado como estabelecido
pelas DNER-ES 330/97, NBR 6118/03, NBR 7187/03 e NBR 12655/96 de forma a atender a
resistência à compressão (fck min) aos 28 dias de 15 MPa.

S.4.4 Equipamentos
Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos locais de
instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para
os serviços similares.

Recomendam-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:


a) caminhão basculante;
b) caminhão de carroceria fixa;
c) betoneira ou caminhão betoneira;
d) motoniveladora;
e) pá carregadeira;
f) rolo compactador metálico;
g) retroescavadeira ou valetadeira;
h) guincho ou caminhão com grua ou “Munck”;
i) serra elétrica para fôrmas;
j) vibradores de placa ou de imersão.

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NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da execução
do serviço de modo a garantir as condições apropriadas de operação, sem o que não ser
autorizada a sua utilização.

S.4.5 Execução

S.4.5.1 Execução de bueiros de grota


Para execução de bueiros tubulares de concreto instalados no fundo de grotas deverão ser
atendidas as etapas executivas seguintes:

Locação da obra atendendo às Notas de Serviço para implantação de obras-de-arte


correntes de acordo com o projeto executivo de cada obra.

A locação será feita por instrumentação topográfica após desmatamento e regularização do


fundo do talvegue.

Precedendo a locação recomenda-se no caso de deslocamento do eixo do bueiro do leito


natural executar o preenchimento da vala com pedra de mão ou “rachão” para proporcionar
o fluxo das águas de infiltração ou remanescentes da canalização do talvegue.

Após a regularização do fundo da grota, antes da concretagem do berço, locar a obra com
a instalação de réguas e gabaritos, que permitirão materializar no local, as indicações de
alinhamento, profundidade e declividade do bueiro.

O espaçamento máximo entre réguas será de 5m, permissíveis pequenos ajustamentos das
obras, definidas pelas Notas de Serviço, garantindo adequação ao terreno.

A declividade longitudinal do bueiro deverá ser contínua e somente em condições


excepcionais permitir descontinuidades no perfil dos bueiros.

No caso de interrupção da sarjeta ou da canalização coletora, junto ao acesso, instalar


dispositivo de transferência para o bueiro, como: caixa coletora, caixa de passagem ou outro
indicado.

A escavação das cavas será feita em profundidade que comporte a execução do berço,
adequada ao bueiro selecionado, por processo mecânico ou manual.

A largura da cava deverá ser superior à do berço em pelo menos 30cm para cada lado, de
modo a garantir a implantação de fôrmas nas dimensões exigidas.

Havendo necessidade de aterro para alcançar a cota de assentamento, o lançamento, sem


queda, do material será feito em camadas, com espessura máxima de 15cm.

Deve ser exigida a compactação mecânica por compactadores manuais, placa vibratória ou
compactador de impacto, para garantir o grau de compactação satisfatório e a uniformidade

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de apoio para a execução do berço.

Após atingir o grau de compactação adequado, instalar formas laterais para o berço de
concreto e executar a porção inferior do berço com concreto de resistência (fckmin > 15
MPa), com a espessura de 10cm.

Somente após a concretagem, acabamento e cura do berço serão feitos a colocação,


assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia, traço 1:4, em
massa.

A complementação do berço compreende o envolvimento do tubo com o mesmo tipo de


concreto, obedecendo à geometria prevista no projeto-tipo e posterior reaterro com
recobrimento mínimo de 1,5 vezes o diâmetro da tubulação, acima da geratriz superior da
canalização.

S.4.5.2 Execução de bueiros de greide com tubos de concreto


Para a execução de bueiros de greide com tubos de concreto deverá ser adotada a seguinte
sistemática:

Interrupção da sarjeta ou da canalização coletora junto ao acesso do bueiro e execução do


dispositivo de transferência para o bueiro, como: caixa coletora, caixa de passagem ou outro
indicado.

Escavação em profundidade que comporte o bueiro selecionado, garantindo inclusive o


recobrimento da canalização.

Compactação do berço do bueiro de forma a garantir a estabilidade da fundação e a


declividade longitudinal indicada.

Execução da porção inferior do berço com concreto de resistência (fckmin > 15 MPa), com
a espessura de 10cm.

Colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia, traço


1:4, em massa.

Complementação do envolvimento do tubo com o mesmo tipo de concreto, obedecendo a


geometria prevista no projeto e posterior reaterro com recobrimento mínimo de 1,5 vezes o
diâmetro da tubulação acima da geratriz superior da canalização.

S.4.5.3 Execução de bueiros com tubos metálicos


Para a execução de bueiros metálicos serão adotados procedimentos semelhantes aos
recomendados, não aplicados no que diz respeito a rejuntamento, quando serão adotadas
as recomendações dos fabricantes, atendidas às prescrições da DNIT 024/2004 - ES.

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S.5 MANEJO AMBIENTAL

Durante a construção das obras deverão ser preservadas as condições ambientais exigindo-
se, entre outros os seguintes procedimentos:
a) todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser removido das
proximidades dos dispositivos, evitando provocar o seu entupimento;
b) o material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido
para os cursos d'água, de modo a não causar assoreamento;
c) nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas obras de proteção,
para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água;
d) durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário de
equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração;
e) caberá à Fiscalização definir, caso não previsto em projeto, ou alterar no projeto, o
tipo de revestimento a adotar nos dispositivos implantados, em função das condições locais;
f) além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomendações da DNER-
ISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à captação, condução e despejo das
águas superficiais ou sub-superficiais.

S.6 INSPEÇÃO

S.6.1 Controle dos insumos


O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acordo com as normas
NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97.

Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto


e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às
especificações respectivas.

Os tubos de concreto serão controlados através dos ensaios preconizados na norma NBR
8890/03.

Para cada partida de tubos não rejeitados na inspeção, serão formados lotes para
amostragem, correspondendo cada lote a grupo de 100 a 200 unidades.

De cada lote serão retirados quatros tubos a serem ensaiados. Dois tubos serão submetidos
a ensaio de permeabilidade de acordo com a norma NBR 8890/03.

Dois tubos serão ensaiados à compressão diametral e submetidos ao ensaio de absorção


de acordo com a norma NBR 8890/03.

O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com as normas NBR NM 67/98 e
NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umidade dos agregados na
execução da primeira amassada do dia, após o reinício dos trabalhos desde que tenha

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ocorrido interrupção por mais de duas horas e cada vez que forem moldados corpos-de-
prova e na troca de operadores.

S.6.2 Controle da produção (execução)


O controle qualitativo dos dispositivos será feito de forma visual avaliando-se as
características de acabamento das obras executadas, acrescentando-se outros processos
de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

Da mesma forma, será feito o acompanhamento das camadas de embasamento dos


dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao controle fixado pelos
procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

S.6.3 Verificação do produto


O controle geométrico da execução das obras será feito através de levantamentos
topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em Notas de Serviço com as


quais será feito o acompanhamento.

As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indicadas no projeto
de mais de 1%, em pontos isolados.

Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no intervalo de ± 10% em


relação à espessura de projeto.

S.6.4 Condições de conformidade e não conformidade


Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão
realizados de acordo com o Plano da Qualidade, devendo atender às condições gerais e
específicas dos itens 5e 6 esta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias,


adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;


fck, est ≥ fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.


fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos


de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os

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procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do


produto.

S.7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes critérios:


a) o corpo do bueiro tubular de concreto será medido pelo seu comprimento,
determinado em metros, acompanhando as declividades executadas, incluindo fornecimento
e colocação de materiais, mão-de-obra e encargos, equipamentos, ferramentas e eventuais
necessários à sua execução;
b) as bocas dos bueiros serão medidas por unidade, incluindo fornecimento e
colocação de materiais, mão-de-obra e encargos, equipamentos, ferramentas e eventuais
necessários à sua execução;
c) serão medidos os volumes e classificados os materiais referentes às escavações
necessárias à execução do corpo do bueiro tubular de concreto;
d) no caso de utilização de dispositivos pontuais acessórios, como caixas coletoras ou
de passagem, as obras serão medidas por unidade, de acordo com as especificações
respectivas;
e) será medido o transporte dos tubos entre o canteiro e o local da obra.

T. SARJETAS E VALETAS / DNIT 018/2023-ES

T.1 DEFINIÇÕES

T.1.1 Sarjetas
Dispositivos de drenagem longitudinal construídos lateralmente às pistas de rolamento e às
plataformas dos escalonamentos, destinados a interceptar os deflúvios, que escoando pelo
talude ou terrenos marginais podem comprometer a estabilidade dos taludes, a integridade
dos pavimentos e a segurança do tráfego, e geralmente têm, por razões de segurança, a
forma triangular ou semicircular.

T.1.2 Valetas
Dispositivos localizados nas cristas de cortes ou pés de aterro, conseqüentemente afastados
das faixas de tráfego, com a mesma finalidade das sarjetas, mas que por escoarem maiores
deflúvios ou em razão de suas características construtivas têm em geral a forma trapezoidal
ou retangular.

T.2 CONDIÇÕES GERAIS

As sarjetas e valetas especificadas referem-se a cortes, aterros e ao terreno natural,


marginal à área afetada pela construção, que por ação da erosão poderão ter sua
estabilidade comprometida.

Os dispositivos abrangidos por esta Norma serão construídos de acordo com as dimensões,

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localização, confecção e acabamento determinados no projeto.

Na ausência de projeto específico deverão ser utilizados os dispositivos padronizados que


constam do Álbum de projetos–tipo de dispositivos de drenagem do DNER.

T.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

T.3.1 Materiais
Todo material utilizado na execução deverá satisfazer aos requisitos impostos pelas normas
vigentes da ABNT e do DNIT.

T.3.1.1 Concreto de cimento


O concreto quando utilizado nos dispositivos que especificam este tipo de revestimento
deverá ser dosado racionalmente e experimentalmente, para uma resistência característica
à compressão mínima (fck;min), aos 28 dias, de 15MPa.

O concreto utilizado deverá ser preparado de acordo com o prescrito na norma NBR
6118/03, além de atender ao que dispõem as especificações do DNER – ES 330/97.

T.3.1.2 Revestimento vegetal


Quando recomendado o revestimento vegetal, poderão ser adotadas as alternativas de
plantio de grama em leivas ou mudas, utilizando espécies típicas da região da obra,
atendendo às especificações próprias. Poderá ser também feito o plantio por meio de hidro-
semeadura, no caso de áreas maiores.

T.3.2 Equipamentos
Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos locais de
instalação das obras, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços
similares.
Recomendam-se, como mínimo, os seguintes equipamentos:
a) caminhão basculante;
b) caminhão de carroceria fixa;
c) betoneira ou caminhão betoneira;
d) motoniveladora;
e) pá-carregadeira;
f) rolo compactador metálico;
g) retroescavadeira ou valetadeira.

NOTA:
Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da execução do
serviço de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não será
autorizada a sua utilização.

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T.3.3 Execução

T.3.3.1 Sarjetas e valetas revestidas de concreto


As sarjetas e valetas revestidas de concreto poderão ser moldadas “in loco” ou pré-moldadas
atendendo ao disposto no projeto ou em consequência de imposições construtivas.

A execução das sarjetas de corte deverá ser iniciada após a conclusão de todas as
operações de pavimentação que envolvam atividades na faixa anexa à plataforma cujos
trabalhos de regularização ou acerto possam danificá-las.

No caso de banquetas de escalonamentos e valetas de proteção, quando revestidas, as


sarjetas serão executadas logo após a conclusão das operações de terraplanagem,
precedendo a operação de plantio ou colocação de revestimento dos taludes.

O preparo e a regularização da superfície de assentamento serão executados com operação


manual envolvendo cortes, aterros ou acertos, de forma a atingir a geometria projetada para
cada dispositivo.

No caso de valetas de proteção de aterros ou cortes admite-se, opcionalmente, a associação


de operações manual e mecânica, mediante emprego de lâmina de motoniveladora, pá
carregadeira equipada com retroescavadeira ou valetadeira adequadamente dimensionada
para o trabalho.

Os materiais empregados para camadas preparatórias para o assentamento das sarjetas


serão os próprios solos existentes no local, ou mesmo, material excedente da pavimentação,
no caso de sarjetas de corte.

Em qualquer condição, a superfície de assentamento deverá ser compactada de modo a


resultar uma base firme e bem desempenada.

Os materiais escavados e não utilizados nas operações de escavação e regularização da


superfície de assentamento serão destinados a bota-fora, cuja localização será definida de
modo a não prejudicar o escoamento das águas superficiais.

Para as valetas, os materiais escavados serão aproveitados na execução de uma banqueta


de material energicamente compactado junto ao bordo de jusante da valeta de proteção do
corte ou de modo a conformar o terreno do aterro, na região situada entre o bordo de jusante
da valeta de proteção e o “off-set” do aterro.

Para marcação da localização das valetas serão implantados gabaritos constituídos de guias
de madeira servindo de referência para concretagem, cuja seção transversal corresponda
às dimensões e forma de cada dispositivo, e com a evolução geométrica estabelecida no
projeto, espaçando-se estes gabaritos em 3,0m, no máximo.

A concretagem envolverá um plano executivo, prevendo o lançamento do concreto em

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lances alternados.

O espalhamento e acabamento do concreto serão feitos mediante o emprego de ferramentas


manuais, em especial de uma régua que, apoiada nas duas guias adjacentes permitirá a
conformação da sarjeta ou valeta à seção pretendida.

A retirada das guias dos segmentos concretados será feita logo após constatar-se o início
do processo de cura do concreto.

O espalhamento e acabamento do concreto dos segmentos intermediários será feito com


apoio da régua de desempeno no próprio concreto dos trechos adjacentes.

A cada segmento com extensão máxima de 12,0m será executada uma junta de dilatação,
preenchida com argamassa asfáltica.

Quando especificado no projeto, será aplicado revestimento vegetal de forma a


complementar o acabamento do material apiloado contíguo ao dispositivo.

As saídas d´água das sarjetas serão executadas de forma idêntica às próprias sarjetas,
sendo prolongadas por cerca de 10m a partir do final do corte, com deflexão que propicie o
seu afastamento do bordo da plataforma (bigodes).

Esta extensão deverá ser ajustada às condições locais de modo a evitar os efeitos
destrutivos de erosão.

O concreto utilizado, no caso de dispositivos revestidos, deverá ser preparado em betoneira,


com fator água/cimento apenas suficiente para alcançar trabalhidade e em quantidade
suficiente para o uso imediato, não sendo permitido a sua redosagem.

T.3.3.2 Sarjetas e valetas com revestimento vegetal


A execução de sarjetas e valetas com revestimento vegetal se iniciará com o preparo e a
regularização da superfície de assentamento, seguindo-se as mesmas prescrições
apresentadas para os dispositivos com revestimento de concreto.

A disposição do material escavado atenderá, igualmente, ao disposto para sarjetas e valetas


revestidas de concreto.

Concluída a regularização da superfície de assentamento e verificadas as condições de


escoamento será aplicada camada de terra vegetal, previamente selecionada e adubada de
modo a facilitar a germinação da grama.

As leivas selecionadas serão então colocadas sobre a camada de terra vegetal e


compactadas com soquetes de madeira, recomendando-se o emprego de gramíneas de
porte baixo, de sistema radicular profundo e abundante, nativas da região e podadas rentes,
antes de sua extração.

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O revestimento vegetal aplicado será periodicamente irrigado, até se constatar a sua efetiva
fixação nas superfícies recobertas.

Durante o período remanescente da obra, ficará a cargo da executora a recomposição de


eventuais falhas em que não tenha sido bem sucedido o plantio ou em locais onde se tenha
constatado a danificação do revestimento vegetal aplicado.

T.3.3.3 Sarjetas e valetas não revestidas


As sarjetas e valetas não providas de revestimento deverão ser utilizadas somente em locais
em que se assegure a sua eficiência e durabilidade, ou em caso de obras provisórias ou
desvios temporários de tráfego. Por esta razão o seu uso restringe-se às áreas onde se
associam moderadas precipitações e materiais resistentes à erosão ou segmentos com
moderadas declividades.

Sua execução compreende as operações descritas nos casos das sarjetas e valetas
revestidas de concreto, acrescentando-se a obrigatoriedade da avaliação das suas
características construtivas com a aplicação de gabaritos, de modo a se constatar que foram
atendidas as dimensões, forma da seção transversal e a declividade longitudinal.

T.4 MANEJO AMBIENTAL

Durante a construção das obras deverão ser preservadas as condições ambientais exigindo-
se, entre outros os seguintes procedimentos:
a) todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser removido das
proximidades dos dispositivos, evitando provocar o seu entupimento;
b) o material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido
para os cursos d’água de modo a não causar assoreamento; c) nos pontos de deságüe
dos dispositivos deverão ser executadas obras de proteção, para impedir a erosão das
vertentes ou assoreamento de cursos d'água;
d) durante o desenvolvimento das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário
de equipamentos ou veículos por terrenos naturais de modo a evitar a sua desfiguração;
e) caberá à Fiscalização definir, caso não previsto em projeto, ou alterar no projeto, o
tipo de revestimento a adotar nos dispositivos implantados, em função das condições locais;
f) além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomendações da DNER-
ISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à captação, condução e despejo das
águas superficiais ou sub-superficiais.

T.5 INSPEÇÃO

T.5.1 Controle dos insumos


O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acordo com as normas
NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97.
O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com a NBR NM 67/98 ou a NBR

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NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umidade dos agregados, na execução
da primeira amassada do dia, após o reinício dos trabalhos desde que tenha ocorrido
interrupção por mais de duas horas, cada vez que forem moldados corpos-de-prova e na
troca de operadores.

T.5.2 Controle da produção (execução)


Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto,
das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às
especificações respectivas.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao controle fixado pelos
procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

T.5.3 Verificação do produto

T.5.3.1 Controle geométrico


O controle geométrico da execução das obras será feito por meio de levantamentos
topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios. Os
elementos geométricos característicos serão estabelecidos em Notas de Serviço, com as
quais será feito o acompanhamento da execução.

As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indicadas no projeto
de mais de 1%, em pontos isolados.

Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no intervalo de ± 10% em


relação à espessura de projeto.

T.5.3.2 Controle de acabamento


Será feito o controle qualitativo dos dispositivos, de forma visual, avaliando-se as
características de acabamento das obras executadas, acrescentando-se outros processos
de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

Da mesma forma será feito o acompanhamento das camadas de embasamento dos


dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.

T.5.4 Condições de conformidade e não- conformidade


Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão
realizados de acordo com o Plano da Qualidade, devendo atender às condições gerais e
específicas dos capítulos T.4 e T.5 desta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias,


adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;


fck, est ≥ fck – conformidade.

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Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.


fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos


de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os
procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do
produto.

T.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes critérios:


a) as sarjetas e valetas serão medidas pelo seu comprimento, determinado em metros,
acompanhando as declividades executadas, incluindo fornecimento e colocação de
materiais, mão-de-obra e encargos, equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à
execução;
b) não serão medidas as escavações manuais ou mecânicas, e o apiloamento dos
solos nos locais contíguos aos dispositivos;
c) os materiais decorrentes das escavações e não aproveitados nos locais contíguos
aos dispositivos deverão ser removidos, medindo-se o transporte efetivamente realizado;
d) caso haja necessidade de importação de solos, será medido o volume e o
transporte dos materiais efetivamente empregados;
e) no caso de utilização de revestimento vegetal, a sua aquisição e aplicação será
remunerada, medindo-se a área efetivamente aplicada e o transporte realizado;
f) no caso de utilização de dispositivos pontuais e acessórios, como caixas coletoras
ou de passagem, as obras serão medidas por unidade, de acordo com as especificações
respectivas.

U. BUEIROS CELULARES DE CONCRETO / DNIT 025/2004-ES

U.1 DEFINIÇÃO

Bueiros celulares – obras-de-arte correntes, de porte razoável, que se instalam no fundo dos
talvegues e, em geral, correspondem a cursos d’água permanentes. Por razões construtivas
e estruturais são construídos em seções geometricamente definidas, na forma de retângulos
ou quadrados, podendo ser de células únicas ou múltiplas, separadas por septos verticais.

U.2 CONDIÇÕES GERAIS

Os bueiros celulares de concreto deverão ser locados de acordo com os elementos


especificados no projeto e, por se tratarem de estruturas relativamente importantes,
demandam projetos específicos.

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Para melhor orientação das profundidades e declividade da canalização recomenda-se a


utilização de gabaritos para execução dos berços e assentamento através de cruzetas.

Os bueiros devem dispor de seção de vazão capaz de permitir o escoamento seguro dos
deflúvios, o que representa atender às descargas de projeto calculadas para períodos de
recorrência preestabelecidos.

Para escoamento seguro e satisfatório o dimensionamento hidráulico deverá considerar que


o bueiro desempenha sua função com velocidade de escoamento adequada, cuidando-se
ainda evitar a ocorrência de velocidades erosivas, tanto no corpo estradal, como na própria
tubulação e dispositivos acessórios.

Na ausência de projetos específicos deverão ser utilizados os dispositivos padronizados pelo


DNER que constam do Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem.

U.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

U.3.1 Materiais

U.3.1.1 Tubos de concreto


Os tubos de concreto para bueiros de grota e greide deverão ser do tipo e dimensões
indicadas no projeto e ter encaixe tipo ponta e bolsa, obedecendo às exigências da ABNT
NBR 8890/03, tanto para os tubos de concreto armado quanto para os tubos de concreto
simples.

Particular importância será dada à qualificação da tubulação, com relação à resistência


quanto à compressão diametral, adotando-se tubos e tipos de berço e reaterro das valas
como o recomendado.

O concreto usado para a fabricação dos tubos será confeccionado de acordo com as normas
NBR 6118/03, NBR 12655/96, NBR 7187/03 e DNER-ES 330/97 e dosado
experimentalmente para a resistência à compressão (fck min) aos 28 dias de 15 MPa.

U.3.1.2 Tubos de PVC


Em condições excepcionais, atendendo às especificações de projeto, poderão ser adotados
tubos de outros materiais como tubos de PVC ou PAD para cuja execução deverão ser
obedecidas as prescrições normativas de outros países ou instrução dos fabricantes.

U.3.1.3 Tubos metálicos


No caso da adoção de tubos de chapa metálica corrugada deverão ser obedecidas as
exigências e prescrições próprias às canalizações e às recomendações dos fabricantes.

U.3.2 Material de rejuntamento


O rejuntamento da tubulação dos bueiros será feito de acordo com o estabelecido nos
projetos específicos e na falta de outra indicação deverá atender ao traço mínimo de 1:4, em

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massa, executado e aplicado de acordo com o que dispõe a DNER-ES 330/97.


O rejuntamento será feito de modo a atingir toda a circunferência da tubulação a fim de
garantir a sua estanqueidade.

U.3.3 Material para construção de calçadas, berços, bocas, alas e demais


dispositivos
Os materiais a serem empregados na construção das caixas, berços, bocas e demais
dispositivos de captação e transferências de deflúvios deverão atender às recomendações
de projeto e satisfazer às indicações e exigências previstas pelas normas da ABNT e do
DNIT.

Os materiais a serem empregados poderão ser:


concreto ciclópico, concreto simples, concreto armado ou alvenaria e deverão atender às
indicações do projeto.

Para as bocas, alas, testas e berços o concreto deverá ser preparado como estabelecido
pelas DNER-ES 330/97, NBR 6118/03, NBR 7187/03 e NBR 12655/96 de forma a atender a
resistência à compressão (fck min) aos 28 dias de 15 MPa.

U.3.4 Equipamentos
Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos locais de
instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para
os serviços similares.

Recomendam-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:


a) caminhão basculante;
b) caminhão de carroceria fixa;
c) betoneira ou caminhão betoneira;
d) motoniveladora;
e) pá carregadeira;
f) rolo compactador metálico;
g) retroescavadeira ou valetadeira;
h) guincho ou caminhão com grua ou “Munck”;
i) serra elétrica para fôrmas;
j) vibradores de placa ou de imersão.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da execução
do serviço de modo a garantir as condições apropriadas de operação, sem o que não ser
autorizada a sua utilização.

U.3.5 Execução

U.3.5.1 Execução de bueiros de grota


Para execução de bueiros tubulares de concreto instalados no fundo de grotas deverão ser
atendidas as etapas executivas seguintes:

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Locação da obra atendendo às Notas de Serviço para implantação de obras-de-arte


correntes de acordo com o projeto executivo de cada obra.

A locação será feita por instrumentação topográfica após desmatamento e regularização do


fundo do talvegue.

Precedendo a locação recomenda-se no caso de deslocamento do eixo do bueiro do leito


natural executar o preenchimento da vala com pedra de mão ou “rachão” para proporcionar
o fluxo das águas de infiltração ou remanescentes da canalização do talvegue.

Após a regularização do fundo da grota, antes da concretagem do berço, locar a obra com
a instalação de réguas e gabaritos, que permitirão materializar no local, as indicações de
alinhamento, profundidade e declividade do bueiro.

O espaçamento máximo entre réguas será de 5m, permissíveis pequenos ajustamentos das
obras, definidas pelas Notas de Serviço, garantindo adequação ao terreno.

A declividade longitudinal do bueiro deverá ser contínua e somente em condições


excepcionais permitir descontinuidades no perfil dos bueiros.

No caso de interrupção da sarjeta ou da canalização coletora, junto ao acesso, instalar


dispositivo de transferência para o bueiro, como: caixa coletora, caixa de passagem ou outro
indicado.

A escavação das cavas será feita em profundidade que comporte a execução do berço,
adequada ao bueiro selecionado, por processo mecânico ou manual.

A largura da cava deverá ser superior à do berço em pelo menos 30cm para cada lado, de
modo a garantir a implantação de fôrmas nas dimensões exigidas.

Havendo necessidade de aterro para alcançar a cota de assentamento, o lançamento, sem


queda, do material será feito em camadas, com espessura máxima de 15cm.

Deve ser exigida a compactação mecânica por compactadores manuais, placa vibratória ou
compactador de impacto, para garantir o grau de compactação satisfatório e a uniformidade
de apoio para a execução do berço.

Após atingir o grau de compactação adequado, instalar formas laterais para o berço de
concreto e executar a porção inferior do berço com concreto de resistência (fckmin > 15
MPa), com a espessura de 10cm.

Somente após a concretagem, acabamento e cura do berço serão feitos a colocação,


assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia, traço 1:4, em
massa.

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A complementação do berço compreende o envolvimento do tubo com o mesmo tipo de


concreto, obedecendo à geometria prevista no projeto-tipo e posterior reaterro com
recobrimento mínimo de 1,5 vezes o diâmetro da tubulação, acima da geratriz superior da
canalização.

U.3.5.2 Execução de bueiros de greide com tubos de concreto


Para a execução de bueiros de greide com tubos de concreto deverá ser adotada a seguinte
sistemática:

Interrupção da sarjeta ou da canalização coletora junto ao acesso do bueiro e execução do


dispositivo de transferência para o bueiro, como: caixa coletora, caixa de passagem ou outro
indicado.

Escavação em profundidade que comporte o bueiro selecionado, garantindo inclusive o


recobrimento da canalização.

Compactação do berço do bueiro de forma a garantir a estabilidade da fundação e a


declividade longitudinal indicada.

Execução da porção inferior do berço com concreto de resistência (fckmin > 15 MPa), com
a espessura de 10cm.

Colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia, traço


1:4, em massa.

Complementação do envolvimento do tubo com o mesmo tipo de concreto, obedecendo a


geometria prevista no projeto e posterior reaterro com recobrimento mínimo de 1,5 vezes o
diâmetro da tubulação acima da geratriz superior da canalização.

U.3.5.3 Execução de bueiros com tubos metálicos


Para a execução de bueiros metálicos serão adotados procedimentos semelhantes aos
recomendados, não aplicados no que diz respeito a rejuntamento, quando serão adotadas
as recomendações dos fabricantes, atendidas às prescrições da DNIT 024/2004 - ES.

U.4 MANEJO AMBIENTAL

Durante a construção das obras deverão ser preservadas as condições ambientais exigindo-
se, entre outros os seguintes procedimentos:
a) Todo o material excedente de escavação ou sobras deverá ser removido das
proximidades dos dispositivos, evitando provocar o seu entupimento.
b) O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido
para os cursos d'água, de modo a não causar assoreamento.
c) Nos pontos de deságüe dos dispositivos deverão ser executadas obras de proteção,
para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água.

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d) Durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário de


equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração.
e) Caberá à Fiscalização definir, caso não previsto em projeto, ou alterar no projeto, o
tipo de revestimento a adotar nos dispositivos implantados, em função das condições locais.
f) além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomendações da DNER-
ISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes à captação, condução e despejo das
águas superficiais ou sub-superficiais.

U.5 INSPEÇÃO

U.5.1 Controle dos insumos


O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acordo com as normas
NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97.

Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto


e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às
especificações respectivas.

Os tubos de concreto serão controlados através dos ensaios preconizados na norma NBR
8890/03.

Para cada partida de tubos não rejeitados na inspeção, serão formados lotes para
amostragem, correspondendo cada lote a grupo de 100 a 200 unidades.

De cada lote serão retirados quatros tubos a serem ensaiados. Dois tubos serão submetidos
a ensaio de permeabilidade de acordo com a norma NBR 8890/03.

Dois tubos serão ensaiados à compressão diametral e submetidos ao ensaio de absorção


de acordo com a norma NBR 8890/03.
O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com as normas NBR NM 67/98 e
NBR NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umidade dos agregados na
execução da primeira amassada do dia, após o reinício dos trabalhos desde que tenha
ocorrido interrupção por mais de duas horas e cada vez que forem moldados corpos-de-
prova e na troca de operadores.

U.5.2 Controle da produção (execução)


O controle qualitativo dos dispositivos será feito de forma visual avaliando-se as
características de acabamento das obras executadas, acrescentando-se outros processos
de controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.
Da mesma forma, será feito o acompanhamento das camadas de embasamento dos
dispositivos, acabamento das obras e enchimento das valas.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao controle fixado pelos
procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

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U.5.3 Verificação do produto


O controle geométrico da execução das obras será feito através de levantamentos
topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em Notas de Serviço com as


quais será feito o acompanhamento.

As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das indicadas no projeto
de mais de 1%, em pontos isolados.

Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no intervalo de ± 10% em


relação à espessura de projeto.

U.5.4 Condições de conformidade e não conformidade


Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão
realizados de acordo com o Plano da Qualidade, devendo atender às condições gerais e
específicas dos itens U.3 e U.4 esta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias,


adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck – não-conformidade;


fck, est ≥ fck – conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.


fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos


de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os
procedimentos para o tratamento das não-conformidades dos insumos, da produção e do
produto.

U.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes critérios:


a) Os bueiros celulares de concreto serão medidos pelo seu comprimento
determinado em metros, acompanhando as declividades executadas, incluindo o
fornecimento e colocação de materiais, bem como, a mão-de-obra e respectivos encargos,
equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à sua execução.
b) No caso de utilização de dispositivos pontuais acessórios, como caixas coletoras
ou de passagem, as obras serão medidas por unidade, cujas quantidades foram
estabelecidas nos projetos específicos.
c) Nas medições dos demais dispositivos serão determinadas, em cada piquete, a

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largura, a profundidade total e a classificação do material escavado, cubando-se o volume


total.
d) Na medição dos serviços, de acordo com as indicações das alíneas “b” e “c”, estão
incluídos a mão de obra, materiais, transportes e encargos necessários à execução dos
serviços.

V. TUBOS DE POLIÉSTER REFORÇADO COM FIBRA DE VIDRO (PRFV) E


POLIOLEFÍNICOS (PE E PP) PARA DRENAGEM EM RODOVIA / DNIT 094/2014-ES

V.1 DEFINIÇÕES

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições a seguir.

V.1.1 Fabricante
Entidade que fabrica os produtos e os fornece ao comprador diretamente ou através de um
fornecedor credenciado.

V.1.2 Fornecedor
Entidade que atua como distribuidor de produtos para o fabricante, podendo o próprio
fabricante atuar como fornecedor de seus produtos.

V.1.3 Diâmetro nominal (DN)


Número que serve para classificar, em dimensão, o elemento de tubulação (tubo, junta,
conexão e acessório). Quando esse número corresponder ao diâmetro interno do tubo, em
milímetros, o produto é classificado como DN/DI, e quando esse número corresponder ao
diâmetro externo do tubo, em milímetros, o produto é classificado como DN/DE.

O diâmetro nominal (DN) não deve ser objeto de medição, nem ser utilizado para fins de
cálculo.

V.1.4 Inspetor
Profissional, representante da Fiscalização, designado para a supervisão dos serviços e
acompanhamento dos ensaios de controle da qualidade, para assegurar que os produtos
cumpram com os requisitos desta norma.

V.1.5 Resina (R)


Polímero insaturado de alto peso molecular, que se apresenta no estado sólido quando não
diluída em estireno.
V.1.6 Junta rígida (JR)
Sistema de união utilizada em tubos, com a capacidade de suportar a ação da pressão
interna mediante os esforços de tensão longitudinal e radial.

V.1.7 Junta elástica (JE)


Sistema de união utilizada em tubos, com a capacidade de suportar as tensões internas de

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ação radial e transferir os esforços de tensão longitudinal para a tubulação.

V.1.8 Resina poliéster (UP) – termofixa


Polímero etilênico insaturado com dois ou mais grupos ésteres, diluído em um solvente
reativo com insaturações vinílicas. O polímero é curado através de interligações obtidas por
meio de um mecanismo de cura iniciado por radicais livres, assim como catalisadores
peróxidos e calor.

V.1.9 Resina epóxi (RE) – termofixa


Polímero que contem dois ou mais anéis triangulares, cada um consistente de um átomo de
oxigênio e dois carbonos. O polímero é curado por interligações com um endurecedor tipo
amina ou tipo anidro, com ou sem calor, catalisador ou ambos.

V.1.10 Resina éster-vinílica (VER) – termofixa


Polímero resultante de modificações químicas na estrutura inicial de epóxi, adicionando-se
duplas ligações vinílicas ao agrupamento éster.

V.1.11 Tubo de PRFV


Tubo constituído de um alinhamento de resina termoplástica ou termofixa, dotado de uma
estrutura externa reforçada com fibras de vidro impregnadas com resina termofixa curada.
A estrutura composta pode conter agregados, elementos granulares, escamas de vidro,
agentes tixotrópicos e pigmentos ou corantes. O tubo de PRFV deve atender em seu fabrico
e aplicação às prescrições da norma NBR 15536-2:2007.

V.1.12 Tubo de PE
Tubo constituído de polímero base de polietileno, formado por mais de uma parede, sendo
a parede interna lisa e a parede externa corrugada ou lisa, podendo ser perfurado ou não.

V.1.13 Tubo de PP
Tubo constituído de polímero base de polipropileno formado por mais de uma parede, sendo
a parede inter-na lisa e a parede externa corrugada ou lisa, podendo ser perfurado ou não.

V.2 CONDIÇÕES GERAIS

V.2.1 Sistema de classificação de tubos

V.2.1.1 Rigidez Anelar dos tubos (Nominal Ring Stiffness - SN)


A Rigidez Anelar (SN) dos tubos de PRFV, PE e PP, também referida como Classe de
Rigidez (CR), deve estar de acordo com os valores especificados na subseção V.3.9.

Define-se Rigidez Anelar teórica, como:

SN (CR) = EI / D3

Onde:

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SN (CR) = Rigidez Anelar (Classe de Rigidez), em KPa.


E = Módulo de elasticidade do material, em KPa.
I = Momento de inércia da seção transversal do tubo, por unidade de comprimento, expresso
em m4 /m ou m³:
D = diâmetro médio do tubo, em metros.

Para tubos de parede maciça (sólida), o momento de inércia é calculado de acordo com a
seguinte fórmula:

I = e3 / 12

Onde:

e = espessura da parede do tubo, em metros;

Para tubos de parede estruturada (não maciça), o momento de inércia deve ser fornecido
pelo fabricante, com base no perfil da seção transversal do tubo.

A Classe de Rigidez é definida levando-se ainda em conta as condições de assentamento e


trabalho da tubulação, conforme especificado pela norma NBR 10848:1988.

V.2.1.2 Classe de Pressão Hidrostática para tubos PRFV


As classes de pressões hidrostáticas padrão para tubos de PRFV, expressa em MPa, são:
0,2; 0,4; 0,6; 0,8; 1,0; 1,2; 1,6; 2,0; 2,5 e 3,2. O uso desta norma pode estender sua aplicação
a outras classes de pressão. A classe de pressão (Pc) referida é a máxima pressão
hidrostática suportada pelo tubo na ausência de outras solicitações.

Para especificação da classe de pressão o projetista deve levar em consideração duas


restrições:

a) Pc ≥ Pt
b) Pc ≥ [(Pt + Ps)/1,4]

Onde:

Pt = pressão de trabalho, em MPa;


Ps = sobrepressão, em MPa.

V.2.2 Materiais dos tubos


As matérias primas utilizadas (resinas, reforços, corantes, cargas e outros materiais),
quando se combinam para formar uma estrutura composta, devem permitir a produção de
tubulações que atendam aos requisitos desta norma.

A composição das matérias primas utilizadas na produção de tubos que são empregados no
transporte de águas pluviais, devem estar em conformidade com as exigências da legislação

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vigente e não podem alterar as características básicas do líquido transportado.

No caso dos tubos PRFV com liner termoplástico, o composto do liner deve ser de policloreto
de vinila (PVC), na cor branca e atender aos requisitos especificados pela norma NBR
7665:2007, para aspecto visual, efeito sobre água, temperatura de amolecimento vicat,
densidade, estabilidade dimensional, teor de cinzas e resistência ao impacto. A evidência
quanto ao atendimento a esses requisitos deve ser apresentada pelo fabricante do liner, que
deverá, quando exigido, apresentar os registros quanto a esses requisitos.

As guarnições, lubrificantes e adesivos devem atender ou estar em conformidade com as


exigências definidas nesta norma.

Tubos com características diferentes de rigidez anelar (classe de rigidez), classe de pressão
hidrostática e/ou comprimento de fornecimento especificadas nesta norma deverão ser
objeto de acordo prévio entre o fabricante/fornecedor, o construtor, e a Fiscalização, e estar
de acordo com os demais requisitos especificados por esta norma.

V.2.3 União dos tubos


A escolha de um sistema de união ou juntas dependerá de sua aplicação em situação
específica, podendo ser dividida em três grupos:
a) no primeiro grupo os sistemas de união são desenvolvidos para tubos enterrados,
contando com o atrito integral do solo para garantir a estanqueidade e flexibilidade. Este tipo
de união é denominado junta elástica deslizante;
b) no segundo grupo os sistemas de união, denominados por juntas rígidas, são
projetados para oferecer resistência às solicitações longitudinais do tubo, além da
estanqueidade;
c) no terceiro grupo encontram-se os sistemas de união mistos, do tipo ponta e bolsa
com vedação de borracha, porém com restrições ao deslocamento longitudinal do tubo,
também denominado junta elástica travada.

As juntas elásticas das tubulações devem ser montadas segundo as normas NBR 15536-
3:2007, para tubos PRFV, e ISO 21138-1:2007, para tubos PE e PP, e recomendações do
fabricante.

Quaisquer que sejam os sistemas de união utilizados, eles devem garantir a estanqueidade
ao fluido, ao longo da vida útil da tubulação, segundo as condições de operação. Os tipos
de união mais usuais estão descritos nas subseções V.2.3.1 a V.2.3.4.

V.2.3.1 Anel de borracha


O anel de borracha é um elemento flexível, especialmente projetado para garantir a
estanqueidade do sistema de união por junta elástica ao longo de toda a vida útil da
tubulação, garantindo que o anel não seja deslocado do seu alojamento durante o processo
de montagem e que não seja ultrapassado o limite de deformação permissível de longa
duração na condição mais desfavorável.

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Os anéis de borracha devem ser produzidos com elastômero compatível com o fluido a ser
transportado e devem ter gravados a identificação do fabricante e o DN, garantida a
compatibilidade entre o anel e o tubo.

Os anéis de borracha devem estar em conformidade com os requisitos especificados nas


normas NBR 15536-4:2007e ISO 21138-3:2007.

V.2.3.2 Junta elástica para tubos PRFV - tipo Reka


Este sistema, mostrado na Figura 1, é composto por uma luva de acoplamento tipo junta
elástica, dotada de dois anéis de vedação nas extremidades da luva (Figura 1a) ou anel
integrado (Figura 1b). Em cada uma das extremidades das barras de tubos a serem unidos
é acoplado um lado da luva Reka. Depois de montada, a luva passa a funcionar como uma
bolsa.

V.2.3.3 Junta elástica para tubos PE e PP - ponta / bolsa


Este sistema, mostrado na Figura 2, é composto por junta elástica (JE) constituída pela ponta
de um tubo, uma bolsa (podendo ser proveniente do próprio tubo ou de uma conexão) e anel
de vedação, alojado entre nervuras, montado de forma deslizante.

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V.2.3.4 União de topo PRFV com laminado de recobrimento (JR-LT)

V.2.4 Conexões
As conexões de PRFV, PE e PP devem ser fabricadas com diâmetros nominais e respectivas
tolerâncias, conforme especificado nas normas da ABNT e ISO.

V.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

V.3.1 Caracterização do produto


No caso de tubulações PRFV, o fabricante deve fornecer um memorial descritivo da
tubulação a ser fornecida, onde deve constar, no mínimo, os seguintes parâmetros:
espessura do tubo, espessura de parede do reforço interno e externo, espessura da barreira
química e liner, número de camadas, teor de fibra de vidro, teor e tipo de resina, orientação
das fibras de vidro (ângulo de enrolamento), comprimento de montagem, tipo de junta a ser
empregada e recomendações de montagem.

Quando disponível, também deverá constar neste memorial descritivo a resistência à


pressão hidrostática interna de longa duração (HDB) e deformação por compressão radial
(ovalizaçao) de longa duração (Sb), com base nas exigências estabelecidas nas normas
NBR 7969:1983 e NBR 7970:1983.

No caso de tubulações PE e PP, o fabricante deve fornecer um memorial descritivo da


tubulação a ser fornecida, onde deve constar, no mínimo, os seguintes parâmetros:
espessura da parede interna do tubo, rigidez anelar nominal do tubo (SN), comprimento de
montagem, tipo de junta a ser empregada e recomendações de montagem.

V.3.2 Aspectos visuais


Os tubos e conexões devem se apresentar livres de defeitos como: rebarbas, delaminações,
bolhas, incrustações, furos, fissuras e trincas, que devido à sua natureza, grau ou extensão
afetem o desempenho do produto ou possam prejudicar sua conformidade aos requisitos
das seções V.2 e V.3. No caso de tubos PRFV, também não são admitidos defeitos como:
ressaltos, cavidades, pites ou áreas ou pontos secos de resina.

As extremidades de ponta dos tubos PRFV devem ser chanfradas com ângulo de (30 ± 2)°,

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conforme ilustrado na Figura 4. Deve ser realizado um acabamento superficial com resina
na região chanfrada e a extremidade inferior do chanfro deve estar acima da extremidade
superior do liner (o liner não deve ser cortado na execução do chanfro).

Após acordo prévio entre o fabricante, o construtor e a Fiscalização, os tubos e as conexões


podem ser reparados, a fim de remover imperfeições de superfície e defeitos localizados
que não afetem a espessura da parede, desde que os tubos, uniões e conexões reparados
atinjam a conformidade com todos os requisitos desta norma.

V.3.3 Marcação
O fabricante deve adotar uma identificação a ser aplicada no tubo que seja legível e
indelével, para atender às práticas de manuseio e instalação. Esta norma determina as
informações mínimas de identificação que deve conter o tubo:
a) diâmetro nominal interno (DN/DI) ou externo (DN/DE);
b) classe de pressão, em MPa (para tubos PRFV, quando aplicável);
c) classe de rigidez (CR), em N/m², ou rigidez anelar nominal (SN), em KPa;
d) código de rastreabilidade do produto;
e) identificação do fabricante;
f) número da norma;
g) finalidade de utilização.

V.3.4 Dimensões dos tubos

V.3.4.1 Diâmetros
Os tubos PE e PP devem ser fabricados com diâmetros nominais (DN) citados na tabela 5
e com as respectivas tolerâncias indicadas nas normas ISO 21138-3, AASHTO M 294-13 ou
AASHTO M 330-13. Outros diâmetros nominais para tubos PE e PP podem ser
especificados, desde que o tubo atenda aos demais requisitos especificados nesta norma.

Os tubos PRFV devem ser fabricados com diâmetros nominais e respectivas tolerâncias,
conforme especificado na norma NBR 15536-2:2007.

V.3.4.2 Comprimentos
O comprimento total de barra de tubo deve ser de no mínimo 6 metros. Outros comprimentos
totais, como 3, 9 e 12 metros, podem ser fornecidos desde que acordados previamente entre
fabricante e o construtor.

O comprimento útil (de montagem) e sua tolerância devem ser fornecidos pelo fabricante do

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tubo. A verificação do comprimento útil é apresentada na figura 5.

V.3.4.3 Espessura de parede


A espessura média de parede do tubo não deve ser menor que a espessura nominal indicada
pelo fabricante e a espessura mínima, em qualquer ponto, não deve ser inferior a 95% da
espessura nominal.

V.3.4.4 Ovalização dos tubos PRFV


A ovalização do tubo deve ser inferior ou igual aos valores apresentados na Tabela 1 a
seguir.

V.3.5 Verificação da estanqueidade (somente aplicável para juntas estanques)


A junta de tubulação PRFV não deve apresentar rupturas, furos, vazamentos ou
exsudações, quando ensaiados à temperatura ambiente. Nesses ensaios deve ser mantida
uma pressão igual a duas vezes a classe de pressão durante 30 segundos.

A junta de tubulações PE e PP não deve apresentar vazamentos, quando ensaiadas de


acordo com os parâmetros das normas ISO referenciadas.

V.3.6 Deformação por compressão circunferencial de longa duração para tubos


PRFV

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O ensaio de resistência à compressão circunferencial (ovalização) deve ser feito às


expensas do construtor ou do fabricante e de acordo com as normas da ABNT.

V.3.7 Resistência à tração circunferencial para tubos PRFV


No ensaio de tração circunferencial o corpo de prova deve atingir ou exceder o mínimo
esforço circunferencial requerido por unidade de comprimento calculado pelas equações
Eq1 e Eq2, adotando-se o maior dos valores.

Se utilizado o método A, a velocidade do ensaio deve ser de (12,0 ± 0,5) mm/min.

Eq1: F = Si/Sr x (P x r)
Eq2: F = 4,0 x (P x r)

Onde:

F = mínima força circunferencial requerida por unidade de comprimento, em KN/m².


Si = tensão circunferencial inicial de ruptura, em KN/m².
Sr = tensão circunferencial na classe de pressão, em KN/m².
P = classe de pressão especificada, em KN/m².
r = raio médio do tubo, em metros, em que:
r = (De - e) / 2

Os valores de Si e Sr devem ser estabelecidos por meio do ensaio de pressão hidrostática


de longa duração. O valor de Si deve ser obtido de regressão para o nível inferior de
confiança de 95%.

O valor de Sr é determinado pela tensão circunferencial calculada para a classe de pressão


do tubo.

V.3.8 Resistência à tração axial para tubos PRFV


O ensaio de resistência à tração axial deve ser feito às expensas do construtor ou do
fabricante, de acordo com as prescrições da norma NBR 7969:1983, devendo apresentar
alongamento médio mínimo de 0,25 % na ruptura e a força axial por unidade de comprimento
circunferencial na ruptura deve atingir ou exceder os valores de resistência à tração axial
apresentados na Tabela 2.

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V.3.9 Determinação da classe de rigidez (CR) ou rigidez anelar nominal (SN)

V.3.9.1 Classe de rigidez de tubos PRFV


A Classe de Rigidez (CR) deve ser determinada pela medição da rigidez na deformação
diametral de 5% do diâmetro médio do corpo de prova, respeitando-se os valores
especificados nas Tabelas 3 e 4. A classe de rigidez do tubo será o máximo valor
especificado na Tabela 3 e que seja inferior ao mínimo valor atingido pela amostra, quando
ensaiada. O uso desta norma pode ter sua aplicação estendida a outras classes de rigidez.

Determinada a classe de rigidez, os corpos de prova devem suportar os níveis de


deformação diametral apresentados na Tabela 4 sem apresentar falhas, como especificado
para cada nível:

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a) Nível A - os corpos de prova não devem apresentar evidências visuais, a olho nu,
de fissuras, fendas ou ruptura das superfícies interna e externa;
b) Nível B - os corpos de prova não devem apresentar evidências visuais, a olho nu,
de dano estrutural da parede, tais como: separação interlaminar, ruptura do reforço de fibra
de vidro e fratura ou colapso da parede do tubo.

V.3.9.2 Rigidez anelar nominal de tubos PE e PP


A rigidez anelar nominal ou classe de rigidez dos tubos PE e PP deve ser determinada de
acordo com o método de ensaio da norma ISO 9969:2007, respeitando-se os valores
especificados na Tabela 5. A classe de rigidez do tubo será o máximo valor especificado e
que seja inferior ao mínimo valor atingido pela amostra quando ensaiada.

V.3.10 Ensaio de resistência à compressão axial para tubos PRFV


O ensaio deve ser realizado nas situações previstas na subseção V.3.11, podendo-se utilizar
o método A ou o Método B, considerando que:

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a) O método A pode ser utilizado para quaisquer diâme-tros. Nesse método os corpos
de prova devem atingir ou exceder a mínima força de compressão axial especifica-da na
Tabela 6 e atender ao requisito de tração axial especificado na subseção V.3.8;
b) O método B pode ser utilizado para tubos com diâme-tros nominais até 700 mm,
sendo que os corpos de prova devem suportar, sem ruptura, a ação simultânea da carga de
viga listada na Tabela 7.

V.3.11 Ensaios de qualificação de projeto


Os ensaios de resistência a compressão axial e verificação da estanqueidade da junta são
ensaios de qualificação do projeto dos tubos. Os ensaios de qualificação devem ser
realizados uma única vez para os novos projetos e devem ser revalidados quando houver
mudança significativa no projeto do produto. Considera-se que ocorre uma mudança
significativa quando a resistência à tração axial, determinada conforme subseção V.3.8,
sofrer um decréscimo maior que 15%.

O ensaio de verificação da estanqueidade da junta deverá ser revalidado no caso de


quaisquer alterações nas dimensões do sistema de junta dos tubos de PRFV, PE ou PP. Os
ensaios de verificação do desempenho de juntas elásticas para tubos PRFV deve ser
realizados em conformidade com a norma NBR 10571:1988.

O construtor também deve realizar os ensaios de resistência à pressão hidrostática interna


de longa duração e deformação por compressão circunferencial de longa duração na
qualificação do projeto dos tubos de PRFV.

V.4 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO

V.4.1 Considerações gerais


A inspeção de recebimento do produto acabado deve ser feita na fábrica para os exames
visuais, dimensionais e para o ensaio de verificação da estanqueidade dos tubos, podendo,
entretanto, ser realizada em outro local que reúna os recursos indicados para realização da
inspeção para os demais ensaios, conforme acordo prévio entre construtor, fabricante e o
inspetor, tomando-se por base a norma NBR 5426:1985.

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Nas inspeções realizadas, o fabricante deve colocar à disposição da Fiscalização os


laboratórios, equipamentos e pessoal especializado para a execução dos ensaios/exames
de inspeção. Neste caso, todos os equipamentos utilizados deverão estar devidamente
calibrados, devendo estar disponíveis os respectivos certificados de calibração e estar em
conformidade com os equipamentos exigidos por esta norma, em função dos
ensaios/exames a serem realizados. No caso dos tubos com liner de PVC o fabricante deve
manter e colocar à disposição os registros dos ensaios dos tubos de PVC utilizados com o
liner, conforme especificado.

A Fiscalização deve ser avisada com uma antecedência mínima de 10 (dez) dias, da data
na qual devem ter início as operações de recebimento.

V.4.2 Definição da unidade de produto


A inspeção de recebimento dos tubos de PRFV, PE e PP limita-se ao produto acabado,
devendo ser efetuada em fornecimentos de mesmo diâmetro nominal, mesma classe de
pressão e mesma classe de rigidez, produzidos em série, sob mesmas condições.

A unidade de compra dos tubos de PRFV, PP e PE é o metro (m) e a unidade para fins de
amostragem é a barra (quantitativo). A metragem de cada amostra deve ser suficiente para
permitir a realização dos ensaios previstos na inspeção de recebimento.

V.4.3 Amostragem
De cada lote formado devem ser retiradas as amostras de forma representativa, sendo a
escolha por parte do inspetor aleatória e não intencional.

V.4.3.1 Exames visual e dimensional


a) De cada lote são separadas amostras para exame dimensional, de marcação e
visual, com a amostragem estabelecida na Tabela 8.
b) A inspeção de lotes com tamanho inferior a 16 unidades deve ser objeto de acordo
prévio entre construtor, fabricante e o inspetor.

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V.4.3.2 Ensaios destrutivos

a) Os tubos aprovados nos exames visual e dimensional devem ser submetidos aos
ensaios de classe de rigidez/rigidez anelar nominal, estanqueidade, tração axial
circunferencial, conforme plano de amostragem estabelecido na Tabela 9;
b) A inspeção de lotes com tamanho inferior a 16 unidades deve ser objeto de acordo
prévio entre construtor, fabricante/fornecedor e a Fiscalização. A critério do inspetor o ensaio
de estanqueidade pode ser efetuado em apenas 3 amostras, independente do tamanho do
lote.

V.4.4 Aceitação e rejeição dos lotes


Na inspeção de recebimento, a aceitação ou a rejeição dos lotes inspecionados deve ser
conforme o que segue.

Se uma barra apresentar um defeito, para fins de aceitação e rejeição deve ser considerada
uma unidade defeituosa.

V.4.4.1 Inspeção – Plano de amostragem simples


a) Na amostragem simples, aplicada aos ensaios destrutivos, o lote deve ser
considerado aceito se o número de amostras defeituosas (aquelas que contêm uma ou mais
não conformidades) for igual ou inferior ao número de aceitação;
b) O lote deve ser rejeitado se o número de amostras defeituosas for igual ou superior
ao número de rejeição.

V.4.4.2 Inspeção – Plano de amostragem dupla


a) Na amostragem dupla, aplicada aos exames dimensionais e visuais, se o número
de unidades defeituosas encontrado na primeira amostragem for igual ou menor do que o
primeiro número de aceitação, o lote deve ser considerado aceito;
b) Se o número de unidades defeituosas for igual ou maior do que o primeiro número
de rejeição, o lote deve ser rejeitado;
c) Ainda na primeira amostragem, se o número encontrado for maior do que o primeiro
número de aceitação e menor do que o primeiro número de rejeição, uma segunda
amostragem de tamanho indicado pelo plano de amostragem deve ser retirada;
d) As quantidades de unidades defeituosas encontradas na primeira e na segunda
amostragem devem ser acumuladas;

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e) Se a quantidade acumulada de unidades defeituosas for igual ou menor que o


segundo número de aceitação, o lote deve ser aceito;
f) Se a quantidade acumulada de unidades defeituosas for igual ou maior do que o
segundo número de rejeição, o lote deve ser rejeitado.

V.4.5 Relatório de resultado de inspeção


Para cada lote inspecionado, deve ser elaborado um relatório que deve conter, no mínimo,
o seguinte:
a) identificação completa do lote;
b) quantidade de tubos fornecidos;
c) unidade de produto adotada;
d) tamanho do lote calculado;
e) declaração sobre a situação do lote em relação às especificações desta norma.

V.5 CONDIÇÕES DE CONFORMIDADE E NÃO CONFORMIDADE

Os tubos de PRFV, PE ou PP podem ser considerados em conformidade com esta Norma


se, depois de inspecionados conforme seção V.4, apresentarem resultados que satisfaçam
a todos os requisitos estabelecidos nas seções V.2 e V.3; caso o material não atenda aos
requisitos estabelecidos deve ser rejeitado.

X. DRENOS SUBTERRÂNEOS / DNIT 015/2006-ES

X.1 DEFINIÇÕES

X.1.1 Drenos subterrâneos


Dispositivos instalados nas camadas subsuperficiais das rodovias, em geral no subleito, de
modo a permitir a captação, condução e deságue das águas que se infiltram pelo pavimento
ou estão contidas no próprio maciço e que, por ação do tráfego e carregamento,
comprometem a estrutura do pavimento e a estabilidade do corpo estradal.

Quanto à forma construtiva, os drenos poderão ser cegos ou com tubos e, devido à pequena
profundidade, podem ser também designados como drenos rasos; recebem, ainda,
designações particulares como dreno transversal ou dreno longitudinal de base.

A parte do dispositivo que exerce a função de captação em um sistema de drenagem


subterrânea pode ser constituída por drenos cegos ou drenos tubulares, neste último caso
utilizando tubos dreno em polietileno de alta densidade - PEAD - corrugados perfurados ou
tubos dreno em concreto perfurado ou poroso.

O conjunto de captação em um dreno é constituído basicamente pelos seguintes


componentes: material filtrante, material drenante e condutor tubular, conforme ilustrado na
figura a seguir:

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A parte da canalização que exerce a função de condução a partir do conjunto de captação


até o deságue em um sistema de drenagem subterrânea pode ser constituída por drenos
cegos ou tubos condutores não perfurados de PVC, PEAD, PRFV ou Concreto.

X.1.2 Dreno cego


Dreno profundo constituído de cava e material de enchimento adequado de forma a
possibilitar o fluxo intersticial, desprovido de condutores tubulares.

O material filtrante poderá ser constituído de geotêxtil não tecido, ou areia que satisfaça a
granulometria indicada no projeto.

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NOTA: dimensões “a”, “b”, “c” e “d” conforme orientações do Álbum de Projetos-tipos de
Dispositivos de Drenagem ou outras detalhadas no projeto.

X.2 CONDIÇÕES GERAIS

Os drenos subterrâneos devem ser implantados durante o acabamento da terraplanagem,


de modo a favorecer as condições construtivas.

Os drenos cegos poderão ser executados sob a forma de trincheira ou colchão, de acordo
com as recomendações de projeto, adequando-se às condições geométricas e inclinação
da área a ser esgotada.

Os drenos verticais de areia ou geossintéticos, cuja implantação é recomendada para os


processos especiais de estabilização de maciço ou de camadas de terraplanagem, passíveis
de deformações por ruptura ou adensamento, serão tratados em especificação própria,
decorrente de indicação dos estudos geotécnicos.

Quando os alinhamentos forem muito longos, com extensões superiores a 80m, tornando
extremamente complexa a limpeza dos drenos, mesmo por meio de processos mecânicos,
deverá ser executadas caixas de passagem para permitir a limpeza dos drenos e facilitar
sua manutenção.

Somente poderá ser realizado o fechamento das valas após a vistoria dos drenos instalados
e a comprovação da sua operacionalidade, devendo ser mantido, durante todo o tempo da
construção, o tamponamento dos tubos e a proteção das camadas intermediárias, para
impossibilitar o entupimento das canalizações e a colmatação do material permeável.

No caso de colchões drenantes ou drenos cegos, quando serão utilizadas camadas de


materiais com granulometria definida, não será permitida a mistura com materiais diferentes,
de modo a garantir-se a permeabilidade de projeto, devendo tais materiais serem
armazenados e depositados em pilhas ou em baias que impeçam sua contaminação.

Os dispositivos considerados nesta Norma abrangem aqueles integrantes do Álbum de


projetos-tipo de dispositivos de drenagem do DNER ou outros detalhados no projeto.

X.3 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

X.3.1 Materiais
Os materiais utilizados na implantação dos drenos subterrâneos deverão satisfazer às
exigências dos projetos específicos e às normas vigentes da ABNT e do DNIT, tanto no que
se refere aos tubos, quanto aos materiais usados para o envolvimento dos drenos, filtros,
geotêxteis não tecido e processos construtivos.

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X.3.1.1 Tubos dreno perfurados


Os tubos perfurados para drenos subterrâneos poderão ser corrugados de polietileno de alta
densidade – PEAD ou lisos de concreto, com dimensões e características de resistência
indicados no projeto, devendo satisfazer às especificações contidas no item 2 (Referências
Normativas) desta Norma.

X.3.1.1.1 Tubos dreno corrugados de polietileno de alta densidade – PEAD


Os tubos dreno PEAD deverão satisfazer aos requisitos impostos pelas especificações de
materiais DNIT 093/2006 - EM: Tubo Dreno Corrugado de Polietileno de Alta Densidade
(PEAD) para Drenagem Rodoviária citada no item 2 (Referências Normativas) desta Norma.

X.3.1.1.2 Tubos dreno perfurados de concreto ou de cerâmica


Os tubos dreno perfurados de concreto ou de cerâmica deverão satisfazer aos requisitos
impostos pelas especificações de materiais da ABNT citadas no item 2 (Referências
Normativas) desta Norma.

X.3.1.2 Tubos coletores (não perfurados)

X.3.1.2.1 Tubos coletores de policloreto de vinila - PVC, polietileno de alta densidade


- PEAD ou Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro – PRFV
Quando forem utilizados os tubos de PVC ou PEAD, que poderão ser rígidos ou flexíveis e
deverão atender às Normas NBR 7362, 7367/88, ABPE E/009, DNIT 094/2006 - EM e/ou
NBR 7362. Os tubos coletores de PVC poderão utilizar conexões elásticas ou rosqueadas,
desde que seja garantida a estanqueidade ou rigidez da conexão. Os tubos PEAD poderão
utilizar conexão elástica com bolsa luva externa de modo a não comprometer a seção interna
do tubo.

X.3.1.2.2 Tubos coletores de concreto ou de cerâmica


Os tubos coletores de concreto ou cerâmica deverão satisfazer aos requisitos impostos pelas
especificações de materiais da ABNT citadas no item 2 (Referências Normativas) desta
Norma.

X.3.1.2.3 Tubos coletores de metal


Quando forem utilizados tubos metálicos de ferro fundido, estes deverão atender à Norma
NBR 8161/83.

X.3.1.3 Tubos porosos de concreto

Os tubos porosos de concreto deverão ter seção circular, com circunferências concêntricas,
interna e externamente, e encaixe do tipo macho e fêmea. Os tubos deverão atender às
condições de resistência e porosidade prescritas no item 5.1.4, e não apresentar defeitos
geométricos ou estruturais.

X.3.1.4 Tubos de concreto de cimento


Os tubos a serem utilizados na construção dos drenos poderão ser construídos no canteiro

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das obras ou adquiridos em indústrias próximas, sendo exigíveis, em ambos os casos, todos
os procedimentos de controle e acompanhamento do processo construtivo, de acordo com
o que dispõe a norma NBR 8890/03, para tubos de concreto armado, além de outros
procedimentos, entre os relacionados adiante.

A resistência à ruptura e à permeabilidade devem obedecer às indicações da Tabela 1.

Os resultados individuais dos diversos ensaios, para cada diâmetro de tubo e para cada
carregamento, ou inspeção na fábrica, deverão ser tabulados separadamente, de modo a
mostrar a porcentagem de falhas em cada caso.

O ensaio de resistência à ruptura será ordinariamente aplicado a não menos que 75% das
unidades fornecidas para ensaio.

Dever-se-á prever amostras para ensaio em quantidade igual ou maior do que 0,5% do
número de tubos de cada diâmetro objeto do pedido. Em nenhum caso serão ensaiadas
menos de duas unidades.

Os tubos serão fornecidos nos diâmetros e dimensões prescritas na Tabela 1.

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Os tubos não deverão apresentar trincas ou fraturas tanto no seu corpo como nas bocas.

Os tubos não deverão apresentar deformações, em alinhamento, de mais de 0,3cm, num


comprimento de 30cm. Os planos das extremidades deverão apresentar se em esquadro
com o eixo longitudinal.

Os tubos estarão sujeitos à inspeção, na fábrica, nos depósitos ou nas valas e, sempre que
possível com inspeção visual após o assentamento, de modo a constatar-se a
estanqueidade e a integridade da tubulação.

O objetivo da inspeção visual será rejeitar os tubos que, independentemente dos ensaios
físicos aqui especificados, não atendam às exigências desta Norma.

X.3.1.5 Material filtrante


O material filtrante deverá satisfazer à granulometria indicada no projeto e, quando não
especificada, às seguintes condições.
a) Solos com mais de 35% passando pela peneira de 0,075mm (nº200):
– material de envolvimento do tubo

– material de enchimento da vala de drenagem:

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b) Solos com menos de 35% passando na peneira de 0,075mm (nº 200):


– material de envolvimento do tubo:

– material de preenchimento da vala de drenagem:

c) O material filtrante para envolvimento e o material de enchimento para os drenos


subterrâneos construídos com tubos porosos de concreto deverão consistir de partículas
limpas, resistentes e duráveis de areia, pedregulho ou pedra britada, isentos de matéria
orgânica, torrões de argila ou outros materiais deletérios. O material filtrante deverá
obedecer à seguinte faixa granulométrica:

d) Os materiais naturais utilizados para execução de camada filtrante poderão ser


substituídos por manta sintética cuja especificação será a recomendada pelo fabricante. A
utilização da manta geotêxtil não tecido (sintética), entretanto, caso não tenha sido
especificada no projeto, deverá ser previamente analisada por meio de estudo específico.

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X.3.1.6 Material de rejuntamento


O material de rejuntamento a ser empregado para tubos de concreto será argamassa de
cimento e areia, no traço de 1:4, em massa, obedecendo ao que dispõe a Especificação
DNER-ES 330/97. O material para junção de tubos dreno de PEAD será a luva de emenda,
conforme detalhado nas especificações de materiais DNIT 093/2006 - EM: Tubo Dreno
Corrugado de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) para Drenagem Rodoviária citada no
item 2 desta Norma.

X.3.2 Equipamentos
Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos locais de
instalação das obras, atendendo ao que dispõem as prescrições específicas para os serviços
similares.

Recomendam-se, no mínimo, os seguintes equipamentos:


a) Caminhão basculante;
b) Caminhão de carroceria fixa;
c) Betoneira ou caminhão betoneira;
d) Motoniveladora;
e) Pá carregadeira;
f) Rolo compactador metálico;
g) Retroescavadeira ou valetadeira;
h) Guinchos ou caminhões com grua ou “Munck”;
i) Serra elétrica para formas.

NOTA: Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado antes do início da execução
do serviço, de modo a garantir condições apropriadas de operação, sem o que não será
autorizada a sua utilização.

X.3.3 Execução
As valas deverão ser escavadas de acordo com a largura, o alinhamento e as cotas
indicados no projeto.

Os tubos de tipo e dimensões requeridas deverão ser assentados em berços,


adequadamente compactados e acabados, de modo a serem preservadas as cotas de
projeto perfeitamente estáveis para o carregamento previsto.

O material de envolvimento dos drenos deverá ser firmemente adensado, adotando-se


compactador vibratório, de modo a garantir a imobilidade dos tubos, as espessuras das
camadas e a perfeita graduação granulométrica dos materiais drenante e filtrante.

As juntas da ponta e da bolsa deverão ser colocadas de modo que as bolsas fiquem voltadas
para o lado ascendente da declividade.

A parte superior da vala deverá então ser preenchida com material argiloso, caso indicado
no projeto, cuidando-se quando da utilização de bases granulares para que haja a

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continuidade de permeabilidade, de modo a favorecer o esgotamento das águas que, por


infiltração, possam ficar retidas na camada.

Todos os materiais de enchimento deverão ser compactados com equipamentos vibratórios


e na umidade adequada para o perfeito adensamento das camadas.

Nas extremidades de saída das valas deverão ser instalados tubos ou terminais, em
conformidade com as indicações do projeto.

X.4 MANEJO AMBIENTAL

Durante a execução dos drenos subterrâneos deverão ser preservadas as condições


ambientais, exigindo-se, entre outros, os seguintes procedimentos:
a) Todo o material excedente de escavação ou sobras, deverá ser removido das
proximidades dos drenos de modo a não provocar a sua colmatagem.
b) O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja conduzido
para os cursos d’água de modo a não causar assoreamento e / ou entupimentos nos
sistemas de drenagem naturais ou implantados em função das obras.
c) Nos pontos de deságüe dos drenos, deverão ser executadas obras de proteção, de
modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d'água.
d) Como em geral as águas subterrâneas afetam os mananciais locais, a Fiscalização
verificará se os posicionamentos, caimentos e deságües dos drenos obedecem ao
projeto.
Caso necessário, em função das condições locais, o projeto poderá ser alterado, de
acordo com a Fiscalização.
e) Especial atenção deverá ser dada à manutenção da estabilidade dos maciços onde
são instalados os drenos subterrâneos. Após a implantação dos dispositivos estes maciços
deverão ser monitorados, para verificação do surgimento de escorregamentos ou
desagregações em função da alteração do nível do lençol freático.
f) Durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego desnecessário de
equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a sua desfiguração.
g) Além destas, deverão ser atendidas, no que couber, as recomendações da DNER
ISA 07- Instrução de Serviço Ambiental, referentes ao escoamento das águas, e proteção
contra a erosão, captação, condução e despejo das águas superficiais ou sub-superficiais.

X.5 INSPEÇÃO

X.5.1 Controle dos insumos


O controle tecnológico do concreto empregado será realizado de acordo com as normas
NBR 12654/92, NBR 12655/96 e DNER-ES 330/97.

Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de concreto,


das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a satisfazer às

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especificações respectivas.

Os tubos de concreto serão controlados por meio dos ensaios preconizados na NBR 8890/03
no que couber, atendidas as recomendações dos fabricantes e especificações particulares.

Para cada partida de tubos de concreto, quando utilizadas grandes quantidades, não
rejeitados na inspeção, serão formados lotes para amostragem, correspondendo cada lote
a grupos de 100 a 200 unidades.

De cada lote serão retirados quatros tubos a serem ensaiados.

Dois tubos serão submetidos a ensaio de permeabilidade de acordo com a NBR 8890/03.

Dois tubos serão ensaiados à compressão diametral e submetidos ao ensaio de absorção


de acordo com a NBR 8890/03.

Os tubos dreno corrugados PEAD deverão ser controlados por meio dos ensaios
preconizados na especificação de material DNIT 093/2006 - EM: Tubo Dreno Corrugado de
Polietileno de Alta Densidade (PEAD) para Drenagem Rodoviária citada no item 2
(Referências Normativas) desta Norma.

Os materiais constituintes das camadas de envolvimento dos drenos e de enchimento das


valas terão suas características granulométricas controladas por meio de ensaios específicos,
seguindo-se a orientação das Especificações de materiais de pavimentação.

X.5.2 Controle da produção (execução)


O ensaio de consistência do concreto será feito de acordo com a NBR NM 67/98 ou a NBR
NM 68/98, sempre que ocorrer alteração no teor de umidade dos agregados na execução da
primeira amassada do dia, após o reinício dos trabalhos desde que tenha ocorrido interrupção
por mais de duas horas, cada vez que forem moldados corpos-de-prova e na troca de
operadores.

O concreto ciclópico, quando utilizado, deverá ser submetido ao controle fixado pelos
procedimentos da norma DNER-ES 330/97.

X.5.3 Verificação do produto


O controle geométrico da execução dos drenos será feito por meio de levantamentos
topográficos, auxiliados por gabaritos para execução das canalizações e acessórios.

Os elementos geométricos característicos serão estabelecidos em Notas de Serviço com as


quais será feito o acompanhamento da execução.

Da mesma forma será feito o acompanhamento das camadas de envolvimento dos drenos e
de enchimento das valas, o acabamento das obras, o reaterro e a compactação das valas.

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O controle qualitativo dos dispositivos será feito de forma visual, avaliando-se as


características de acabamento das obras executadas, acrescentando-se outros processos de
controle, para garantir que não ocorra prejuízo à operação hidráulica da canalização.

As dimensões das seções transversais avaliadas não devem diferir das de projeto em mais
que 1%, em pontos isolados.

Todas as medidas de espessuras efetuadas devem situar-se no intervalo de ± 10% em relação


à espessura de projeto.

X.5.4 Condições de conformidade e não conformidade


Todos os ensaios de controle e verificações dos insumos, da produção e do produto serão
realizados de acordo com o Plano da Qualidade, devendo atender às condições gerais e
específicas dos capítulos X.2 e X.3 desta Norma, respectivamente.

Será controlado o valor característico da resistência à compressão do concreto aos 28 dias,


adotando-se as seguintes condições:

fck, est < fck - não-conformidade;


fck, est ≥ fck - conformidade.

Onde:

fck, est = valor estimado da resistência característica do concreto à compressão.


fck = valor da resistência característica do concreto à compressão.

Os resultados do controle estatístico serão analisados e registrados em relatórios periódicos


de acompanhamento de acordo com a norma DNIT 011/2004-PRO, a qual estabelece os
procedimentos para o tratamento das não conformidades dos insumos, da produção e do
produto.

X.6 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes critérios:


a) Os dispositivos serão medidos pelo seu comprimento, determinados em metros
acompanhando as declividades executadas, incluindo fornecimento e colocação de materiais,
mão-de-obra e encargos, equipamentos, ferramentas e eventuais necessários à sua
execução.
b) No caso de utilização de dispositivos pontuais acessórios, como caixas coletoras ou
de passagem, as obras serão medidas por unidade, de acordo com as especificações
respectivas.
c) Deverão ser medidas as escavações necessárias à implantação destes dispositivos,
pela determinação do tipo e do volume de material, expresso em metros cúbicos.

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Z. LIMPEZA E DESOBSTRUÇÃO DE DISPOSITIVOS DE DRENAGEM

A rotina de inspeção da situação do solo deverá estar associada às rotinas de inspeção dos
dispositivos de drenagem e do revestimento vegetal.

Z.1 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

Z.1 EXECUÇÃO

Z.1.1 Limpeza do Sistema de Drenagem da Plataforma e Fora da Plataforma:


Consistem na limpeza geral da drenagem superficial existente na plataforma e fora da mesma,
com a remoção de todo entulho e sedimento existente, com o objetivo principal de permitir o
livre escoamento das águas superficiais, em qualquer momento e, secundariamente,
proporcionar bom aspecto à rodovia.

No caso de valetas não revestidas, deverá ser evitada a total remoção da vegetação, devendo
ser cortada apenas àquela que impeça o fluxo da água.

Z.1.2 Dispositivos de concreto


A limpeza de dispositivos de concreto deverá ser feita por processo manual ou especial,
para que as paredes e fundo não sejam danificados por impacto. No caso das sarjetas
triangulares revestidas poderá ser feita por meio da passagem da lâmina da motoniveladora,
de forma cuidadosa e com velocidade controlada, desde que não formem fragmentos que
possam ser arrancados e acelerem o processo destrutivo. Existindo trechos que apresentem
ruptura das superfícies, estas deverão ser reparadas.

A limpeza de dispositivos a céu aberto será feita por ferramentas manuais. Alternativamente,
quando a canalização for fechada, a limpeza poderá ser feita com equipamento de arraste,
“bucket machine”, ou por desagregação hidráulica com jateamento de água de alta pressão,
devendo ser atendida, no que couber, as recomendações da norma NBR 11997/90. Neste
caso a remoção do material desagregado poderá ser feita por vácuo.

Z.3 Limpeza de Bueiros e Galerias:


Consiste na limpeza e desobstrução dos bueiros e galerias, incluindo corpo, entradas, saídas
e corta-rio, até o local que permita o escoamento natural das águas, além da remoção de
qualquer material sedimentar acumulado no interior da tubulação.

Z.2 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

Os serviços conformes serão medidos de acordo com os seguintes critérios:

O serviço será medido pela extensão de dispositivo efetivamente limpo ou segmento


desobstruído. No caso das obras de drenagem superficial de evolução longitudinal,
tais como sarjetas e valetas, o serviço será medido pela extensão de dispositivo limpo.

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a) No caso de obras pontuais, a medição será feita em função da natureza dos


trabalhos realizados, através da determinação do volume efetivamente removido.
b) Para os bueiros, os serviços serão medidos com base nos preços unitários
propostos para limpeza e desobstrução de bueiros, os quais deverão remunerar mão-de-
obra e encargos, equipamentos, ferramentas, transportes e eventuais necessários à
execução.
c) Os serviços de limpeza de valas de entrada ou saída não serão objeto de
pagamento direto, devendo seu custo estar incluso nos serviços de limpeza e desobstrução
de bueiros.

Y. LIMPEZA DE VEGETAÇÃO

Y.1 PODA MANUAL E/OU MECANIZADA

Os serviços de poda manual e/ou mecanizada do revestimento vegetal devem ser executados
em toda a extensão das laterais das rodovias, numa largura mínima de 5 (cinco) metros, em
relação ao bordo da pista. No bordo interno das curvas, a poda deverá ter largura suficiente
para assegurar adequada visibilidade ao usuário.

Y.2 ROÇADA

A roçada consistirá no corte da vegetação de pequeno porte, na faixa de domínio e no canteiro


central, quando houver, com a finalidade de tornar as áreas marginais das rodovias livres de
vegetação daninha, dando-lhes melhor aspecto, ou ainda, com o objetivo de facilitar a
drenagem e evitar o fogo. Esta tarefa poderá ser feita manual ou mecanicamente.

Nos trevos, nas interseções em nível, nos prédios e áreas operacionais e de suporte, os
serviços de roçada e poda manual e mecanizada devem ser executados em toda a área
gramada e no mínimo até 10 (dez) metros de seu entorno.

O material resultante da roçada e/ou poda do revestimento vegetal deve ser recolhido para
local adequado, que não afete o sistema de drenagem das rodovias.

Y.3 CAPINA MANUAL

A capina manual consistirá na erradicação da vegetação, em locais onde seu crescimento não
é desejável, objetivando evitar sua expansão nos acostamentos e facilitar a drenagem. Deve
ser executada com critério para evitar situações que facilitem a erosão.

Y.4 RECOMPOSIÇÃO DE COBERTURA VEGETAL

A recomposição da cobertura vegetal das áreas externas às pistas de rolamento, taludes de


cortes e aterros e áreas contidas na faixa de domínio, devendo ser realizada mantendo-se as
suas funções estéticas funcionais dos taludes, e da manutenção das características físicas

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das instalações rodoviárias e de preservação ambiental, incluindo proteção de taludes contra


erosões e delimitação de espaços visuais complementares à sinalização das rodovias.
 Corte e remoção de árvores
Destocar e remover árvores na faixa de domínio devendo ser realizada naquelas que estejam
causando perigo à segurança de tráfego, estruturas, linhas elétricas e/ou telefônicas, dutos,
etc., ou que estejam mortas ou, ainda afetadas por doença.
 Manutenção de árvores e arbustos

A Manutenção de árvores e arbustos consistirá nos tratos agrícolas às árvores e arbustos que
devam ser mantidos, visando à preservação da flora e do paisagismo. Inclui os serviços de
poda e capina, podendo também ser incluído o plantio ou replantio em pequenas quantidades.

Os arbustos que vierem a ser plantados na faixa de domínio deverão ser selecionados, de
forma a atender adequadamente a situações específicas como, por exemplo, para servirem
de anteparo contra o ofuscamento, compor paisagisticamente um setor do sistema rodoviário
ou proteção de abismo, observando a biota local.

Y.5 LIMPEZA GERAL DA FAIXA DE DOMÍNIO

Será procedida a limpeza e a remoção de entulhos acumulados em função de operações


anteriores de capina, roçada e/ou poda da vegetação, bem como escombros, carrocerias, lixo
e todo tipo de resíduos em geral.

Será também efetuada a limpeza das pistas nos locais onde ocorrer depósito de solo lixo,
assim como a remoção de animais.

As pistas e os acostamentos deverão ser mantidos limpos, livre de materiais soltos, pedras,
barro ou detritos. Todo o material removido deverá ser transportado para local previamente
escolhido, de forma a não prejudicar o sistema de drenagem da rodovia, nem causar aspecto
visual desagradável ao usuário. Após a remoção, os animais mortos deverão ser enterrados
em locais apropriados e os vivos deverão ser removidos para local apropriado.

W. SUB-BASE OU BASE DE SOLO BRITA / ET-DE-P00/006 SP

W.1 DEFINIÇÃO

A sub-base e base de solos brita são camadas constituídas de mistura artificial em usina de
solo com agregado pétreo britado que apresentam grande estabilidade e durabilidade, para
resistir às cargas do tráfego e ação dos agentes climáticos, quando adequadamente
compactadas.

Para as misturas processadas na pista deve ser utilizada a ET-DE-P00/14 – Sub-Base e Base
Estabilizada Granulometricamente.

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W.2 MATERIAIS

W.2.1 Solo
Os solos empregados devem ser os provenientes de ocorrências de materiais das áreas de
empréstimo e jazidas, devendo apresentar as seguintes características:
a) os materiais finos dos solos, isto é, com diâmetro inferior a 0,42 mm devem satisfazer
as seguintes condições:
- ter limite de liquidez determinado conforme NBR 6459 (1); inferior a 25%;
- ter índice de plasticidade inferior a 6%.
b) são tolerados LL e IP maiores do que os acima especificados, desde que sejam
satisfeitas uma das seguintes condições abaixo:

Condição A

Onde:

X – porcentagem em peso de material que passa na peneira de abertura 0,42 mm (N.º 40);
LL – limite de liquidez;
LP – limite de plasticidade;
IP – índice de plasticidade;
γs – massa específica aparente seca máxima após a compactação na energia intermediária;
γg – massa específica real das partículas sólidas.

Condição B
O equivalente de areia determinado conforme NBR 12052(2) deve ser superior a 30%.

W.2.2 Agregado
A brita deve ser obtida de agregado pétreo britado, classificada de acordo com NBR 7225(3),
pode ser constituída de pedra 1, pedra 2, pedrisco e pó de pedra ou composição destas. Deve
possuir as seguintes características:
a) os agregados utilizados obtidos a partir da britagem e classificação de rocha sã
devem ser constituídos por fragmentos duros, limpos e duráveis, livres de excesso de
partículas lamelares ou alongadas, macias ou de fácil desintegração, assim como de outras
substâncias ou contaminações prejudiciais;
b) a granulometria da brita deve ser tal que passe 100% na peneira de 19,0 mm;
c) o desgaste no ensaio de abrasão Los Angeles, conforme NBR NM 51(4), deve ser
inferior a 50%;
d) a perda no ensaio de durabilidade, conforme DNER ME 089(5), em cinco ciclos, com

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solução de sulfato de sódio, deve ser inferior a 20% e com sulfato de magnésio inferior
a 30%;
e) índice de forma superior a 0,5 e porcentagem de partículas lamelares inferior a 10%,
conforme NBR 6954(6);

W.2.3 Mistura Solo-Brita


A mistura solo-brita deve satisfazer as seguintes exigências:
a) a porcentagem de brita, em peso da mistura, não pode ser inferior a 50%;
c) CBR ≥ 80% e expansão ≤ 0,5% na energia modificada, conforme com NBR 9895(7),
para base do pavimento;
d) CBR ≥ 30% e expansão ≤ 1,0% na energia intermediária, conforme com NBR 9895(7),
para sub-base do pavimento;
e) a curva de projeto da mistura solo-brita deve apresentar granulometria contínua e se
enquadrar em uma das faixas granulométricas especificadas na Tabela 1;
f) a faixa de trabalho, definida a partir da curva granulométrica de projeto, deve obedecer
à tolerância indicada para cada peneira na Tabela 1, porém, sempre respeitando os limites da
faixa granulométrica adotada;
g) a porcentagem do material que passa na peneira no 200 não deve ultrapassar 2/3 da
porcentagem que passa na peneira no 40;
h) o material da mistura que passar na peneira nº 40 (0,42 mm) deve atender a uma das
condições especificadas no item W.2.1;
i) para tráfego com N, número de solicitações do eixo padrão simples, de 8,2 toneladas
igual ou superior a 107, não devem ser utilizadas misturas com granulometrias
correspondentes às faixas IV e V.

W.3 EQUIPAMENTOS

Antes do início dos serviços, todo equipamento deve ser examinado e aprovado pelo
DER/SP.

O equipamento básico para a execução da sub-base ou base de solo-brita compreende as


seguintes unidades:
a) caminhões basculantes;

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b) pá-carregadeira;
c) motoniveladora;
d) distribuidor de agregados autopropelido;
e) caminhão tanque irrigador de água de no mínimo 6.000 litros, equipada com
motobomba, capaz de distribuir água sob pressão regulável e uniformemente;
f) compactador vibratório portátil ou sapo mecânico, uso eventual;
g) duas réguas de madeira ou metal, uma de 1,20 e outra de 3,00 m de comprimento;
h) rolo de pneus de pressão variável;
i) rolo vibratório liso ou corrugado (pata curta);
j) rolo estático tipo pé de carneiro (pata longa);
k) pequenas ferramentas, tais como pás, enxadas, garfos, rastelos etc.;
j) usina de mistura de solos

Nas centrais de mistura a usina deve ser constituída de:


- silos: para agregados e solo, providos de comportas e equipados com dispositivo que
permita a produção contínua da mistura;
- correia transportadora: que transportem os solos e o agregado, na proporção
conveniente, até o equipamento misturador;
- misturador: constituído, normalmente, de uma caixa metálica tendo no seu interior,
como elementos misturadores, dois eixos dotados de pás tipo pug-mill que rodam em sentido
contrário, providos de chapa metálica em espiral ou de pequenas chapas fixadas em hastes
e que, devido ao seu movimento, jogam os materiais contra as paredes, ao mesmo tempo em
que os faz avançar até a saída do equipamento;
- reservatórios de água e canalizações que permitam depositar e espargir a água sobre
o solo, após a homogeneização da mistura seca, deixando-a no teor ótimo previsto.
- equipamento de carga de caminhões constituído de um silo, abastecido por
transportadores de correia ou elevadores de canecas e colocado de modo que o caminhão
transportador possa receber, por gravidade, a mistura. Este dispositivo é utilizado quando não
é possível deixar o misturador na altura adequada, para que o carregamento se faça por
gravidade.

W.4 EXECUÇÃO

W.4.1 Condições Gerais


Não é permitida a execução dos serviços em dia de chuva.

A camada de sub-base e base solo-brita só pode ser executada quando a camada subjacente
estiver liberada, quanto aos requisitos de aceitação de materiais e execução.

A superfície deve estar perfeitamente limpa, desempenada e sem excessos de umidade antes
da execução da sub-base ou base de solo-brita.

Durante todo o tempo de execução da sub-base ou base de solo-brita, os materiais e os


serviços devem ser protegidos contra a ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de
outros agentes que possam danificá-los. É obrigação da executante a responsabilidade desta

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conservação.

W.4.2 Produção da Mistura


A usina deve ser calibrada adequadamente, de forma assegurar a obtenção das
características desejadas para as misturas dos materiais.

O nível de carregamento dos silos dos materiais a serem misturados deve ser mantido
constante, de modo a evitar a descontinuidade na produção da mistura.

A mistura deve sair da usina perfeitamente homogeneizada, com teor de umidade


ligeiramente acima da umidade ótima, para fazer frente às perdas no decorrer das operações
construtivas subseqüentes.

Não é permitida a estocagem do material usinado para utilização posterior.

W.4.3 Transporte e Distribuição


A mistura deve ser transportada em caminhões basculantes, protegidos com lonas para que
o material não perca umidade e nem receba água de chuva.

A mistura deve ser distribuída por equipamento capaz de manter a espessura regular e
uniforme, sem ocorrência de segregação, em toda a largura da plataforma, de forma tal que,
após a compactação, sua espessura não exceda 20 cm nem seja inferior a 10 cm.

A variação do teor de umidade admitido para o material ao final da distribuição e para início
da compactação é de – 2,0 % a +1,0 % da umidade ótima de compactação.

W.4.4 Compactação
Na fase inicial da obra, devem ser executados segmentos experimentais, com formas
diferenciadas de execução, na sequência operacional de utilização dos equipamentos de
modo a definir os procedimentos a serem obedecidos nos serviços de compactação. Deve-se
estabelecer o número de passadas necessárias dos equipamentos de compactação para
atingir o grau de compactação especificado.

Deve ser realizada nova determinação sempre que houver variação no material ou do
equipamento empregado.

Nos trechos em tangente, a compactação deve ser executada das bordas para o centro, em
percursos equidistantes da linha base, eixo. Os percursos ou passadas do equipamento
utilizado devem distar entre si de forma tal que, em cada percurso, seja coberta metade da
faixa coberta no percurso anterior.

Nos trechos em curva, havendo sobrelevação, a compactação deve progredir da borda mais
baixa para a mais alta, com percursos análogos aos descritos para os trechos em tangente.

Nas partes adjacentes ao início e ao fim da sub-base ou base em construção, a compactação

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deve ser executada transversalmente à linha base, eixo. Nas partes inacessíveis aos rolos
compactadores, assim como nas partes em que seu uso não for desejável, tais como
cabeceira de obras de arte, a compactação deve ser executada com rolos vibratórios
mecânicos.

Durante a compactação, se necessário, pode ser promovido o umedecimento da superfície


da camada mediante emprego de carro tanque irrigador de água. Esta operação é
recomendada sempre que o teor de umidade estiver abaixo do limite inferior do intervalo de
umidade admitido para a compactação.

As operações de compactação devem prosseguir em toda a espessura da sub-base ou base,


até que se atinja grau de compactação mínimo de 100% em relação à massa especifica
máxima, obtida no ensaio NBR 7182 (8), na energia modificada, para as bases ou na energia
intermediária, para as sub-bases.

W.4.5 Acabamento
O acabamento deve ser executado pela ação conjunta de motoniveladora e de rolos de pneus
de rodas lisa.

A motoniveladora deve atuar, quando necessário, exclusivamente em operação de corte,


sendo vetada a correção de depressões por adição de material.

W.4.6 Abertura ao Tráfego


A sub-base ou base de solo-brita não deve ser submetida à ação direta das cargas e da
abrasão do tráfego. Não deve ser executado pano muito extenso, para que a camada não
fique exposta à ação de intempéries que possam prejudicar sua qualidade.

W.5 CONTROLE

W.5.1 Controle dos Materiais

W.5.1.1 Solo
Devem ser executados os ensaios abaixo discriminados, com materiais coletados na usina.

Os lotes para coleta de material deverão corresponder a 1.500 m² de camada acabada:


a) limite de liquidez do material com diâmetro inferior a 0,42 mm, conforme NBR 6459(1);
b) limite plasticidade do material com diâmetro inferior a 0,42 mm, conforme NBR
7180(9);
c) análise granulométrica, conforme NBR 7181(10);
d) classificar o solo de acordo com a metodologia MCT, conforme DER/SP M 196(11),
através dos ensaios de Mini-MCV, conforme DER/SP M 191(12), e perda de massa por
imersão, conforme DER/SP M 197(13).

W.5.1.2 Agregado
Devem ser executados os seguintes ensaios:

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a) granulometria NBR NM 248(14), 1 ensaio a cada 1.500 m² de pista;


b) abrasão Los Angeles, conforme NBR NM 51(4); 1 ensaio no início da utilização do
agregado na obra e sempre que houver variação da natureza do material;
c) durabilidade frente ao sulfato de sódio e sulfato de magnésio, em cinco ciclos,
conforme DNER ME 089(5); 1 ensaio no início do agregado na obra e sempre que houver
variação da natureza do material;
d) índice de forma e percentagem de partículas lamelares, conforme NBR 6954(6): 1
ensaio no início da utilização do agregado na obra e sempre que houver variação da natureza
do material.

W.5.2 Controle da Produção do Solo Brita


Devem ser executadas as seguintes determinações na mistura solo brita, uma determinação
a cada 1.500 m² de pista:
a) CBR e expansão, conforme NBR 9895(7), na energia modificada para as bases, ou
na energia intermediária para sub-bases;
b) granulometria da mistura, conforme NBR NM 248(14);
c) no material que passa na peneira de abertura 0,42mm determinar o limite de liquidez
e plasticidade, conforme NBR 6459(1) e NBR 7180(9), respectivamente.

W.5.3 Controle da Execução


O controle da execução da camada será realizado através dos seguintes procedimentos:
a) determinação da massa específica aparente seca máxima e umidade ótima de
compactação, conforme NBR 7182(8), na energia intermediária para as sub-bases e na
energia modificada para as bases, com amostras coletadas na pista, 1 ensaio a cada 350 m²
de pista;
b) determinação do teor de umidade com método expedito da frigideira, a cada 150 m²
de pista, imediatamente antes do início da compactação; se o teor de umidade estiver
compreendido no intervalo de -2,0 % a + 1,0 % do teor ótimo, o material pode ser liberado
para compactação;
c) determinação do teor de umidade e da massa específica aparente seca in situ, de
acordo com NBR 7185(15), e respectivo grau de compactação em relação aos valores obtidos
na alínea a, em amostras retiradas na profundidade de no mínimo 75% da espessura da
camada; 1 determinação a cada 150 m² de pista compactada.

W.5.4 Controle Geométrico e de Acabamento

W.5.4.1 Controle de Espessura e Cotas


A espessura da camada e as diferenças de cotas devem ser determinadas pelo nivelamento
da seção transversal, a cada 20 m, conforme nota de serviço.

A relocação e o nivelamento do eixo e das bordas devem ser executados a cada 20 m; devem
ser nivelados os pontos no eixo, bordas e dois pontos intermediários.

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W.5.4.2 Controle da Largura e Alinhamentos


A verificação do eixo e das bordas deve ser feita durante os trabalhos de locação e
nivelamento, nas diversas seções correspondentes às estacas da locação. A largura da
plataforma acabada deve ser determinada por medidas à trena, executadas pelo menos a
cada 20 m.

W.5.4.3 Controle do Acabamento da Superfície


O acabamento da superfície dos diversos segmentos concluídos é verificado com duas
réguas, uma de 1,20 m e outra 3,00 m de comprimento, colocadas em ângulo reto e
paralelamente ao eixo da estrada, nas diversas seções correspondentes às estacas da
locação.

W.5.5 Deflexões
Deve-se verificar as deflexões recuperáveis máximas (D0) da camada, a cada 20 m por faixa
alternada e 40 m na mesma faixa, através da viga Benkelman, conforme DNER ME 024(16),
ou FWD, Falling Weight Deflectometer, de acordo com DNER PRO 273(17).

W.6 ACEITAÇÃO

Os serviços são aceitos e passíveis de medição desde que atendam simultaneamente as


exigências de materiais e de execução, estabelecidas nesta especificação e discriminadas a
seguir.

W.6.1 Materiais

W.6.1.1 Solos
Os solos são aceitos desde que:
a) os resultados individuais do limite de liquidez e do índice de plasticidade forem
inferiores a 25% e 6%, respectivamente. Quando os resultados de LL e IP forem maiores do
que os especificados, os solos são aceitos desde que satisfaçam a uma das condições
estabelecidas na alínea b do item W.2.1
b) os resultados individuais da granulometria sejam uniformes e atendam aos limites
determinados no projeto da mistura de solo-brita.

W.6.1.2 Agregado
O agregado é aceito desde que:
a) os resultados individuais da granulometria sejam mantidos constantes e os agregados
passem integralmente na peneira de 19,0 mm;
b) os resultados individuais de abrasão Los Angeles, índice de forma, porcentagem de
partículas lamelares e perda de durabilidade do agregado graúdo atendam ao estabelecidos
no item W.2.2.

W.6.2 Produção
A mistura solo brita é aceita desde que:

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a) os resultados de CBR, calculados estatisticamente para conjuntos de no mínimo 4 e


no máximo 10 amostras, através da equação 3 do anexo B, sejam iguais ou superiores a 30%
e 80% para sub-bases e bases, respectivamente;
b) os valores individuais de expansão sejam inferiores a 1,0% e 0,5% para sub-bases e
bases, respectivamente;
c) os resultados da granulometria da mistura analisados estatisticamente para conjuntos
de no mínimo 4 e no máximo 10 amostras, através do controle bilateral, conforme anexo B;
apresentem variações granulométricas dentro da faixa de tolerância, definida pela faixa de
trabalho da mistura;
d) os resultados individuais de LL e IP ,da fração com diâmetro inferior a 0,42 mm, sejam
inferiores a 25% e 6%, respectivamente, ou quando os valores de LL e IP forem maiores que
aos especificados mas atenda a uma das condições estabelecidas na alínea b do item W.2.1.

W.6.3 Execução

W.6.3.1 Compactação
O grau de compactação é aceito desde que não sejam obtidos valores individuais inferiores a
100%, ou os valores de grau de compactação, analisados estatisticamente para conjuntos de
no mínimo 4 e no máximo 10 amostras, através da equação 3 do anexo B, sejam iguais ou
superiores a 100%.

W.6.3.2 Geometria
Os serviços executados são aceitos, quanto à geometria, desde que:
a) as variações individuais das cotas obtidas estejam compreendidas no intervalo de -2
cm a +1 cm em relação à de projeto;
b) não se obtenham diferenças nas espessuras superiores a 10% em relação a
espessura de projeto, em qualquer ponto da camada;
c) não se obtenham valores individuais da semi-largura da plataforma inferiores as de
projeto;
d) o abaulamento transversal esteja compreendido na faixa de ± 0,5 % em relação ao
valor de projeto, não se admitindo depressões que propiciem o acúmulo de água.

O acabamento da superfície é aceito desde que a variação máxima entre dois pontos de
contato de qualquer uma das réguas e a superfície da camada seja inferior a 0,5 cm.

W.6.4 Deflexões
A deflexão característica de cada sub-trecho determinada de acordo equação 4 do anexo B,
para número mínimo 15 determinações, deve ser a estabelecida em projeto.

W.7 CONTROLE AMBIENTAL

Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água, da


vegetação lindeira e à segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados e
providências para proteção do meio ambiente, a serem observados no decorrer da execução
da sub-base e base de solo-brita.

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W.7.1 Exploração de Ocorrência de Materiais


Devem ser observados os seguintes procedimentos na exploração das ocorrências de
materiais.

Na Exploração de materiais terrosos:


a) para as áreas de apoio necessárias à execução dos serviços deve ser observadas
as normas ambientais vigentes no DER/SP;
b) na exploração de áreas de empréstimo, a contratada só poderá executar escavações
nas áreas previstas no projeto ou naquelas que tiverem sido projetadas e especialmente
aprovada pela fiscalização durante a construção. A exploração da área de empréstimo
somente pode ser iniciada após a obtenção da autorização ambiental, qualquer alteração
deve ser objeto de complementação;
c) os serviços de desmatamento, destocamento e limpeza devem ser feitos dentro do
limite da área autorizada; o material retirado deve ser estocado de forma que, após sua
exploração, o solo orgânico possa ser reutilizado na recuperação da área;
d) caso seja necessário promover o corte de árvores, para instalação das atividades,
deverá ser obtida autorização dos órgãos ambientais competentes, sendo que os serviços
deverão considerar os critérios impostos pelos órgãos. Em hipótese alguma será admitida a
queima da vegetação como forma de supressão ou mesmo a queima dos resíduos do corte:
troncos e ramos;
e) deve ser evitada a localização de áreas de apoio em áreas com restrições ambientais
como: reservas ecológicas ou florestais, áreas de preservação permanente, de preservação
cultural etc., ou mesmo em suas proximidades;
f) durante sua exploração, as áreas devem ser mantidas com drenagem adequada, de
modo a evitar o acúmulo de águas bem como processos erosivos;
g) deve-se planejar adequadamente a exploração da área, de modo a minimizar os
impactos decorrentes e a facilitar a recuperação ambiental da área, que deve ser executada
tão logo esteja concluída a exploração.

Na exploração de pedreiras e areais:


a) o material somente será aceito após a executante apresentar a licença ambiental de
operação da pedreira e areal;
b) não é permitida a localização da pedreira, e das instalações de britagem em área de
preservação permanente ou de proteção ambiental;
c) deve-se evitar a exploração de areal em área de preservação permanente ou de
proteção ambiental;
d) deve-se planejar adequadamente a exploração dos materiais, de modo a minimizar
os impactos decorrentes da exploração e facilitar a recuperação ambiental após o término das
atividades exploratórias;
e) caso seja necessário promover o corte de árvores para instalação das atividades,
deve ser obtida autorização dos órgãos ambientais competentes, os serviços devem ser
executados em concordância com os critérios estipulados pelos órgãos ambientais constante
nos documentos de autorização. Em hipótese alguma, será admitida a queima de vegetação
ou mesmo dos resíduos do corte;

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f) deve-se construir junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação para


retenção do pó de pedra eventualmente produzido em excesso ou por lavagem da brita,
evitando seu carregamento para cursos d’água;
g) caso os agregados britados sejam fornecidos por terceiros, deve-se exigir
documentação que ateste a regularidade das instalações, assim como sua operação, junto ao
órgão ambiental competente;
h) caso os agregados sejam fornecidos por terceiros para serem britados pela
executante, devem ser atendidas as alíneas anteriores e tomados os seguintes cuidados:
instalar sistemas de controle de poluição do ar, dotar os depósitos de estocagem de
agregados de proteção lateral e cobertura para evitar dispersão de partículas, dotar o
misturador de sistema de proteção para evitar emissões de partículas para a atmosfera.

W.7.2 Execução
Durante a execução devem ser conduzidos os seguintes procedimentos:
a) deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as normas
pertinentes aos serviços;
b) deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo da estrada para evitar
danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;
c) caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-se
proceder o cadastro de acordo com a legislação vigente;
d) as áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser
devidamente sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de lubrificantes
ou combustíveis não sejam carreados para os cursos d’água. As áreas devem ser
recuperadas ao final das atividades;
e) todos os resíduos de lubrificantes ou combustíveis utilizados pelos equipamentos,
seja na manutenção ou operação dos equipamentos, devem ser recolhidos em recipientes
adequados e dada a destinação apropriada;
f) é proibida a disposição de materiais provenientes da escarificação nas bordas da pista
de forma causar soterramento da vegetação lindeira. A remoção de materiais quando
necessária deve obedecer a especificação técnica – Depósito de Materiais Excedentes;
g) deve-se providenciar a execução de barreiras de proteção, tipo leiras de solo, quando
as obras estiverem próximas a cursos d’água ou mesmo sistema de drenagem que
descarregue em cursos d’água, para evitar o carreamento de solo ou queda, de blocos ou
fragmentos de rocha em corpos d´água próximos a rodovia;
g) é obrigatório o uso de EPI, equipamentos de proteção individual, pelos funcionários.

W.8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO

O serviço é medido em metros cúbicos de camada acabada, cujo volume é calculado


multiplicando-se as extensões obtidas a partir do estaqueamento pela área da seção
transversal de projeto.

Os serviços recebidos e medidos da forma descrita são pagos conforme os respectivos preços
unitários contratuais, que incluem: o fornecimento de material, homogeneização da mistura
em usina devidamente calibrada, perdas, carga e descarga do material usinado,

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espalhamento, compactação e acabamento. Além de outras operações abrangendo inclusive


a escavação, carga, transporte de solo e demais insumos a serem utilizados na mistura, mão-
de-obra com encargos sociais, BDI e equipamentos necessários aos serviços, e outros
recursos utilizados de forma a atender ao projeto e às especificações técnicas.

DISPOSIÇÕES GERAIS

1. MOBILIZAÇÃO, INSTALAÇÃO E DESMOBILIZAÇÃO.

Mobilização, Instalação, Oficinas e Acampamentos da Contratada.

a) Descrição
A Contratada fornecerá todos os meios de locomoção e transportará seus equipamentos,
peças de reposição, materiais não incorporados ao serviço, etc., ao local dos Serviços e
adotará todas as medidas necessárias a fim de começar a execução dos distintos itens que
compõe o mesmo dentro dos prazos previstos, inclusive a instalação dos acampamentos
necessários para as operações.

O Projeto de Instalação do canteiro de serviços será elaborado pela Contratada de acordo


com as orientações contidas neste Termo de Referência, e será entregue à SINFRA, ou ao
seu representante legal, no local da obra, antes de se iniciar os trabalhos de instalação.

b) Terrenos Para Instalações


A Contratada negociará por sua própria conta todos os terrenos utilizados para os depósitos
provisórios, instalações do seu canteiro e exploração de jazidas.

Os transportes efetuados pela Contratada ou seus fornecedores e subcontratadas deverão


respeitar todas as regras legais de circulação: limitação de velocidade, limitação de carga,
etc.

c) Escritórios e Acampamentos da Contratada


A Contratada construirá e instalará os escritórios e os acampamentos que necessite para a
execução dos Serviços, devendo ajustar-se às disposições vigentes sobre alojamento de
pessoal e deverá mantê-los em condições higiênicas.

A Contratada deverá disponibilizar e manter uma sala, no acampamento de gerência do


Contrato, mobiliada e equipada para utilização da SINFRA na Regional onde se encontra o
município e sala para sua Coordenação em São Luís-MA, onde está sediada a SINFRA.

O local escolhido para a instalação do escritório deverá permitir a transmissão de dados de


forma rápida e seguros para os computadores da SINFRA.

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A aceitação por parte da SINFRA, das instalações, correspondentes ao acampamento, não


exime a Contratada da obrigação de ampliá-lo de acordo com as necessidades do Serviço
durante seu processo de execução.

d) Mão-de-Obra
A CONTRATADA se obriga a disponibilizar a mão-de-obra, qualificada, necessária para a
realização das atividades, bem como responder pelo correto comportamento e eficiência do
pessoal sob sua direção e providenciar para que os mesmos estejam uniformizados e portem
crachá indicativo de suas funções. Os funcionários que trabalham em frentes de serviço
deverão utilizar uniformes e equipamentos de proteção individual estabelecido pelas Normas
de Segurança do Trabalho.

A CONTRATADA deverá cumprir e responder às determinações da Lei no 6.514, de 22 de


dezembro de 1977 e da Portaria no 3.214, de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho,
que aprovam as normas relativas à segurança e medicina do trabalho.

2. MATERIAIS

A CONTRATADA se obriga a disponibilizar todo o material necessário, obedecendo


rigorosamente às normas e especificações de materiais do IPR/DNIT e/ou ABNT.

OBRIGAÇÕES DIVERSAS

1 SINALIZAÇÃO PREVENTIVA

A Contratada será responsável pela colocação e manutenção de sinalização nos locais de


trabalho e deverá tomar todas as medidas de precaução que forem necessárias para evitar
acidentes nestas áreas, inclusive nos locais onde ocorrerem serviços de emergência. A
sinalização de obras e emergências deverá ser implantada e mantida conforme preconizado
pela legislação vigente e normas do Manual de Sinalização Rodoviária do IPR/DNIT.

2 SEGURANÇA DO TRABALHO

Deverão ser observadas pela Contratada todas as condições de higiene e segurança do


trabalho, necessárias à preservação da integridade física de seus empregados, ao patrimônio
do Estado e aos materiais envolvidos na obra, de acordo com as Normas Regulamentares do
Ministério do Trabalho.

A SINFRA poderá, a seu critério, determinar a paralisação dos Serviços quando julgar que as
condições mínimas de segurança e higiene do trabalho não estão sendo observadas pela
Contratada. Este procedimento não servirá para justificar eventuais atrasos.

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3 INSTALAÇÕES DE TERCEIROS NA FAIXA DE DOMÍNIO

A Contratada deverá tomar os cuidados necessários para evitar danos às instalações aéreas,
terrestres e subterrâneas existentes na faixa de domínio (rede elétrica, gasodutos, condutos
telefônicos, oleodutos, adutoras, etc.) sendo responsável pela atuação de seu pessoal ou de
subcontratadas e pelas custas decorrentes de reparação dos eventuais danos por eles
causados.

Assim, deverá efetuar as gestões necessárias ante os proprietários de tais instalações para a
relocação das mesmas antes da realização de tarefas que possam afetar sua segurança.

Qualquer construção de instalação não autorizada, de qualquer tipo, por conta de terceiros,
que se encontre dentro da faixa de domínio e área “non aedificandi”, esteja esta delimitada
por cerca ou não, deverá ser comunicada imediatamente à SINFRA responsável pelo
Contrato.

4 RESÍDUOS PRODUZIDOS POR ACIDENTES

A Contratada é obrigada a comunicar de imediato, por escrito, à SINFRA e à autoridade


policial competente, qualquer acidente que produza prejuízos ao patrimônio público, na faixa
de domínio das rodovias do Lote.

5 COLOCAÇÃO DE PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO DA OBRA E OUTRAS

A Contratada está obrigada a colocar e manter em perfeitas condições de fixação, leitura e


identificação, em número mínimo de 03 (três), placas, na dimensão (3 x 2) m ao longo dos
trechos relacionados e em áreas acordadas com a fiscalização da SINFRA. As placas deverão
obedecer aos padrões da SINFRA e deverá ser adotado o custo unitário do banco referencial
de composições de custos do SINAPI.

A Contratada deverá colocar também placas identificadoras dos acampamentos e lugares de


trabalho do pessoal da Empresa.

Em todos os casos, o projeto dos letreiros será submetido à apreciação da SINFRA.

6 OUTRAS OBRAS A EXECUTAR NO TRECHO

A SINFRA poderá executar, por administração direta ou através de contração de terceiros,


serviços de melhoramentos nas rodovias integrantes do objeto desta licitação. Neste caso, a
Contratada será comunicada, por escrito, da localização, da natureza e do prazo de execução
dos serviços.

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Na ocorrência da situação descrita acima, o Contrato poderá ser alterado, mediante a


celebração de termo aditivo entre a SINFRA e a Empresa Contratada observado os limites
estabelecidos na Lei nº 9.579/2012.

7 MEIO AMBIENTE

Durante a execução dos serviços, a Contratada deverá minimizar os danos ao meio ambiente
e evitar prejuízos a terceiros.

Os canteiros de obras e acampamentos deverão ser mantidos em adequadas condições


higiênicas e sanitárias com atenção à potabilidade da água e disposição final dos efluentes
hídricos e materiais inservíveis de qualquer natureza.

Nas usinas de asfalto, jazidas de materiais e durante a execução dos serviços deverão ser
observados os cuidados necessários para se evitar a poluição ambiental.

SERVIÇOS DE SINALIZAÇÃO

1 SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

A sinalização horizontal, compreende as demarcações sobre o pavimento, representando o


mais efetivo dispositivo para canalização do tráfego com fluidez e garantia da circulação com
segurança, dando informações ao condutor do veículo, seja através de pintura de linhas de
eixo e bordo nas cores branca (para canalização) e amarela (para proibição) ou símbolos e
legendas no pavimento.

Objetivo - organizar o fluxo de veículos e pedestres, controlar e orientar os deslocamentos


dos veículos em função das condições impostas pela geometria da via, topografia ou frente a
obstáculos, além de complementar os sinais verticais de regulamentação, advertência e
indicação.

1.1 MARCAÇÃO DE FAIXA


Tipos de marcas viárias
 Linhas longitudinais: separam e ordenam os fluxos de tráfego e regulamentam
a ultrapassagem, conforme a cor.
 Linhas contínuas: servem para delimitar a pista e separar faixas de tráfego de
fluxos veiculares de mesmo sentido ou de sentidos opostos de circulação, conforme a cor.
 Linhas tracejadas ou seccionadas: ordenam os fluxos veiculares de mesmo
sentido ou de sentidos opostos de circulação, conforme a cor.
 Marcas transversais: ordenam os deslocamentos de veículos (frontais) e de
pedestres, induzem a redução de velocidade e indicam posições de parada em interseções

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e travessia de pedestres.
 Marcas de canalização: usadas para direcionar os fluxos veiculares em
situações que provoquem alterações na trajetória natural, como nas interseções, nas
mudanças de alinhamento da via e nos acessos.
 Marcas de delimitação e controle de parada e/ou estacionamento: usadas
em associação à sinalização vertical, para delimitar e controlar as áreas onde o
estacionamento ou a parada de veículos é proibida ou regulamentada.
 Inscrições no pavimento: setas direcionais, símbolos e legendas usadas em
complementação ao restante da sinalização horizontal, para orientar e advertir o condutor
quanto às condições de operação da via.

1.2 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS DE SINALIZAÇÃO HORIZONTAL


Os serviços de Pintura de faixas horizontais (marcas, símbolos e dizeres na via e nos retornos)
deverão ser executados de acordo com as indicações da fiscalização e devem atender à
Resolução nº. 666/86 do Conselho Nacional de Trânsito, Manual de Sinalização do DNIT e,
concomitantemente, às especificações DNER EM 276/00; 373/00; 379/98.

A pintura deverá ser executada com tinta retro-refletiva tipo termoplástica à base de resinas
naturais e/ou sintéticas, microesferas de vidro, plastificantes e materiais granulares, com
durabilidade conforme Tabelas de Garantia de Durabilidade de Materiais e tinta para
sinalização horizontal rodoviária a base de resinas acrílicas, especificação - EM-368/2000,
com durabilidade conforme Tabelas de Garantia de Durabilidade de Materiais. As tintas
devem ser fornecidas para uso em superfície betuminosa ou de concreto de cimento Portland.
As cores a serem utilizadas:
a) Amarelas - destinadas à regulamentação de fluxos de sentidos opostos, aos
controles de estacionamentos e paradas e à demarcação de obstáculos transversais à pista
(lombadas físicas);
b) Brancas - usadas para a regulamentação de fluxos de mesmo sentido, para a
delimitação das pistas destinadas à circulação de veículos, para regular movimentos de
pedestres e em pinturas de setas, símbolos e legendas;

No caso específico deste serviço, o sistema de sinalização foi concebido para uma rodovia
em:

Pista simples e com duas faixas de tráfego opostas.

Os principais elementos que estão sendo utilizados relativos à sinalização horizontal, são:

Marcação Longitudinal:
 Linha de Divisão de Fluxos Opostos (LFO);

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 Linha de Bordo (LBO);


 Linha de Continuidade (LCO).

Marcação Transversal:
 Linha de Retenção (LRE).

Marcação de Canalização:
 Linhas de Canalização (LCA);
 Zebrado de Preenchimento da Área de Pavimento Não Utilizável (ZPA).

Inscrições no Pavimento:
 Setas Direcionais;
 Legendas.

Marcação Longitudinal
a) Linha de Divisão de Fluxos Opostos (LFO)
São as linhas longitudinais que regulamentam a separação dos fluxos de tráfego de sentidos
opostos, delimitando, na pista, o espaço disponível para cada sentido de tráfego.

b) Linha simples seccionada (LFO-2)


Aplicada sobre o eixo da pista de rolamento, as linhas simples seccionadas indicam os trechos
em que a ultrapassagem e os deslocamentos laterais são permitidos.
Em função da velocidade de projeto adotada de 80 km/h:
 Largura = 0,15 m;
 Cadência = 1:2;
 Traço = 3,00 m;
 Espaçamento = 6,00 m;
 Cor = Amarela.

c) Linha Dupla Contínua (LFO-3)


Também aplicada sobre o eixo da pista de rolamento, as linhas duplas contínuas
regulamentam os trechos em que a ultrapassagem e os deslocamentos laterais são proibidos
para os dois sentidos, exceto para acesso a imóvel lindeiro. Deverá ser aplicada nos locais
com distância mínima de visibilidade de 210 m.
Em função da velocidade de projeto adotada de 80 km/h:
 Largura = 0,15 m;
 Distância entre as linhas = 0,10 m;
 Cor = Amarela.

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d) Linha Contínua/Seccionada (LFO-4)


As linhas contínuas/seccionadas são implantadas sobre o eixo da rodovia e regulamentam os
trechos em que a ultrapassagem, a transposição e deslocamento lateral são proibidos ou
permitidos.

Em função da velocidade de projeto adotada de 80 km/h:


 Largura = 0,15 m;
 Distância entre as linhas = 0,10 m;
 Cadência = 1:1;
 Traço = 3,00 m;
 Espaçamento = 3,00 m;
 Cor = Amarela.

e) Linha de Bordo (LBO)


São as linhas longitudinais contínuas de cor branca, que delimitam a parte da pista destinada
ao rolamento dos veículos, estabelecendo seus limites laterais. Para velocidade de projeto
adotada de 80 km/h a largura é igual a 0,15 m.

f) Linha de Continuidade (LCO)


Este tipo de linhas dá continuidade visual às marcas longitudinais quando há quebra no
alinhamento em trechos longos. Neste projeto foi também utilizada para dar continuidade à
linha de divisão defluxos no mesmo sentido, quando há supressão ou acréscimo de faixas de
rolamento.
Em função da velocidade de projeto adotada de 80 km/h:
 Largura = 0,15 m;
 Cadência = 1:1;
 Traço = 2,00 m;
 Espaçamento = 2,00 m;
 Cor = Branca.

Marcação Transversal
a) Linha de Retenção (LRE)
São linhas posicionadas transversalmente à pista para qual elas se aplicam, ocupando toda
a sua largura, indicando ao condutor o local limite em que deve para o veículo.

A suas características são:


 Largura = 0,60 m;
 Linha simples contínua;
 Cor = Branca.

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Marcação de Canalização
a) Linha de Canalização (LCA)
As linhas de canalização do tráfego servirão para balizar alterações de percurso em áreas de
confluência ou divergência do fluxo de tráfego (proximidade de nariz, alargamentos e
estreitamentos de pista), orientando os usuários quanto à trajetória a ser seguida. A utilização
de tachas para melhorar a visibilidade e tachões quando se deseja imprimir uma resistência
ao deslocamento que implique em transposição da marca, fornecerão maior segurança e
fluidez à circulação.
A suas características são:
 Largura = 0,15 m;
 Linha simples contínua;
 Cor Branca, quando direciona fluxo no mesmo sentido;
 Cor Amarela, quando direciona fluxo de sentido oposto.

b) Zebrado de Preenchimento da Área de Pavimento Não Utilizável (ZPA)


O zebrado de preenchimento da área de pavimento não utilizável, realça a área interna às
linhas de canalização, reforçando a ideia de área não destinada à circulação de veículos.
Ajudam também a direcionar os condutores para o correto posicionamento na via.

A marcação deste será feita com linhas inclinadas de 45º em relação à direção dos fluxos de
tráfego, acompanhando o sentido de circulação dos veículos, devendo preencher toda a área
de pavimento não utilizável, interna às linhas de canalização.

Complementadas com tachas e tachões, aumentam a sua visibilidade, reforçando assim a


segurança.

A suas características são:


 Largura da linha interna = 0,30 m;
 Distância entre linhas = 0,80 m;
 Linha simples contínua;
 Cor Branca, quando direciona fluxo no mesmo sentido;
 Cor Amarela, quando direciona fluxo de sentido oposto.

Inscrições no Pavimento
a) Setas Direcionais
Para os serviços a serem realizados serão utilizadas setas direcionais indicativas de
posicionamento na pista para a execução de movimentos (PEM), nas aproximações da
interseção, orientado os usuários da via quanto ao seu posicionamento para optar pela
conversão ou manutenção da trajetória.

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Em função da velocidade de projeto adotada de 80 km/h:


 Comprimento = 7,50 m;
 Espaçamento entra a 1ª fileira e o ponto de saída da via = 0,40 m;
 Espaçamento entra a 1ª e a 2ª fileira = 0,40 m;
 Espaçamento entra a 2ª e a 3ª fileira = 0,60 m;
 Cor Branca.

b) Legendas
Foram utilizadas a legenda “PARE” nos cruzamentos da interseção, acompanhada do sinal
de regulamentação R–1 (Parada Obrigatória) quando possível.

Em função da velocidade de projeto adotada de 80 km/h:


 Altura = 4,00 m;
 Distância à linha de retenção = 2,00 m;
 Cor Branca.

1.3 MATERIAIS EMPREGADOS NA PINTURA DE SINALIZAÇÃO

Tintas
As tintas destinadas a pintura de sinalização horizontal devem possuir propriedades que
permitam elevada resistência ao desgaste por abrasão pela incidência do tráfego,
invariabilidade na sua cor e elevada refletividade quando da incidência da luz dos veículos.

As tintas para Pintura de Sinalização Horizontal são constantes da tabela a seguir:


a) Tabela de Tintas para Sinalização Horizontal
Para os serviços a serem realizados serão utilizadas tintas acrílicas emulsionadas em água.

Pintura de faixa - tinta acrílica emulsionada com água – deverá ser adotada a espessura 0,4
mm - m².

As tintas acrílicas, logo após a abertura do recipiente, não devem apresentar sedimentos,
natas ou grumos. As tintas devem ter condições para serem aplicadas por máquinas
apropriadas e terem a consistência especificada, sem ser necessário a adição de outro aditivo.
No caso de adição de micro esferas de vidro, tipo I-B, podem ser adicionados no máximo 5%
de água potável em volume, em relação à tinta, para acerto de viscosidade.

As tabelas apresentadas a seguir foram dimensionadas para 1,0 m2 de pintura.

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Pintura de Faixa com Tinta Base Acrílica Emulsionada em Água

Pintura de Setas e Zebrados com Tinta Base Acrílica Emulsionada em Água

b) Micro Esferas de Vidro


São elementos esféricos de vidro incolor com características fixadas na norma 373/00, com
diâmetro máximo µm, para serem adicionadas a materiais de sinalização horizontal viária, a
fim de produzir retrorrefletorização da luz incidente.

Para todos os tipos de pintura para sinalização horizontal foram previstas a aplicação de
microesferas de vidro. A norma da ABNT NBR 16184/2013 - Sinalização horizontal viária -
Esferas e microesferas de vidros - Requisitos e métodos de ensaio, adotou nova classificação
para microesferas, dividindo-as de acordo com sua utilização, conforme abaixo descrito:

A norma da ABNT NBR 16184/2013 - Sinalização horizontal viária - Esferas e microesferas


de vidros - Requisitos e métodos de ensaio, adotou nova classificação para microesferas.
Para os serviços previstos serão adotadas microesferas do tipo I-B e tipo II-A.

As microesferas a serem utilizadas são Premix (tipo I-B) e Drop-on (tipo II-A, assim
caracterizada:
Tipo I-B) – são incorporadas à tinta podendo também serem incorporadas no plástico
a frio conforme recomendação do fabricante, antes da sua aplicação, de modo a
permanecerem internas à película aplicada, sendo que após o desgaste da superfície tornam-
se expostas, permitindo a retrorrefletorização.
Tipos II-A, II-B, IIC, II-D, III e IV: são aplicadas por aspersão, concomitantemente
com a tinta, plástico a frio e o termoplástico, por aspersão ou extrusão, de modo que
permaneçam na superfície da película, permitindo imediata refletorização.

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b.1) Retrorrefletorização
A retrorrefletorização inicial mínima recomendada, em milicandelas por lux por metro
quadrado, deve ser:
a) para sinalização provisória: 150 mcd.m-2 .lx-1, para cor branca e
b) para sinalização definitiva: 250 mcd.m-2 .lx-1, para cor branca e 150 mcd.m-2 .lx-1,
para cor amarela.

O controle qualitativo da sinalização deve ser feito através da avaliação da


retrorrefletividade, de acordo com a NBR 14723:2005.

b.2) Condições de conformidade e não- conformidade


Todos os ensaios de controle e verificação dos insumos, da produção e do produto, devem
ser realizados de acordo com as Normas.

Deve ser controlado o valor da retrorrefletividade, considerando-se que as medidas referidas


abaixo devem ser feitas sete dias após a abertura da rodovia ao tráfego e adotando-se as
seguintes condições:
a) 250 mcd./m².lx: para medida mínima de sinalização definitiva para a cor branca;
b) 150 mcd./m².lx: para medida mínima de sinalização provisória para a cor branca;
c) 150 mcd./m².lx: para medida mínima de sinalização definitiva na cor amarela;
d) 100 mcd./m².lx: para medida mínima de sinalização provisória para a cor amarela.

Os resultados do controle estatístico devem ser analisados e registrados em relatórios


periódicos de acompanhamento, de acordo com a Norma DNIT 011/2004-PRO, a qual
estabelece os procedimentos para o tratamento das não- conformidades dos insumos, da
produção e do produto.

A unidade de acondicionamento das microesferas de vidro é o saco de 25kg.

Os sacos de papel ou juta devem ter internamente um saco de polietileno.

As embalagens devem ser identificadas externamente com as informações a seguir:


 microesferas de vidro, tipo (classificação);
 especificação: número desta Norma/ano;
 nome e endereço do fabricante;
 identificação da partida de fabricação;
 data de fabricação;
 quantidade de microesferas contidas, em quilograma;
 havendo revestimento químico, caracterizá-lo.

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c) Preparação do pavimento para aplicação da pintura


A superfície a ser demarcada deve se apresentar seca e livre de sujeira, óleos, graxas ou
quaisquer outros materiais estranhos que possam prejudicar a aderência da tinta ao
pavimento.

Os equipamentos para limpeza do pavimento devem ser constituídos por vassouras, escovas
e compressores para limpeza com jato de ar, de forma a limpar e secar apropriadamente a
superfície do pavimento a ser demarcada.

Quando a varrição ou a aplicação de jato de ar comprimido não for suficiente para remover
todo o material estranho, o pavimento deve ser limpo de maneira adequada e compatível com
o tipo de material a ser removido.

Os sinais porventura existentes em trechos a receberem a sinalização definitiva devem ser


removidos ou recobertos, não deixando quaisquer marcas ou falhas que possam prejudicar a
nova sinalização.

Nos pavimentos novos, deve ser previsto um período de cura mínimo igual a 45 dias, antes
da execução da sinalização definitiva.

c.1) Pré-Marcação do Pavimento para Aplicação de Pintura


Antes da aplicação da tinta deve ser feita a pré-marcação do segmento a sinalizar. Na
repintura é permitido o uso das faixas antigas como referencial.

c.2) Demarcação dos Locais de Pintura


Antes do início da demarcação dos locais de pintura é necessário verificar as seguintes
condições ambientais:
 Temperatura ambiente entre 10°C e 40 °C;
 Temperatura do pavimento superior a 3°C a do ponto do orvalho;
 Umidade relativa do ambiente (ar) até 90%;
 Que não esteja chovendo ou tenha chovido 2h antes de da execução.

c.3) Equipamentos para aplicação de tintas


a) Processo de aplicação mecânica:
Equipamento autopropelido com compressor de ar, tanques pressurizados para tinta e
solvente, mexedores manuais, reservatório e semeador para microesferas de vidro, válvulas
reguladoras de ar, seqüenciador automático, pistolas, discos delimitadores de faixas,
balizadores e miras óticas.

b) Processo de aplicação manual:

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Compressor de ar, com tanques pressurizados para tintas, mexedores manuais, tanques
para solventes e pistolas manuais a ar comprimido.

Em caso de equipamentos autopropulsados, desenhados com controles para aplicação em


condições climáticas adversas, permite-se o seu uso fora das faixas indicadas quanto a
temperaturas, porém se mantêm as restrições em relação à chuva ou excesso de umidade e
ponto de orvalho. A temperatura é obtida pela tabela do ponto de orvalho.

CONCEITO DO PONTO DE ORVALHO: Temperatura no qual ocorre a condensação dos


vapores de água do ambiente sobre uma superfície. A temperatura do ponto de orvalho é
estimada mediante tábuas psicométricas, interpolando-se a umidade relativa do ambiente
com a temperatura ambiente.

TABELA DE DETERMINAÇÃO DO PONTO DE ORVALHO

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Como utilizar a tabela:


Supondo-se uma temperatura ambiente igual a 25°C e a umidade relativa do ar igual a 75%,
cruza-se a linha de 75% com a coluna de 25°C encontrando-se o ponto de orvalho, no
presente caso, igual a 19,9°C.

Portanto, no caso exemplificado, não se deve aplicar qualquer material de demarcação se a


temperatura do substrato for igual ou inferior a 22,9°C (3°C acima da temperatura do ponto
de orvalho).

Equipes de Serviço
Cada equipe deverá ser composta com pessoal suficiente e habilitado para atender as
seguintes finalidades:
 Supervisão;
 Pré-marcação e pintura;
 Controle de qualidade (alinhamento, largura, espessura e retrorefletância inicial);
 Operação dos equipamentos e veículos; e,
 Sinalização e canalização de segurança e apoio operacional.

Controle de Qualidade
O controle de qualidade da aplicação deve ser realizado no decorrer da implantação da
sinalização, de acordo com as normas relacionadas, DNER-PRO 132/94 e DNER-PRO
231/94, quando devem ser verificados os parâmetros listados a seguir:
a) homogeneização da mistura da tinta;
b) consistência e temperatura de fusão do material termoplástico;
c) consumo dos materiais;
d) espessura do material aplicado;
e) cadência das linhas longitudinais seccionadas (interrompidas);
f) linearidade das faixas;
g) atendimento ao projeto de sinalização;
h) tempo de secagem, para a liberação ao tráfego;
i) retrorrefletorização total das linhas longitudinais, setas, inscrições no pavimento e
demais marcas viárias.

Verificação do produto
a) Controle geométrico
O controle geométrico da execução das obras deve ser efetuado através de levantamentos
topográficos.
Durante a execução, devem ser observados:
a) a espessura do material aplicado;

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b) as dimensões das faixas e sinais (largura e comprimento);


c) atendimento ao projeto de sinalização.

b) Tolerâncias:
b.a) mais ou menos 5%, no que se refere às dimensões das marcas estabelecidas
em projeto;
b.b) até 0,01 m em 10 m, para desvio de borda na execução de marcas retas.

c) Controle do acabamento
O controle do acabamento deve enfocar, principalmente, a linearidade das faixas,
através de inspeção visual.

Medição dos Serviços:


a) Pintura Mecânica:
Será medida a área pintada do pavimento, em m² após verificada a refletorização inicial e a
qualidade de acabamento.
b) Pintura Manual:
Em conformidade com a Norma DNIT 100/2009-ES – Segurança no tráfego rodoviário –
Sinalização Horizontal – Especificação de Serviço.

Pagamento dos Serviços:


O pagamento dos serviços será por m2 de área pintada e inclui mão de obra, inclusive de pré-
marcação, equipamentos, materiais, transportes e despesas com pessoal.

2 SINALIZAÇÃO VERTICAL

A sinalização vertical de regulamentação tem por finalidade comunicar aos usuários as


condições de obrigação, restrição, proibição ou permissão, no uso da rodovia. Suas
mensagens são imperativas e seu desrespeito constitui infração.

Tem a finalidade de reforçar a sinalização horizontal e fornecer informações que permitam


aos usuários das vias adotarem comportamentos adequados, de modo a aumentar a
segurança, ordenar os fluxos de tráfego e orientá-los.

Essa sinalização é composta por placas, painéis e dispositivos auxiliares localizados às


margens da via ou suspensos sobre ela, em pórticos e/ou semipórticos, atendendo as
seguintes características:
 Posicionamento dentro do campo visual do usuário;
 Legibilidade das mensagens e símbolos;

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 Mensagens simples e claras; e


 Padronização

Estes sinais serão feitos através de símbolos, números e palavras nas cores, vermelha,
branca e preta e devem seguir orientação relativa à forma, cor, tamanho e diagramações
constantes do Código de Trânsito Brasileiro - Anexo II, do Manual de Sinalização do DNIT-
2017 em vigor, a Resolução 599/82 e suas alterações: Resoluções: 180/05, 673/86; 243/07 e
612/16 do CONTRAN.

As placas deverão ser confeccionadas em chapas finas, laminadas a frio, de aço carbono, na
espessura de 1,50 mm, devendo ser cortadas nas dimensões finais e tratadas conforme
preconiza a ES-340/97, do DNER.

Classificadas de acordo com suas funções, as placas estão agrupadas da seguinte forma:
 Sinalização vertical de regulamentação;
 Sinalização vertical de advertência.

2.1 PELÍCULAS
As películas retrorrefletivas a serem utilizadas tanto para o fundo como para as mensagens,
quando refletivas, tarjas, orlas e símbolos serão em película “Tipo X - ABNT”. Já a película na
cor preta, não retrorrefletiva, deverá ser a película “Tipo IV - ABNT”.

Na elaboração das composições de custos de placas de sinalização foram adotadas as


seguintes combinações de películas:
 Película tipo I + I;
 Película tipo I + SI; (SI – sinal impresso)

a) Películas refletivas tipo I


Conhecidas comercialmente como “grau técnico ou grau engenharia”, podem ser constituídas
por microesferas de vidro os microprismas. São utilizadas nas cores branca, amarela, verde,
vermelha, azul, laranja e marrom.

2.2 SUPORTES PARA PLACA DE SINALIZAÇÃO VERTICAL


Os serviços de confecção e implantação de suportes para placa de sinalização vertical, são
dos tipos:
Suporte e travessa para placa em madeira de lei tratada 8,0 x 8,0 cm;
Suporte ecológico D = 6,5 cm;
Suporte ecológico quadrado 8,0 cm;
Suporte ecológico quadrado 10,0 cm.

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Para os serviços constantes Deste Termo foi adotado o modelo - Suporte e travessa para
placa em madeira de lei tratada 8,0 x 8,0 cm.

2.3 SINALIZAÇÃO VERTICAL DE REGULAMENTAÇÃO


A sinalização vertical de regulamentação tem por finalidade comunicar aos usuários as
condições de obrigação, restrição, proibição ou permissão, no uso da rodovia. Suas
mensagens são imperativas e seu desrespeito constitui infração.
Estes sinais serão feitos através de símbolos, números e palavras nas cores, vermelha,
branca e preta de acordo com o estabelecido no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito,
Volume I - Sinalização Vertical de Regulamentação, bem como as recomendações do Manual
de Sinalização Rodoviária do DNIT-2017.

Em função da velocidade de projeto adotada de 80 km/h, as placas de regulamentação


possuirão as seguintes dimensões:
Circulares: Ø = 1,00 m;
Octogonal: L = 0,400 m;
Triangular: L = 1,00 m.

2.4 SINALIZAÇÃO VERTICAL DE ADVERTÊNCIA


A sinalização vertical de advertência alerta os usuários da rodovia para condições
permanentes ou de eventuais perigos, nas vias ou em suas adjacências, indicando sua
natureza.

Suas mensagens possuem caráter de recomendação e indicam a necessidade de um cuidado


especial por parte do usuário. Podem exigir redução de velocidade, ou outras manobras, no
interesse da segurança do usuário e do tráfego.

Os sinais de advertência serão feitos através de símbolos, números e palavras na cor, amarela
e preta de acordo com o estabelecido no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, Volume
II - Sinalização Vertical de Advertência, bem como as recomendações do Manual de
Sinalização Rodoviária do DNIT-2017.

Em função da velocidade de projeto adotada de 80 km/h, as placas de advertência terão


formato losangular, com largura igual a 1,00m.

Materiais
a) Chapas
a.1) Tipos de chapas
As chapas a serem utilizadas serão de dois tipos:

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 Chapas planas de aço zincadas n°s 16 e 18, em conformidade com a norma


ABNT NBR 11904/92. O verso das chapas será revestido com pintura eletrostática a pó
(poliester), tinta esmalte sintético sem brilho na cor preta de secagem a 140o C.
 Chapas planas de alumínio com espessura mínima de 1,5mm (n°18), liga AA-
5052, têmpera H-38 ou similar, conforme ABNT NBR 7823, desde que de qualidade igual ou
superior, comprovada por meio do fornecimento de laudos técnicos dos fabricantes ou
através de análises efetuadas por laboratórios credenciados. O verso das chapas será
revestido com pintura eletrostática a pó (poliester) ou com tinta esmalte sintético sem brilho
na cor preta, de secagem a 140°C.
b) Películas
As películas a serem utilizadas devem atender a norma ABNT NBR 14.644/07.

Transcrevemos abaixo o quadro das películas a serem utilizadas e seu nome:

c) Modelos das Chapas


As chapas indicadas deverão ser:

d) Composição de Mensagens das Placas – Tipo de Película

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Controle de Qualidade
A medida da retrorrefletância será efetuada sempre que solicitada pela SINFRA ou empresa
contratada.

Os aparelhos deverão ter seus certificados de aferição apresentados à SINFRA sempre que
solicitados.

Reforços e União de Módulos das Placas


Todos os componentes de fixação das placas deverão estar de acordo com o tamanho das
placas, devendo suportar as cargas e resistir à ação dos ventos e das intempéries.

Placas tipo “A” e “B”


O reforço/contraventamento deverá ser de madeira aparelhada, colocado na diagonal e
horizontal das placas de advertência, no diâmetro horizontal das placas de regulamentação,
dois reforços horizontais a 15 cm dos bordos superior e inferior das placas indicativas e
horizontalmente no meio de qualquer outro tipo de placa.

Suportes para fixação de placas de sinalização


Os elementos de fixação a serem utilizados serão os seguintes:

a) Suportes em madeira
São dispositivos de sustentação das placas de sinalização viária e devem atender aos
aspectos estruturais, estéticos e de durabilidade. Os suportes devem ser confeccionados com
madeira de eucalipto, serrada, aparelhada e devidamente tratada com material protetor
hidrossolúvel em autoclave sob vácuo e alta pressão, de acordo com o disposto na lei nº 4797
de 20/10/1965 e no decreto nº 58.016 de 18/03/1966, de forma a poder receber pintura de cor
preta. Devem apresentar índice de retenção e penetração de 6,5 kg do material protetor por
m³ de madeira, conforme NBR 6232.

As peças devem ter seção quadrada de 0,075 m x 0,075 m com os cantos biselados ou
chanfrados na largura de 0,01 m longitudinalmente e com a extremidade superior terminada
em duplo bisel. Os postes devem ser pintados com duas demãos, com tinta à base de
borracha clorada ou esmalte sintético na cor preta.

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O sistema de fixação, parafusos, arruelas, porcas e outros elementos metálicos devem ser
galvanizados (zincado) por imersão à quente com zincagem mínima de acordo com a ABNT
NBR 6323.

Instrução para Implantação das Placas


 Posicionamento das Placas de Solo em Relação à Via
a) Posicionamento Transversal
Quanto ao posicionamento transversal, a sinalização vertical deve ser posicionada à margem
direita da rodovia, a uma distância segura, porém dentro do cone visual do motorista e frontais
ao fluxo de tráfego.

Algumas situações especiais justificam um posicionamento na margem esquerda, ou até,


placas dos dois lados da pista, conforme orientação do SINFRA.

c) Posicionamento Longitudinal
O posicionamento longitudinal da sinalização vertical ao longo da via depende da distância de
visibilidade necessária para sua visualização e pelo tipo de situação que se está
regulamentando, onde cada caso é estudado separadamente.

Por sua vez, a distância de visibilidade necessária para a visualização do sinal é composta
pela distância percorrida (na velocidade de operação da rodovia), correspondente ao tempo
de percepção e reação, acrescida da distância que vai desde o ponto limite do campo visual
do motorista até o sinal.

A tabela apresentada a seguir, relaciona distâncias de visibilidade para as velocidades de


operação mais adotadas, considerando um tempo de percepção e reação de 3,0 segundos.

2.5 PAGAMENTO PLACAS


O preço unitário inclui mão de obra de fabricação e implantação no solo, todos os materiais
da fabricação de placas simples ou moduladas e transporte até o local da implantação,

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fornecimento dos postes de madeira e travessas e elementos de fixação. Será medida a área
efetiva da placa.

2.6 IMPLANTAÇÃO DA SINALIZAÇÃO VERTICAL DE SOLO (ES – 340/97)

Remoção de Sinalização Vertical


Antes da implantação da sinalização vertical, a Contratada deverá, através de um supervisor
de campo, analisar a existência de interferências enterradas e suspensas nos locais
determinados para a instalação da sinalização. Havendo qualquer interferência, deverá
comunicar-se imediatamente com a fiscalização da SINFRA para providências de
reposicionamento da sinalização.

As perfurações executadas e não aproveitadas pelo aparecimento de interferências, deverão


ser reaterradas e o piso original recomposto às expensas da Contratada.

Durante a execução da sinalização vertical, todos os danos causados: a redes de


Concessionárias da faixa de domínio, a qualquer bem público ou de terceiros, serão de
exclusiva responsabilidade da Contratada, que arcará com todos os ônus e reparos
correspondentes.

As fundações para suportes de sinalização vertical devem ter forma circular, com diâmetro
equivalente a 3 (três) vezes o diâmetro do suporte e compatível com este, devendo ser
executadas manualmente, sempre que possível.

Implantação de suportes de sinalização


 Logo depois de executadas as escavações, serão instalados os suportes de
sinalização de acordo com o tipo determinado para cada local;
 Os suportes serão instalados perfeitamente no prumo e o lançamento do concreto
(fck = 10 Mpa) será feito em camadas de 20cm de altura, devidamente apiloadas;
 Somente após o tempo de endurecimento do concreto devem ser colocadas as
placas de sinalização;
 Todo entulho resultante da colocação de suportes de sinalização deverá ser
recolhido pela equipe no instante da execução dos serviços, bem como deverá ser efetuada
a recomposição do piso original;
 Os tipos de suportes a serem utilizados, suas dimensões e respectivas
fundações, serão informados pela fiscalização.

Remoção de sinalização vertical


Os serviços de remoção de sinalização vertical existente serão executados sempre na data
determinada nas “Ordens de Serviço”, salvo quando houver orientação em contrário da

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fiscalização da SINFRA. Os locais de onde forem retirados os postes deverão ser reaterrados,
o piso original recomposto e o entulho recolhido, imediatamente, às expensas da Contratada.

A placa e o suporte retirado deve ser transportado para local indicado pela fiscalização.

As providências acima são necessárias para que cada “Ordem de Serviço” seja considerada
concluída.

O desenvolvimento e a entrega de cada serviço deverá ser compatível com a data e a hora
de término estabelecidos em cada “Ordem de Serviço” fornecida pela SINFRA, não se
admitindo a retirada de placas de sinalização que interfiram com o esquema de circulação
existente, antes da deflagração da implantação, exceto quando determinado pela fiscalização
da SINFRA. Não se admitirá, igualmente, que qualquer serviço de colocação, retirada ou
remanejamento de placas seja feito sem que a competente “Ordem de Serviço” tenha sido
emitida e passada à Contratada.

Os tipos de suportes a serem utilizados, suas dimensões e respectivas fundações, serão


informados pela fiscalização.

Sempre que houver necessidade, poderá ser determinada pela fiscalização da SINFRA a
instalação de placas cobertas por material não transparente. A remoção dessas coberturas
será realizada pelas equipes de implantação da sinalização no momento da instalação de
novas placas, sem que isto represente qualquer acréscimo no valor dos serviços executados.

Todos os ônus decorrentes da execução de serviços em desacordo com os manuais de


sinalização, especificações da fiscalização ou com a presente Especificação Técnica correrão
por conta exclusiva da Contratada.

Equipe de trabalho
A equipe deverá ser composta com pessoal que atenda as seguintes finalidades:
 Supervisão;
 Remoção dos suportes e das placas; execução/fechamento do buraco e aterro;
 Operação dos equipamentos e veículos envolvidos; e
 Sinalização e canalização de segurança e apoio operacional.

Equipamentos e veículos
 Veículo para carga dos materiais e veículo de apoio;
 Plataforma elevatória ou equipamento com sistema de elevação para placas
moduladas de solo ou suspensas;
 Martelete rompedor hidráulico ou pneumático;

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 Caminhão equipado com guindauto tipo Munck, para placas modulas suspensas;
 Depósito para água e detergente;
 1(um) equipamento motor/bomba com pressão e vazão compatíveis com o
serviço;
 Todas as ferramentas necessárias para a implantação/retirada de placas de solo
e suspensas; e
 Gerador para acionamento de equipamentos manuais.

2.7 INSPEÇÃO
Durante a execução dos serviços serão realizadas inspeções pela fiscalização da SINFRA
onde serão verificados se todos os itens estão sendo atendidos.

2.8 MEDIÇÃO E PAGAMENTO


Para efeito de medição, os serviços serão considerados concluídos, depois de executados
todos os serviços e recolhido todo o entulho ou sobra de materiais resultantes da execução
dos mesmos.

O pagamento da remoção será por metro quadrado de placa removida.

3 DISPOSITIVOS AUXILIARES

Os dispositivos auxiliares de percurso têm como finalidade básica orientar o percurso dos
usuários, complementando a sua percepção ao se aproximarem de situações potenciais de
risco e contribuindo para delas alertá-los. São particularmente importantes em trajetos
noturnos, ou com má visibilidade causada por condições adversas do tempo.

Na zona da interseção, foram utilizados como dispositivos auxiliares de sinalização,


dispositivos delimitadores de acordo com o Manual de Sinalização Rodoviária do DNIT-2017.
Estes elementos são utilizados para melhorar a percepção do condutor quanto aos limites do
espaço destinado ao rolamento e a sua separação em faixas de circulação.

3.1 ONDULAÇÕES TRANSVERSAIS


Definição – é um dispositivo físico implantado sobre a superfície da pista, transversalmente
ao eixo da via, com a finalidade de reduzir, de forma imperativa, a velocidade dos veículos.

Nos pontos críticos e nas proximidades de perímetros urbanos municipais deverão ser
implantadas redutores de velocidade do tipo ondulações transversais - lombadas que deverão
ser construídas seguindo os parâmetros estabelecidos pela Resolução Nº 39/98 – CONTRAN.

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As ondulações transversais às vias públicas deverão ser do TIPO A e deverão atender aos
projetos-tipo constantes do ANEXO I.

A ondulação transversal TIPO A só pode ser implantada em local, onde ocorre a necessidade
de limitar a velocidade em 30 km/h e em:
a) via rural (rodovia), somente em travessia de trecho urbanizado;
b) via urbana coletora; e
c) via urbana local.

Deverão apresentar as seguintes dimensões:


TIPO A:
a) L (largura): igual à da pista, mantendo-se as condições de drenagem superficial;
b) C (comprimento): 3,70 m
c) H (altura): 0,08 ≤ H ≤ 0,10m.

Para implantação de ondulações transversais do TIPO A devem ainda ser atendidas,


simultaneamente, as seguintes características relativas à via e ao tráfego local:
a) em rodovia: declividade inferior a 4% ao longo do trecho;
b) em via urbana e em ramos de acesso de rodovias: declividade inferior a 6% ao longo
do trecho;
c) ausência de curva ou interferências que impossibilitem boa visibilidade do dispositivo;
d) existência de pavimento em bom estado de conservação.
e) ausência de guia rebaixada para entrada e saída de veículos;
f) ausência de calçada rebaixada para pedestres.
A colocação de ondulações transversais na via, só será admitida, se acompanhada a
devida sinalização, constando, no mínimo, de:

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a) placa de Regulamentação “Velocidade Máxima Permitida”, R-19, limitando a


velocidade até um máximo de 30 km/h, quando se utilizar a ondulação TIPO A, sempre
antecedendo o obstáculo, devendo a redução de velocidade da via ser gradativa, seguindo
os critérios estabelecidos pelo CONTRAN e restabelecendo a velocidade da via após a
transposição do dispositivo;
Nesse caso, após a transposição do dispositivo, deve ser implantada sinalização de
regulamentação de retomada da velocidade anterior à redução.

b) placas de Advertência “Saliência ou Lombada”, A-18, instaladas, seguindo os


critérios estabelecidos pelo CONTRAN, antes e junto ao dispositivo, devendo esta última ser
complementada com seta de posição, conforme desenho a seguir.

c) no caso de ondulações transversais do TIPO A, implantadas em série, em


rodovias, deverão ser instaladas placas de advertência com informação complementar,
indicando início e término do segmento tratado com estes dispositivos, conforme exemplos
de aplicação anexos.

d) ondulação transversal deve ser demarcada com faixas oblíquas na cor amarela,
inclinadas a 45º em relação à seção transversal da via, no sentido anti-horário, com largura
mínima de 0,25 m pintadas na cor amarela, espaçadas de no máximo de 0,50 m,
alternadamente, sobre o obstáculo admitindo-se, também, a pintura de toda a ondulação
transversal na cor amarela, assim como a intercalada nas cores preta e amarela,
principalmente no caso de pavimentos que necessitem de contraste mais definido

Além dos sinais previstos para a sinalização de ondulações transversais à via, podem ser
utilizados também os seguintes sinais, marcas ou dispositivos para realçar ainda mais a
presença das ondulações:
 legendas inscritas no pavimento, antes dos dispositivos, com as mensagens,
DEVAGAR, LOMBADA ou OBSTÁCULO;
 linhas de estímulo à redução de velocidade.

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Colocação
A colocação da ondulação transversal deve obedecer aos seguintes critérios:

A distância mínima entre ondulações sucessivas deve ser de 50m para rodovia de pista
simples e sentido duplo de circulação, inserida em área urbana e com características físicas
e operacionais similares às de via urbana.

Para serem consideradas em série, as ondulações transversais sucessivas devem estar


espaçadas de no máximo 200m em rodovia.

Relação com outros sinais ou dispositivos


A colocação de ondulação transversal na via deve estar acompanhada da devida
sinalização viária, constituída no mínimo de:

a) sinal de regulamentação R-19 - “Velocidade Máxima Permitida”, limitando a


velocidade em 30 km/h, para a ondulação TIPO A, e em 20 km/h, para a ondulação
transversal TIPO B, sempre antecedendo o obstáculo.

Onde ocorre redução da velocidade regulamentada na aproximação da ondulação


transversal, esta deve ser gradativa e sinalizada conforme os critérios estabelecidos no
Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume I – Sinalização Vertical de
Regulamentação, do CONTRAN.

Nesse caso, após a transposição do dispositivo, deve ser implantada sinalização de


regulamentação de retomada da velocidade anterior à redução.

b) sinal de advertência A-18 - “Saliência ou Lombada”, antes da ondulação


transversal, colocada de acordo com os critérios estabelecidos pelo Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito - Volume II - Sinalização Vertical de Advertência, do CONTRAN.

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c) sinal de advertência A-18 – “Saliência ou Lombada” com seta de posição,


colocada junto à ondulação, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Manual Brasileiro
de Sinalização de Trânsito - Volume II - Sinalização Vertical de Advertência, do CONTRAN,
Figura a seguir.

A implantação de ondulações transversais em série na via, Figura, só será admitida se


acompanhada da devida sinalização viária, constituída no mínimo de:

a) sinal de regulamentação R-19 - “Velocidade Máxima Permitida”, limitando a


velocidade em 30km/h, para a ondulação TIPO A, e em 20km/h, para a ondulação TIPO B,
sempre antecedendo a série;

b) sinal de advertência A-18 - “Saliência ou Lombada”, antes do início da série e


com informação complementar indicando a existência de ondulações transversais em série,
colocadas de acordo com os critérios estabelecidos pelo Manual Brasileiro de Sinalização de
Trânsito - Volume II - Sinalização Vertical de Advertência, do CONTRAN.

c) sinal de advertência A-18 - “Saliência ou Lombada”, com seta de posição


colocada junto a cada ondulação, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Manual
Brasileiro de Sinalização de Trânsito - Volume II - Sinalização Vertical de Advertência, do
CONTRAN, Figura acima e os exemplos a seguir.

A seguir são apresentados três exemplos de aplicação de ondulações transversais em série,


em vias rurais, Figuras a seguir:

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EXEMPLO EM RODOVIA REGULAMENTADA


COM VELOCIDADE MAIOR QUE 80 KM/H,
DL = distância de legibilidade COM O SINAL R-19 – “VELOCIDADE
MÁXIMA PERMITIDA” DE DIÂMETRO
MÍNIMO DE 1,0M.

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EXEMPLO: RODOVIA REGULAMENTADA


COM VELOCIDADE MAIOR QUE 60 KM/H E
DL= distância de legibilidade MENOR OU IGUAL A 80 KM/H, COM O
SINAL R-19 – “VELOCIDADE MÁXIMA
PERMITIDA” DE DIÂMETRO DE 1,0M.

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Sistema semirrígido
Definição

É um dispositivo de proteção contínua deformável, constituído de uma estrutura metálica que


possui forma, resistência e dimensões projetadas para conter e redirecionar veículos
desgovernados

A defensa a ser adotada será do tipo simples.

Defensa Simples - formada por uma linha de lâminas, sustentada por uma linha de postes
de acordo com as características abaixo.

Características
A defensa metálica deve atender às especificações das normas técnicas da ABNT ou
especificações superiores.

A defensa metálica é geralmente constituída de três elementos básicos, conforme figura a


seguir:

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sustentação – elemento fixado ao solo que, além de sustentar o conjunto na sua altura de
projeto, absorve parte da energia resultante da colisão de veículos;

lâmina – elemento projetado para receber e absorver o choque de um veículo e servir de guia
para a sua trajetória até a parada total do veículo ou o seu retorno à pista;

espaçador – elemento intermediário que tem a função de manter o poste de sustentação e a


lâmina separados, para evitar o impacto direto do veículo no poste e prevenir o efeito de
“enganchamento”.

DEFENSA SIMPLES

O sistema de fixação da defensa metálica será fixo (constituído por postes cravados no solo).
As dimensões da lâmina a ser adotada (DUPLA ONDA), compreendem:
H (altura) = 306 ± 3mm
L (largura) = 80 ± 2mm

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a) Colocação
A defensa metálica deve ser implantada de acordo com as normas vigentes, formando um
sistema contínuo, preferencialmente sem aberturas ou interrupções.

Em local onde ocorre a necessidade de interromper a defensa para permitir a passagem de


pedestres, devem ser observados os critérios construtivos de uma abertura segura, conforme
estabelecido em norma técnica da ABNT.

Todo terminal de defensa metálica sujeito a impacto por um veículo deve possuir
características para minimizar os efeitos deste impacto. O terminal deve ser desviado,
ancorado no talude de corte ou complementado com dispositivo atenuador de impacto, sendo
vedado o uso de terminal aéreo frontal ao fluxo de veículos.

Os terminais abatidos sem desvio só podem ser utilizados em trechos com velocidade inferior
a 60 km/h, e devem ser enterrados.

b) Relação com outros sinais ou dispositivos


Em trecho sem acostamento, a defensa metálica deve ser acompanhada de sinalização
horizontal – linha de bordo, afastada a uma distância igual ou superior a 1,00m da faixa de
trânsito, admitindo-se um mínimo de 0,60m em via rural e via urbana de trânsito rápido, e de
0,50m nas demais vias urbanas.

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