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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA ELÉTRICA

TRABALHO AVALIATIVO - AUTOMAÇÃO EM SUBESTAÇÕES DE ENERGIA


ELÉTRICA

Profª. Drª. Luciane Neves Canha

Thais Schmidt

Santa Maria, RS 13 de Abril de 2023.


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Este trabalho tem como objetivo discorrer sobre os aspectos mais importantes, vistos
na palestra transmitida durante a aula da disciplina Subestações de Energia Elétrica. O tema
discutido foi automação de subestações de energia elétrica.

Assim como vários segmentos do mercado, com o avanço das tecnologias e das
possibilidades, a distribuição de energia em média e alta tensão também passou por
transformações. A capacidade dos equipamentos se comunicarem permitiu que as
subestações sofressem processos de digitalização e automação. A norma IEC 61850 nasceu
da necessidade de se padronizar a comunicação entre dispositivos eletrônicos inteligentes
(IEDs) utilizados na proteção e na automação de sistemas elétricos. Atualmente, a norma
apresenta consolidada aplicação na automação dos sistemas elétricos industriais.

A automação traz grandes benefícios para as subestações de energia elétrica:


eficiência operacional – a partir dos prognósticos que se fazem praticáveis com a
automação, é possível elaborar planos de manutenção voltados aos equipamentos que
apresentam comportamentos indevidos; segurança – a recusa de uma proteção por falha
interna pode ser antecipada a partir de sinais de monitoramento no sistema supervisório,
preservando a integridade dos equipamentos, sistema e instalações; supervisão e
telecomando; prognósticos – a possibilidade de analisar previamente os eventos no sistema
permite maior agilidade na pesquisa do problema, no atendimento e, consequentemente, no
tempo médio de reparo no circuito defeituoso; confiabilidade no fornecimento de energia –
a possibilidade de restabelecer a energia remotamente permite que todos os desarmes,
oriundos de defeitos transitórios, sejam restabelecidos. Isso representa, em algumas regiões,
mais de 70% dos desarmes; segurança nas instalações – instalações elétricas, por sua
natureza, oferecem risco à população, uma vez que são expostas e conduzem energia em
baixa, média e alta tensão. Os dispositivos de proteção, alocados nas subestações, garantem
que os circuitos, uma vez submetidos a um defeito externo, sejam desligados no tempo
correto; base única de alarmes e eventos – devido ao grande número de IEDs presente na
planta, somando a dispersão geográfica das subestações, fica impossível para o operador
acompanhar a condição de cada equipamento. Neste caso é importante que o SAS possua
uma lista de alarmes que exiba todos os alarmes ativos no sistema em ordem cronológica;
redução de cabos – a norma IEC 61850 possui grande apelo para a redução de cabos
necessários para construção do esquema de controle e proteção entre os dispositivos; redução
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de tempo de comissionamento – neste cenário é “dispensada” a utilização dos famigerados


mapas de memória; sincronismo temporal – a sincronização horária dos relés de proteção
busca fornecer ao operador do sistema assertividade no momento de análise de um distúrbio
ocorrido na planta

Porém, para que haja sucesso na automação de uma subestação, faz-se necessário:
entender a demanda de cada cliente para oferecer a solução mais bem customizada para a sua
necessidade; estudar a viabilidade técnica e financeira do projeto de forma que traga
benefícios ao cliente final; compreender a capacidade e as principais características dos
equipamentos e sistemas para projetar um esquema de proteção ágil, seletivo e robusto, de
forma a desligar o menor trecho defeituoso possível e permitir a reenergização rápida do
sistema; executar uma obra de forma que sejam antecipados os riscos de segurança e
qualidade.

Por fim, o maior ganho que justifica a implementação da automação do sistema


elétrico é a retirada do homem da área controlada durante a realização de manobras no
sistema elétrico ou redução da necessidade de deslocamento até a subestação para coleta de
informações. Também, o custo para a atividade realizada remotamente é reduzido
consideravelmente e a tarefa pode ser realizada por um profissional, permitindo que o outro
seja alocado em outra frente de trabalho.

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