Você está na página 1de 49

EE

Francisco Parente































Nome: Adriano da Silva Pereira
Série: 2 A










1
Astronomia


Astronomia é uma ciência multidisciplinar que estuda uma grande variedade de
corpos celestes e fenômenos que acontecem fora da Terra. Ela estuda a Lua, o Sol,
os planetas do Sistema Solar, cometas, galáxias, nebulosas, entre outros, em
busca de entender um pouco melhor o Universo em que vivemos. Veja algumas
das áreas de estudos da astronomia a seguir!

• Astrofísica: envolve a criação de modelos matemáticos e a manipulação


de dados astronômicos para explicar fenômenos que acontecem fora da
Terra.

• Cosmologia: estuda a evolução do Universo desde o seu início, buscando


entender a dinâmica das galáxias e do Universo como um todo.

• Astronomia planetária: consiste em observar os planetas dentro e fora


do Sistema Solar e analisar suas características, como órbita, absorção de
luz etc.

• Astrobiologia: área da astronomia que permeia a Biologia. Ela pesquisa


indicadores de presença de vida em outros planetas.

2
História da astronomia
A história da astronomia começou milhares de anos atrás, quando as
primeiras civilizações precisaram observar o céu para saber quando era o
momento certo para o plantio e a colheita de suas culturas. Outros povos também
usaram a astronomia para elaborar seus primeiros calendários, baseando-se na
posição do Sol, como os maias e os chineses.

Na figura acima, produzida a partir de fotos do telescópio Hubble, é possível


enxergar galáxias primitivas

Os filósofos gregos contribuíram muito para o avanço da astronomia, como é o


caso de:

• Aristóteles, por ter explicado que as fases da Lua estavam relacionadas


com a forma como o Sol as iluminava;

• Aristarco, que foi o primeiro a propor que a Terra girava em torno do Sol;

• Eratóstenes, que mediu com grande precisão o diâmetro da Terra;

• Claudio Ptolomeu, que criou um dos primeiros modelos do Sistema Solar


capazes de prever a posição dos astros.

Séculos depois, Galileu Galilei descobriu as manchas solares, as crateras da Lua


e os satélites naturais de Júpiter, por meio da luneta, que, apesar de existir
naquela época, foi aperfeiçoada pelo físico italiano. Na mesma

3
época, Nicolau Copérnico representou a ruptura com a visão geocêntrica,
propondo um modelo de Sistema Solar em que a Terra orbitava o Sol, assim como
os demais planetas conhecidos, em uma órbita circular. Entretanto, a visão
heliocêntrica só foi estabelecida quando os trabalhos de Johannes Keplerforam
capazes de explicar as órbitas retrógradas.

O trunfo da Astronomia veio juntamente com a teoria da gravitação universal,


estabelecida por Isaac Newton. Por meio dela, Newton foi capaz de explicar a
órbita dos planetas, o período dos cometas, o surgimento das marés e muitos
outros fenômenos astronômicos.

Nos dias atuais, a comunidade de astrônomos tem se esforçado para conquistar o


espaço.

Curiosidades sobre a astronomia


• Apesar de parecer amarelo ou até mesmo laranja, o Sol é branco. Isso
acontece porque essa estrela é capaz de emitir todas as frequências da luz
visível.

• Em Vênus, um dia dura mais que um ano. Isso acontece porque o período
de revolução do planeta é extremamente lento.

• Júpiter e Saturno são gigantes gasosos, por isso, apesar de serem planetas,
todo seu conteúdo é feito de gases, como hidrogênio e hélio.

• Nossa galáxia, a Via-Láctea, tem cerca de 100 milhões de anos-luz de


distância entre uma ponta e outra.

• A luz que sai do Sol leva cerca de 8 minutos para chegar até a Terra.

• A aceleração da gravidade na superfície do Sol chega a mais de 330 m/s².

4
Resumo sobre astronomia
• A astronomia pode ser compreendida como o estudo dos corpos
celestes em geral, bem como de quaisquer fenômenos que ocorrem fora
atmosfera terrestre.

• Essa área do conhecimento pode ser dividida em unidades


temáticas, como: astronomia solar, astronomia estelar, astronomia
galáctica e astronomia extragaláctica. Além dessas, há ainda a cosmologia,
que estuda a estrutura e evolução do universo em larga escala.

• Astrônomos são os profissionais que atuam como pesquisadores no


campo da astronomia. Para se tornar um astrônomo, você pode ingressar
no curso de graduação em astronomia ou, ainda, formar-se em Física e
especializar-se na área da astronomia, fazendo mestrado e doutorado.

Estrelas
As estrelas são grandes esferas formadas por plasma aquecido a
milhares de graus. Seu formato deve-se à sua gravidade, que aponta
em direção ao núcleo da estrela.

As estrelas são grandes esferas de plasma que são alimentadas pela fusão nuclear.

Estrelas são grandes esferas de plasma, mantidas por sua própria gravidade. As estrelas
emitem luz, calor e outros tipos de radiação em razão dos processos de fusão nuclear
que ocorrem em seu interior, liberando grandes quantidades de energia.

5
Como as estrelas são criadas?

As estrelas formam-se pela condensação de gases que se aglutinam pela


atração gravitacional. As grandes nebulosas, por exemplo, são “berçários”
de estrelas, uma vez que, em seu interior, grandes nuvens moleculares dão
origem a novas estrelas. Quando os gases responsáveis pela formação
estelar aproximam-se, a velocidade deles aumenta, impulsionada pela
gravidade local, bem como sua densidade e temperatura.

Durante um período, que pode levar até 10 milhões de anos,


essas protoestrelas(estrelas em estágio inicial de formação) são
compactadas por suas próprias gravidades até que a pressão e temperatura
em seu núcleo sejam suficientes para que os átomos de hidrogênio fundam-
se, produzindo núcleos de hélio. As estrelas que extraem a sua energia da
fusão dos átomos de hidrogênio são chamadas de estrelas de sequência
principal, esse tipo de estrela corresponde a cerca de 90% de todas as
estrelas do Universo.

A partir do momento em que as estrelas tornam-se capazes de


realizar fusõestermonucleares, o seu combustível é consumido, até que a
estrela evolua para o seu estágio final de vida. As possibilidades são muitas:
de acordo com a massa da estrela e o seu raio, é possível estimar como será
o seu futuro. Essas grandezas estelares, como a massa e o raio das estrelas,
são comumente medidas em função da massa solar (M☉) e raio solar (R☉).

Do que as estrelas são feitas?

A maior parte das estrelas, cujas massas são de 0,5M☉ (metade da massa do
Sol) até 2,5M☉, são compostas de hélio e hidrogênio, os elementos mais
abundantes do Universo. Isso acontece, porque essas estrelas não têm
gravidade nem temperaturas suficientemente altas para fundir elementos
mais pesados.

Quando as estrelas são muito massivas: entre 5M☉ e 10M☉ - como as


supergigantes, no seu interior são formados elementos mais pesados que o
hélio. O estágio final de vida dessas estrelas é uma supernova, uma grande
explosão que lança toda a sua matéria e energia pelo espaço, dando origem
a outras estrelas e planetas.

Vida e morte das estrelas

6
O tempo de “vida” das estrelas depende da sua
massa: a rapidez com a qual elas consomem o seu
combustível é o que diz quanto tempo a estrela
mantém o seu brilho, o Sol, por exemplo, consome
menos de 0,01% de sua massa, anualmente,
aumentando sua temperatura e luminosidade.
Estima-se que desde o momento em que o Sol
tornou-se uma estrela de sequência principal, 4,6
bilhões de anos atrás, o seu brilho tenha aumentado
mais de 40%

O Sol é uma estrela de sequência principal. Na foto,


é possível ver detalhes de sua superfície.

As estrelas de sequência principal, chamadas de estrelas anãs, são a


absoluta maioria das estrelas no Universo, o nosso Sol, por exemplo, trata-
se de uma anã amarela, uma estrela de sequência principal de “baixa
temperatura” quando comparada às estrelas mais quentes, como as anãs
azuis. Confira alguns dos estágios evolutivos de estrelas de acordo com a sua
massa:

• Estrelas muito pouco massivas: Essas estrelas, cujas massas são


de até metade da massa solar, eventualmente, resfriam-se após
consumir o hidrogênio em seu interior, tornando-se teoricamente

7
anãs brancas formadas exclusivamente por hélio, entretanto, o
tempo de vida calculado para esse tipo de estrelas é maior que o
do próprio Universo, por isso as estrelas existentes ainda se
tornarão anãs brancas.

• Estrelas pouco massivas: Nos seus estágios finais de vida,


estrelas de até 2,5M☉ passam a formar átomos de carbono e
oxigênio em seu núcleo. Com a diminuição de suas massas e a
consequente diminuição de seu campo gravitacional, essas
estrelas tornam-se gigantes. Durante sua expansão, essas estrelas
expelem suas camadas exteriores, formando nebulosas
planetárias.

• Estrelas de massa intermediária:Essas estrelas têm uma


evolução parecida com as estrelas pouco massivas, depois de sua
expansão, deixam para trás apenas o seu núcleo, dando origem a
estrelas anãs.

• Estrelas massivas: Após ter fundido todo o seu hidrogênio, essas


estrelas expandem-se, tornando estrelas supergigantes, nesse
período, passam a fundir elementos pesados até que sua
gravidade não consiga suportar a força das reações nucleares,
quando isso acontece, essas estrelas explodem, lançando o seu
conteúdo pelo espaço a velocidades altíssimas

8
Tipos de estrelas

Existem diversos tipos de estrelas. Essa designação depende de duas coisas:


da classificação espectral, que diz respeito à temperatura da estrela e ao
tamanho e massa da estrela. A classificação espectral é dada em cores. Em
ordem crescente de temperatura, temos as estrelas vermelhas, laranjas,
amarelas, amarelas-brancas, brancas, azuis-brancas e azuis. Confira a
imagem abaixo sobre a evolução das estrelas:

As estrelas de sequência principal geralmente seguem as etapas acima.

Essa definição de cores diz respeito ao pico de frequência emitida pela


estrela e a relacionada à temperatura de emissão de corpo negro. Como as
estrelas produzem quase todas as frequências de radiação
simultaneamente, ao olho humano todas parecem-se esbranquiçadas ao
serem vistas a olho nu.

Confira alguns dos mais importantes tipos de estrelas que existem:

• Estrelas azuis: São estrelas extremamente quentes, a


temperatura de sua superfície pode atingir 30.000 K, são estrelas
muito “novas” em comparação com os demais tipos de estrelas. A
maioria dessas estrelas foi criada há menos 40 milhões de anos.

• Anãs amarelas: Assim como o Sol, essas estrelas são muito


antigas, existindo há bilhões de anos. O futuro dessas estrelas é o
de se tornar uma gigante vermelha.

• Anãs vermelhas: São as estrelas mais comuns, representam cerca


de 73% das estrelas do Universo. Seu brilho é fraco, são estrelas
pouco massivas.

9
• Gigantes azuis: São estrelas de temperaturas superiores a 10.000
K, muito massivas, podendo apresentar até 250 vezes a massa do
Sol.

• Supergigantes azuis: São raras, extremamente quentes e


brilhantes, podem apresentar até mil vezes a massa solar.

• Anãs brancas: Essas estrelas são formadas pelos núcleos de


outras estrelas que ejetaram suas camadas externas, essas
estrelas já não produzem mais fusões nucleares e comumente
rotacionam em torno de seus eixos com velocidades muito altas.

• Estrelas de nêutrons: São estrelas que foram tão comprimidas


que todos os seus prótons e elétrons ejetaram-se em razão da
repulsão elétrica. São muito pequenas, têm entre 5 e 15 km de raio
e suas temperaturas excedem centenas de milhares de graus
Celsius.

Em alguns casos, estrelas supermassivas, com massas superiores a três


massas solares, podem se colapsar, dando origem aos buracos negros. Os
buracos negros não permitem que a luz escape do seu interior em razão de
sua enorme gravidade.

No entanto, em volta dos buracos negros é possível observar os discos de


acreção: são os gases de outras estrelas que os orbitam. Quando acelerados
em direção ao horizonte de eventos, a região dos buracos negros de onde
nada escapa, os gases são aquecidos, passando a emitir diversas
frequências de ondas eletromagnéticas.

Qual é o número de estrelas do céu?

Apesar de parecer simples, essa é uma pergunta


extremamente difícil de responder, simplesmente por
que não é possível contar um número tão grande de
forma direta. Estima-se, entretanto, que existam pelo
menos 1010 galáxias no Universo observável, que
podem conter alguns bilhões de estrelas.

10
As galáxias da imagem acima se encontram a, pelo
menos, 13,4 bilhões de anos-luz

Em nossa galáxia, a via láctea, e também em nossa vizinha mais próxima, a


galáxia de Andrômeda, por exemplo, existem pelo menos 100 bilhões de
estrelas, em razão disso, as estimativas dos astrônomos indicam que devam
existir pelo menos 1021estrelas em todo o Universo.

Apesar do enorme número de estrelas, uma ínfima parte delas é visível da


Terra a olho nu. Daqui, sem o auxílio de qualquer instrumento óptico, só é
possível enxergar cerca de 10.000 estrelas.

Nomes de estrelas

Atualmente, existem cerca de 330 nomes oficiais e próprios dados para as


estrelas. Confira alguns desses nomes, bem como algumas características
de cada uma dessas estrelas:

11
• Canis Majoris: A estrela VY Canis Majoris (nomenclatura científica)
é uma das maiores estrelas conhecidas, essa hipergigante tem
cerca de 1420 raios solares.

• Sirius: Sirius é uma estrela binária, a mais brilhante do céu,


localizada a 8,6 anos-luz da Terra.

• Canopus: É a segunda estrela mais brilhante do céu, está a uma


distância de 310 anos-luz da Terra.

• Aldebarã: É uma gigante vermelha, a mais brilhante da


constelação de Touro, localizada a 65 anos-luz da Terra.

• Rigel: É a estrela mais brilhante da constelação de Órion e a sétima


estrela mais brilhante do céu.

• Betelgeuse: É a décima segunda estrela mais brilhante do céu e a


estrela mais brilhante da constelação de Órion.

• Antares: É uma estrela supergigante, com rádio superior a 822


raios solares, é localizada a 600 anos-luz da Terra.

• Canopus: É uma supergigante vermelha, a estrela mais brilhante


da constelação de Carina.

12
Planetas do Sistema Solar
O Sistema Solar é formado por um conjunto de oito planetas que orbitam
o Sol: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

O Sistema Solar é formado por oito planetas que orbitam o Sol.

Os planetas do Sistema Solar formam um agrupamento de oito corpos


celestes que orbitam o Sol: Mercúrio, Vênus Terra, Marte, Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno. São classificados em planetas rochosos (formados
predominantemente por rochas e minerais) e em planetas gasosos
(constituídos por gases diversos). Até tempos atrás, mais precisamente
2006, o Sistema Solar era composto por nove planetas, porém Plutão foi
reclassificado como planeta-anão no referido ano.

Resumo sobre planetas do Sistema Solar

• O Sistema Solar é uma estrutura complexa formada por oito


planetas que orbitam o Sol.

• Seu ordenamento inicia-se a partir do Sol e obedece à seguinte


ordem: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e
Netuno.

• Seus planetas apresentam características distintas e são


classificados em rochosos e gasosos.

• Os quatro planetas rochosos são Mercúrio, Vênus, Terra e Marte; já


os quatro gasosos são Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

13
• Eles realizam movimentos em torno de si mesmos (rotação) e em
torno do Sol (translação).

• Atualmente, Plutão é classificado como planeta-anão em razão do


seu tamanho diminuto quando comparado aos demais planetas
do sistema.

Qual a ordem dos planetas do Sistema Solar?

O Sistema Solar é formado por um conjunto de oito planetas. A sua


ordenação dá-se a partir do Sol, principal astro do sistema e orbitado pelos
planetas em questão. A ordem dos planetas do Sistema Solar é a seguinte:

Mercúrio – Vênus – Terra – Marte – Júpiter – Saturno – Urano – Netuno

Quais as características dos planetas do Sistema


Solar?

Os oito planetas do Sistema Solar têm características bastante específicas


que remetem à sua formação e à sua constituição. A listagem abaixo
apresenta todos eles e suas principais características.

14
→ Mercúrio

Mercúrio é um planeta que possui elevadas temperaturas pela proximidade


com o Sol, mas não é o mais quente.

O planeta Mercúrio é o mais próximo do Sol. A sua principal característica


são as elevadas temperaturas, provocadas especialmente pela sua
proximidade com a estrela solar assim como pela ausência de uma camada
de gases completa, como a atmosfera terrestre. Mercúrio não apresenta
satélites naturais e possui uma superfície marcada por grandes crateras.

→ Vênus

Vênus é o planeta mais quente do Sistema Solar.

O planeta Vênus, sendo o segundo em ordem de classificação a partir do Sol,


é o mais quente do Sistema Solar. Ele possui características de tamanho,
diâmetro e massa muito semelhantes às da Terra, mas não possui nenhum
vestígio de formas de vida. Sua formação, assim como a da Terra, é
composta por rochas diversas, com destaque para silicatos e basaltos.

15
→ Terra

A Terra é o único planeta do Sistema Solar em que há presença confirmada de formas de


vida.

O planeta Terra é o único do Sistema Solar em que há presença confirmada


de formas de vida. Tal fato é possível mediante questões físicas, com a
disponibilidade de água e a presença de uma atmosferabastante
desenvolvida. A Terra é um planeta rochoso, formado por silicatos e
basaltos, além de apresentar diversos recursos minerais. A Lua é seu único
satélite natural.

→ Marte

Marte é um dos planetas mais estudados atualmente.

Marte, conhecido como Planeta Vermelho, possui características estruturais


bastante semelhantes às da Terra. Apresenta uma superfície marcada por
grandes crateras e pela ocorrência de diversos depósitos minerais. Marte
possui dois satélites naturais, e é um dos planetas mais estudados pelas
ciências astronômicas.

16
→ Júpiter

Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar.

Júpiter é formado basicamente por gases e é classificado então como


planeta gasoso. Sendo o maior em tamanho do Sistema Solar, é conhecido
como Gigante Gasoso. Esse astro possui inúmeros satélites naturais que o
orbitam. Assim como os outros planetas gasosos, em Júpiter há um sistema
de anéis, de pequena dimensão.

→ Saturno

Saturno é particularmente conhecido por seus anéis.

O planeta Saturno é muito conhecido em razão dos seus anéis. Ele é o


segundo maior em extensão territorial e é formado predominantemente por
gases. Seu complexo sistema de anéis é o mais desenvolvido entre os
planetas gasosos. As temperaturas em Saturno, assim como nos outros
planetas gasosos, são bastante baixas. Ele possui diversos satélites naturais.

17
→Urano

Netuno é um planeta conhecido pelo seu característico tom azulado.

O planeta Urano é formado principalmente por gases. Ele é bastante


desconhecido pela ciência. Há em Urano, assim como nos outros planetas
gasosos, um sistema de anéis. Também possui diversos satélites naturais. A
luminosidade solar chega de forma bastante diminuta à sua superfície. Esse
planeta é conhecido por seu tom azulado devido aos gases da sua
atmosfera.

→ Netuno

Netuno é o planeta mais distante do Sol.

Netuno é o mais distante do Sol entre todos os planetas do Sistema Solar.


Sua estrutura é formada predominantemente por gases. Esse planeta possui
um complexo sistema de satélites e também tem anéis que o circundam.
Suas temperaturas são extremamente baixas. Também possui baixa
luminosidade e é pouco conhecido pela ciência.

Tipos de planetas

Os oito planetas do Sistema Solar são divididos conforme a sua formação e


a sua constituição. Eles são classificados em dois grandes grupos:

18
• Telúricos, terrestres ou rochosos:formado por Mercúrio, Vênus,
Terra e Marte. Esse grupo possui como característica comum a sua
constituição predominantemente formada por rochas e minerais.
Eles também são os planetas mais próximos do Sol.

• Jovianos, gigantes ou gasosos: composto por Júpiter, Saturno,


Urano e Netuno. Esse agrupamento tem como semelhança em
comum a sua constituição formada principalmente por gases.
Estão mais distantes do Sol.

Movimento dos planetas

Os planetas do Sistema Solar realizam diversos movimentos, seja em torno


do seu próprio eixo, seja em torno do Sol. Os dois principais movimentos
planetários são:

• Movimento de rotação: é realizado pelo planeta em torno do seu


próprio eixo. O planeta Terra realiza o movimento rotacional com
duração aproximada de um dia civil.

• Movimento de translação: é realizado pelo planeta em torno do


Sol. O planeta Terra realiza uma volta no Sol, chamada translação,
com duração próxima de um ano civil.

Plutão é um planeta?

O planeta-anão Plutão era considerado um planeta até o ano de 2006. A


partir de então, por meio de estudos astronômicos, a União Astronômica
Internacional (UAI) optou por rebaixá-lo à categoria planeta-anão em razão
do seu tamanho reduzido. Portanto, desde 2006, o Sistema Solar conta com
apenas oito planetas.

Atualmente, Plutão é classificado como planeta-anão.

19
Curiosidades sobre os planetas do Sistema Solar

• O planeta Mercúrio é o que apresenta a menor dimensão entre os


oito planetas do Sistema Solar.

• O planeta Vênus é conhecido como Estrela d’Alva por causa da sua


grande luminosidade vista da Terra.

• O planeta Terra é formado por três camadas internas, que


possuem características distintas. São elas: crosta terrestre,
manto e núcleo.

• O planeta Netuno foi o último a ser descoberto entre os atuais oito


planetas que compõem o Sistema Solar

• O movimento de rotação em Vênus é realizado de forma


retrógrada, ou seja, de maneira diferente dos demais planetas do
Sistema Solar.

• Além dos planetas, o Sistema Solar possui diversos outros corpos


celestes, como os planetas-anões. Os dois principais são Ceres e
Plutão.

20
Como surgiram os satélites de comunicação?

Se falamos em espaço sideral, é impossível não lembrar dos famosos


satélites artificiais. E, quando se descobriu o potencial de lucro dessa
tecnologia, os países mais desenvolvidos da economia global não
hesitaram em investir.

Hoje há um grande mercado de produtos e serviços que utilizam satélite


como televisão, telefonia, internet, dentre vários outros. Inicialmente uma
ferramenta de pesquisa e exploração, hoje o satélite é uma tecnologia
amplamente utilizada para fins comerciais.

A ideia de se comunicar através de um satélite apareceu pela primeira vez


no conto intitulado “The Brick Moon”, do escritor americano Edward
Everett Hale publicado na revista mensal The Atlantic Monthly, na década
de 1870.

A história fictícia descreve o lançamento de um objeto feito de tijolos em


direção à órbita da Terra. A descrição é muito parecida com a forma como
um satélite opera. O aparato da história ajudava na navegação dos
marinheiros, através da recepção e repasse de sinais de código Morse.

Mas o começo das discussões mais práticas acerca de um satélite ser


capaz de transmitir sinais globais de comunicação aconteceu em 1945,
quando um oficial de eletrônica, especializado em radares e membro da
Sociedade Interplanetária Britânica, Arthur C. Clarke, escreveu um artigo
na revista Wireless World.

Clarke ficou conhecido como o autor de vários livros de ficção científica –


o mais conhecido deles é “2001: Uma Odisséia no Espaço”. Mas foi
também quem introduziu a ideia dos satélites de comunicação ao
descrever o uso de uma tecnologia tripulada na órbita espacial durante
24 horas para distribuir programas de televisão e qualquer outro tipo de
comunicação.

21
Outro influenciador com imensa importância no contexto do surgimento
dos satélites de comunicação foi o cientista John Pierce, dos Laboratórios
Bell, departamento de pesquisa do conglomerado da AT&T, empresa
pioneira da telecomunicação mundial. Foi lá que nasceram grandes
inovações do ramo, como a fibra óptica, telefonia celular e os satélites de
comunicação.

Em 1954, Pierce começou a estudar como colocar na prática a teoria dos


satélites de comunicações. Desde então, contribuiu muito com as suas
pesquisas e artigos, mostrando como as ondas de rádio transmitidas por
um satélite no espaço poderiam ajudar a globalizar a comunicação.

Os primeiros satélites de comunicação

O primeiro satélite lançado para elevar a comunicação a um status global


foi o Echo I. O projeto desenvolvido pela Agência Nacional de
Administração Espacial (NASA) em parceria com os Laboratórios Bell foi
encabeçado justamente por John Pierce, que convenceu a NASA a
transformar uma operação meramente de pesquisa para uma missão
específica de comunicação, em agosto de 1960.

O Echo 1 foi projetado para refletir ondas de comunicação a sinais


transcontinentais e intercontinentais de telefone, rádio e televisão. Em
órbita, o Echo 1 foi responsável por retransmitir uma mensagem gravada
do então presidente dos Estados Unidos, Dwight Eisenhower, a vários
operadores de rádio do país.

Após essa fase experimental, a NASA e as empresas de telecomunicações


passaram a usar os satélites de uma forma mais comercial. Em 1962, a
equipe de John Pierce desenvolveu o Telstar I, que era um modelo mais
moderno e o primeiro satélite a transmitir ao vivo imagens televisivas entre
a Europa e a América do Norte.

22
Outro importante satélite da época foi o projeto Syncom, lançado pela NASA
e desenvolvido pela empresa Hughes Aircraft. Foram lançados alguns
modelos, mas o 3º foi responsável, por exemplo, pela transmissão da
Olimpíada de Tóquio, em 1964, para os Estados Unidos. Foi o primeiro
grande evento esportivo transmitido por satélite.

Essa foi a época do “boom” dos satélites de comunicação, movimento


incentivado em larga escala pelo governo dos Estados Unidos, que
compôs a linha de frente dos países interessados neste tipo de tecnologia.

O investimento e o interesse eram tão grandes que o presidente John F.


Kennedy assinou a Lei do Satélite das Comunicações, em 1962, conhecida
como “Communications Satellite Act”. As normas deram surgimento ao
consórcio Intelsat, importante organização do setor, que reunia e
administrava as principais estações terrestres de telecomunicação do
mundo e, também, lançava satélites.

Os satélites da Intelsat foram os responsáveis pelo sucesso comercial do


segmento e as primeiras comunicações, de fato, globais. O Intelsat I
(Early Bird), o Intelsat II e o ATS-1 foram usados, em 1967, para a
primeira transmissão de um show, na ocasião a performance de All You
Need Is Love, dos Beatles. Na época, cerca de 400 milhões de pessoas

23
assistiram a apresentação do grupo britânico.
Dois anos depois, os satélites da Intelsat transmitiriam ao vivo o grande
triunfo do homem chegando à lua, em 1969, para mais de 600 milhões de
pessoas.

Situação atual dos satélites de comunicação

Na órbita terrestre existem mais de 4000 satélites registrados pela ONU,


porém, a organização não contabiliza quais desses estão ativos. A maior
parte deles destina-se ao setor de telecomunicação.

O Brasil, desde 1985, conta com 27 satélites lançados por conta própria
ou em parceria com outros países, sendo 19 deles voltados para serviços
de telecomunicação.


Linha do tempo: Os primeiros satélites

Confira a evolução dos principais satélites até o “boom” dos tipos de


telecomunicação na década de 1960.

● 1957 – O primeiro satélite artificial é lançado ao espaço pelos russos.


Denominado Sputnik 1, testou a primeira comunicação interespacial,
transmitindo um sinal breve e simples, como um “bip-bip”.

● 1957 – No mesmo ano, os russos lançam o Sputnik 2, levando a bordo a


cadela Laika, o primeiro ser vivo lançado ao espaço.

● 1958 – Na acirrada disputa durante a Guerra Fria, os Estados Unidos


lançam o Explorer, primeiro satélite artificial terrestre dos norte-
americanos.

24
● 1959 – Com um ano de criação da NASA, a agência espacial dos Estados
Unidos lança o primeiro satélite destinado aos serviços meteorológicos,
chamado de Tiros 1.

● 1960 – Considerado o primeiro satélite de comunicações do mundo, o


Echo 1 é lançado pela NASA em parceria com a AT&T.

● 1962 – A mesma equipe da AT&T lança em parceria com a NASA o


Telstar I, o primeiro capaz de transmitir imagens televisivas ao vivo entre
a Europa e a América do Norte.

● 1964 – O Syncom 3 é o primeiro satélite lançado em órbita


geoestacionária, enviando o seu sinal para apenas um ponto do globo,
criando um sistema em cadeia no qual cada região teria um satélite de
cobertura num futuro próximo.

A tecnologia dos satélites de comunicação evoluiu muito com o passar


dos anos, especialmente pela larga possibilidade de utilização da mesma
nos mais diversos setores e, ainda, sua contribuição para diminuição de
fronteiras entre os países.

Corpos celestes
Corpo celeste é uma expressão que designa o grupo de objetos presentes
no Sistema Solar, podendo ser planetas, estrelas, asteroides, cometas,
meteoroides e satélites naturais.

O Sol é um corpo celeste classificado como estrela.

Os corpos celestes são um conjunto de astros situados no espaço sideral.


Eles têm características específicas em relação ao tamanho, composição e
iluminação. Os corpos celestes são: planetas, estrelas, asteroides, cometas,
meteoroides e satélites naturais. O Sistema Solar é formado por um
conjunto de oito planetas, que orbitam uma estrela, o Sol. Há ainda nele um
conjunto de corpos celestes, que orbitam estrelas e planetas, sendo eles os

25
asteroides, cometas, meteoroides e satélites naturais. Os corpos celestes
são objetos de estudo, principalmente, da Astronomia.

Resumo sobre corpos celestes

• Corpos celestes são o conjunto de elementos presentes no espaço


sideral, com destaque para os planetas que fazem parte do
Sistema Solar.

• Além dos planetas e das estrelas, há outros corpos celestes, sendo


eles os asteroides, cometas, meteoroides e satélites naturais.

• O Sistema Solar é formado por um conjunto de oito planetas:


Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

• A principal estrela do Sistema Solar é o Sol, que emite luz, calor e


radiação e influencia diversos processos astronômicos.

• Os asteroides, cometas e meteoroides são corpos celestes de


tamanhos diminutos que orbitam o espaço sideral.

• O Sistema Solar possui diversos satélites naturais. A Lua é o único


satélite natural do planeta Terra.

O que são os corpos celestes?

O termo corpo celeste designa todos os astros que fazem parte do Sistema
Solar. Dessa forma, são constituintes desse grupo: planetas, estrelas,
asteroides, cometas, meteoroides e satélites naturais. A origem do termo
está ligada à astronomia, ciência responsável pelo estudo desses objetos
presentes no espaço sideral. Os corpos celestes possuem características
bastante específicas, que permitem a sua classificação.

Tipos de corpos celestes e suas características

→ Planetas

26
Os planetas possuem aspectos físicos mais específicos, como massa e
temperatura, além disso, são os corpos celestes de maior tamanho do
Sistema Solar. Todos os planetas do Sistema Solar orbitam o Sol. Os
planetas são corpos celestes que não têm luz própria, sendo iluminados
principalmente pelo Sol. Os planetas do Sistema Solar
são: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

O Sistema Solar conta atualmente com oito planetas.

→ Estrelas

As estrelas são corpos celestes com luz própria. Estão distribuídas de forma
heterogênea ao longo do espaço sideral, sendo a maior e principal estrela
do Sistema Solar o Sol. O conjunto de estrelas é chamado de constelação.

→ Asteroides

Os asteroides são pequenos corpos celestes formados por fragmentos de


rochas e se encontram espalhados ao longo do espaço sideral. A
movimentação desses corpos ocorre de forma aleatória no espaço.

→ Cometas

Os cometas são corpos celestes de tamanhos diminutos, formados


principalmente por fragmentos de rocha e gelo, que têm como
especificidade uma cauda luminosa. A luminosidade da cauda dos cometas
é fruto de uma reação química proveniente do seu contato com a radiação
solar.

→ Meteoroides

27
Os meteoroides são corpos celestes de dimensões bastante
reduzidas, formados por fragmentos rochosos e/ou metálicos, que
orbitam o espaço sideral. Dos meteoroides, originam-se os meteoros e os
meteoritos.

→ Satélites naturais

Os satélites naturais são corpos celestes que orbitam outros corpos do


Sistema Solar, especialmente outros planetas. Há uma infinidade de
satélites distribuídos ao redor dos planetas. O satélite natural da Terra é
a Lua.

Curiosidades sobre os corpos celestes

• O corpo celeste mais próximo da Terra é a Lua. Esse satélite natural


orbita a esfera terrestre, influenciando, inclusive, eventos
terráqueos, como as marés.

• Os meteoros são meteoroides que rompem a atmosfera terrestre;


já os meteoritos são meteoroides que atingem a superfície do
planeta.

• Os planetas do Sistema Solar são divididos em dois grandes


grupos de acordo com sua constituição: planetas
rochosos e planetas gasosos.

• Os planetas do Sistema Solar orbitam o Sol. O planeta mais


próximo do Sol é Mercúrio; já o mais distante é Netuno.

• O Sistema Solar possuía, até o ano de 2006, nove planetas,


porém Plutão foi rebaixado para

28
força gravitacional
Você sabe o que é força gravitacional? Trata-se de uma força de atração
que surge entre todos os corpos que possuem massa. Saiba mais sobre
essa força e a sua relação com o “peso” de um corpo. Veja também
algumas informações curiosas sobre o tema, como o valor da gravidade
terrestre e o da Lua.

A gravidade na Lua é bem menor que na Terra. Ao pisar na Lua, os


astronautas sentiram-se quase cinco vezes mais leves do que aqui na
Terra.

A força gravitacional é uma força atrativa que surge entre todos os


corpos com massa. O planeta Terra, por exemplo, é capaz de atrair os
corpos ao seu redor em direção ao seu centro por causa de seu campo
gravitacional.

O que é a força gravitacional?

Geralmente a força gravitacional é muito pequena e só pode ser


percebida nos casos em que pelo menos um dos corpos possui uma
massa muito grande, como a massa de uma estrela ou de um planeta.
Neste exato momento, você está sendo atraído por todos os objetos ao
seu redor, mas essas forças são tão fracas que você não percebe. Se você
tentar pular o mais alto que conseguir, mesmo que se esforce muito, não

29
conseguirá passar de uma determinada altura simplesmente porque a
Terra puxa você constantemente para baixo. Podemos dizer que: A força
de atração gravitacional depende das massas dos corpos envolvidos.
Quanto maior a massa, maior será a força de atração existente entre eles.

Ninguém sabe de fato qual é a origem da força gravitacional, somente


entendemos o seu funcionamento: quanto mais distantes estiverem os
corpos, menor será a força de atração entre eles. Todavia, mesmo distantes,
a força de atração entre o Sol e todos os planetasdo Sistema Solar é suficiente
para mantê-los em órbitas regulares.

Quando os planetas estão em órbita em torno do Sol (o mesmo vale para a Lua
orbitando a Terra), eles estão “caindo” em direção ao Sol, mas como as suas
velocidades orbitais são muito grandes e fazem um ângulo de 90º com a força
gravitacional, suas distâncias em relação ao Sol permanecem
aproximadamente constantes, sofrendo somente pequenas variações.

A aceleração da gravidade foi observada e estudada por diversos cientistas,


como GalileuGalilei e Isaac Newton, ao longo dos séculos. No entanto, foi
Newton quem conseguiu calcular pela primeira vez a força de atração
gravitacional entre dois corpos por meio da Lei da Gravitação Universal.

Gravidade terrestre
A força da gravidade é capaz de acelerar os corpos em direção uns aos outros.
Essa aceleração é chamada de gravidade. Ao nível do mar, a gravidade terrestre
é de aproximadamente 9,8 m/s² (metros por segundo ao quadrado), ou seja,
qualquer corpo solto a essa altura é atraído em direção ao centro da Terra com
uma velocidade que aumenta em 9,8 m/s a cada segundo de queda, ou seja,
quanto maior for o tempo que um corpo levar para cair, maior será a sua
velocidade no momento em que ele chegar ao solo. Assim, se não levarmos em
conta o atrito com o ar, todos os corpos que caem ao nível do mar possuem a
sua velocidade aumentada em aproximadamente 9,8 metros por segundo a
cada segundo.

Peso x Massa
A força gravitacional com a qual a Terra atrai todos os corpos ao seu redor é
chamada de força peso ou simplesmente peso. Cuidado: quando nos
referimos à quantidade de matéria que compõe algum corpo, fazemos
referência à massa, e não ao peso. É importante não confundir esses conceitos,
já que o peso é a força gravitacional que um corpo é capaz de exercer
em qualquer outro corpo que tenha massa. A massa é apenas uma quantidade
de matéria, geralmente medida em gramas ou quilogramas, por exemplo,
contida em um corpo.

30
Curiosidades
• A força gravitacional que a Lua faz sobre a Terra é suficiente para
arrastar a água do mar e formar as marés;
• Mesmo a 150 milhões de quilômetros de distância, a força de atração
gravitacional do Sol é suficientemente forte para manter a Terra presa
em sua órbita;
• Os buracos negros são os corpos celestes que apresentam os maiores
valores de gravidade conhecidos no Universo;
• Por ter uma massa muito menor que a massa da Terra, a Lua possui sua
gravidade cerca de cinco vezes menor, valendo aproximadamente 1,6
m/s²;
• Sem a sua gravidade, a Terra não teria atmosfera, e tudo o que se
encontra fixo na superfície terrestre estaria simplesmente
“flutuando” pelo espaço vazio.

O que é espectroscopia e para que serve?

Você já deve saber que nós da Bionexus respiramos inovação e tecnologia, não é? E para
trazer o melhor em ciência aplicada na área de instrumentação, uma das técnicas de
engenharia que utilizamos é a espectroscopia.
E o que é?
Se fizermos uma breve pesquisa na internet, vamos encontrar a definição: A
espectroscopia é o estudo da interação entre a radiação eletromagnética e a matéria [1].
Isso significa que qualquer matéria, desde alimentos como leite, água, café, cerveja, vinho e
outros líquidos ou sólidos, por exemplo, interagem com ondas eletromagnéticas, tais como
a luz e a eletricidade. Essa interação é perceptível através de algumas variações nos
parâmetros da onda.

O termo espectro se refere a faixa de comprimentos de onda da radiação eletromagnética.


De alguma forma, tudo o que existe emite uma vibração e a partir desta constatação, a
ciência desenvolve sistemas que interagem com esse princípio para enviar e obter
informações, muitas vezes, de forma simples, prática e com baixo custo.

Na figura abaixo, estão ilustrados os tipos de radiação eletromagnéticas conhecidos, os


elementos que operam nas faixas e a proporção do comprimento de onda que cada um
possui. Veja que interessante a pequena faixa que representa a radiação eletromagnética
visível pelo olho humano (Visible Spectrum), ou seja, a região das cores da luz que
enxergamos, e que são apenas essa estreita faixa neste amplo mundo das radiações
espectrais.

31
Cada variedade de radiação tem sua própria freqüência, o que lhe confere sua própria
“assinatura”. Essas ondas incluem rádio, micro, infravermelho, visível, ultravioleta, raios X e
raios gama. Por exemplo, uma onda de rádio é usada para enviar sinais a dispositivos como um
rádio AM para ouvir uma transmissão ou música. Fonte: ComputerHope.com

Como isso é utilizado?


O princípio se baseia em emitir um ou mais tipos de onda eletromagnética em um elemento,
e, devido as interações com os constituintes do elemento, como elétrons, prótons e íons
presentes na matéria, alterações ocorrem nas suas características como resposta a presença
das ondas. Dentre as principais, estão mudanças na frequência, amplitude, fase e formato
de onda [2]. Ao medir-se esta nova onda distorcida é possível fazer a análise e encontrar
correlações em aplicações práticas.

A espectroscopia é crucial em praticamente todos os campos da ciência e tecnologia. É


possível encontrar este artifício na física, química, astronomia, biomedicina, engenharia de
alimentos, aeronáutica e diversas outras. Você sabia que o equipamento de diagnóstico de
imagem por ressonância magnética, por exemplo, se baseia na espectroscopia de
radiofrequência de ondas magnéticas que interagem com o núcleo das células do nosso
corpo [3]?
Onde encontrar?
Como falamos, a espectroscopia está presente em muitas áreas. Então, desde o seu celular,
o sinal da TV, a luz do sol, equipamentos médicos, analisadores de alimentos e muitos
outros que estão presentes no seu dia-a-dia aplicam os conceitos desta ciência para
proporcionar diversos benefícios.

E aqui na Bionexus nós usamos essa tecnologia para análise de alimentos e outras
aplicações científicas, incluindo o Milkspec, nosso produto para realizar análise de
parâmetros da qualidade do leite através da espectroscopia de impedância elétrica. Essa
ténica de espectroscopia é inovadora no mercado de leite que está acostumado com as
técnicas por infravermelho e ultrassom. No método por impedância, é possível determinar
diversos parâmetros da qualidade e composição do leite de maneira muito mais barata e
com a mesma confiança [4].

32
O que é radiação?
Radiação são variados tipos de energia na forma de partículas ou de ondas
eletromagnéticas que se deslocam no espaço. As radiações apresentam diferentes
composições e origens.

Radiação é um processo físico de emissão (saída) e de propagação


(deslocamento) de energia por meio de partículas ou de ondas
eletromagnéticas em movimento. Esse processo pode ocorrer em um
meio material ou no espaço (vácuo).

São exemplos de radiações bastante conhecidas e comentadas: alfa, beta,


gama, raio X, ultravioleta, luz visível, ondas de rádio, infravermelha,
micro-ondas, etc.

1- Classificação das radiações


De acordo com sua origem, as radiações são classificadas em naturais ou
artificiais.

1.1- Naturais

São aquelas radiações que partem de uma fonte não produzida por
tecnologia humana e que ocorrem de forma espontânea. Entre alguns
exemplos, temos a radiação nuclear, eliminada do interior do núcleo do
átomo de um elemento químico.

Elementos radiativos naturais podem ser encontrados em rochas ou em


sedimentos, por exemplo. Outro exemplo de radiação natural são as
radiações cósmicas (prótons, elétrons, nêutrons, mésons, neutrinos,

33
núcleos leves e radiação gama), provenientes de explosões solares e
estelares.

1.2- Artificiais

São radiações produzidas a partir de equipamentos elétricos, nos quais


partículas, como os elétrons, são aceleradas. É o caso dos tubos de raio
Xutilizados em radiodiagnóstico.

Existem também as radiações produzidas a partir de equipamentos não


elétricos, que são elementos químicos irradiados a partir da aceleração de
partículas.

1.3- Nucleares

São radiações que partem do interior do núcleo de um átomo instável. O


núcleo é instável quando o átomo apresenta, em média, 84 ou mais
prótons em seu interior. As radiações nucleares são apenas três: alfa (α),
beta (β) e gama (γ).

2- Tipos de radiações
De acordo com sua capacidade de interagir com a matéria, as radiações
são classificadas em ionizantes, não ionizantes e eletromagnéticas.

2.1- Ionizantes

São radiações que, ao entrarem em contato com os átomos, promovem a


saída de elétrons das órbitas, fazendo com que o átomo passe a ser um
cátion, ou seja, um átomo deficiente em elétrons.

Essas radiações podem provocar ionização e excitação dos átomos e


moléculas, provocando modificação (ao menos temporária) na estrutura
das moléculas. O dano mais importante é o que ocorre no DNA.

Entre os principais exemplos de radiações ionizantes, temos:

34
• Radiação alfa: é composta por dois prótons e dois nêutrons e
apresenta baixo poder de penetração.
• Radiação beta: é formada por um elétron e apresenta poder de
penetração com relação às radiações alfa, gama e raio X.
• Radiação gama e radiação X: são radiações
eletromagnéticas que se diferenciam apenas pela origem (gama é
nuclear, e raio X é artificial) e apresentam elevado poder de
penetração.

2.2- Não ionizantes

São radiações que não são capazes de retirar elétrons das órbitas
(eletrosferas) de seus átomos. Assim, continuam sendo átomos estáveis.
Essas radiações não podem provocar ionização e excitação dos átomos e
moléculas. Assim, não provocam modificação (ao menos temporária) na
estrutura das moléculas. Entre os principais exemplos desse tipo de
radiação, temos:

• Infravermelha: é uma radiação que está localiza abaixo do


vermelho no diagrama de energia, possuindo um comprimento de
onda entre 700 nm e 50000 nm.

• Micro-ondas: são radiações produzidas por sistemas eletrônicos a


partir de osciladores, apresentando frequência mais elevada que as
ondas de rádio. São utilizadas de forma doméstica para aquecer
alimentos e podem transportar sinais de TV ou de comunicações
eletrônicas.
• Luz visível: possui frequência compreendida entre 4,6 x 1014 Hz e
6,7 x 1014 Hz, com comprimento de onda de 450 nm a 700 nm. É
capaz de sensibilizar nossa visão.
• Ultravioleta: radiação emitida por alguns átomos quando
excitados, acompanhando a emissão de luz. Tem comprimento de
onda entre 10 nm a 700 nm. Exemplo: lâmpadas de vapor mercúrio
(Hg).

35
• Ondas de rádio: são radiações de baixa frequência, em torno de
108Hz, com comprimento de onda de 1 cm a 10000 nm. São
utilizadas para transmissões de rádio.

2.3- Eletromagnéticas

São ondas que possuem campo magnético e campo elétrico, os quais se


propagam no ar ou no vácuo a uma velocidade de 300 000 km/s. Essas
radiações (raio gama, raio X, ultravioleta, infravermelha, micro-ondas)
diferenciam-se por seus comprimentos de onda, como podemos ver na
imagem do espectro eletromagnético abaixo:

Comprimentos de onda de diferentes tipos de radiações


eletromagnéticas.

3- Malefícios das radiações


Animais, plantas, solo, água e ar podem ser afetados pela radiação, cada
um de uma forma. O solo, a água e o ar, na realidade, quando
contaminados com matéria radiativo, passam a ser meios disseminadores
da radiação para os seres vivos.

Nos seres vivos, as radiações levam, basicamente, a dois efeitos:

• Mutações gênicas: a ação da radiação é capaz de modificar o DNA


da célula, fazendo com que uma célula perca sua função ou passe a
desempenhar uma nova função. Exemplo: mutações genéticas
podem levar à formação de novos tecidos ou fazer com que uma
célula passe a desempenhar uma nova função, promovendo assim o
aparecimento de tumor.
• Quebras de moléculas: a radiação pode quebrar o DNA das
moléculas e prejudicar o processo de multiplicação celular. Esse

36
processo pode fazer com que as células não consigam mais
transmitir seu patrimônio genético durante sua multiplicação. A
função celular pode ou não ser afetada.

É válido ressaltar que a extensão dos danos causados pela radiação


depende de dois fatores muito importantes: a dose (quantidade de
radiação que o organismo recebeu) e o tempo de exposição.

→ Malefícios a curto prazo


• Náusea
• Vômito
• Diarreia
• Febre
• Dor de cabeça
• Queimaduras
• Alteração na produção de sangue
• Rompimento de plaquetas
• Queda na resistência imunológica

→ Malefícios a longo prazo


• Câncer de pele, pulmão e outros
• Presença de radiação em toda a cadeia alimentar
• Diminuição da fertilidade

4- Utilizações das radiações


Independente do tipo (ionizante ou não ionizante) e origem (nuclear ou
não nuclear), as radiações apresentam diversas utilizações. Entre elas,
podemos destacar:

• Esterilização de materiais cirúrgicos (médicos ou odontológicos);


• Esterilização de alimentos industrializados;

Obs.: a esterilização é realizada visando à eliminação de micro-


organismos como fungos e bactérias.

37
• Utilização na radioterapia (alternativa para o tratamento do
câncer);
• Realização de exames médicos de imagem (mamografia, radiografia
e tomografia computadorizada);
• Utilização no controle de qualidade de produção de peças
metálicas, principalmente para aviões;
• Datação de fósseis e artefatos históricos por meio do carbono-14;
• Estudo do crescimento de plantas;
• Estudo do comportamento de insetos.

Partículas elementares

Foram os filósofos gregos que primeiro observaram a grande quantidade


de matéria existente na natureza. Eles então deduziram que tudo isso
devesse vir de algo que pudesse originar tal variedade.

Demócrito e Leucipo já usavam o termo átomo por volta de 460 a.C., para
fins de estudo, mas foi apenas no século XIX que houve a convicção de que
toda matéria de fato é constituída por átomos.

Acreditou-se que o átomo seria a origem da matéria, pelo fato de que, no


século XIX, cerca de 100 tipos de átomos já haviam sido mapeados. Mas
esse número foi ficando cada vez maior, o que levou os pesquisadores a
observarem a existência de partículas ainda menores presentes na
constituição do átomo. Definiram, então, que os átomos são formados por
elétrons, prótons e nêutrons.

A divisão atômica é feita da seguinte forma:

38
Na parte central do átomo está concentrado o núcleo. Dentro desse núcleo
encontramos prótons e nêutrons,que são também conhecidos
como nucleons.

Os nêutrons são formados por quarks, que se dividem em dois


tipos: u e d.

Acredita-se que os quarks sejam os principais responsáveis pela


constituição da matéria.

Existem seis espécies de quarks, u (up), d (down), c (charmed), s


(strange), b(bottom) e t (top), em que cada uma delas possui três cores:
vermelho, verde e azul.

Uma das características dos quarks é possuir cargas elétricas fracionadas,


que ficam sempre “presas” em outras partículas chamadas hádrons.

Os hádrons podem ser formados por três quarks ou por apenas um quark
e um antiquark:

• Quando são formados por três quarks, os hádrons recebem o nome de


bárions;
• Quando formado por um quark e um antiquark, recebem o nome de
mésons.

Na parte externa do núcleo, ou seja, em volta dele, estão presentes os


elétrons, que giram em torno do núcleo em órbitas circulares, formando
assim a eletrosfera.

Abordamos então um pouco das partículas elementares, mas o principal é


considerar campos de força e interações, o que direcionará este estudo
para as partículas mediadoras, que são fundamentais para a natureza

39
A força nuclear
A força nuclear é uma interação que ocorre junto aos prótons
e nêutrons do núcleo de um átomo.

Em nossos estudos vimos que o núcleo de um átomo é composto por


prótons e nêutrons. Sabemos que os prótons são portadores de cargas
elétricas positivas, já os nêutrons não possuem cargas, ou seja, são
partículas neutras. Vimos também que partículas de mesma carga elétrica
exercem entre si uma força de repulsão, já as cargas de sinais contrários
exercem uma força de atração entre si.

De acordo com essa “regrinha”, cargas de mesmo sinal se repelem. Então


qual é a força que faz com que os prótons fiquem juntos no interior do
núcleo de um átomo?

Em resposta a esse questionamento, podemos dizer que à medida que


dois prótons vão se aproximando, as forças de repulsão ficam cada vez
mais intensas. Vejamos a ilustração acima. Como é possível que eles
fiquem unidos no núcleo?

Em uma análise mais profunda, em nível atômico, podemos dizer que a


razão para tal acontecimento é que entre os prótons há a existência de
outro tipo de força, uma força diferente das que conhecemos
(gravitacional e elétrica), com as seguintes características:

40
É uma força de atração que só existe quando a distância (d) que separa os
prótons é tal que d ≤ 10-15 m. Assim, podemos dizer que para uma
distância d ≤ 10-15 m, ela é uma força mais intensa do que a força de
repulsão elétrica.

Hoje conhecemos essa força como força nuclear. Vamos fazer o seguinte
experimento apenas de pensamento, onde tentamos aproximar dois
prótons, começando de uma situação em que a distância d se torna igual a
10-15 m, repentinamente começa a atuar a força nuclear, atraindo e
juntando os prótons.

A força nuclear atua também entre dois nêutrons, assim como entre um
próton e um nêutron. É ela então que garante a estabilidade do núcleo.
Esse é o motivo de ser tão difícil arrancar prótons e nêutrons do núcleo
de um átomo. É mais fácil arrancar elétrons, que não sofrem a ação da
força nuclear.

A força nuclear forte


Na física, força forte é a interação entre quarks e glúons descrita
pela cromodinâmica quântica. Antigamente, era entendida como a força nuclear,
que ocorria entre prótons e nêutrons, até então considerados indivisíveis.
Sempre foi classificada como uma interação fundamental da natureza.
A força nuclear forte é uma das quatro forças fundamentais da natureza. É
também a mais forte, embora tenha um curtíssimo raio de ação de
aproximadamente 10-14 metros[1] (ou 0,0001 Å ; 1 ångström = 10-10 metros). O
trabalho pioneiro sobre as forças fortes foi realizado pelo físico
japonês Yukawa[2] em 1935, mas até meados da década de 1970 não havia uma
teoria capaz de explicar os fenômenos nucleares. Foi então que surgiu
a cromodinâmica quântica, a teoria que explica os fenômenos que ocorrem no
interior do núcleo atômico. As outras forças fundamentais são força nuclear
fraca, força eletromagnéticae a força gravitacional.

41
Força Nuclear Fraca
A força nuclear fraca é uma das forças fundamentais da Natureza – sendo
estas, forças não redutíveis a qualquer outra e que regulam o modo como a
matéria interage entre si-, representada pelo decaimento radioativo. Ao contrário
da força nuclear forte, também afeta os léptons (partículas quânticas que formam
os elétrons, múons, taus e neutrinos).

Apesar de serem primariamente mais fortes que a força eletromagnética, os


seus mediadores (Bósons W e Z) são muito pesados e lentos, o que não lhes
conferem a qualidade de bons transmissores de energia: o bóson Z chega a ser
mais de 22 mil vezes mais massivo que um quark Up. Por isso, a força nuclear
fraca é a menos considerável (em relação à força) das quatro forças
fundamentais. Seu raio de alcance é 1000 vezes menor que o raio de alcance
da força nuclear forte.

Entretanto, para o entendimento mais profundo de força nuclear fraca, alguns


conceitos devem ser apresentados:

Bósons
Os bósons são estruturas quânticas que possuem spin magnético (basicamente,
orientação de uma partícula quando exposta a campo magnético) inteiro,
diferente dos elétrons, por exemplo, que possuem spin fracionário (-1/2 ou +1/2).

Os bósons de calibre são os mediadores de interações fundamentais da


Natureza: fótons(para interações eletromagnéticas), glúons (para força nuclear
forte), e os bósons W e Z (para força nuclear fraca).

Bósons W-Z
Os Bósons W e Z são os bósons mediadores da força nuclear fraca, e se diferem
apenas pela carga de atuação: os bósons W atuam como mediadores em
interações fracas de partículas carregadas, sendo W+ para as partículas
carregadas negativamente ou W-para as partículas carregadas positivamente.
Constituindo, assim as chamadas correntes carregadas; os bósons Z são
neutros e, portanto, atuam em interações fracas de partículas de carga nula.
Constituem correntes neutras.

Como já foi dito anteriormente, esses mediadores possuem massas elevadas


em comparação a outras partículas quânticas e são lentos. Por isso não
transportam as “informações de interação” com eficiência, o que ocasiona uma
perda significativa da interação com a força nuclear fraca.

42
Ação do Bóson W

Ação do Bóson Z

43
O que é um acelerador de partículas?
Aceleradores de partículas são máquinas
capazes de aumentar a velocidade de átomos
carregados, prótons ou elétrons por meio da
aplicação de campos elétricos e magnéticos.

Acelerador de partículas é uma máquina


capaz de acelerar prótons, elétrons ou átomos
carregados, confinando-os em feixes estreitos,
com velocidades próximas da velocidade da luz,
por meio da aplicação de intensos campos
elétricos e magnéticos. Os aceleradores de
partículas são usados para investigação
científica e, também, para a produção de
radiação síncroton.

44
Como funciona um acelerador de partículas?
Os aceleradores de partículas usam campos
elétricos para aumentar a velocidade de
partículas como prótons e elétrons por meio de
uma grande diferença de potencial. A trajetória
dessas partículas é controlada por um intenso
campo magnético externo, responsável por
focalizar o feixe de partículas, deixando-o cada
vez mais estreito.
A energia cinética das partículas que se movem
dentro dos aceleradores é medida em uma
unidade pouco convencional, o elétron-volt (eV).
Essa unidade equivale à quanta energia é
armazenada em elétron quando submetido a um
potencial elétrico de 1 V. Um elétron-volt
equivale a acerca
de 1,6.10-19 J, e, nos aceleradores de partículas
modernos, é possível
atingir colisões entre partículas cuja energia é
próxima de 7 TeV (7.1012 eV). Para que
tamanha quantidade de energia seja atingida,
prótons e elétrons são acelerados a mais de
99% da velocidade da luz.
Os mais simples aceleradores de partículas são
o gerador de Van der Graaf e o tubo de raios
catódicos (usado nas televisões CRT, também
conhecidas como TVs de tubo), ambos

45
aceleradores lineares e eletrostáticos.
Lineares por que fazem com que as cargas
elétricas ganhem velocidade ao longo de uma
trajetória retilínea, e eletrostáticos por operarem
com campos elétricos constantes, ou seja,
que não variam com o tempo.
Os aceleradores de partículas modernos
apresentam aceleradores lineares e circulares.
Um exemplo dos aceleradores modernos é o
LHC (Large Hadron Collider). No LHC, os
prótons são injetados em um acelerador linear,
em seguida, esse feixe de prótons é direcionado
a uma sequência de anéis. Nesses anéis o feixe
de prótons é cada vez mais colimado por
campos magnéticos e acelerado por campos
elétricos dinâmicos.
Para que serve um acelerador de partículas?
Os aceleradores de partículas têm muitas
utilidades, a mais comum delas é aquela em que
se busca “visualizar” subpartículas
extremamente energéticas, como os quarks e
os bósons de Higgs. Essas partículas só
podem ser observadas por instantes muito
breves, quando dois átomos que se movem em
velocidades muito próximas da velocidade da
luz colidem-se frontalmente.

46
Alguns aceleradores de partículas investigam colisões altamente
energéticas entre partículas.

Os aceleradores de partículas também servem para produzir


radiação síncroton.

A radiação síncroton é o nome que se dá às ondas eletromagnéticas


emitidas pelas partículas que se movem no anel circular de um
acelerador de partículas. A radiação é emitida por partículas
aceleradas, desse modo, alguns aceleradores de partículas
conseguem produzir diferentes “linhas de luz” — raios x, raios gama
e quaisquer frequências desejadas. Essas radiações são utilizadas
para os mais diversos fins: análise estrutural de materiais,
tratamentos oncológicos, exames de imagem etc.

Onde ficam os aceleradores de partículas?


A maior parte dos aceleradores de partículas está nas
universidades e centros de pesquisa espalhados pelo
mundo. Atualmente existem cerca de 30 mil
aceleradores de partículas em operação.
Aceleradores de partículas no Brasil
O Brasil possui grandes aceleradores de partículas no
Laboratório Nacional de Luz Síncroton (LNLS),
entre eles se destaca o Sirius, uma das mais
modernas fontes de luz síncroton de 4a geração do
Brasil e do mundo. O novo acelerador de partículas
está sendo implementado e atenderá diversos

47
propósitos, como pesquisas acadêmicas
relacionadas à energia, ao meio ambiente, à defesa,
às indústrias, à saúde etc.
O acelerador Sirius será capaz de produzir linhas de
luz bilhões de vezes mais intensas que as produzidas
pelo UVX, inaugurado em 1997 e encerrado em 2019.
Dessa maneira, novas pesquisas poderão ser
realizadas, impulsionando o desenvolvimento da
ciência nacional.
Fusão e Fissão Nuclear

Durante a segunda Guerra Mundial, a humanidade se deparou


com uma arma que chocou o mundo. A destruição das cidades
de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, mostrou ao mundo o grande
poder de destruição da fissão nuclear.
Fissão nuclear é o processo em que se “bombardeia” o núcleo
de um elemento radioativo, com um nêutron. Essa colisão
resulta na criação de um isótopo do átomo, totalmente instável,
que se quebra formando dois novos elementos e liberando
grandes quantidades de energia.
A fusão nuclear ocorre quando dois ou mais núcleos de um
mesmo elemento se fundem e formam outro elemento, liberando
energia. Um exemplo de fusão nuclear é o que acontece o no
interior das estrelas, quando quatro núcleos de hidrogênio se

48
fundem para formar um átomo de hélio. Esse processo libera
uma quantidade de energia muito maior do que a liberada no
processo de fissão nuclear.

Em 1952, foi criada a bomba H (bomba de hidrogênio), que tinha


como reator nuclear a fusão do hidrogênio. Essa incrível arma
de destruição gerou, em seu primeiro experimento, uma energia
cerca de mil vezes maior do que a bomba A (bomba atômica) de
fissão nuclear.
A principal diferença entre o reator de uma bomba atômica e o
reator de uma usina nuclear, é que nessa a reação de fissão é
controlada, e acontece sempre em quantidades suficientes para
aquecer a água, que irá evaporar e girar as turbinas da usina.
Na bomba atômica essa reação não é controlada.
Atualmente, a produção de energia nuclear tem se destinado à
obtenção de energia elétrica, chamadas de usinas
termonucleares. Esse nome se dá em razão do aquecimento dos
nêutrons, usados para a fissão do núcleo deátomos como o
urânio (235U), que gera um alto grau de agitação, fazendo do
nêutron um excelente projétil para quebra do núcleo.

49

Você também pode gostar