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VERSÃO PRELIMINAR
1. Introdução .............................................................................................................. 1
3. Compressores ........................................................................................................... 32
Bibliografia:
A segunda lei da termodinâmica afirma que o calor flui sempre através das fronteiras
do sistema na direção de queda de temperatura.
CONDUÇÃO DE CALOR
dQ! = q ( x, t ) ! n dA = q cos ! dA
q = !k grad ! k = kˆ (! , p )
Esta é a lei básica para a condução de calor, a lei de Fourier. O sinal negativo nesta
equação vem da segunda lei da termodinâmica, pois o calor flui na direção da queda
de temperatura. A constante de proporcionalidade (k) é uma propriedade do material,
a condutividade térmica, que depende tanto da temperatura θ quanto da pressão p, e,
em misturas, também de sua composição.
Perfis de velocidade v e
temperatura θ num fluido em
função da distância à parede y
O
calor
flui
da
parede
para
o
fluido,
devido
à
diferença
de
temperatura
!W ! ! F ,
mas,
se
o
fluido
for
mais
quente
do
que
a
parede,
! F > !W ,
o
fluido
será
resfriado
à
medida
que
o
calor
escoar
para
o
interior
da
parede.
O
fluxo
de
calor
para
a
parede
qW
depende
dos
campos
de
temperatura
e
de
velocidade
do
fluido.
Define-‐se
o
coeficiente
de
transferência
de
calor
local,
ou
coeficiente
de
filme,
ou
de
película
( h ):
qW
(
qW = h !W ! ! F ) " h #
!W ! ! F
( )
onde k, ou para ser mais exato k !W , é a condutividade térmica do fluido à
temperatura da parede. O fluxo de calor qW é encontrado a partir do gradiente do
perfil de temperatura do fluido na parede e h é determinado pelo gradiente do perfil
de temperatura na parede e a diferença entre as temperaturas da parede e do fluido.
Assim, para calcular o coeficiente de transferência de calor h , o conhecimento do
campo de temperatura no fluido é necessário. Este campo é, por sua vez,
influenciado pelo campo de velocidades no interior do fluido. Assim, a teoria da
transferência de calor por convecção tem como relações fundamentais os balanços de
energia e as equações de movimento do fluido.
Perfil de temperatura e
balanço de energia em
seção reta de um canal
dQ! = h (!W ! ! F ) dA
H! = ! SC
! h (" ) v " n dA = m! h (! ) m! = ! SC
! v " n dA
! !F
h (! ) = h0 + !"c p #$ (! % ! 0 ) h (! F ) = h0 + !"c p #$ (! F % ! 0 )
!0 !0
1 !
! F = !0 + ! & " !c # (! % ! ) v ' n dA
" p $ 0
SC !0
m! !"c p #$
F
!0
1
!F ( & !" v ' n dA (c p constante) dH! = m! c p d ! F
m! SC
A temperatura adiabática de mistura ! F definida acima é a ligação entre o coeficiente
de transferência de calor local ( h )
e
o
fluxo
de
entalpia
para
qualquer
seção
transversal:
dQ! = h !W ! ! F dA = m! c p d ! F
( )
RADIAÇÃO TÉRMICA
Todas as formas de matéria emitem energia para seu entorno através de ondas
eletromagnéticas, porque a matéria tem uma temperatura termodinâmica positiva.
Este tipo de liberação de energia é conhecido como radiação térmica ou radiação de
calor. A emissão de radiação é devido à conversão da energia interna do corpo em
energia que é transportada por ondas eletromagnéticas. Quando as ondas
eletromagnéticas colidem em qualquer matéria, parte da energia é absorvida, e o
restante é refletido ou transmitido. A energia de radiação que é absorvida pelo
corpo é convertida em energia interna. A radiação térmica causa um tipo especial de
transferência de calor, que é conhecido como a troca radiativa. O transporte de
radiação não necessita de qualquer matéria, como as ondas electromagnéticas
também pode viajar através do vácuo. Isso permite que o calor seja transferido
entre dois corpos a grandes distâncias. Desta forma, a terra recebe um grande fluxo de
energia do sol.
Existe um limite superior para a emissão de radiação de calor, que depende apenas da
temperatura termodinâmica T do corpo radiante. O fluxo máximo de calor a partir
da superfície de um corpo radiante é dado pela lei de Stefan-Boltzmann, derivada
partir da teoria eletromagnética da radiação usando a segunda lei da termodinâmica:
q!S = ! T 4
! = 5,67 !10"8 W / m 2 K 4
Um emissor, cujo poder emissivo, ou fluxo de calor emitido por radiação, atinge o
valor máximo de q!S = ! T 4 , é chamado um corpo negro. Este é um emissor ideal,
logo seu poder emissivo não pode ser superado por nenhum outro corpo na mesma
temperatura. Por outro lado, um corpo negro absorve toda a radiação incidente, e é,
portanto, um absorvedor ideal. O poder emissivo de radiadores reais pode ser
descrito por meio de um factor de correção, na equação de q!S . Ao colocar
q!S = ! " (T ) T 4
( )
a emissividade ! T ! 1 do radiador fica definida. Esta propriedade do material, a
emissividade, não depende apenas do material em questão, mas também das
condições da superfície, por exemplo da sua rugosidade. Ela é uma medida de quanto
uma superfície se aproxima do comportamento ideal de um corpo negro.
Quando a radiação atinge um corpo, parte dela será refletida, uma parte absorvida e
uma outra transmitida. Estas porções são representados por refletividade ( ! ), a
absortividade ( ! ) e a transmissividade ( ! ). Estas três quantidades adimensionais não
são apenas propriedades do material irradiado, elas também dependem do tipo de
radiação que atinge o corpo. A distribuição de radiação em todo o espectro de
comprimento de onda das ondas eletromagnéticas incidentes sobre o material tem
grande influência nessas propriedades. No entanto, pode-se dizer que sempre
! +" +# =1
A maioria dos corpos sólidos são opacos, não permitindo que nenhum tipo de
radiação seja transmitido, ou seja, ! = 0 . A absortividade de corpos opacos é dada
por ! = 1! " .
A ligação entre a emissão e a absorção é conhecida como a lei de Kirchhoff, que
afirma que a emissividade e a absortividade de uma superfície a uma determinada
temperatura e um determinado comprimento de onda são iguais. Portanto, um bom
emissor de radiação também é um bom absorvedor. Para o radiador ideal, o corpo
negro, as propriedades independem do comprimento de onda e tanto a absortividade
! quanto a emissividade !
são iguais ao valor máximo de um. O corpo negro, que
absorve toda a radiação incidente ( ! = 1 ), também emite mais do que qualquer outro
radiador de acordo com a lei de Stefan-Boltzmann ( ! = 1 ).
Q!em = ! A ! T 4
O fluxo emitido pelo radiador atinge a vizinhança (corpo negro) sendo totalmente
absorvido. A radiação de corpo negro emitida pela vizinhança será parcialmente
absorvida pelo radiador que está a temperatura T e o restante será refletido e
absorvido pela vizinhança (corpo negro). O fluxo de calor absorvido pelo radiador é
Q!ab = ! A ! T S4
Q! = Q!em ! Q!ab = ! A ! T 4 ! ! T S4
( )
Uma hipótese simplificadora bastante usual é tratar o radiador como um corpo
cinzento, no qual a absortividade independe do tipo de radiação incidente e a
emissividade e a absortividade de uma superfície a uma determinada temperatura são
iguais para todos os comprimentos de onda ( ! = " ). Neste caso
Q! = Q!em ! Q!ab = ! A! T 4 ! T S4
( )
Em muitas aplicações a transferência de calor por convecção deve ser considerada em
conjunto com a transferência de calor por radiação. Este é o caso, por exemplo, de um
radiador de calor que libera calor para uma sala que está a uma temperatura mais
baixa. Uma troca de calor por radiação ocorre entre o radiador e as paredes da sala,
enquanto ao mesmo tempo o calor é transferido para o ar por convecção. Estes dois
tipos de transferência de calor ocorrem em paralelo, portanto o fluxo de calor por
convecção e por radiação devem ser adicionados a fim de encontrar o calor total
trocado. O fluxo de calor torna-se então
( ) (
q!total = q!conv + q!rad ! q!total = h T " T A + ! " T 4 " T S4 )
onde h é o coeficiente de calor convectivo (de filme ou película) do ar a uma
temperatura TA. Supondo T A ! T S pode-se juntar, convenientemente, as duas partes:
( )
q!total = h (T ! T S ) + ! " T 4 ! T S4 = ( h + hrad ) (T ! T S )
T 4 ! T S4
hrad =! "
T ! TS
(
= ! " T 2 ! T S2 (T + T S ) )
COEFICIENTE GLOBAL DE TROCA DE CALOR
A análise simplificada da parede de tubo (de grandes dimensões – podendo ser tratado
como uma superfície plana A1 ! A2 ! Amed ) com espessura δ limitado por dois
fluidos, com temperaturas θ1 e θ2, sendo θ2 < θ1 e considerando um escoamento em
regime permanente a partir do fluido 1, através da parede, até o fluido 2, que ocorre
devido à diferença de temperaturas θ1 - θ2 permite calcular o fluxo de calor do fluido
1 para a parede que tem área A1 e está a uma temperatura !w 1 :
Q! = h1 A1 (!1 ! !w 1 )
k
Q! = med Amed (!w 1 ! !w 2 )
!
sendo !w 1
e
!w 2 as
temperaturas
(desconhecidas)
de
cada
um
dos
lados
do
tubo.
O fluxo de calor da parede que tem área A2 e está a uma temperatura !w 2 para o
fluido 2 é dado por
Q! = h2 A2 (!w 2 ! ! 2 )
1 1 ! 1
Q! = U A (!1 ! ! 2 ) com = + +
UA h1 A1 k med Amed h2 A2
!! 1
Q! = = U A !! " RTERM = resistência global à troca de calor
RTERM UA
1 1 " 1 ln(d 2 / d 1 ) 1 %
Q! = U A (!1 ! ! 2 ) com = $ + + '
UA ! L # h1d 1 2k med h2d 2 &
TROCADORES DE CALOR
A energia sob forma de calor é transferida de um fluido escoando para outro fluido
escoando através de um trocador de calor. As duas correntes são separadas por uma
barreira, normalmente a parede de um tubo ou duto, por meio da qual o calor é
transferido do fluido com temperatura mais elevada para o fluido com temperatura
menos elevada. Os trocadores de calor são calculados empregando as equações para
transferência de calor global e os balanços de energia para ambos os fluidos.
Q! = U A (!1 ! ! 2 ) com
1
= RTERM ! Q! =
(! ! ! )
1 2
UA RTERM
OBS 1:
Temperatura ao longo da
área em um Condensador
(fluido 1) com resfriamento
de vapor sobreaquecido (Aa),
condensação propriamente
dita (Ab) e subresfriamento
do condensado (Ac)
utilizando água de
resfriamento (fluido 2) que
escoa em contracorrente
Objetivo do Curso:
Fonte Quente TH
QH
MT
WLIQ
QL
Fonte Fria TL
1ª Lei
WLIQ TL
QH = WLIQ + QL 0 <η = < ηC = 1−
QH TH
1. Introdução
1.1 Revisão de Conceitos Básicos
fronteiras do sistema
sistema
Volume de Controle
superfície de controle
volume de controle
Corpo B:
B Conservação da Massa
Pt M (Pt) = ∫ ρ dV
Pt
n
1
Teor. Transp. Reynolds
Volume Material Volume de Controle
Pt Ω
d ¶
dt Pò
h dV =
¶t Wò
h dV + òh
¶W
v × n dA
¶
¶t Wò
r dV + òr
¶W
v × n dA = 0 FORMA INTEGRAL
1ª Lei da Termodinâmica
Ciclos Termodinâmicos òd Q = òd W
W (< 0) W ( > 0)
Q ( > 0) Q (< 0)
dE ! !
1ª Lei para Volume Material (Sistema) = Q −W
dt
2
potência de bombeamento (fluxo)
potência de eixo
W! = W! P + W!S
(p) (s)
W! P = − ∫ p v ⋅ n dA p: pressão
∂Ω
1 2
E= ò r e dV
Pt
e=u+
2
v + gz
d d p
dt Ω∫ ò r e v. ndA =
∫ ρ e dV = ρ e dV + Q! − W!S − ∫ρ v. n dA
dt Pt ¶W ∂Ω
ρ
d é 1 2 ù é 1 ù
ò ò r êëh + 2 v + gz ú v× n dA = Q! − W!S
2
r êu + v + gz údV +
dt W ë 2 û ¶W û
2ª lei da Termodinâmica
Reversíveis
Possíveis
Processos Irreversíveis
Impossíveis
3
Segunda Lei para Ciclos
δQ
!∫ T
≤ 0
dS Q ou δQ
≥ ΔS ≥ Q! = − ∫ q ⋅ n dA
dt T T ∂ Pt
A taxa de variação da entropia é sempre maior ou igual à taxa de calor recebida dividida
pela temperatura.
Igualdade Þ processo reversível
∂ 1
∂t
∫ ρ s dV + ∫ ρ s v ⋅ n dA ≥ ∫ −T q ⋅ n dA
Ω ∂Ω ∂Ω
Enunciado de Clausius
FONTE QUENTE
QH
REF WLIQ
QL
FONTE FRIA
4
Enunciado de Kelvin – Planck
FONTE QUENTE
QH
MT WLIQ
QL
FONTE FRIA
vazão mássica: m = ∫ ρ v ⋅ n dA ; m = ρ v A
∂Ω
⎡ 1 ⎤ ⎡ 1 2 ⎤
∑ m! ⎢ h + 2 v + gz ⎥ − ∑ m! e ⎢ h + v + gz ⎥ = Q! − W!S
2
s
⎣ ⎦S ⎣ 2 ⎦e
∑ m s hs − ∑ me he = Q − Ws
5
1.6. Máquinas Térmicas, Ciclos e Processos
Terminologia Básica
Máquina Térmica: é uma máquina que, operando ciclicamente, tem por objetivo produzir
trabalho a partir do fornecimento de calor utilizando para isso uma substância denominada
fluido de trabalho.
FONTE QUENTE TH
QH
Q
H
WLIQ = QH - QL
QL
FONTE FRIA TL
Rendimento Térmico
benefício W! LIQ Q! H − Q! L Q!
ηT = = = = 1− L
custo Q! H Q! H Q! H
Q! L ≠ 0 ⇒ 0 < ηT < 1 (Enunciado de Kelvin-Planck da Segunda Lei)
Obs.:
QL QL QH QH
COPR = = COPA = = >1
Wliq QH − QL Wliq QH - QL
6
Exemplos de Fluidos de Trabalho para Diversas Aplicações
Fontes de energia:
y
Curva fechada à ciclo termodinâmico
QH QL Wliq
Legenda:
QH
ΔS32 = S3 − S2 = ∴ QH = ΔS32 .TH
TH
QL QL
DS 14 = S1 - S4 = - \ DS41 = \ QL = DS41TL
TL TL
7
Ex.:
FQ TH=727oC
QH
Wliq
Ciclo a Vapor
QL
FF TL=25oC
ηreal ≈ 38%
TL 25 + 273
ηreal < ηc = 1− = 1− = 0,7 ou 70%
TH 727 + 273
T
isobárica
2 3
2’ 3’
L L+V V
1 4
1’ S
8
Eficiência Térmica
Razão de Trabalho
Mede a razão entre os trabalhos que entram (fornecidos ao ciclo) e saem (fornecidos pelo
ciclo). Deseja-se que ela seja alta, embora seu valor máximo seja 1 (rw <1).
WLIQ è máximo trabalho útil obtido num processo em que o sistema entra em
MAX
Sistema
FQ T H>T o
QH
W liq Ciclo a Vapor
QL
Atmosfera
FF
T L=T o
9
TL WLIQ
Máquina Térmica de Carnot Þ ηC = 1 − = ⇒ WLIQ = ηC QH
TH QH
Define-se:
D = ϕ* − ϕ 0 * à estado
ϕ = H − T0 S 0 à meio
Disponibilidade (de um estado *), dada por ϕ* , é o máximo trabalho líquido que pode
ser obtido no processo em que o sistema entra em equilíbrio com o meio.
D = (H * - T0 S* ) - (H 0 - T0 S0 )
10
W!útil
m! e m! s
Q! vc
Sendo: WMAX = ϕ e − ϕ s
W!útil = m! e he - m! s hs + Q! vc
I! = P! D = m! e (he - To se ) - m! s (hs - To ss ) - m! e he + m! s hs - Q! vc
Então I! = P! D = m! To Ds - Q! vc
I! ³ 0 I! = 0 à Reversível (ideal)
OBS:
• Diagramas de Estado
p
p T2>T1
L
PC
T2 V
S
PT L T1
V L+V
T u
GÁS x VAPOR
Gases não sofrem mudança de fase no processo analisado, enquanto vapores sofrem.
Obs.: Qualquer gás a pressão muito baixa comporta-se como gás ideal.
À temperatura acima da crítica, o vapor superaquecido tem comportamento próximo
ao de gás ideal.
11
2. Instalações a Vapor ou Ciclos a Vapor
Fontes Quentes
• Centrais Convencionais
• Centrais Nucleares
Fontes Frias
12
Representação do ciclo Rankine num diagrama T x s
1à 2 Compressão isentrópica
2à 3 Fornecimento de calor a pressão constante
3à 4 Expansão isentrópica
4à 1 Rejeição de calor a pressão constante
13
1aLei - ciclos
!∫ δ Q = !∫ δ W ⇒ QH − QL = WT − WB = WLIQ
Eficiência:
beneficio
ηt =
custo
W LIQ WT − W B TL
ηt = = ηt ≤ ηCarnot = 1 −
QH QH TH
W LIQ WB
Razão de trabalho: rW = = 1−
WT WT
• Ciclo 1234
Ø P2 muito elevada
Ø Difícil fornecer calor entre 2 ® 2’ e 3’ ® 3 mantendo a variação requerida para
que o processo seja isotérmico.
• Ciclo 1’2’3’4’
Ø 1’ ® 2’ : Bombeamento de mistura líquido-vapor
Ø 3’ ® 4’ : Excessiva umidade na turbina.
• Ciclo 12”3”4
Ø Pressões supercríticas ® problemas nos equipamentos
14
Um exemplo usando o ciclo de Carnot
(Limite Superior para a Eficiência Térmica de ciclos)
15
Eficiência térmica:
W! W! − W! (h − h ) − (h2 − h1 )
η Rankine = !LIQ = T ! B = 3 4
QH QH h3 − h2
h3 − h4
ηR ≅
h3 − h2
T ds = du+ P dv
Exercício: Deduzir as equações:
T ds = dh−v d P
Aproximação:
2 2
∫ d h = ∫ v dp ( d h = v d P + T d s)
1 1
2
h2 − h1 = ∫ v d p ≈ v (P2 − P1 )
1
W! B
= h2 − h1 ≈ v (P2 − P1 ) ≈ v1 (P2 − P1 )
m!
Ex: P2= 800 psia p1 = 1 psia à variação no volume específico do líquido é pequena.
No ciclo Rankine:
WT − W B W
rW = = 1− B
WT WT
Como WB << WT è rW ® 1 Por outro lado, seu rendimento é baixo (cerca de 30%)
16
A melhora da eficiência térmica pode ser obtida através da comparação entre os ciclos de
Rankine e Carnot.
Como:
TL
ηCarnot = 1−
TH
17
ANÁLISE DE VARIAÇÕES NO CICLO IDEAL
Ciclos: 1234
12’3’4’ Comparação dos Rendimentos - Aproximados
TL TL
ηRankine ≅ 1− e η 'Rankine ≅ 1−
TH TH '
18
b) Parâmetro variável: pressão no condensador.
Ciclos: 1 2 3 4
1’ 2’ 3 4’
TL ' TL
η 'Rankine ≅ 1− e ηRankine ≅ 1−
TH TH
• Vantagem
– redução da temperatura média de rejeição de calor.
• Problemas
– Dificuldade de trabalhar com baixas pressões
– Aumento na umidade da turbina.
19
c) Parâmetro variável: temperatura na entrada da turbina (superaquecimento)
Ciclos: 1-2-3-4
1-2-3’-4’
• Vantagem
– Redução da umidade na turbina
• Problemas
– Dificuldade de realizar o processo 3 - 3’
Obs.: O coeficiente de película h do vapor é pequeno.
Q = h A ΔT h¯ Þ A Þ $
• O principal objetivo é a redução na umidade da turbina que diminui a erosão sobre suas
pás ou lâminas.
Na prática, o título não deve ser inferior a 88%.
• A temperatura máxima do fluido de trabalho depende da resistência dos materiais
solicitados (tubos na caldeira e lâminas na turbina) Þ Limite metalúrgico ® limita
a temperatura máxima a altas pressões a cerca de 6000 C
20
Definições:
m! m! 1
SR ≡ = =
! ! !
WT − WB WLIQ wLIQ
⎡ kg / s ⎤ ⎡ kg ⎤
SR : ⎢ ⎥ = 3600 ⎢ ⎥
⎣ kJ / s ⎦ ⎣ kwh ⎦
Q! REF = m! REF c p ΔT ⇒ ΔT ≡ Ts − Te
Q! REF
m! REF =
c p (Ts − Te )
⎡ kg ⎤ ⎡ lbm ⎤
m! REF : ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ s ⎦⎣ h ⎦
Q! REF = Q! L ⇒ Q! L = m! vapor (h4 − h1 )
• alta eficiência;
• alta razão de trabalho;
• baixo consumo específico de vapor.
21
Processos de Reaquecimento e Regeneração:
Como o limite metalúrgico não permite superaquecimento muito elevado, usa-se
reaquecimento e regeneração, que têm a vantagem de aumentar a temperatura média de
fornecimento de calor.
d) Processo de Reaquecimento
Desenvolvido para tirar proveito do aumento do rendimento com o uso de pressão mais
altas e ainda evitar a umidade excessiva nos estágios de baixa pressão da turbina.
• Vantagem:
Redução da umidade no estágio final da turbina.
22
• Cálculo do Rendimento
Observa-se que
ηRankine < ηCarnot pois TH < TH
Rankine Carnot
A ideia dos ciclos com regeneração é elevar a temperatura média de fornecimento de calor
T H , de forma a se aproximar do rendimento do ciclo de Carnot.
23
e.1) Ciclo Ideal
Note que:
QH − QL TL ( S 5' − S 1 ) TL
ηreg = = 1− = 1− = ηCarnot
QH T H S 3 − S 4' )
( TH
• Problemas
24
e.2) Ciclo Regenerativo Prático
25
Obs:
1. A massa de vapor que escoa através dos diversos componentes não é a mesma.
Equações do ciclo:
26
Determinação das Massas Sangradas:
a) Aquecedor A
Primeira Lei Q = W = 0
∑ m h ∑ m h
IN OUT
(mT − m A )h4 + m A h8 = mT h5
h5 − h4
m A = m
h8 − h4 T
b)Aquecedor B
Primeira Lei
m B h9 + (mT − m A − m B )h2 = (mT − m A )h3
(h3 − h2 )
m B = (mT − m A )
(h9 − h2 )
27
e.3) Ciclos Regenerativos utilizando aquecedores fechados ou de superfície
Obs:
1. Para aquecimento ideal ® T5 º T8
2. Processo 8’® 8’’(isentálpico)
3. P4 = P5 = P7
28
CICLOS REAIS DE POTÊNCIA
è wT < wT
R I
wT h3 − h4
EFICIÊNCIA ISOENTRÓPICA è ηT = R
=
wT h3 − h4 s
I
29
PROCESSO IDEAL PROCESSO REAL
s1 = s 2 s s1 < s 2
w B = ( h2 s − h1 ) wT = ( h2 − h1 )
I R
è wB > wB
R I
wB h2 s − h1
EFICIÊNCIA ISOENTRÓPICA è ηB = I
=
wB h2 − h1
R
30
Exercício: Num ciclo Rankine o vapor deixa a caldeira e entra na turbina a 4 MPa e 4000C.
A pressão do condensador é 10 kPa. Determine a eficiência do ciclo (*).
∫ d h = ∫ v dp ( d h = v d p + T d s)
1 1
2
wB = h2 − h1 = ∫ v d p ≈ v1 (P2 − P1 )
1
31
3. Compressores
Compressor eleva uma quantidade de gás m da pressão de sucção Ps até a pressão
de descarga Pd
• Aplicação:
Gases Þ Ciclos de turbina a gás, fornecimento de ar comprimido
Vapores Þ Ciclos de refrigeração, máquinas pneumáticas
1) Compressores a pistão:
• Quanto aos movimentos do pistão Þ Alternativo ou Rotativo.
• Quanto ao número de estágios Þ 1 estágio ou mais de um.
• Quanto à admissão do fluido Þ simples efeito ou duplo efeito.
• Aplicação Þ grandes diferenças pressões e baixas vazões.
2) Compressores de fluxo:
• Ventiladores e turbo-compressores .
• Aplicação Þ pequenas diferenças de pressão e grandes vazões.
32
Esquema de funcionamento:
Análise termodinâmica:
Trabalho de Compressão:
2
w =
1 2 ∫ 1
P dv sendo v o volume específico
Domínio de validade: Processo Quasiestático (Reversível)
Exemplos Básicos:
• Processos Isobáricos
1
w2 = P0 (v 2 − v1 )
33
• Processos Isométricos:
w2 = 0
1
• Processos Politrópicos:
P v n = cte n = expoente politrópico
2 2
cte
w =
1 2 ∫ P dv = ∫v n
dv
1 1
2
" v 1−n %
w
1 2
= cte $ '
#1− n &1
P2 v 2 − P1 v1
1
w2 = onde n ¹ 1
1− n
• Processo Isotérmico:
2
dv 2
w = ∫ cte
1 2
= cte ln v
1 v 1
Pv = cte n = 1
"v % "v %
w
1 2
= P v
2 2
ln $ 2
= P v ln
$ v ' 1 1 $$ v ''
' 2
# 1& # 1&
Em resumo:
n Processo
0 Isobárico
±¥ Isométrico
1 Isotérmico*
k Isentrópico*
34
• Se Pv = RT
Exercícios:
3) Mostre que, para gás perfeito, a energia interna depende apenas da temperatura:
u =u T ( )
35
Diagrama Indicador do Compressor:
D – diâmetro
PMS – ponto morto superior
PMI – ponto morto inferior
L – curso
Vm – volume do espaço morto ou nocivo
N – número de cilindros
π × D2
VD = × L × N - Cilindrada: Volume varrido pelo êmbolo durante um curso
4
V
c = m = taxa ou relação do espaço morto (Na prática, 6% < c < 12%)
VD
Pd º PLD – pressão na linha de descarga
Ps º PLS – pressão na linha de sucção
q – calor por unidade de massa
wC – trabalho de compressão por unidade de massa
36
IDEALIZAÇÃO Diagrama Convencional
Diagrama Idealizado:
Relações Termodinâmicas:
δq rev = Tds
δwrev = pdv
Þ d u =T d s −P d v
Þ Relação entre propriedades termodinâmicas ® sempre válida
Þ T d s =d u +P d v
h =u +Pv
d h = d u + P d v +v d P
T d s = d h − P d v −v d P + P d v
Þ T d s = d h −v d P
37
Cálculo do Trabalho de Compressão:
P2v 2 − P1v1
wC = P1 (v1 − v 4 ) + + P2 (v 3 − v 2 )
1− n
wC =
(1− n ) ( P1 v1 − P2 v 2 ) + P2 v 2 − P 1v1 = − n P1 v1 + n P2 v 2
1− n 1− n 1− n
n
n P1 v1 " P2 v 2 % P2 ! v1 $
wC = $ −1' sendo =# &
1− n $# P1 v1 '& P1 #" v 2 &%
( n −1 +
n * " P2 % n -
wC = P v 1− $ ' (Obs: wC< 0)
n −1 1 1 ** $# P1 '& --
) ,
Exercício :
2
Mostre que este trabalho pode ser calculado por : w =−∫vd P
1 2
com n=k
1
P2 v 2 − P1 v1 R
Þ q = cv ΔT + Þ Sendo cv =
1− n k −1
R ( P2 v 2 − P1 v1 ) P2 v 2 − P1 v1 Pv
Þ q= + e ΔT = Δ
k −1 R 1− n R
( k − n )( P2v 2 − P1v1 ) R k −n ( k − n )(T 2 − T1 )
Þ q= ⇒ q= ΔT ⇒ q = cv
( k −1) (1− n ) k −1 1− n (1− n )
38
2) Considerando o espaço morto.
V D = V1 −V 3
V1 ' = V1 −V 4 → Volume Efetivamente admitido
⎡ n−1
⎤ ⎡ n−1
⎤
n ⎢ ⎛ P2 ⎞ n
⎥ n ⎢ ⎛ ⎞
P3 n ⎥
Þ WC= Wa12b – Wa43b ® wC = P1 v1 ⎢⎜ ⎟ − 1⎥ − P4 v4 ⎢⎜ ⎟ − 1⎥
1− n ⎝ P⎠ 1− n ⎝P⎠
⎢⎣ 1 ⎥⎦ ⎢⎣ 4 ⎥⎦
Mas: P1 = P4 e P2 = P3
( n −1 +
n *" P2 % n -
Þ wC = P1 (v1 − v 4 ) *$$ '' −1-
1− n *)# P1 & -,
( n −1 + ( n −1 +
n "
* P2 n % - n "
* P2 n % -
wC = P1 v '1 *$$ '' −1- ⇒ WC = P1V '1 *$$ '' −1- < 0
1− n *)# P1 & -, 1− n *)# P1 & -,
Logo o trabalho de compressão com espaço morto é menor que sem espaço morto.
Þ Maior massa de gás seria admitida sem espaço morto.
39
Definições:
• Capacidade: Quantidade de gás efetivamente comprimido expressa em vazão
volumétrica, a pressão e temperatura de admissão. (cfm)
⎡ m3 ⎤ ⎡ ft 3 ⎤
V1 ' = V1 −V4 ⎢ ⎥⎢ ⎥
⎣ min ⎦ ⎣ min ⎦
Þ Processo 3 ® 4
1 1
⎛P⎞n ⎛P⎞n
V4 = V3 ⎜ 3 ⎟ = V3 ⎜ 2 ⎟
⎝ P4 ⎠ ⎝ P1 ⎠
V1 = VD + V3 = VD + cVD = VD (1+ c)
( 1+ 1
1 * " P %n - " P %n V
ηV = *V D (1+ c ) − c V D $$ 2 '' - = 1+ c − c $$ 2 '' = 1+ c − c 1
VD * # P1 & - # P1 & V2
) ,
1
" T % n −1
Þ Se for gás perfeito, ηV = 1+ c − c $$ 2 ''
# T1 &
40
Rendimento da Compressão hc = (Trabalho ideal / Trabalho real)
Rendimento Isotérmico
Wisotérmico
ηt =
Wreal
Rendimento Isentrópico
V1 '
m= mas V1 ' = ηV V D
v1
( 1 + ⎧ ⎡ 1
⎤⎫
*" P2 % n - VD ⎪ ⎢ ⎛ P2 ⎞ n ⎥ ⎪
ηV = 1− c *$$ '' −1- Þ m= ⎨1− c ⎢⎜ ⎟ − 1⎥ ⎬
P v1 ⎪ ⎝ P1 ⎠
*)# 1 & -,
⎩ ⎢
⎣ ⎥⎦ ⎪⎭
41
Compressão em múltiplos estágios:
Faz-se ηV = 0
1
n
⎛ P ⎞n ⎛P⎞ ⎛ 1+ c ⎞
ηV = 1+ c − c ⎜ 2 ⎟ = 0 ⇒ ⎜ 2⎟ =⎜ ⎟
⎝ P1 ⎠ ⎝ P1 ⎠ max ⎝ c ⎠
Obs.: Uma razão muito elevada entre pressões num cilindro pode resultar num gás a
temperatura tão elevada que prejudica a lubrificação.
42
Compressão em múltiplos estágios -- Finalidades
( n −1 +
n " P
* 2 n % -
wC = P1 v1 ' *$$ '' −1-
1− n *)# P1 & -,
wC = wC + wC
1 2
( n −1 + ( n −1 +
n "
* Pi % n - n "
* P2 n% -
wC = P1 v1 ' *$$ '' − 1- + Pi v y ' *$$ '' − 1-
1− n *# P1 & - 1− n *# Pi & -
) , ) ,
Problemas de otimização:
43
Determinar Pi tal que wC seja mínimo.
. ( n −1 + ( n −1 +2
nR 0 " %
* Pi n - "
* P2 % n
-0
wC = /T1 *$$ '' − 1- + T y $
*$ P '' − 1-3
1− n 0 *# P1 & -, *)# i & -,04
1 )
d wC
Fazendo =0
d Pi
−1
n −1
d wC " n −1 % Pi n " 1− n % 1−2 n
= 0 = T1 $ ' + T y P2 $
n
' Pi n
d Pi # n & n −1 # n &
P1 n
" n −1 % 1−n −1 " n −1 % 1−2 n n −1
T1 $ ' P1 Pi = T1 $
n n
' Pi n P2 n
# n & # n &
−1 n −1 1−2 n
Pi n
(
= P2 P1 ) n Pi n
" n −1% " n −1%
2$ ' $ '
# n & # n &
Pi = P1P2
Pi 2 = P1 P2
Pi = P1 P2
ótimo
Exercícios:
1. Verificar a condição:
d 2wc
>0
d Pi 2
1
2
Pi 1 = ( P1 P2 )3 ← 10 resfr .
1
Pi 2 = ( P1 P22 ) 3 ← 20 resfr .
44
Exercício: Um compressor alternativo com taxa de espaço morto de 7% admite 4,25
m3/min de ar medido nas condições de sucção a 100 kPa e 57,20C. Se a pressão de
descarga é 300 kPa, determine a potência necessária para acionar o compressor para um
rendimento isentrópico de 75%.
Dados:
c = 0,07 T1 = 57,20 C = 330,2 K
V! ' = 4,25m3 / min = 0,07 m3 / s
1
⎡ k−1
⎤ ⎡ 0,4
⎤
k ⎢ ⎛ P2 ⎞ k ⎥ 1,4 ⎢ ⎛ 300 ⎞ 1,4
wC = !
PV ' − 1⎥ = − 100 × 0,07 ⎜ − 1⎥
s
1− k 1 1 ⎢⎜⎝ P1 ⎟⎠ 0,4 ⎢⎝ 100 ⎟⎠ ⎥
⎢⎣ ⎥⎦ ⎢⎣ ⎥⎦
wC = −9,034kW
s
W!CP = 12,045 kW
real
45
4. NOÇÕES DE COMBUSTÃO
INTRODUÇÃO
Composição do Ar
Combustíveis:
• Sólidos à Ex: carvão
• Líquidos e Gasosos Hidrocarbonetos: CxHy (gasolina~C8H18; Diesel~C12H26)
Álcoois: CxHyOz
Produtos de Combustão
CO2 CO SO2 H2 O H2 N2
46
• COMBUSTÃO INCOMPLETA è formação de CO por insuficiência de Oxigênio
ar real
• COMBUSTÃO COM EXCESSO DE AR è Caso Real l= > 100%
ar ideal
a) ar teórico:
Ex 2: Combustão de Octano (C8H18) com 95% de ar teórico tem como produtos: CO2, CO,
N2 e vapor d’água
C: 8 = a + b
H: 18 = 2c è c=9
O: 0,95 x 12,5 x 2 = 2a + b + c à 2a + b = 23,75 – 9 è a = 6,75 ; b= 1,25
47
RELAÇÃO AR - COMBUSTÍVEL (AC)
59,5 moles de ar
ACMOLAR = =
1 mol de combustível
Frasco E: O2 è abertura de N2
à reagente: ácido pirogaláctictico em hidróxido de potássio
Frasco F: CO è abertura de N3
à reagente: cloreto cuproso em amônia
Após a passagem da amostra em cada vaso ela volta para a bureta onde seu volume é
medido a pressão e temperatura originais.
48
FRAÇÃO VOLUMÉTRICA do constituinte absorvido: Razão entre redução de volume
em cada absorção e volume total da amostra.
Ex: Determinar a relação ar-combustível (AC) em base de massa, supondo 100 moles de
produtos secos, a partir do seguinte resultado da análise de Orsat:
CO2 è 12,5%; CO è 0,5%; O2 è 3%; N2 è 84%;.
N2 è 3,76 a = 84 à a = 22,34
C è x=12,5 + 0,5 à x=13
O è 2a = 2 x 12,5 + 0,5 + 2 x 3 + b à b = 13,18
H è y = 2b à y=26,36
Hidrocarboneto è C13H26
4,76 a moles de ar
ACMOLAR = = 106,34
1 mol de combustível
49
PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA PARA SISTEMAS REATIVOS
Por conveniência, como qualquer caminho entre 2 estados permite calcular variações de
propriedades, divide-se a combustão em 3 partes:
QVC = ( H R0 − H R1 ) + ( H P0 − H R0 ) + ( H P2 − H P0 ) + WVC
! !#"#$ !#"#$ !#"#$ !
CALOR DE ( a) 1 → 0 (b) R → P (c) 0 → 2 NULO
REAÇÃO ΔH reagentes ΔH 0 ΔH produtos
ENTALPIA DE
COMBUSTÃO
50
Ex: Entalpia de formação (combustão de carbono e oxigênio para formar CO2)
Se H R = 0 ⇒ H P = QVC = h f0
Ex: Água:
⎡ ⎤
ΔH = 1 h
0 0
)
f H O
⎢ 0
)
− ⎢1 h f
H2
) ⎥
+ 1/ 2 h f ⎥ = h f0
0
O2
) H 2O
⎢ !"# !#"# $⎥
2
⎣ nulo nulo ⎦
ΔH 0 = −802855 kJ / kgmol de CH 4
ΔH 0 kJ / kgmol CH 4 −802855
ΔH = 0
= = −50178 kJ / kg CH 4
M kg CH 4 /kgmol CH 4 16
51
Ex: Conhecida a entalpia de combustão do octano (líquido) com 20% de excesso (de ar),
determine sua entalpia de formação para análise nas CNTP.
C8H18 + 1,2 x 12,5 O2 + 1,2 x (12,5 x 3,76) N2 è 8 CO2 (g) + 9 H2O (g) + 56,4 N2 +
+ 0,2 x 12,5 O2 (excesso)
⎡ ⎤
ΔH 0 )C8 H18
= 8 h f0 )
CO2
+ 9 h f0 ) H 2O
+ 2,5 h f0 )O2
− ⎢ 25 h f0 ) O2
+ h f0 ⎞
⎠C H ⎥
⎣ 8 18 ⎦
ΔH 0 = − 5074630 kJ / kgmol )
h f0
CO2
= −393520 kJ / kgmol
)
h f0
H 2O
= −241820 kJ / kgmol h )0
f O
2
=0 h f0 )
C8 H18
=?
h )
0
f CH
= 5074630 − ⎡⎣8 × 393520 + 9 × 241820 ⎤⎦ = −249910kJ / kgmol
8 18
ΔH ) REAL ⎤
ηCOMB = ⎥
ΔH )IDEAL ⎥⎦
COMBUSTÃO
52
DETERMINAÇÃO DO PODER CALORÍFICO
( ) (
hRP = H P − H R = ∑ ns h f0 + Δh − ∑ ne h f0 + Δh
P
s
R
) e
( ) (
uRP = U P − U R = ∑ ns h f0 + Δh − pv − ∑ ne h f0 + Δh − pv
P
s
R
) e
Qp
PC p = = −hRP
M
Qv
PCv = = −uRP
M
53
5. Motores a combustão interna:
Definição: Equipamento que produz trabalho a partir da liberação de energia química dos
combustíveis, devido à reação exotérmica entre os combustíveis e o ar.
Classificação:
• Quanto às propriedades na fase de compressão:
Motores Ciclo Otto ® Ar + Combustível
Motores Ciclo Diesel ® Ar
• Quanto ao ciclo de trabalho:
2 tempos (trabalho é produzido a cada volta do virabrequim -- 3600)
4 tempos (trabalho é produzido a cada 2 voltas do virabrequim -- 7200)
• Quanto ao número de cilindros.
• Quanto à disposição dos cilindros (em linha; em “V”; em “W”,...).
54
NOMENCLATURA:
Hipóteses:
55
DIAGRAMA ORIGINAL: CICLO OTTO
56
Ciclo Padrão-Ar de Carnot
QH = T2 ( S 3 − S 2 ) Q L = T1 ( S 4 − S 1 ) W LIQ = Q H − Q L
QL T1 ( S 4 − S 1 ) T1 T
ηCarnot = 1− = 1− ⇒ ηCarnot = 1− = 1− 4
QH T2 ( S 3 − S 2 ) T2 T3
k −1
T 2 # v1 &
Mas =% (
T1 %$ v 2 ('
"v %
Definição: Taxa de compressão isentrópica rv ≡ $$ 1 ''
#v2 &
" 1 %
ηCarnot = 1− $$ k −1 ''
# rv &
W = ∫ pdV
Considerando um processo com uma pressão constante (denominada pressão média
efetiva) com volume deslocado VD, que produz um determinado Wliq, tem-se:
W w
pme = liq = liq
VD vD
57
Ciclo Otto Padrão Ar
Representação ideal dos motores de combustão interna com ignição por centelha
qL
Rendimento Térmico do Ciclo Otto: ηT = 1−
qH
Processos isométricos
qL = u4 − u1 qH = u3 − u2 du = cv dT
T 4 T1 T 4 T3
Mas, v3 = v2 e v4 = v1, então: = =
T3 T 2 T1 T 2
T1
Logo, substituindo na expressão do rendimento térmico, ηT = 1−
T2
Obs.: Como o processo se desenvolve com duas curvas isentrópicas, e duas isométricas,
(duas curvas de mesma espécie) a expressão do rendimento é análoga a hCarnot.
58
v1 1
Como rv = tem-se: ηT = 1− → ciclo Otto
v2 rvk −1
59
Detonação e Pré-Ignição
60
COMBUSTÃO NORMAL: Se o combustível tiver uma octanagem correta, a faísca que
deixa os eletrodos da vela inicia uma combustão (1) e a chama propaga-se,
progressivamente, através da mistura comprimida (2 e 3), fazendo com que esta se
expanda, rapidamente (explosão) e exerça uma força uniforme sobre o êmbolo.
DETONAÇÃO: Ocorre uma explosão violenta (3) quando o combustível não apropriado
origina temperaturas elevadas que fazem detonar parte da mistura (2), antes dela ser
atingida pela chama. Repetidas detonações podem provocar superaquecimento e levar à
perfuração da cabeça do êmbolo.
PRÉ-IGNIÇÃO: A presença de depósitos incandescentes de carvão na cabeça do êmbolo
ou na câmara de combustão (1) inflamam a mistura ar-combustível antes do acionamento
da faísca, que origina uma combustão desordenada (3).
61
62
Ciclos reais
Diagrama real
63
Rendimento volumétrico:
hv mede a capacidade do motor de admitir ar.
Considerando a relação ar-combustível correta, uma redução da massa de ar admitida
provoca redução de potência.
m! ar 1: motor de 2 tempos
ηv = x=
rps 2 : motor de 4 tempos
VD ρ ar
x
64
Curvas de desempenho
a) Eficiência volumétrica:
Para aumentar hv:
- Diminuir a resistência de fluxo de ar na admissão.
- Diminuir as temperaturas.
i) Influência do tempo de abertura e fechamento da VA em hv:
- curva hv: x N apresenta um compromisso entre perda de carga e inércia da corrente de
ar admitida (ICA).
Perda de carga Þ hv¯
ICA Þ hv
Vc + VD 1+ c
rv = rv =
Vc c
65
Pe VD
- Massa residual de gás por ciclo: M R =
( rv − 1) R Te
PMI - final da admissão:
- Pressão: Pa
rv
- Volume: VD + Vc = V M
rv − 1 D R
- Temperatura: Tm > TA (devido à presença dos gases, T aumenta)
Pa rv V D
- Massa de gás no cilindro por ciclo: M R +A =
(rv −1) R Tm
M R : Massa residual M A : Massa admitida
Pa rv VD Pe VD
M A = M R+ A − M R = −
( rv − 1) R Tm ( rv − 1) R Te
rv VD ⎡ Pa Pe ⎤
MA = ⎢ −
( rv − 1) R ⎣ Tm rv Te ⎥⎦
Tm =desconhecida.
Para determiná-la supõe-se:
• Gases residuais trocam calor com a massa de ar (que modela a mistura ar-
combustível) fresca admitida de tal forma que, no final do processo, eles estarão
à mesma temperatura
• Ar e gases residuais com o mesmo cp.
Aplicando a 1º lei:
#Δh = c T − T
M A Δhar = M R ΔhR
% ar
$
p (m a )
(
%&ΔhR = c p Te − T m )
rv V D "P P % Pe V D
$ a − e 'c p T m − T a =
( ) c T − Tm ( )
(rv −1) R # T m rv Te & rv −1 R Te p e
( )
"P P % P
$ a − e ' T m − T a = e Te − T m
( ) ( )
# T m rv Te & rv Te
66
Pe Pa Ta Pe Ta "P P %
Pa − = − = Ta $ a − e '
rv Tm rv Te # T m rv Te &
Pa P 1" P %
− e = $ Pa − e '
T m rv Te Ta # rv &
rv V D "P P %
Mas MA = $ a − e '
(rv −1) R # T m rv Te &
rv V D 1 " P %
Logo: MA = $ Pa − e '
(rv −1) R Ta # rv &
Vazão admitida em n cilindros:
rV 1" P%
M A = (π N n ) v D $ Pa − e '
(rv −1) R Ta # rv &
Expressão para o rendimento volumétrico – influência apenas dos gases residuais.
M
ηV = A M 0 è Vazão de ar no volume VD a P0, T0
M 0
r V 1 ⎡ Pe ⎤
M! A = π Nn v D ⎢ Pa − ⎥
( rv − 1) R Ta ⎣ rv ⎦
M! A PV
influência apenas dos gases residuais: ηv = ; M! 0 = π Nn a D
M! 0 RTa
rv ⎡ Pe ⎤ rv − ( Pe / Pa )
ηv = ⎢ Pa − ⎥ =
( rv − 1) Pa ⎣ rv ⎦ ( rv − 1)
Hipóteses: P0 = Pa e T0 = Ta (Condições ambientais)
67
è Potência ∝ M! A
Como o motor pode fornecer qualquer quantidade de combustível a hipótese é válida.
Porem fornecer mais combustível que o necessário implica em baixa eficiência térmica.
b) Torque
Medida do esforço que o motor pode exercer.
Torque ideal: supondo que o MCI recebe a mesma massa ar + combustível por ciclo,
independente da velocidade de rotação e supondo ausência de perdas por atrito.
Þ Torque médio constante è independe da velocidade de rotação N.
Na prática
• Perdas por fricção (atrito mecânico) que aumentam com o aumento de N ® efeito
secundário para o torque.
• Velocidade de rotação.
- Altas rotações ® perda de carga elevada. Þ hv diminui.
- Baixas rotações ® fluxo reverso de ar admitido. Þ hv diminui.
- Condições ideais: rotações intermediárias
c) Potência:
68
P = T × N P: Potência; T: Torque; N: rotação
Potência ideal ® medida supondo torque ideal.
P = N T (N )
∂P ∂T ( N ) ∂T ( N )
= T (N )+ N Mas em N = N * =0 pois T = TMAX
∂N ∂N ∂N
∂P
= TMAX ( N ) = cte
∂N N = N*
P ( N *)
Além disso: TMAX = em N = 0 → P = 0 ( reta passando pela origem )
N*
69
CRUZAMENTO DE VÁLVULAS
GASES RESIDUAIS:
- Re-expansão, ocupando volume que poderia ser ocupado por mistura fresca
70
Exercício: Para aproximar um motor real de ignição por centelha considere um ciclo Otto
padrão ar que use metanol como combustível, que permite uma taxa de compressão mais
elevada, embora o calor liberado na combustão seja menor. A taxa de compressão é 10 e o
calor liberado pela combustão é 1700 kJ/kg. No início da compressão a temperatura é
283,15K e a pressão 90 kPa. Determine a temperatura máxima e a pressão máxima do
ciclo, a eficiência térmica e a pressão média efetiva.
T1 = 283,15K
P1 = 90kPa
rv = 10
qH = 1700kJ / kg
Eficiência Térmica
1 1 T1
η = 1− k −1 = 1− ⇒ η = 0, 602 ou 1−
rv (10 )0 ,4 T2
w LIQ = η × q H = 0, 602 × 1700 = 1023, 4 kJ / kg
Cálculo da Pressão Média Efetiva:
RT 0, 287 × 283,15
v1 = 1 = v1 = 0, 9029 m 3 / kg
P1 90
v1 0, 9029
v2 = = v 2 = 0, 0903 m 3 / kg
rv 10
w 1023, 4
PME = LIQ = ⇒ PME = 1255 kPa
v1 − v 2 0, 9029 − 0, 0903
Processo de compressão isentrópico
k −1
T2 ⎛ v1 ⎞
= rvk −1 ⇒ T2 = T1 rvk −1 T2 = 283,15 (10 )
0 ,4
= ⇒ T2 = 711, 2 K
T1 ⎜⎝ v 2 ⎟⎠
k 90
P2 ⎛ v1 ⎞
P2 = 283,15 (10 )
1, 4
= ⎜ ⎟ = rv ⇒ P2 = P1 rv
k k
⇒ P2 = 2260, 7 kPa
P1 ⎝ v 2 ⎠
Processo de combustão a volume constante
q 1700
T3 = T2 + H = 711, 2 + ⇒ T3 = 3084 K ⇐ TMAX
cv 0, 717
P T 2260 × 3084
P3 = 2 3 = ⇒ P3 = 9803 kPa ⇐ PMAX
T2 711, 2
71
Ciclo Diesel Padrão Ar
• Representação ideal de motores de ignição por compressão.
• Combustão idealizada como um fornecimento de calor num processo isobárico.
O ar injetado na admissão é comprimido isoladamente até pressões elevadas e só então
o combustível é injetado, não havendo necessidade de centelha para iniciar a combustão.
A combustão é provocada pela temperatura elevada dos gases comprimidos.
Rendimento do ciclo:
⎧q = c d T
q ⎪ L ∫ v
ηT = 1− L onde ⎨
qH ⎪⎩qH = ∫ c p d T
cv (T4 − T1 )
4 4
ηT = 1−
∫
1
cv d T
= 1−
cv ∫
1
dT
= 1− mas k =
cp
3 3
c p (T3 − T2 ) cv
∫
2
cp d T cp ∫ 2
dT
ηT = 1−
(T − T )
4 1
k (T − T )
3 2
(*)
72
DEFINIÇÃO: Razão de corte è rc
k−1 k−1
V v V T2 ⎛ V1 ⎞ ⎛v ⎞
rc = 3 = 3 mas: rv = 1 e = =⎜ 1⎟ = rvk−1
V2 v2 V2 T1 ⎜⎝ V2 ⎟⎠ ⎝ v2 ⎠
T3 V3 v3
T2 = rvk−1 T1 = = =r
T2 V2 v2 c
T3 = rc T2 ⇒ T3 = rc rvk−1 T1
k −1
T4 !V3 $
=# & mas V 3 = rc V 2 e V 4 = V1
T3 #"V 4 &%
Substituindo em η DIESEL = 1−
(T − T )
4 1
k (T − T )
3 2
rck T1 − T1 # k &
1 % rc −1
η DIESEL = 1− ⇒ η DIESEL = 1− (
(
k rc rvk −1 T1 − rvk −1 T1 ) rvk −1 %$ k rc −1
( ) ('
1
Obs.: No ciclo Otto rc = 1 Þ ηOTTO = 1−
rvk−1
Para uma mesma taxa de compressão: rv (Otto) = rv (Diesel) è hOtto > hDiesel
Na prática, porém, hDiesel >> hOtto, pois as taxas de compressão são muito maiores no ciclo
Diesel.
73
Ciclo Diesel Real
qL
ηT = 1− mesmo qL ⇒ qH > qH ⇒ η Diesel > ηOtto
qH Diesel Otto
74
Como:
Vc
rC =1 rC =
OTTO
VD DIESEL
Exercício:
Seja rv = 8 e rv = 20. Calcule rc para ηOTTO = η DIESEL e k = 1,4.
OTTO DIESEL
1 ⎡ rc − 1 ⎤
k
1
1− = 1− ⎢ ⎥ ⇒ rc = 3,76
8k−1 20 k−1 ⎢⎣ k ( rc − 1) ⎥⎦
W = ∫ pdV
Wliq wliq
pme = =
VD vD
75
Ciclo Dual Padrão Ar
• Compressão a pressão limitada (também chamado de ciclo Diesel a pressão limitada).
• Ponto de vista teórico ® Reunião de ciclos Otto e Diesel.
• Ponto de vista prático ® Visa representar melhor os processos reais de combustão.
qL
Rendimento do ciclo: ηT = 1−
qH
Hipótese: calores específicos constantes
cv (T5 − T1 ) (T − T )
η DUAL = 1− = 1− 5 1
cv (T3 − T2 ) + c p (T4 − T3 ) (T − T ) + k (T
3 2 4
− T3 )
P3 V1 V4
Definições: rp = rv = rc =
P2 V2 V3
1 ⎡ rck rp − 1 ⎤
η DUAL = 1− ⎢ ⎥
( )
rvk−1 ⎢ rp − 1 + k rp ( rc − 1) ⎥
⎣ ⎦
76
Comparação entre ciclos motores de combustão interna
a) Fixados: rV e qH
77
c) Fixados: wliq., Pmax:
wLIQ
ηT = , com o mesmo wLIQ
qH
qH = wLIQ + qL
qL > qL > qL ⇒ qH > qH > qH
OTTO DUAL DIESEL OTTO DUAL DIESEL
78
Exercício: Um ciclo Diesel padrão ar tem taxa de compressão de 20:1, com pressão e
temperatura no início da compressão de P=95 kPa e T=290 K. A temperatura máxima do
ciclo é 1800K. Determine sua pressão máxima, seu rendimento térmico e o trabalho líquido
específico.
T1 = 290 K P1 = 95kPa
T3 = 1800 K P3 = ?
rv = 20 wLIQ = ? η = ?
Processo 1→ 2: isentrópico
P2 = P1 ( rv ) = 95 × 201,4
k
P2 = 62975,5kPa P3 = P2 ⇒ P3 = 62975,5kPa
k−1
⎛v ⎞
= 290 ( 20 )
0,4
T2 = T1 ⎜ 1 ⎟ T2 = 961K
⎝ v2 ⎠
Processo 2 → 3: isobárico
T3 T3 v1 1800 v1 v
v3 = v2 = = = 1,873 1
T2 T2 rv 961 rv rv
Processo 3 → 4: isentrópico
k−1 k−1 0,4
⎛v ⎞ ⎛ v 1⎞ ⎛ 1,873 ⎞
T4 = T3 ⎜ 3 ⎟ = T3 ⎜ 1,873 1 ⎟ = 1800 ⎜ T4 = 698 K
⎝ v4 ⎠ ⎝ rv v1 ⎠ ⎝ 20 ⎟⎠
Cálculo do Calor Trocado
qH = c p (T3 − T2 ) = 1,004 (1800 − 961) = 842,36 kJ / kg
qL = cv (T4 − T1 ) = 0,717 ( 698 − 290 ) = 292,536 kJ / kg
Cálculo doTrabalho Líquido
wLIQ = qH − qL = 842,36 − 292,536 ⇒ wLIQ = 549,824 kJ / kg
Cálculo do Rendimento
w 549,824
η = LIQ = = 0,6527 ⇒ η = 65,27%
qH 842,36
79